Ministério da Saúde
Henrique Luz Rodrigues é o novo presidente da Autoridade Nacional do Medicamento, anunciou hoje em comunicado o Ministério da...

O novo conselho diretivo da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), que toma posse na sexta-feira à tarde, é ainda composto por Rui dos Santos Ivo e Hélder Mota-Filipe, que tinha assumido a presidência em regime de substituição depois da saída de Eurico Castro Alves para secretário de Estado da Saúde.

Henrique Luz Rodrigues é licenciado e doutorado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, especialista em farmacologia clínica e em nefrologia.

Foi presidente da comissão de farmácia e terapêutica do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, membro da comissão de avaliação de medicamentos do Infarmed e professor de farmacologia da Faculdade de Medicina de Lisboa.

Ministério da Saúde
Marta Temido é a nova presidente do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde, segundo uma nota oficial do...

Marta Temido, que até agora era presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, foi hoje nomeada em resolução de Conselho de Ministros.

Doutorada em Saúde Internacional, assistente convidada da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, Marta Temido assume a presidência da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), substituindo Rui Santos Ivo, que esteve no cargo desde setembro de 2014 e agora passa a integrar o conselho diretivo da Autoridade do Medicamento (Infarmed).

O Ministério da Saúde anunciou também hoje em comunicado que o novo presidente do Infarmed é o médico Henrique Luz Rodrigues, que toma posse na sexta-feira.

Em 2016
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, reconhecida nacional e internacionalmente como o primeiro Centro de Educação...

Os cursos vão decorrer em Lisboa e no Porto. Na capital vão ser lecionados na Escola da Diabetes – APDP, na Rua do Sol ao Rato nº 11 e no Porto na Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) Norte, situada na Rua Nova do Estádio nº 244, 4460-381 Senhora da Hora.

As inscrições estão já abertas. Para profissionais de saúde são feitas online, através do site www.apdp.pt, e para pessoas com diabetes e familiares deverão ser efetuadas diretamente com o Departamento de Formação da APDP / Escola da Diabetes. Para mais informações pode contactar a APDP através dos telefones 21 381 61 30/40 ou do e-mail: [email protected] (Paula Gabriela).

O Diretor Clínico e Pedagógico, João Filipe Raposo, afirma que "O combate à diabetes exige educar as pessoas com diabetes para a autogestão da sua doença e por formar quem as acompanha. Estes cursos estão desenhados a pensar neste objetivo."

A APDP procura, com a oferta formativa que disponibiliza, ser pioneira na modernização da educação terapêutica da pessoa com diabetes, tendo por isso criado a Escola da Diabetes. A par com a vertente da formação, a ação da APDP inclui: o Associativismo, a Clínica de Diabetes e o Centro de Investigação. O excelente trabalho que a APDP tem vindo a realizar nesta área, valeu-lhe a atribuição do título “PARCEIRO 2014” pela Direção-Geral da Saúde, resultado do seu forte contributo para a implementação do Plano Nacional de Saúde 2012-2016.

Sociedade Portuguesa da Medicina da Reprodução
A presidente da Sociedade Portuguesa da Medicina da Reprodução defendeu a comparticipação a 100% dos medicamentos contra a...

Teresa Almeida Santos foi ouvida pelo grupo de trabalho da Procriação Medicamente Assistida (PMA) que está a preparar os projetos de Lei do PS, PAN, BE e PEV que alteram a legislação nesta matéria.

Os projetos de PS, PEV e PAN preveem o alargamento das técnicas de PMA a todas as mulheres e o do BE pressupõe ainda a gestação de substituição.

Para a especialista em medicina da reprodução, existem medidas que podem fazer uma grande diferença em matéria de acesso, como uma maior comparticipação do Estado no custo dos medicamentos contra a infertilidade, atualmente de 69%, mas que Teresa Almeida Santos defende na totalidade.

No final da audição, a especialista disse aos jornalistas que “há casos em que a família se junta para reunir os montantes para os fármacos, bastante dispendiosos, e alguns casais até recorrem a empréstimos”.

Ouvida pelos deputados sobre os impactos de um eventual alargamento do acesso a estas técnicas, atualmente confinadas a casos de infertilidade, Teresa Almeida Santos advertiu para a necessidade de um reforço dos meios, nomeadamente humanos.

“Atualmente existem listas de espera [para os centros públicos] que em alguns casos atingem os dois anos. Com mais candidatos admitidos, maior será a procura. Precisamos de um aumento de pelo menos 50% dos profissionais atuais para poder dar essa resposta”, afirmou.

Para Teresa Almeida Santos, esse aumento da capacidade permitirá aumentar a percentagem de bebés nascidos através da PMA, que em Portugal se situa nos dois por cento, mas que chega aos seis por cento em outros países europeus, como é o caso dos nórdicos.

A especialista admite que se as técnicas passarem a estar disponíveis para todas as pessoas, mesmo as que não têm diagnóstico de infertilidade, estas possam ser uma resposta para, por exemplo, casais que vivem separados, por motivos de trabalho, e que não têm tempo para estar juntos.

“Isto vai acontecer”, disse, sem especificar a posição da Sociedade Portuguesa da Medicina da Reprodução (SPMR) sobre esta situação.

Relativamente à maternidade de substituição, a vice-presidente da SPMR, Joana Mesquita Guimarães, defendeu que a legislação que venha a resultar dos projetos de lei em análise especifique que esta é uma possibilidade para mulheres sem útero, seja por razões congénitas ou oncológicas.

“Referir que esta é uma técnica que pode estar disponível sempre que existir uma ‘situação clínica que o justifique’, como indicado no projeto de lei do BE, é perigoso e dá para tudo”, referiu.

O grupo ouviu depois representantes da Associação Portuguesa de Fertilidade (APF), bem como uma mulher que, para ser mãe de um filho biológico, necessita de recorrer à gestação de substituição.

Joana não tem útero, sofrendo da síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hause (MRKH). No seu depoimento emocionado, disse aos deputados que esta é a sua realidade e a de muitas outras mulheres.

