Oncologista diz
O médico oncologista francês David Khayat passou mais de 30 anos a estudar casos de cancro e da sua investigação resultou o...

O médico sugere, por exemplo, que se evitem peixes ricos em ómega 3 como o salmão, o atum vermelho, o halibute e o peixe-espada, devido às suas "concentrações de metais pesados como arsénio, chumbo, mercúrio e cádmio que são incrivelmente altas", escreve o Sapo.

Na obra "A Dieta Anti Cancro", lançada em 2012 e reeditada no ano passado, o clínico coloca o salmão na lista dos peixes possivelmente cancerígenos.

A ideia do médico francês ganhou força em 2013 quando um estudo norte-americano relacionou alimentos ricos em ácidos gordos ómega 3 com o aumento do risco de cancro na próstata.

David Khayat alerta ainda para a importância dos cuidados na preparação dos alimentos, alimentação equilibrada e variada e exercício físico regular na prevenção do cancro.

Nos EUA
Um juiz norte-americano acusou cinco pessoas de tentarem roubar segredos comerciais do grupo farmacêutico britânico...

Dois dos cinco acusados trabalhavam para o centro de pesquisas da GlaxoSmithKline (GSK) em Upper Merion, na Pennsylvânia.

A acusação refere que os cinco suspeitos tentaram roubar segredos da empresa em biofármacos, sobretudo em produtos para tratar o cancro e outras doenças graves.

Três dos suspeitos, identificados como Yu Xue, Tao Li e Yan Mei, criaram uma empresa na China chamada Renopharma, numa tentativa para venderem a informação roubada, segundo a acusação.

Caso sejam considerados culpados, os cinco enfrentam penas de prisão e multas e terão de pagar uma indemnização à empresa.

A investigação foi conduzida pelo FBI.

Em 2015
O Centro Hospitalar de São João do Porto anunciou ter realizado mais 2,3% de consultas e 2,1% de cirurgias em 2015, tendo...

“Em termos económico-financeiros, o EBITDA (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) ascendeu a 12 milhões de euros e resultado líquido a 3,4 milhões de euros”, refere a administração do Centro Hospitalar de São João (CHSJ).

De acordo com os dados a que a Lusa teve acesso, as consultas médicas ascenderam a 737.871, registando um acréscimo de 2,3% (2,4% nas primeiras consultas), o que se traduziu numa melhoria de 0,3% na acessibilidade à consulta e o número de doentes saídos do internamento fixou-se em 45.195 correspondendo a um acréscimo de 1,1%.

O total de cirurgias ascendeu a 44.126 correspondendo a um aumento de 2,1%. A cirurgia programada convencional aumentou 3,5%, a cirurgia de ambulatório aumentou 1,28% e a cirurgia urgente aumentou 3,7%. A taxa de cirurgias em ambulatório foi de 55% no total das cirurgias programadas. O número de episódios na urgência polivalente de adultos aumentou 1,5%, na urgência de obstetrícia/ginecologia 3,9%, enquanto na urgência pediátrica diminuiu 8,7%.

A taxa de execução orçamental, “que exprime o rigor orçamental seguido pelo CHSJ", foi de 101,5% para os proveitos e de 98,8% para os custos.

“Relativamente aos objetivos gerais contratualizados com a tutela, a taxa de execução do Contrato-Programa, que já inclui o valor dos incentivos institucionais, foi de 99,1%”, salienta o centro hospitalar.

Acrescenta que, “embora abaixo dos valores médios de mais de 10 milhões de euros até 2011, o valor do investimento em 2015 aumentou 70% face a 2014, cifrando-se em 7,2 milhões de euros, distribuído em partes iguais por obras e equipamentos”.

Refere que “à semelhança dos anos anteriores, foram totalmente financiados por recursos próprios gerados na instituição (não dependeram de aumentos de capital social ou de outro tipo de financiamento)”.

Em comunicado, o CHSJ refere ainda “a inexistência de quaisquer pagamentos em atraso", tendo disposto de um Contrato-Programa de valor idêntico ao de 2014.

“Estes resultados refletem uma tendência crescente da produtividade e da eficiência, numa sequência de 10 anos, confirmando a sustentabilidade operacional do CHSJ, ancorada em repetidos exercícios económicos equilibrados, e que são fruto da estratégia que tem vindo a ser seguida”, acrescenta.

Estudo
Um novo método que permite descobrir se uma infeção respiratória é causada por um vírus ou por uma bactéria pode evitar o...

De acordo com a revista Science Translational Medicine, a partir de uma simples análise ao sangue, investigadores do Centro Médico da Duke University, na Carolina do Norte, demonstraram ser possível determinar a origem de uma infeção respiratória.

Com este procedimento, os cientistas norte-americanos puderam identificar com exatidão se uma infeção se deve ao vírus da gripe, ao rinovírus (que causa o resfriado comum) ou a bactérias estreptococos (causadoras das amigdalites, meningites e pneumonias).

O benefício deste avanço científico é evitar a ingestão desnecessária ou excessiva de antibióticos, que não curam infeções virais.

"Cerca de três quartos dos pacientes tomam antibióticos para tratar infeções bacterianas quando, geralmente, têm infeções virais", assinalou o investigador Ephraim L. Tsalik, que liderou o estudo, lembrando que "há riscos no uso excessivo de antibióticos, tanto para o paciente como para a saúde pública".

As infeções respiratórias são das causas mais comuns que levam as pessoas a procurar um médico, pelo que já existia uma grande quantidade de informação acerca das diferentes patologias, mas não havia ainda "uma forma eficiente ou precisa" de as distinguir, acrescentou Ephraim L. Tsalik.

O método foi bem-sucedido em 87% dos casos, numa amostra de 300 pacientes, percentagem elevada o suficiente para que os cientistas considerem que estão "um passo mais próximos de desenvolver uma análise ao sangue rápida que possa ser feita nas clínicas".

Com o sangue retirado aos pacientes, os especialistas em doenças genéticas do Centro Médico da Duke University desenvolveram o que designam por "assinatura genética", padrões que refletem quais os genes ativos, o que indica se o corpo está a lutar contra uma infeção viral ou bacteriana.

Esta técnica é "muito mais precisa do que outros testes que incidem na presença de determinados micróbios", asseguram os pesquisadores, cujo estudo procura alterações em mais de 25.000 genes.

