Organização não-governamental
A organização não-governamental Saúde em Português continua a ser mais reconhecida no estrangeiro do que em Portugal e mesmo em...

A instituição “tem levado o nome de Coimbra e de Portugal a todo o mundo” e esteve “nas grandes catástrofes da humanidade nos últimos 22 anos”, sublinhou o presidente da direção e cofundador da organização, o médico Hernâni Caniço, referindo que, “por vezes, não é muito compreendido como é que uma organização de direitos humanos chega a todo o mundo” a partir de Coimbra.

“Não são palavras, são 22 anos de luta com cerca de 600 mil beneficiários em todo o mundo”, sobretudo no continente africano e particularmente nos países de língua oficial portuguesa (no âmbito dos quais a associação foi criada), salientou o presidente da direção da Saúde em Português, que falava hoje à tarde, numa conferência de imprensa, após a tomada de posse dos corpos gerentes da organização não-governamental (ONG) para o triénio 2015/2018.

“Fomos os primeiros a oferecermo-nos para ir para a Síria e para a Líbia, mas fomos pura e simplesmente ignorados” pelo Estado português, exemplificou o responsável.

Para melhorar a sua capacidade de resposta na região Centro, a Saúde em Português criou uma delegação que abrange os seis distritos do Centro de Portugal, com sede em Viseu, área onde vai desenvolver ações com reclusos e criar um programa que permita fazer chegar médicos de família a localidades do distrito onde ainda não existem estes clínicos.

“O nosso compromisso é manter o espírito de missão”, é “cumprir objetivos solidários” e é “estimular a cidadania, através de parcerias em projetos nacionais e internacionais”, sintetizou Hernâni Caniço, frisando que a organização que dirige está a defender os direitos humanos e não a “fazer caridade”.

Além de Hernâni Caniço, que foi reconduzido no cargo, tomaram posse os restantes elementos da direção e os membros da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, presididos pelo médico Agostinho Almeida Santos e pela economista Ruth Bacala, respetivamente.

A Saúde em Português não tem “subsídios ou subvenções”, vive em função das quotizações dos associados, de apoios da sociedade civil e dos projetos nacionais e internacionais a que se candidata, através do Estado português, da União Europeia e das Nações Unidas (ONU), disse Agostinho Almeida Santos.

Substâncias psicoativas
O Instituto Nacional de Medicina Legal, a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e o Instituto Superior de Ciências da...

Em comunicado, o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) informou que vai participar no projeto europeu, denominado “Identificação e avaliação de novas substâncias psicoativas: uma rede europeia", através do seu Serviço de Química e Toxicologia Forenses.

Coordenado pelo Istituto di Ricerche Farmacologiche Mario Negri (Itália), o projeto decorrerá até 2020.

Os outros parceiros são a Universidade Jaime I (Espanha), o Norwegian Institute for Water Research (Noruega) e o Norwegian Institute for Alcohol and Drug Research (Noruega).

Integrada no “Justice Programme 2014-2020” da Comissão Europeia (CE), a iniciativa conta com um financiamento global de cerca de 860 mil euros, tendo como objetivo "a implementação de uma abordagem analítica e epidemiológica integrada, visando a identificação, avaliação de risco e monitorização do consumo" de novas substâncias psicoativas, adianta na nota o INMLCF, presidido pelo magistrado Francisco Brízida Martins.

Cabe à rede "obter informação sobre esta problemática e apoiar a CE, o European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction e os 'pontos focais' nacionais na criação de protocolos de boas práticas de prevenção e de uma rede de institutos que, através da análise de amostras de urina e de águas residuais, orientada para a deteção de novas substâncias psicoativas, permita estimar o consumo" destas drogas no espaço europeu.

Universidade Nova
O trabalho de investigação de Elisabete Marques, na área oncológica, que pretende tornar as células cancerígenas menos...

A investigadora da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Elisabete de Oliveira Marques, recebeu a distinção, que, segundo um comunicado da instituição universitária, “visa reconhecer e incentivar o trabalho das mais promissoras jovens cientistas que desenvolvam a sua pesquisa em instituições portuguesas, com projetos originais no âmbito das ciências da saúde e do ambiente”.

A investigação de Elisabete Marques “tem como objetivo o desenvolvimento de nanopartículas luminescentes biodegradáveis, para descoberta de novos biomarcadores, e para servirem de veículo na libertação controlada de fármacos (Doxorrubicina e a Camptotecina) em células cancerígenas, e assim contribuir para o combate à resistência a quimioterapia convencional”.

Em comunicado, a faculdade destaca o caráter “inovador” do projeto, que “poderá contribuir para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, uma vez que abrange a criação de um dispositivo de tratamento não invasivo (via oral)”.

Recomendações da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
Com a chegada do inverno e intensificação das baixas temperaturas, a Sociedade Portuguesa de Oftalmo

“Mais do que nunca, o inverno é uma época para ter muita atenção à saúde ocular. As condições do frio desta época do ano podem levar a problemas oculares graves se não forem tratados”, explica Maria João Quadrado, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).

Para proteger os olhos no inverno a SPO recomenda:

1. Proteja os olhos dos raios solares - No inverno, tal como no verão, proteja os olhos dos raios UVA e UVB com óculos de sol. A proteção em relação ao sol deve ser constante, sempre que há exposição solar.

2. Cuide da pele em redor dos olhos - A proteção da pele em torno dos olhos é essencial. Recomenda-se a utilização de protetores solares de índice elevado, como Fator de Proteção Solar (FPS) 50 ou superior.