“Não é uma questão de capricho, é uma questão de saúde. A pessoa nasce assim”, afirmou, sem conter as lágrimas, partilhando com os deputados que compõem este grupo de trabalho parlamentar o sofrimento que diz passar por existir uma possibilidade para ser mãe biológica, mas à qual não pode aceder por a mesma não ser legal.

“A maternidade de substituição existe em Portugal, apesar de ser ilegal, e há casais portugueses que vão ao estrangeiro recorrer a mães de aluguer, que cobram por isso, mas nem todos os casais têm músculo financeiro para tal”, afirmou.

O depoimento de Joana foi seguido pelo de Marta Casal que tem 41 anos – não estando por isso em condições de receber mais nenhum tratamento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) – e já fez 11 tratamentos, oito no privado e três no público.

“O meu apelo vai no sentido de levarem em conta que estas mulheres não conseguem, se outra forma, serem mães de um filho biológico”, disse.

E sobre outras alternativas, disparou: “E não me venham falar na adoção, pois eu tenho o meu processo ativo há cinco anos e vai agora para reapreciação…”.

Para este elemento da APF, “é suposto olhar para a maternidade de substituição como algo positivo”.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro promove a sensibilização dos mais pequenos pelos próprios...

Desta vez são os docentes da educação pré-escolar e professores do primeiro ciclo do ensino básico da Covilhã que, de forma gratuita, podem participar na ação de formação com o tema “Cancro: Sensibilização e Prevenção”.

Estão abertas as inscrições para os docentes da educação pré-escolar e professores do primeiro ciclo do ensino básico do distrito de Castelo Branco participarem numa ação de formação com o tema “Cancro: Sensibilização e Prevenção”.

Trata-se de uma iniciativa do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC.LPCC), em colaboração com os Centros de Formação de Associação de Escolas do Distrito de Castelo Branco. A sessão, escreve o Sapo, com a duração de quatro horas, decorre na Escola Quinta das Palmeiras (Rua de Timor, Covilhã), no dia 3 de fevereiro, quarta-feira, a partir das 16h. A participação no curso é gratuita e confere certificado de participação.

O objetivo de “Cancro: Sensibilização e Prevenção” é sensibilizar os professores para a problemática do cancro, procurando fomentar conhecimentos na área da oncologia e prevenção da doença oncológica, de modo a habilitá-los a abordar esta temática em contexto escolar e a atuar ao nível da promoção da saúde, adoção de estilos de vida saudáveis e aprendizagem entre pares, junto dos seus alunos.

Divulgar informação sobre o cancro e promover a Educação para a Saúde, com ênfase para a sua prevenção, é um dos objetivos da Liga Portuguesa Contra o Cancro que se assume como a entidade de referência nacional no apoio ao doente oncológico e família, na promoção da saúde, na prevenção do cancro e no estímulo à formação e investigação em oncologia. A ação de formação “Cancro: Sensibilização e Prevenção” insere-se nesse objetivo e integra-se nas campanhas de Educação para a Saúde sobre Cancro nas Escolas que o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro promove regularmente desde 2011.

Para mais informações pode ser contatado o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro através do número 239 487 490 ou do email [email protected], ou os respetivos CFAEs.

Estudo
Os homens com mais ácido úrico na corrente sanguínea têm cerca de 40% menos riscos de desenvolver Doença de Parkinson, do que...

Os trabalhos foram publicados na revista médica Neurology, da Academia Norte-americana de Neurologia.

"Estes resultados sugerem que o urato (ou ácido úrico) pode proteger contra a Doença de Parkinson ou atrasar a sua progressão nos primeiros estágios", explicou Xiang Gao, da Universidade da Pensilvânia e um dos autores.

"Estes estudos merecem uma maior investigação para determinar se ao elevar o nível de ácido úrico nas pessoas no início da doença de Parkinson é possível atrasar a progressão" desta doença degenerativa incurável.

O investigador considerou a hipótese potencialmente promissora, uma vez que é possível aumentar o nível deste ácido no sangue a baixo custo, embora seja necessária prudência já que taxas excessivas de urato podem provocar a formação de cálculos renais e gota, escreve o Sapo.

Um total de 388 pessoas desenvolveram Parkinson nas três investigações. Os homens que tinham baixos níveis de urato registavam menos de 4,9 miligramas (mg) por decilitro (dl) de sangue, enquanto os que tinham taxas mais elevadas tinham uma relação de 6,3 a 9 mg/dl. Os níveis normais são entre os 3,5 e os 7,2 mg/dl.

Os investigadores não constataram uma relação similar nas mulheres, que são geralmente menos afetadas pela doença.

Segundo a Fundação para a Doença de Parkinson, um milhão de pessoas sofrem da doença e cerca de 60.000 pessoas são diagnosticadas todos os anos com esta patologia do foro neurodegenerativo.

Estudo
A Zaask realizou um estudo sobre serviços de Nutrição, onde foi possível concluir que o tema da boa forma e controlo de peso...

Portugal é dos países da União Europeia com um maior número de população obesa, escreve o Sapo, atingindo um milhão de adultos nestas circunstâncias, no entanto, está também a aumentar o volume de pessoas preocupadas com este tema, como comprovam os dados da plataforma, em que 45.7% dos portugueses que procuraram nutricionistas, em 2015, fizeram-no com o objetivo de controlar o seu peso. Depois, em segundo lugar, com 21.7%, ficaram os serviços de desporto e de treino especializado, que garantem um acompanhamento físico mais completo. E em terceiro lugar, com 15,2%, surgem os serviços de saúde – através do aconselhamento e tratamento de doenças com base na nutrição.

A nível geográfico, o maior número de pedidos é para nutricionistas em Lisboa, com 30%, seguido de nutricionistas na Região Centro, com 21% e no Porto, com 19%. “Estes valores mostram-nos que há uma vontade generalizada na população para conseguir atingir a boa forma e controlar o peso, com a ajuda de um especialista, e que não é apenas uma questão de nicho que encontramos nas grandes cidades”, refere Luís Martins, CEO da Zaask.

Direção-Geral da Saúde
A falta da vacina contra difteria, tétano e tosse convulsa não põe em causa a saúde pública ou das crianças, garantiu o diretor...