Na atual fase de desenvolvimento do teste, os resultados são obtidos 10 horas após a colheita do sangue, pelo que os investigadores estão agora a trabalhar no sentido de reduzir o tempo de espera para 60 minutos.

Teresa Almeida
A presidente e fundadora da associação SOL, Teresa Almeida, morreu ontem, aos 69 anos, na sua casa em Lisboa, vítima de cancro,...

Pedro Bogarim, amigo de Teresa Almeida e membro da direção da SOL, recorda a presidente e fundadora da instituição como “uma benemérita” que dedicou a vida à “associação pioneira” que criou, a 17 de dezembro de 1993, “quando a discriminação em Portugal em relação à doença era muito forte”.

O trabalho desenvolvido pela SOL junto das crianças passa pela “elaboração e desenvolvimento de projetos de vida para as crianças infetadas e afetadas pelo vírus da sida”, fornecendo acompanhamento psicológico e social, promovendo a integração escolar e ajudando no acompanhamento hospitalar.

A associação acompanha também mães, pais e grávidas infetados pelo vírus HIV/sida, e promove ações de sensibilização e informação à população sobre a doença.

O trabalho desenvolvido pela associação SOL sob a liderança de Teresa Almeida foi distinguido pela UNESCO, no ano 2000, e, no ano seguinte, com o Prémio dos Direitos Humanos da Assembleia da República.

Em 2003 a SOL conquistou enquanto organização não-governamental o estatuto especial consultivo no Conselho Económico e Social das Nações Unidas.

Antes de fundar e se dedicar à associação SOL, Teresa Almeida exerceu a sua atividade profissional na área da psicologia infantil.

Teresa Almeida ficará em câmara ardente na Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, no Parque das Nações, em Lisboa, a partir das 18:00 de quinta-feira.

Na sexta-feira há uma missa de corpo presente às 13:30 na mesma igreja e o funeral segue para o cemitério do Alto de São João, em Lisboa.

Estudo
Cientistas brasileiros do Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz, e da Pontifícia Universidade Católica Paraná confirmaram que o...

Desde o ano passado, especialistas brasileiros suspeitam que a infeção em mulheres grávidas está a provocar o aumento dos casos de microcefalia registados no país.

O estudo é revelador porque detetou o Zika na placenta de pacientes grávidas infetadas após a análise da amostra de uma gestante da região Nordeste, cujo feto deixou de se desenvolver dentro do útero no primeiro trimestre de gravidez.

"A paciente relatou sintomas clínicos que indicavam infeção pelo vírus Zika no início da gravidez e sofreu o aborto na oitava semana", explicou Cláudia Nunes Duarte dos Santos, virologista da Fiocruz.

A investigadora disse que embora ainda não seja possível relacionar esta descoberta com os casos de microcefalia e outras alterações congénitas, o resultado confirma de modo inequívoco a transmissão intrauterina do vírus.

Além do Brasil, o Zika circula na Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Suriname, Venezuela e Porto Rico.

Na semana passada, o Governo norte-americano emitiu um alerta pedindo às mulheres grávidas que adiem viagens ao Brasil e a outros países onde o Zika foi detetado. Os Estados Unidos registaram o primeiro nascimento de um bebé com microcefalia que pode estar relacionado com o vírus.

O último balanço divulgado no dia 12 de janeiro pelo Ministério da Saúde do Brasil revelou 3.530 casos suspeitos de microcefalia no país. O boletim também confirmou a morte de dois recém-nascidos e dois abortos no Rio Grande do Norte.

As notificações de malformação estão distribuídas em 724 municípios de 21 estados brasileiros.

Pernambuco, tem o maior número de suspeitas (1.236), seguido da Paraíba (569), Baía (450), Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), Sergipe (155), Alagoas (149), Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122).

Deco
O teor de sal em produtos alimentares embalados aumentou desde 2005 em 12 categorias de alimentos e reduziu noutras 16...

Foram analisadas pelos técnicos da Deco 30 categorias alimentares de um total de 250 alimentos: em 16 alimentos a concentração de sal baixou, em dois manteve-se e noutros 12 aumentou.

Os resultados recolhidos em 2015 pela Deco foram comparados com os de estudos realizados em 2005 e em 2011.

Entre 2005 e 2015, registaram uma redução no teor do sal produtos como a manteiga, o fiambre, o pão, a margarina ou os cereais de pequeno-almoço de chocolate.

Em contrapartida, os aperitivos de milho, os croissants, as batatas fritas e o queijo flamengo estão mais salgados do que há 10 anos.

“O caso dos croissants é surpreendente pela negativa. Um produto geralmente apontado pelos elevados níveis de gordura ou de açúcar tem também muito sal. Os croissants analisados apresentavam entre 0,9 e 1,3 gramas de sal por 100 gramas, quase o mesmo do pão de forma embalado”, refere a associação de defesa do consumidor.

Contudo, foram os aperitivos de milho o produto que registou um maior aumento (70%): ao consumir uma dose de 30 gramas ingere-se cerca de 10% da quantidade diária de sal recomendada.

A Deco analisou ainda o teor de sal em 50 refeições adquiridas em restaurantes de Lisboa e do Porto: 18 menus de hambúrgueres e 32 refeições de carne (prato do dia).

No caso de Lisboa, o menu de hambúrguer tinha em média 0,72 gramas de sal por 100 gramas e no Porto 0,70.

Quanto aos pratos, os de Lisboa acusaram em média 0,73 gramas de sal por cada 100 e no Porto uma média de 0,87 gramas. Nalguns casos, com apenas uma refeição atinge-se a dose diária de sal recomendada.

A Deco recorda que o consumo diário de sal em Portugal baixou 1,7 gramas desde 2009, mas que se continua a ingerir mais do dobro da quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde.

CNIS defende
O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade manifestou o seu desacordo com a criminalização de quem...

“Abandonar um idoso no hospital ou num lar moralmente é mau, mas eu penso que a criminalização não será o melhor instrumento”, disse o padre Lino Maia na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde foi ouvido a propósito de um projeto de lei do PSD/CDS-PP sobre direitos fundamentais das pessoas idosas.

Segundo o projeto de lei, que foi aprovado na generalidade, e está agora a ser discutido na especialidade, “quem abandona um idoso num hospital ou se aproveitar das suas limitações mentais para aceder aos seus bens poderá incorrer numa pena de prisão até dois anos”.

