Ageing@Coimbra
O coordenador científico de um consórcio que reúne diversas entidades da região Centro, João Malva, realçou o reconhecimento...

Criado em janeiro de 2013, o consórcio “conseguiu feitos notáveis, como o reconhecimento” do Centro de Portugal enquanto Região Europeia de Referência para o Envelhecimento Ativo e Saudável.

“O balanço destes três anos é claramente positivo. A parceria cresce em qualidade e quantidade e viu o seu reconhecimento europeu muito valorizado. O Ageing@Coimbra é hoje, de facto, uma referência na Europa”, disse João Malva.

Com sede em Coimbra, o Ageing@Coimbra “tem sido procurado por novas empresas, diversas instituições e municípios e alarga constantemente a sua base de ação e representatividade regional”, adiantou.

O investigador da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra salientou que o projeto “cruza a região de Ílhavo a Penela, de Oliveira do Hospital a Alcobaça” e afirma-se como “uma rede em crescimento que mostra na Europa o melhor que se faz no Centro” do país.

Tal como os seus parceiros europeus, o consórcio entende “que é necessário desenvolver novas políticas amigas da família e do emprego jovem para reter talentos” e promover a coesão social, o que passa por valorizar o envelhecimento ativo e saudável.

Na sua opinião, “só uma sociedade equilibrada, com valores e com prática intergeracional pode oferecer a resposta competente a um desafio com esta magnitude”, que tende a agravar-se nos próximos anos.

“Olhamos para este desafio com a urgência de quem tem de criar novas soluções inovadoras para oferecer dignidade e qualidade de vida, mas também como uma oportunidade para gerar novos serviços e produtos baseados no conhecimento”, declarou João Malva, ao enfatizar a aposta numa “nova geração de empreendedores que criem soluções para os problemas” do envelhecimento.

“As empresas vêm a sua visibilidade aumentada na região e na Europa. Abrem-se novas oportunidades para desenvolver projetos e novas portas para outros mercados nacionais e europeus”, sublinhou.

Enquanto “ecossistema holístico” baseado em redes e que “valoriza a colaboração interdisciplinar”, o Ageing@Coimbra reúne atualmente mais de 70 membros que atuam nas áreas do ensino e investigação, inovação e empreendedorismo, cidadania, ação social e cuidados de saúde.

O Campus da Vida, a instalar no antigo edifício do Hospital Pediátrico, “surge neste alinhamento que procura novas respostas”, num espaço urbano “que se devolve à sociedade e onde o cidadão idoso é elemento ativo e motor de inovação”, concluiu João Malva´.

A Universidade de Coimbra, a Faculdade de Medicina, a Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto, a Administração Regional de Saúde do Centro, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a Câmara Municipal de Coimbra e o Instituto Pedro Nunes são algumas das entidades que integram o Ageing@Coimbra.

Investigadores desenvolvem
Uma equipa de investigadores japoneses e norte-americanos desenvolveu um material sensível e adaptável que pode, futuramente,...

Este material semi-eletrónico à base de nanotubos de carbono pode formar uma luva muito fina capaz de medir precisamente as variações de pressão, o que pode constituir um excelente captor de deformações.

"Os dedos sensíveis de um médico experiente são capazes de detetar um tumor de pequeno tamanho, mas o que é sentido não pode ser medido", comenta o professor Takao Someya, da Universidade de Tóquio.

Este dispositivo também permitiria superar a falta de experiência ou de formação adequada de alguns médicos, escreve a agência de notícias France Presse.

"No futuro, poderemos registar e tornar tangíveis certas sensações que só podem ser percebidas por um médico experiente", afirma o professor Someya.

O protótipo quadrado de 4,8 centímetros de largura avalia a pressão em 144 pontos simultaneamente, escreve o Sapo.

"Os captores de pressão convencionais são bastante maleáveis para acomodar superfícies como a pele humana, mas não podem medir precisamente as variações de pressão quando são torcidos ou enrugados, o que os torna inutilizáveis sobre superfícies complexas e moldáveis", explica ,em comunicado a equipa dos professores Takao Someya e Sungwon Lee, da Universidade de Tóquio associados a Zhigang Suo, da Universidade de Harvard.

"Testámos o desempenho do nosso sensor com um vaso sanguíneo artificial e, assim, verificou-se que poderia medir pequenas mudanças na pressão", adianta a equipa cujo trabalho foi publicado esta terça-feira na revista científica britânica Nature Nanotechnology.

Esta membrana sintética é originalmente transparente, mas uma vez montada com os transistores orgânicos, interruptores e circuitos, parece-se com uma folha de metal dourada, cuja espessura vai de 3,4 a 8 micrómetros (milionésimos de metro).

O produto ainda deve ser melhorado antes de ser introduzido em ambiente clínico, reconhecem os investigadores.

Em 2013, um laboratório universitário japonês apresentou também um protótipo capaz de detetar uma anormalidade no fluxo sanguíneo mamário como um possível sinal de cancro.

