12 de novembro
Inserida nas comemorações do Dia Mundial da Pneumonia, a campanha de sensibilização e prevenção da Sociedade Portuguesa de...

Depois de Lisboa, a ação prolongar-se-á por mais duas semanas, ao longo das quais passará por Évora, Leiria, Aveiro e Porto. Entre os dias 12 e 24 de novembro, o Esquadrão Pneumonia estará em algumas das mais emblemáticas praças do País com uma equipa de profissionais de saúde que vão realizar testes de espirometria e transmitir informação sobre a doença, explicar as principais formas de prevenção e esclarecer outras dúvidas relacionadas com Pneumonia.

O apelo à prevenção é grande mensagem deste Esquadrão, que este ano marca presença em Lisboa, Évora, Leiria, Aveiro e Porto. Entre os dias 12 e 24 de novembro, profissionais de saúde vão realizar testes de espirometria e transmitir informação sobre a doença, formas de prevenção e esclarecer outras dúvidas relacionadas com Pneumonia a todos os interessados.

Calendário Esquadrão da Pneumonia
12 de novembro – Lisboa | Praça da Figueira | 10.00 – 18.00
14 de novembro – Évora | Praça 1º de Maio | 10.00 – 18.00
17 de novembro – Leiria | Largo do Papa | 10.00 – 18.00
19 de novembro – Aveiro | Praça do Mercado| 10.00 – 18.00
24 de novembro – Porto | Praça da Batalha | 10.00 – 18.00

A campanha Esquadrão Pneumonia dirige-se a toda a população, sobretudo, aos adultos a partir dos 50 anos. “Acreditamos no impacto do ‘Esquadrão Pneumonia’ junto da população”, explica Carlos Robalo Cordeiro, médico pneumologista e presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP). “O nosso principal objetivo é alertar a sociedade civil, a par da comunidade científica, para a importância de prevenir a doença. E não há melhor forma de prevenir a Pneumonia do que a vacinação antipneumocócica. Com o Esquadrão Pneumonia, queremos impactar as pessoas na rua, ao mesmo tempo que lhes damos a oportunidade de testarem a sua capacidade respiratória e de se aconselharem com profissionais de saúde qualificados”, acrescenta.

O “Esquadrão Pneumonia” remete-nos para um conjunto de pessoas e iniciativas que visam proteger toda a comunidade, defender a população da Pneumonia. Todos podem fazer parte deste esquadrão forte, coeso, unido a favor de uma causa: a prevenção. O escudo delineado em forma de pulmão é o símbolo desta campanha e representa precisamente a defesa conseguida através da prevenção.

A imunização na idade adulta deve ser uma prioridade
A imunização contra a Pneumonia na idade adulta é uma das preocupações da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, que apela à vacinação antipneumocócica numa faixa etária em que a doença pneumocócica se manifesta, sobretudo, sob a forma de Pneumonia, uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação. Em Portugal, mata uma média de 23 pessoas por dia, só nos hospitais públicos. A maioria pode ser evitada.

“A vacinação antipneumocócica é a melhor forma de prevenirmos uma Pneumonia”, continua Carlos Robalo Cordeiro. “As crianças pequenas e os adultos a partir dos 65 anos estão entre os mais vulneráveis, bem como pessoas com mais de 50 anos que tenham co-morbilidades como Diabetes, Asma, DPOC e Doença Cardíaca. Pessoas cuja imunidade está comprometida também devem vacinar-se”.

Para além da Pneumonia, a vacinação antipneumocócica previne formas graves da infeção por pneumococos como a Meningite e a Septicémia, e outras menos graves como a Otite Média Aguda e a Sinusite. O pneumococo é o responsável por, aproximadamente, 1.6 milhões de mortes por ano em todo o mundo, sendo, por isso, uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação.

Apesar da Pneumonia não ser sazonal, é na época de incidência da Gripe que se regista o maior número de casos. Estima-se que a interação entre o vírus da Gripe e o principal agente causador de pneumonias (pneumococo) aumente o risco de Pneumonia Pneumocócica cerca de 100 vezes. 

Em três anos
A cidade do Porto deverá ganhar três novos equipamentos de saúde no espaço de três anos, num investimento de cerca de quatro...

O "pacote" inclui a reabilitação de parte do Mosteiro de Santa Clara, edifício localizado na Batalha, que acolherá "serviços até aqui dispersos pela cidade", beneficiando cerca de 20 a 30 mil utentes.

Segundo Fernando Araújo, que liderou a comissão que elaborou a Carta dos Equipamentos de Cuidados de Saúde Primários do concelho do Porto, a solução convenceu a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) que colocou o projeto a concurso, estimando o início de obras para 2016 e conclusão para 2017.

A carta também propõe a construção de um novo centro de saúde em Campanhã, aproveitando a antiga Escola do Cerco, bem como recolocar a unidade de saúde de Ramalde que num edifício no "miolo" do bairro das Campinas.

"Com um investimento relativamente pequeno conseguimos mudar radicalmente as condições de acesso das pessoas do Porto aos cuidados de saúde. Vamos tentar que seja em menos tempo, mas admitimos para já três anos [para a conclusão destes projetos]. Não queremos que [a carta] seja apenas um exercício interessante de planeamento mas uma realidade", referiu Manuel Pizarro.

O vereador apontou como investimento necessário "cerca de quatro milhões de euros ou menos", lembrando que "há fundos comunitários disponíveis para estes investimentos".

"É um trabalho muito importante que com algum realismo propõe novos edifícios e mudanças que nos parecem muito úteis", resumiu Manuel Pizarro que não escondeu que outra "grande vantagem" deste projeto passa por "devolver" património à cidade. Aliás, relativamente às soluções encontradas para Campanhã e Ramalde, o vereador avançou que se serão resolvidos problemas de saúde pública e de segurança.

Dois dos edifícios em estudo são propriedade do Estado e o terceiro, o de Ramalde, é camarário.

A Carta dos Equipamentos de Cuidados de Saúde Primários, um documento elaborado pela autarquia do Porto em parceria, através de técnicos da ARS-Norte, com o Ministério da Saúde, propõe outras "pequenas obras de melhoria das acessibilidades e de conforto" em edifícios existentes.

"Procurámos perceber qual a nossa população e quais as necessidades, bem como irão evoluir essas necessidades no futuro. E procuramos soluções. A carta tem já alternativas", descreveu Fernando Araújo, tendo o vereador da câmara do Porto completado que a elaboração deste documento é um "projeto inovador" porque "o Porto será a primeira cidade portuguesa dotada" de uma carta desta natureza.

Manuel Pizarro explicou, por fim, que a proposta entrará em discussão pública - através de reuniões descentralizadas e pelo portal e endereço eletrónico da câmara - "até meados do mês de dezembro", sendo expectável que venha a colher contributos de profissionais da área da saúde, bem como das juntas de freguesia e comunidade geral.

Após esse período de contributos a carta será submetida à assembleia municipal do Porto e ao Ministério da Saúde para ser assinada, passando a constituir "um compromisso conjunto".

Direção-Geral da Saúde
Em Portugal nasceram menos crianças em 2014 face ao ano anterior, o que não impediu o crescimento da taxa da natalidade...

