Uma das mais frequentes doenças do couro cabeludo
A alopécia areata é uma situação relativamente comum, em que existe perda de pelos ou cabelos em áre
Pelada na cabeça característica da alopécia areata

É mais comum no couro cabeludo, mas pode afetar qualquer área com pelos, nomeadamente a zona da barba, sobrancelhas, cílios e região púbica.

Em casos raros e mais graves, pode ocorrer perda total do cabelo (alopécia areata total) e perda total dos pelos do corpo (alopécia areata universal).

O que provoca a alopécia areata?

Consiste numa doença auto-imune crónica, de etiologia desconhecida, mediada por células linfocitárias do próprio organismo contra o folículo piloso.

Associada a outras doenças auto imunes (tiroidite auto imune, vitiligo, doença inflamatória intestinal).

Em cerca de 10-20% dos casos existe história familiar associada.

Quando aparece e como se manifesta a alopécia areata?

Pode ocorrer em qualquer idade, embora seja mais comum em adultos jovens (<25 anos). A perda de cabelos é gradual e ocorre ao longo de semanas e meses.

As áreas de alopécia são geralmente bem demarcadas e a pele tem um aspeto normal. Nos limites dessa área, existem caracteristicamente pelos curtos e quebradiços, com extremidade distal mais larga que a proximal, conhecidos como cabelos “em ponto de exclamação”.

As placas de alopécia podem coalescer, estabilizar e algumas resolvem espontaneamente enquanto surgem novas áreas. Quando os pelos voltam a crescer, os novos fios são geralmente mais finos e podem ser brancos ou grisalhos.

Concomitantemente, também pode haver alteração das unhas como pequenas depressões (pitting), unhas rugosas (traquioníquia), separação da unha da sua matriz (onicomadese).

A alopécia areata não é contagiosa.

Qual é o tratamento da alopécia areata?

A doença muitas vezes tem resolução espontânea, mas as recidivas são frequentes e associadas a episódios de stress.

Não há tratamento curativo.

  • O tratamento disponível é direcionado para o infiltrado inflamatório existente:
  • Fármacos tópicos (corticóides) nas lesões únicas ou pouco extensas.
  • Injeção local de corticóide (acetato de triancinolona) nas áreas mais extensas
  • Fármacos orais (corticoides ou ciclosporina), apenas em formas muito extensas e sem resposta à terapêutica local.
  • Terapia com radiação ultravioleta (UVA).

Os doentes que têm envolvimento muito extenso podem optar por utilizar peruca. Para as sobrancelhas, é possível fazer maquilhagem definitiva.

Qual o prognóstico da alopécia areata?

O prognóstico é reservado em casos de envolvimento extenso (<10% recuperam espontaneamente), com início na infância (após a puberdade, há recuperação em 80%), perda de pelos corporais, atopia e história familiar.

Quando há envolvimento limitado com uma ou poucas peladas, o prognóstico é bom. No entanto, a evolução da alopécia areata é imprevisível e cada caso é único.

Estes pacientes devem ser avaliados em consulta de dermatologia.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em Portugal
Em Portugal, o número global de ensaios clínicos continua a ser baixo, apesar de o valor ter vindo a subir lentamente. Em 2015,...

Em metade dos casos, as solicitações foram para testes na área oncológica. Um dos problemas do país é que só 8% dos ensaios propostos foram para a fase I, a que costuma testar em voluntários saudáveis a forma como o tratamento é tolerado, escreve o jornal Público.

Ainda segundo a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), perto de 19% dos ensaios são de fase II, quando se tenta perceber a eficácia do medicamento em quem tem mesmo a doença, e 63% de fase três, que compara a nova terapia com outra já existente no mercado ou com um placebo. Por fim, em fase quatro foram propostos menos de 10% de ensaios, sendo esta a fase em que se estuda em mais doentes a toma do medicamento durante mais tempo.

Além de desenvolverem a investigação, os ensaios permitem que os doentes tenham acesso a medicamentos inovadores quando ainda não estão no mercado, pelo que os países que não atraem ensaios de fase I acabam por ficar de fora. São também uma ajuda financeira para as instituições e hospitais que os realizam. Ao todo, existem quase 12.000 portugueses a participar nestes testes.

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
O número de bebés que nasceram em Portugal aumentou pela primeira vez em cinco anos. No ano passado analisaram-se 85 058 testes...

Um sinal de que os portugueses estão a olhar para o presente e futuro com mais confiança, escreve o Diário de Notícias, mas também o reflexo de que há muitas mulheres que não podem adiar mais a maternidade. Mas um país que ainda tem distritos onde não nascem sequer mil bebés por ano tem de apostar em políticas de natalidade e em fazer regressar quem emigrou nos últimos quatro anos.

Embora o teste do pezinho não seja obrigatório, é um dos indicadores mais usados por dar dados quase em tempo real e pela proximidade com o número real de nascimentos. Em 2014, foram analisados 83100 testes, embora o número de nascimentos tenha ficado pelos 82 367. Mas mesmo que em relação a 2015 se verifique esta diferença, Portugal terá conseguido finalmente ter mais bebés. "Não é prematuro falar em aumento. Acredito que os dados de 2015 vão confirmar os números do teste do pezinho e que vamos registar um aumento ligeiro de nascimentos", afirma Maria João Valente Rosa, diretora do portal Pordata.

