União das Misericórdias
Os lares não estão preparados para cuidar das pessoas com demência, denunciou o responsável da União das Misericórdias pela...

Em declarações, o psiquiatra Manuel Caldas de Almeida apontou que o envelhecimento da população é um facto, do qual decorre que algumas pessoas tenham demência e outras grandes dependências físicas.

Um estudo da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), integrado no projeto VIDAS - Valorização e Inovação em Demências, concluiu que 90% dos idosos nos lares tem alterações cognitivas que sugerem demência, sendo que dentro deste grupo, 78% tem efetivamente demência.

Caldas de Almeida enfatizou que não é o facto de um idoso estar num lar que provoca demência, já que se trata de uma doença crónica, mas apontou que a evolução da doença e a velocidade a que ela se faz “pode ter a ver com ambientes estimulantes”.

“Se nós tivermos lares em que as pessoas não são trabalhadas, não têm ambientes estimulantes, em que não há atividades lúdicas, atividades de estimulação, então as pessoas que têm demência podem parecer estar numa fase mais avançada, podem ficar mais lentificadas, mais tristes, podem ficar com a demência mais avançada”, apontou o psiquiatra.

Nesse sentido, defendeu uma aposta em ambientes estimulantes, com neuropsicologia adaptada e onde haja profissionais competentes para que as pessoas com demência tenham melhor qualidade de vida e a doença evolua mais lentamente.

Sustentou, por isso, que “é urgente” mudar o paradigma dos lares, apostando num apoio domiciliário “mais forte”, ao mesmo tempo que se fazem mudanças arquitetónicas nas instituições que acolhem estas pessoas.

Segundo Caldas de Almeida, são duas as prioridades: renovar tecnicamente os lares para ficarem adaptados às pessoas com demência e apostar na formação.

“Sabe-se que profissionais qualificados, profissionais com competência relacional para tratar as pessoas com demência, previnem em 90% as reações secundárias, que são a agitação e a agressividade, as alucinações”, apontou.

Acrescentou que é possível, sem medicamentos, melhorar muito a qualidade de vida destas pessoas se, quem estiver com elas, souber estar, o que faz com que a formação seja uma “arma fundamental”.

“Se não fizermos isto, há muita gente a sofrer em Portugal porque estamos a prestar cuidados inadequados”, apontou Caldas de Almeida.

Admitiu, por outro lado, que há uma percentagem muito elevada de pessoas com demência em fase inicial a quem não é reconhecida a doença e explicou que isso acontece não só porque quem as acompanha não está alerta para os sinais iniciais, mas também porque as pessoas com demência tentam esconder os seus problemas.

O responsável referiu que no decorrer do projeto VIDAS foi dada formação a 480 pessoas, durante mais ou menos um ano, entre auxiliares, médicos, terapeutas e dirigentes, vindos de 23 instituições.

Além disso, foi também feito um trabalho de levantamento das necessidades arquitetónicas e a conclusão foi a de que só uma das 23 instituições não era adaptável às necessidades das pessoas com demência.

Na opinião do psiquiatra, este é o momento para mudar o paradigma dos lares já que o programa Portugal 2020 vai ter recursos específicos para a adaptação, remodelação e renovação dos lares.

“Nós temos poucos recursos, mas as necessidades nesta área estão a explodir completamente”, defendeu, acrescentando que a realidade das pessoas com demência não se confina apenas aos lares e que está também presente no seio das famílias.

Caldas de Almeida adiantou que é intenção da UMP avançar com um VIDAS 2, em que seja possível dar formação aos cuidadores informais, ou seja, as pessoas que se veem obrigadas a cuidar de um familiar com demência, apontando que “são situações verdadeiramente dramáticas”.

Estudo
Nove em cada dez idosos em lares têm alterações cognitivas que sugerem demência, sendo que dentro deste grupo, 78% tem...

O estudo, integrado no projeto VIDAS - Valorização e Inovação em Demências, depois de uma investigação que demorou cerca de dois anos, envolveu 1.503 idosos de 23 instituições, avaliados por psicólogos e neurologistas para detetarem a existência de demências e o seu grau.

No final, foi possível ficar a saber que 90% dos idosos nos lares tem alterações cognitivas que sugerem demência, sendo que dentro deste grupo, 78% tem efetivamente um quadro de demência.

Constatou-se ainda que apenas três por cento dos idosos nos lares não tem alterações cognitivas e 8% tem alterações cognitivas, mas sem demência.