O diretor-geral da Saúde esclareceu, em comunicado, que as falhas da disponibilidade de vacinas são pontuais e “não põem em causa a saúde individual ou pública, atendendo a que as doenças abrangidas pelo Programa Nacional de Vacinação estão controladas ou mesmo eliminadas, como é o caso da poliomielite e do sarampo”.

“Em todo o caso, e pela imunidade que a vacinação confere ao longo da vida, as crianças que excecionalmente não são vacinadas ficam referenciadas na sua unidade de saúde e são chamadas logo que a vacina volte a estar disponível, para cumprimento do seu calendário vacinal”, sublinha o responsável.

Em causa está a falta da vacina tetravalente (difteria, tétano e tosse convulsa) e/ou pentavalente (mais hepatite B), verificada, em novembro de 2015, em alguns centros de saúde do país.

No entanto, a Direção-Geral da Saúde, em parceria com o Infarmed, com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e com a Indústria Farmacêutica, procurou, oportunamente, disponibilidades no mercado mundial, que resultaram no restabelecimento da distribuição das vacinas tetravalente e pentavalente na última semana de dezembro, esclarece.

Francisco George reconhece que estas falhas acontecem pontualmente, e não apenas em Portugal, porque “o mercado mundial fornecedor de vacinas é limitado”, de tal forma que a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) já “alertou os países para a possibilidade deste problema persistir nos próximos anos”.

Direcção-Geral da Saúde
Esta é a primeira proposta de um lote de medidas idealizadas pela Direção-Geral da Saúde para reduzir o consumo de açúcar em...

Servirem-lhe um café sem o tradicional pacotinho de açúcar ou apresentarem-lhe uma embalagem com metade da quantidade habitual nos restaurantes pode tornar-se realidade num futuro bem próximo. A Direção-Geral da Saúde (DGS) acaba de entregar esta proposta "revolucionária" no gabinete do ministro Adalberto Campos Fernandes: a ideia é reduzir para metade ou menos de metade (dos atuais oito gramas para apenas quatro ou três gramas) a quantidade de açúcar das embalagens individuais (saquetas) servidas na restauração e tornar obrigatório que estes pacotes apenas sejam disponibilizados aos clientes se o pedirem expressamente.

“Apesar de já existirem embalagens com menos açúcar [no mercado], pretende-se que a redução para três ou quatro gramas passe a ter carácter vinculativo, obrigatório, e que estes pacotes não sejam distribuídos de forma passiva aos cidadãos, para evitar o desperdício, que se estima em cerca de 40%”, justifica ao jornal Público o diretor-geral da Saúde, Francisco George.

Mas esta proposta é apenas a primeira de um lote de medidas que visam reduzir o consumo de açúcar e, consequentemente, diminuir a taxa de doenças crónicas, especialmente a diabetes tipo 2 e a obesidade, dois dos principais problemas de saúde pública em Portugal, afirma. Apesar de a medida ainda ter de ser discutida e passar pelo crivo dos responsáveis do Ministério da Economia, e de se seguir depois todo um processo legislativo, Francisco George acredita que tem todas as condições para se materializar num futuro próximo. 

O diretor-geral assume que não tem medo de polémicas: “A economia não pode estar contra a saúde dos cidadãos. Se há provas de que o açúcar está na origem de problemas graves, tem que haver uma aliança estratégica". Uma aliança que envolva não só os sectores da saúde, da economia e da indústria, mas “todos os cidadãos, pais, avós, filhos”, elenca.

“Sabemos que há uma relação estreita entre o consumo de açúcar e a diabetes tipo 2 e sabemos que todos os anos há 60 mil novos casos de diabetes”, num país em que se estima que cerca de um milhão de pessoas sofra já desta doença crónica, enfatiza George. Este é um primeiro passo, idealiza, de "um processo educativo que visa a promoção de mais literacia e auto-cuidados que possam conduzir à redução da diabetes e da obesidade".

É até "um primeiro sinal" para chamar a atenção da população para o facto de" haver aqui um problema", diz o médico que acredita que o processo vai “avançar rapidamente”, idealmente “ao longo do primeiro trimestre" deste ano.

Crianças consomem muito açúcar
A proposta foi desenvolvida no quadro de um programa a que a DGS chama “Uma nova ambição para a saúde pública” e os trabalhos estão "na fase inicial". Seguir-se-ão, depois, as outras medidas que Francisco George prefere por enquanto não divulgar e que se inserem no tal programa de "educação para a saúde".

Estas medidas passam por um aumento das taxas dos produtos alimentares com excesso de açúcar, como tinha chegado a ponderar o anterior secretário de Estado e ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa (e que se estendiam ao sal em excesso)? Francisco George não responde. O mais importante, nesta fase, é chamar a atenção para "o risco" que o excesso de açúcar representa para a saúde, defende.

O médico recorda que o açúcar é ingerido não só da forma mais evidente, como a dos pacotinhos e do açúcar refinado em geral, e que é preciso levar também em conta as quantidades consumidas através de produtos como os refrigerantes ou os alimentos sob a forma de sobremesas."O consumo de açúcar conduz ao consumo de insulina do pâncreas e a insulina gasta-se. É como as minas de ouro”, compara, sublinhando que um simples refrigerante açucarado de tamanho convencional (350 ml) tem "três, quatro ou até cinco pacotes de açúcar".

Em Março de 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tomou uma posição e recomendou que o consumo de açúcares simples adicionados à alimentação se mantivesse abaixo de 10% das calorias ingeridas diariamente, aproximando-se idealmente de 5% do total de energia consumida. Isto significa que o total de açúcar adicionado aos alimentos (por exemplo em refrigerantes, sobremesas, cereais de pequeno-almoço) não deverá ultrapassar as seis colheres de chá de açúcar por dia. Uma lata de refrigerante tradicional pode conter 10 colheres de chá de açúcar.

Segundo a OMS (que se baseia nos últimos estudos disponíveis), o consumo de açúcar pelas crianças portuguesas aproxima-se dos 25% da energia ingerida diariamente, ou seja cinco vezes acima dos 5 % ideais. Estudos recentes, como o EPACI (Estudo do Padrão de Alimentação e de Crescimento na Infância),desenvolvido em parceria pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica, a Faculdade de Medicina e o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, e o Geração 21 indicam que as crianças portuguesas começam a consumir doces muito cedo, logo a partir dos 12 meses. Aos quatro anos, mais de metade bebe já refrigerantes açucarados todos os dias e 65% come doces diariamente.