Em declarações, no final da audição, Lino Maia disse não estar a favor da criminalização, mas sim da penalização do abandono, que “é censurável, que pode passar pela perda de benefícios fiscais e a perda de direitos sobre o património de quem abandonou.

Mas este abandono pode também ser “uma censura ao próprio Estado”, disse, sublinhando que, normalmente, as pessoas que são abandonadas são “as mais carenciadas” e esta situação pode às vezes significar que o estado social não está a funcionar.

“Se a pessoa não tem condições em casa, se a família não tem condições, o Estado de criar essas condições”, defendeu.

Citando uma estimativa do Ministério da Saúde, Lino Maia adiantou que por ano ocorrerem entre 100 a 150 situações de abandono nos hospitais, uma situação a que o setor social pode responder.

“Já fizemos uma sondagem e o setor solidário tem capacidade de resposta para estas situações”, frisou.

Também presente na audição, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, defendeu que deveria haver “alguma penalização” para quem abandona.

“Não nos parece muito bem que numa sociedade que se quer solidária se permita que essa desresponsabilização aconteça”, disse Manuel Lemos, contando que vão muitas vezes “buscar idosos completamente abandonados”.

“Se durante muito tempo se disse que isso era um fenómeno urbano”, hoje começa também a ser “um fenómeno rural”, lamentou.

O deputado social-democrata Carlos Abreu Amorim explicou que a iniciativa legislativa pretendeu dar resposta a “um conjunto de clamores” que chegava dos profissionais de saúde e das entidades ligadas ao tratamento dos idosos em relação a uma realidade sobre a qual “não existem estatísticas concretas, objetivas e fiáveis”.

“Há realidades que pelo facto de serem relativamente escondidas não podem permanecer distantes dos olhos do poder legislativo”, disse Carlos Abreu Amorim, sublinhando que “há comportamentos que apesar de terem tradição cultural, em praticamente todo o mundo, são inamissíveis”.

Para José Manuel Pureza (BE), a criminalização destas situações é um “caminho precipitado e perigoso”.

“Se o abandono em muitas situações nos pode merecer uma censura social e moral muito severa não tem que implicar necessariamente um tratamento de natureza criminal”, defendeu o deputado bloquista.

A deputada socialista Elza Pais partilha desta posição, afirmando: “Estamos a caminhar para um caminho muito perigoso se criminalizarmos este comportamento”.

Já a deputada do CDS-PP Vânia Dias da Silva sublinhou que “há um problema” que tem de ser tratado “e as pessoas não serão necessariamente todas presas”.

A questão da criminalização “serve de alerta, de prevenção geral, muito mais do que o resto”, sublinha a deputada.

Serviço Nacional de Saúde
O Ministério da Saúde está a estudar uma forma de os médicos com mais de 55 anos continuarem a fazer urgências, por considerar...

Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas à margem da audição na Comissão Parlamentar da Saúde, que hoje decorre e foi interrompida para os deputados poderem participar numa homenagem a António Almeida Santos, que presidiu à Assembleia da República.

O ministro disse que “seria muito importante” os médicos com mais de 55 anos poderem fazer urgências.

Questionado sobre a forma como a equipa ministerial vai convencer estes profissionais a fazer urgências após os 55 anos, Adalberto Campos Fernandes lembrou que está em curso uma nova fase da reorganização das urgências.

A este propósito, sublinhou a importância de “alterar o paradigma da procura” das urgências hospitalares, que ascende a seis milhões todos os anos.

Ainda no capítulo dos incentivos, Adalberto Campos Fernandes disse que espera convencer os médicos a trabalhar nas áreas com menos profissionais, proporcionando-lhes uma mais rápida progressão na carreira.

Antes da declaração do ministro da Saúde, o deputado Miguel Santos (PSD) falou aos jornalistas para dizer que durante a audição na Comissão Parlamentar da Saúde o ministro não foi capaz de dar garantias de que situações como a que terá levado à morte de um jovem no Hospital de São José, em Lisboa, por alegada falta de assistência especializada, não se repetem.

Adalberto Campos Fernandes estranhou a acusação e disse aos jornalistas que tinha acabado de informar os deputados de que no próximo dia 29 será apresentada a nova organização da Urgência Metropolitana de Lisboa (UML), bem como a forma como os profissionais serão financeiramente compensados.

Relativamente ao caso da morte do jovem no Hospital de São José, que foi, de resto a razão do PCP ter solicitado a sua audição na Comissão Parlamentar da Saúde, o ministro disse esperar que terminem os trabalhos a decorrer na Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e no Ministério Público.

Ministro da Saúde quer
O ministro da Saúde quer reduzir 10% das urgências hospitalares, uma medida com a qual espera poupar 48 milhões de euros anuais...

Na sua primeira audição na Comissão Parlamentar da Saúde enquanto ministro, e a propósito do exercício orçamental para este ano, Adalberto Campos Fernandes insistiu nas escolhas e exemplificou com a área das urgências hospitalares.

“Se conseguirmos reduzir 10 por cento dos seis milhões de urgências hospitalares anuais, obteremos uma poupança de 48 milhões de euros”, afirmou.

Para o ministro, “este dinheiro seria muito mais bem utilizado na abertura de mais Unidades de Saúde Familiar (USF) e na contratação de mais médicos e enfermeiros de família”.

Adalberto Campos Fernandes referiu que pretende “fazer coisas diferentes, com o mesmo dinheiro”.

Outro exemplo apontado, nomeadamente para fixar os médicos em regiões desguarnecidas destes profissionais, como o Algarve, passa por proporcionar uma progressão da carreira mais rápida para os que optem por ir para essa zonas.

“Porque não o jovem cardiologista chegar a chefe de serviço mais depressa, por ter passado por unidades de saúde nestas regiões?”, questionou.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde disse que “talvez não tenha havido a suficiente diligência e a burocracia tenha predominado” na gestão da...

Adalberto Campos Fernandes, que pela primeira vez está a ser ouvido pelos deputados na Comissão Parlamentar da Saúde como ministro, afirmou que “algo se passou de errado” e que tal “pode ter sido ao nível da diligência”.

