Tratamentos estéticos
Tendo como principais causas a oscilação excessiva de peso, o uso de medicamentos – anabolizantes ou

As estrias surgem quando a pele estica até um nível muito acima daquele que ela consegue suportar. Quando isto acontece as fibras de colagénio e elastina, que fazem parte da sua composição, rompem-se, dando lugar a linhas em relevo de cor avermelhada, que com o tempo se tornam esbranquiçadas.

Durante a gravidez o risco de ficar com estrias é maior, por isso, este é um período em que se deve redobrar os cuidados com a pele.

Na realidade, a pele deve estar constantemente hidratada para que as suas fibras aguentem a pressão que o crescimento faz durante a gravidez, sobretudo na zona da barriga e peito.

Apesar de não existir um tratamento 100% eficaz para combater as estrias, não é preciso desanimar uma vez que existem vários métodos, e produtos naturais, que podem ajudar a melhorar a sua aparência. Sobretudo, quando utilizados numa fase inicial do aparecimento das estrias.

Especialistas aconselham, como primeiro passo, manter a pele bem nutrida e hidratada e ter atenção ao aumento e/ou perda de peso repentina.

Para diminuir a aparência das estrias já existentes aconselha-se a utilização de hidratantes à base de ureia, por exemplo.

Os óleos vegetais são boas opções, caso queira melhorar o seu aspeto. Aposte no óleo de amêndoas, rosa mosqueta, bétula ou uva.

O truque é utilizar diariamente estes óleos, massajando a área afetada.

Por outro lado, alguns naturopatas aconselham o uso de óleos essenciais – mais concentrados que os vegetais, e resultando de uma mistura de substâncias voláteis extraídas das folhas, raízes ou caules, este possuem vastas propriedades terapêuticas.

Na lista dos óleos essenciais aconselhados para atenuar ou melhorar este problema podem encontrar-se os seguintes:

  1. Óleo essencial de Funcho-Doce ou Erva-Doce, considerado um poderoso diurético evita a retenção de líquidos, elimina as toxinas e melhora o sistema linfático;
  2. Óleo essencial de Junípero (Zimbro), que tendo propriedades diuréticas ajuda a evitar a acumulação de toxinas;
  3. Óleo essencial de Toranja, que atua sobre o sistema linfático contribuindo para eliminar toxinas.

Se ficou curiosa experimente juntar estes óleos essenciais e massaje, com movimentos circulares e intensos, a zona a tratar, depois do banho, pelo menos uma vez por dia.

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Prevenir o aparecimento de estrias

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Publicado pelo Journal of the American College of Cardiology, este é um estudo levado a cabo por investigadores do Departamento...

Destacando-se pela sua amostragem – 133.536 indivíduos – e pelo tempo de investigação – os indivíduos foram seguidos durante um mínimo de 24 anos e um máximo de 30 anos – o estudo chega às seguintes conclusões:

  • O follow-up destes 24 a 30 anos de pesquisa documentou 7.667 casos de doenças cardiovasculares;
  • O consumo de gorduras polinsaturadas (como o abacate, as nozes, e os óleos e cremes vegetais), e hidratos de carbono complexos foi claramente associado a um risco baixo de desenvolvimento de doenças cardiovasculares;
  • Por oposição, o consumo de gorduras saturadas (como as carnes vermelhas e brancas, e o leite e derivados como a manteiga, iogurtes e nata) foi claramente associado a um risco mais alto de desenvolvimento de doenças cardiovasculares;
  • A substituição de 5% do consumo de gorduras saturadas pela mesma quantidade de gorduras polinsaturadas, monoinsaturadas e hidratos de carbono complexos reduz o risco de doenças cardiovasculares em 25%, 15% e 9%, respectivamente;

Conclusão Principal: a substituição de gorduras saturadas por gorduras insaturadas (especialmente polinsaturadas) diminui o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Pode consultar o estudo na íntegra aqui.

Presidente do hospital revela
O presidente do Hospital de Santa Maria revelou que recebe cerca de 50 casos/ano de aneurismas para neurocirurgia e nunca houve...

Falando aos jornalistas no final na Comissão Parlamentar de Saúde, o presidente do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), Carlos Martins, revelou que tem equipas de neurocirurgia especializadas para casos de aneurisma roto, como o que vitimou um jovem no Hospital de São José em dezembro, estão de prevenção, prontas para atuar se forem chamadas ao fim de semana, e que são pagas em produção adicional, de acordo com uma tabela que existe com percentagens e valores definidos.

Essa tabela que vigorava desde 2008, agora deixou de fazer sentido ao fim de semana, uma vez que desde 24 de dezembro os hospitais funcionam com uma escala diferente e rotativa entre hospitais.

Embora sem detalhar, Carlos Martins explicou que os valores segundo os quais eram pagas estas equipas eram atualizados ao ano e semelhantes aos de prevenção.

“A prevenção de fim-de-semana que existe e que é de seis pessoas rondará sensivelmente os dois mil euros, a equipa toda, desde o assistente operacional até ao neurocirurgião. Os valores que vi pela casuística dos últimos seis anos, se tivéssemos optado pela prevenção, seriam semelhantes”, afirmou.

Estas equipas eram formadas por “pessoas que se prontificaram a integrar esse sistema, são pessoas referenciadas e que entenderam que essa era a melhor forma. Na altura, em 2008, eram cerca de 25 casos por ano que recebíamos, agora são cerca de 40 e as respostas sempre foram dadas”, assegurou.

Perante os deputados, Carlos Martins já afirmara que “no CHLN a média é de 40 a 50 casos por ano, o que dá uma média de um caso a cada sete dias”, sendo que “aquela era a melhor opção e a que os profissionais aceitavam”.

Estas equipas eram constituídas por seis profissionais: um neurocirurgião com capacidade para neurocirurgia vascular, um anestesista, com treino na neurocirurgia, três enfermeiros treinados no bloco de neurocirurgia e um assistente operacional também.

Aos jornalistas, o responsável reiterou que Santa Maria não tem “nenhuma casuística de nenhuma situação de morte ou de sequelas graves por falta de meios” e que nunca teve “nenhuma recusa de profissionais”.

“E é este o Serviço Nacional de Saúde a que estou habituado”, afirmou, da mesma forma que é esse o sistema que disse conhecer e que põe a vida dos pacientes à frente da contabilidade, tentando dar resposta a este tipo de casos urgentes o mais rapidamente possível.

“O SNS que eu conheço funciona pelo primado da vida do doente, que não tem preço. Primeiro salvamos vidas ou devolvemos qualidade de vida e depois fazemos a contabilidade. Portanto, naquele dia, a minha preocupação foi saber o que aconteceu durante os anos em que presido a instituição e os anteriores e não quanto custa ou quanto custou”, afirmou.