3. Na neve, adote cuidados específicos - É fundamental usar óculos de sol com lentes polarizadas, que diminuem a luz refletida e aumentam o contraste dos objetos, para evitar queimaduras na córnea e na retina. Não recorra a óculos de sol de praia, pois estes são desenvolvidos para serem utilizados em temperaturas quentes e o seu material muitas vezes não resiste ao frio. Se descurar os cuidados com os olhos na neve, a córnea e a conjuntiva - as estruturas mais externas do olho - podem sofrer queimaduras solares e provocar a chamada “cegueira da neve”.

4. Cuidado com lentes de contacto em altitudes altas - O ar das montanhas é mais seco e provoca alguma intolerância às lentes de contacto. Se utiliza lentes é importante que hidrate os olhos 4-5 vezes por dia com lágrimas artificiais.

5. Use uma viseira nos desportos de inverno - Desportos em que haja poeira excessiva no ar podem dificultar a utilização de lentes de contacto. Utilize uma viseira a cobrir os olhos.

6. Atenção a reações pós-cirúrgicas - Algumas cirurgias, como a queratotomia radiaria, que se efetuava para correção da miopia, podem revelar complicações devido à baixa pressão atmosférica das grandes altitudes. Em altitudes acima de 5.000 metros é possível que os pequenos vasos da retina rompam, originando pequenas hemorragias e provocando a retinopatia da altitude. Por norma estas hemorragias são absorvidos entre 2 a 8 semanas após a descida às altitudes normais.

Procure imediatamente um oftalmologista se perceber algum destes sintomas:

  • Olhos vermelhos;
  • Ardor;
  • Sensação de corpo estranho;
  • Visão enevoada.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alimentos que vão dar que falar
Se 2015 foi o ano do óleo de coco, este ano o óleo de abacate será uma das principais tendências na

Os óleos à base de fruta têm surgido em força no mercado, nos últimos anos, graças aos seus inúmeros benefícios.

De acordo com o Huffington Post, o óleo de abacate será estrela em 2016.

Rico em vitamina A, D e E o abacate é um excelente aliado no combate aos radicais livres. Tendo uma ação antioxidante ajuda a diminuir os sinais de envelhecimento. Vários estudos têm demonstrado que a ingestão de óleo de abacate pode reduzir o aparecimento de manchas na pele, linhas finas e rugas. Além disso, as vitaminas A e D presentes neste óleo ajudam a promover a produção de colagénio, retardando efetivamente o envelhecimento da pele.

Por outro lado, o óleo de abacate auxilia no processo de emagrecimento, uma vez que contribui para a redução de cortisol – associado ao aumento de compulsão alimentar e da acumulação de gordura na região abdominal.

Constituído ainda por ferro, minerais e ómega 3, 6 e 9, este óleo auxilia na prevenção contra as doenças cardiovasculares, sobretudo, por ser fonte de beta-sitosterol, ácidos gordos insaturados e por possuir um alto teor de ácido oleico, reconhecido por ser uma gordura monoinsaturada que ajuda na redução do mau colesterol.

O beta-sitosterol que se pode encontrar no óleo de abacate é ainda, para além de um aliado da saúde cardiovascular, responsável por outros benefícios.

O seu consumo pode ajudar no tratamento da hipertrofia prostática benigna, por exemplo. Estudos demonstram que os fitosteróis, como é o caso do beta-sitosterol, podem contribuir para a redução do risco de cancro da próstata, uma vez que ajudam a regular os níveis hormonais.

O óleo de abacate ajuda ainda no controlo da diabetes, promove o reforço do sistema imunitário, auxiliando no tratamento de infeções e previne o aparecimento de doenças oculares como as cataratas e a degeneração macular.

Para quem não sabe com utilizar este óleo, ele pode ser consumido puro ou utilizado em diversos molhos para tempero de saladas e legumes.

Quando comparado com outros óleos, o óleo de abacate é mais estável a altas temperaturas, podendo ser utilizado em pratos quentes, como refogados, ou para fritar sem que a sua estrutura química se veja alterada. 

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Nos próximos 3 anos
O Governo fixou em dois milhões de euros o montante disponível nos próximos três anos para financiamento a instituições que...

Segundo diplomas dos ministérios da Saúde e das Finanças hoje publicados em Diário da República, a Direção-Geral da Saúde (DGS) deve repartir os dois milhões de euros de apoio financeiro a instituições sem fins lucrativos por três anos: 1,33 milhões este ano, 612 mil euros em 2017 e 56 mil euros no ano seguinte.

A DGS abriu no último dia de dezembro 15 concursos para financiamento às instituições que trabalham com doentes com VIH/sida e que corriam o risco de ficar sem apoio social a partir de janeiro.

Segundo um aviso publicado o site da DGS, as candidaturas aos 15 concursos devem ser submetidas através de uma plataforma eletrónica até às 24:00 de dia 15 deste mês.

Estes concursos pretendem garantir financiamento de projetos no âmbito do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA para entidades coletivas privadas sem fins lucrativos.

No final de novembro passado foi conhecida a difícil situação das instituições que trabalham com perto de 1.500 doentes com VIH em situação de elevada dependência, que precisam, nomeadamente, de apoio domiciliário ou que estão acamadas em unidades residenciais.

Na altura, o presidente da associação Abraço explicava que oito instituições, com dez projetos, ficavam sem financiamento no final de 2015, já que o programa de financiamento contemplava quatro anos que terminavam este mês.

A situação acabou por ser resolvida após uma reunião com a nova equipa governamental do Ministério da Saúde.

Os dois milhões de euros de apoio fixados pelo Governo são distribuídos pelos vários concursos, com verbas variáveis imputadas a cada um deles, que vão desde os cerca de 50 mil euros até aos 280 mil.

Amoreiras Shopping Center
A cantora Carolina Deslandes, os atores Miguel Guilherme, Miguel Costa e ainda o cantor Fernando Pereira, entre outros, marcam...

