América Latina
O vírus zika já está presente em praticamente toda a América Latina e no Caribe, e a prioridade absoluta é fortalecer o combate...

"O primeiro caso foi confirmado no Brasil em maio de 2015, e desde então já se propagou por todo o continente de forma muito rápida. Em outubro já estava na Colômbia e no Cone Sul, e depois na América Central", disse Sylvain Aldighieri, chefe do departamento de Doenças Transmissíveis da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS).

Os cinco casos confirmados de infeção pelo vírus no Haiti "mostram que o vetor de transmissão da doença já está presente também no Caribe", acrescentou. E há casos registados também na Martinica, escreve o Sapo.

Os especialistas da OPAS estimam que o vírus tenha chegado ao continente em algum momento de 2014, "possivelmente proveniente de ilhas do Pacífico", comentou Aldighieri.

Nesta terça-feira, a Bolívia confirmou um caso autóctone de zika, e na Colômbia já se registaram mais de 11.000 casos confirmados. Na sexta-feira, os Estados Unidos pediram às mulheres grávidas para evitarem viajar para 14 países da América Latina e Caribe.

Aedes aegypti na maior parte do continente americano
A rápida disseminação do vírus em toda a região, disse Aldighieri, é explicada principalmente pela presença do mosquito Aedes aegypti na maior parte do continente, com exceção do Canadá e partes do Chile continental.

"Este mosquito é claramente um génio da adaptação e encontrou um nicho perfeito no continente" para se desenvolver, disse o especialista. O mosquito é o vetor de transmissão do vírus da dengue, do Chikungunya e da febre amarela, e agora também distribui o zika.

"O risco é o mesmo para todos os países da região, porque o mosquito está presente em todos eles e, portanto, gera os mesmos desafios que a epidemia de dengue", explicou Aldighieri.

O especialista disse à AFP que a "prioridade absoluta é a luta contra o vetor. Isso inclui médicos bem preparados, enfermeiros bem treinados e grupos capacitados para identificar áreas onde o mosquito está presente".

No Brasil, mais de 3.500 casos de microcefalia foram registados entre outubro de 2015 e janeiro de 2016, no período de maior incidência do vírus zika.

A análise de quatro destes casos mostra que os bebés foram infetados com zika quando estavam no útero e que o vírus atingiu os seus cérebros. Dois destes casos terminaram em abortos espontâneos e os outros dois na morte dos bebés pouco depois do nascimento.

Após vários roubos
O Instituto Português de Oncologia do Porto vai começar a revistar malas, sacos e até carros de doentes, utentes e funcionários...

Maria Merlinde Madureira, da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), diz que a norma é invulgar. "A forma como será feito o controlo não faz sentido e não é muito elegante para os utentes e funcionários". Há ainda dúvidas quanto à legalidade.

Contactado pelo Diário de Notícias, o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto minimiza o impacto da ação, que surge no âmbito de uma auditoria de qualidade, e refere que o mesmo é "comum a outras unidades hospitalares e múltiplas empresas privadas". Quase todas as unidades reportam casos de roubo de equipamentos, material clínico mas também de bens dos próprios doentes, embora admitam que hoje é menos frequente.

No caso do IPO, todos os utilizadores das instalações terão de se sujeitar a estas fiscalizações, sejam funcionários, doentes, visitantes e outros utilizadores. Se recusarem o controlo, poderá ser chamada a Polícia de Segurança Pública (PSP) para o fazer, refere o documento intitulado "Procedimento de Controlo de bens do IPO do Porto", publicado no final do ano num boletim informativo destinado aos profissionais.

Sobre a forma de atuação, admite-se que irá abranger, sempre que possível, todas as saídas do instituto, em locais "preferencialmente resguardados e discretos". Caberá à empresa de segurança privada a realização destas revistas, que terão sempre de contar com pelo menos dois seguranças. As ações serão planeadas com base em informações anónimas ou não.

As pessoas devem abrir "voluntariamente os sacos, volumes, malas e viaturas". O controlo pode ainda ser feito nos serviços e vestiários, podendo ser "solicitada a abertura dos cacifos dos profissionais e dos funcionários das empresa prestadoras de serviços". Estas operações podem também ser programadas com base em instruções superiores ou por denúncias anónimas.

Maria Merlinde Madureira explica que o caso do IPO ia ser abordado em reunião executiva, de onde sairá uma atitude. "Apesar de haver necessidade de tomar medidas, porque o problema afeta todas as unidades, esta forma não é discreta e é acintosa com toda a gente. Mas penso que não será ilegal."

Já Jorge Matta, advogado da FNAM, tem menos dúvidas. "Parece-me que é legal, além de manifestamente excessiva. A menos que haja roubos avultado de bens, não se justifica uma ação tão intrusiva, sem suspeitas, como se todos tivessem cometido um crime."

Portáteis, carteiras e material
Laranja Pontes, o presidente do conselho de administração do IPO do Porto, recorda que a unidade é "acreditada internacionalmente, o que obriga à publicação de todos os critérios de qualidade, nomeadamente relativos ao controlo interno de bens". Medidas como as referidas e como a videovigilância - ainda a ser avaliada pelo sindicato - "visam proteger os utentes e os profissionais de situações defurto, bem como a unidade". Questionado sobre a existência de roubos na unidade, em número que justificasse esta ação, Laranja Pontes diz que "há casos esporádicos, que são comunicados à PSP". Recorda o caso de uma pessoa que vestiu uma bata e roubou portáteis de alguns médicos ou de outro indivíduo que furtava carteiras aos utentes. Francisco Ramos, administrador do IPO de Lisboa, diz que as pessoas não são revistadas. "Há sempre roubos, mas nada de grave. Optámos por fazer a inventariação e ter em atenção os serviços afetados."

Merlinde Madureira conta que no Hospital de Gaia, há uns anos, foram roubados ecrãs plasma através dos quais eram chamados os utentes. Os problemas "repetem-se em todo o lado, com material clínico ou básico como papel higiénico. Aqui até levaram partes de chuveiro". Pedro Nunes, administrador do C entro Hospitalar do Algarve, diz que a unidade "tem vários armazéns, e o controlo é difícil. Aqui, temos registo sempre que algo falta e há pessoas à frente de cada unidade, sendo responsabilizadas".

Ministério da Saúde
Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, nomeia grupo de trabalho para a prevenção e luta contra a fraude.

O Ministério da Saúde criou um novo grupo de trabalho que tem como missão prevenir e combater práticas de fraude no Serviço Nacional de Saúde. O Grupo de Prevenção e Luta contra a Fraude no SNS", assim é designado, vem substituir e alargar o âmbito de atuação do gripo criado durante o executivo de Paulo Macedo, mais vocacionado para a fraude com medicamentos e exames complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT). Passam a estar incluídas áreas como os cuidados continuados, transportes de doentes, ou hemodiálise, escreve o Diário de Notícias.