Elevada taxa de sucesso
Doença de Peyronie é uma das causas de disfunção sexual e afeta entre 1 a 4% dos homens, com idades entre os 45 e os 60 anos....

A disfunção erétil afeta cerca de 13% da população masculina portuguesa. Traduz-se na incapacidade de atingir ou manter uma ereção suficiente para se ter uma relação sexual satisfatória e mostra-se através de vários sintomas: o indivíduo é incapaz de alcançar uma ereção, o pénis não atinge rigidez suficiente para uma penetração ou a ereção não é mantida até ao fim da relação.

Uma das causas da disfunção erétil é a doença de Peyronie, escreve o Sapo, um distúrbio do tecido conjuntivo que envolve o crescimento de placas fibrosas no tecido do pénis, que afeta entre a 1 a 4% dos homens. Segundo a fisioterapeuta Urogenital, Joana da Ponte, "esta patologia começa com a formação de uma pequena cicatriz, não se sabendo com rigor a etiologia, mas pensa-se que deriva de microtraumatismos penianos, que podem acontecer através da masturbação ou durante as relações sexuais, em que há uma rutura dos vasos sanguíneos".

"Se não for tratada no tempo adequado, formará uma fibrose, que poderá resultar em diversas consequências, designadamente dor, alterações morfológicas, quando o pénis está ereto [curvatura], podendo mesmo impedir a penetração", explica a responsável.

A doença de Peyronie foi diagnosticada pela primeira vez na corte francesa ao rei Luís XIV. De acordo com o cirurgião plástico Biscaia Fraga, esta afeta sobretudo homens entre os 45 e os 60 anos, mas também ocorre em indivíduos mais jovens, com pouco mais de 20 anos. O tratamento, considerado inovador a nível mundial, envolve duas fases: a cirurgia e a fisioterapia.

"A técnica morfológica mais comum implica reduzir o pénis, de forma a colocá-lo direito. Ao contrário desta técnica, a nossa perspetiva reconstrutiva é tratar a fibrose, a tal cicatriz, fazer com que desagregue, e regenerá-la com Fatores de Crescimento. Ao corrigirmos a curvatura, aumentamos também a dimensão do próprio pénis", refere o cirurgião plástico, revelando que "esta terapêutica foi objeto de tese de mestrado de colaboradores desta clínica".

Segue-se um período de fisioterapia para "reabilitação plena do paciente, morfológica e funcional". Consoante o caso, "são aplicadas técnicas manuais, instrumentais e/ou comportamentais", acrescenta Joana da Ponte. A taxa de sucesso do tratamento ronda os 95%.

Investigadores portugueses
Uma equipa de investigadores, liderada por portugueses, criou o primeiro sistema do mundo que usa tecnologia vídeo-3D, com...

A informação foi dada, em comunicado, pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).

"O nosso sistema 3D consegue extrair trajetórias de movimento corporal muito mais rápido do que os sistemas 2D anteriormente utilizados e, em conjunto com o EEG [eletroencefalograma, registo gráfico da atividade cerebral], oferece mais informação quantitativa para o diagnóstico e as decisões terapêuticas em epilepsia", explicou o responsável do projeto, João Paulo Cunha, coordenador do Centro de Investigação em Engenharia Biomédica (C-BER) do INESC TEC, citado na nota, enviada à imprensa.

O sistema, que está a ser testado, com sucesso, há um ano, no Centro de Epilepsia do Departamento de Neurologia da Universidade de Munique, na Alemanha, "não requer nenhum tipo de intervenção no doente".

"Damos a informação dos padrões de movimento ao longo das crises epiléticas e, com essa caracterização, damos mais informação para uma decisão terapêutica" mais precisa, assinalou à Lusa João Paulo Cunha, frisando que "as crises têm movimentos [corporais] que caracterizam o tipo de epilepsia".

O sistema usa tecnologia semelhante à das consolas de jogos, ao juntar uma câmara de vídeo de alta definição a um radar de infravermelhos de alta velocidade, para obter, neste caso, 30 imagens em 3D por segundo.

Sensores 3D são sincronizados com a atividade cerebral do doente monitorizado com o EEG.

João Paulo Cunha disse que a equipa pretende estender a utilização deste sistema tecnológico a outras unidades de saúde, como os hospitais de Santo António e São João, no Porto, estando o método a ser testado na doença de Parkinson.

O professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto adiantou que o grupo de investigação se propõe adaptar "esta tecnologia para analisar alguns dos testes motores que se fazem aos doentes de Parkinson" e, assim, ajudar os médicos no diagnóstico e tratamento da patologia.

O sistema tecnológico foi desenvolvido por investigadores do INESC TEC, da Universidade de Aveiro, da Universidade de Munique e da Universidade Técnica de Munique.

Os resultados do trabalho com doentes epiléticos foram publicados recentemente na revista científica PLOS ONE.

XI Congresso Internacional dos Médicos em Angola
O bastonário da Ordem de Médicos de Portugal assegurou, em Luanda, que há cada vez mais interesse de médicos portugueses em...