A voz é uma parte fundamental da identidade. Com ela é possível ensinar, partilhar, comover e até encantar. Para sensibilizar o público em geral para a importância da saúde da voz, o Hospital CUF Infante Santo e a otorrinolaringologista Maria Caçador, responsável pela Consulta da Voz no hospital, apresentam esta sexta-feira, às 18h00, a exposição “A Voz Humana”, no Amoreiras Shopping Center, na Praça Central, piso 2 (Junto à Livraria Bertrand).

Através de uma experiência multissensorial, a exposição “A Voz Humana” organiza-se em torno de quatro temas centrais: O que é a Voz, Como funciona, As doenças da Voz, Cuidar da Voz. Os principais objetivos desta mostra são a divulgação da voz em todas as suas dimensões, privilegiando os conhecimentos científicos e, em simultâneo, a sensibilização dos visitantes sobre a importância de uma boa saúde da voz para a qualidade de vida.

Destinada a crianças e adultos, “A Voz Humana” é um convite à autodescoberta e a novos hábitos de saúde e vai estar no Amoreiras Shopping Center até dia 24 de Janeiro. Depois do Amoreiras Shopping Center, a exposição irá passar pelo Atrium Saldanha, de 15 a 28 de Fevereiro, e pelo Spacio Shopping, de 1 a 20 de Março.

Veja o que se sabe sobre a rotina cerebral
Durante todo o dia, um relógio faz tique-taque no nosso corpo. Ele acorda-nos de manhã e faz com que possamos dormir de noite....

O relógio circadiano influência até os nossos pensamentos e sentimentos. Psicólogos mediram alguns dos efeitos no cérebro pedindo que pessoas fizessem testes cognitivos em horas diferentes do dia, escreve o Diário Digital.

Constatou-se que o final da manhã é a melhor hora para fazer tarefas como contas aritméticas de cabeça, que exigem a manutenção de várias peças de informação na mente ao mesmo tempo. Mais tarde é a hora de tentar tarefas mais simples, como procurar por uma letra numa página com rabiscos.

Outra pista sobre o relógio nos nossos cérebros vem de pessoas com condições como depressão e transtorno bipolar. Quem tem esses problemas geralmente sente dificuldade para dormir à noite ou sente-se zonzo durante o dia. Algumas pessoas com demência ficam confusas ou agressivas no final do dia.

“Os ciclos de sono e atividade desempenham um papel importante nas doenças psiquiátricas”, afirma Huda Akil, neurocientista da Universidade de Michigan.

Ainda assim, os neurocientistas lutam para entender exatamente como o relógio circadiano afeta as nossas mentes. Afinal, os pesquisadores não podem simplesmente abrir o crânio de um sujeito e monitorizar as suas células cerebrais durante cada período do dia.

Alguns anos atrás, Huda Akil e os seus colegas tiveram uma ideia.

A Universidade da Califórnia em Irvine guarda cérebros doados para a ciência. Alguns dos seus antigos donos morreram de manhã, alguns durante a tarde e outros de noite. Huda e colegas questionavam-se se havia diferenças nos cérebros dependendo da hora do dia em que os seus doadores faleceram.

“Talvez seja uma ideia simples, mas ninguém havia pensado nisso.”

Ela e os seus colegas selecionaram cérebros de 55 pessoas saudáveis cujas causas de morte foram súbitas, como acidentes de viação. De cada cérebro, os pesquisadores fatiaram tecidos de regiões importantes para a aprendizagem, para a memória e para as emoções.

No momento em que cada um morreu, as suas células cerebrais estavam a produzir proteínas de certos genes. Como os cérebros foram preservados rapidamente, os cientistas ainda podiam medir a atividade desses genes na hora da morte.

A maioria dos genes que examinaram não revelou nenhum padrão regular de atividades no curso do dia, mas descobriram que mais de mil deles seguiam um ciclo diário. As pessoas que morreram na mesma hora do dia estavam a produzir os mesmos níveis de proteínas daqueles genes.

Os padrões eram tão consistentes que os genes podiam agir como um marcador de tempo.

“Poderíamos perguntar: 'A que hora do dia essa pessoa morreu?', e daria para apontar, após uma hora, o momento real da morte”, diz Huda.

Ela e os seus colegas então fizeram a mesma análise nos cérebros de 34 pessoas que tiveram depressões fortes antes de morrer. Dessa vez, descobriram que o mesmo marcador de tempo estava bastante fora da ordem.

“Era como se as pessoas estivessem no horário do Japão ou da Alemanha”, conta.

Huda e os seus colegas publicaram os resultados em 2013, inspirando pesquisadores na Escola de Medicina da Universidade de Pittsburg a tentar replicá-los.

“Era uma coisa que antes pensávamos que não poderíamos fazer”, explica a neurocientista Collen A. McClung.

Collen e a sua equipa fizeram uma versão ampliada do estudo, examinando 146 cérebros recolhidos no programa de doações da universidade. Os pesquisadores publicaram os seus resultados no The Proceedings of the National Academy of Sciences.

“Encontramos ritmos muito consistentes. Realmente parece uma foto de onde o cérebro estava na hora da morte”, afirma Collen.

Huda ficou grata que outra equipa de pesquisadores se tenha esforçado para apoiar o seu resultado.

“Existe uma série de coincidências que fazem com que acredite que algo realmente está a acontecer ali”, explica ela.

Mas Collen e os seus colegas também fizeram o que ninguém havia tentado; compararam os padrões da expressão genética do cérebro de jovens e velhos e descobriram diferenças intrigantes.

Os cientistas esperavam encontrar pistas para explicar por que o ciclo circadiano das pessoas mudava à medida que elas envelheciam. “Quando envelhecem, os seus ritmos tendem a deteriorar-se e a adiantar-se”, diz Collen.