O combate à fraude e ao desperdício é considerado determinante para a sustentabilidade financeira e económica do SNS, "permitindo uma correta aplicação dos dinheiros públicos na prestação de cuidados de saúde dos cidadãos e uma melhoria do desempenho dos estabelecimentos de saúde", lê-se em despacho publicado hoje em Diário da República.

A equipa nomeada vai integrar elementos do gabinete do ministro, do Infarmed, Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, Administração Central do Sistema de Saúde e das cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS) do País.

Com um mandato de três anos, terá como missão "avaliar a temática da fraude nas áreas da prescrição e dispensa de medicamentos e MCDT, dos Cuidados Continuados Integrados, dos Cuidados Respiratórios Domiciliários, da Hemodiálise, do Transporte de Doentes e dos Dispositivos Médicos com vista à eventual apresentação de propostas legislativas ou de ações de melhoria a desenvolver pelas várias entidades do Ministério da Saúde."

Os vários elementos irão ainda "contribuir para a revisão dos critérios e indicadores" que são hoje avaliados pela Unidade de Exploração de Informação (UEI), no âmbito da aplicação e evolução de modelo analítico de risco, por forma a aumentar a deteção de potenciais irregularidades ou fraudes" e dar apoio na análise de casos anómalos detetados.

Estas situações deverão estar incluídas numa base de dados, onde passarão a estar todas as situações detetadas e todos os casos que justifiquem terão de ser encaminhadas.

O grupo de trabalho, que não irá receber qualquer remuneração, estará na dependência do gabinete do ministro da Saúde e irá reunir de dois em dois meses, no mínimo, e terá o apoio de um grupo técnico compostos pelas mesmas entidades aqui nomeadas para o trabalho.

Vasco Cordeiro diz
O presidente do Governo dos Açores disse hoje que o rastreio ao cancro colorretal vai ser alargado a todas as ilhas, após uma...

O secretário regional da Saúde, Luís Cabral, havia já anunciado em fevereiro de 2015 o alargamento do rastreio do cancro colorretal a todas as ilhas do arquipélago, nesse ano, depois de uma experiência piloto em 2014 na área de influência do hospital da Horta, ilha do Faial.

Vasco Cordeiro referiu, contudo, que o alargamento decorrerá em 2016.

“Quero deixar uma palavra de apreço pelo trabalho que é feito pelo Centro de Oncologia dos Açores e pelos rastreios que tem lançado e posto ao serviço dos açorianos, que são um aspeto fundamental para que, também nesse domínio, a região possa fazer o seu caminho e orgulhar-se do que faz”, declarou Vasco Cordeiro.

O chefe do executivo açoriano, que falava hoje em Ponta Delgada na inauguração da Clínica de Radioncologia dos Açores Madalena Paiva, a primeira do género no arquipélago, disse ainda que o rastreio do cancro da mama já abrangeu cerca de 70 mil açorianas e o do colo do útero 40 mil pessoas.

Reconhecendo que o projeto agora inaugurado foi confrontado com “várias vicissitudes”, Vasco Cordeiro declarou que a Clínica de Radioncologia dos Açores é uma “vitória da determinação, da persistência, mas também da confiança” na parceria com a empresa José Chaves Saúde, responsável pelo projeto.

O líder do Governo Regional considera que o “grande mérito” da obra agora inaugurada não está na sua parte física, mas em “algo imaterial que não se consegue quantificar” e que assenta no facto de um açoriano afetado por uma doença oncológica poder recorrer a tratamentos na região, próximo do conforto da família.

Desejando que em cada uma das ilhas dos Açores houvesse uma infraestrutura de radioncologia, o que disse não ser possível hoje, o governante declarou que foi dado um passo importante com este investimento, que constitui “mais um exemplo para que os açorianos tenham orgulho” no Serviço Regional de Saúde, apesar de admitir que há aspetos a melhorar.

“Se os açorianos passam a dispor deste serviço é porque têm uma autonomia que assume esta como sua função”, defendeu Vasco Cordeiro.

O governante referiu que este é um “exemplo concreto, palpável e meritório” do que o regime em vigor nos Açores coloca ao serviço da população, o que surge por analogia quando se fala de autonomia como algo “abstrato e isotérico”.

Na sua opinião, as entidades públicas devem desenvolver medidas e ações que podem influenciar comportamentos de risco para combater o surgimento das doenças oncológicas, havendo a necessidade de agir em domínios como o consumo do tabaco e do álcool.

José Chaves, presidente do conselho de administração da empresa José Chaves Saúde, congratulou-se com o facto de “finalmente”, mais de uma década depois, este projeto estar materializado, tendo sido o “mais demorado de muitos que a empresa tem desenvolvido”.

O Centro de Radioncologia dos Açores terá capacidade para tratar 500 doentes por ano, evitando a deslocação de pacientes oncológicos para o continente.

O equipamento era inicialmente uma parceria público-privada, mas depois de ter sido recusado por duas vezes o visto pelo Tribunal de Contas, o executivo regional abandonou esta ideia, passando o projeto a ser um investimento privado.

Função pública
O Hospital das Forças Armadas vai assinar um protocolo de colaboração com o sistema de ADSE (trabalhadores da função pública) e...

De acordo com o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, general Artur Pina Monteiro, o Hospital, com um polo em Lisboa e outro no Porto, já colabora com o serviço de Assistência de Doença aos Militares e está “em fase final” de ultimação um protocolo com o sistema de ADSE.

O Hospital, em Lisboa, foi visitado pelo Presidente da República, que na altura lembrou que nos últimos dez anos acompanhou as mudanças que se deram, nomeadamente a fusão e extinção dos hospitais militares.

“Não houve nenhuma reunião com o ministro da Defesa ou chefias militares que a saúde militar não fizesse parte da agenda”, disse Cavaco Silva, acrescentando que não podia terminar o mandato sem visitar o Hospital, que resultou da fusão dos hospitais dos três ramos, com uma redução de efetivos na ordem dos 32%.

Cavaco Silva quis saber se a capacidade do Hospital se esgota nos militares e nas suas famílias ou se pode haver uma colaboração com o Serviço Nacional de Saúde, explicando Artur Pina Monteiro que há áreas, como a epidemiologia, em que o Hospital terá mesmo uma melhor preparação. O Hospital colabora com o Serviço Nacional de Saúde e apoiou em situações como os recentes surtos de ébola da costa ocidental africana ou de ‘legionella’ em Vila Franca de Xira, bem como em surtos de gripe.

Cavaco Silva visitou as instalações do Hospital em Lisboa (que ainda está em fase de construção de alguns módulos), nomeadamente o centro de medicina subaquática e hiperbárica, que tem duas câmaras hiperbáricas (para inalação de oxigénio puro), e o centro de medicina aeronáutica.