José Manuel Silva participa no XI Congresso Internacional dos Médicos em Angola, que arrancou na capital angolana e que decorre até quarta-feira.

O responsável, que no evento vai moderar o tema sobre "Medidas no uso racional de medicamentos", referiu que as patologias africanas diferem em grande medida das europeias, sendo "interessante" para internos portugueses virem ao continente fazer estágios e manterem contacto com aquelas, "quer em quantidade quer em qualidade".

"Podemos ter aqui um processo de cooperação e de trocas de experiências direcional que é enriquecedor para ambos os lados. A nossa presença aqui é mais uma vez a continuação desta amizade e desta cooperação entre os nossos países e as respetivas ordens dos médicos", enalteceu.

Embora sem adiantar números, segundo José Manuel Silva já tem havido bastante presença de médicos portugueses em países africanos de expressão portuguesa, com destaque para as áreas de pediatria e obstetrícia.

Lembrou que à margem do congresso vai decorrer a reunião da Comunidade de Médicos de Língua Portuguesa (CMLP), em que estarão presentes todas as ordens de médicos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), na qual será estreitada a cooperação bidirecional, que facilita a pós-graduação.

A mesma opinião tem o médico e investigador português Manuel Sobrinho Simões, para quem a colaboração com os países de expressão portuguesa é uma oportunidade "notável" para a classe médica de Portugal desenvolver a sua capacidade de intervenção.

Para Manuel Sobrinho Simões, a experiência que se ganha em África vai capacitar a classe médica portuguesa, quando chamada a atuar em países onde doenças hoje existentes no continente africano começarem a surgir.

"Angola representa uma espécie de exemplo do que vai acontecer em muitos outros países que estão agora em desenvolvimento. Eu estou muito otimista sobre a capacidade que Portugal tem de ajudar a resolver problemas que vão ser de muitos outros países emergentes", referiu o médico, apontando como exemplos países da América do Sul e a China.

Manuel Sobrinho Simões, que em 2015 foi eleito pela revista britânica The Patologist, como o patologista mais influente do mundo, no âmbito do congresso ministrou um curso sobre oncologia para mais de 70 pessoas, entre médicos e estudantes do último ano de medicina.

Participam neste evento, os bastonários da Ordem de Médicos de Portugal, do Brasil, de Moçambique, de Cabo Verde, da Guiné-Bissau, de São Tomé e Príncipe, representantes das Associações Médicas de Moçambique e de Macau.

Governo prepara
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, disse no parlamento que o Governo está a trabalhar num diploma que permita às...

“Estamos neste momento a trabalhar para que crianças com doenças oncológicas possam ter condições especiais. Era algo que existia na lei mas que não estava regulamentado”, afirmou o ministro perante os deputados da comissão parlamentar de Educação, acrescentando que devido à falta de regulamentação a ida à escola destas crianças só acontecia “com boa vontade” e voluntarismo das escolas e famílias.

Tiago Brandão Rodrigues disse que o ministério que tutela está a trabalhar “num diploma próprio para pôr em prática algo que é tão importante” e que permita a crianças doentes com cancro “condições especiais de avaliação e frequência escolar”.

O ministro disse, no decorrer da sua audição na comissão parlamentar, que os alunos com necessidades educativas especiais são uma “preocupação urgente”.

Estudo
Cansaço extremo que não melhora com o sono, dores de cabeça, no corpo e garganta são os principais sintomas da chamada síndrome...

A síndrome, que também é conhecida como encefalomielite miálgica, foi objeto de um estudo conduzido por uma equipa da Universidade de Bristol com dados de 5.756 crianças. Os pesquisadores concluíram que 1 em cada 50 jovens de 16 anos sofrem da síndrome há pelo menos seis meses. E esses adolescentes perdem pelo menos metade de um dia de escola todas as semanas, escreve o Diário Digital.

O trabalho também mostrou que jovens de famílias que sofrem de adversidades – como problemas financeiros, habitação precária e falta de apoio emocional – são os mais propensos a ter a síndrome.

Num artigo publicado na revista Pediatrics, os autores chamam a atenção para o facto de que a síndrome é mais comum em adolescentes do que se imaginava. De modo geral, mulheres na faixa de 40 a 50 anos são as vítimas mais comuns, mas o problema pode acometer qualquer pessoa em qualquer idade. O tratamento depende de cada caso, mas pode incluir medicamentos e terapia. Vários estudos têm mostrado que a atividade física regular também ajuda bastante.

Francisco George explica
Chama-se zika porque foi identificado pela primeira vez numa floresta do Uganda que tem o mesmo nome. O vírus esteve adormecido...

Os sintomas são ligeiros (febre, erupção cutânea e dores musculares ou articulares não muito fortes), mas há uma forte suspeita que está a preocupar as autoridades de saúde. Desconfia-se que a infeção causada pela picada do inseto que transporta o vírus provoca mal formações no cérebro dos fetos, escreve a TSF."Há uma suspeita muito fundamentada, não inteiramente comprovada de poder provocar alterações fetais em grávidas", diz o diretor-geral da saúde.