Ela descobriu que alguns dos genes que estavam ativos nos ciclos diários fortes em pessoas jovens diminuíram naqueles com mais de 60 anos. É possível que alguns idosos parem de produzir as proteínas nos seus cérebros necessárias para manter os ritmos circadianos.

Para sua surpresa, no entanto, os investigadores também descobriram alguns genes que se tornam ativos nos ciclos diários apenas em pessoas de mais idade.

“Parece que o cérebro pode estar a tentar compensar ligando um relógio extra”, afirma Collen.

Huda imagina que a habilidade do cérebro de forjar um relógio de apoio pode proteger alguns idosos de doenças neurodegenerativas.

“Pode ser a diferença entre a deterioração ou não”, diz ela.

Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência
A produção científica portuguesa na área das Ciências Médicas e da Saúde (que inclui Medicina Clínica, Medicina Básica, e...

Com estes resultados, as Ciências Médicas e da Saúde consolidam a sua posição como a área em que Portugal mais publica, representando cerca de 28% da produção científica do país.

Considerando a produção conjunta das áreas das Ciências Médicas e da Saúde, das Ciências Biológicas e da Engenharia Médica, o número de publicações ascendeu a 7.981, mais 12% do que em 2012, perfazendo aproximadamente 41% da produção científica nacional, escreve o Diário Digital.

De acordo com Luís Portela, presidente da Direção do Health Cluster Portugal, “estes dados vêm confirmar que a produção científica do setor português da Saúde tem vindo a crescer de forma considerável, atingindo em 2013 máximos históricos. Trata-se de um reflexo claro da vitalidade do setor e das capacidades e resiliência das nossas instituições de I&D, universidades e hospitais. A estas entidades, e ao trabalho nelas desenvolvido se deve o mérito deste crescimento”.

Estudo afirma
Um estudo publicado na revista Nature Chemistry afirma que os seres vivos poderão ter surgido de uma sopa química que deu...

Cientistas holandeses estudaram um tipo de moléculas que pode duplicar o seu material genético (replicação) e comprovaram que este processo cria novos "ramos" de moléculas, num desenvolvimento com semelhanças com a evolução biológica.

Sijbren Otto, investigador da universidade de Groningen, e o grupo de cientistas identificaram há alguns anos um péptido - um tipo de molécula formada pela união de aminoácidos - organizado em anéis, que se empilham para formar estruturas mais complexas.

Estas pilhas de anéis, escreve o Sapo, quebram-se e dão origem a duas estruturas semelhantes que se continuam a replicar.

O estudo analisa como este processo controlado, em laboratório, deu origem a uma nova classe de anéis com características distintas das iniciais.

"Este segundo grupo (de anéis) é descendente do primeiro", afirmaram os investigadores, em comunicado divulgado pela universidade. "Este processo é muito semelhante à formação de novas espécies a partir de outras existentes na evolução biológica", sublinhou o grupo de cientistas.

"A vida começou em algum ponto, mas como ocorreu esse salto continua a ser um mistério", acrescentou.

Para os cientistas, a criação de seres vivos, a partir de matéria inerte, resultou de processos de "autocatálise", nos quais as moléculas criam cópias de si mesmas, e de "auto-organização", com a criação de estruturas mais complexas espontaneamente.

O grupo de Otto considerou que a sua experiência demonstra que "novas espécies podem surgir a partir da evolução química".

De acordo com os investigadores, o trabalho com moléculas simples evidencia "os mesmos padrões" observados em "organismos que se reproduzem sexualmente".

Nos EUA
Investigadores indianos e norte-americanos garantem ter desenvolvido um novo preservativo que, além de evitar a gravidez e a...

Os criadores do novo preservativo querem que as pessoas façam questão de o usar, em vez de adotá-lo para evitar uma potencial gravidez ou por razões de saúde, escreve o Sapo.

O preservativo foi desenvolvido por cientistas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e financiado pela Fundação Bill Gates.

Mahua Choudhury, uma das criadoras da novidade, revela que a ideia original era desenvolver um produto que protegesse o utilizador e o ajudasse a aumentar o seu prazer sexual.

O novo preservativo tem uma substância gelatinosa reforçada com antioxidantes que estimulam as terminações nervosas dos órgãos sexuais e que, por isso, geram maior prazer sexual.

Um preservativo contra a Sida
Essa mesma substância também ataca e destrói o vírus da Sida (VIH) caso ocorra um rompimento do preservativo, comentou ainda Mahua Choudhury, citada pela BBC.

Dados das Nações Unidas indicam que centenas de milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso ao preservativo ou não o utilizam por tabu social, religioso ou psicológico.

Segundo escreve a imprensa internacional, o preservativo em causa deve chegar ao mercado ainda este ano a um custo de um dólar (cerca de 0,93 cêntimos de euro) por unidade.

Estudo
Os irmãos gémeos "verdadeiros" partilham os mesmos genes e quando um desenvolve cancro, o outro corre maiores riscos...

O estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) salienta, no entanto, que só porque um gémeo fica doente não significa necessariamente que o outro também vá adoecer ou ter a mesma doença. O que aumenta, segundo o Sapo, é a probabilidade de desenvolver uma doença semelhante.

De acordo com a investigação, o risco de cancro aumenta 14% entre gémeos idênticos quando um dos irmãos é diagnosticado com um tumor. Os gémeos idênticos desenvolvem-se a partir do mesmo óvulo e partilham exatamente o mesmo material genético.

Entre gémeos bivitelinos, vulgarmente designados gémeos "falsos", que se desenvolvem a partir de dois óvulos diferentes, esse risco é apenas 5% maior.

Os gémeos analisados no estudo são oriundos da Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega - países que mantêm bancos de dados de saúde altamente detalhados - e foram acompanhados entre 1943 e 2010.