Já no que toca a vendas de refrigerantes calóricos, Portugal situava-se um pouco abaixo do meio da tabela numa lista de mais de meia centena de países estudados pela Euromonitor International em 2014. Os maiores consumidores eram os chilenos, os mexicanos e os norte-americanos e os menores, os indianos.

Petição em 2011
Esta não é, porém, a primeira vez que a ideia de reduzir a quantidade de açúcar nas embalagens individuais é debatida em Portugal. Em 2011, um grupo de quatro alunos da licenciatura em Gestão e Conceção de Políticas Hospitalares do Instituto Politécnico de Tomar chegou mesmo a lançar uma petição pública, propondo que as embalagens individuais de açúcar fossem reduzidas por razões "de saúde pública". Na sequência desta iniciativa, o Parlamento ainda ouviu várias entidades, mas a ideia não chegou a avançar porque se concluiu então que a indústria já estava a reduzir a quantidade de açúcar nos pacotes de forma voluntária.

Na altura, o que se pretendia era que as embalagens passassem a conter um máximo de seis gramas de açúcar. O que os peticionantes propunham era que fosse alterado um decreto-lei de 2003, introduzindo um limite máximo de seis gramas para os pacotes de açúcar, como "forma de combater alguns problemas de saúde, nomeadamente, a diabetes, a obesidade, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, cujos tratamentos têm um peso significativo para a saúde".

Laboratório Militar
Milhares de doses do medicamento contra a gripe estão guardados em contentores no Laboratório Militar há sete anos. Foram...

O oseltamivir (nome da substância ativa) é o antiviral recomendado para o tratamento de situações mais graves de gripe ou para prevenção, mas quando os hospitais precisam, têm de o comprar. Subdiretora-geral da Saúde explica que o medicamento está guardado em grandes quantidades, por isso se os casos a serem tratados forem poucos, estariam a ser desperdiçadas centenas de doses.

Quando em 2009 o Mundo enfrentou a pandemia da gripe A, os vários países compram milhões de doses de oseltamivir. Portugal não foi exceção e adquiriu doses suficientes para tratar 25% da população portuguesa. Uma parte desta reserva estratégica foi usada na altura. O restante mantém-se guardado no Laboratório Militar. "A reserva continua a existir e mantém-se válida. A validade é determinada pelo Infarmed que faz análises regulares em que verifica a condição da substância. Se mantém as características de qualidade, eficácia e segurança idênticas às de quando foi adquirido", explicou ao Diário de Notícias Graça Freitas, subdiretora-geral da Saúde.

Nos hospitais este antiviral é usado para tratar situações mais complicadas de gripe ou fazer prevenção em casos particulares. Mas apesar de Portugal ter uma reserva nacional, ela não pode ser usada. "Está fechada em contentores próprios e só pode ser usada num contexto de pandemia. O que compramos na altura foi apenas a substância ativa que é um pó e que não está separado em doses individuais. Quando necessário pode ser transformado em xarope ou cápsulas. Se abríssemos um contentor para tratar poucos casos, estaríamos a desperdiçar todas as outras doses, que já não poderiam ser usadas", referiu a especialista.

No site da DGS está publicada uma norma para os médicos, referindo que o uso do antiviral é uma decisão clínica individualizada e que se insere numa estratégia de "prevenção/minimização da evolução para doença grave e prevenção/minimização da transmissão da infeção a pessoas de risco". "Os médicos podem prescrever em casos graves, quando os sintomas são mais exuberantes, ou em outras situações que considerem ser a melhor solução", acrescentou.

Gripe A é a dominante
O vírus dominante este ano está a ser para já o A H1N1, o mesmo que ficou conhecido por gripe A em 2009. Hoje é publicado um novo relatório do Instituto Ricardo Jorge (INSA), que faz um balanço semanal dos casos de gripe. O último dava conta de 18 casos que tiveram de ser internados nos cuidados intensivos. Ontem o Hospital de Santarém confirmou à Lusa que foram identificados casos de gripe A em alguns doentes e profissionais e no dia anterior a Unidade Local de Saúde da Guarda revelou que ter diagnosticado 13 casos.

Graça Freitas afirma que não há razões para alarme. "Gripe A foi o nome que se deu à doença quando o vírus apareceu pela primeira vez em 2009 [e por ser a primeira vez é que foi considerada pandémica]. Desde então o vírus tem estado em circulação, já não como pandémico, mas como sazonal. As pessoas, que são os hospedeiros, mudaram de perfil. Não estamos tão frágeis porque fomos adquirindo imunidade, quer por contacto com ele como através da vacinação. Desde 2009 que este vírus faz parte da vacina", explicou a especialista.

Quando surgiu este vírus atingiu pessoas mais novas, ao contrário de outros vírus da gripe, que normalmente têm efeitos mais graves em idosos. Segundo Graça Freitas, ainda é cedo para se perceber se essa é uma tendência que se mantém, apesar de 70% dos 18 casos internados nos cuidados intensivos serem de pessoas entre os 15 e os 64 anos. "Os números ainda são pequenos e esta é uma faixa etária alargada. Também existem doentes mais velhos internados. Não se pode tirar uma conclusão", disse.

Para casos muito graves, internados nos cuidados intensivos, há ainda um outro medicamento, o zanamivir, que também tem uma reserva estratégica nacional com um número pequeno de doses para estarem disponíveis de forma imediata para responder a situações "de reconhecida gravidade clínica em que o início da terapêutica é um fator prognóstico decisivo". Segundo a norma da DGS, atualizada em dezembro passado, esta reserva está armazenada na Farmácia do Hospital de Santa Maria.

Na próxima sexta-feira
Há meio ano que a Europa não tem vacina BCG. Em Portugal, mais de 40 mil bebés aguardam pela injeção, mas para já só será...