Quanto às 72 horas apontadas por algumas instituições como o tempo de espera possível para este tipo de doentes, Carlos Martins respondeu não conhecer a casuística dos outros hospitais, e disse ter-se apercebido nos últimos tempos, “inclusivamente por um prestigiado neurocirurgião” do Hospital de São José, de que “há uma janela de oportunidade de 72 horas”.

“Mas a casuística demonstra que a primeira reação acontece nas primeiras 24 horas, em regra”, sublinhou, acrescentando: “conheço a casuística da minha instituição e pela minha respondo”.

Carlos Martins esclareceu ainda que pôs o lugar à disposição e não se demitiu.

“De acordo com os dados que eu tinha naquela reunião do final da tarde de dia 22 [dezembro], se o meu hospital tinha sido acionado e não tinha correspondido ao pedido de apoio do Centro Hospitalar Lisboa Central, entendi que deveria colocar o meu lugar a disposição. Demitir era se eu tivesse apurado factos, não é por perceções”.

Deco denuncia
A Deco alertou os consumidores para a oferta de rastreios de saúde gratuitos pelo telefone que acabam por se revelar uma...

Numa nota divulgada, a Deco - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor anuncia já ter denunciado aquelas práticas à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), à Direção Geral do Consumidor (DGC) e à Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

Sem contabilizar, a Deco acrescenta que “continua” a receber reclamações de consumidores que, a propósito da realização de rastreios de saúde gratuitos, são alvo de práticas comerciais desleais e enganosas.

A abordagem é feita pelo telefone, sendo os consumidores convidados a deslocaram-se a determinado local para efetuarem exames clínicos gratuitos.

“Habitualmente, são locais que não levantam suspeita como, por exemplo, as instalações dos Bombeiros Voluntários ou coletividades”, adianta a associação, explicando que o rastreio de saúde oferecido como gratuito acaba por se revelar “uma armadilha” do consumo.

“Os consumidores são influenciados a adquirir determinados produtos e/ou tratamentos de valor bastante elevado e, caso não disponham da quantia solicitada como sinal, são muitas vezes acompanhados pelo comercial a uma caixa multibanco para efetuarem o levantamento do montante em causa”, denuncia a Deco.

O público-alvo destas campanhas de rastreios são consumidores com mais de 50 anos, com queixas clínicas, a quem é prometida a resolução dos problemas de saúde e lembrada a necessidade de fazer exames regulares devido à idade.

A Deco diz que, além da abordagem enganosa, há também uma venda agressiva: “Chegados ao local indicado, e perante a insistência e pressão dos vendedores, os consumidores vêm a sua liberdade de escolha limitada, acabando por assinar um contrato de forma precipitada”.

A Deco diz ainda que algumas das empresas que praticam este tipo de vendas não estão a respeitar o prazo de livre resolução (14 dias para cancelar o contrato) e o prazo de reembolso das quantias despendidas pelos consumidores.

“A Deco alerta todos os consumidores para este tipo de práticas e informa que estes contratos podem ser cancelados no prazo de 14 dias”, alerta a associação, lembrando que a vontade de cancelar o contrato tem de ser manifestada junto da entidade, através de carta registada com aviso de receção, devendo o consumidor guardar cópia da carta e dos registos de envio.

SPO alerta para importância do diagnóstico e tratamento atempados
No dia 4 de fevereiro assinala-se o Dia Mundial de Luta contra o Cancro e Sociedade Portuguesa de Oftalmologia lembra que o...

“Quando é tratado numa fase em que ainda está confinado ao globo ocular, a taxa de sobrevivência é superior a 95%, mas cai de forma abrupta quando o tumor invade estruturas à volta do olho (órbita) ou desenvolve metástases à distância, podendo levar à morte”, explica Guilherme Castela, oftalmologista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).

O diagnóstico atempado deste tipo de tumor também é importante porque pode evitar a necessidade de retirar o olho e permitir que as crianças não percam a visão completamente.

Em 90% dos casos o tumor manifesta-se antes dos 5 anos, sendo a idade média de diagnóstico os 12 meses nos casos bilaterais e 24 meses nos unilaterais. Este tipo de tumor afeta mais frequentemente um olho - unilateral - (75% dos casos), mas também pode ser bilateral e até trilateral, se chegar à região cerebral da glândula pineal.

Os retinoblastomas podem ser hereditários (40% dos casos) e, por isso, é importante o estudo genético das famílias, acrescenta Guilherme Castela.

A principal manifestação clínica deste tumor é a Leucocória (pupila branca) e ocorre em 60% dos casos. Guilherme Castela explica que “o tumor cresce dentro do olho e apresenta um reflexo branco que se vê pela pupila. Este reflexo também pode aparecer nas fotografias com flash, deixando de aparecer o típico ‘olho vermelho’. Nestes casos chama-se fotoleucocória”.

A pesquisa do reflexo vermelho é a forma mais eficaz para diagnosticar precocemente este tumor, acrescenta o especialista, recomendando que seja realizada por todos os pediatras e oftalmologistas. “Todas as crianças devem ser rastreadas desde que nascem e pelo menos até aos 5 anos de idade”, diz Guilherme Castela.

Outra forma de apresentação menos frequente é o estrabismo convergente (desvio do olho para dentro) que pode ocorrer em 20% dos casos.

O tratamento do retinoblastoma pode ser sistémico (quimioterapia e radioterapia), mas cada vez mais, com a evolução dos tratamentos, se utilizam tratamentos locais no olho.

A quimioterapia supra-seletiva da artéria oftálmica (QSAO) e a quimioterapia intravítrea (QTiv) são as formas locais de quimioterapia cada vez mais utilizadas. Estes novos tratamentos estão a ser feitos em Portugal desde 2015, permitindo que neste momento seja possível fazer o tratamento integral destes tumores em Portugal, explica Guilherme Castela.

No nosso país registam-se cerca de 10 novos casos por ano de retinoblastoma, cuja incidência ronda 1/18.000 crianças. Este tumor representa 3 por cento de todos os tumores em crianças até aos 15 anos de idade e não apresenta predileção por género ou raça.

Esgotados e pouco realizados
Inquérito a 5000 trabalhadores portugueses mostra que o risco de esgotamento aumentou, que a exposição ao stress é maior e que...