Analisando o grupo como um todo, os investigadores descobriram que um em cada três indivíduos desenvolveu cancro (32%). Por isso, o estudo frisa que o risco de cancro em um gémeo idêntico, quando um dos irmãos foi diagnosticado com a doença, é de 46%. No caso dos gémeos falso, esse risco é 37%.

O mesmo tipo de cancro foi diagnosticado em 38% dos gémeos idênticos e em 26% dos pares bivitelinos.

Desde 2000
O ano passado foi o segundo mais quente dos últimos 15 anos, em Portugal, com a temperatura média do ar quase a chegar aos 16...

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA), o valor médio anual da temperatura do ar no ano de 2015 foi de 15,99 graus, "superior ao valor normal de 1971 a 2000, sendo o 7º mais quente desde 1931 e o 2º desde 2000".

Quanto à chuva, no ano passado, o valor médio de precipitação total anual foi de 599,6 milímetros, valor "muito inferior ao normal, sendo o 6º mais seco desde 1931 e o 4º mais seco desde 2000", acrescenta.

Quando é analisada a temperatura do planeta, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) refere que 2015 foi "provavelmente o ano mais quente desde que há registos". Segundo a OMM, o valor médio da temperatura global, no ano de 2015, será o maior valor observado, podendo ser alcançado o icónico valor de mais um grau Celsius, em relação à era pré-industrial, escreve o Sapo.

Este comportamento é justificado com "o efeito combinado de um excecional El Niño e o aquecimento global resultante de atividades antropogénicas", explica a OMM, citada pelo IPMA.

Na Europa, o ano de 2015 será o segundo mais quente, depois de 2014 ter sido o mais quente. A subida da temperatura do planeta é apontada como a responsável pelo maior número de fenómenos extremos, como secas ou inundações, que têm atingido algumas regiões e podem vir a aumentar nos próximos anos.

Este foi o tema da conferência das Nações Unidas para o clima que decorreu no início de dezembro, em Paris, e que foi concluída com a obtenção de um acordo entre 195 países mais a União Europeia com vista à redução das emissões de gases com efeito de estufa para limitar a subida da temperatura.

Dezembro, o mais quente dos últimos 84 anos
O mês de dezembro do ano passado foi o segundo mais quente dos últimos 84 anos em Portugal, com a temperatura máxima a atingir o valor mais alto desde 1931, conforme tinha avançado à agência Lusa a meteorologista Vanda Pires.

“Em termos de temperatura média, dezembro de 2015 é o segundo mais quente desde 1931. Teve uma temperatura média de 11,8 graus, que é cerca de 1,8 acima do valor médio. A temperatura máxima foi a mais alta desde 1931 e teve um desvio em relação ao que é normal de mais dois graus”, disse Vanda Pires, do Departamento de Climatologia do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O valor médio da quantidade de precipitação de dezembro, de 75 milímetros de pluviosidade, foi inferior ao normal, de 144 milímetros, classificando-se o mês como seco, refere a informação do IPMA.

"Foi o sexto mais seco desde 1931 e o quarto mais seco dos últimos 15 anos”, acrescentou a especialista.

Hospital de São José
Médicos e outros profissionais admitem que haja doentes com receio após o registo de mortes e falhas na resposta a aneurismas.

Um doente chegou ao Hospital de São José com um ferimento no braço. Nada de grave, mas ficou internado numa sexta-feira para ser operado na segunda. "O doente entrou em pânico. Achou que não havia médicos para o operar e começou a chamar pelos enfermeiros com receio de lá ficar", contou um médico do hospital ao Diário de Notícias. O caso não será o único. E os profissionais de saúde acreditam que há menor procura na urgência, onde ontem se esperava duas horas, em parte porque os doentes ficaram assustados com as notícias sobre problemas de resposta e mortes na área dos aneurismas."Acho que os doentes estão a vir menos e a evitar ir à urgência ", diz o mesmo clínico.

Tal como o Diário de Notícias noticiou, vários hospitais atingiram o limite na resposta, chegando a ter mais de 12 horas de espera nos casos menos urgentes ou não urgentes. No entanto, segundo vários profissionais da unidade, a urgência de São José esteve relativamente calma. Fonte do Ministério da Saúde confirma que não têm sido relatados problemas com este hospital, até porque existem relatórios periódicos sobre a procura. Apesar da tentativa, o Centro Hospitalar de Lisboa Central não respondeu às perguntas enviadas nos últimos dias."

Um administrativo disse ao Diário de Notícias que "a urgência não tem estado complicada, nem nestes dias e muito menos quando comparada com o ano passado". Na altura em que o Diário de Notícias visitou a unidade, a espera era de duas horas mas já havia poucas pessoas a inscrever-se. Sobre as notícias relacionadas com a falta de resposta nos aneurismas cerebrais, disse apenas que "não há dúvidas de que terá tido algum impacto na procura. As pessoas estão mais sensíveis e evitam vir", refere.

Um outro profissional confirma a redução da procura. "Não há dúvida que este ano a resposta tem estado muito abaixo do ano anterior. E que não se têm registado os problemas que aconteceram noutras unidades, ainda longe do que se espera do pico da gripe. Não aconteceu nada como em Santa Maria ou como o Amadora-Sintra". Mas refere que os internamentos têm sido complicados, porque os doentes graves continuam a chegar. No ano passado, houve dias em que a espera ultrapassou seis horas. Foi num desses que ocorreu uma morte de um doente com AVC. Este ano, até julho, registou 145.128 urgências, menos 3500 do que em 2014.

Se na segunda-feira o Hospital de Évora chegou a quase 15 horas de espera, Santa Maria teve dez e várias outras ultrapassaram as quatro. Em São José, uma fonte disse mesmo que a urgência estava "às moscas", em relação ao habitual. E admitiu que as pessoas possam estar com mais receio de ir lá.