As primeiras doses da vacina da BCG, contra a tuberculose, em falta desde maio, chegam a Portugal na próxima sexta-feira, dia 15 de janeiro. É esta a previsão da Direção-Geral de Saúde (DGS) que perante as falhas do único laboratório europeu que produzia a vacina teve de comprá-la no Japão, escreve a TSF.

A subdiretora geral da Saúde deixa, aliás, uma mensagem de tranquilidade aos pais e explica que as primeiras doses serão administradas apenas aos bebés que vivem em zonas ou situações familiares de risco.

Graça Freitas acrescenta que esta primeira remessa permitirá vacinar perto de 15 mil dos mais de 40 mil bebés que esperam pela BCG, números que foram crescendo desde que em maio o país ficou sem reservas desta vacina.

Antes de chamar os pais é preciso, contudo, identificar, localmente, as crianças em situações de maior perigosidade.

A responsável acrescenta que a estratégia é rentabilizar ao máximo as doses de cada ampola (que dura 6 horas depois de aberta), pelo que será preciso convocar mais do que uma criança ao mesmo tempo, num planeamento que será diferente conforme a região do país.

Universidade do Minho
A Universidade do Minho está a realizar um estudo sobre a prevalência da doença celíaca a nível nacional, com testes a...

Coordenado pela investigadora Henedina Santos, da Escola de Ciências e Saúde da Universidade do Minho, o estudo, que será realizado em adolescentes de 13 e 14 anos através de uma análise sanguínea, pretende demonstrar a prevalência da doença celíaca em Portugal continental e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

“A prevalência da doença celíaca em Portugal é desconhecida. O único trabalho em população portuguesa é um estudo de Braga, que já tem alguns anos e que deu um predomínio de um doente para 134 adolescentes sem doença, que foi feito em jovens de 14 anos”, disse Henedina Santos.

A investigadora e coordenadora da unidade de gastroenterologia pediátrica do Hospital de Braga revelou que, agora, esse primeiro estudo que abrangeu apenas Braga está a ser replicado a nível nacional, tendo sido incluídos também adolescentes com 13 anos.

O estudo anterior revelou que, no Minho, a incidência (os casos diagnosticados) é de 5,2 por 100 mil habitantes abaixo dos 18 anos e que a prevalência da doença é de um em cada 134.

“O Minho é uma das regiões com mais proatividade em termos de diagnóstico, provavelmente haverá regiões com dificuldades em fazer o diagnóstico”, explicou a investigadora, dizendo esperar em todo o território nacional resultados semelhantes aos da prevalência em Braga.

A especialista alertou que, “quanto mais se fala de doença celíaca, mais se diagnostica, porque é mesmo uma doença que tem muitos sintomas e que abrange muitas especialidades".

Henedina Santos sublinhou que a importância deste estudo prende-se também com a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), lembrando que, desde de 2012, a analise sanguínea anti-transglutaminase é comparticipada pelo Estado e custa sete euros, contra os mais de 50 que custava anteriormente.

“Um tratamento de infertilidade, que a doença celíaca pode provocar, é de quatro mil euros. Até em termos de sustentabilidade do SNS, vale a pena fazer diagnóstico de celíacos, para além da qualidade de vida que se está a dar ao doente, que muitas vezes se sente infeliz e tem dores de barriga e acha normal viver assim, pois não está diagnosticado”, referiu.

Estima-se que existam entre 70 a 100 mil casos em Portugal, ou seja, uma a três por cento da população nacional, sendo que só existem 10 mil casos diagnosticados o que significa que muitos podem desconhecer ter a doença celíaca e estar a ser, inclusive, tratados para outras patologias.

A doença celíaca é uma doença autoimune crónica, que afeta indivíduos com predisposição genética, causada pela permanente sensibilidade ao glúten, que, ao ser ingerido, provoca lesões na mucosa do intestino e origina uma diminuição da capacidade de absorção dos nutrientes.

O único tratamento para a doença celíaca – que normalmente surge entre os seis e os 20 meses, mas também pode aparecer em adultos - é uma dieta isenta de glúten, proteína que está presente nos principais cereais, como trigo, centeio, aveia e cevada e seus derivados.

Em Coimbra
Dois alunos de duas escolas secundárias de Coimbra vão participar no NOMORFILM, um projeto europeu de investigação que pretende...

Dois alunos das escolas secundárias D. Duarte e Jaime Cortesão, em Coimbra, vão participar no “mega projeto europeu de investigação NOMORFILM (‘novel marine Biomolecules against Biofilm. Application to medical devices’)”, programa que pretende descobrir antibióticos produzidos por microalgas, para combater infeções hospitalares”, anunciou a Universidade de Coimbra (UC), numa nota divulgada.

A participação dos dois estudantes do ensino secundário surge na sequência de um concurso lançado para o efeito naquelas duas escolas pela Algoteca da UC, que é parceira do projeto que envolve 15 países e tem um orçamento global de sete milhões de euros.

Os vencedores do concurso serão conhecidos no sábado, durante uma sessão, às 11:00, no Museu da Ciência da UC, onde, na mesma altura, é inaugurada uma exposição com os dez melhores trabalhos.

O prémio proporciona aos vencedores “vestirem a pele de cientistas”, participando, durante 15 horas, nos trabalhos de investigação do NOMORFILM, que decorrem nos laboratórios da Algoteca.

Os dois alunos premiados irão, designadamente, “cultivar algas" e "produzir extratos dos seus compostos para posterior identificação de moléculas antibacterianas”.

O projeto NOMORFILM, que é financiado pelo programa comunitário Horizonte 2020, teve início em abril de 2015, sob a coordenação geral do Instituto de Saúde Global de Barcelona.

A equipa da UC é composta por sete investigadores, liderada por Lília Santos, docente e responsável pela Algoteca (ACOI), infraestrutura de investigação do Departamento de Ciências da Vida, onde se “desenvolve trabalho científico e pedagógico na área das microalgas e que inclui a maior coleção de culturas vivas destes organismos”.

O grande objetivo desta investigação é “descobrir moléculas produzidas por microalgas que possam combater de forma eficaz as infeções hospitalares, nomeadamente as infeções causadas por biofilmes que se desenvolvem em implantes médicos (próteses, por exemplo), levando à rejeição dos dispositivos, com custos muito elevados”, refere a UC, na mesma nota.