O acréscimo é muito explicado pelo adiamento da maternidade. "As mulheres que adiaram o projeto chegaram à idade de ter filhos e começaram a ter. Isso vai fazendo com que os números cresçam", diz, acreditando que em 2016 pode haver novo aumento. A questão é se será mais acentuado ou não. "O grande impulso vem ou pode vir da questão migratória. Vimos muitas pessoas em idade fértil a sair e menos nestas condições a entrar. Fatores que também contribuíram para acentuar a quebra de nascimentos. Para pensarmos num aumento em força não nos podemos desligar da migração", afirma, referindo que a crise teve impacto.

A baixa fecundidade e a maternidade tardia não são um exclusivo português, mas no nosso país ganham uma dimensão maior. Portugal tornou-se o país do filho único. Mas apesar de os casais quererem famílias pequenas, a verdade é que para muitos um filho não chega. Por isso há uma outra questão: estamos a fazer tudo para as pessoas terem o número de filhos que querem? "A questão do apoio na primeira infância é muito importante e não vi grandes diferenças. Outra questão importante tem a ver com a desigualdade de partilha de responsabilidades parentais. As mulheres também têm uma profissão e ambições. A legislação pode ajudar muito nas mudanças culturais. Há alterações significativas que devem começar a ser feitas. É preciso que o pai fique três, quatro meses de licença como a mãe. Por isso os países no norte são bem sucedidos", diz Maria João Valente Rosa.

Um país, várias realidades
Embora o aumento seja ligeiro, o sinal é positivo, afirma Elísio Estanque, sociólogo e investigador do Centro de Economia Social. "Este é o primeiro aumento desde 2010. É um bom indício que as pessoas estão a olhar para o presente e para o futuro com uma atitude mais positiva. Quando um casal está desempregado, não tem um salário, não consegue manter uma casa, as famílias decidem não ter filhos. Pode ser que com o aparente atenuar da austeridade e dos níveis de desemprego, esta tendência venha a crescer", adianta.

Mas o crescimento não é igual em todo o país. Em quatro distritos - Aveiro, Beja, Bragança, Guarda - e nos Açores realizaram-se menos testes do pezinho do quem em comparação com 2014. Mas os números espelham ainda uma outra realidade: a de distritos que não chegam aos mil nascimentos por ano ou que pouco acima ficam. Como Bragança, Guarda, Portalegre abaixo dos 800, ou de Vila Real, Beja e Castelo Branco que por muito pouco passaram os mil.

"Os desequilíbrios geográficos acentuaram-se muito nos últimos tempos. As assimetrias também se prendem com variáveis que têm a ver com a questão da necessidade de políticas de natalidade. O interior está a desertificar . O que vemos é uma população muito envelhecida, a viver de pensões e subsídios, e não há condições de revitalização da natalidade", aponta (ver entrevista), para reforçar: "Dado o panorama e a crise dos últimos tempos é evidente que Portugal precisa com urgência de utilizar vários meios de incentivos à natalidade".

O anterior governo criou uma comissão para analisar que medidas poderiam ser tomadas e daí nasceram algumas medidas legislativas, que Elísio Estaque considera terem tido pouco impacto na prática. "Este é um dos casos em que são precisos consensos entre os vários partidos e governos. É urgente criar um conjunto de critérios que tenham eficácia. As medidas tomadas até agora ficaram mais no papel e tiveram pouco efeito no plano prático".

Investigador revela
"Por vezes não sai tudo bem", diz um investigador do Instituto de Medicina Molecular. Os ensaios clínicos têm várias...

Miguel Castanho, professor da Faculdade de Medicina e Universidade de Lisboa e Investigador do Instituto de Medicina Molecular explicou à TSF que "há uma primeira fase em que os testes são completamente em sistemas artificiais". Só depois de se perceber se a "molécula é eficaz" é que os testes são feitos em animais.

O investigador sublinha que, antes de se passar a uma fase de ensaios clínicos em humanos, a "primeira preocupação é a segurança e é também nesta etapa que se tentam detetar "possíveis efeitos secundários" como por exemplo "qual a melhor dose, qual a dose mais segura."

A molécula só passa a ser testada em humanos quando "um organismo internacional" dá parecer positivo.

Numa segunda fase o medicamento é administrado a mais pessoas, algumas são doentes e recebem o fármaco como terapia.

O que pode correr mal?
O investigador do Instituto de Medicina Molecular diz que por vezes "podem existir efeitos adversos que não se revelaram em grupos mais pequenos", sublinhando que só quando os ensaios se começam a alargar a um maior número de pessoas "podem existir pacientes que são sensíveis a esses efeitos".

Efeitos adversos não aparecem em todas as pessoas
Miguel Castanho dá um exemplo: "Os efeitos associados à dosagem ou a uma interação com moléculas que existem só em algumas pessoas e não em todas as outras que estão sujeitas aos ensaios".

O investigador explica que os ensaios clínicos envolvem voluntários saudáveis numa primeira fase e posteriormente podem ser aplicados em doentes que necessitem do medicamento que está a ser testado.

"A interação do fármaco com as células que estão numas pessoas e não estão noutras" pode dar um efeito negativo.