A taxa de natalidade em Portugal aumentou dos 7,87% em 2013 para os 7,92% em 2014.

“Observou-se para Portugal (Continente, R.A. dos Acores e R.A. da Madeira), um acréscimo da taxa de natalidade de 7,87 para 7,92/1000 habitantes, apesar da diminuição em cerca de 420 nados-vivos em 2014, face aos valores de 2013. Este aumento resultou da diminuição da população residente em 56 233 habitantes”, explica a Direção-Geral da Saúde (DGS) no relatório “Natalidade, Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal, 2010-2014”.

Em 2014 nasceram em Portugal 82.367 crianças, menos 420 do que as 82.787 nascidas em 2013, e menos 19.014 do que as 101.381 nascidas em 2010.

Numa análise regional, os dados da DGS mostram que as regiões do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo representam mais de metade dos nascimentos no país, com quase 60 mil crianças das nascidas em 2014.

A taxa de natalidade em Portugal, tendo em conta dados desde 1996, atingiu o seu pico mais alto no ano 2000, com um valor de 11,7%, e o seu pico mais baixo em 2013, com um registo de 7,87%.

Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
Chama-se Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica à obstrução persistente das vias respiratórias, provocad

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica caracteriza-se pela existência de uma obstrução a nível do aparelho respiratório comprometendo a sua função.

É uma doença lenta, que frequentemente se inicia com discreta falta de ar associada a esforços como subir escadas, andar depressa ou praticar exercício físico.

As principais causas da DPOC são o tabagismo e a exposição e inalação de partículas ou gases nocivos. Na realidade, sabe-se que esta é uma doença que se desenvolve maioritariamente em operários e em 10 a 15% dos fumadores.

São considerados grupos de risco:

-  pessoas com mais de 40 anos e que fumem há mais de 10;
- com atividade profissional de risco respiratório comprovado, com exposição a poeiras e produtos químicos;
- com tosse ou expectoração crónica ou dispneia (dificuldade em respirar) de esforço.

Existe ainda uma componente hereditária que está relacionada com o défice numa proteína – Alfa-1 Antitripsina – responsável pelo reforço das defesas do aparelho respiratório. Embora afete apenas dois por cento dos doentes, a doença desenvolve-se precocemente (entre os 20 e os 30 anos), nestes casos.

Os sintomas mais comuns, como já foi referido, são a tosse ou a produção de expectoração frequente.

No entanto, numa fase inicial ela pode ser assintomática e, por isso, importa estar atento, sobretudo se é fumador. Sabe-se que existe uma tendência para desvalorizar pequenos sintomas, associando-os aos hábitos de consumo de tabaco.

O diagnóstico desta doença pode ser feito através de vários exames, sendo o mais frequente a espirometria ou prova de função pulmonar, onde se avalia o volume e fluxo de ar que entra e sai dos pulmões.

A gasometria arterial mede o pH e os níveis de oxigénio e dióxido de carbono no sangue de uma artéria. Este exame é utilizado para verificar se os pulmões são capazes de mover o oxigénio dos brônquios para o sangue e remover o dióxido de carbono do sangue.

O raio-X ao tórax pode mostrar enfisema, uma das principais causas da DPOC.

A tomografia computadorizada dos pulmões pode ajudar a detectar enfisema e a determinar se você pode se beneficiar de uma cirurgia para a DPOC. Tomografia computadorizada também pode ser usada para detetar o cancro de pulmão, que é comum entre pessoas com DPOC.

Ao contrário do que pode pensar, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é tratável, hoje em dia, graças à existência de inúmeras terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas, que melhoram a qualidade de vida do doente e que podem impedir a progressão da doença, mediante o estádio em que esta se encontra.

Entre a utilização de vários fármacos pode ser necessária a realização de outros tratamentos como a terapia de oxigénio e/ou reabilitação pulmonar.

Em alguns casos, pode haver necessidade de se recorrer à cirurgia – de redução dos volumes pulmonares ou transplante pulmonar.

Complicações em doentes com DPOC:

  • Infeções respiratórias: quem sofre de DPOC é mais suscetível a constipações, gripe ou pneumonia. Qualquer infecção respiratória pode tornar a respiração muito mais difícil e produzir mais danos no tecido pulmonar
  • Pressão arterial elevada: a DPOC pode aumentar a pressão arterial das artérias que levam sangue para os pulmões, originando a chamada hipertensão pulmonar
  • Problemas cardíacos: por razões que não são totalmente compreendidas, a DPOC aumenta o risco de doenças cardíacas
  • Cancro de pulmão: fumadores com bronquite crónica, uma das manifestações da DPOC, têm maior risco de desenvolver cancro de pulmão.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
University College of London
A investigadora portuguesa Rita Guerreiro, da britânica University College of London, foi reconhecida com o prémio Fondazione...

O prémio, segundo a instituição italiana, foi atribuído pelo seu trabalho sobre as mutações do gene TREM2 e a relação com o desenvolvimento da Doença de Alzheimer.

Este trabalho já tinha sido distinguido em janeiro com o Prémio Europeu do Jovem Investigador, atribuído pela Associação francesa para a Investigação sobre Alzheimer e Rita Guerreiro e, também este ano, venceu o prémio da Sociedade britânica de Investigação de Alzheimer e Demência na categoria de "realização académica".

O geneticista John Hardy, o mais importante especialista britânico da doença de Alzheimer e também investigador na University College of London (UCL), considerou a portuguesa "uma estrela em ascensão" na investigação da neurociência.

"Ela encontrou o primeiro gene de Alzheimer em 15 anos e isso é uma descoberta revolucionária no meio", disse.

A cientista disse que estes prémios são importantes em termos de "prestígio" e contribuem para a evolução do estatuto profissional, atualmente em vias de passar de investigadora financiada pela Alzheimer Society ao quadro de pessoal da UCL.

Natural de Estremoz, Rita Guerreiro, 35 anos, vive e trabalha no Reino Unido desde 2010, depois de realizar o doutoramento nos EUA, sempre acompanhada pelo também português e marido José Brás, com quem partilha a direção do laboratório.

O prémio no valor de 10.000 euros atribuído pela fundação italiana é pessoal e não precisa de ser aplicado em investigação, mas Rita Guerreiro confessou que este tipo de financiamento pode ser útil a "projetos pessoais" paralelos ao seu trabalho.

Recentemente, contou, foi contactada por uma família portuguesa que procurava diagnosticar a doença da filha, mas que estava com dificuldades em fazê-lo pelo sistema nacional de saúde português.

"Aceitámos analisar o ADN e em três meses conseguimos fazer um diagnóstico e descobrimos que ela sofre de uma doença descoberta apenas em 2013, o Síndrome Schaaf-Yang/MAGEL 2, que afeta umas 19 crianças em todo o mundo", adiantou.

"Já recebemos pedidos de outras famílias, mas não podemos responder sempre porque às vezes não temos os meios técnicos para o fazer", justificou.

Rita Guerreiro lamentou que as famílias de crianças portuguesas com doenças raras tenham de pagar cinco a seis mil euros a um laboratório privado para obter um diagnóstico ou tenham de depender de estudos científicos feitos no estrangeiro.

Investigação
Uma investigação do Instituto de Medicina Molecular, com financiamento europeu de 1,5 milhões de euros, vai estudar a formação...