Um biofilme é uma espécie de ‘camada biológica’ que se forma “em torno dos implantes resultante do desenvolvimento e proliferação de micro-organismos, como bactérias e fungos, que causam infeção, podendo conduzir à rejeição do implante”, explica Lília Santos.

“Com o aumento da resistência das bactérias aos antibióticos disponíveis no mercado, é urgente encontrar alternativas eficazes e estamos a tentar descobrir antibióticos derivados de algas, mas temos um trabalho gigantesco pela frente”, conclui a investigadora.

Estudo
O investigador de Coimbra Ricardo Pocinho iniciou um estudo para perceber se o envelhecimento ativo, nomeadamente a educação e...

O estudo, que já conta com 620 inquiridos de todo o país, pretende perceber se há uma relação entre a capacidade que a pessoa idosa tem para lidar com situações que lhe causam stress e a educação e o lazer, explicou à agência Lusa o investigador Ricardo Pocinho, coordenador de uma pós-graduação em Envelhecimento Ativo e Saudável, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra.

Segundo o investigador, o estudo propõe-se analisar o percurso formativo e educativo das pessoas inquiridas (todas com mais de 65 anos) ao longo da vida, bem como perceber as atividades de lazer que estas frequentam ou frequentaram.

Dessa forma, pretende-se perceber "se a atividade que seja considerada lazer contribui para a capacidade para lidar com problemas" que surgem na vida dos idosos, referiu.

O estudo surge no seguimento de outros dois realizados por Ricardo Pocinho em 2014 e 2015 sobre a importância das universidades seniores na qualidade de vida e bem-estar dos idosos, e sobre o turismo sénior, respetivamente.

A investigação foi criada "pela ideia de continuidade na perceção de fatores" que garantem qualidade de vida em pessoas com mais de 65 anos, apontou.

O objetivo do estudo, financiado com meios do próprio e fora do âmbito de qualquer centro de investigação ou instituição do ensino superior, passa por "traçar um perfil" e definir "estratégias" para que pessoas "com 40 anos saibam qual o caminho para poderem envelhecer ativamente", sublinhou.

De acordo com Ricardo Pocinho, não "são as pessoas de 80 anos que têm de ter estratégias", sendo que o envelhecimento ativo tem de ser pensado antes das pessoas entrarem na terceira idade.

O estudo começou em novembro de 2015 e o investigador espera tê-lo concluído dentro "de três a quatro meses".

Para além de Ricardo Pocinho, o projeto conta ainda com a participação de um psicólogo e uma gerontóloga.

Comité Europeu dos Medicamentos para Uso Humano
O Comité Europeu dos Medicamentos para Uso Humano recomendou para aprovação na UE o novo fator VIII recombinante da Bayer, para...

A decisão final da Comissão Europeia para autorização de comercialização é esperada para as próximas semanas. A hemofilia afeta aproximadamente 400.000 pessoas em todo o mundo e é caracterizada por hemorragias prolongadas ou espontâneas, especialmente nos músculos, articulações ou órgãos internos.

"A Bayer está altamente comprometida com a comunidade de hemofilia, o que está bem exemplificado pelo mais recente desenvolvimento do BAY 81-8973, bem como pelo nosso candidato fator VIII recombinante de longa ação BAY 94-9027 em pipeline", disse o Dr. Joerg Moeller, membro do Comité Executivo da Bayer HealthCare e Chefe de Desenvolvimento Global.

"Além disso, estamos também a prosseguir diferentes abordagens do tratamento precoce da hemofilia, incluindo um anticorpo anti-TFPI".

A recomendação positiva do Comité Europeu dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) baseia-se nos resultados dos ensaios clínicos do programa de desenvolvimento LEOPOLD (Long-Term Efficacy Open-Label Program in Severe Hemophilia A Disease), que avaliou o BAY 81-8973 em crianças, adolescentes e adultos tanto em regime de profilaxia como em tratamentos on demand.

A Bayer submeteu pedidos de introdução no mercado para o BAY 81-8973 nos EUA e em vários países e está a aguardar aprovações regulamentares em todo o mundo.

A Bayer HealthCare tem como missão «science for a better life», através do seu portfólio de tratamentos inovadores. A Hematologia na Bayer HealthCare inclui um tratamento aprovado para o tratamento da hemofilia A e numerosos compostos em várias fases de desenvolvimento para a hemofilia, anemia falciforme e outros distúrbios do sangue e hemorrágicos. Juntos, estes compostos refletem o compromisso da Companhia em torno da Investigação e Desenvolvimento, priorizando metas específicas para a intervenção com o potencial para melhorar a forma como os distúrbios raros do sangue e hemorrágicos são tratados.

Vladimir Putin
O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que Moscovo registou a patente de um medicamento contra o vírus Ébola, cujos...

“Temos uma boa notícia. Registámos [a patente] um medicamento contra o Ébola, que revelou nos testes correspondentes uma grande eficácia, superior aos compostos usados neste momento a nível mundial”, disse Putin, durante uma reunião com os membros do governo russo.

Em finais de dezembro de 2015, a chefe do serviço russo de proteção dos direitos do consumidor, Ana Popova, informou que estava a ser preparada a documentação necessária para o registo do novo medicamento.

A vice-primeira-ministra russa com a tutela da política social, Olga Golodets, tinha afirmado anteriormente que os testes ao medicamento tinham sido um sucesso.

Em finais de julho de 2015, a comunidade médica internacional, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), anunciou que uma vacina tinha superado os primeiros ensaios clínicos e que reunia as condições necessárias para ser administrada a pessoas em risco de infeção com o vírus Ébola.

A vacina em questão ainda não conta com as autorizações necessárias e, neste momento, só pode ser usada em ensaios clínicos ou casos específicos.

No entanto, a OMS está a trabalhar em parceria com as farmacêuticas responsáveis pelo composto e as entidades reguladoras para assegurar o uso da vacina em eventuais novos surtos da doença.

A epidemia de Ébola na África ocidental, que afetou sobretudo a Guiné-Conacri, a Serra Leoa e a Libéria, foi controlada durante o ano passado. Ainda surgem casos residuais em alguns dos países afetados, que esperam superar definitivamente este ano esta emergência sanitária.