Francisco George faz uma recomendação especial
Francisco George pede atenção especial às grávidas e às mulheres em idade fértil que queiram engravidar. O diretor-geral da saúde recomenda que as mulheres que regressem de países afetados consultem um médico. Já as que tencionem viajar para zonas atingidas devem procurar informações das autoridades de saúde locais e "tomar medidas contra os mosquitos", tendo cuidado com o vestuário e utilizando redes e repelentes.

O diretor-geral da DGS explica quais são os sintomas
O vírus "não se transmite de pessoa para pessoa a não ser em casos excecionais. É uma infeção que é transmitida praticamente apenas por picada de um mosquito fêmea que esteja infetado", explica Francisco George, que não exclui por completo a hipótese de transmissão humana já que há um período de cinco dias durante o qual a transmissão pelo sangue pode ser possível.

Em Portugal, foram identificados quatro casos, em pessoas que regressaram do Brasil, mas nenhum merece a preocupação da Direção-Geral da Saúde por não haver grávidas entre os infetados.

Projeto MEDEA
Os jovens vão voltar a ser desafiados a apresentar projetos originais baseados em medições dos campos elétricos e magnéticos de...

A 7ª edição do projeto MEDEA, resultado de uma parceria entre a Sociedade Portuguesa de Física e a REN- Rede Elétrica Nacional, está a receber candidaturas até 14 de fevereiro e disponibiliza 22 medidores de campos magnéticos para serem usados nas escolas.

"Os participantes medem os campos elétricos e magnéticos separadamente, fazem uma análise, procuram depois informação credível sobre os limites e efeitos desses campos na saúde humana e verificam, de uma forma comparativa, as medições que efetuaram" e relacionam os valores com os limites da Organização Mundial de Saúde (OMS), explicou a responsável pelo projeto ma Sociedade Portuguesa de Física.

Desde 2008, a iniciativa já abrangeu 160 escolas em todo o país, cerca de 600 alunos, principalmente do 12.º ano, e 200 professores, havendo um limite máximo relacionado com o número de aparelhos medidores disponíveis, que são 22, e com o facto de os participantes serem acompanhados por especialistas da Sociedade, tanto por email como por telefone.

Maria José Ribeiro Gomes realçou a importância do projeto, que envolve matérias como física e matemática, mas também o inglês, recordando que, "a partir do 8º ano, os alunos começam a aprender estes conceitos, difíceis de explicar porque se referem a algo que não é visível", ou seja, aos campo elétricos e magnéticos gerados pela carga elétrica relacionada com a corrente que permite aos aparelhos funcionarem.

"A intensidade varia consoante o aparelho, depende da intensidade da corrente que está a passar e a distância a que estamos do gerador do campo magnético", especificou, avançando o exemplo do secador de cabelo ou da máquina de lavar que, em funcionamento, precisam de uma corrente elevada, o que pode ser comprovado com uma observação do contador de eletricidade.

Os campos que são gerados "são bastante elevados, se nos formos afastando com o medidor, [vemos que] o campo diminuiu, com uma diferença de cinco ou 10 centímetros varia muito, mas mesmo assim estamos muito abaixo dos níveis recomendados", até 300 hertz, esclareceu a especialista.

Maria José Ribeiro Gomes realçou que, tanto nas linhas de transporte de energia elétrica como nos equipamentos domésticos, "os níveis estão sempre abaixo dos valores recomendados e os alunos fazem as mais variadas medições em casa, na escola, na rua, nos comboios", só tendo de seguir a regra do rigor científico.

"Não há [relação] causa-efeito comprovada cientificamente. A ideia do MEDEA é desmistificar, medir e comparar com nos valores da OMS", resumiu a investigadora.

Os projetos dos alunos são entregues até 30 de julho e a entrega de prémios vai decorrer a 8 de setembro, no primeiro dia da conferência nacional de Física, em Braga.

Proteja as articulações
A osteoartrose é uma das doenças crónicas mais frequentes na atualidade e com o aumento da esperança

De facto, a idade é o fator mais associado ao desenvolvimento de osteoartrose, pois as vulnerabilidades da articulação que vão surgindo com a idade tornam-na mais suscetível à doença. Outros fatores de risco são o sexo (maior risco para as mulheres), o excesso de peso e obesidade, o uso excessivo ou sobrecarga da articulação, em que podemos incluir trabalhos manuais/físicos com movimentos repetitivos ou atividade física demasiado intensa. Factores nutricionais podem também ter um papel importante na osteoartrose, considerando-se que os antioxidantes podem conferir proteção contra a progressão da doença.

O processo degenerativo (estrutural, mecânico e biológico) resulta da diminuição da capacidade de reparação da cartilagem, de alterações hormonais e exposição a fatores ambientais e afeta não só a cartilagem articular, mas toda a articulação, incluindo o osso, os ligamentos e os músculos próximos da articulação, com desenvolvimento de fraqueza e atrofia muscular.