Com as obras previstas e a decorrer, o Hospital vai, nomeadamente, aumentar a capacidade de resposta no âmbito da saúde mental, da capacidade cirúrgica, hemodiálise e internamento, vai ser remodelado o hospital de dia e melhorado o serviço de cardiologia.

Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos defendeu que quem abandona os seus familiares nos hospitais deve ser penalizado, sublinhando...

O abandono dos hospitais fica “completamente impune” porque as instituições não têm maneira de resolver este problema, afirmou José Manuel Silva na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde foi ouvido a propósito de um projeto de lei do PSD/CDS-PP sobre direitos fundamentais das pessoas idosas.

Nesse sentido, defendeu, “é preciso que haja no ordenamento jurídico alguma forma de quem abandona os seus familiares nos hospitais ser penalizado e as instituições poderem ter um meio de intervenção efetivo para evitar o abandono nos hospitais”.

Os deputados observaram na audição que não existem estatísticas sobre o número de idosos nos hospitais, sendo uma realidade pouco conhecida.

Respondendo aos deputados, José Manuel Silva afirmou que não tem estatísticas oficiais, mas a perceção que existe é que tem “havido acréscimos de abandono”.

Sublinhou ainda que “10 a 15% das camas dos hospitais estão ocupadas com casos sociais, que incluem os abandonos”.

“Estamos a falar de uma realidade que não sendo totalmente conhecida a sua dimensão, é uma dimensão importante não só em termos estatísticos como em termos humanos e merece a atenção da Assembleia da República”, frisou.

Segundo José Manuel Silva, os acréscimos de abandono não estão apenas relacionado com “questões de pobreza ou de riqueza, isso é inequívoco”, tendo começado “curiosamente com a criação dos cuidados continuados”.

“Os cuidados continuados são uma ideia nobre, são necessários, mas não foram bem criados, porque, desde logo, foram colocados em alternativa e levaram ao fim dos hospitais concelhios que prestavam cuidados de saúde baratos, de grande qualidade e em proximidade aos cidadãos, com uma grande integração entre os cuidados de saúde e prestação de cuidados do foro social e os assistentes sociais”, argumentou.

Para José Manuel Silva, o fim dos hospitais concelhios criou os “maiores problemas” ao Serviço Nacional de Saúde e à Segurança Social, porque acabou este apoio integrado de cuidados de saúde e cuidados sociais e de apoio integrado de cuidados agudos e cuidados crónicos e reduziu o número de camas disponíveis.

Questionado sobre se a criminalização do abandono podia afastar o idoso do tratamento, José Manuel Silva considerou que não há esse risco.

Além disso, defendeu, esta criminalização tem a vantagem de afastar o idoso das infeções hospitalares, lembrando que o internamento prolongado é “um fator de risco enorme” para estas infeções.

Defendeu ainda que a legislação dos cuidados continuados e dos lares, no que concerne ao apoio médico, deve ser revista para os idosos terem o apoio de médicos com experiência de internamento.

“Este projeto de lei pode ser uma oportunidade para levar paralelamente à revisão desta legislação”, sublinhou.

O projeto de lei de PSD/CDS-PP de alterações ao Código Penal para a Estratégia do Idoso foi aprovado na generalidade, no passado dia 11 de dezembro, no Parlamento com a abstenção do PS e os votos contra de PCP, BE, e "Os Verdes", estando agora a ser discutido na especialidade.

Segundo o projeto de lei, quem abandonar um idoso num hospital ou se aproveitar das suas limitações mentais para aceder aos seus bens poderá incorrer numa pena de prisão até dois anos.

Na prática, acrescenta-se um novo capítulo ao título dos crimes contra pessoas, consagrando crimes contra direitos fundamentais dos idosos.

Tratamentos estéticos
Tendo como principais causas a oscilação excessiva de peso, o uso de medicamentos – anabolizantes ou

As estrias surgem quando a pele estica até um nível muito acima daquele que ela consegue suportar. Quando isto acontece as fibras de colagénio e elastina, que fazem parte da sua composição, rompem-se, dando lugar a linhas em relevo de cor avermelhada, que com o tempo se tornam esbranquiçadas.

Durante a gravidez o risco de ficar com estrias é maior, por isso, este é um período em que se deve redobrar os cuidados com a pele.

Na realidade, a pele deve estar constantemente hidratada para que as suas fibras aguentem a pressão que o crescimento faz durante a gravidez, sobretudo na zona da barriga e peito.

Apesar de não existir um tratamento 100% eficaz para combater as estrias, não é preciso desanimar uma vez que existem vários métodos, e produtos naturais, que podem ajudar a melhorar a sua aparência. Sobretudo, quando utilizados numa fase inicial do aparecimento das estrias.

Especialistas aconselham, como primeiro passo, manter a pele bem nutrida e hidratada e ter atenção ao aumento e/ou perda de peso repentina.

Para diminuir a aparência das estrias já existentes aconselha-se a utilização de hidratantes à base de ureia, por exemplo.

Os óleos vegetais são boas opções, caso queira melhorar o seu aspeto. Aposte no óleo de amêndoas, rosa mosqueta, bétula ou uva.

O truque é utilizar diariamente estes óleos, massajando a área afetada.

Por outro lado, alguns naturopatas aconselham o uso de óleos essenciais – mais concentrados que os vegetais, e resultando de uma mistura de substâncias voláteis extraídas das folhas, raízes ou caules, este possuem vastas propriedades terapêuticas.

Na lista dos óleos essenciais aconselhados para atenuar ou melhorar este problema podem encontrar-se os seguintes:

  1. Óleo essencial de Funcho-Doce ou Erva-Doce, considerado um poderoso diurético evita a retenção de líquidos, elimina as toxinas e melhora o sistema linfático;
  2. Óleo essencial de Junípero (Zimbro), que tendo propriedades diuréticas ajuda a evitar a acumulação de toxinas;
  3. Óleo essencial de Toranja, que atua sobre o sistema linfático contribuindo para eliminar toxinas.

Se ficou curiosa experimente juntar estes óleos essenciais e massaje, com movimentos circulares e intensos, a zona a tratar, depois do banho, pelo menos uma vez por dia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Publicado pelo Journal of the American College of Cardiology, este é um estudo levado a cabo por investigadores do Departamento...

Destacando-se pela sua amostragem – 133.536 indivíduos – e pelo tempo de investigação – os indivíduos foram seguidos durante um mínimo de 24 anos e um máximo de 30 anos – o estudo chega às seguintes conclusões:

  • O follow-up destes 24 a 30 anos de pesquisa documentou 7.667 casos de doenças cardiovasculares;
  • O consumo de gorduras polinsaturadas (como o abacate, as nozes, e os óleos e cremes vegetais), e hidratos de carbono complexos foi claramente associado a um risco baixo de desenvolvimento de doenças cardiovasculares;
  • Por oposição, o consumo de gorduras saturadas (como as carnes vermelhas e brancas, e o leite e derivados como a manteiga, iogurtes e nata) foi claramente associado a um risco mais alto de desenvolvimento de doenças cardiovasculares;
  • A substituição de 5% do consumo de gorduras saturadas pela mesma quantidade de gorduras polinsaturadas, monoinsaturadas e hidratos de carbono complexos reduz o risco de doenças cardiovasculares em 25%, 15% e 9%, respectivamente;

Conclusão Principal: a substituição de gorduras saturadas por gorduras insaturadas (especialmente polinsaturadas) diminui o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Pode consultar o estudo na íntegra aqui.