"O objetivo é compreender como é que os vasos sanguíneos se formam e são estruturados naquela rede hierárquica chamada árvore vascular, com as várias ramificações", disse o investigador Cláudio Franco.

O cientista do Instituto de Medicina Molecular (iMM Lisboa) compara aquele sistema à rede nacional de estradas, com várias veias e artérias, umas maiores e outras mais pequenas, servindo como meios de comunicação, de transporte de vários elementos como nutrientes e oxigénio ou de excessos produzidos pelo organismo.

O projeto financiado pelo Conselho Europeu de Investigação vai concentrar-se em descobrir quais os mecanismos que permitem a hierarquização da rede vascular, quais as regras ou mecanismos que regulam e que levam à formação desta rede complexa com vasos de vários calibres, uns maiores outros mais pequenos.

Esta compreensão "é importante para trazer um novo conhecimento que irá permitir uma melhor intervenção terapêutica, tanto em casos excesso de formação de vasos, como acontece às vezes nos tumores e em cancro, como em doenças como as malformações arteriovenosas", explicou Cláudio Franco.

"Sabendo as regras do jogo, depois podemos usar as várias peças ao nosso dispor para tentar manipular o sistema de modo a que vá no sentido de ter uma rede mais eficiente, mais funcional e prevenir casos de disfunções, por exemplo, de oclusões dos vasos ou de problemas de acidentes vasculares", avançou o cientista.

Este é um dos dois projetos do iMM Lisboa anunciados como tendo recebido financiamento da entidade europeia, num total de três milhões de euros, sendo o outro de Vanessa Morais, na área das neurociências e distúrbios neuronais.

Instituto de Medicina Molecular
Uma cientista do Instituto de Medicina Molecular recebeu financiamento de 1,5 milhões de euros do Conselho Europeu de...

O trabalho de Vanessa Morais, para ser desenvolvido em cinco anos, tem como objetivo estudar o processo muito focado num pequeno organelo, pequeno órgão, que existe nas células responsável pela produção de energia, essencial para a concretização de qualquer atividade que a célula necessite efetuar.

A investigação pretende "perceber os mecanismos moleculares que a mitocôndria tem dentro dos neurónios" e como podem "influenciar e ser influenciados nas doenças neurológicas", para tentar perceber se a disfunção daquele elemento pode ser uma causa de doenças neurológicas, como Parkinson, Alzeimher ou a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), explicou Vanessa Morais.

"A partir do momento em que há uma disfunção da mitocôndria, há processos vitais que não conseguimos efetuar" como a cognição, a memória, mas também doenças a nível dos músculos que afetam tarefas do quotidiano como pegar numa caneta e escrever, disse a investigadora à agência Lusa.

A expetativa é perceber o que define uma mitocôndria neuronal, "pegar nessa informação e tentar abordagens terapêuticas, tentar modificar ou modelar de forma a poder melhorar o estado geral do neurónio", avançou.

Este é um dos dois projetos do Instituto de Medicina Molecular (iMM Lisboa) que agora receberam financiamento da entidade europeia, num total de três milhões de euros, sendo o outro de Cláudio Franco, na área da biologia vascular.

A equipa da cientista vai tentar perceber como é que a disfunção da mitocôndria pode influenciar o funcionamento do neurónio a nível da comunicação neuronal, de estabelecimento de comunicação de um neurónio com outro.

"A partir do momento em que temos um neurónio onde a mitocôndria não está a funcionar a 100%, com a sua capacidade máxima, o neurónio não é capaz de estabelecer comunicações com o neurónio adjacente", especificou a cientista, acrescentando que outras funções no neurónio, como o transporte de proteínas, também ficam afetadas devido à falta de energia.

Nos últimos 8 anos, o iMM Lisboa obteve 10 bolsas do Conselho Europeu de Investigação (European Research Council ou ERC), entidade que já financiou 36 projetos em Portugal, segundo informação do instituto.

Diretor diz
O estudo que coloca a Faculdade de Medicina de Coimbra como a pior do território continental no rácio entre estudantes e...

"É um estudo que faz a avaliação do índice de satisfação pedagógica, não de qualidade pedagógica, que é uma coisa diferente. Em termos de qualidade pedagógica e sucesso profissional dos licenciados pela Faculdade de Medicina de Coimbra eles estão na linha da frente", disse Duarte Nuno Vieira.

O alerta sobre o número de estudantes nos hospitais que põe em risco a formação e a falta de tutores médicos para quem estuda em Coimbra dominaram hoje o encerramento do Congresso Nacional de Estudantes de Medicina, que decorreu naquela cidade.

As conclusões do estudo, promovido pela Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM), revelam que os doentes que recorrem a hospitais afiliados de sete escolas médicas existentes no território continental (em Lisboa, Porto, Coimbra, Braga e Covilhã) "podem encontrar, juntamente com o seu médico, em média, cerca de 8 estudantes".

O melhor rácio médio estudante-tutor, envolvendo estudantes do 3.º, 4.º e 5.º anos, ocorre na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (2,55 estudantes por tutor) e o pior na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), com 18,5 em média, mais de sete vezes o rácio do primeiro classificado e mais do dobro do sexto e penúltimo classificado.

Duarte Nuno Vieira sublinhou que os dados do estudo referem-se aos anos de 2011 a 2013, numa altura em que a FMUC estava já sem parte do seu espaço no velho edifício [polo I] e sem a totalidade das novas instalações [no polo III] construídas.

"O que está aqui em causa não é a qualidade pedagógica, é apenas a satisfação em termos das condições pedagógicas", frisou.

Duarte Nuno Vieira sublinhou que, sendo Coimbra das faculdades "que tem mais alunos a escolhê-la anualmente", o número de docentes assistentes para as aulas práticas "obviamente não é o desejável".

Questionado sobre o porquê da diferença de rácio para escolas em Lisboa ou Porto com números de estudantes de Medicina similares a Coimbra, apontou "constrangimentos económicos", frisando que, "porventura, a Universidade de Coimbra não tem tido o reforço orçamental que deveria ter para poder dar mais resposta e mais apoio" à FMUC, impedindo esta de contratar mais docentes.

Já o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, disse na sessão que "há gente a mais, batas brancas a mais nas instituições de saúde" em redor dos doentes.

"E isso colide com o direito dos doentes à tranquilidade e também com uma boa formação dos estudantes", afirmou.

Questionado sobre se em 40 anos nada mudou na FMUC em relação ao número de alunos que rodeiam um doente nas aulas práticas, José Manuel Silva admitiu que a situação "não melhorou rigorosamente nada", apontando como causa o aumento do ‘numerus clausus' que levou a que mais alunos tenham entrado nas faculdades de Medicina.

"A redução do ‘numerus clausus' também deve ser vista para beneficio do doente que está internado. É evidente que os alunos aprendem nos doentes, a aprendizagem nos doentes é absolutamente essencial. Ora, se não precisamos de formar tantos médicos, também devemos considerar a necessidade de redução de ‘numerus clausus' para não massacrar os doentes", alegou.

Para o bastonário a questão "tem a ver com a quantidade imensa de alunos que estão nas instituições de saúde" e não só com a falta de tutores médicos que se verifica, de acordo com o estudo, maioritariamente em Coimbra.