Clinicamente esta doença caracteriza-se principalmente por dor articular, rigidez e limitação funcional. A dor está frequentemente relacionada com a atividade, embora com a progressão da doença se possa tornar constante nas fases mais avançadas. A rigidez articular, em particular de manhã, também é frequente. A incapacidade funcional traduz-se em limitações físicas, dificuldades com os cuidados pessoais, capacidade laboral bem como outras atividades do dia-a-dia.

Assim, esta patologia progressiva, irreversível, muito associada a dor e a perda funcional, leva também a perda de qualidade de vida, com importante impacto em termos sociais e de consumo de recursos de saúde.

Os objetivos principais do tratamento são, portanto, o controlo da dor com um mínimo de efeitos adversos, a manutenção ou melhoria da mobilidade e função da articulação, bem como a melhoria da qualidade de vida.

O tratamento deve ajustar-se a cada doente individualmente e, uma vez que não há apenas uma única terapêutica adequada, as várias recomendações internacionais apontam para a utilização combinada de terapêuticas não farmacológicas e farmacológicas. Um fator a ter em conta quando da escolha do tratamento é a existência simultânea de outas doenças que não só podem aumentar o impacto da osteoartrose como condicionar a escolha terapêutica.

Por último, a cirurgia pode ser necessária em doentes com um longo curso de doença e/ou dor ou disfunção que não responderam a terapêuticas não-cirúrgicas.

Bibliografia
Adaptado de Pereira D, Ramos E, Branco J. Osteoarthritis. Acta Med Port 2015;28(1):99-106.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde e bem-estar
Andy Puddincombe é Inglês e partiu para um mosteiro tibetano, na Índia, para se tornar, ao fim de 10

Depois de regressar do mosteiro onde foi ordenado, Andy quis partilhar o conhecimento que adquiriu em 10 anos de treino para que outros pudessem beneficiar da meditação.

Na realidade, o principal objetivo deste perito em mindfulness era “desmistificar a meditação, torná-la mais acessível e benéfica a um maior número de pessoas”.

Em 2006, ao regressar a Londres, tornou-se consultor de meditação. “Comecei as minhas consultas de meditação num consultório com uma abordagem de medicina integrada”, recorda.

De acordo com este especialista, a meditação traz inúmeros benefícios a quem a pratica. Reduzir a ansiedade ou combater a depressão são exemplos do quanto podemos alcançar meditando e que fazem parte da lista de benefícios comprovados cientificamente.

“Há, por outro lado, estudos que se centram nos benefícios fisiológicos, como a melhoria da saúde do coração ou do sistema imunitário”, acrescenta, baseando-se na informação científica disponível sobre o tema.

“A pesquisa científica na meditação cresceu muito nos últimos anos. Existem mais de dois mil estudos científicos que comprovam que o treino de mindfulness tem benefícios significativos”, acrescenta.

Andy revela ainda que a meditação tem impacto em todas as áreas da vida. “Pode ajudar a aumentar a produtividade no trabalho e a performance física no desporto e até trazer a melhoria do sono e níveis de empatia”, afirma.

“Até ajuda a limar as arestas numa relação, porque nos tornamos mais pacientes, melhores ouvintes e talvez também um pouco mais bondosos”, explica.

Para Andy a meditação mostra-nos até como viver de uma forma mais hábil. “A maioria das pessoas assume que o stress faz parte da vida mas não tem de ser assim”, garante. Basta para isso que aceite o que a meditação pode fazer por si.

Se ficou com vontade de experimentar, saiba que basta procurar um local que lhe transmita uma sensação de calma, e onde não possa ser interrompido, para começar a meditar.

Depois concentre-se na sua respiração e deixe-se levar, aconselha o perito. Mas se precisar de ajuda, fique a saber que existe uma aplicação, criada por Andy, capaz de o pôr a meditar em todo o lado.

Com apenas 10 minutos por dia, a Headspace promete tornar a sua vida mais simples e serena!

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Universidade da Beira Interior
Vai ter lugar, no dia 28 de janeiro, um workshop/seminário sobre “Tele-saúde: Interoperabilidade, qualidade e sustentabilidade...

O workshop destina-se a investigadores, docentes, gestores e técnicos de saúde, autarcas e representantes da indústria e decorrerá na parte da manhã. Já durante a tarde, o seminário contará com a participação de Laurent Billonnet, um dos mais destacados especialistas mundiais nesta área, responsável pelas relações internacionais ENSIL na Universidade de Limoges. Outra das presenças confirmadas é a de Luís Gonçalves, Coordenador do GT em Telemedicina e Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Os principais objetivos deste evento são a disseminação do conhecimento e promoção da tele-saúde, nas suas dimensões de interoperabilidade, qualidade e sustentabilidade económica associados a melhorias de cuidados às populações, através de modelos de implementação de serviços, normalização e investigação científica em novos dispositivos médicos.

O curso pretende consolidar competências no domínio da telemedicina e tele-saúde através de objetivos específicos como, por exemplo, a aquisição de conhecimentos de processos organizacionais de serviços para a adoção de modelos normalizados de Registos Eletrónicos de Dados Clínicos ou saber desenvolver e implementar workflows para serviços de tele-saúde e controlo de níveis de serviço.