Em declarações, o coordenador do estudo explicou que, numa primeira fase, foi pedido aos diretores técnicos e aos responsáveis das unidades para identificarem os idosos com e sem alteração cognitiva e aqueles com e sem demência.

Segundo Manuel Caldas de Almeida, havia entre 25% a 30% de idosos com demência, 5% de idosos sem alterações cognitivas e 6% com alterações cognitivas sem demência.

Os dados mostram também que 70% dos idosos naqueles lares não estavam detetados como tendo defeitos cognitivos.

Estes números alteraram-se significativamente na segunda fase do estudo, em que seis psicólogos avaliaram os 1.503 idosos e cujo diagnóstico foi posteriormente comprovado por duas neurologistas, tendo então revelado que a maioria dos idosos nos lares tem demência.

Entre os idosos avaliados, em 48% os sintomas iniciais da doença manifestaram-se na memória, mas em 55% afetou outros domínios cognitivos e em 33% alterou o comportamento.

Se na maioria (80%) a forma de início da demência foi progressiva, em 20% manifestou-se de forma aguda. Já a evolução da doença aconteceu em 67% dos casos de forma progressiva e apenas em 2% havia tendência a melhorar.

“Existe um número muito importante de pessoas com demências nos lares, e um número importante de pessoas com demência em que essa demência não é reconhecida”, apontou Caldas de Almeida.

O psiquiatra admitiu que o número final ultrapassou as expectativas iniciais e defendeu, por isso, que é preciso transformar os lares, já que estas instituições não estão a prestar um bom serviço em matéria de demências.

“Não [estão a prestar um bom serviço] porque não estão preparados para ter pessoas com demência”, apontou.

A demência é uma doença que "não é provocada por uma pessoa estar em casa ou num lar", explicou Caldas de Almeida, salientando que uma tão elevada percentagem de pessoas com demência nos lares tem a ver com o envelhecimento da população e com o facto de serem as pessoas mais frágeis e mais dependentes que são referenciadas.

“Obviamente, os lares têm uma percentagem muito maior de pessoas com demência do que a sociedade em geral”, acrescentou.

No estudo da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) participaram 1.503 pessoas, com idades entre os 46 e os 105 anos, a maioria (709) dentro dos 80 aos 89 anos, 30% do sexo masculino e 70% do sexo feminino.

Um total de 94% tem a escolaridade primária, 83% foram operários, trabalharam no setor primário ou eram trabalhadores não qualificados. Em matéria de estado civil, 57% é viúvo e 21% é solteiro.

Antes da institucionalização, 30% dos idosos tinham estado num centro de dia e 30% tiveram apoio domiciliário.

O motivo da institucionalização num lar teve a ver, em 42% dos casos, com uma dependência e em 30% com o isolamento ou solidão. 35% dos idosos tinha uma doença neurológica prévia, sendo que 65% destes ficaram com sequelas.

Estudo
Uma equipa de investigadores do Instituto de Medicina Molecular Lisboa verificou, em ratinhos, que um subtipo de células do...

As células em causa são os linfócitos T gama-delta, que expressam à sua superfície, quando ativados por 'sinais fortes' resultantes da sua interação, determinadas moléculas, os 'recetores de morte celular', que, de acordo com a equipa, são úteis para matar o tumor.

Para Bruno Silva-Santos, que lidera a equipa, este subtipo de células T "é particularmente útil" para o desenvolvimento da imunoterapia (tratamento com agentes biológicos, como células) contra o cancro.

Os linfócitos T ou células T são um grupo de glóbulos brancos (leucócitos) responsável pela proteção do organismo contra microrganismos e tumores, sendo produzidos no timo, órgão que está por cima do coração. Os problemas surgem quando o 'exército' destas células tem 'soldados' insuficientes para aniquilar o 'invasor'.

No estudo, publicado na revista Nature Immunology, os investigadores do Instituto de Medicina Molecular (iMM) identificaram e viram como funcionam os linfócitos T gama-delta em ratinhos.

Posteriormente, noutro estudo, cujos resultados já foram aceites para publicação, a equipa usou, com sucesso, essas mesmas células, extraídas de humanos, para tratar roedores com um tumor no sangue, também de um humano.

Partindo destes resultados, Bruno Silva-Santos pretende avançar, dentro de dois anos, com ensaios clínicos em doentes adultos com leucemia, ressalvando que a imunoterapia com linfócitos T gama-delta não pode ser generalizada a todos os cancros, atendendo à especificidade dos tumores, sendo, por exemplo, contraindicada no cancro da mama.