O impacto das notícias não surpreende os profissionais que trabalham nesta e noutras unidades. Aliás, segundo o Diário de Notícias apurou, quando se registaram os casos de cegueira em Santa Maria, os doentes evitaram ir à oftalmologia da unidade durante algum tempo.

Um outro clínico refere que a unidade tem tido picos de procura durante o dia, sendo menor de manhã. E se nos últimos dias tem estado mais calma, também admitem que no dia 2 houve problemas com o internamento de doentes e uma procura maior. "Tiveram de chamar profissionais dos pisos superiores e foram abertas mais camas de medicina. É possível que isso também tenha contribuído para fazer desanuviar as urgências."

A mesma fonte confirma ainda o eventual o efeito negativo das notícias, que deram conta da morte de um rapaz de 29 anos e de eventualmente outros quatro doentes por não haver pessoal de prevenção para responder a aneurismas rotos. "Talvez tenha havido alguma desmobilização. Foi um motivo de stress aumentado para os doentes".

Dia mais calmo em Lisboa
Um dos médicos refere que o stress foi igualmente alto nas equipas. "É desmoralizante. Sentimos todos o impacto porque São José é uma grande escola de trauma, era o mais rápido a responder. As pessoas esforçam-se muito e ficaram desmoralizadas".

O dia de ontem esteve mais calmo de forma geral nos hospitais, mas a procura continuou a ser elevada nos hospitais. No São José, por exemplo, um doente verde (pouco urgente) esperava cerca de duas horas para ser atendido, disse um administrativo.

Perto das 17.00, a sala tinha bastantes pessoas, mas estava longe de estar cheia. Havia muitos acompanhantes à espera de familiares que estavam a ser atendidos. "Estou à espera da minha mãe, que tem 91 anos. Está com problemas respiratórios, dores de garganta", diz Fernando Figueiredo, que está desde manhã na urgência, porque a mãe está a fazer exames. "Foi atendida ao fim de duas horas e tal, mas é uma doente verde. Há três meses vim cá e ela esperou 12 horas.

Com pulseira verde estava outro doente que vive em Lisboa mas é de Leiria. "Disseram que ia esperar duas horas e quarenta minutos mais ou menos. Não me parece que esteja mal. Isto é o normal em Leiria, não numa urgência de uma cidade como Lisboa".

Administrativos e voluntários, que estavam nos corredores admitiram que a urgência estava de facto calma. "Fizemos as visitas aos serviços de observação e também estava tudo controlado", referiram, mas não deixaram de falar no desânimo das equipas com as notícias de que foram alvo.

Ontem, várias unidades estavam com tempos de resposta mais baixos. No Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) , retomavam-se os cerca de 400 casos diários, tal como no Amadora-Sintra, que "já não estava a precisar de enviar doentes para o CHLN (Santa Maria)". Já o Garcia de Orta dizia que não chegou a ser enviado nenhum doente, apesar de haver essa indicação por parte de tutela em caso de necessidade. Vários hospitais reforçaram a sua capacidade de internamento, como o CHLN, com 80 camas adicionas no Pulido Valente, e o Curry Cabral, que veio desanuviar São José.

Na segunda volta
Ana Rita Cavaco foi eleita bastonária da Ordem dos Enfermeiros, segundo o mapa de apuramento provisório da segunda volta da...

Segundo o mapa, a lista E, liderada por Ana Rita Cavaco, obteve 53,77% dos votos, enquanto a lista C, encabeçada por José Carlos Gomes, conseguiu 43,85% dos votos.

Com 67.916 eleitores inscritos, votaram na segunda volta 8.386, segundo o apuramento provisório.

A abstenção foi de 87,65%.

Câmara de Lisboa
O Instituto Português de Oncologia de Lisboa vai propor à Câmara o alargamento do hospital para o antigo mercado da Praça de...

“A saída desse mercado da Praça de Espanha, mesmo em frente ao Instituto Português de Oncologia (IPO), veio criar, pelo menos aos nossos olhos, a possibilidade de propor à Câmara Municipal de Lisboa a expansão do IPO para esse espaço”, afirmou Francisco Ventura Ramos.

De acordo com o responsável, isso “criaria a possibilidade de não ser preciso retomar o processo de fazer um novo IPO noutro local que não naquele terreno junto à Praça de Espanha”.

Contactado pela Lusa, o município referiu que atualmente “nada está previsto ou discutido com o IPO sobre as suas instalações”.

Francisco Ventura Ramos frisou que, para já, esta “é uma possibilidade”, que vai “exigir um processo negocial junto da Câmara Municipal de Lisboa e, naturalmente, com o Ministério da Saúde”.

Questionado sobre prazos, o presidente do instituto apontou que tal operação urbanística “ainda está longe de estar concretizada”.

“É uma ideia posta em cima da mesa e que, naturalmente, precisa de um período que não me parece que seja curto. Suspeito que isto não se resolverá em semanas”, reforçou.

O presidente do instituto recordou que, além desta hipótese, já se pensou transferir o hospital para zonas como Chelas, junto ao futuro Hospital de Lisboa Oriental, “onde, aliás, existe uma placa há sete ou oito anos com ‘Aqui será o novo IPO’”.

Contudo, nenhuma hipótese avançou por dificuldades financeiras.

Na zona para o qual o IPO se pretende expandir funcionou, até ao ano passado, o chamado “mercado azul”. Surgiu nos anos 1980, quando o então presidente da Câmara de Lisboa, Nuno Krus Abecassis, transferiu para a Praça de Espanha os vendedores que estavam no Martim Moniz, com o objetivo de reabilitar esta última zona.

Os 69 comerciantes que ainda ali estavam tiveram de abandonar os pavilhões no final de setembro, recebendo uma indemnização total de 821.356,46 euros.