Miguel Castanho lembra que "o conhecimento nunca é infinito, por isso, ainda que se tente fazer tudo certo, por vezes não sai tudo bem."

Quanto tempo demora?
Um ensaio clínico pode demorar muito tempo, por vezes anos, "se houver muita urgência num determinado medicamento em caso de doenças que são uma ameaça como, por exemplo, o Ébola, um teste pode ser acelerado, mas tirando os casos de emergência, os testes podem demorar vários anos".

Miguel Castanho explica que "a demora dos ensaios tem a ver com a passagem de uma fase para a outra implicar sempre uma avaliação dos resultados obtidos até então."

O investigador diz que a maior parte dos medicamentos testados "morre a meio" e acrescenta que "de todos os fármacos testados, só uma ínfima porção é que chega a dar um medicamento." De todos os medicamentos que começam a ser testados "entre mil e 10 mil por vezes há um medicamento que passa".

Para se justificar o aparecimento de um novo medicamento é preciso que "a eficácia seja maior do que a que já existe nalguns fármacos que estão disponíveis" no mercado, acrescenta.

DGS
O Diretor-Geral da Saúde confirma que este ano, a estirpe do vírus da gripe H1N1 é a preponderante. De qualquer modo, Francisco...

O pior ainda não chegou e todas as semanas surgem mais cinco mil novos casos em Portugal. Mas o Diretor-Geral da Saúde considera que mesmo tendo aparecido este ano com maior intensidade o vírus H1N1, a chamada gripe A, ainda está longe de ser uma situação alarmante, escreve a TSF.

"Sabemos que alguns doentes têm que ser internados e outros ficar nos cuidados intensivos, mas este é um surto normal", garante. A DGS estima que o pico da epidemia surja dentro de 2 a 3 semanas.

Este vírus (H1N1) circula desde 2009, e desde então, segundo Francisco George, muitas pessoas já ganharam anticorpos. Para este vírus, sublinha o Diretor-Geral da Saúde, a vacina da gripe comercializada em Portugal é eficaz.

O instituto Ricardo Jorge faz análises todas as semanas para monitorizar os tipos de vírus da gripe que vão surgindo por todo o país nos doentes infetados.

Ministra da Saúde francesa diz
A ministra da Saúde francesa, Marisol Touraine, afirmou não existir nenhuma razão para parar os ensaios clínicos da...

“Não é um grande problema, maciço, sem precedentes em França, precisamos de saber o que aconteceu, mas não há nenhuma razão para se interromperem os ensaios clínicos”, afirmou Marisol Touraine questionada pela estação televisiva RTL, um dia após a morte de um voluntário que participou num ensaio clínico num hospital em Rennes, oeste de França.

Na semana passada, seis voluntários, entre os 28 e os 49 anos, foram hospitalizados depois de terem participado no ensaio clínico de Fase 1 para a farmacêutica portuguesa Bial, que testava uma nova molécula com atuação a nível do sistema nervoso central, com efeitos provavelmente como analgésico ou a nível de alterações de humor.

A ministra sublinhou, no entanto, não ter sido informada do incidente, quatro dias após a primeira hospitalização de emergência do paciente entretanto já falecido, que estava clinicamente em morte cerebral há vários dias.

“Um alerta precoce teria sido mais apreciado. Face a um evento tão grave, esperávamos que o laboratório tivesse contatado mais rapidamente as autoridades sanitárias”, avançou a governante.

Os cinco voluntários hospitalizados, quatro dos quais com diversas doenças neurológicas, estão em “estado estável”, de acordo com a ministra da Saúde francesa.

Três investigações, entre as quais uma judicial, estão em andamento para tentar perceber as razões deste incidente. A ministra da Saúde avançou estar à espera do resultado dessas investigações “até ao final do mês”.

Todos os anos, milhares de voluntários, muitas vezes estudantes que querem pagar os seus estudos, participam em ensaios clínicos, sendo que os acidentes registados são muito raros. Para este voluntariado, uma semana completa de teste era remunerada com um pouco mais de mil euros.

Segundo as informações até agora conhecidas, neste ensaio clínico estiveram envolvidos, no total, 108 voluntários, 90 dos quais receberam a droga, enquanto os restantes tomaram placebos. Os seis homens que foram internados foram o grupo que recebeu a dose mais elevada, segundo a agência France Presse.

De acordo com as informações recolhidas, a substância que estava a ser testada já era estudada desde há oito anos, tendo passado pelas fases de laboratório e testes de toxicologia em animais, até chegar à experimentação em seres humanos.

O presidente executivo da Bial, António Portela, disse estar “profundamente chocado” com a morte de um voluntário que participou num ensaio clínico da farmacêutica em França, garantindo que a empresa está a trabalhar “incansavelmente” para perceber as razões do sucedido.

“Quero, em meu nome pessoal e em nome de Bial, expressar as nossas profundas condolências e sentimentos para com família do voluntário que faleceu após ter participado no ensaio de Fase 1, com a nossa molécula experimental”, disse António Portela, declarando que os responsáveis da empresa estão “profundamente chocados com esta situação”.

Estudo
Portugal tem a maior taxa de cuidados continuados e paliativos, prestados por pessoas sem preparação nem qualificação para tal,...

Desenvolvido pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), o Estudo “Acesso, qualidade e concorrência nos Cuidados Continuados e Paliativos” indica ainda que Portugal é o país com menor taxa de prestação de cuidados não domiciliários.