No entanto, disse desconhecer "o que se passa" na FMUC, remetendo a questão da falta de tutores médicos para a direção da faculdade "que está atenta, está preocupada, como o seu diretor disse, e quer resolvê-la", frisando que o estudo mostra "a necessidade de reduzir o número de alunos por tutor em Coimbra".

Estudo
A Associação Nacional de Estudantes de Medicina alega que a formação médica está em risco em Portugal devido ao número de...

De acordo com o Estudo sobre as Condições Pedagógicas das Escolas Médicas Portuguesas a que a agência Lusa teve acesso, os doentes que recorrem a hospitais afiliados de sete escolas médicas existentes no território continental (em Lisboa, Porto, Coimbra, Braga e Covilhã) "podem encontrar, juntamente com o seu médico, em média, cerca de 8 estudantes", número que pode chegar aos 18,5 alunos por cada único tutor médico e ultrapassar os 25 em algumas unidades curriculares.

"Estes rácios elevados são prejudiciais, não só para a aprendizagem dos estudantes, mas mais ainda para os doentes que, numa situação de fragilidade, são confrontados com um número muito elevado de médicos e estudantes à sua volta", sublinha a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM).

Nas conclusões do estudo lê-se que o ensino em meio clínico "apresenta particular descontentamento por parte dos estudantes" e que um rácio estudante-tutor elevado "encontra-se diretamente relacionado com a insatisfação estudantil para com o ensino em meio clínico".

De acordo com dados do estudo, o melhor rácio médio estudante-tutor, envolvendo estudantes do 3º, 4º e 5º anos, ocorre na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (2,55 estudantes por tutor) e o pior na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), com 18,5 em média.

Na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (Covilhã) o rácio é de 3,13 estudantes por tutor, a Escola de Ciências da Saúde da Universidade de Minho (Braga) apresenta 3,79, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto 4,62, a sua congénere da Universidade de Lisboa 7,39 e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (Porto) regista 9,15 estudantes por tutor médico.

Por unidade curricular, a especialidade de Ortopedia na FMUC tem 34,9 estudantes por tutor e a Cirurgia Geral 25,7, os valores mais elevados registados no total das sete escolas médicas. No extremo oposto, os melhores rácios por unidade curricular registam-se na Universidade Nova de Lisboa, onde em Medicina Geral e Familiar cada tutor acompanha um estudante (rácio de 1, enquanto em Coimbra ultrapassa os 20), seguindo-se Dermatologia, Nefrologia e Reumatologia com um rácio de 1,5.

Em comunicado, a ANEM sustenta ainda que as escolas com maior número de ingressos e mais anos de funcionamento "apresentam menor satisfação estudantil" do que as escolas com menor número de novos estudantes e mais recentes, situação que enquadra no facto de Portugal ser o quarto dos 34 países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] com maior número de médicos por habitante (12,2 estudantes diplomados por 100.000 habitantes).

A ANEM frisa ainda que esta é uma tendência "crescente" - já que, nota, ao longo dos últimos 20 anos, o número de diplomados em Medicina aumentou quase 400% - cenário que "resultará inevitavelmente na criação de médicos indiferenciados, sem uma especialidade médica e incapazes de prosseguir a sua formação e dessa forma prestar cuidados de saúde de qualidade".

A esse propósito, adianta que há necessidade de "readequar" o número de estudantes de medicina em Portugal, reavaliar as limitações financeiras das escolas médicas e a sua influência nas condições pedagógicas e identificar e resolver restrições particulares em cada uma das instituições de ensino.

O estudo, divulgado no último dia do Congresso Nacional de Estudantes de Medicina, envolveu quase 4.000 questionários a estudantes e outros dados fornecidos pelos órgãos diretivos das escolas médicas, em anos letivos entre 2011 e 2014.

Estudo
Uma equipa de vinte investigadores da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra está a...

Depois de ter testado um programa em pessoas idosas com diagnóstico de doença de Alzheimer (fase inicial), a equipa de investigadores, coordenada por Mário R. Simões e Jorge Almeida, pretende agora aplicar um programa idêntico em idosos saudáveis.

O projeto Memória + tem “o objetivo de verificar a sua eficácia na prevenção do declínio da memória, típico do envelhecimento normal”, afirma a Universidade de Coimbra (UC), numa nota divulgada.

Em projetos anteriores, os investigadores do Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) daquela faculdade “desenvolveram de raiz um programa de treino cognitivo e aplicaram-no em pessoas idosas com diagnóstico de doença de Alzheimer” ainda numa fase inicial.

Então, o programa, constituído por “exercícios de treino das capacidades mnésicas baseados em técnicas já testadas quanto à sua eficácia (aprendizagem sem erros, recuperação espaçada, eliminação de pistas, etc.)”, evidenciou ser “bastante eficaz”, refere a UC.

O programa de estimulação de memória desenvolvido no âmbito da pesquisa consiste “num conjunto de tarefas com diferentes níveis de dificuldade, entre as quais associação de faces e nomes, aprendizagem e evocação de listas de palavras” ou “visualização de cenários visuais complexos”, como listas de compras ou paisagens, exemplificam Ana Rita Martins e Lénia Amaral, investigadoras envolvidas no projeto.

O plano, que inclui ainda “a estimulação neuronal (estimulação direta do cérebro)”, fornece estratégias que “possam melhorar a capacidade mnésica dos idosos, ou seja, apresenta uma abordagem eficaz para prevenir o declínio da memória, uma das principais capacidades cognitivas que diminui com o envelhecimento”, adiantam as investigadoras do CINEICC.

“O objetivo é treinar a capacidade de memória de forma a melhorar o desempenho diário dos participantes e prevenir o declínio, promovendo um envelhecimento saudável”, sintetizam.

Para desenvolverem o projeto, que é financiado pelas fundações Bial e para a Ciência e Tecnologia (FCT), os investigadores solicitam a colaboração de “pessoas com 60 ou mais anos, independentes, para participarem no programa composto por 15 sessões presenciais”, que vão decorrer na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da UC, junto da qual, através da internet ou por telefone, os voluntários se podem inscrever.

Em Espanha
A Universidade de Alicante e o centro tecnológico IK-4-Tekniker de Eibar desenvolveram lasers baseados num material plástico,...
Esta descoberta de interesse médico, realizada em colaboração com um centro tecnológico do País Basco, foi publicada há umas semanas na revista internacional “Sensors and Actuators B: Chemical”, uma das primeiras publicações científicas na área da química analítica, e é fruto de um projeto de investigação financiado pelo Governo.

 

Os médicos levam tempo “tentando descobrir a maneira de se poder detetar” esta proteína, ligada à presença de “diversos tipos de cancro” e chamada ErbB2, existente em concentrações muito pequenas no sangue, disse à EFE a responsável do projeto na Universidade de Alicante (UA), a catedrática de Física Maria A. Díaz García.

“Quando uma pessoa já tem um tumor cancerígeno, a concentração da referida proteína é maior do que 14 nanogramas por milímetro (ng/ml)”, pelo que “ o correto é tentar medir concentrações de ErbB2 abaixo do limite dos 15 ng/ml”, para assim detetar a doença em estádios iniciais e travar o seu desenvolvimento com um tratamento atempado, explicou.