No seguimento da morte deste jovem, foi conhecido que as Finanças do anterior governo não terão dado resposta à tutela, após proposta do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), no sentido de existir uma assistência especializada para este tipo de casos todos os dias da semana.

“Talvez não tenha havido a suficiente diligencia e a burocracia tenha predominado sobre a principal função de um hospital que é cuidar das pessoas”, declarou o ministro.

O ministro sublinhou que a solução deste e de outros casos não passa por “pôr mais dinheiro em cima de tudo”.

“Se não tivermos sistema de controlo, o dinheiro evapora-se”, disse Adalberto Campos Fernandes, que considera uma “irresponsabilidade atroz” pretender duplicar o orçamento do Serviço Nacional da Saúde (SNS).

Ainda sobre as finanças da saúde, o ministro reconheceu que o próximo exercício vai ser “muito difícil”, mas deixou a garantia: “Cumpriremos rigorosamente o que está escrito no programa”, no sentido de “substituir as escolhas erradas pelas certas”.

Na sua audição, anunciou ainda que será assinado, na primeira semana de fevereiro, um compromisso político com todos os parceiros sociais e que esta equipa irá prestar contas a trimestralmente.

Também no início do próximo mês arranca um novo portal do SNS, onde todos os cidadãos poderão ter acesso à atividade do sistema.

Medicina tradicional chinesa
Criado por aquele que é considerado além-fronteiras como o melhor médico de medicina tradicional, o

Com a duração de oito semanas, o “Programa da Longevidade” criado pelo mestre em Medicina Tradicional Chinesa, Luís Filipe, “está destinado a garantir, não só uma maior esperança de vida, mas uma vida com mais qualidade”.

De acordo com o especialista, as técnicas usadas neste programa “permitem aumentar o nível energético, reforçar o sistema imunitário, respiratório e digestivo”, prevenindo ainda dores nos ossos, articulações e músculos.

Durante oito semanas são desenvolvidas várias áreas que promovem a sensação de bem-estar geral.

A primeira semana deste programa consiste na desintoxicação. Restaurar um bom sono e aumentar a energia e stamina ocupam as semanas seguintes.

A semana 4 consiste em reduzir o stress e melhorar o humor, e pretende-se aumentar a imunidade na semana que se segue.

Controlar a alimentação, melhorar a função cardíaca e fortalecer as funções cerebrais são os objetivos das três últimas semanas do plano.

Para alcançar os resultados a que se propõe, este programa engloba várias técnicas, incluindo uma alimentação vegetariana equilibrada.

Quer isto dizer que, num clima temperado como o de Portugal, uma dieta vegetariana equilibrada deve obedecer a alguns parâmetros. “50% do volume de cada refeição deve corresponder a cereais integrais”, começa por explicar Luís Filipe.

“Aproximadamente cinco por cento do volume da nossa alimentação diária precisa ser na forma de sopa com vegetais variados, algas marinhas e cereais”, acrescenta.

Vegetais salteados ou cozinhados ao vapor são altamente aconselhados, sendo que, de acordo com este especialista, eles devem corresponder entre 20 a 30% de cada refeição. Importa referir que estes alimentos devem ser “cultivados no local e dentro da sua estação”.

Feijão-azuki, grão-de-bico, lentilhas e feijão preto devem constituir 10 a 15% da refeição.

“A restante percentagem consistirá em frutas da época, sumos de fruta, algumas sementes e alguns condimentos”, explica.

Fórmulas de ervas chinesas, acupunctura, moxabustão e cupping são as terapias que integram este programa.

“Nem todos os pacientes tomam as mesmas fórmulas. Tudo depende do seu estado de saúde”, adverte. “Após o diagnóstico, segundo os conceitos da Medicina Tradicional Chinesa – observação, olfato, audição, interrogação, pulsologia, palpação abdominal, etc – o mestre vai decidir que fórmulas herbais o paciente vai tomar”, justifica o especialista.

Na realidade, existem milhares de ervas e “essas fórmulas podem consistir em uma ou mais composições de ervas”.

Quanto à acupunctura, esta permite melhorar a qualidade de vida do paciente. “Trata-se de uma terapia da Medicina Tradicional Chinesa que tem um efeito anti-inflamatório, fortifica o sistema imunitário, melhora a circulação sanguínea, a função dos órgãos e a circulação do Qi (energia)”, acrescenta.

Ao longo deste programa, são “geralmente feitos dois tratamentos de acupunctura por semana”, podendo, no entanto, aumentar-se o número de sessões consoante a necessidade do paciente.

A moxabustão é uma técnica realizada com base na combustão, com efeito semelhante ao da acupunctura. “Moxabustão – Jiú (pinyin) significa, literalmente, 'longo tempo de aplicação do fogo'." E é considerada “uma espécie de acupunctura térmica”, como explica Luís Filipe.

“O calor da moxabustão é muito penetrante. Quando aplicado aos pontos de acupunctura específicos com deficiências do Yang, o corpo absorve o calor recuperando mais rapidamente o Qi (energia) do Yang”, acrescenta.

O cupping ou ventosaterapia “é outra técnica ancestral”. “Consiste na introdução de uma chama num copo de vidro, bambu ou porcelana, que ao eliminar o oxigénio cria vácuo”, começa por explicar o médico.

O copo é depois colocado em locais específicos do corpo com o objetivo de eliminar as toxinas. “A ventosa limpa o sangue das toxinas acumuladas no organismo, produzidas pelos alimentos e outras fontes poluentes. A estagnação do sangue é um dos elementos causadores de doenças”, afirma.

Dores musculares, lombalgias, hipertensão, diabetes, anemia, doenças gastrointestinais, infeções do trato urinário, sinusite ou asma são algumas das patologias que beneficiam destes tratamentos.

Quanto a contra-indicações, e tendo em conta que este programa é aconselhado a pessoas a partir dos 30 anos, há que ter atenção no caso de mulheres grávidas, pacientes com doenças infecto-contagiosas, doenças neurológicas e do foro oncológico. “Nestes casos, a Medicina Tradicional Chinesa terá de colaborar de uma forma muito estreita com a Medicina ocidental”, esclarece.

Estima-se que mais de 40 mil pessoas já tenham experimentado este programa. “Tem sido um sucesso. A quantidade de pessoas que procura este programa revela que a sociedade está a aderir muito bem aos tratamentos sem recurso a medicamentos químicos”, afirma o especialista, deixando a garantia de que todos os seus tratamentos “têm por base apenas produtos naturais”.