“Portugal tem a maior taxa de cuidados domiciliários informais da Europa, a menor taxa de prestação de cuidados não domiciliários e uma das menores taxas de cobertura de cuidados formais, principalmente em função da escassez de trabalhadores formais, escassez que, segundo o International Labour Office, configura uma limitação ao acesso a cuidados continuados de qualidade”, indica a ERS.

Os cuidados informais são prestados por alguém que reside com o doente em situação de dependência, normalmente um familiar ou uma pessoa amiga, que faz esse trabalho por altruísmo, sem remuneração.

A ERS sublinha que, apesar de as estruturas de sistemas de cobertura universal de cuidados continuados terem começado a ser promovidas em alguns países europeus, desde os anos de 1940, em meados dos anos 90 a infraestrutura de cuidados continuados em Portugal ainda era escassa, com a maior parte dos cuidados a serem domiciliários e informais, prestados por um residente na mesma habitação.

O estudo indica ainda que a despesa pública em percentagem do PIB relativa aos cuidados continuados em Portugal encontra-se abaixo da média dos países europeus.

No entanto, as despesas públicas nesses cuidados têm vindo a crescer a uma taxa superior à das despesas públicas totais em saúde, acrescenta o regulador.

Por outro lado, “tendo em consideração um conjunto de países da OCDE [Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico], Portugal é o país com a maior parcela de financiamento 'out-of-pocket' [gastos suportados diretamente pelos utentes do serviço de saúde nos casos em que nem o serviço público nem o seguro privado cobrem a totalidade] de cuidados continuados (45%), sendo certo que a maior parte do financiamento total resulta de contribuições da segurança social (51%)".

Das projeções realizadas acerca da evolução da população idosa, tanto para Portugal como para os 28 Estados-membros da União Europeia (UE28), perspetiva-se que a procura por cuidados continuados e paliativos aumente nos próximos anos em todos os países europeus, mas especialmente em Portugal, na medida em que tal população idosa em Portugal deverá crescer a uma taxa mais elevada do que a do total da UE28, devendo a proporção de idosos chegar perto de 25%, até 2025 em Portugal.

Ainda de acordo com a ERS, o envelhecimento da população deverá traduzir-se num aumento da procura de cuidados continuados, ao passo que a procura de cuidados paliativos deverá continuar a crescer, tanto em função do envelhecimento da população como devido ao projetado aumento de incidência de neoplasias malignas.

Estudo revela
Mais de 90% da população portuguesa tem baixo acesso às unidades de internamento da rede nacional de cuidados continuados...

O número de camas para satisfazer as necessidades de cuidados continuados e paliativos deveria ser de 14.640, mas nem metade desta meta foi atingida, sendo o caso dos cuidados de convalescença o mais gritante, com 95% dos portugueses a apresentarem dificuldade de acesso.

O Estudo “Acesso, qualidade e concorrência nos Cuidados Continuados e Paliativos”, da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), identificou “um acesso baixo”, de 93% da população, a todas as unidades de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), o que significa que o “número de camas é insuficiente face às metas estabelecidas”.

Nestas unidades de internamento da rede, são consideradas desde as Unidades de Cuidados Paliativos (UCP), de baixo acesso para 81% dos portugueses, até às Unidades de Convalescença (UC), praticamente inacessíveis a 95%, passando ainda pelas unidades de média duração e reabilitação (UMDR) e de longa duração e manutenção (ULDM).

Ainda assim, a ERS destaca que, em 2015, se verificou um aumento de 19% no número de unidades de internamento, face a 2013.

Nessa altura, o regulador identificou maior insuficiência de número de camas de cuidados paliativos.

Por região, e no global, as mais altas proporções de população com baixo acesso em quase todos os tipos de internamento encontram-se nas Administrações Regionais de Saúde (ARS) do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo.

Mas é precisamente nessas regiões, e também na do Centro, que se verificam maiores percentagens “de camas contratualizadas”, a maioria em ULDM e a minoria em UCP.

Especificamente no caso dos cuidados paliativos, o pior acesso encontra-se igualmente no Norte, mas também na região do Alentejo.

“Ainda no que se refere ao nível de acesso baixo, a região do Algarve destaca-se pelo facto de não haver, no cômputo geral de todas as unidades de internamento, qualquer cumprimento das metas definidas”, destaca a ERS.

Naquela região, “a soma de camas de todas as unidades não supera o mínimo considerado necessário para a satisfação das necessidades de toda a população ali residente”.

Apenas no caso das ULDM é identificado acesso alto no Algarve, e a mais alta proporção de população com acesso alto às UMDR encontra-se no Alentejo.

A entidade reguladora constatou ainda que, em algumas unidades, não foram cumpridos os critérios de referenciação por tipologia de saúde, identificando casos de atendimento a doentes paliativos em unidades não dedicadas a este tipo de cuidados (situação para que a ERS já alertara em 2013).

No que respeita ao tempo de espera, desde a referenciação até à identificação da vaga, é menor para a entrada em equipas domiciliárias, comparativamente com as restantes tipologias de unidades da rede.

Por outro lado, as tipologias com maior tempo até ao ingresso numa unidade são as UMDR do Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo, assim como as ULDM do Alentejo e do Algarve.