O cientista, que é vice-presidente do iMM Lisboa, explicou que as células T gama-delta especializam-se no combate a 'invasores' diferentes, consoante os 'sinais' recebidos do timo ou resultantes da interação das células entre si.

No caso do cancro, os linfócitos T gama-delta têm de ter 'sinais fortes' para erradicá-lo, mas, para eliminarem fungos, e cumprirem a sua função antifúngica, as mesmas células têm de receber 'sinais fracos', precisou o também docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

O trabalho agora publicado foi desenvolvido em colaboração com a Universidade Complutense, em Madrid, Espanha, e foi financiado pela Comissão Europeia, através do Conselho Europeu de Investigação, que apoia projetos de investigação fundamental considerados de excelência.

Jornadas científicas da ESTeSC
Especialistas de saúde de nove países da Europa e da América vão participar nas jornadas científicas da Escola Superior de...

A iniciativa insere-se na 3.ª Reunião Anual da Escola de Saúde de Coimbra, subordinado ao tema a "Universalidade de Coimbra no ensino da Saúde", que engloba também as jornadas de economia da saúde, palestras, uma feira de emprego e empreendedorismo em saúde e a Semana das Ciências Aplicadas na Saúde.

"Queremos aproveitar os nossos parceiros no mundo e trazer gente que fique a conhecer a nossa realidade e traga mais-valias para dentro da escola, neste sentido de universalidade em que queremos uma escola o mais aberta possível", disse Jorge Conde, presidente da Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Coimbra (ESTeSC), na sessão de apresentação do evento.

As jornadas científicas, que vão realizar-se de sexta-feira a 17, contam com palestrantes convidados do Brasil, Peru, Estados Unidos da América, Espanha, Franca, Bélgica, Inglaterra, Irlanda e Dinamarca, países com quem a ESTeSC estabeleceu parcerias.

A Semana das Ciências Aplicadas na Saúde, que é o evento de maior relevo e visibilidade, vai decorrer, como habitualmente, no centro comercial Dolce Vita, de segunda-feira a 17, com a realização de rastreios de vária ordem aos visitantes, que no somatório das anteriores edições atingiram os 300 mil.

A iniciativa, nascida em 2005, permite que alunos envolvidos mostrem à sociedade civil a prática das profissões associadas aos cursos ministrados naquela escola, além de se aproximar a população júnior e sénior das tecnologias da saúde, com ações como a "Semana das Ciências Aplicadas na Saúde dos Pequenitos" e a "Hora dos avós".

"A Semana das Ciências Aplicadas na Saúde é hoje uma marca da região e uma marca nacional, fruto do empenho e do empreendedorismo dos alunos que, movidos por valores de responsabilidade social, avaliam a saúde da população de forma gratuita", sublinhou Daniel Matos, presidente da Associação de Estudantes, que organiza o evento.

No dia 14, realiza-se a feira de emprego e empreendedorismo em saúde, com a participação de empresas de recrutamento que vão esclarecer os alunos sobre a forma de entrarem no mercado de trabalho.

No âmbito da 3.ª Reunião Anual da Escola de Saúde de Coimbra realizam-se ainda dois jantares conferência, na segunda-feira e no dia 14, seguidos de animação musical.

OMS
A Organização Mundial de Saúde estimou serem necessários 2.200 milhões de dólares (1.930 milhões de euros) para garantir...

O apelo foi feito em Genebra durante a apresentação do Plano de Resposta Humanitária para 2016, elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e por parceiros da agência das Nações Unidas, em que é destacado serem precisos medicamentos básicos, vacinas, tratamento para doenças como a cólera e sarampo, entre outros.

"Os riscos para a saúde sem esta emergência humanitária são maiores do que nunca", alertou, num comunicado, Bruce Aylward, diretor executivo do departamento da OMS ligado à assistência humanitária.

"A situação está a piorar. O crescente impacto dos conflitos prolongados obriga à deslocação das populações, o que, em conjunto com as alterações climáticas, falta de planeamento urbanístico e às mudanças demográficas, significa que as emergências humanitárias serão cada vez mais frequentes e severas", acrescentou.

Na Síria, onde se localiza a maior emergência humanitária, a OMS e parceiros estão a tentar mobilizar fundos para assistir 11,5 milhões de pessoas que necessitam de apoio psicológico e para outros cinco milhões de sírios refugiados em países vizinhos, que precisam de medicamentos, vacinas e material operatório e sanitário.