Sentir pouca realização pessoal no que se faz e um “cansaço extremo”. Experimentar um “aumento do cinismo” na relação com os colegas, uma espécie de desligamento “afetivo-emocional em relação às tarefas e ao trabalho”. Acumular stress há muito tempo. Tudo isto caracteriza o burnout — expressão usada pelos especialistas para falar de “esgotamento”. E o número de trabalhadores que apresentam sintomas de “esgotamento”, tal como ele aqui é definido, subiu em 2014/2015 para 17,3%, segundo um estudo.

Mas são muito mais os que estão em risco. Quase metade de quase 5000 trabalhadores inquiridos (48%) “estão submetidos a situações com elevado potencial de desenvolver burnout”, diz João Paulo Pereira, presidente da direção da Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional.

Em 2014, o coordenador do Barómetro de Riscos Psicossociais, “que visa fazer o reconhecimento sobre a evolução dos riscos psicológicos, físicos e de eficiência das organizações”, levou o seu primeiro Relatório de Avaliação de Perfil de Risco Psicossocial – A gestão de Pessoas e Organizações Saudáveis a várias comissões parlamentares. Para explicar aos deputados que se estava a observar uma degradação “assustadora” dos indicadores de bem-estar no mundo laboral.

Esse estudo, então noticiado, baseava-se em inquéritos a 38.719 trabalhadores portugueses, feitos entre 2008 e 2013, e mostrava, por exemplo, que a percentagem dos que se encontravam num estado de burnout/esgotamento passara de 9%, em 2008, para 15%, em 2013.

Agora, a taxa superou os 17%. Até que ponto é grave? “A distribuição tida como normal” seria 7% a 9% de trabalhadores naquela situação, diz ao jornal Público, por escrito, o coordenador.

Stress e reconhecimento
Entre 2014 a 2015, foram inquiridas 4729 pessoas, tendo em consideração três áreas: Saúde, Educação e Serviços, com percentagens de inquiridos idênticas, 33,3%, para cada área, tanto no sector público como no privado. Menos pessoas do que no estudo anterior, mas perguntas idênticas.

Cerca de 45% das entrevistas foram feitas na rua e 55% em instituições que foram contactadas ou que solicitaram a avaliação, explica o também consultor da Mastering Jobs & People, grupo “especializado em Comportamento Humano e Organizacional”, detentor dos direitos do barómetro.

Os resultados “mostram uma evolução negativa na exposição aos fatores de risco” — fatores estes que vão da perceção do reconhecimento financeiro e social pelo trabalho, à sobrecarga de tarefas, para dar dois exemplos. Alguns dados: há mais situações de stress. Em 2013, eram relatadas por 62% dos inquiridos. “Neste momento temos 86,1%”, continua João Paulo Pereira.

O sentimento de não reconhecimento também ganhou espaço. Em 2013, aproximadamente 73% dos inquiridos não se sentiam recompensados, “agora estamos nos 87,41%”.

Esta área, do reconhecimento financeiro e social que se recebe pela contribuição que se tem no trabalho, “comporta a remuneração propriamente dita, os prémios de produtividade, o reconhecimento de performance por parte das chefias, colegas e outros que sejam importantes na vida do trabalhador”, explica João Paulo Pereira. Que nota que “um sistema de remuneração significativo, e que cumpra de forma integrativa e abrangente o que foi enumerado, contribui para o desempenho e proporciona indicações claras de quais são os valores da organização”.

Os autores avaliaram mais aspetos: qual “a capacidade do trabalhador se sentir envolvido na instituição e com as tarefas que nela desenvolve”? Com que “energia” cada colaborador se sente “para conseguir ter ‘disponibilidade’ e força para o desempenho das tarefas”? Há, aos olhos do trabalhador, justiça na sua empresa? — “A justiça comunica respeito para com os membros de organização”. Partilha ele dos valores da organização? — “Sendo os valores um aspeto importante para o sucesso organizacional e dos seus membros, urge que se descubram as congruências entre eles, de forma a que o sentimento de identificação das pessoas com as organizações, e o consequente desenvolvimento de engagement, satisfação e redução de riscos, possam ser uma realidade.”

Apostar na prevenção
Porque piorou o bem-estar dos trabalhadores? Por um lado, a realidade sócio-económica das pessoas e famílias portuguesas não sofreu “melhorias consideradas por elas como significativas”, diz. Depois, “a realidade do mercado de trabalho, seja no sector público, seja no sector privado, não teve, de forma clara, um processo que fosse visto como algo que pudesse sustentar uma evolução positiva no futuro”. Para além disso, pouco foi feito ao nível da “prevenção e minimização destes riscos”, ao contrário do que tinha sido recomendado no estudo de 2014 — e o consultor faz questão de sublinhar que havendo “vontade das empresas e do regulador” uma intervenção junto dos trabalhadores tem resultados.

É também preciso “que a lei se cumpra”, nota, para “assim prevenir a exposição dos trabalhadores àqueles que são considerados os fatores de potencial desenvolvimento de risco”. E as organizações devem ter planos de ação e desenvolver “ações formativas e de intervenção nas áreas da Saúde Segurança e Higiene no trabalho, na vertente comportamental e na de desenvolvimento de competências específicas à função”.

Para já, os dados apurados dizem isto: 72% do total dos funcionários públicos e 69% dos do sector privado apresentam uma exposição elevada aos fatores de risco considerados neste barómetro.

União Europeia
Um ano e quase cinco meses depois da entrada em vigor da diretiva comunitária que permite ter acesso a cuidados de saúde em...

De acordo com fonte oficial da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), desde setembro de 2014 – altura em que a diretiva europeia entrou em vigor em Portugal – foram rececionados dois pedidos de reembolso. Um dos doentes foi ao estrangeiro fazer uma PET (um exame imagiológico da medicina nuclear) e o outro submeteu-se a uma intervenção cirúrgica a um estesioneuroblastoma (um tumor na cavidade nasal), detalhou a mesma fonte ao Observador.

Acontece que, em ambos os casos, “a resposta [do reembolso] não foi positiva”, pois os cuidados de saúde foram “prestados antes do pedido de autorização prévia”.

A autorização prévia aplica-se, segundo a lei, sempre que estão em causa cuidados de saúde cirúrgicos que exijam o internamento de, pelo menos, uma noite, bem como cuidados de saúde que impliquem o recurso a infraestruturas ou equipamentos médicos altamente onerosos e de elevada especialização, como PET, ressonância magnética, análises genéticas, diálise renal, tratamento oncológico, entre outros cuidados devidamente estabelecidos numa portaria de 2014. E sem esta autorização, não há lugar a reembolso do Estado.