Relativamente ao parâmetro da qualidade, os rácios mais baixos (e inferiores à média nacional) de médicos e enfermeiros em cuidados continuados e paliativos por habitante são identificados nas ARS Norte e Lisboa e Vale do Tejo (LVT).

Em contrapartida, “todos os tipos de internamento apresentam maiores percentagens de unidades com número de horas médicas e de enfermagem, igual ou superior ao valor mínimo aconselhado pela UMCCI” (Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados).

No âmbito da avaliação de resultados, o Alentejo é a região com maior taxa de recuperação de doentes. Globalmente as ULDM são as que apresentam pior desempenho, em especial na ARSLVT.

Ensaio clínico
O presidente executivo da Bial disse que está “profundamente chocado” com a morte de um voluntário que participou num ensaio...

“Quero, em meu nome pessoal e em nome de Bial, expressar as nossas profundas condolências e sentimentos para com família do voluntário que faleceu após ter participado no ensaio de Fase 1, com a nossa molécula experimental”, disse António Portela, declarando que os responsáveis da empresa estão “profundamente chocados com esta situação”.

O presidente executivo da farmacêutica adiantou que equipas da Bial estão em França e em Portugal a “trabalhar incansavelmente para perceber as causas deste trágico acidente”, assim como “garantir que os restantes voluntários que se encontram hospitalizados possam recuperar totalmente”.

António Portela afirmou que são muitas as dúvidas neste momento que ainda não têm resposta e que é para isso que as equipas estão a trabalhar.

Morreu um dos voluntários que participou num ensaio de medicamentos conduzido por um laboratório privado em França para a farmacêutica portuguesa Bial. Este paciente, que estava internado no hospital de Rennes, já estava há alguns dias em estado de morte cerebral.

Na semana passada, seis voluntários, entre os 28 e os 49 anos, foram hospitalizados depois de terem participado no ensaio clínico de Fase 1 para a Bial, que testava uma nova molécula com atuação a nível do sistema nervoso central, com efeitos provavelmente como analgésico ou a nível de alterações de humor.

Inicialmente foi dito que o composto sintetizado quimicamente teria uma substância que resulta da cannabis, informação que foi entretanto desmentida.

Segundo as informações até agora conhecidas, neste ensaio clínico estiveram envolvidos, no total, 108 voluntários, 90 dos quais receberam a droga, enquanto os restantes tomaram placebos. Os seis homens que foram internados foram o grupo que recebeu a dose mais elevada, segundo a agência France Presse.

Além do paciente que hoje morreu, outros podem ficar com danos neurológicos, tendo em conta as informações prestadas sexta-feira pelo diretor de neurologia do hospital que está a tratar esses doentes.

De acordo com as informações recolhidas, a substância que estava a ser testada já era estudada desde há oito anos, tendo passado pelas fases de laboratório e testes de toxicologia em animais, até chegar à experimentação em seres humanos.

Biotrial
O laboratório francês Biotrial, responsável por um ensaio clínico em França que provocou a morte de uma pessoa e a...

A Biotrial decidiu “propor, junto da comunidade científica internacional, evoluções dos padrões”, indicou a empresa em comunicado enviado aos media franceses.

O laboratório também anunciou ter decidido “criar de imediato um comité científico de referência para investigar a origem desse acidente”, definido como “inédito e imprevisível” e sobre o qual ainda se desconhecem as causas.

“Os ensaios precedentes com o produto experimental BIA-10-2474 não revelaram nenhuma anomalia”, acrescentou o laboratório, insistindo que colabora com a justiça “com total transparência”.

Num outro comunicado, a Biotrial tinha assegurado que o estudo se realizou “em total conformidade com os regulamentos internacionais”.

A ocorrência surgiu na primeira fase desse ensaio terapêutico que foi interrompido, em que foi ministrado a 90 voluntários sãos a molécula BIA 10-2474 no âmbito da preparação de um medicamento para tratar problemas motores e de ansiedade relacionados com doenças neuro-degenerativas.

 

Os seis voluntários afetados tinham entre 28 e 49 anos, pertenciam ao mesmo grupo, receberam a mesma dose, começaram a tomar a molécula em 7 de janeiro e fizeram-no de forma repetida, ao contrário das restantes “cobaias” humanas.

Bial
A farmacêutica portuguesa Bial lamentou a morte de um voluntário que participou num ensaio clínico da empresa em França e...

“Expressamos os nossos profundos sentimentos e solidariedade para com os familiares deste voluntário”, lê-se no comunicado que a Bial disponibilizou na sua página na Internet.

A empresa liderada por António Portela disse ainda que está a “acompanhar os restantes voluntários hospitalizados" e que continua a colaborar com as autoridades para "apurar as causas desta trágica e lamentável situação”.

Morreu, no hospital da cidade francesa de Rennes, um dos voluntários que participou num ensaio de medicamentos conduzido por um laboratório privado para a farmacêutica portuguesa BIAL. Este paciente já estava há alguns dias em estado de morte cerebral.

A semana passada, seis voluntários entre os 28 e os 49 anos foram hospitalizados depois de terem participado no ensaio clínico de Fase 1 que testava um novo medicamento destinado a tratar perturbações de humor como a ansiedade.