Precisamente, a importância do novo dispositivo, em cujo desenvolvimento participou também o centro tecnológico IK-4-Tekniker, de Eibar (Guipúzcoa), radica na sua sensibilidade para medir a ErbB2 no sangue em concentrações muito pequenas (14 ng/ml).

A sensibilidade que estes lasers têm capacita-os para detetar o cancro em estadios muito precoces, ou seja, antes de aparecerem os tumores, segundo a investigadora, que lidera o Grupo de Eletrónica e Fotónica Orgânica da UA, pertencente ao Departamento de Física Aplicada e ao Instituto Universitário de Materiais.

“Existem algumas técnicas que permitem ter uma maior sensibilidade do que a dos nossos lasers e detetar essa proteína, mas são mais complexas e, em todo o caso, este trabalho foi apenas uma primeira demonstração que, sem dúvida, se pode ser melhorado”, disse Maria Díaz García.

Em comparação com outros dispositivos já existentes para a mesma função, a técnica desenvolvida pela UA e pelo centro tecnológico basco é sensível e pode ser reutilizável por ser feito com material de plástico, destacou.

Estudo
Bebés a comerem fruta e legumes sólidos pela sua mão em vez das tradicionais sopas e papas é uma prática com cada vez mais...

A prática chama-se ‘Baby Led Weaning’ (BLW) e consiste em oferecer ao bebé, quando inicia a alimentação complementar, a partir dos seis meses, os alimentos que os pais estão a comer e deixá-lo comer o que quer, na quantidade que quer.

“O bebé deve acompanhar os pais em todas as refeições e, no tabuleiro, vamos dispor comida adequada para ele. Adequada no tamanho porque, com seis messes, não consegue fazer pinça fina, agarra com a mão inteira”, por isso, o ideal é oferecer-se a chamada “’finger food’ – com feitio de dedo”, disse a pediatra Graça Gonçalves.

Além disso, a comida não pode ser demasiado dura “porque o bebé não conseguiria roer e poderia engasgar-se”, nem demasiado mole porque irá esmagá-la.

Nos primeiros tempos, o ideal é oferecer-se legumes cozidos e fruta, alargando depois a oferta a outros alimentos, disse.

Habituados à tradição das sopas e papas, muitos pais temem “aventurar-se” no BLW por causa do engasgamento. Graça Gonçalves admitiu que pode ocorrer, mas assegurou que os bebés têm mecanismos de defesa.

Quanto às quantidades, o BLW “baseia-se naquilo que a criança já faz quando mama em livre demanda: o bebé vai comer a quantidade que quer e vai escolher, dentro da oferta, aquilo que quer comer”, disse Graça Gonçalves.

Questionada sobre as vantagens deste método, a pediatra disse que “não há batalhas à mesa, o bebé ganha confiança na comida e consegue adquirir a capacidade da mastigação, que é uma coisa que tem uma janela muito estreita para se conseguir fazer”. É também estimulada a motricidade fina e um bom desenvolvimento da arcada dentária e de todas as estruturas à volta da boca.

“Quando o bebé começa a olhar para aquilo que os pais comem, a abrir a boca quando eles levam comida à boca e a querer agarrar, essa criança começa a dar sinais de que está interessada em começar a comer”, afirmou.

Pela sua experiência, Graça Fonseca considera que há um “interesse crescente e cada vez mais pessoas a querer fazer o BLW” e deixa a receita para quem o quer praticar: “tem de haver uma certa dose de descontração”.

A praticar o BLW pela terceira vez, a recém mãe Claudine Wolf Stock defendeu a prática, afirmando que assim os bebés “estão expostos a uma alimentação sem pressões e sem stress”.

A pequena Leonor tem 13 meses, mas só mostrou interesse pela comida aos nove. Numa refeição feita na presença da Lusa, a menina mostrou que “não é esquisita” e comeu romã, pera, sementes de girassol, tangerina, tâmaras, frutos secos, ‘corn flakes’ e bolachas de arroz.

A bebé segue a alimentação vegan dos pais, que tentam, por isso, oferecer-lhe uma grande diversidade alimentar.

A estrear-se nestas andanças, a também mãe Ana Stilwell considera que adotar o BLW “é uma aprendizagem” para os pais e para os bebés.

“A Marta começou a dar sinais de interesse. Fui experimentando e dando e percebendo que ela sabe que quando se engasga consegue resolver. Sabe escolher e escolhe alimentos que consegue agarrar”, contou.

Em Portugal, o BLW é divulgado sobretudo através de livros, do “boca a boca” e de vídeos na Internet. Não há associações nem movimentos dedicados ao tema, apenas um grupo no Facebook que foi criado há uns dois anos e que conta atualmente com 2.963 membros.

A administradora desta conta da rede social, Filipa dos Santos, disse que o “interesse pelo BLW tem vindo a aumentar e "só não se pratica mais porque, normalmente, nos regimes alimentares infantis que os profissionais de saúde distribuem, referem-se a sopa ou o puré”.

Distúrbios do sono
Uma boa noite de sono é essencial para acordarmos cheios de energia e com boa disposição.
Mulher a dormir com a cabeça na almofada

Durante a gravidez é importante que se descanse tanto quanto possível, mas é também durante este período, tão feliz e importante para a mulher, que surgem diversos distúrbios no sono.

Insónias, azia, dores nas costas e acordar frequentemente para ir à casa de banho são os principais entraves para uma noite bem dormida.

À medida que a gravidez avança estes fatores podem incomodar cada vez mais.

O aumento do volume da barriga, o desconforto físico, a ansiedade provocada pela antecipação do parto, o cansaço acumulado podem também fazer com que tenha dificuldade em adormecer e dormir de forma repousante.

Saiba que, o elevado nível de progesterona produzida na gestação, que torna a digestão mais lenta, é o responsável pelo refluxo dos ácidos produzidos no estômago, a que vulgarmente chamamos de azia.

Para melhorar estes sintomas experimente dormir com a cabeça elevada com a ajuda de uma almofada.

Nos últimos meses da gestação, pode também dar por si a ressonar em resultado do estreitamento das vias respiratórias provocado pela grande produção de progesterona que leva ao inchaço dos tecidos moles das vias nasais. Neste caso, tente dormir de lado.

À medida que a gravidez avança podem ainda ocorrer cãibras progressivamente mais dolorosas e intensas especialmente quando está a dormir.

Para prevenir as cãibras é importante que massaje suavemente as pernas após o banho, com movimentos amplos e circulares na direção dos pés para as ancas e tente levantar as pernas alguns minutos, durante o dia, sempre que tiver oportunidade para o fazer e evite cruzar as pernas quando está sentada. Procure também arranjar uma posição confortável para dormir apoiando as pernas em almofadas. Vai ver isso a vai ajudar, e muito!

As dores de costas tão típicas durante a gravidez podem ser aliviadas se dormir de lado, num colchão firme, com uma almofada debaixo da barriga e outra entre as pernas para manter a parte inferior das costas bem apoiada.

Evite ainda fazer refeições pesadas ao jantar. Prefira refeições leves e uma ceia se tiver fome antes de se deitar. E se necessário beba um leite morno ou infusões à base de ervas calmantes (passiflora ou tília) para a ajudar a adormecer.