O recente surto de Ébola foi o mais grave e prolongado desde que o vírus foi descoberto, em 1976. Foram contabilizados 28.601 casos desde que surgiu em dezembro de 2013, dos quais um terço dos doentes (11.299) acabou por morrer.

183ª Reunião da Sociedade Portuguesa de Ginecologia
Na 183ª Reunião da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, organizada pela secção de Uroginecologia, decorre, no dia 15 de Janeiro...

A Bexiga Hiperativa, que se caracteriza por um aumento da frequência urinária e pelo desejo súbito e imperioso de urinar, é uma doença com um forte impacto na qualidade de vida dos doentes. Existem distintos resultados em relação à prevalência desta patologia em Portugal mas estima-se que esta se encontre acima da média europeia (17%). Estes dados evidenciam a importância do debate e partilha de informação sobre os avanços e desafios desta patologia em Portugal.

Temas como o “Diagnóstico e classificação”, o “Tratamento farmacológico” e “Porque nem sempre se aborda esta patologia”, vão ser objeto de debate e partilha entre os especialistas de ginecologia e urologia presentes.

Pode consultar mais informações sobre a reunião aqui.

Desenvolvidos em Portugal
O Japão acaba de se tornar no primeiro país a nível mundial a aprovar a patente de um conjunto de instrumentos cirúrgicos para...

O autor desta inovação, o cirurgião-ortopedista Dinis Carmo, acredita que este parecer positivo alcançado no Japão poderá, em breve, "desbloquear" e acelerar os processos de patenteamento submetidos nos 28 países que compõem a União Europeia e em mais 11 países de geografias diversas, como a Austrália, Índia, Israel, Brasil, EUA, Canadá, China e México.

"O Japão é um país credível, com métodos reconhecidamente rigorosos e acredito que o facto de ter concedido a patente a esta inovação no prazo de apenas 2 anos e meio se deve à eficiência e capacidade de decisão que caraterizam este país e que fazem com que seja uma das maiores potências industriais do mundo", refere Dinis Carmo.

Entretanto, com a aprovação da patente no Japão, o cirurgião-ortopedista enuncia os próximos passos estratégicos a realizar, até que a comercialização dos instrumentos cirúrgicos naquele país seja uma realidade.

"Por um lado, há que divulgar o método junto de quem pratica esta intervenção, ou seja, os cirurgiões. Nesse sentido, vamos contactar a sociedade japonesa de cirurgia da mão, bem como os principais hospitais universitários do país. Por outro lado, será fundamental celebrar um contrato de distribuição com os distribuidores de material cirúrgico locais, sendo que temos já um contacto bem estabelecido com uma empresa produtora de material cirúrgico na Coreia do Sul, a Imedicon, com uma vasta rede de distribuição internacional", explica.

Dinis Carmo sublinha contudo que, antes de mais, a comercialização dos instrumentos cirúrgicos à escala internacional está dependente da sua produção a nível industrial.

"Neste momento estamos a trabalhar em conjunto com duas empresas nacionais - a FAMOLDE, da Marinha Grande, especialistas na confeção de moldes de plástico, e a MCM, de Braga, especialistas em metalurgia", revela.

Quanto ao custo que a aquisição do conjunto de instrumentos cirúrgicos poderá vir a ter no Japão, o cirurgião-ortopedista esclarece que é um assunto a ser resolvido tendo em consideração os custos de produção e as recomendações dos agentes locais.

"Para o universo da América do Norte, Europa e Japão estimamos um custo de cerca de 150 a 200 Euros por unidade descartável, o que é cerca de 50 a 100 Euros mais barato que outros conjuntos existentes no mercado, com a vantagem adicional de não ser necessária a utilização de qualquer outro equipamento dispendioso, como por exemplo material específico de artroscopia ou ecografia", justifica Dinis Carmo.

O Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é uma doença caracterizada por dores, formigueiros e adormecimentos a nível do punho, mãos e dedos, manifestando-se sobretudo no período noturno, sendo suficientemente fortes para despertarem o doente, impedindo o repouso. Contudo, os mesmos sintomas podem manifestar-se durante o dia, interferindo com as atividades diárias e o desempenho da atividade profissional. Atividades que implicam o uso repetitivo das mãos, como os teclados e os ‘ratos’ dos computadores têm vindo a ser implicadas pelo aumento do número de casos.

Segundo dados estatísticos do New York Times Health Guide (março de 2012), o número anual de casos de STC nos EUA ronda os 500 mil, sendo a segunda intervenção cirúrgica mais comum naquele país.

"Como não há evidência de grandes variações na frequência desta patologia em países industrializados, tendo em conta a população japonesa, que ascende a cerca de 127 milhões de habitantes, por extrapolação, podemos calcular um número de cerca de 180 mil casos anuais", avança Dinis Carmo.

Em Portugal, a partir do Porto, o cirurgião ortopedista já aplicou a sua técnica cirúrgica em mais de 300 pacientes, observando uma taxa de sucesso muito próxima dos 100%, sendo que a boa tolerância à intervenção permite inclusive que esta possa ser feita simultaneamente às duas mãos.

Recorde-se que a técnica cirúrgica desenvolvida por Dinis Carmo consiste em permitir a realização da intervenção cirúrgica sem cortes na palma da mão, permitindo uma cirurgia mais segura, um período pós-operatório menos doloroso, uma recuperação mais rápida, menos efeitos secundários e reações adversas, bem como uma cicatriz esteticamente próxima da perfeição, uma vez que a mesma, efetuada a nível da prega palmar distal do punho, se torna praticamente indetetável após alguns meses.

Fisioterapia dermato funcional
Afetando sobretudo as mulheres, a gordura localizada pode ser uma verdadeira dor de cabeça no que à

A fisioterapia dermato-funcional é, nada mais nada menos que, a área da fisioterapia responsável pela manutenção da integridade do sistema tegumentar – constituído pela pele (derme e epiderme), hipoderme (camada subcutânea) e os chamados anexos da pele (glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, folículos pilosos e unhas).

Sendo designada anteriormente de fisioterapia estética, tem ganho terreno, nos últimos anos, no acompanhamento pré e pós-operatório das cirurgias estéticas.