Sobre o médico:
Com mais de 30 anos de atividade, iniciou a carreira nos Estados Unidos e é hoje considerado uma referência internacional na área das medicinas complementares.

Foi reconhecido como o melhor médico de Medicina Tradicional Chinesa:
- na Tailândia, pela organização “Thailand of Professional” em 2013, 2014 e 2015, e pelo canal tailandês NBT em 2014;
- nas Filipinas, pela Asian Networkers (que engloba 13 países asiáticos);
- em Itália, na Cimeira de Líderes do Turismo da Saúde, que reuniu representantes de mais 30 países.

O seu trabalho foi igualmente reconhecido pela Representação Permanente das Nações Unidas em Angola, após ter proferido uma palestra para os funcionários internacionais, subordinada ao tema “Tratar Doenças Crónicas com a Medicina Alternativa Chinesa”.

Além de Portugal e Estudos Unidos, trabalhou no Brasil. Atualmente, exerce a sua atividade na Tailândia, depois de 15 anos em que se dividiu entre Bangkok e Luanda.

Para mais informações:
www.drluisfilipeclinics.com

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Lancet Oncology publica resultados
Astellas Pharma anunciou que os resultados do ensaio clínico de fase II, TERRAIN, que compara XTANDI (enzalutamida) com...

O artigo intitulado “Eficácia e Segurança de Enzalutamida versus Bicalutamida em doentes com Cancro da Próstata Metastático (TERRAIN): Um ensaio clínico aleatorizado, de fase II, em dupla ocultação” está disponível desde 13 de janeiro, 2016, na edição online, com autor principal o Dr Neal D Shore. O artigo vai ser publicado na futura versão em papel, desta revista científica.1

O estudo alcançou o seu objetivo primário demonstrando um aumento estatisticamente significativo na sobrevivência livre de progressão (PFS) para enzalutamida comparativamente a bicalutamida (Hazard Ratio (HR) de 0,44; intervalo de confiança de 95%, 0,34-0,57; p<0,0001).

A mediana de PFS foi 15,7 meses no braço enzalutamida, comparada com 5,8 meses do braço bicalutamida. Os efeitos adversos observados no TERRAIN, foram consistentes com os obtidos nos ensaios de fase III com enzatulamida.

“Agora que esta informação foi publicada, mais profissionais de saúde terão possibilidade de verem a promessa da enzatulamida versus bicalutamida no cancro da próstata metastático resistente à castração” afirma o Professor Axel Heidenreich, M.D., Ph.D., Professor e Diretor do Departamento de Urologia do Hospital Universitário de Colónia, na Alemanha. “A enzalutamida foi superior a bicalutamida em todos os objetivos primários e secundários, demonstrando a eficácia oncológica do medicamento. Apesar do facto de os doentes terem sido tratados durante um período de tempo duas vezes superior com enzalutamida do que com bicalutamida, não foi observada nenhuma interferência significativa na qualidade de vida. Estes resultados podem ter implicações significativas na prática clínica.”

O tempo mediano do grupo em tratamento com enzalutamida no TERRAIN foi de 11,7 meses, comparativamente a 5,8 meses com bicalutamida. Efeitos adversos graves (EAs) foram notificados em 31,1% de doentes tratados com enzalutamida versus 23,3% de doentes tratados com bicalutamida. EAs individuais de grau 3 ou superior ocorreram a uma taxa semelhante (<1% diferença) entre os grupos de tratamento, com excepção da hipertensão (7,1% vs. 4,2%) e dorsalgias (2,7% vs. 1,6%), que ocorreram mais frequentemente no grupo de tratamento com enzalutamida.

EAs cardíacos de grau 3 ou superior foram observados em 5% dos doentes tratados com enzalutamida versus 2% dos doentes tratados com bicalutamida. A maioria dos doentes com estes EAs em ambos os grupos tinham risco cardiovascular na baseline. Foram notificadas duas convulsões com enzalutamida e uma com bicalutamida. Os EAs comuns notificados mais frequentemente com enzalutamida versus bicalutamida foram: fadiga, dorsalgia, rubor quente, hipertensão, diarreia, perda de peso e dor nas extremidades.

“TERRAIN é o primeiro ensaio clínico que compara diretamente enzalutamida com bicalutamida, que avaliou tanto a eficácia como a segurança destes agentes no tratamento de homens com cancro da próstata metastático resistente à castração” afirma Claire Thom, Senior Vice Presidente Sénior e Responável da Área Oncológica da Astellas. “Acreditamos que estes resultados acrescentam valor à já robusta informação da enzalutamida e parecem consistentes com os resultados de múltiplos ensaios clínicos e estadios avançados de cancro da próstata que foram estudados. Estamos muito satisfeitos pela Lancet Oncology ter escolhido publicar estes importantes resultados.”

Sobre o ensaio clínico TERRAIN
O ensaio clínico TERRAIN, de fase II, envolveu 375 doentes na América do Norte e Europa. O ensaio incluiu doentes com cancro da próstata metastático, cuja doença progrediu apesar do tratamento com análogo LHRH ou após castração cirúrgica. O objetivo primário do ensaio foi a sobrevivência livre de progressão (PFS), definida enquanto tempo desde a aleatorização até à confirmação de progressão radiográfica, ocorrência de acontecimentos músculo-esqueléticos, início de nova terapia antineoplásica ou morte, dependendo de qual acontecer primeiro. O ensaio clínico foi desenvolvido para avaliar a enzalutamida numa dose de 160 mg em toma única diária oralmente versus bicalutamida numa dose de 50 mg tomados uma vez ao dia, sendo esta a dose aprovada em combinação com análogo LHRH.

Sobre XTANDI™ (enzalutamida)
XTANDI é um inibidor da via de sinalização do recetor androgénico (RA), com toma única diária por via oral. XTANDI atua em três fases diferentes da via de sinalização do recetor androgénico:

  • Bloqueia a ligação dos androgénios2

Inibe competitivamente a ligação dos androgénios aos recetores androgénicos3

  • Impede a translocação nuclear dos RA1

A translocação do RA para o núcleo é um passo essencial na mediação da regulação do gene do recetor androgénico2

  • Afeta a ligação ao DNA, impedindo a modulação da expressão genética1

A interação do recetor androgénico ao DNA é essencial para a modelação da expressão do gene2

Enzalutamida foi aprovada pela Comissão Europeia em junho de 2013 para o tratamento de homens adultos com CPRCm cuja doença tenha progredido durante ou após o tratamento com docetaxel. A enzalutamida está atualmente aprovada na Europa também para o tratamento do cancro da próstata metastático resistente à castração em doentes assintomáticos ou ligeiramente sintomáticos após insucesso da terapia de privação androgénica, para os quais a quimioterapia não é ainda clinicamente indicada4.