Seguiu-se a demolição das infraestruturas, alguns dias depois.

Acresce que anteriormente, em julho deste ano, a Câmara assinou um contrato com o Montepio Geral - Associação Mutualista que prevê a permuta de terrenos na zona da Praça de Espanha pelo valor de 12 milhões de euros, para ali ser construído o edifício sede do Montepio Geral e da Lusitânia Seguros.

Em dezembro passado, a autarquia anunciou que vai alterar a circulação viária na Praça de Espanha com vista à criação de “uma verdadeira centralidade” composta por espaços verdes e de lazer.

Francisco Ventura Ramos falava no seguimento de uma visita feita ao IPO pela candidata presidencial apoiada pelo Bloco de Esquerda, Marisa Matias.

Em declarações aos jornalistas à margem da ocasião, o representante salientou que, “nos últimos anos, tem sido possível melhorar as condições de funcionamento” do IPO.

Porém, para o instituto “prosseguir a sua trajetória de prestar melhores condições de cuidados de saúde a mais pessoas no campo oncológico precisa, de facto, de se modernizar”, adiantou.

Núcleo Saúde Mais Próxima
Os enfermeiros do Núcleo Saúde Mais Próxima da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa realizam, de 7 de janeiro a 11 de março,...

O Núcleo Saúde Mais Próxima (NSMP) conta com a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) como parceiro científico para a realização dos rastreios.

A realização destes rastreios é uma das principais formas de sensibilizar a população para a importância de adotar estilos de vida adequados e controlar os fatores de risco conhecidos, tais como hipertensão arterial, hipercolesterolemia, tabagismo, diabetes, sedentarismo e stress psicossocial.

O Núcleo Saúde Mais Próxima foi lançado pela Santa Casa em 2012 para fomentar hábitos saudáveis e avaliar o estado de saúde dos lisboetas, que tendem a descurar a sua saúde e a adiar as idas ao médico. Esta unidade móvel está habitualmente em vários pontos da cidade para rastreios de saúde de ordem diversa.

Além dos rastreios gerais (que incluem medição de tensão arterial, glicemia, colesterol, AVC, doenças neurológicas e saúde visual), o NSMP trata diferentes patologias, sobretudo as que mais afetam os portugueses, em campanhas bimestrais. Até à data, já se fizeram rastreios ao cancro da pele, doenças respiratórias e cardiovasculares, obesidade e diabetes.

Entidade Reguladora da Saúde
A Ordem dos Médicos Dentistas aplaude a decisão da Entidade Reguladora da Saúde de proibir e suspender de imediato a campanha...

A empresa que está na origem da campanha, a Passos Firme Lda., sob o nome Medicare aparentava oferecer quase todos os serviços grátis encaminhando em seguida para outros serviços e atos clínicos.

São exemplos: um cartão de saúde, com acesso a um conjunto de cuidados de medicina dentária grátis, designadamente check-up dentário, limpeza dentária e extração de dentes.

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) avançou ao longo do tempo com vários exemplos de práticas enganosas que merecem regulação. Esta queixa formal para a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), segue na sequência de várias denúncias de consumidores recebidas pela OMD e por considerar a OMD que esta campanha é ilegal, sobretudo após a entrada em vigor do novo regime da publicidade em saúde.

A ERS vem agora dar razão à OMD considerando, segundo informação tornada pública, que esta campanha publicitária não respeita o regime jurídico da publicidade em saúde no qual as Ordens da Saúde intervieram ativamente, e a lei de defesa do consumidor, violando dos princípios de veracidade, da licitude e da objetividade da informação ao doente.

A Passos Firme Lda., através da Medicare, fica proibida pela ERS “de difundir publicidade que não respeite os termos da lei”, garantindo que “toda a publicidade alusiva a si, aos estabelecimentos e marcas por si detidos, bem como aos bens e serviços por si comercializados na área da saúde, seja verdadeira, clara, precisa, objetiva” e "não induzir os utentes em erro".

O bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva espera que “esta decisão da ERS sirva de exemplo a outras empresas que em especial na área da saúde oral têm difundido campanhas publicitárias que claramente são ilegais e mais ainda põem em causa a confiança dos consumidores na medicina dentária. A confiança dos nossos doentes é um valor inalienável do qual não vamos nunca abdicar e a OMD agirá sempre que necessário para o defender, porque estamos também a defender a reputação dos médicos dentistas, muitas vezes pressionados por beneficiários destas campanhas. Seremos absolutamente intransigentes nesta matéria, denunciando todas as situações ilegais”.

A 1 de novembro entrou em vigor o novo regime jurídico a que devem obedecer as práticas de publicidade em saúde e a nova legislação prevê coimas que começam nos 250 euros e podem ultrapassar os 44 mil euros.

Ao abrigo da nova legislação passam a ser proibidas quaisquer práticas enganosas que descrevam o ato ou serviço como “grátis”, “gratuito”, “sem encargos”, ou “com desconto” ou “promoção”, ou que de algum modo pretendam promover um ato ou serviço diferente do publicitado.

O novo regime considera também práticas proibidas as que aconselhem ou incitem à aquisição de atos e serviços de saúde sem atender aos requisitos da necessidade do doente, ou à necessidade de avaliação ou de diagnóstico individual prévio, o que manifestamente acontece nestas campanhas.

A OMD espera que esta decisão da ERS venha colocar um ponto final nas vendas agressivas e na confusão gerada no público entre cartões contendo, ora planos, ora pseudo seguros de saúde, que não esclarecem os doentes e apenas induzem à necessidade artificial de consumo. 

Europacolon promove
A Europacolon Portugal - Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, vai realizar, nos próximos dias 22 e 29 de janeiro no Porto, uma...