Quando a diretiva entrou em vigor, e mesmo antes de ter entrado, muitas vozes se fizeram ouvir, antecipando as dificuldades que se levantariam. Além da necessidade de autorização prévia, em muitos casos, também a questão do reembolso foi sublinhada. É que, mesmo quando a resposta é positiva, o reembolso por parte do Estado é feito de acordo com as tabelas de preços aplicadas ao Serviço Nacional de Saúde, ou seja, o Estado paga aos doentes aquilo que pagaria aos hospitais para darem resposta aos cuidados em causa. Tudo o que tem que ver com outras despesas (transporte, alojamento, alimentação, e outras) não está abrangido. Isto faz com que as pessoas com menos recursos financeiros fiquem impossibilitadas de usufruir desta possibilidade.

Esta diretiva, aprovada na Comissão Europeia no início de 2011, com o voto contra de Portugal, permite também que cidadãos europeus venham a Portugal receber cuidados de saúde, mas, até à data, “não existe conhecimento de doentes estrangeiros que tenham recebido cuidados de saúde ao abrigo da diretiva sobre cuidados de saúde transfronteiriços”, respondeu a mesma fonte.

Carteira profissional
Enfermeiros, farmacêuticos e fisioterapeutas entre profissionais que vão ter nova carteira profissional para trabalhar na União...

Desde ontem, torna-se mais fácil exercer uma profissão noutro país da União Europeia (UE) para alguns técnicos da área da saúde, mas também para guias montanhistas ou mediadores imobiliários. De acordo com uma nota da Comissão Europeia, escreve o Diário de Notícias, a nova carteira profissional torna o processo muito mais célere para aqueles profissionais mas também para enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos.

No caso os enfermeiros, esta será uma medida que poderá ter algum impacto, já que anualmente há milhares de enfermeiros a escolher outro país para trabalhar. Desde 2009, estima a Ordem dos Enfermeiros, 12500 profissionais terão pedido a documentação para sair de Portugal.

As regras de avaliação são as mesmas, mas o mecanismo de reconhecimento das qualificações passa a ser eletrónico "Ao mesmo tempo, o sistema prevê salvaguardas que previnem abusos: um mecanismo de alerta garante que os pacientes e os consumidores da UE são protegidos adequadamente."

Para já, este certificado eletrónico "emitido pelo primeiro procedimento completamente online à escala da UE" apenas afeta estes profissionais, mas o objetivo é que venham a ser englobados outros profissionais com maior mobilidade.

A mobilidade vai tirar partido do Sistema de Informação do Mercado Interno, onde a informação sobre cada profissional estará numa rede segura. No seu país de origem, o candidato pode submeter o seu pedido e os seus dados. Os coordenadores nacionais vão avaliar esta informação, que pode ser traduzida para qualquer língua num outro destino. Nesse país, as informações serão validadas e autenticadas.

Os países europeus vão poder também lançar alertas e informação relativas a profissionais que trabalham em saúde ou na educação de menores que tenham sido proibidos de exercer ou que tenham falsificado diplomas.

Centro Hospitalar do Oeste
O Centro Hospitalar do Oeste anunciou a aprovação de uma candidatura a fundos europeus para investir na modernização...

O projeto agora aprovado “representa um investimento de cerca de 1.043 milhões de euros, cofinanciado em 85% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e os restantes cerca de 209 mil euros pelo orçamento próprio do Centro Hospitalar do Oeste (CHO)”, divulgou a instituição em nota de imprensa.

A candidatura, submetida em setembro de 2015 ao Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação da Administração Pública, foi aprovada no início deste mês e permitirá “implementar novas ferramentas que facilitem e poupem tempo ao utente quando este tem de interagir com o CHO”.

Na prática possibilitará, por exemplo, que os utentes dos três hospitais (Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche) passem a “receber um SMS a relembrar as suas marcações ou remarcações de consultas, evitando assim deslocações aos respetivos hospitais”, explicou o administrador, Carlos Sá, aquando do lançamento do projeto.

Outra das melhorias será o facto de “através do Portal do Utente passar a ser possível ao utilizador monitorizar os seus dados de saúde de forma integrada e ter acesso fácil e rápido aos serviços disponibilizados ‘online’”, explicou ainda a administração, exemplificando com situações concretas como “a marcação de consultas, pedidos ou renovações de medicação ou a consulta dos registos clínicos, entre outros”.

De acordo com a informação divulgada pelo CHO, será possível aceder ao portal através de computadores fixos e portáteis, ‘smartphones’ e ‘tablets’.

A candidatura prevê ainda a criação de quiosques eletrónicos que “possibilitarão a efetivação de consultas, marcação de exames, acesso aos resultados dos exames, ou pagamento das taxas moderadoras através do cartão de multibanco”, evitando assim, segundo a administração do CHO, ”filas de espera”.

A digitalização e desmaterialização dos processos administrativos e assistenciais é outra das vertentes da candidatura, o que, segundo a administração, “facilita a partilha de informação clínica com as restantes entidades de saúde”, que a ela poderão aceder por via eletrónica (com autorização do doente), deixando “ de haver a necessidade de os processos clínicos terem existência em papel”.

O projeto contempla ainda a implementação de uma plataforma de Telemedicina e de Telerradiologia, solução que permitirá a prestações de cuidados de saúde à distância.

O Centro Hospitalar do Oeste abrange uma população direta de cerca de 295 mil pessoas dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

Estudo
Portugal é um dos 11 países, de um total de 186, com uma menor taxa de nados-mortos em 2015, revela um estudo publicado na...

De acordo com o estudo, a taxa estimada para Portugal, em 2015, é de 2,2 nados-mortos por mil nascimentos, tal como a da Noruega.

Os autores consideraram como nados-mortos os bebés que nasceram sem vida após 28 semanas de gestação.

Entre os 11 países com taxas de nados-mortos mais baixas figuram ainda Islândia (que lidera com 1,3 nados-mortos por mil nascimentos), Dinamarca (1,7), Finlândia e Holanda (1,8), Croácia (2,0), Japão e Coreia do Sul (2,1), Nova Zelândia e Polónia (2,3).

Portugal surge à frente de países como Suécia e Suíça (2,8 nados-mortos por mil nascimentos), Reino Unido (2,9) e Estados Unidos (3,0).

No 'top 10' dos países com taxas de nados-mortos mais altas incluem-se Paquistão (que lidera com 43,1 nados-mortos por mil nascimentos), Nigéria (42,9), Chade (39,9), Níger (36,7), Guiné-Bissau (36,7), Somália (35,5), Djibuti (34,6), República Centro-Africana (34,4), Togo (34,2) e Mali (32,5).

O mesmo estudo assinala que os três países que conseguiram mais reduzir, em média, por ano, a taxa de nados-mortos, entre 2000 e 2015, foram Holanda (6,8%), China (4,6%) e Polónia (4,5%).