Pratique exercício físico, mantenha-se ativa e reserve algum tempo para meditar ou relaxar antes de dormir. Vai ver que resulta!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
DGS
O diretor-geral de Saúde afirmou que o número de casos notificados de ‘legionella’ aumentou este ano em Portugal cerca de 50%,...

Há um ano, um surto de 'legionella' no concelho de Vila Franca de Xira, com maior incidência nas freguesias de Vialonga e da Póvoa de Santa Iria/Forte da Casa, causou 14 mortos e registou mais de quatro centenas de casos.

“O risco de doença dos legionários existe sempre. Todos os anos temos cerca de 100 casos, todos eles quase sempre esporádicos. É natural que os serviços de urgência quando recebem casos graves de pneumonia façam testes para ver se há ou não doença dos legionários. Durante este ano houve aumento de notificação, mas todos são casos esporádico, não sob a forma de surto”, afirmou o diretor-geral da Saúde aos jornalistas, à margem de uma conferência em Lisboa.

Francisco George sublinhou “a rapidez de resposta dos serviços de saúde” no caso de Vila Franca de Xira, que foi o segundo maior surto mundial de “legionella”.

“Vivemos uma situação grave, a segunda maior epidemia de sempre na história mundial de doença dos legionários, com 403 casos confirmados e 14 óbitos. Foi uma situação de grande gravidade que impos a reorganização do parque hospitalar em Lisboa, que teve um empenho magnífico”, afirmou.

Sobre uma eventual demora da justiça no caso do surto de Vila Franca, a que aludiu o antigo Presidente da República Jorge Sampaio numa conferência nas comemorações Dia do Instituto Nacional de Saúde, o diretor-geral da Saúde recusou pronunciar-se, adiantando apenas estar “solidário com a população das freguesias atingidas”.

Um ano depois de um surto de 'legionella' ter afetado o concelho de Vila Franca de Xira, as vítimas, que viram a sua vida mudar totalmente, continuam a aguardar que a justiça descubra os responsáveis.

Passado um ano ainda decorre um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Comarca de Lisboa Norte-Vila Franca de Xira.

Numa resposta, fonte do Ministério Público (MP) adiantou que "os trabalhos já se encontram numa fase avançada" e que ali deram entrada 211 queixas de lesados diretos e de familiares das vítimas.

Presença de mercúrio
Pavilhão estava encerrado há um mês por motivos de segurança. Instituição tenta encontrar soluções para relocalizar...

O edifício da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa que está encerrado há um mês por motivos de segurança não voltará a abrir e vai ser, em breve, demolido, escreve o jornal Público. A decisão foi tomada na sequência dos últimos testes feitos no local, que detetaram a presença de mercúrio, não só no piso da cave, como em partículas suspensas no ar. Apesar dos resultados dos testes, a direção da instituição garante que não há registo de problemas de saúde entre alunos, professores ou funcionários.

Há cerca de um mês que o edifício E, um dos mais recentes do conjunto histórico que compõe a faculdade lisboeta, está encerrado. Naquele espaço funcionavam, por exemplo o laboratório de Tecnologia Farmacêutica e aulas de disciplinas como Tecnologia Farmacêutica e Farmácia Galénica. No final de Setembro, a cave do edifício onde se guardavam reagentes químicos inativos, solventes e outros produtos potencialmente tóxicos que são usados nas atividades da faculdade foi alvo de uma operação de limpeza. Nos dias seguintes, vários alunos, professores e investigadores apresentaram queixas de irritações na pele. Face ao perigo destes sintomas estarem associadas a intoxicações com produtos químicos, a direção da faculdade fechou provisoriamente o pavilhão.

O encerramento vai, porém, tornar-se definitivo, em função dos testes feitos entretanto. Logo após a decisão de fechar o edifício E, foram recolhidas amostras no chão da cave que revelaram a presença de mercúrio. Uma unidade militar especializada foi posteriormente chamada ao local para fazer uma raspagem integral do piso e foi feita uma descontaminação. Os dois procedimentos não foram, no entanto, suficiente. Novos testes feitos na última semana na Faculdade de Farmácia detetaram também a presença de partículas de mercúrio no ar.

Face à persistência da situação, a direção da faculdade decidiu que aquela infra-estrutura não voltara a abrir. “Era a decisão certa a tomar”, explica a diretora, Matilde Fonseca e Castro. A faculdade também já comunicou à reitoria da Universidade de Lisboa a intenção de proceder à demolição do edifício em causa. “O seu estado já era tão degradado, que acabou por tornar-se inevitável”, acrescenta a mesma responsável.

Apesar dos sintomas apresentados por alguns alunos, professores e funcionários, a faculdade garante que não há registos de problemas de saúde graves motivados por este caso. Todos os utilizadores do edifício E foram avaliados por um médico de medicina do trabalho nas últimas semanas e não apresentam sintomas de intoxicação. O caso mais grave era o de uma aluna que apresentou tonturas e vómitos, que podem estar associadas a um quadro de neuro toxicidade, mas que depois de um período de tratamento mostrou melhorias e já não inspira cuidados.

Desde que o edifício E foi encerrado provisoriamente que as aulas foram transferidas para outros edifícios da faculdade de farmácia e têm estado, desde então, a decorrer “normalmente”, assegura a presidente da faculdade. A prioridade agora e retirar do edifício em causa dos equipamentos laboratoriais que ainda ali permanecem e um local para que possam ser retomadas as atividades de investigação que têm estado suspensas.

Nos EUA
Investigadores do Centro de Controlo de Doenças dos Estados Unidos descobriram um parasita que parece "transmitir" o...

Os cientistas estudaram o caso de um colombiano, com o sistema imunitário debilitado pelo VIH (vírus da imunodeficiência humana), que tinha células cancerígenas que se comportavam de forma estranha, escreve o Diário de Notícias. As biópsias efetuadas aos tumores espalhados pelo corpo do homem encontraram células que agiam como células cancerígenas, mas que eram dez vezes mais pequenas que as células de cancro normais, por exemplo.

A descoberta fez os médicos colombianos pedirem ajuda ao Centro de Controlo de Doenças (CDC) norte-americano. Dois anos após terem recebidos as células, os cientistas acreditam ter resolvido o mistério, mas a conclusão é preocupante.

O patologista Atis Muehlenbachs encontrou ADN de um parasita nas células dos tumores, Hymenolepis nana, e acredita que o homem terá ingerido comida contaminada com pequenos ovos do parasita que, devido aos problemas do sistema imunitário, se multiplicaram e invadiram outras parte do corpo.

Não é claro se as células já se comportavam como células cancerígenas fora do organismo do hospedeiro ou se se modificaram já dentro do corpo humano.

"Esta é a primeira vez que vemos células cancerígenas de um parasita espalharem-se dentro de uma pessoa. É uma doença única, muito pouco habitual", disse Muehlenbachs, citado pelo Washington Post. Mas Muehlenbachs também reconhece que os cientistas não sabem quão rara é esta condição.

Porque é que esta descoberta é preocupante? Porque, apesar de se saber que outros animais, além dos humanos, sofrem de cancro, até agora os cientistas acreditavam que não era possível um parasita ter células cancerígenas e muto menos transmiti-las aos humanos -ou que estas se transformassem em células cancerígenas dentro do corpo humano.