Segundo as informações até agora conhecidas, no total estiveram envolvidos 108 voluntários, 90 dos quais receberam a droga, enquanto os restantes tomaram placebos.

Os seis homens que foram internados foram o grupo que recebeu a dose mais elevada, segundo a France Presse.

Além do paciente que morreu, outros podem ficar com danos neurológicos irreparáveis.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde recomenda que todas as grávidas oriundas de países afetados pela doença por vírus Zika, transmitido...

Num alerta publicado na sua página da Internet, a Direção-Geral da Saúde (DGS) aconselha os viajantes provenientes de uma área afetada, que apresentem até 12 dias após a data de regresso os sintomas da doença, que contactem a linha de saúde 24 referindo a viagem recente.

Quanto às mulheres grávidas que tenham permanecido em alguma dessas afetadas, é recomendado que “consultem o seu médico assistente mencionando a viagem”.

No entanto, a DGS salienta que o vírus Zika não se transmite de pessoa a pessoa, mas apenas por picada de mosquitos infetados, sendo os sintomas em geral ligeiros e caracterizados por febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares.

A maior preocupação relativamente às grávidas prende-se com o facto de existirem suspeitas, ainda não inteiramente comprovadas, de que a doença possa provocar alterações fetais durante a gravidez, em particular microcefalia.

Em Portugal já foram confirmados laboratorialmente, pelo Instituto Ricardo Jorge, quatro casos que ocorreram em cidadãos portugueses regressados do Brasil, mas que evoluíram favoravelmente.

Recentemente, foram notificados casos de doença por vírus Zika no Brasil, Cabo Verde, Colômbia, El Salvador, Fiji, Guatemala, México, Nova Caledónia, Panamá, Paraguai, Porto Rico, Samoa, Ilhas Salomão, Suriname, Vanuatu, Venezuela, Martinica, Guiana Francesa e Honduras.

A DGS recomenda ainda a quem se deslocar para uma dessas regiões que tome especiais precauções, aconselhando-se na Consulta do Viajante e cumprindo as recomendações das autoridades locais.

Estas pessoas devem também assegurar proteção contra picada de mosquitos, utilizando vestuário adequado, optando por alojamentos com ar condicionado, usando repelentes e evitando a exposição nos períodos do dia em que os mosquitos picam mais.

Ordem dos Farmacêuticos apresenta
A Ordem dos Farmacêuticas vai entregar, na Procuradoria-Geral da República, uma queixa-crime por difamação contra a empresa que...

Em causa estão declarações prestadas na quinta-feira à comunicação social pela empresa que comercializa aquele suplemento alimentar e que, segundo a Ordem dos Farmacêuticos, "levanta suspeitas sobre os motivos que levaram” a estrutura representativa do setor a pedir nos tribunais a suspensão dos “anúncios publicitários do produto Calcitrin MD Rapid", refere a instituição, em comunicado.

Na quinta-feira, a empresa que comercializa aquele suplemento alimentar questionou a Ordem dos Farmacêuticos sobre a "guerra" que abriu contra o produto e lançou suspeitas sobre a intenção da estrutura corporativa em prejudicar o desempenho comercial da marca para beneficiar outras.

Na base das suspeitas estava o facto de a Ordem dos Farmacêuticos defender e recomendar os suplementos de cálcio, mas protagonizar uma guerra “injusta e injustificável” especificamente contra o Calcitrin, um suplemento que é líder de mercado e não é vendido nas farmácias.

Em comunicado, a empresa Viva Melhor disse que a “guerra pública” que o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) desencadeou em dezembro contra o suplemento alimentar “tem tanto de estranha como de suspeita razão de ser”.

Para sustentar as dúvidas, a Viva Melhor alega que, de entre os vários suplementos alimentares comercializados, há mais de uma dezena de marcas a anunciarem produtos que suplementam cálcio e que no dia em que o bastonário se queixou do anúncio do Calcitrin “havia pelo menos mais três marcas a publicitarem produtos concorrentes na imprensa e na televisão”.

Estudo
Há altos níveis de gorduras trans nos produtos alimentares em Portugal, em especial nos bolos e bolachas, que estão a...

Bolachas com cobertura, waffles, bolos de pastelaria ou batatas fritas são alguns dos alimentos que apresentam um alto nível de ácidos gordos trans e que aumentam o risco de doenças cardiovasculares e, portanto, a sua ingestão deve ser residual”, alertou Pedro Graça, diretor do Programa Nacional de Alimentação Saudável, numa entrevista.

A gordura trans é um tipo de gordura presente nos alimentos, geralmente oriundos da transformação industrial, e que aumentam significativamente o risco de doença cardiovascular, devendo a sua ingestão ser “tão baixa quanto possível”, alerta Pedro Graça, referindo que o ideal seria ingerir abaixo de 1% do total de energia que se consome diariamente”, ou seja a sua ingestão deveria ser “quase residual”.

O estudo sobre ácidos gordos trans nos produtos alimentares em Portugal, recentemente publicado na revista científica “Food Control”, foi realizado por uma equipa da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, com o apoio da Direção Geral de Saúde, do Programa Nacional da Alimentação Saudável e da Organização Mundial de Saúde.