Portugal ocupa, neste parâmetro, a décima posição (3,5%), entre 159 países.

Para o cálculo da taxa de redução anual de nados-mortos, os autores do trabalho publicado na The Lancet tiveram em conta 159 países, e não os 186 iniciais, uma vez que foram excluídos os países com menos de dez mil nascimentos por ano.

O estudo salienta que, em 2015, cerca de 2,6 milhões de bebés que nasceram, nos países analisados, eram nados-mortos, uma média de 7.200 por dia, apesar dos esforços de redução generalizada da taxa de nados-mortos desde 2000.

Segundo os autores, a diminuição da taxa de nados-mortos não acompanha, porém, o ritmo da queda da mortalidade materna e infantil.

O trabalho, conduzido por especialistas de mais de uma centena de organizações em 43 países, calcula que metade do número de nados-mortos surgiu durante o parto e seria evitável se tivessem sido prestados cuidados de saúde de alta qualidade durante o nascimento e numa fase precoce da gravidez de alto risco.

Os peritos alertam para o facto de o nascimento de bebés sem vida, após 28 semanas de gestação, continuar a ser um problema nos países desenvolvidos, apesar de 98% dos casos acontecerem em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.

Tribunal de Coimbra
Uma ex-bancária de 56 anos, envolvida num processo de burlas de pensões com 30 arguidos, admitiu na primeira sessão, no...

A ex-bancária, residente em Coimbra, é acusada de pertencer a uma organização criminosa que emitia documentos para a obtenção de pensões de invalidez, em que eram angariados clientes, elaborados relatórios médicos e emitidos atestados médicos fraudulentos com doenças de que os beneficiários não padeciam.

Hoje à tarde, depois de a alegada líder da organização, uma ex-professora de Coimbra, ter negado de manhã participação ativa no esquema, a ex-bancária admitiu que falsificava relatórios médicos, alterando os dados de documentos originais emitidos por diversas entidades do Serviço Nacional de Saúde em nome de outras pessoas, recorrendo ao programa digital de desenho Paint.

Segundo a arguida, a ex-professora ter-lhe-á facultado os documentos originais e pedido para lhes alterar o nome e data.

"Só tomei conhecimento da dimensão da situação depois de a PJ ter ido lá a casa", contou a ex-bancária, visivelmente nervosa mas cooperante, afirmando que apenas aceitou fazê-lo por "obrigações morais" à ex-professora, que a teria ajudado no passado.

Quanto a pagamentos, teria a receber dez euros por cada relatório médico falsificado. "Recebeu quanto? 5.000 euros?", questionou o juiz que preside o coletivo, ao qual a ex-bancária respondeu que "gostava" de ter recebido esse valor, mas que "nem 500 euros" recebeu da ex-professora - "apenas deu para pagar os tinteiros da impressora".

Apesar da cooperação e de se mostrar "bastante arrependida", a ex-bancária não deixou claro se sabia para que é que os relatórios falsos serviam, sublinhando que ficou "em estado de choque" quando se apercebeu dos valores cobrados pela facilitação na obtenção de pensões (normalmente valores superiores a 1.500 euros).

De acordo com a ex-bancária, apenas contactava com a ex-professora.

Já esta, que foi a primeira arguida a falar, admitiu que conhecia o médico de Pombal desde os anos 1980, mas recusou ter uma participação ativa em qualquer esquema de burlas na obtenção de pensões, negando ter-se reunido com o médico, com a ex-bancária e o seu ex-marido.

"As pessoas é que me contactavam. Eu não contactei ninguém", disse, levando a que outros arguidos se começassem a rir na sala de audiências e a mostrar discordância com tais declarações.

Contou que pessoas iam ter ao seu espaço comercial, em Coimbra, e a única coisa que faria seria facultar o contacto do médico, tendo acompanhado as pessoas numa ou noutra situação, vincando que terá recebido apenas "30, 40 ou 50 euros" das pessoas que acompanhou.

Quanto a dois cheques que terá recebido, um de 5.000 euros e outro de 7.000 euros, a arguida afirmou tratar-se de "empréstimos".

"Já os pagou", perguntou o juiz, que obteve resposta negativa nas duas situações.

O processo junta 30 arguidos, sendo que quatro são acusados de associação criminosa e 22 crimes de burla tributária na forma tentada, entre outros.

Vinte e um dos 30 arguidos são presumíveis clientes da organização criminosa.

Na terça-feira ainda não se irão começar a ouvir as 146 testemunhas do processo, visto que hoje não foram ouvidos todos os arguidos, num processo que se deve estender até março.

Estudo
Uma equipa de investigadores do Centro Superior de Investigações Científicas, em Espanha, descobriu um mecanismo para evitar a...

O estudo, publicado na última edição da revista Nature Neuroscience, foi dirigido pela médica Shira Knafo, da Fundação Basca para a Ciência Ikerbasque, por Jose Antonio Esteban, do Centro de Biologia Molecular Severo Ochoa (CSIC-Universidade Autónoma de Madrid), e por César Venero, da Universidade Nacional de Educação à Distância.

Os neurónios comunicam entre si através de conexões sinápticas, nas quais ocorre a troca de informações, sendo estas moduladas em função da atividade ou experiência dos neurónios - um fenómeno conhecido como plasticidade sináptica e que constitui um mecanismo fundamental de aprendizagem e memória.

Na doença de Alzheimer, essa plasticidade é alterada por uma proteína, a PTEN, o que causa dificuldades na formação da memória, pelo que os cientistas desenvolveram uma ferramenta molecular que bloqueia a chegada da PTEN às sinapses.

Segundo os investigadores, apesar de o estudo ter usado cobaias, a investigação ajudará a direcionar os mecanismos que controlam as funções cognitivas e orientará sobre possíveis vias de intervenção terapêutica em doenças mentais em que estes mecanismos são afetados.

Boa disposição
O clima e a luz do dia têm a capacidade de influenciar o nosso estado de espírito.

Um dos motivos que faz com que nos sintamos mais felizes nas estações mais quentes é a influência da luz solar.

De acordo com especialistas, a exposição à luz do sol estimula a produção de serotonina, dopamina e melatonina – responsáveis por trazerem bom humor, energia e regulação do ciclo do sono.

Para além das reações químicas que a luz solar traz ao organismo, também existem benefícios psicológicos. Na realidade, nos meses ou nas estações em que os dias são mais quentes, aumenta a vontade de interagir com os outros e, como consequência, também a boa disposição.

Não é à toa que, alguns estudos demonstram que, as pessoas que moram mais próximo dos trópicos sejam mais bem-humoradas e tenham mais energia.