Referências:
1Shore ND, Chowdhury S, Villers A, et al. Efficacy and safety of enzalutamide versus bicalutamide for patients with metastatic prostate cancer (TERRAIN): a randomised, double-blind, phase 2 study. Lancet Oncol 2016; published online January 13. http://dx.doi.org/10.1016/S1470-2045(15)00518-5
2Tran C, et al. Development of a second-generation antiandrogen for treatment of advanced prostate cancer. Science 2009; 324:787-790
3Hu R, Denmeade SR and Luo J. Molecular processes leading to aberrant androgen receptor signaling and castration resistance in prostate cancer. Expert Rev Endocrinol Metab 2010; 5 (5): 753–764
4European Medicines Agency. XTANDI (enzalutamida). Resumo das Características do Medicamento, 2015.

Investigação Farmacêutica – Caso Bial
O presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos mostrou-se preocupado com as repercussões negativas que podem...

"A investigação é fundamental para a evolução da Saúde e da Medicina, não só em Portugal como em qualquer parte do mundo", frisou Miguel Guimarães, defendendo que "tem sido a procura de novos medicamentos que tem permitido que hoje seja possível controlar ou mesmo curar doenças antes incontroláveis ou incuráveis, como por exemplo algumas doenças do foro oncológico ou infeccioso".

O presidente da Ordem dos Médicos do Norte salienta também que "toda a investigação original comporta riscos, normalmente pequenos". "Um estudo publicado pelo British Medical Journal refere que, por norma, estes ensaios clínicos com novas moléculas comportam riscos de eventos adversos significativos para os voluntários na ordem dos 0,3%", frisa Miguel Guimarães.

Para este responsável do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM) "toda esta situação, que envolveu a perda de uma vida humana é de lamentar profundamente". "Mas temos conhecimento que, tal como sucede em todos os ensaios clínicos, todas as regras internacionais de boas práticas clínicas, incluindo a Declaração de Helsínquia e a legislação aplicável, foram escrupulosamente cumpridas, tendo o estudo sido devidamente aprovado pelas Autoridades Regulamentares Francesas e pela Comissão Nacional de Ética Francesa", sustenta. De resto, o estudo estava a ser desenvolvido em França, "um país com um historial relevante na investigação clínica, que faz parte dos países que lideram nesta matéria".

"Paralelamente, este ensaio estava a ser conduzido na Biotrial, uma empresa de prestígio internacional que faz ensaios clínicos com elevada qualidade", acrescenta Miguel Guimarães. Que recorda também que "a Bial é o principal laboratório nacional na área da indústria farmacêutica e que tem dado um contributo extraordinariamente importante para a investigação e desenvolvimento da Medicina".

Por tudo isto, e embora lamente toda a situação ocorrida em França, Miguel Guimarães reitera toda a confiança no laboratório Bial e na respetiva equipa de investigadores, e aguarda que "a investigação em curso levada a cabo pelas autoridades francesas e pela própria Bial possam ajudar a esclarecer o que realmente aconteceu".

Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos cria bolsa de formação e investigação “Quem Feio Ama” através das receitas de...

“Sob o patrocínio do espetáculo solidário e em memória de António Feio, muito nos orgulhamos de criar a Bolsa de Formação e Investigação “Quem Feio Ama”. A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) tem como objetivo rentabilizar as receitas que serão angariadas no espetáculo e continuar a debater-se pela formação dos profissionais de saúde e investigação na área dos cuidados paliativos em Portugal”, explica Manuel Luís Capelas, Presidente da APCP.

“Segundo estudos recentes, mais de 90% dos portugueses têm pouco acesso a estes cuidados e a maior parte deles são prestados por pessoas sem preparação nem qualificação para tal. É urgente promover uma mudança de paradigma porque os cuidados paliativos constituem uma resposta ativa aos problemas decorrentes da doença prolongada, incurável e progressiva, na tentativa de prevenir o sofrimento que ela gera e de proporcionar a máxima qualidade de vida possível aos doentes e suas famílias”, conclui Manuel Luís.

O espetáculo “Quem Feio Ama” decorre no dia 26 de Janeiro, às 21h00, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém. Os bilhetes estão à venda na Fnac e na Ticketline, com preços a partir dos 10 euros, sendo que a receita reverte na totalidade a favor da APCP.

Autoridades francesas
Autoridades francesas só foram informadas na passada quinta-feira mas o ensaio estava suspenso desde segunda. Primeiro...

A farmacêutica portuguesa Bial e o centro de ensaios francês Biotrial comunicaram às autoridades francesas as reações adversas do teste que estavam a realizar três dias após terem suspendido o ensaio. Isso mesmo é assumido pela Bial, numa nota enviada à comunicação social e onde a empresa defende que essa comunicação ocorreu “dentro de todos os prazos legais”.

Em comunicado, a Bial diz ter tomado conhecimento da ocorrência de “um efeito adverso grave manifestado num paciente” a 11 de Janeiro, segunda-feira, no dia seguinte ao internamento do voluntário que morreu no passado domingo, escreve o jornal Público. “Logo que BIAL tomou conhecimento da ocorrência de um efeito adverso grave manifestado num paciente a 11 de Janeiro, tomou de imediato a decisão de suspender a medicação a todos os participantes no ensaio”, lê-se no comunicado.

E continua: “No dia 14 de Janeiro, dentro de todos os prazos legais, Bial e a Biotrial acordaram a comunicação às autoridades e, nesse mesmo dia, em nome de Bial, a Biotrial formalizou à Autoridade Regulamentar Francesa (ANSM) e à Comissão de Ética os efeitos adversos graves registados”. A farmacêutica portuguesa faz questão de sublinhar que a “Biotrial é uma empresa com grande experiência no âmbito da investigação clínica”, com a qual Bial colabora desde 2007.