A Pós-graduação, que se prevê venha a entrar em funcionamento no próximo ano letivo, é dirigida a todos os profissionais com interesse na implementação de serviços de tele-saúde, nomeadamente Gestores, Médicos, Farmacêuticos, Enfermeiros, Técnicos de Diagnóstico e Tratamento, titulares de cursos de Ciências Biomédicas ou de Engenharia Biomédica, responsáveis de Sistemas de Informação e Engenheiros Informáticos.

As inscrições são gratuitas e decorrem até ao dia 26 de Janeiro. Para participar, deve fazer a inscrição através do e-mail [email protected], onde deverá mencionar o nome, função/cargo e instituição de afiliação.

Workshop/Seminário | Tele-saúde: Interoperabilidade, qualidade e sustentabilidade económica
FCS - Anfiteatro Amarelo | 28 de Janeiro de 2016

Programa
9h00 – Sessão de Abertura
9h15 – Workshop: Novos métodos de diagnóstico não invasivos para tele-saúde
10h15 – Coffee Break
12h30 - Almoço livre
14h00 – Tele-saúde - melhor saúde e desenvolvimento regional
Luís Gonçalves, Coordenador do GT em Telemedicina e Serviços Partilhados (Ministério da Saúde)
15h00 – Normalização em sistemas de informação para a saúde
Comissão técnica CT 199 – IPQ
15h30 – Redes de universidades e oferta formativa em telehealth
Prof. Laurent Billonet - Universidade de Limoges
16h00 – UBI, Projetos de telehealth
17h00 – Encerramento

Bolsas de investigação
Os investigadores da Universidade de Coimbra João Calmeiro e João Vareda foram distinguidos pela Fundação Calouste Gulbenkian,...

João Calmeiro, do Centro de Neurociências e Biologia Celular, foi distinguido pelo trabalho que está a desenvolver sobre uma importante proteína – canalrodopsina-2 – que poderá ser “utilizada como ferramenta contra a cegueira causada por degeneração da retina, uma patologia que afeta mundialmente mais de 15 milhões de pessoas”, afirma a Universidade de Coimbra (UC).

Algumas doenças provocam a cegueira através da “perda específica dos neurónios da retina que são sensíveis à luz”, mas outros neurónios, que “normalmente não respondem à luz, sobrevivem e podem recuperar a função da visão através de técnicas de optogenética”.

O estudo “procura conferir capacidade de resposta à luz aos neurónios da retina que não têm essa capacidade naturalmente”, explica João Peça, orientador da investigação, citado pela UC.

Pretende-se “alterar as propriedades de absorção de luz da proteína canalrodopsina-2, que naturalmente responde apenas à luz de cor azul, e criar novas variantes que absorvem e respondem à luz de outras cores”, sintetiza João Calmeiro.

A investigação de João Vareda, em curso no Centro de Investigação dos Processos Químicos e Produtos da Floresta, foca-se no desenvolvimento de “um aerogel à base de sílica para remediação de solos contaminados com metais pesados”.

Partindo das propriedades que potenciam a utilização dos aerogéis à base de sílica, materiais nanoestruturados, como adsorventes e sua modificação, a investigação visa “gerar um novo aerogel que seja capaz de remover dos solos um conjunto de seis metais pesados em simultâneo” (cádmio, chumbo, zinco, níquel, cobre e crómio).

Estes metais pesados, que são os que “mais poluem os solos ibéricos”, têm “origem na poluição atmosférica e na atividade humana e podem ser arrastados pela água das chuvas, sendo este problema ambiental mais relevante quando se trata de solos agrícolas”, sublinha João Vareda, cujo estudo é orientado por Luísa Durães.

O investigador acredita que poderá ter “um aerogel capaz de remover metais pesados dos solos ibéricos” dentro de um ano.

O Programa Estímulo à Investigação da Fundação Gulbenkian distingue anualmente propostas de investigação em matemática, física, química e ciências da terra e do espaço, apoiando a sua execução em centros de investigação portugueses.

O prémio destina-se a investigadores com idade inferior a 26 anos, contemplando o investigador e a instituição onde o projeto é realizado.

Tempos de espera
Portugal baixou para o 20º lugar, entre 35 países, na tabela de cuidados de saúde de 2015, com 691 pontos, tendo a avaliação...

A descida de cinco lugares face a 2014 no Índice de Assistência Médica Europeu deve-se, segundo a organização Health Consumer Powerhouse, à avaliação mais negativa, num total de 125 pontos, pelos utentes, dos tempos de espera para os cuidados de saúde.

A Bélgica e a Suíça têm a melhor pontuação na acessibilidade (tempos de espera) à saúde, com 225 pontos cada. Esta descida na tabela em 2015 contraia a tendência de subida verificada em 2013, quando o país surgiu no 16º lugar, com 671 pontos (25º em 2012), e 2014 (13º lugar, com 722 pontos).

No índice de 2015, a Holanda é o país com melhor classificação (916 pontos em mil), seguindo-se a Suíça (894 pontos) e a Noruega (854).