Os produtos que tradicionalmente são fontes industriais alimentares de gorduras trans são as bolachas, bolos de pastelaria, algumas batatas fritas, alguns tipos de gordura que estão presentes em refeições prontas a consumir e nos óleos parcialmente hidrogenados, enumerou Pedro Graça, da Faculdade de Ciências de Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCAUP).

Para evitar ou diminuir o consumo de ácidos gordos trans deve-se variar o mais possível nos produtos de pastelaria ou bolachas, não consumindo sempre da mesma marca e sempre que houver em primeiro lugar a informação no rótulo “gordura ou óleo total ou parcialmente hidrogenada” deve evitar-se o produto, aconselha aquele especialista.

Em Portugal, os produtos mais ricos em gorduras trans são, por norma, também os mais económicos.

Como na rotulagem tradicional ainda não está identificado o ácido gordo trans, o consumidor para identificar essa gordura trans deve ficar atento à composição e a termos como “gordura parcialmente hidrogenada” ou “óleos totalmente ou parcialmente hidrogenados”, explica Pedro Graça.

O consumidor deve optar por carnes magras e privilegiar os laticínios magros ou meio gordos, aconselha ainda Pedro Graça.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde anunciou que os medicamentos para o VIH, os bio similares e para a diabetes vão ser reavaliados ao nível da...

Adalberto Campos Fernandes falava durante a cerimónia de tomada de posse do novo conselho diretivo do Infarmed, tendo explicado aos jornalistas que o objetivo desta reavaliação é conciliar o acesso à inovação terapêutica com a escassez de recursos.

“Temos de colocar os recursos onde estes fazem falta”, disse o ministro.

A reavaliação - que avançará este ano e abrange, para já, os grupo farmacológicos dos medicamentos para o VIH, os bios similares e para a diabetes - irá focar-se na sua qualidade terapêutica e no sistema de comparticipação.

A este propósito, o ministro reconheceu que a reavaliação poderá conduzir à descomparticipação de alguns fármacos. “Tudo é possível”, disse.

Durante a sua intervenção, Adalberto Campos Fernandes revelou ainda que vai avaliar, no primeiro trimestre deste ano, o projeto piloto que permite aos doentes com VIH terem acesso aos fármacos nas farmácias e não apenas nos hospitais, como até agora.

O projeto-piloto irá decorrer na zona do Alentejo, acrescentou o ministro, sublinhando a “comodidade para os doentes” que a medida representa.

Em relação à sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o ministro destacou a importância da “reavaliação sistemática das tecnologias da saúde”.

Uma das áreas em que Adalberto Campos Fernandes promete estar especialmente atento é a dos dispositivos médicos que representa para o Estado uma despesa de 600 milhões de euros por ano.

Na cerimónia tomaram posse o novo presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), Henrique Luz Rodrigues.

Compõem ainda este conselho diretivo Rui dos Santos Ivo e Hélder Mota-Filipe.

Henrique Luz Rodrigues é licenciado e doutorado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, especialista em farmacologia clínica e em nefrologia.

Foi presidente da comissão de farmácia e terapêutica do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, membro da comissão de avaliação de medicamentos do Infarmed e professor de farmacologia da Faculdade de Medicina de Lisboa.

Ordem dos Médicos
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos congratulou-se com a nomeação da nova equipa do conselho diretivo da...

Marta Temido, que era presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, foi nomeada na quinta-feira como nova presidente do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), em resolução de Conselho de Ministros.

Em comunicado, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos entende positiva a alteração daquela estrutura diretiva, "considerando os constantes erros, omissões e trocas nos concursos de contratação médica protagonizados pela anterior liderança".

"Pedimos a demissão do anterior responsável da ACSS que revelou amadorismo, irresponsabilidade e desrespeito pelos profissionais de saúde", lembrou Carlos Cortes, presidente da secção regional, citado no documento.

Segundo o responsável regional, nos últimos meses foram reportados "factos de extrema gravidade", que obrigaram a Ordem dos Médicos a pedir à ACSS o fim das "discrepâncias gritantes, nomeadamente nos concursos para o ingresso na Formação Específica do Internato Médico e na colocação de médicos especialista em Medicina Geral e Familiar".

"Os exemplos sucederam-se em prejuízo do Serviço Nacional de Saúde e dos doentes, uma vez que prejudicaram a escolha dos médicos, a distribuição de especialistas e a defesa dos utentes", sublinhou Carlos Cortes.

Para o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, a anterior equipa diretiva da ACSS "foi incompatível com o nível de exigência que se pretende para o Serviço Nacional de Saúde que é património dos portugueses".

À nova equipa, Carlos Cortes solicitou "empenho e dedicação, enquanto fator de estabilidade" na resolução dos problemas e na defesa dos médicos e dos doentes.

Polícia Judiciária
O homem detido pela Polícia Judiciária por suspeitas de corrupção em obras nos centros de saúde do Norte é funcionário da...

Segundo a mesma fonte, o detido é um engenheiro com funções técnicas na Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de um homem de 63 anos suspeito de ter “violado as suas obrigações funcionais em processos de adjudicação e acompanhamento de obras de centros de saúde da zona Norte”.

Em comunicado, a PJ refere que indivíduo, funcionário público e suspeito de um crime de corrupção ativa, foi detido em cumprimento de um mandado emitido pelo Ministério Público, sendo que a sua conduta terá causado “elevado prejuízo ao erário público”.