A Bial adianta ainda que mantém uma equipa em Rennes, França, a colaborar com as diversas autoridades envolvidas na investigação da situação. “É uma prioridade absoluta para a Bial encontrar as causas deste grave incidente, tenha ele sido causado pelo composto ou por outra razão externa que desconhecemos”, realça a farmacêutica.

A empresa portuguesa afirma estar “a acompanhar em permanência” o estado de saúde dos cinco voluntários que tiveram que ser hospitalizados na sequência deste ensaio. E aproveita para fazer um balanço do estado destes voluntários: o que não apresentava quaisquer sintomas já regressou a casa, dois foram transferidos para hospitais das suas áreas de residência e outros dois mantém-se internados no Centro Hospitalar Universitário de Rennes. "Neste momento temos indicação de que os exames médicos realizados apresentam um quadro positivo. Continuaremos a acompanhar a evolução dos voluntários, esperando a sua total recuperação”, refere a Bial.

O balanço coincide com o divulgado esta terça-feira pela unidade num comunicado que refere ainda a “melhoria” do estado de saúde dos doentes que continuam internados em Rennes. O estabelecimento de saúde acrescenta que dos 84 voluntários que tomaram a molécula, 18 já foram sujeitos a um exame neurológico e a uma ressonância magnética cerebral. “As anomalias clínicas e radiológicas presentes nos pacientes hospitalizados não foram encontradas”, informa o hospital. 

A farmacêutica explica que a molécula experimental que estava a ser testada, sob o nome de código BIA 10-2474, é um inibidor de uma proteína importante na destruição dos endocanabinóides, que actuam no apetite, na sensação de dor, no humor e na memória. “De realçar que outras empresas farmacêuticas têm também investigado ao longo dos anos outros inibidores” desta proteína, “com um perfil semelhante, não existindo notificações de efeitos adversos significativos”.

A Bial precisa que o projeto de investigação da BIA 10-2474 “teve início em 2005, e os estudos com este composto remontam a 2009, nomeadamente, a avaliação farmacológica e toxicológica”. Os resultados obtidos nos estudos pré-clínicos (antes da molécula ser testada em animais), informa, “demonstraram um perfil de segurança e tolerabilidade que permitiu, em Junho de 2015, a aprovação do ensaio de fase I no homem com voluntários saudáveis pela Autoridade Regulamentar Francesa e pela Comissão de Ética Francesa, em conformidade com as guidelines de boas práticas clínicas”.

A farmacêutica adianta que não existe “qualquer outro ensaio a decorrer com a molécula experimental em causa”, e garante que não iniciará “qualquer ensaio com este composto sem que estejam totalmente apuradas as causas deste grave incidente”. A empresa diz que os seus profissionais estão “profundamente abalados por esta lamentável situação”, mas sublinha manter um compromisso com a investigação de qualidade e com a saúde. 

Público e privado
Apesar de rejeitadas aquando o seu aparecimento em Portugal pela “mão” dos centros privados, as técnicas de medicina não...

A situação é denunciada por Carla Ferreira, uma psicóloga que decidiu manter os tratamentos de acupuntura num centro privado - não beneficiando assim das taxas moderadoras - quando soube que teria de iniciar os ciclos de quimioterapia, escreve o Diário Digital. Segundo a mesma, “os hospitais não possuem uma oferta de serviços tão abrangente de medicinas alternativas, que lhe permita atenuar todos os sintomas, e não estão acessíveis em horários flexíveis, não dando assim resposta atempada às necessidades dos doentes.”

“Tinha conhecimento de que a acupuntura podia ajudar a melhorar os efeitos secundários da quimioterapia e, por isso, decidi experimentar esta técnica mesmo antes de iniciar o tratamento. No hospital, fui informada que podia realizar a acupuntura no local mas preferi manter-me no privado pela disponibilidade de horários tardios e pela possibilidade de realizar outros serviços complementares à acupuntura. Quando a quimioterapia me começou a provocar alguns problemas nas articulações, por exemplo, optei por fazer um tratamento com ventosas - a moxabustão - que não estava disponível no hospital. Acho injusto não poder beneficiar das taxas moderadoras num serviço de elevada qualidade, com profissionais experientes e que tanto me têm ajudado nesta fase mais difícil”, comenta a psicóloga.

Esta iniquidade fiscal observada entre público e privado tem levado ao encerramento dos vários centros que lutaram, desde a sua implementação, contra o constante ceticismo a que as técnicas foram sujeitas. Para Wenqian Chen, directora do Centro de Terapias Chinesas, as terapias não convencionais só são agora reconhecidas no nosso país graças ao esforço que os centros privados fizeram, ao longo destes anos, para as implementar em Portugal.

“Apesar de só agora ter sido tornado público, há muitos anos que a acupuntura e outras terapias não convencionais são praticadas nos hospitais públicos e centros de saúde. E a entrada destas medicinas alternativas no sector publico só é possível graças ao esforço que os centros privados fizeram para se manter ativos no nosso país. Temos batalhado muito pela aceitação destas terapias no setor da saúde, e o agradecimento que nos dão é uma iniquidade fiscal. Quem procura tratamentos em Hospitais Públicos ou Privados pode colocar as despesas como encargos de saúde; logo, se um hospital público já proporciona este serviço e o mesmo é considerado um encargo suportado como despesa de saúde dos utentes, porque é que um tratamento realizado por um dos nossos médicos terapeutas não o é? Acho incrível que alguns hospitais estejam com listas de espera de dois meses enquanto vemos centros a fechar. Parece que não queremos todos os mesmo, ou seja, tratar o maior número possível de doentes” comenta a especialista.

Apesar da crise e da desigualdade de impostos, a atividade do Centro de Terapias Chinesas cresceu 30% nos últimos anos. Está divido em dois espaços - a clínica, onde são realizados os tratamentos, e o SPAsia, espaço de massagens - e foi criado em Portugal há mais de 20 anos, o que implicou um investimento inicial de mais de 80 mil euros.

De acordo com a especialista foram os anos de crise que mais impulsionaram este crescimento uma vez que, na sua opinião, os portugueses se tornaram muito mais exigentes no que respeita à qualidade dos serviços nos quais decidem gastar dinheiro.