Para além de atuar sobre a aparência atingindo as necessidades dos pacientes, a fisioterapia dermato-funcional também se ocupa em restaurar e melhorar a função dos tecidos tratados. Quer isto dizer que o fisioterapeuta dermato-funcional está apto a tratar a acne, rugas, manchas, cicatrizes, celulite, estrias, gordura localizada e queimaduras.

Depois de uma avaliação inicial, é possível o terapeuta traçar um plano de tratamentos adequado a cada problema. Esta análise permite ainda determinar quais os recursos terapêuticos necessários, a duração e frequência dos tratamentos, tendo em vista alcançar os melhores resultados para cada caso.

A gordura localizada caracteriza-se pela acumulação de células adiposas em determinadas regiões do corpo. Mas desengane-se se pensa que ela só afeta quem tem excesso de peso porque isso não passa de um mito.

Não sendo uniforme a sua distribuição, é mais frequente assistir-se a uma maior acumulação de tecido adiposo na parede abdominal e nas regiões próximas dos membros.

Enquanto nos homens a gordura localizada atinge, sobretudo, o abdómen, cintura e tronco, nas mulheres afeta, para além da região abdominal, a metade inferior do corpo – glúteos e coxas.

Com o crescente aumento pela procura de técnicas que reduzam ou eliminem as imperfeições, têm sido desenvolvidas várias técnicas e aparelhos que visam travar a gordura localizada.

Entre os recursos mais utilizados pela fisioterapia dermato-funcional estão a radiofrequência, os ultra-sons e a massagem modeladora. Mas há mais!

Os resultados apresentam-se como bastante satisfatórios, podendo ser potenciados se aos tratamentos juntar a prática de uma alimentação saudável e exercício físico.

Na verdade, é bom não esquecer que os tratamentos estéticos não operam milagres, mas que ajudam (e muito!) a recuperar a auto-estima, ajudam!

Os especialistas alertam, no entanto, para a existência de algumas contra-indicações: gravidez, insuficiência renal e hepática, tumores ou cardiopatias e afeções de pele. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Associação Portuguesa de Cães de Assistência
Mais de 70% dos pedidos feitos à Associação Portuguesa de Cães de Assistência são de pessoas sem recursos financeiros para...

“Temos tido infelizmente mais pedidos do que aqueles que conseguimos suportar”, ultrapassando já os 250, o que “numa associação com um ano é muito” e não temos nenhum tipo de ajuda estatal, disse à agência o presidente da organização, Rui Elvas.

Segundo Rui Elvas, mais de 70% das pessoas que pediram ajuda “não têm condições financeiras para suportar todo o processo, desde a aquisição [do cão], treino e certificação”, estando a associação a suportar os encargos com fundos próprios, oriundos de donativos, e com a “boa vontade de muitos treinadores”.

Mas a associação, que está a formar e a certificar os primeiros cães de assistência para pessoas com deficiência motora, diabéticos, autistas e epiléticos, “não pode fazer mais” porque não tem apoio estatal e os donativos e as receitas que tem “são residuais” para as suas necessidades.

“É muito complicado porque estamos a falar de valores que variam entre os 5.000 e os 15 mil euros, dependendo da valência que o cão vai ter”, explicou o treinador/formador.

Para ultrapassar estas dificuldades, a associação vai pedir ao Estado para aplicar a lei de 2007 sobre cães de assistência, que prevê apoio a estas situações.

Por cada cão guia (considerado também cão de assistência) formado para pessoas invisuais, o Estado paga à entidade formadora cerca de 17.400 mil euros, refere Rui Elvas, defendendo que o Estado também pague um montante, a definir, por cada cão de assistência formado.

“O que queremos é que os cães de assistência tenham os mesmos benefícios e estejam abrangidos da mesma maneira pela lei”, defendeu, admitindo, contundo, que a Segurança Social, quem comparticipa estas situações, possa ainda não ter conhecimento desta formação.

Como a associação é muito recente, “compreendemos que a Segurança Social ainda não tenha conhecimento real de tudo isto e não tenha feito nenhuma abordagem nesse sentido, mas cabe-nos a nós ir bater à sua porta e tentar perceber se existe abertura e respeito pelo que está estabelecido na lei sobre a igualdade dos cães de assistência”.

A APCA surgiu para colmatar uma área que não estava a ser desenvolvida em Portugal, uma situação que “penalizava em muito as pessoas” que podiam usufruir de um cão de assistência.

Num ano de trabalho, a associação já tem três cães certificados, sete em certificação e está a começar a formação de mais oito. Destes casos, só dois utentes é que pagaram, lamentou.

Os cães assistência ajudam as pessoas no dia-a-dia, através de ações como abrir e fechar portas, buscar o telemóvel, medicamentos, mas também dando assistência durante ataques epiléticos, detetando níveis de glicemia e proporcionando conforto à criança.

Há cerca de ano e meio, Diana Niepce, bailarina, teve um acidente, caiu de um trapézio, o que a deixou numa cadeira de rodas. Teve conhecimento dos cães de assistência no Centro de Reabilitação de Alcoitão, mas na altura ainda não eram muito divulgados.

“Todos os cães que encontrávamos eram cães guias para cegos e que não se adaptavam a uma pessoa com mobilidade reduzida”, até que tive conhecimento da associação, contou a jovem, de 30 anos.

Após alguns contactos com a associação, Diana recebeu a sua cadela ainda bebé, a Nina. Sem possibilidades financeiras, a formação de Nina, hoje com quatro meses e meio e a pesar 20 quilos, está a ser patrocinada pela associação.

O treino passa agora pela Nina acompanhar a Diana a andar na rua com andarilho e, mais tarde, acompanhá-la no trabalho e em casa. Neste momento está a ser treinada para ajudar a abrir e fechar portas, apanhar objetos, como o comando da televisão, e levá-los a Diana.

“Sou encenadora e o objetivo é que a Nina venha comigo em tournée, que venha aos teatros comigo”, disse, contando orgulhosa: “Já vamos ao café e ela porta-se muito bem”, este tipo de intervenção “vai ser muito rico para a sociedade”.

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