Destinada a profissionais de saúde, a formação “A Pessoa com Ostomia de Eliminação Digestiva”  procura abordar as necessidades dos doentes e dotar os enfermeiros de conhecimentos que permitam um melhor acompanhamento aos doentes portadores de ostomia de eliminação digestiva.

A iniciativa desenvolvida pela Europacolon Portugal em conjunto com a Associação Portuguesa de Enfermeiros de Cuidados em Estomaterapia (APECE) vai ter lugar no Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro, no Porto.

“A Europacolon pretende acima de tudo contribuir para que os doentes ostomizados tenham acesso a cuidados de saúde que vão ao encontro das suas necessidades, através da promoção de formação específica para os profissionais de saúde, para que estes consigam não só compreender as especificidades destes doentes como também dar apoio face aos desafios diários que se colocam e orientá-los para que estes ganhem qualidade de vida”, afirma Vítor Neves, Presidente da Europacolon.

Segundo os últimos registos, o número de doentes ostomizados em Portugal atinge cerca de 15 mil casos, dos quais 80 a 90% são pessoas que sofrem ou sofreram de doenças oncológicas.

Os profissionais de saúde interessados deverão confirmar presença através de inscrição obrigatória que, até 15 de janeiro, beneficia de um preço reduzido. Mais informações e formulário de inscrição disponíveis no website da Europacolon Portugal – www.europacolon.pt. Estão previstas ainda, durante o ano de 2016, mais ações formações certificadas em Estomaterapia em Lisboa e Coimbra. 

Após queixas
Uma empresa propôs-se pôr “Portugal a sorrir”, promovendo para o efeito um cartão de saúde que proporcionaria uma série de...

A Passos Firmes, Lda., assim se chama a empresa em questão, “deve garantir que toda a publicidade alusiva a si, aos estabelecimentos e marcas por si detidos, bem como aos bens e serviços por si comercializados na área da saúde, seja verdadeira, clara, precisa, objetiva” e "não induzir os utentes em erro", defende a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) numa recomendação que foi publicada no seu site.

Foi a Ordem dos Médicos Dentistas que começou por enviar à reguladora, em Maio passado, a queixa de um utente que questionou a forma como a Passos Firmes estava a publicitar a sua atividade por email. Mais tarde, em Junho de 2015, a reguladora recebeu uma nova reclamação, esta já apresentada diretamente por outro utente. Os dois queixosos punham em causa a campanha publicitária com o slogan “Vamos pôr Portugal a sorrir” que promovia um cartão de saúde de uma empresa identificada como Medicare, através do envio de mensagens de correio eletrónico para potenciais clientes.

Na “propaganda” a um cartão de saúde da Medicare verifica-se, desde logo, “que a entidade responsável e, simultaneamente, beneficiária da publicidade em causa não se encontra corretamente identificada”, critica a ERS. Nas mensagens apenas aparece destacada a Medicare, que, afinal, é propriedade da sociedade comercial Passos Firmes Lda, nota.

Também o prazo de validade do cartão de saúde publicitado “não está devidamente indicado” e a tabela comparativa de preços incluída não refere a fonte, “o que pode levantar dúvidas sobre a veracidade dos preços médios do mercado privado que ali são indicados”, observa a ERS. Nota ainda que a mensagem publicitária começa por anunciar a oferta de vários serviços para depois fazer menção a outros (“colocação de selantes, estudo de reabilitação com implantes, raio-X panorâmico e branqueamento”).

Nos emails enviados pela Passos Firmes propunha-se a oferta de um cartão de saúde, que alegadamente dava acesso a um conjunto de cuidados de medicina dentária grátis, designadamente check-up dentário, limpeza dentária e extração de dentes. Mas os destinatários de tal publicidade eram remetidos, através de links, para a página eletrónica da empresa, a Medicare, onde poderiam obter informações adicionais sobre as ofertas (do cartão de saúde e dos serviços a este associados) e sobre a sua rede de parceiros, bem como ter acesso a alguns testemunhos de clientes.

Num dos emails analisado pela ERS, a empresa dirigia-se aos potenciais clientes nestes termos: “Caro Sr(a): Foi um dos selecionados para beneficiar da nossa oferta exclusiva no âmbito da campanha Portugal a Sorrir. Porque nos preocupamos com as dificuldades económicas dos Portugueses, a Medicare oferece-lhe um conjunto de serviços de medicina dentária para que possa dar ao seu sorriso tudo aquilo que ele merece”.

De seguida, o potencial cliente era desafiado a pedir o “cartão de saúde grátis” para poder beneficiar “imediatamente de check-up dentário grátis, limpeza dentária grátis, extração de dentes (só com cáries) grátis”. Na mensagem afirmava-se ainda que a Medicare agendaria em nome do cliente os serviços escolhidos “numa das 700 clínicas[da rede]”.

No final da mensagem, surgia uma tabela que comparava os preços dos serviços abrangidos – os quais eram quase todos anunciados como grátis – com os supostos preços médios de mercado. Já na mensagem enviada à ERS pelo segundo queixoso, as condições de acesso aos serviços eram referidas nos seguintes termos. “Seis meses grátis / Sem compromisso / Sem limite de utilização / Sem limite de idade / Sem período de carência / Sem exames médicos”.

No link para a Medicare, explicava-se que esta é uma empresa especializada em serviços de saúde, com uma rede de serviços que garante aos seus utilizadores benefícios exclusivos “junto a 16 mil parceiros”. Lembrando que a “medicina privada em Portugal é normalmente muito dispendiosa para a grande maioria da população”, a Medicare garantia ser seu objetivo “democratizar o acesso à saúde”, através da oferta da sua rede de parceiros “durante 6 meses sem qualquer compromisso”. Por último, convidava os potenciais clientes a fazer como “mais de 6000.000 de Portugueses” e começar “hoje mesmo a poupar nos gastos em saúde”.

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