"Pode ser a ponta do icebergue de algo que pode ser muito importante", alerta Matthew B. Laurens, um infeciologista da Universidade de Maryland.

Após denuncias
Há professores a ser chamados a juntas médicas e vários clínicos estão sob a alçada dos conselhos disciplinares da Ordem dos...

Num único caso, confirmou o Diário de Notícias, uma médica espanhola passou dezenas de atestados a docentes.

As denúncias surgiram sobretudo no distrito de Bragança, onde um total de 360 professores foram colocados neste ano letivo ao abrigo dos chamados destacamentos por condição específica (DCE). Mais de uma centena dos quais num único agrupamento de escolas, localizado no centro na capital de distrito. No entanto, questionado pelo Diário de Notícias, o Ministério da Educação e da Ciência (MEC) esclareceu que "as averiguações" a casos que geraram suspeita "não se reportaram apenas a situações numa determinada zona do país".

A intenção de recorrer a juntas médicas para esclarecer o que foi classificado de "epidemia" de casos em Bragança já tinha sido assumida, no início de setembro, pelo então ministro Nuno Crato, que deixara essa diligência dependente das conclusões de uma investigação conduzida pela Inspeção-Geral da Educação e da Ciência (IGEC).

Confirmada a existência de casos suspeitos, a medida avançou. "Na sequência de queixas apresentadas e da incidência geográfica de elevado número de pedidos de mobilidade por doença, a DGAE [Direção Geral de Estabelecimentos Escolares], em articulação com a IGEC, procedeu a uma análise de diversas situações", confirma o gabinete da ministra Margarida Mano, numa resposta enviada ao Diário de Notícias. "Na sequência desta averiguação prévia, aquelas que suscitam dúvidas serão sujeitas a ação da junta médica da ADSE."

Disciplina da ordem averigua
O recurso a juntas médicas da ADSE - o subsistema de saúde dos funcionários públicos - foi uma solução de recurso encontrada pelo MEC que, apesar de ter prevista a criação de juntas médicas regionais na sua dependência, ainda não as operacionalizou. A solução passou por uma parceria com o Ministério da Saúde, formalizada num despacho conjunto dos secretários de Estado da Saúde e da Administração Escolar, no dia 23 de outubro. O documento estipula que a Direção-Geral da Educação irá reembolsar a ADSE pelo custo destas juntas, estipulado em 180 euros por cada professor (ou familiar deste) avaliado.

O ministério não quis adiantar quantos professores - e em que distritos - serão alvo destas perícias.

José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, revelou ao Diário de Notícias que partiu da própria ordem "a sugestão do recurso a juntas médicas", depois de ter sido confrontada pelo Ministério da Educação com os casos suspeitos por este identificados. "Estes casos são de alguma sensibilidade, pelo que as juntas médicas nos parecem uma forma adequada de esclarecer as dúvidas", disse explicando que o facto de surgirem vários atestados associados a um mesmo clínico não implica necessariamente que "estes sejam falsos. São provavelmente médicos residentes do distrito de Bragança, pelo que é fácil que um médico emita vários atestados", defendeu.

O bastonário admitiu no entanto que "houve de facto alguns [médicos] que emitiram um número elevado [de atestados]", pelo que a Ordem tomou também diligências para que sejam averiguadas essas situações. "O ministério enviou-nos a comunicação com os nomes de vários médicos que terão passado um número significativo de atestados. Enviámos isso para os conselhos disciplinares, pedindo uma análise", revelou.

Quadros ultrapassados
Contactado pelo Diário de Notícias, Filinto Lima, da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), admitiu que o sucedido em Bragança foi "o fim da macacada", mas acrescentou que neste ano os destacamentos causaram mais contestação em todo o país. Não necessariamente pelo facto de terem ocorrido mais casos suspeitos. A diferença, considerou, foi que neste ano, ao contrário do que era habitual, estes destacamentos "aconteceram mais cedo", antes das colocações de professores dos quadros de zona pedagógica (QZP), que assim se viram ultrapassados em lugares aos quais habitualmente tinham acesso.

"Neste ano notou-se mais porque nós, diretores, fomos obrigados a dar componente letiva a estes professores", explicou. "No passado, como eram colocados mais tarde, normalmente não tinham componente letiva [não davam aulas]. Eram professores de apoio, que poderiam estar numa sala de estudo, numa biblioteca", contou. "Neste ano o ministério entendeu - a meu ver bem - rentabilizar estes professores, pondo-os a dar aulas. Mas isso acabou por defraudar as expectativas de muitos colegas dos QZP."

Em declarações ao Diário de Notícias, João Dias da Silva, da Federação Nacional de Educação (FNE), confirmou a existência de "várias queixas de professores dos QZP que se dizem prejudicados", reconhecendo que a situação, "pelo elevado número de pessoas que têm esse destacamento", também "levanta dúvidas" a esta organização sindical.

No entanto, defendeu também que devem evitar-se medidas drásticas na sequência deste caso: "Não deve pagar o justo pelo pecador, aproveitando-se esta situação para pôr em causa a lei." Esta é uma boa lei quando é posta ao serviço das pessoas que reúnem as condições que lhes dão o direito a usufruir dela, por si e pelos seus familiares", considerou.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro defende que o rastreio ao cancro da mama deve ser feito às mulheres até aos 75 anos, por...

Helena Gervásio, presidente do colégio de oncologia da Ordem dos Médico, recomenda a mamografia até à mesma idade, mas é mais cautelosa sobre a alteração do rastreio nacional. Nuno Miranda, diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas afirma que a avaliação do rastreio está sempre aberto, mas para que já os estudos mostram que não se justificam alterações, escreve o Diário de Notícias.

Vítor Veloso, presidente da secção norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro - entidade responsável pelo rastreio em quatro das cinco regiões do país -, considera que a janela entre os 45 e os 69 anos é pequena. "Penso que deveria ser estendido até aos 75 anos. A esperança de vida é maior e quanto maior é a idade, maior é a probabilidade de ter cancro. Este é um tema que está a ser debatido na Europa, mas é um processo moroso", afirma.

Helena Gervásio, presidente do colégio de oncologia da Ordem dos Médicos, afirma que "os médicos devem recomendar às mulheres que façam mamografias até aos 75 anos porque têm uma longevidade maior de vida". Faz sentido pedi-lo a título particular, mas quanto a integrar a recomendação no rastreio nacional tem mais dúvidas: "Para alargar o rastreio temos de ter estudos que mostrem que faz sentido. É preciso mostrar que se obtém resultados semelhantes aos que temos com a atual faixa etária" dos 50-69 anos".

"Coloca-se a questão se se deve aumentar a idade do rastreio até aos 74 ou se o início deve ser aos 45 anos, de forma a detetar mais alguns casos. Os dados mais sólidos e consensuais é que o rastreio compensa entre os 50 e os 69 anos e realizada de dois em dois anos", diz Nuno Miranda, diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas.

Astellas Pharma e Immunomic Therapeutics
A Immunomic Therapeutics, uma empresa de desenvolvimento de vacinas de “próxima geração” baseadas na plataforma LAMP-VAX, e a...