Especialistas esclarecem
Imagine que esqueceu uma fatia de pão de forma no armário ou deixou um iogurte abandonado durante muito tempo no frigorífico....

Os bolores nada mais são do que uma concentração muito grande de fungos, organismos considerados decompositores na natureza e presentes em qualquer lugar em que haja matéria orgânica disponível, como restos de plantas ou animais mortos.

Assim, a tal “penugem” que costumamos ver no alimento com bolor são as hifas, ou seja, as estruturas em forma de fios que compõe o corpo dos fungos.

De acordo com o biomédico Roberto Martins Figueiredo, conhecido como “Dr. Bactéria”, o fungo, por si só, não é prejudicial. “Mas alguns tipos produzem micotoxinas (substâncias tóxicas) que causam desde intoxicações alimentares até cancro do sistema hepático”, explica.

Como existem milhares de tipos de bolores conhecidos, é difícil saber se o desenvolvido em determinado alimento fará mal ou não à saúde, escreve o Diário Digital. Então, na dúvida, o melhor é não consumir o pão, a fruta, o iogurte ou qualquer outra comida com aquele aspeto bafiento.

Segundo a investigadora Rosely Piccolo Grandi, do Núcleo de Pesquisa em Micologia do Instituto de Botânica de São Paulo, o recomendado é descartar qualquer alimento. “As estruturas dos fungos são microscópicas e não é possível saber se tudo foi eliminado. As que permanecerem no alimento podem causar problemas”, diz.

Para Figueiredo, é possível recuperar parte de algumas frutas, como o mamão. «Com uma faca, retire o bolor e elimine, ainda, de um a dois dedos da parte boa da fruta que estava ao lado e na parte de baixo da área comprometida.»

Em muitos casos, a alta temperatura pode matar o fungo, mas mesmo assim não se recomenda consumir o alimento já que as estruturas de reprodução do fungo, conhecidas como esporos, ainda podem permanecer no alimento.

E, atenção, nem todo o mofo é verde. Também podem ter tons de azul, cinzento, castanho, laranja e outras cores; variando de acordo com o tipo de fungo que está a desenvolver-se. Geralmente, a cor verde ou os seus tons (acinzentado ou azulado) indicam a presença das estruturas de reprodução dos fungos (esporos).

Mas nem todos os alimentos mofados podem ser considerados maléficos para o nosso organismo. Há muito tempo, os fungos são utilizados na preparação de queijos (gorgonzola?), certos tipos de salame e bebidas fermentadas. E por que é que não fazem mal? “Nesses casos a utilização dos fungos é bem controlada e os tipos de fungos usados são bem conhecidos”, explica Rosely.

Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência
Dar às populações de risco um antídoto que pode salvar vidas em caso de overdose por drogas como a heroína é uma medida...

O antídoto chama-se naloxona e já é distribuído em alguns países, mas apenas em experiências-piloto. Em Portugal, onde anualmente morrem 14 pessoas por overdose, apenas as equipas de emergência médica têm acesso a esta substância, escreve o Diário de Notícias

No relatório Prevenção de mortes por overdose de opiáceos com naloxona para utilização no domicílio, o observatório europeu analisa a necessidade de haver uma maior disponibilidade desta droga junto das populações de risco, bem como as vantagens de treinar essa população para administrar o medicamento. Outro problema que tem impedido a maior disponibilidade desta droga "é a validade das ampolas, que é bastante curta", acrescenta João Goulão, presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

Até agora, a Europa tem apostado numa distribuição da naloxona a nível experimental em algumas cidades da Dinamarca, Alemanha, Estónia, Irlanda, Itália, Inglaterra e Noruega e a nível regional em Espanha (Catalunha) e no Reino Unido (Escócia e País de Gales). O antídoto, que reverte a paragem respiratória, é administrado a quem sofre uma overdose por pessoas que assistem ao episódio (familiares ou outros consumidores de droga), sem necessidade de aguardar pelas equipas de socorro.

Um dos entraves ao alargamento desta resposta de emergência é precisamente a capacidade que as testemunhas de overdose têm para administrar a naloxona, uma vez que esta apenas está disponível na versão injetável. Porém, vai começar a ser testada nos EUA uma versão inalável que promete facilitar a administração e melhorar a segurança de todos os envolvidos.

Ainda assim, o observatório chama a atenção para a necessidade de retirar os entraves legais que podem impedir esta ajuda. Nomeadamente a despenalização criminal para os consumidores que ajudem uma vítima de overdose. "Cada vida perdida por dia na Europa devido a uma overdose de opiáceos vale todos os esforços para melhorar a prevenção e a resposta", defende o diretor do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA) Alexis Goosdeel, lembrando que "capacitar quem assiste para responder com uma intervenção que salva vidas é um passo importante para diversificar e equilibrar a resposta europeia às drogas". O observatório sublinha ainda a necessidade de alargar a sua distribuição, já que atualmente chega a menos de um terço dos 28 Estados-membros.

Em Portugal, João Goulão, admite que o problema não é dramático, mas admite a possibilidade de tornar a naloxona acessível à população de risco, uma vez que "se há uma solução para salvar vidas é sempre positivo utilizá-la".

Estudo
As mulheres que apresentam uma anomalia no gene BRIP1 têm três vezes mais risco de desenvolver cancro do ovário, revela um novo...

A alteração no gene já tinha sido identificada como um fator de predisposição para o cancro do ovário, mas esta é a primeira vez que o risco é quantificado cientificamente, segundo um estudo publicado no Jornal do Instituto Americano do Cancro (JNCI).

"Cerca de 18 mulheres em cada mil desenvolvem cancro do ovário, mas este fator aumenta esse risco para 58 em cada mil mulheres com essa anomalia", destacam os especialistas britânicos.

Este tipo de patologia é difícil de diagnosticar porque, segundo o Sapo, geralmente não provoca sintomas até ser detetada em estado já avançado. O cancro do ovário é o mais fatal dos tumores ginecológicos.

Este tipo de tumor mata cerca de 150 mil pessoas por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O estudo compara os genes de mais de 8 mil mulheres europeias, compreendendo um grupo de pacientes, um grupo em bom estado de saúde e um grupo com antecedentes familiares de cancro de ovário.

"Recensear estas mulheres [com mutação do gene] contribuirá para prevenir mais casos e salvar vidas", assinala o grupo de investigadores.

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