A OMS também necessita de fundos para apoiar 6,8 milhões de pessoas ameaçadas pela pior seca em décadas na Etiópia, tendo em conta que afeta também mais de 400 mil crianças.

A agência das Nações Unidas necessita também de fundos para apoiar as vítimas do ciclone Winston, que afetou as ilhas Fidji em fevereiro, do surto de Zika em vários países sul-americanos e de várias outras doenças infecciosas, bem como ainda os riscos ainda associados ao Ébola na África Ocidental.

Em Angola, a OMS apela para fundos para combater o pior surto de febre-amarela em mais de 30 anos.

Numa altura em que está em profundas transformações na sua História, a OMS está a elaborar um novo Programa de Emergência para a Saúde, de forma a aumentar a capacidade operacional e garantir uma resposta "eficaz, efetiva e rápida" a todos os géneros de emergência sanitária, incluindo surtos e crises humanitárias.

Região Centro quer
A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa, defendeu o investimento na saúde...

Ana Abrunhosa salientou que diferentes iniciativas no setor da saúde podem obter financiamento europeu de 60% a fundo perdido, contribuindo para consolidar a posição da região ao nível de cuidados, investigação e diferentes serviços de saúde.

“Somos uma região prestigiada em termos europeus no que toca à área da saúde”, disse, à margem de uma sessão de divulgação do 3.º Programa de Saúde, gerido pela Comissão Europeia, que visa apoiar as políticas dos Estados-membros destinadas a melhorar a saúde dos cidadãos da União Europeia (UE).

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) realçou que se trata do “único programa dedicado exclusivamente à saúde”, ao qual entidades públicas e privadas, no âmbito de consórcios que devem juntar parceiros de três países da UE, podem candidatar projetos que promovam “boas práticas inovadoras”.

Organizada pela CCDRC, pela Direção-Geral da Saúde e pela Agência Executiva para os Consumidores, a Saúde, a Agricultura e a Alimentação (CHAFEA), a sessão reuniu mais de 100 participantes de universidades, incubadoras, empresas, unidades hospitalares, autarquias e associações, entre outras entidades da região.

“É nosso ensejo que possam ser ativadas parcerias para o conjunto das 'calls' recentemente abertas pelo programa”, disse Ana Abrunhosa, ao intervir no início do encontro, no auditório da CCDRC, em Coimbra.

Ao frisar que a saúde “é um dos referenciais de suporte ao desenvolvimento regional”, a responsável informou que as candidaturas ao 3.º Programa de Saúde podem abranger apostas como os sistemas inovadores de prevenção em saúde, o diagnóstico precoce, as novas terapias, o envelhecimento ativo e saudável, a interoperabilidade dos sistemas complexos e as ações de turismo de saúde e bem-estar.

Para o período 2014-2020, o programa disponibiliza mais de 400 milhões de euros para projetos em todos os países da União Europeia.

Esta “é uma oportunidade de grande impacto futuro” na saúde da região, corroborou o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, José Tereso, em declarações à Lusa.

“Temos uma oportunidade para fazer ainda mais e melhor em prol da saúde da população”, sublinhou.

Na sessão, intervieram ainda Cinthia Menel-Lemos, em representação da Comissão Europeia e da CHAFEA, e Filipa Pereira, da Direção-Geral da Saúde.

Dia Mundial da Saúde dedicado à diabetes assinala-se esta quinta-feira
A diabetes é uma das doenças com maior impacto na saúde oral, elevando exponencialmente o risco dos seus portadores contraírem...

Esta quinta-feira, no Dia Mundial da Saúde, em que a diabetes está em destaque, a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) alerta os mais de um milhão de portugueses portadores de diabetes e os dois milhões que são pré-diabéticos para a necessidade de realizarem check-ups regulares de saúde oral. Por exemplo, o tratamento periodontal pode ajudar ao controlo metabólico da diabetes, essencial para a qualidade de vida dos doentes.

Ricardo Faria e Almeida, presidente da Comissão Científica da OMD, revela que “ainda não existe consciência pública sobre a interação entre a diabetes e a saúde oral e, no entanto, nos últimos anos, o número de portadores da diabetes em Portugal subiu dramaticamente. Mais de 13% dos portugueses em idade adulta tem diabetes, é um número demasiado elevado e isto sem contar com os casos não diagnosticados. A diabetes é já a quarta causa de morte em todo o mundo e se não forem tomadas medidas urgentes o problema terá proporções assustadoras”.