Presidente do hospital revela
O presidente do Hospital de Santa Maria revelou que recebe cerca de 50 casos/ano de aneurismas para neurocirurgia e nunca houve...

Falando aos jornalistas no final na Comissão Parlamentar de Saúde, o presidente do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), Carlos Martins, revelou que tem equipas de neurocirurgia especializadas para casos de aneurisma roto, como o que vitimou um jovem no Hospital de São José em dezembro, estão de prevenção, prontas para atuar se forem chamadas ao fim de semana, e que são pagas em produção adicional, de acordo com uma tabela que existe com percentagens e valores definidos.

Essa tabela que vigorava desde 2008, agora deixou de fazer sentido ao fim de semana, uma vez que desde 24 de dezembro os hospitais funcionam com uma escala diferente e rotativa entre hospitais.

Embora sem detalhar, Carlos Martins explicou que os valores segundo os quais eram pagas estas equipas eram atualizados ao ano e semelhantes aos de prevenção.

“A prevenção de fim-de-semana que existe e que é de seis pessoas rondará sensivelmente os dois mil euros, a equipa toda, desde o assistente operacional até ao neurocirurgião. Os valores que vi pela casuística dos últimos seis anos, se tivéssemos optado pela prevenção, seriam semelhantes”, afirmou.

Estas equipas eram formadas por “pessoas que se prontificaram a integrar esse sistema, são pessoas referenciadas e que entenderam que essa era a melhor forma. Na altura, em 2008, eram cerca de 25 casos por ano que recebíamos, agora são cerca de 40 e as respostas sempre foram dadas”, assegurou.

Perante os deputados, Carlos Martins já afirmara que “no CHLN a média é de 40 a 50 casos por ano, o que dá uma média de um caso a cada sete dias”, sendo que “aquela era a melhor opção e a que os profissionais aceitavam”.

Estas equipas eram constituídas por seis profissionais: um neurocirurgião com capacidade para neurocirurgia vascular, um anestesista, com treino na neurocirurgia, três enfermeiros treinados no bloco de neurocirurgia e um assistente operacional também.

Aos jornalistas, o responsável reiterou que Santa Maria não tem “nenhuma casuística de nenhuma situação de morte ou de sequelas graves por falta de meios” e que nunca teve “nenhuma recusa de profissionais”.

“E é este o Serviço Nacional de Saúde a que estou habituado”, afirmou, da mesma forma que é esse o sistema que disse conhecer e que põe a vida dos pacientes à frente da contabilidade, tentando dar resposta a este tipo de casos urgentes o mais rapidamente possível.

“O SNS que eu conheço funciona pelo primado da vida do doente, que não tem preço. Primeiro salvamos vidas ou devolvemos qualidade de vida e depois fazemos a contabilidade. Portanto, naquele dia, a minha preocupação foi saber o que aconteceu durante os anos em que presido a instituição e os anteriores e não quanto custa ou quanto custou”, afirmou.

Quanto às 72 horas apontadas por algumas instituições como o tempo de espera possível para este tipo de doentes, Carlos Martins respondeu não conhecer a casuística dos outros hospitais, e disse ter-se apercebido nos últimos tempos, “inclusivamente por um prestigiado neurocirurgião” do Hospital de São José, de que “há uma janela de oportunidade de 72 horas”.

“Mas a casuística demonstra que a primeira reação acontece nas primeiras 24 horas, em regra”, sublinhou, acrescentando: “conheço a casuística da minha instituição e pela minha respondo”.

Carlos Martins esclareceu ainda que pôs o lugar à disposição e não se demitiu.

“De acordo com os dados que eu tinha naquela reunião do final da tarde de dia 22 [dezembro], se o meu hospital tinha sido acionado e não tinha correspondido ao pedido de apoio do Centro Hospitalar Lisboa Central, entendi que deveria colocar o meu lugar a disposição. Demitir era se eu tivesse apurado factos, não é por perceções”.

Deco denuncia
A Deco alertou os consumidores para a oferta de rastreios de saúde gratuitos pelo telefone que acabam por se revelar uma...

Numa nota divulgada, a Deco - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor anuncia já ter denunciado aquelas práticas à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), à Direção Geral do Consumidor (DGC) e à Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

Sem contabilizar, a Deco acrescenta que “continua” a receber reclamações de consumidores que, a propósito da realização de rastreios de saúde gratuitos, são alvo de práticas comerciais desleais e enganosas.

A abordagem é feita pelo telefone, sendo os consumidores convidados a deslocaram-se a determinado local para efetuarem exames clínicos gratuitos.

“Habitualmente, são locais que não levantam suspeita como, por exemplo, as instalações dos Bombeiros Voluntários ou coletividades”, adianta a associação, explicando que o rastreio de saúde oferecido como gratuito acaba por se revelar “uma armadilha” do consumo.

“Os consumidores são influenciados a adquirir determinados produtos e/ou tratamentos de valor bastante elevado e, caso não disponham da quantia solicitada como sinal, são muitas vezes acompanhados pelo comercial a uma caixa multibanco para efetuarem o levantamento do montante em causa”, denuncia a Deco.

O público-alvo destas campanhas de rastreios são consumidores com mais de 50 anos, com queixas clínicas, a quem é prometida a resolução dos problemas de saúde e lembrada a necessidade de fazer exames regulares devido à idade.

A Deco diz que, além da abordagem enganosa, há também uma venda agressiva: “Chegados ao local indicado, e perante a insistência e pressão dos vendedores, os consumidores vêm a sua liberdade de escolha limitada, acabando por assinar um contrato de forma precipitada”.

A Deco diz ainda que algumas das empresas que praticam este tipo de vendas não estão a respeitar o prazo de livre resolução (14 dias para cancelar o contrato) e o prazo de reembolso das quantias despendidas pelos consumidores.

“A Deco alerta todos os consumidores para este tipo de práticas e informa que estes contratos podem ser cancelados no prazo de 14 dias”, alerta a associação, lembrando que a vontade de cancelar o contrato tem de ser manifestada junto da entidade, através de carta registada com aviso de receção, devendo o consumidor guardar cópia da carta e dos registos de envio.

SPO alerta para importância do diagnóstico e tratamento atempados
No dia 4 de fevereiro assinala-se o Dia Mundial de Luta contra o Cancro e Sociedade Portuguesa de Oftalmologia lembra que o...