A tecnologia LAMP-vax aumenta a eficácia de vacinas de DNA. Tem a capacidade de fazer com que as vacinas de DNA funcionem, o que potencialmente permite vacinas eficazes para um amplo espetro de doenças.

Em janeiro de 2015, a Immunomic Therapeutics e a Astellas celebraram um contrato exclusivo de licença para o Japão de forma a desenvolverem e comercializarem ASP4070 (anteriormente designado JRC2-LAMP-VAX) concebido para tratar alergias induzidas pelo pólen do cedro vermelho japonês. A Astellas iniciou um ensaio de fase I com ASP4070 no Japão este ano. Independentemente do novo acordo, esse contrato inicial permanece em vigor.

A Astellas já adquiriu os direitos mundiais exclusivos para investigar, desenvolver, fabricar e comercializar quaisquer potenciais produtos LAMP-VAX destinados ao tratamento ou prevenção de doenças alérgicas humanas, bem como outros programas de investigação em alergias alimentares ou ambientais.

"Estamos muito satisfeitos por a Astellas ter reconhecido o potencial da tecnologia LAMP-VAX para inaugurarmos numa nova era na vacinação contra alergias comuns e graves e estamos entusiasmados por colaborarmos juntos novamente", disse William Hearl, CEO da Immunomic Therapeutics. "Com esta nova parceria, a Astellas pode explorar a plataforma LAMP-VAX para doenças alérgicas, enquanto nós continuamos com aplicações noutras áreas, como a imunoterapia no cancro".

"A Astellas define um objetivo estratégico para avançar com novas oportunidades como parte do nosso Plano Estratégico para 2015-2017, e estamos a investir ativamente em novas áreas terapêuticas e novas modalidades tecnológicas, em especial, na medicina regenerativa e vacinas da próxima geração", comentou Kenji Yasukawa, Vice-Presidente Sénior e Chief Strategy Officer da Astellas. "O nosso foco é a imunologia enquanto uma das áreas prioritárias para investigação e estamos a explorar alvos para descobertas de novos medicamentos que envolvem vários distúrbios imunológicos, com o objetivo de desenvolvermos um tratamento causal para doenças imunológicas. Estamos, novamente, muito animados com a parceria com a Immunomic Therapeutics, pois esta operação apoia, ainda mais, os nossos objetivos estratégicos e reforça o nosso pipeline em imunologia".

Sobre a plataforma LAMP-vax
A plataforma LAMP-VAX é uma tecnologia inovadora que tem o potencial de melhorar substancialmente a utilização de vacinas para várias doenças. LAMP-vax é uma vacina de DNA de última geração que estimula uma resposta imunitária contra uma proteína particular, injetando o DNA que codifica a proteína em vez da própria proteína. No entanto, ao contrário das vacinas de DNA convencionais, o LAMP-VAX inclui uma sequência curta de DNA que codifica a Proteína de Membrana Associada ao Lisossoma (LAMP). Isso permite vacinas de DNA, desenvolvidas com base na plataforma LAMP-VAX, de utilizar a bioquímica natural do organismo para desenvolver uma resposta imune mais completa em relação às vacinas convencionais. Ao contrário das vacinas de DNA convencionais que provocam principalmente uma resposta imune pelas células T citotóxicas, as vacinas de DNA desenvolvidas utilizando LAMP-vax iniciam uma resposta imunitária mais completa, incluindo a produção de anticorpos, a libertação de citocinas e memória imunológica. A capacidade para ativar uma resposta imunitária completa dá potencial à tecnologia LAMP-vax numa grande número de doenças incluindo doenças alérgicas e imunoterapia no cancro.

Sobre a Immunomic Therapeutics
A Immunomic Therapeutics, Inc. é uma empresa privada de biotecnologia dedicada a vacinas pioneiras que transformam vidas. Sediada em Hershey e com instalações laboratoriais em Rockville, a Immunomic Therapeutics desenvolve vacinas de ”próxima geração” baseadas na tecnologia patenteada LAMP.

A visão da Immunomic Therapeutics é ter medicamentos aprovados pelas agências reguladoras mundiais em várias doenças: alergias (pólen, alimentação, ambiente, animais), cancro, doenças infecciosas e saúde animal.

Sobre Astellas
A Astellas Pharma é uma companhia farmacêutica comprometida com a melhoria do estado de saúde das populações mundiais, fornecendo as mais recentes e inovadoras terapêuticas. O foco da organização está na disponibilização de terapêuticas, ao nível da I&D e da comercialização de tratamentos eficazes, que melhorem a vida dos doentes, continuando a crescer de forma sustentada no seu setor. É uma das 20 maiores empresas farmacêuticas, que emprega cerca de 15 mil colaboradores em todo o mundo.

A Astellas está em Portugal desde 1967, conta com cerca de 53 colaboradores e focaliza-se nas seguintes áreas terapêuticas: Oncologia, Urologia, Dermatologia, Transplantação, Anti-infecciosos e Dor.

Para mais informações sobre a Astellas visite http://www.astellas.com.pt/pt/.

Agência Europeia do Medicamento
A administração de vacinas contra o vírus que provoca o cancro do colo do útero (papiloma vírus humano – HPV) não provoca...

Citando um relatório do Comité de Avaliação de Riscos da Agência, conclui-se que não “há um nexo de causalidade” entre as vacinas e o desenvolvimento da síndrome de dor regional complexa ou síndrome de taquicardia.

A vacina é comercializada em Portugal desde 2006 e, nos primeiros três anos, foram notificados 21 casos de reações adversas, de acordo com a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), que considerou que o benefício da vacina era claramente superior ao risco.

Diz a Agência Europeia que as vacinas contra o HPV são dadas a jovens mulheres para as proteger do cancro cervical e de outras doenças provocadas pelo HPV, assim como de condições pré-cancerosas.

E acrescenta que, com estas conclusões, “não há razão para mudar a forma como as vacinas são usadas ou alterar as informações sobre o produto”.

A Agência Europeia diz depois que, quer a síndrome de dor, quer a alteração da frequência cardíaca são situações que podem acontecer na generalidade da população, incluindo adolescentes, independentemente da vacinação.

O Comité, diz-se ainda no comunicado, reviu os dados existentes, as informações sobre os ensaios clínicos e os relatórios sobre casos suspeitos de efeitos secundários em pacientes e em profissionais de saúde. Analisou também dados fornecidos pelos Estados-membros e consultou especialistas e grupos de pacientes.

Estima-se, no comunicado, que os dois sintomas descritos (dor ou taquicardia) surgem em 150 jovens mulheres por cada milhão de habitantes, em cada ano.

E não foi encontrada nenhuma evidência de que estas taxas sejam diferentes em raparigas vacinadas.

Mais de 80 milhões de jovens mulheres já receberam a vacina, com uma taxa de cobertura da população alvo na ordem dos 90 por cento, em alguns países da União Europeia.

O cancro do colo do útero é responsável por “dezenas de milhar de mortes na Europa todos os anos”, diz-se no comunicado, que acrescenta: “Os benefícios das vacinas contra o HPV continuam portanto a ser superiores aos riscos. A segurança destas vacinas, bem como de todos os medicamentos, continuará a ser cuidadosamente monitorizada”.

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