A polícia salienta que "o suspeito, pelo menos desde 2010, terá violado as suas obrigações funcionais em processos de adjudicação e acompanhamento de obras em Centros de Saúde da Zona Norte".

No âmbito das diligências que a PJ efetuou na quinta-feira, que incluíram buscas domiciliária, ao local de trabalho e a uma instituição bancária, foi apreendido “um montante superior a meio milhão de euros em dinheiro, além de objetos de ourivesaria e coleções de relógios de valor avultado”.

A investigação, titulada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto (DIAP), “prosseguirá para apuramento de outros envolvidos” naquele “esquema de corrupção”, sublinha a PJ.

O detido vai ser agora presente a primeiro interrogatório para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) garante que nenhum "membro do conselho diretivo, nem qualquer outro dirigente desta instituição, foi detido" no âmbito deste processo de investigação da PJ.

Contactada, fonte da ARS confirmou que a PJ esteve na quinta-feira naquelas instalações no âmbito de um processo "antigo".

Melhorar a qualidade de vida
A médica Geraldina Castro, da Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra, defendeu que o diagnóstico precoce e a terapêutica...

"Se investirmos na terapêutica inicial podemos reduzir custos e melhorar a qualidade de vida dos doentes", disse a uroginecologista, salientando que é uma doença difícil de quantificar porque os pacientes "têm vergonha de falar ou não a valorizam".

Geraldina Castro, que falava à margem da mesa redonda sobre "Desafios na bexiga hiperativa", a decorrer hoje em Coimbra, considera importante encorajar os doentes a procurar ajuda médica e a exporem sem vergonha o seu problema.

"E temos também de encorajar os médicos a questionar os pacientes nas suas consultas", sublinhou.

A bexiga hiperativa caracteriza-se por uma vontade súbita e repentina de urinar, com grande frequência e, por vezes, acompanhada de situações de incontinência, que piora com o avançar da idade.

Trata-se de uma doença que, segundo Geraldina Castro, tem muito impacto na qualidade de vida dos doentes em todos os domínios: profissional, laboral e social, estando associada ao desenvolvimento de depressões.

Embora não existam estudos em Portugal, a médica estima que os custos económicos com a doença sejam semelhantes aos do cancro da mama, que é o mais prevalecente na mulher, conforme indicam estudos internacionais.

O estudo mais recente feito em Portugal, em 2008, pela Faculdade de Medicina do Porto, mostrou que 32% da população acima dos 40 anos sofre de bexiga hiperativa, com maior prevalência nos homens, numa percentagem superior à europeia e americana.

A mesa redonda sobre os "Desafios da Bexiga Interativa", que se insere na 183.ª reunião da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, vai debater temas como o "Diagnóstico e classificação", o "Tratamento farmacológico" e "Porque nem sempre se aborda esta patologia".

Estudo
A felicidade está nos genes dos países mais felizes do mundo, com destaque para o México, Venezuela e Colômbia, revela um estudo.

Realizado por Michael Minkov da Universidade Varna da Bulgária e Michael Harris Bond, da Politécnica de Hong Kong, o estudo conclui que os países cuja população apresenta uma certa variedade de genes tem os melhores índices de felicidade autoproclamada.

Entre eles aparecem os países do norte da América Latina, liderados por México, Venezuela, Equador e Colômbia, mas também vários países da África Subsaariana como a Nigéria e o Gana, escreve o Sapo.

A Ásia parece ser o continente com menor prevalência do "alelo A", a variante genética investigada. Os moradores de Hong Kong, China, Tailândia ou Taiwan são também os menos propensos a declarar-se "muito felizes".

O estudo baseou-se nos resultados da World Values Survey (WVS), que realizou uma investigação mundial sobre a forma como as pessoas se sentem, comparando esses dados com a prevalência do "alelo A" presente na perceção sensorial de prazer e a resistência à dor.

"Trata-se do primeiro estudo que demonstra que as diferenças nacionais em matéria de felicidade têm também uma componente genética", afirmam os autores, citados pela agência de notícias France Presse.

Os investigadores admitem que a genética "não é o único fator determinante de felicidade", mas insistem que a felicidade também não está necessariamente vinculada ao nível de riqueza.

16 de janeiro
Decorre no sábado, dia 16 de janeiro, na sede da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla, às 15h, a apresentação do livro de...

O autor, segundo o Sapo, foi diagnosticado com esclerose múltipla (EM) em 2009 e, desde essa altura, que procura partilhar a experiência da doença através da escrita.

"Como muitos na minha situação, perguntei-me: Escrever porquê? Tudo começou como uma brincadeira. Depois de um período de grande sofrimento da minha vida, seguido de grandes mudanças, comecei a escrever. Os poemas são o meu apoio na luta com a EM", conta Sorin Nicu, em comunicado.

Este é o segundo livro de Sorin Nicu. O primeiro, intitulado “Momentos de Tristeza”, foi publicado em fevereiro de 2014, pela mesma editora.

A apresentação do livro é seguida de um lanche, na sede da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM).

Sorin Nicu é natural da Roménia e imigrou para Portugal em 2002. Anos depois, começou a trabalhar em construção civil, na Argélia, onde surgiram os primeiros sintomas de esclerose múltipla e que o fizeram regressar a Portugal.

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