No outro extremos da tabela estão o Montenegro (484 pontos), a Polónia (523) e a Albânia (524).

Etapa feminina
A ciência ainda não tem respostas para algumas questões básicas a respeito da menopausa: para que serve? Como funciona? Qual a...

Uma reportagem detalhada na revista especializada Nature afirma que “a vida útil dos ovários humanos está determinada por uma coleção de fatores genéticos, hormonais e ambientais completas e altamente não identificada”.

Também é pouco o que se sabe sobre quando os ovários começam a falhar e os níveis de hormonas começam a flutuar, escreve o Diário Digital.

Do ponto de vista biológico ou intelectual a menopausa também não faz muito sentido.

Num livro lançado recentemente sobre a ecologia dos primatas é explicado que a “menopausa ainda é considerada uma característica distintiva dos humanos”.

Vivemos muito além de nossa idade reprodutiva e, para ajudar a explicar as implicações deste facto existe a chamada “hipótese da avó”.

Segundo este raciocínio as mulheres vivem muito além da idade reprodutiva pois a sua presença beneficia os filhos e netos.

Uma mulher pode nascer com mais de um milhão de óvulos nos seus ovários. A cada mês um destes óvulos é libertado, um processo desencadeado pela libertação de hormonas, incluindo estrogénio.

Depois dos 40 anos, os ovários começam a excretar menos estrogénio e, citando a organização especializada em saúde feminina Women's Health Concern, isto faz com que o corpo se comporte de “uma forma diferente”.

O corpo de cada mulher reage de uma forma diferente às mudanças dos níveis de estrogénio, dificultando certos diagnósticos de menopausa.

Estudo
O nível de iodo influencia o desenvolvimento cognitivo das crianças. A nível geral, há deficiência deste nutriente. As grávidas...

A deficiência de iodo é um grave problema de saúde pública. É com base nesse pressuposto que Conceição Calhau, investigadora da Faculdade de Medicina do Porto está a levar a cabo este projeto chamado Iogeneration com 4800 crianças do norte do país.

O objetivo é determinar os níveis de iodo e do QI para tentar estabelecer, segundo a TSF, um paralelismo entre os níveis de iodo e o desenvolvimento cognitivo das crianças.

"Na verdade, o iodo é essencial para a síntese das hormonas da tiróide, que são importantíssimas no neuro-desenvolvimento e na cognição. O que queremos saber é se as crianças têm deficiência de iodo e se podemos medir o impacto na sua performance cognitiva", explica a investigadora.

O problema coloca-se a nível mundial. E os níveis de iodo podem mesmo determinar os níveis de desenvolvimento de um país. O alerta tem sido feito pela Organização Mundial de Saúde. Uma criança em cada três tem deficiência de iodo e isso "pode comprometer o seu QI em cerca de 12 a 15 pontos".

A OMS, sublinha Conceição Calhau, "vem alertando que este compromisso nos níveis de iodo vai ter impacto no desenvolvimento dos países, se pensarmos que vai comprometer o desenvolvimento intelectual da população".

Em Portugal, o ministério da Saúde recomenda às grávidas que consumam sal iodado. A recomendação, alerta a investigadora, deve estender-se a toda a população. Mas mesmo assim pode não chegar: "Se nos domicílios usarmos sal iodado, ainda assim pode ser insuficiente. Em casa, as pessoas fazem eventualmente uma refeição, habitualmente o jantar, e isso representa muito pouco ao longo do dia. Se pensarmos que o consumo de sal deve ser moderado, na verdade uma refeição com sal iodado não chega. Precisávamos de uma certificação universal: o pão ser com sal iodado e em tudo o que é processado ser usado o sal iodado".

Conceição Calhau espera que com o estudo que está a coordenar, possa ser possível determinar políticas alimentares a nível nacional, através da recomendação generalizada da fortificação de sal com iodo. A bem da saúde e do QI dos miúdos.

Estudo
Os antibióticos, necessários para tratar doenças causadas por microrganismos como as bactérias, debilitam as defesas e tornam...

Os investigadores, do Instituto Coreano para o Avanço da Ciência e Tecnologia, referem que o tratamento com antibióticos diminui os mecanismos de imunidade do corpo a algumas infeções virais.

A investigação foi feita com base no estudo da flora vaginal como fonte de microrganismos que protegem das infeções virais.

Os desequilíbrios da flora vaginal como consequência da tomada de antibióticos prejudicam a imunidade contra o herpes genital.

“O consumo de antibióticos produz um transtorno no equilíbrio macrobiótico”, explicou o professor Heung Kyu, o que afeta as “defesas imunitárias contra os vírus”.

OMS avisa
A Organização Mundial de Saúde alertou que o vírus Zika, transmitido por picada de mosquitos infetados e associado a...

O vírus está neste momento presente em 21 dos 55 países do continente americano, referiu a agência das Nações Unidas num comunicado, acrescentando que a situação é “um sério motivo de preocupação”.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o mosquito Aedes aegypti, que pode igualmente transmitir o dengue e a febre chikungunya, está presente em todos os países do continente, à exceção do Canadá e do Chile.