E já que falamos em estudos, deixamos-lhe aqui mais um dado: há um maior número de casos de depressão registados nos países com menor incidência de luz solar.

Investigadores da Universidade de Surrey, no Reino Unido, fizeram um mapeamento no cérebro de 88 voluntários e descobriram a atividade de uma proteína que bloqueia a serotonina, o que leva a que exista uma maior propensão para desenvolver o mau humor, nestes casos.

Para evitar que isto aconteça, mesmo nos dias mais frios, é importante sair à rua para ter contato com a luz do dia. Para além de ajudar a ter bom humor, esta é também uma forma de estimular a produção de vitamina D.

Por tudo isto, tome nota da primeira dica: vença a preguiça e mantenha o convívio social. Não se esqueça de aproveitar o sol!

O exercício físico e a alimentação são outros fatores que ajudam a manter o equilíbrio do organismo.

Quando o corpo está menos ativo, ele produz serotonina em menor quantidade. Por isso mesmo, os psicólogos aconselham a que procure uma atividade e mexa-se! Vá a pé ao supermercado ou acorde mais cedo para fazer uma caminhada, caso não goste de ir ao ginásio.

A atividade física aumenta, ainda, a produção de endorfinas o que o ajuda a manter a boa disposição em qualquer época do ano.

Aumente o consumo de alimentos de origem vegetal e integral e evite os alimentos de origem animal, sintéticos, refinados ou processados. Deixe de lado o açúcar e abuse da água. Hidrate-se e mantenha o seu corpo feliz.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Uma infeção de pele mais frequente nos idosos
A zona é uma infeção provocada pelo vírus herpes-zoster, o mesmo vírus responsável pela varicela, qu

 

Nas idades mais avançadas, pode haver reativação devido a determinados fatores de risco, como por exemplo, imunossupressão ou traumatismo, entre outros. O vírus reativado multiplica-se e migra pelo nervo sensitivo até à pele, onde provoca lesões características de “zona”.

 

Sintomas do herpes zoster

No território do nervo acometido pelo vírus:

  • Dor
  • Formigueiros
  • Hipersensibilidade a estímulos leves
  • Paralisia motora

Os gânglios linfáticos regionais podem estar aumentados.

Muitos destes sintomas precedem geralmente as manifestações cutâneas. Em casos mais raros, pode também ocorrer afeção do nervo sem lesões cutâneas.

Por vezes, verificam-se, simultaneamente, sintomas semelhantes a uma gripe.

Manifestações cutâneas do herpes zoster

As lesões cutâneas aparecem apenas num lado do corpo, na área correspondente ao nervo e gânglio acometidos, que se designa por dermátomo.

Geralmente aparecem predominantemente no tórax (<50%),  face (10-20%), região lombosagrada e pescoço (10-20%).

Caracterizam-se pelo aparecimento de pápulas avermelhadas que evoluem para vesículas em 48 horas, posteriormente para pústulas em 96h e finalmente há formação de crostas entre 7 a 10 dias.

Geralmente é uma condição benigna, mais preocupante em casos em que existe afeção do olho (zoster oftálmico) ou nos imunossuprimidos.

Como prevenir o herpes zoster?

A vacinação contra o vírus da varicela diminui a incidência do zoster (não está incluída no Plano Nacional de Vacinação).

Qual é o tratamento para o herpes zoster?

Deve haver sempre uma avaliação médica para se definir o diagnóstico e o tratamento corretos.

A terapêutica é efetuada com fármacos antivirais orais, tais como o valaciclovir. Pode ser necessário repouso no leito e controlo da dor com analgésicos.

Se houver infeção bacteriana secundária das lesões cutâneas, utilizam-se antibióticos tópicos.

Quando há atingimento ocular (pálpebras e olho) é obrigatória a observação por oftalmologia, porque pode haver complicações graves como a cegueira.

Pacientes com imunossupressão grave poderão necessitar de internamento para realização de terapêutica endovenosa.

Nevralgia pós herpética- O que é e como se trata?

É uma das potenciais complicações da infeção por herpes-zoster. Consiste em dor constante, intensa, em punhalada ou queimadura, que pode persistir durante meses ou mesmo anos numa minoria dos pacientes (10-15%). É mais comum nos idosos e nos casos em que houve atraso no início do tratamento.

Trata-se com fármacos direcionados para este tipo de dor: gabapentina, pregabalina, antidepressivos tricíclicos. Em casos refratários, efetua-se  bloqueio do nervo.

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Uma das mais frequentes doenças do couro cabeludo
A alopécia areata é uma situação relativamente comum, em que existe perda de pelos ou cabelos em áre
Pelada na cabeça característica da alopécia areata

É mais comum no couro cabeludo, mas pode afetar qualquer área com pelos, nomeadamente a zona da barba, sobrancelhas, cílios e região púbica.

Em casos raros e mais graves, pode ocorrer perda total do cabelo (alopécia areata total) e perda total dos pelos do corpo (alopécia areata universal).

O que provoca a alopécia areata?

Consiste numa doença auto-imune crónica, de etiologia desconhecida, mediada por células linfocitárias do próprio organismo contra o folículo piloso.

Associada a outras doenças auto imunes (tiroidite auto imune, vitiligo, doença inflamatória intestinal).

Em cerca de 10-20% dos casos existe história familiar associada.

Quando aparece e como se manifesta a alopécia areata?

Pode ocorrer em qualquer idade, embora seja mais comum em adultos jovens (<25 anos). A perda de cabelos é gradual e ocorre ao longo de semanas e meses.

As áreas de alopécia são geralmente bem demarcadas e a pele tem um aspeto normal. Nos limites dessa área, existem caracteristicamente pelos curtos e quebradiços, com extremidade distal mais larga que a proximal, conhecidos como cabelos “em ponto de exclamação”.

As placas de alopécia podem coalescer, estabilizar e algumas resolvem espontaneamente enquanto surgem novas áreas. Quando os pelos voltam a crescer, os novos fios são geralmente mais finos e podem ser brancos ou grisalhos.

Concomitantemente, também pode haver alteração das unhas como pequenas depressões (pitting), unhas rugosas (traquioníquia), separação da unha da sua matriz (onicomadese).

A alopécia areata não é contagiosa.

Qual é o tratamento da alopécia areata?

A doença muitas vezes tem resolução espontânea, mas as recidivas são frequentes e associadas a episódios de stress.

Não há tratamento curativo.

  • O tratamento disponível é direcionado para o infiltrado inflamatório existente:
  • Fármacos tópicos (corticóides) nas lesões únicas ou pouco extensas.
  • Injeção local de corticóide (acetato de triancinolona) nas áreas mais extensas
  • Fármacos orais (corticoides ou ciclosporina), apenas em formas muito extensas e sem resposta à terapêutica local.
  • Terapia com radiação ultravioleta (UVA).