“Quando é tratado numa fase em que ainda está confinado ao globo ocular, a taxa de sobrevivência é superior a 95%, mas cai de forma abrupta quando o tumor invade estruturas à volta do olho (órbita) ou desenvolve metástases à distância, podendo levar à morte”, explica Guilherme Castela, oftalmologista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).

O diagnóstico atempado deste tipo de tumor também é importante porque pode evitar a necessidade de retirar o olho e permitir que as crianças não percam a visão completamente.

Em 90% dos casos o tumor manifesta-se antes dos 5 anos, sendo a idade média de diagnóstico os 12 meses nos casos bilaterais e 24 meses nos unilaterais. Este tipo de tumor afeta mais frequentemente um olho - unilateral - (75% dos casos), mas também pode ser bilateral e até trilateral, se chegar à região cerebral da glândula pineal.

Os retinoblastomas podem ser hereditários (40% dos casos) e, por isso, é importante o estudo genético das famílias, acrescenta Guilherme Castela.

A principal manifestação clínica deste tumor é a Leucocória (pupila branca) e ocorre em 60% dos casos. Guilherme Castela explica que “o tumor cresce dentro do olho e apresenta um reflexo branco que se vê pela pupila. Este reflexo também pode aparecer nas fotografias com flash, deixando de aparecer o típico ‘olho vermelho’. Nestes casos chama-se fotoleucocória”.

A pesquisa do reflexo vermelho é a forma mais eficaz para diagnosticar precocemente este tumor, acrescenta o especialista, recomendando que seja realizada por todos os pediatras e oftalmologistas. “Todas as crianças devem ser rastreadas desde que nascem e pelo menos até aos 5 anos de idade”, diz Guilherme Castela.

Outra forma de apresentação menos frequente é o estrabismo convergente (desvio do olho para dentro) que pode ocorrer em 20% dos casos.

O tratamento do retinoblastoma pode ser sistémico (quimioterapia e radioterapia), mas cada vez mais, com a evolução dos tratamentos, se utilizam tratamentos locais no olho.

A quimioterapia supra-seletiva da artéria oftálmica (QSAO) e a quimioterapia intravítrea (QTiv) são as formas locais de quimioterapia cada vez mais utilizadas. Estes novos tratamentos estão a ser feitos em Portugal desde 2015, permitindo que neste momento seja possível fazer o tratamento integral destes tumores em Portugal, explica Guilherme Castela.

No nosso país registam-se cerca de 10 novos casos por ano de retinoblastoma, cuja incidência ronda 1/18.000 crianças. Este tumor representa 3 por cento de todos os tumores em crianças até aos 15 anos de idade e não apresenta predileção por género ou raça.

Esgotados e pouco realizados
Inquérito a 5000 trabalhadores portugueses mostra que o risco de esgotamento aumentou, que a exposição ao stress é maior e que...

Sentir pouca realização pessoal no que se faz e um “cansaço extremo”. Experimentar um “aumento do cinismo” na relação com os colegas, uma espécie de desligamento “afetivo-emocional em relação às tarefas e ao trabalho”. Acumular stress há muito tempo. Tudo isto caracteriza o burnout — expressão usada pelos especialistas para falar de “esgotamento”. E o número de trabalhadores que apresentam sintomas de “esgotamento”, tal como ele aqui é definido, subiu em 2014/2015 para 17,3%, segundo um estudo.

Mas são muito mais os que estão em risco. Quase metade de quase 5000 trabalhadores inquiridos (48%) “estão submetidos a situações com elevado potencial de desenvolver burnout”, diz João Paulo Pereira, presidente da direção da Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional.

Em 2014, o coordenador do Barómetro de Riscos Psicossociais, “que visa fazer o reconhecimento sobre a evolução dos riscos psicológicos, físicos e de eficiência das organizações”, levou o seu primeiro Relatório de Avaliação de Perfil de Risco Psicossocial – A gestão de Pessoas e Organizações Saudáveis a várias comissões parlamentares. Para explicar aos deputados que se estava a observar uma degradação “assustadora” dos indicadores de bem-estar no mundo laboral.

Esse estudo, então noticiado, baseava-se em inquéritos a 38.719 trabalhadores portugueses, feitos entre 2008 e 2013, e mostrava, por exemplo, que a percentagem dos que se encontravam num estado de burnout/esgotamento passara de 9%, em 2008, para 15%, em 2013.

Agora, a taxa superou os 17%. Até que ponto é grave? “A distribuição tida como normal” seria 7% a 9% de trabalhadores naquela situação, diz ao jornal Público, por escrito, o coordenador.

Stress e reconhecimento
Entre 2014 a 2015, foram inquiridas 4729 pessoas, tendo em consideração três áreas: Saúde, Educação e Serviços, com percentagens de inquiridos idênticas, 33,3%, para cada área, tanto no sector público como no privado. Menos pessoas do que no estudo anterior, mas perguntas idênticas.

Cerca de 45% das entrevistas foram feitas na rua e 55% em instituições que foram contactadas ou que solicitaram a avaliação, explica o também consultor da Mastering Jobs & People, grupo “especializado em Comportamento Humano e Organizacional”, detentor dos direitos do barómetro.

Os resultados “mostram uma evolução negativa na exposição aos fatores de risco” — fatores estes que vão da perceção do reconhecimento financeiro e social pelo trabalho, à sobrecarga de tarefas, para dar dois exemplos. Alguns dados: há mais situações de stress. Em 2013, eram relatadas por 62% dos inquiridos. “Neste momento temos 86,1%”, continua João Paulo Pereira.

O sentimento de não reconhecimento também ganhou espaço. Em 2013, aproximadamente 73% dos inquiridos não se sentiam recompensados, “agora estamos nos 87,41%”.

Esta área, do reconhecimento financeiro e social que se recebe pela contribuição que se tem no trabalho, “comporta a remuneração propriamente dita, os prémios de produtividade, o reconhecimento de performance por parte das chefias, colegas e outros que sejam importantes na vida do trabalhador”, explica João Paulo Pereira. Que nota que “um sistema de remuneração significativo, e que cumpra de forma integrativa e abrangente o que foi enumerado, contribui para o desempenho e proporciona indicações claras de quais são os valores da organização”.

Os autores avaliaram mais aspetos: qual “a capacidade do trabalhador se sentir envolvido na instituição e com as tarefas que nela desenvolve”? Com que “energia” cada colaborador se sente “para conseguir ter ‘disponibilidade’ e força para o desempenho das tarefas”? Há, aos olhos do trabalhador, justiça na sua empresa? — “A justiça comunica respeito para com os membros de organização”. Partilha ele dos valores da organização? — “Sendo os valores um aspeto importante para o sucesso organizacional e dos seus membros, urge que se descubram as congruências entre eles, de forma a que o sentimento de identificação das pessoas com as organizações, e o consequente desenvolvimento de engagement, satisfação e redução de riscos, possam ser uma realidade.”