O presidente da Comissão Científica da OMD considera “essencial prevenir a diabetes e isso faz-se promovendo estilos de vida saudáveis e apostando nos cuidados de saúde primários, sendo neste ponto essencial garantir acesso a consultas de medicina dentária. A OMD tem vindo a reclamar o alargamento do cheque-dentista aos portadores de diabetes, porque os doentes com menos recursos são os que mais dificuldades têm em receber tratamentos, incluindo de saúde oral”.

Em 2014, e de acordo com dados do relatório “Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional de 2014”, a diabetes representou um custo direto estimado entre 1.300 e 1.550 milhões de euros, um acréscimo aproximado de 50 milhões, face a 2013.

Para Ricardo Faria e Almeida “estes números são elucidativos e é por isso que apostar na prevenção e no controlo da doença é tão crucial sob pena de estarmos a caminhar para uma verdadeira catástrofe. A medicina dentária tem um papel essencial para melhorar as condições de vida destes doentes, mas para isso é preciso que diabéticos, Estado e opinião pública percebam que quanto mais tarde agirmos maior será a fatura”.

DGS
“Tenho um critério para o heterossexual e outro diferente para o homossexual que tem coito anal, porque na população...

A Direção-Geral da Saúde (DGS) vai convidar nas próximas semanas três associações da sociedade civil, incluindo a ILGA – Portugal, para discutir novos critérios de triagem nos serviços de colheita de sangue, o que tem implicações nos dadores homo e bissexuais, atualmente proibidos de dar sangue por alegado risco de transmissão de infeções sexualmente transmissíveis, escreve o jornal Público.

As novidades são aguardadas desde 31 de Outubro do ano passado, prazo estabelecido pelo então secretário de Estado Fernando Leal da Costa para que a DGS e o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (ISPT) elaborassem uma norma de orientação clínica com novos “critérios nacionais de inclusão e exclusão de dadores”. A DGS e o IPST estão a trabalhar com base em recomendações de um grupo de trabalho que esteve debaixo de fogo por ter demorado dois anos e sete meses (de Dezembro de 2012 a Julho de 2015) a apresentar conclusões.

As reuniões na DGS devem dar origem a uma versão final da norma clínica, que depois passará por um período de três meses de discussão pública, antes de entrar em vigor. É de prever que ainda este ano os dadores homo e bissexuais passem a estar obrigados a períodos de abstinência sexual de seis a 12 meses.

Estudo
Um estudo liderado pelo neurocientista português Rui Costa desmontou uma tese científica, ao provar, numa experiência com...

"São dois circuitos no cérebro que se pensava que trabalhavam um contra o outro, um era bom, o outro era mau. São os dois bons, mas fazem coisas diferentes", assinalou o investigador-principal, da Fundação Champalimaud, em Lisboa.

Os dois circuitos cerebrais - via direta e via indireta - estão nos gânglios da base, localizados por baixo do córtex do cérebro e responsáveis pela coordenação motora, por comportamentos de rotina, pelas emoções e pela cognição, escreve o Sapo.

Julgava-se, segundo Rui Costa, que um dos circuitos, a via direta, 'dizia' que uma coisa era boa para ser feita, enquanto o outro, a via indireta, 'dizia' que causava repulsa.

Contudo, o estudo, publicado na revista Current Biology, concluiu que ambos os circuitos "são positivos, sinalizam que as coisas são boas", só que um, a via direta, está direcionado para uma ação intencional, e o outro, a via indireta, para uma ação de rotina.

Rui Costa deu o exemplo do elevador de um prédio. Aprende-se a carregar no botão, mas também se adquire o hábito de carregar no botão, ao ponto de nem sempre o botão corresponder ao piso que se pretende.

Na experiência, a equipa do neurocientista expressou uma proteína, a opsina, que responde à luz e ativa os neurónios (células do cérebro) de "uma forma específica", nas vias direta e indireta.

Os dois circuitos neuronais, com opsina, foram depois estimulados nos ratinhos com luz, que passava através de uma "fibra ótica muito fininha" colocada no cérebro dos roedores.

As vias direta e indireta eram ativadas sempre que os ratinhos eram desafiados a pressionar uma pequena alavanca.

Para surpresa dos cientistas, os roedores carregavam sempre na alavanca, mesmo quando era ativado o circuito, via indireta, que, supunham, os iria levar a fugir e a evitar repetir a ação.