Os doentes que têm envolvimento muito extenso podem optar por utilizar peruca. Para as sobrancelhas, é possível fazer maquilhagem definitiva.

Qual o prognóstico da alopécia areata?

O prognóstico é reservado em casos de envolvimento extenso (<10% recuperam espontaneamente), com início na infância (após a puberdade, há recuperação em 80%), perda de pelos corporais, atopia e história familiar.

Quando há envolvimento limitado com uma ou poucas peladas, o prognóstico é bom. No entanto, a evolução da alopécia areata é imprevisível e cada caso é único.

Estes pacientes devem ser avaliados em consulta de dermatologia.

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Em Portugal
Em Portugal, o número global de ensaios clínicos continua a ser baixo, apesar de o valor ter vindo a subir lentamente. Em 2015,...

Em metade dos casos, as solicitações foram para testes na área oncológica. Um dos problemas do país é que só 8% dos ensaios propostos foram para a fase I, a que costuma testar em voluntários saudáveis a forma como o tratamento é tolerado, escreve o jornal Público.

Ainda segundo a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), perto de 19% dos ensaios são de fase II, quando se tenta perceber a eficácia do medicamento em quem tem mesmo a doença, e 63% de fase três, que compara a nova terapia com outra já existente no mercado ou com um placebo. Por fim, em fase quatro foram propostos menos de 10% de ensaios, sendo esta a fase em que se estuda em mais doentes a toma do medicamento durante mais tempo.

Além de desenvolverem a investigação, os ensaios permitem que os doentes tenham acesso a medicamentos inovadores quando ainda não estão no mercado, pelo que os países que não atraem ensaios de fase I acabam por ficar de fora. São também uma ajuda financeira para as instituições e hospitais que os realizam. Ao todo, existem quase 12.000 portugueses a participar nestes testes.

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
O número de bebés que nasceram em Portugal aumentou pela primeira vez em cinco anos. No ano passado analisaram-se 85 058 testes...

Um sinal de que os portugueses estão a olhar para o presente e futuro com mais confiança, escreve o Diário de Notícias, mas também o reflexo de que há muitas mulheres que não podem adiar mais a maternidade. Mas um país que ainda tem distritos onde não nascem sequer mil bebés por ano tem de apostar em políticas de natalidade e em fazer regressar quem emigrou nos últimos quatro anos.

Embora o teste do pezinho não seja obrigatório, é um dos indicadores mais usados por dar dados quase em tempo real e pela proximidade com o número real de nascimentos. Em 2014, foram analisados 83100 testes, embora o número de nascimentos tenha ficado pelos 82 367. Mas mesmo que em relação a 2015 se verifique esta diferença, Portugal terá conseguido finalmente ter mais bebés. "Não é prematuro falar em aumento. Acredito que os dados de 2015 vão confirmar os números do teste do pezinho e que vamos registar um aumento ligeiro de nascimentos", afirma Maria João Valente Rosa, diretora do portal Pordata.

O acréscimo é muito explicado pelo adiamento da maternidade. "As mulheres que adiaram o projeto chegaram à idade de ter filhos e começaram a ter. Isso vai fazendo com que os números cresçam", diz, acreditando que em 2016 pode haver novo aumento. A questão é se será mais acentuado ou não. "O grande impulso vem ou pode vir da questão migratória. Vimos muitas pessoas em idade fértil a sair e menos nestas condições a entrar. Fatores que também contribuíram para acentuar a quebra de nascimentos. Para pensarmos num aumento em força não nos podemos desligar da migração", afirma, referindo que a crise teve impacto.

A baixa fecundidade e a maternidade tardia não são um exclusivo português, mas no nosso país ganham uma dimensão maior. Portugal tornou-se o país do filho único. Mas apesar de os casais quererem famílias pequenas, a verdade é que para muitos um filho não chega. Por isso há uma outra questão: estamos a fazer tudo para as pessoas terem o número de filhos que querem? "A questão do apoio na primeira infância é muito importante e não vi grandes diferenças. Outra questão importante tem a ver com a desigualdade de partilha de responsabilidades parentais. As mulheres também têm uma profissão e ambições. A legislação pode ajudar muito nas mudanças culturais. Há alterações significativas que devem começar a ser feitas. É preciso que o pai fique três, quatro meses de licença como a mãe. Por isso os países no norte são bem sucedidos", diz Maria João Valente Rosa.

Um país, várias realidades
Embora o aumento seja ligeiro, o sinal é positivo, afirma Elísio Estanque, sociólogo e investigador do Centro de Economia Social. "Este é o primeiro aumento desde 2010. É um bom indício que as pessoas estão a olhar para o presente e para o futuro com uma atitude mais positiva. Quando um casal está desempregado, não tem um salário, não consegue manter uma casa, as famílias decidem não ter filhos. Pode ser que com o aparente atenuar da austeridade e dos níveis de desemprego, esta tendência venha a crescer", adianta.

Mas o crescimento não é igual em todo o país. Em quatro distritos - Aveiro, Beja, Bragança, Guarda - e nos Açores realizaram-se menos testes do pezinho do quem em comparação com 2014. Mas os números espelham ainda uma outra realidade: a de distritos que não chegam aos mil nascimentos por ano ou que pouco acima ficam. Como Bragança, Guarda, Portalegre abaixo dos 800, ou de Vila Real, Beja e Castelo Branco que por muito pouco passaram os mil.

"Os desequilíbrios geográficos acentuaram-se muito nos últimos tempos. As assimetrias também se prendem com variáveis que têm a ver com a questão da necessidade de políticas de natalidade. O interior está a desertificar . O que vemos é uma população muito envelhecida, a viver de pensões e subsídios, e não há condições de revitalização da natalidade", aponta (ver entrevista), para reforçar: "Dado o panorama e a crise dos últimos tempos é evidente que Portugal precisa com urgência de utilizar vários meios de incentivos à natalidade".

O anterior governo criou uma comissão para analisar que medidas poderiam ser tomadas e daí nasceram algumas medidas legislativas, que Elísio Estaque considera terem tido pouco impacto na prática. "Este é um dos casos em que são precisos consensos entre os vários partidos e governos. É urgente criar um conjunto de critérios que tenham eficácia. As medidas tomadas até agora ficaram mais no papel e tiveram pouco efeito no plano prático".

Investigador revela
"Por vezes não sai tudo bem", diz um investigador do Instituto de Medicina Molecular. Os ensaios clínicos têm várias...