Apostar na prevenção
Porque piorou o bem-estar dos trabalhadores? Por um lado, a realidade sócio-económica das pessoas e famílias portuguesas não sofreu “melhorias consideradas por elas como significativas”, diz. Depois, “a realidade do mercado de trabalho, seja no sector público, seja no sector privado, não teve, de forma clara, um processo que fosse visto como algo que pudesse sustentar uma evolução positiva no futuro”. Para além disso, pouco foi feito ao nível da “prevenção e minimização destes riscos”, ao contrário do que tinha sido recomendado no estudo de 2014 — e o consultor faz questão de sublinhar que havendo “vontade das empresas e do regulador” uma intervenção junto dos trabalhadores tem resultados.

É também preciso “que a lei se cumpra”, nota, para “assim prevenir a exposição dos trabalhadores àqueles que são considerados os fatores de potencial desenvolvimento de risco”. E as organizações devem ter planos de ação e desenvolver “ações formativas e de intervenção nas áreas da Saúde Segurança e Higiene no trabalho, na vertente comportamental e na de desenvolvimento de competências específicas à função”.

Para já, os dados apurados dizem isto: 72% do total dos funcionários públicos e 69% dos do sector privado apresentam uma exposição elevada aos fatores de risco considerados neste barómetro.

União Europeia
Um ano e quase cinco meses depois da entrada em vigor da diretiva comunitária que permite ter acesso a cuidados de saúde em...

De acordo com fonte oficial da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), desde setembro de 2014 – altura em que a diretiva europeia entrou em vigor em Portugal – foram rececionados dois pedidos de reembolso. Um dos doentes foi ao estrangeiro fazer uma PET (um exame imagiológico da medicina nuclear) e o outro submeteu-se a uma intervenção cirúrgica a um estesioneuroblastoma (um tumor na cavidade nasal), detalhou a mesma fonte ao Observador.

Acontece que, em ambos os casos, “a resposta [do reembolso] não foi positiva”, pois os cuidados de saúde foram “prestados antes do pedido de autorização prévia”.

A autorização prévia aplica-se, segundo a lei, sempre que estão em causa cuidados de saúde cirúrgicos que exijam o internamento de, pelo menos, uma noite, bem como cuidados de saúde que impliquem o recurso a infraestruturas ou equipamentos médicos altamente onerosos e de elevada especialização, como PET, ressonância magnética, análises genéticas, diálise renal, tratamento oncológico, entre outros cuidados devidamente estabelecidos numa portaria de 2014. E sem esta autorização, não há lugar a reembolso do Estado.

Quando a diretiva entrou em vigor, e mesmo antes de ter entrado, muitas vozes se fizeram ouvir, antecipando as dificuldades que se levantariam. Além da necessidade de autorização prévia, em muitos casos, também a questão do reembolso foi sublinhada. É que, mesmo quando a resposta é positiva, o reembolso por parte do Estado é feito de acordo com as tabelas de preços aplicadas ao Serviço Nacional de Saúde, ou seja, o Estado paga aos doentes aquilo que pagaria aos hospitais para darem resposta aos cuidados em causa. Tudo o que tem que ver com outras despesas (transporte, alojamento, alimentação, e outras) não está abrangido. Isto faz com que as pessoas com menos recursos financeiros fiquem impossibilitadas de usufruir desta possibilidade.

Esta diretiva, aprovada na Comissão Europeia no início de 2011, com o voto contra de Portugal, permite também que cidadãos europeus venham a Portugal receber cuidados de saúde, mas, até à data, “não existe conhecimento de doentes estrangeiros que tenham recebido cuidados de saúde ao abrigo da diretiva sobre cuidados de saúde transfronteiriços”, respondeu a mesma fonte.

Carteira profissional
Enfermeiros, farmacêuticos e fisioterapeutas entre profissionais que vão ter nova carteira profissional para trabalhar na União...

Desde ontem, torna-se mais fácil exercer uma profissão noutro país da União Europeia (UE) para alguns técnicos da área da saúde, mas também para guias montanhistas ou mediadores imobiliários. De acordo com uma nota da Comissão Europeia, escreve o Diário de Notícias, a nova carteira profissional torna o processo muito mais célere para aqueles profissionais mas também para enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos.

No caso os enfermeiros, esta será uma medida que poderá ter algum impacto, já que anualmente há milhares de enfermeiros a escolher outro país para trabalhar. Desde 2009, estima a Ordem dos Enfermeiros, 12500 profissionais terão pedido a documentação para sair de Portugal.

As regras de avaliação são as mesmas, mas o mecanismo de reconhecimento das qualificações passa a ser eletrónico "Ao mesmo tempo, o sistema prevê salvaguardas que previnem abusos: um mecanismo de alerta garante que os pacientes e os consumidores da UE são protegidos adequadamente."

Para já, este certificado eletrónico "emitido pelo primeiro procedimento completamente online à escala da UE" apenas afeta estes profissionais, mas o objetivo é que venham a ser englobados outros profissionais com maior mobilidade.

A mobilidade vai tirar partido do Sistema de Informação do Mercado Interno, onde a informação sobre cada profissional estará numa rede segura. No seu país de origem, o candidato pode submeter o seu pedido e os seus dados. Os coordenadores nacionais vão avaliar esta informação, que pode ser traduzida para qualquer língua num outro destino. Nesse país, as informações serão validadas e autenticadas.

Os países europeus vão poder também lançar alertas e informação relativas a profissionais que trabalham em saúde ou na educação de menores que tenham sido proibidos de exercer ou que tenham falsificado diplomas.

Centro Hospitalar do Oeste
O Centro Hospitalar do Oeste anunciou a aprovação de uma candidatura a fundos europeus para investir na modernização...

O projeto agora aprovado “representa um investimento de cerca de 1.043 milhões de euros, cofinanciado em 85% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e os restantes cerca de 209 mil euros pelo orçamento próprio do Centro Hospitalar do Oeste (CHO)”, divulgou a instituição em nota de imprensa.

A candidatura, submetida em setembro de 2015 ao Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação da Administração Pública, foi aprovada no início deste mês e permitirá “implementar novas ferramentas que facilitem e poupem tempo ao utente quando este tem de interagir com o CHO”.

Na prática possibilitará, por exemplo, que os utentes dos três hospitais (Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche) passem a “receber um SMS a relembrar as suas marcações ou remarcações de consultas, evitando assim deslocações aos respetivos hospitais”, explicou o administrador, Carlos Sá, aquando do lançamento do projeto.

Outra das melhorias será o facto de “através do Portal do Utente passar a ser possível ao utilizador monitorizar os seus dados de saúde de forma integrada e ter acesso fácil e rápido aos serviços disponibilizados ‘online’”, explicou ainda a administração, exemplificando com situações concretas como “a marcação de consultas, pedidos ou renovações de medicação ou a consulta dos registos clínicos, entre outros”.