Perante tal cenário, a OMS “antevê que o vírus Zika vai continuar a espalhar-se e, provavelmente, atingir todos os países e territórios da região onde o mosquito está presente”.

“A rápida expansão do vírus Zika a novas zonas geográficas, onde a população regista baixos níveis de imunização, é um sério motivo de preocupação, especialmente devido à possível ligação entre a infeção durante a gravidez e bebés que nascem com microcefalia”, declarou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, durante uma reunião do comité executivo da organização em Genebra.

A representante realçou que “a relação de causa e efeito entre a infeção do Zika durante a gravidez e a microcefalia ainda não foi estabelecida”, mas acrescentou que “as provas circunstanciais são muito preocupantes”.

O aumento significativo de casos na América Latina, nomeadamente no Brasil, país que será anfitrião este ano dos Jogos Olímpicos, levou os Estados Unidos e a outros países a emitirem um alerta para que grávidas evitem viajar para a região.

No ano passado, 3.174 casos de microcefalia em recém-nascidos foram registados no Brasil, indicou o Ministério da Saúde brasileiro, precisando que os casos estão ligados ao vírus Zika, contraído pela mãe.

Em períodos anteriores, existiam em média 160 casos por ano.

As autoridades da Colômbia, Equador, El Salvador e Jamaica também aconselharam as mulheres a não engravidar durante os próximos dois anos.

Em termos de prevenção, a OMS defende que as pessoas devem evitar sobretudo áreas onde existem águas estagnadas (zonas onde abundam mosquitos), utilizar repelentes e usar mosquiteiros para dormir.

De acordo com a agência das Nações Unidas, o vírus é transmitido pelo sangue.

“Um caso de transmissão por via sexual foi assinalado”, indicou a OMS, realçando, no entanto, serem necessárias mais provas para determinar se o vírus é transmitido através de contacto sexual.

Não existe um tratamento específico ou uma vacina para esta doença, apenas tratamentos para os sintomas.

Os sintomas são muito semelhantes aos de uma gripe normal (febre, dor de cabeça, dores no corpo). Os doentes também sofrem de erupções cutâneas. Os sintomas manifestam-se geralmente entre três a 12 dias após a picada do mosquito.

Sociedade Portuguesa de Transplantação satisfeita
O Centro Hospitalar São João anunciou recentemente que realizou no dia 1 de Janeiro deste ano os primeiros transplantes renais...

A colheita em dadores falecidos em paragem cardiocirculatória poderá aumentar o número de órgãos disponíveis e contribuir para a diminuição das listas de espera dos transplantes. Este é um tipo de colheita aprovada em Diário da República em Janeiro de 2015 e que ainda não tinha sido realizado em Portugal

Fernando Macário, presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), congratula-se com este avanço da transplantação em Portugal e afirma que “depois de esperarmos um ano que se reunissem as condições para o arranque dos transplantes de dador em paragem cardiocirculatória é com muito gosto que vemos o CHSJ a avançar com uma técnica que nos vai ajudar a fazer subir o número de transplantes realizados em Portugal. Aquilo que tem sido feito na área da deteção de dadores e colheira de órgãos, que é muito, com reforço da organização e formação na área da coordenação, o aumento do número de hospitais dadores, a recuperação dos valores de incentivos à colheita serão sem dúvida impulsionadores de recuperação dos números da transplantação”.

Novas medidas devem ser tomadas, frisa Fernando Macário: “deve ser promovida, protegida e incentivada a doação renal em vida, reforçada a rede de camas e recursos humanos de cuidados intensivos disponibilizada para a manutenção de dadores, estimulado e monitorizado o empenho das administrações hospitalares e autoridades de saúde na atividade da deteção de dadores e colheita de órgãos e devem ser revista a organização da rede da coordenação da transplantação e a rede hospitalar de transplantação, devem ser reforçados os recursos humanos nesta área com captação de jovens profissionais de saúde para a transplantação”.

A SPT lembra que em Portugal há mais de duas mil pessoas à espera de um transplante de rim e deseja que este importante passo seja mais um duma longa caminhada pela transplantação de órgãos que permite salvar vidas e dar qualidade à vida.

Ordem dos Médicos
O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, defendeu que as consultas e exames solicitados...

"Tudo o que é solicitado pelos profissionais de saúde não deveria estar sujeito a taxa moderadora, já que esses atos são necessários em nome da saúde do doente", afirma Carlos Cortes.

Em nota de imprensa, o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) diz concordar com a redução do valor das taxas moderadoras, "cuja tabela entrará em vigor no próximo mês de abril", mas critica o facto de "continuarem a ser uma taxa de utilização".

Alega que apesar da alteração na tabela de preços - "menos 50 cêntimos nas consultas dos centros de saúde e menos dois euros nas urgências hospitalares, por exemplo", mantêm-se as dificuldades sentidas pelos doentes no acesso aos serviços de saúde "devido ao pagamento de consultas e exames complementares de diagnóstico".

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