Miguel Castanho, professor da Faculdade de Medicina e Universidade de Lisboa e Investigador do Instituto de Medicina Molecular explicou à TSF que "há uma primeira fase em que os testes são completamente em sistemas artificiais". Só depois de se perceber se a "molécula é eficaz" é que os testes são feitos em animais.

O investigador sublinha que, antes de se passar a uma fase de ensaios clínicos em humanos, a "primeira preocupação é a segurança e é também nesta etapa que se tentam detetar "possíveis efeitos secundários" como por exemplo "qual a melhor dose, qual a dose mais segura."

A molécula só passa a ser testada em humanos quando "um organismo internacional" dá parecer positivo.

Numa segunda fase o medicamento é administrado a mais pessoas, algumas são doentes e recebem o fármaco como terapia.

O que pode correr mal?
O investigador do Instituto de Medicina Molecular diz que por vezes "podem existir efeitos adversos que não se revelaram em grupos mais pequenos", sublinhando que só quando os ensaios se começam a alargar a um maior número de pessoas "podem existir pacientes que são sensíveis a esses efeitos".

Efeitos adversos não aparecem em todas as pessoas
Miguel Castanho dá um exemplo: "Os efeitos associados à dosagem ou a uma interação com moléculas que existem só em algumas pessoas e não em todas as outras que estão sujeitas aos ensaios".

O investigador explica que os ensaios clínicos envolvem voluntários saudáveis numa primeira fase e posteriormente podem ser aplicados em doentes que necessitem do medicamento que está a ser testado.

"A interação do fármaco com as células que estão numas pessoas e não estão noutras" pode dar um efeito negativo.

Miguel Castanho lembra que "o conhecimento nunca é infinito, por isso, ainda que se tente fazer tudo certo, por vezes não sai tudo bem."

Quanto tempo demora?
Um ensaio clínico pode demorar muito tempo, por vezes anos, "se houver muita urgência num determinado medicamento em caso de doenças que são uma ameaça como, por exemplo, o Ébola, um teste pode ser acelerado, mas tirando os casos de emergência, os testes podem demorar vários anos".

Miguel Castanho explica que "a demora dos ensaios tem a ver com a passagem de uma fase para a outra implicar sempre uma avaliação dos resultados obtidos até então."

O investigador diz que a maior parte dos medicamentos testados "morre a meio" e acrescenta que "de todos os fármacos testados, só uma ínfima porção é que chega a dar um medicamento." De todos os medicamentos que começam a ser testados "entre mil e 10 mil por vezes há um medicamento que passa".

Para se justificar o aparecimento de um novo medicamento é preciso que "a eficácia seja maior do que a que já existe nalguns fármacos que estão disponíveis" no mercado, acrescenta.

DGS
O Diretor-Geral da Saúde confirma que este ano, a estirpe do vírus da gripe H1N1 é a preponderante. De qualquer modo, Francisco...

O pior ainda não chegou e todas as semanas surgem mais cinco mil novos casos em Portugal. Mas o Diretor-Geral da Saúde considera que mesmo tendo aparecido este ano com maior intensidade o vírus H1N1, a chamada gripe A, ainda está longe de ser uma situação alarmante, escreve a TSF.

"Sabemos que alguns doentes têm que ser internados e outros ficar nos cuidados intensivos, mas este é um surto normal", garante. A DGS estima que o pico da epidemia surja dentro de 2 a 3 semanas.

Este vírus (H1N1) circula desde 2009, e desde então, segundo Francisco George, muitas pessoas já ganharam anticorpos. Para este vírus, sublinha o Diretor-Geral da Saúde, a vacina da gripe comercializada em Portugal é eficaz.

O instituto Ricardo Jorge faz análises todas as semanas para monitorizar os tipos de vírus da gripe que vão surgindo por todo o país nos doentes infetados.

Ministra da Saúde francesa diz
A ministra da Saúde francesa, Marisol Touraine, afirmou não existir nenhuma razão para parar os ensaios clínicos da...

“Não é um grande problema, maciço, sem precedentes em França, precisamos de saber o que aconteceu, mas não há nenhuma razão para se interromperem os ensaios clínicos”, afirmou Marisol Touraine questionada pela estação televisiva RTL, um dia após a morte de um voluntário que participou num ensaio clínico num hospital em Rennes, oeste de França.

Na semana passada, seis voluntários, entre os 28 e os 49 anos, foram hospitalizados depois de terem participado no ensaio clínico de Fase 1 para a farmacêutica portuguesa Bial, que testava uma nova molécula com atuação a nível do sistema nervoso central, com efeitos provavelmente como analgésico ou a nível de alterações de humor.

A ministra sublinhou, no entanto, não ter sido informada do incidente, quatro dias após a primeira hospitalização de emergência do paciente entretanto já falecido, que estava clinicamente em morte cerebral há vários dias.

“Um alerta precoce teria sido mais apreciado. Face a um evento tão grave, esperávamos que o laboratório tivesse contatado mais rapidamente as autoridades sanitárias”, avançou a governante.

Os cinco voluntários hospitalizados, quatro dos quais com diversas doenças neurológicas, estão em “estado estável”, de acordo com a ministra da Saúde francesa.

Três investigações, entre as quais uma judicial, estão em andamento para tentar perceber as razões deste incidente. A ministra da Saúde avançou estar à espera do resultado dessas investigações “até ao final do mês”.

Todos os anos, milhares de voluntários, muitas vezes estudantes que querem pagar os seus estudos, participam em ensaios clínicos, sendo que os acidentes registados são muito raros. Para este voluntariado, uma semana completa de teste era remunerada com um pouco mais de mil euros.

Segundo as informações até agora conhecidas, neste ensaio clínico estiveram envolvidos, no total, 108 voluntários, 90 dos quais receberam a droga, enquanto os restantes tomaram placebos. Os seis homens que foram internados foram o grupo que recebeu a dose mais elevada, segundo a agência France Presse.

De acordo com as informações recolhidas, a substância que estava a ser testada já era estudada desde há oito anos, tendo passado pelas fases de laboratório e testes de toxicologia em animais, até chegar à experimentação em seres humanos.

O presidente executivo da Bial, António Portela, disse estar “profundamente chocado” com a morte de um voluntário que participou num ensaio clínico da farmacêutica em França, garantindo que a empresa está a trabalhar “incansavelmente” para perceber as razões do sucedido.

“Quero, em meu nome pessoal e em nome de Bial, expressar as nossas profundas condolências e sentimentos para com família do voluntário que faleceu após ter participado no ensaio de Fase 1, com a nossa molécula experimental”, disse António Portela, declarando que os responsáveis da empresa estão “profundamente chocados com esta situação”.

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