De acordo com a informação divulgada pelo CHO, será possível aceder ao portal através de computadores fixos e portáteis, ‘smartphones’ e ‘tablets’.

A candidatura prevê ainda a criação de quiosques eletrónicos que “possibilitarão a efetivação de consultas, marcação de exames, acesso aos resultados dos exames, ou pagamento das taxas moderadoras através do cartão de multibanco”, evitando assim, segundo a administração do CHO, ”filas de espera”.

A digitalização e desmaterialização dos processos administrativos e assistenciais é outra das vertentes da candidatura, o que, segundo a administração, “facilita a partilha de informação clínica com as restantes entidades de saúde”, que a ela poderão aceder por via eletrónica (com autorização do doente), deixando “ de haver a necessidade de os processos clínicos terem existência em papel”.

O projeto contempla ainda a implementação de uma plataforma de Telemedicina e de Telerradiologia, solução que permitirá a prestações de cuidados de saúde à distância.

O Centro Hospitalar do Oeste abrange uma população direta de cerca de 295 mil pessoas dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

Estudo
Portugal é um dos 11 países, de um total de 186, com uma menor taxa de nados-mortos em 2015, revela um estudo publicado na...

De acordo com o estudo, a taxa estimada para Portugal, em 2015, é de 2,2 nados-mortos por mil nascimentos, tal como a da Noruega.

Os autores consideraram como nados-mortos os bebés que nasceram sem vida após 28 semanas de gestação.

Entre os 11 países com taxas de nados-mortos mais baixas figuram ainda Islândia (que lidera com 1,3 nados-mortos por mil nascimentos), Dinamarca (1,7), Finlândia e Holanda (1,8), Croácia (2,0), Japão e Coreia do Sul (2,1), Nova Zelândia e Polónia (2,3).

Portugal surge à frente de países como Suécia e Suíça (2,8 nados-mortos por mil nascimentos), Reino Unido (2,9) e Estados Unidos (3,0).

No 'top 10' dos países com taxas de nados-mortos mais altas incluem-se Paquistão (que lidera com 43,1 nados-mortos por mil nascimentos), Nigéria (42,9), Chade (39,9), Níger (36,7), Guiné-Bissau (36,7), Somália (35,5), Djibuti (34,6), República Centro-Africana (34,4), Togo (34,2) e Mali (32,5).

O mesmo estudo assinala que os três países que conseguiram mais reduzir, em média, por ano, a taxa de nados-mortos, entre 2000 e 2015, foram Holanda (6,8%), China (4,6%) e Polónia (4,5%).

Portugal ocupa, neste parâmetro, a décima posição (3,5%), entre 159 países.

Para o cálculo da taxa de redução anual de nados-mortos, os autores do trabalho publicado na The Lancet tiveram em conta 159 países, e não os 186 iniciais, uma vez que foram excluídos os países com menos de dez mil nascimentos por ano.

O estudo salienta que, em 2015, cerca de 2,6 milhões de bebés que nasceram, nos países analisados, eram nados-mortos, uma média de 7.200 por dia, apesar dos esforços de redução generalizada da taxa de nados-mortos desde 2000.

Segundo os autores, a diminuição da taxa de nados-mortos não acompanha, porém, o ritmo da queda da mortalidade materna e infantil.

O trabalho, conduzido por especialistas de mais de uma centena de organizações em 43 países, calcula que metade do número de nados-mortos surgiu durante o parto e seria evitável se tivessem sido prestados cuidados de saúde de alta qualidade durante o nascimento e numa fase precoce da gravidez de alto risco.

Os peritos alertam para o facto de o nascimento de bebés sem vida, após 28 semanas de gestação, continuar a ser um problema nos países desenvolvidos, apesar de 98% dos casos acontecerem em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.

Tribunal de Coimbra
Uma ex-bancária de 56 anos, envolvida num processo de burlas de pensões com 30 arguidos, admitiu na primeira sessão, no...

A ex-bancária, residente em Coimbra, é acusada de pertencer a uma organização criminosa que emitia documentos para a obtenção de pensões de invalidez, em que eram angariados clientes, elaborados relatórios médicos e emitidos atestados médicos fraudulentos com doenças de que os beneficiários não padeciam.

Hoje à tarde, depois de a alegada líder da organização, uma ex-professora de Coimbra, ter negado de manhã participação ativa no esquema, a ex-bancária admitiu que falsificava relatórios médicos, alterando os dados de documentos originais emitidos por diversas entidades do Serviço Nacional de Saúde em nome de outras pessoas, recorrendo ao programa digital de desenho Paint.

Segundo a arguida, a ex-professora ter-lhe-á facultado os documentos originais e pedido para lhes alterar o nome e data.

"Só tomei conhecimento da dimensão da situação depois de a PJ ter ido lá a casa", contou a ex-bancária, visivelmente nervosa mas cooperante, afirmando que apenas aceitou fazê-lo por "obrigações morais" à ex-professora, que a teria ajudado no passado.

Quanto a pagamentos, teria a receber dez euros por cada relatório médico falsificado. "Recebeu quanto? 5.000 euros?", questionou o juiz que preside o coletivo, ao qual a ex-bancária respondeu que "gostava" de ter recebido esse valor, mas que "nem 500 euros" recebeu da ex-professora - "apenas deu para pagar os tinteiros da impressora".

Apesar da cooperação e de se mostrar "bastante arrependida", a ex-bancária não deixou claro se sabia para que é que os relatórios falsos serviam, sublinhando que ficou "em estado de choque" quando se apercebeu dos valores cobrados pela facilitação na obtenção de pensões (normalmente valores superiores a 1.500 euros).

De acordo com a ex-bancária, apenas contactava com a ex-professora.

Já esta, que foi a primeira arguida a falar, admitiu que conhecia o médico de Pombal desde os anos 1980, mas recusou ter uma participação ativa em qualquer esquema de burlas na obtenção de pensões, negando ter-se reunido com o médico, com a ex-bancária e o seu ex-marido.

"As pessoas é que me contactavam. Eu não contactei ninguém", disse, levando a que outros arguidos se começassem a rir na sala de audiências e a mostrar discordância com tais declarações.

Contou que pessoas iam ter ao seu espaço comercial, em Coimbra, e a única coisa que faria seria facultar o contacto do médico, tendo acompanhado as pessoas numa ou noutra situação, vincando que terá recebido apenas "30, 40 ou 50 euros" das pessoas que acompanhou.

Quanto a dois cheques que terá recebido, um de 5.000 euros e outro de 7.000 euros, a arguida afirmou tratar-se de "empréstimos".

"Já os pagou", perguntou o juiz, que obteve resposta negativa nas duas situações.

O processo junta 30 arguidos, sendo que quatro são acusados de associação criminosa e 22 crimes de burla tributária na forma tentada, entre outros.

Vinte e um dos 30 arguidos são presumíveis clientes da organização criminosa.

Na terça-feira ainda não se irão começar a ouvir as 146 testemunhas do processo, visto que hoje não foram ouvidos todos os arguidos, num processo que se deve estender até março.

Estudo
Uma equipa de investigadores do Centro Superior de Investigações Científicas, em Espanha, descobriu um mecanismo para evitar a...

O estudo, publicado na última edição da revista Nature Neuroscience, foi dirigido pela médica Shira Knafo, da Fundação Basca para a Ciência Ikerbasque, por Jose Antonio Esteban, do Centro de Biologia Molecular Severo Ochoa (CSIC-Universidade Autónoma de Madrid), e por César Venero, da Universidade Nacional de Educação à Distância.

Os neurónios comunicam entre si através de conexões sinápticas, nas quais ocorre a troca de informações, sendo estas moduladas em função da atividade ou experiência dos neurónios - um fenómeno conhecido como plasticidade sináptica e que constitui um mecanismo fundamental de aprendizagem e memória.

Na doença de Alzheimer, essa plasticidade é alterada por uma proteína, a PTEN, o que causa dificuldades na formação da memória, pelo que os cientistas desenvolveram uma ferramenta molecular que bloqueia a chegada da PTEN às sinapses.

Segundo os investigadores, apesar de o estudo ter usado cobaias, a investigação ajudará a direcionar os mecanismos que controlam as funções cognitivas e orientará sobre possíveis vias de intervenção terapêutica em doenças mentais em que estes mecanismos são afetados.

Boa disposição
O clima e a luz do dia têm a capacidade de influenciar o nosso estado de espírito.

Um dos motivos que faz com que nos sintamos mais felizes nas estações mais quentes é a influência da luz solar.

De acordo com especialistas, a exposição à luz do sol estimula a produção de serotonina, dopamina e melatonina – responsáveis por trazerem bom humor, energia e regulação do ciclo do sono.

Para além das reações químicas que a luz solar traz ao organismo, também existem benefícios psicológicos. Na realidade, nos meses ou nas estações em que os dias são mais quentes, aumenta a vontade de interagir com os outros e, como consequência, também a boa disposição.

Não é à toa que, alguns estudos demonstram que, as pessoas que moram mais próximo dos trópicos sejam mais bem-humoradas e tenham mais energia.

E já que falamos em estudos, deixamos-lhe aqui mais um dado: há um maior número de casos de depressão registados nos países com menor incidência de luz solar.

Investigadores da Universidade de Surrey, no Reino Unido, fizeram um mapeamento no cérebro de 88 voluntários e descobriram a atividade de uma proteína que bloqueia a serotonina, o que leva a que exista uma maior propensão para desenvolver o mau humor, nestes casos.

Para evitar que isto aconteça, mesmo nos dias mais frios, é importante sair à rua para ter contato com a luz do dia. Para além de ajudar a ter bom humor, esta é também uma forma de estimular a produção de vitamina D.

Por tudo isto, tome nota da primeira dica: vença a preguiça e mantenha o convívio social. Não se esqueça de aproveitar o sol!

O exercício físico e a alimentação são outros fatores que ajudam a manter o equilíbrio do organismo.

Quando o corpo está menos ativo, ele produz serotonina em menor quantidade. Por isso mesmo, os psicólogos aconselham a que procure uma atividade e mexa-se! Vá a pé ao supermercado ou acorde mais cedo para fazer uma caminhada, caso não goste de ir ao ginásio.

A atividade física aumenta, ainda, a produção de endorfinas o que o ajuda a manter a boa disposição em qualquer época do ano.

Aumente o consumo de alimentos de origem vegetal e integral e evite os alimentos de origem animal, sintéticos, refinados ou processados. Deixe de lado o açúcar e abuse da água. Hidrate-se e mantenha o seu corpo feliz.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Uma infeção de pele mais frequente nos idosos
A zona é uma infeção provocada pelo vírus herpes-zoster, o mesmo vírus responsável pela varicela, qu

 

Nas idades mais avançadas, pode haver reativação devido a determinados fatores de risco, como por exemplo, imunossupressão ou traumatismo, entre outros. O vírus reativado multiplica-se e migra pelo nervo sensitivo até à pele, onde provoca lesões características de “zona”.

 

Sintomas do herpes zoster

No território do nervo acometido pelo vírus:

  • Dor
  • Formigueiros
  • Hipersensibilidade a estímulos leves
  • Paralisia motora

Os gânglios linfáticos regionais podem estar aumentados.

Muitos destes sintomas precedem geralmente as manifestações cutâneas. Em casos mais raros, pode também ocorrer afeção do nervo sem lesões cutâneas.

Por vezes, verificam-se, simultaneamente, sintomas semelhantes a uma gripe.

Manifestações cutâneas do herpes zoster

As lesões cutâneas aparecem apenas num lado do corpo, na área correspondente ao nervo e gânglio acometidos, que se designa por dermátomo.

Geralmente aparecem predominantemente no tórax (<50%),  face (10-20%), região lombosagrada e pescoço (10-20%).

Caracterizam-se pelo aparecimento de pápulas avermelhadas que evoluem para vesículas em 48 horas, posteriormente para pústulas em 96h e finalmente há formação de crostas entre 7 a 10 dias.

Geralmente é uma condição benigna, mais preocupante em casos em que existe afeção do olho (zoster oftálmico) ou nos imunossuprimidos.

Como prevenir o herpes zoster?

A vacinação contra o vírus da varicela diminui a incidência do zoster (não está incluída no Plano Nacional de Vacinação).

Qual é o tratamento para o herpes zoster?

Deve haver sempre uma avaliação médica para se definir o diagnóstico e o tratamento corretos.

A terapêutica é efetuada com fármacos antivirais orais, tais como o valaciclovir. Pode ser necessário repouso no leito e controlo da dor com analgésicos.

Se houver infeção bacteriana secundária das lesões cutâneas, utilizam-se antibióticos tópicos.

Quando há atingimento ocular (pálpebras e olho) é obrigatória a observação por oftalmologia, porque pode haver complicações graves como a cegueira.

Pacientes com imunossupressão grave poderão necessitar de internamento para realização de terapêutica endovenosa.

Nevralgia pós herpética- O que é e como se trata?

É uma das potenciais complicações da infeção por herpes-zoster. Consiste em dor constante, intensa, em punhalada ou queimadura, que pode persistir durante meses ou mesmo anos numa minoria dos pacientes (10-15%). É mais comum nos idosos e nos casos em que houve atraso no início do tratamento.

Trata-se com fármacos direcionados para este tipo de dor: gabapentina, pregabalina, antidepressivos tricíclicos. Em casos refratários, efetua-se  bloqueio do nervo.

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