O que aconteceu, relatou Rui Costa, é que os ratinhos pressionavam a mesma alavanca, e até uma outra diferente, de modo automático quando tinham a via indireta ativada. O mesmo não acontecia quando era ativado o outro circuito, a via direta, em que os ratinhos carregavam várias vezes na alavanca, mas depois, a dada altura, paravam 'intencionalmente' de o fazer.

Apesar de haver "pequenas diferenças, que podem ser gigantes", entre os cérebros humanos e os dos ratinhos, ressalvou Rui Costa, a experiência pode revelar-se, em seu entender, importante para o estudo e tratamento dos comportamentos aditivos e compulsivos, no sentido de se tentar ativar ou inibir mais um circuito ou o outro com medicamentos, para dar mais controlo às ações das pessoas com tais distúrbios.

Artrite Reumatóide
De acordo com o Instituto Português de Reumatologia estima-se que mais de 50 mil portugueses sofram

A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crónica, auto-imune, que pode provocar dores, inchaço, rigidez e perda da função em várias articulações do corpo, e pode atingir pessoas de qualquer idade. Por isso se acha que apenas os mais velhos sofrem com a doença, desengane-se.

A artrite reumatóide pode ainda provocar alterações na cartilagem, osso, tendões e ligamentos.

De acordo com o Instituto Português de Reumatologia “a artrite reumatóide afeta frequentemente os punhos e os dedos (com maior frequência nas articulações perto dos punhos)”, podendo, no entanto, atingir também os pés, ombros, joelhos, cotovelos, anca ou coluna.

Em casos menos frequentes, a inflamação pode atingir o revestimento dos pulmões (pleura) ou do coração provocando pericardite.

Embora a sua causa seja desconhecida, sabe-se que afeta três vezes mais mulheres que homens e estima-se que, em Portugal, existam entre 50 a 60 mil doentes.

Febre, fadiga intensa ou anemia são sintomas que podem estar associados à doença, dando o sinal de alerta.

O diagnóstico precoce, a prática de exercício físico e alguns cuidados alimentares permitem que o doente possa levar uma vida o mais normal possível.

De acordo com os especialistas, deve-se apostar no consumo de alimentos ricos em ómega-3 e ómega-6, um ácido gordo com propriedades anti-inflamatórias.

Por outro lado, é igualmente importante a ingestão de alimentos ricos em vitamina A, C, E e selénio que ajudam a fortalecer o sistema imunológico.

Peixe como o atum, sardinha, cavala e salmão são excelentes fontes de ómega-3. Para além de ajudar a prevenir inflamações, este alimento também funciona como um grande aliado no controlo do colesterol, na regeneração dos tecidos e na prevenção de doenças cardiovasculares.

Recomenda-se o consumo de 200 gramas de peixe, duas vezes pode semana.

Também rico em gorduras polinsaturadas, o óleo de soja é ainda uma ótima fonte de vitamina E. Para além de possuir uma ação anti-inflamatória e ajudar a regular os níveis de colesterol no organismo, atua na prevenção de doenças cardiovasculares e no combate dos radicais livres.

Outras fontes de ómega-3 recomendadas são as sementes de linhaça e canola.

O azeite e o óleo de onagra também exercem uma ação anti-inflamatória nas articulações, pelo que se aconselha o consumo de duas a três colheres por dia.

Quanto às vitaminas, a maioria das frutas e legumes é rica em vitamina C e A (betacaroteno), aconselhando-se o seu consumo diário.

Laranja, frutos silvestres, papaia, manga e banana são bons exemplos de fruta que deve incluir na sua dieta.

Também os legumes ou vegetais de folha verde escura devem ter um papel de destaque à mesa, uma vez que, para além de ricos em vitamina A e C, são boas fontes de potássio e ferro – importantes para regular o equilíbrio hídrico do organismo e para a formação de células sanguíneas.

O espinafre, por exemplo, é um alimento altamente nutritivo, rico em vitamina A, C e E, e em nutrientes como ómega-3, cálcio, ferro, potássio, flavonóides e carotenos, recomendando-se a ingestão de duas a três colheres de sopa por dia.

Importa ainda referir que se deve manter um peso adequado, na medida em que o excesso de peso agrava os sintomas da doença. Por um lado há uma sobrecarga nas articulações, por outro aumento da inflamação.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sistema digestivo
Os parasitas intestinais, são designados por helmintas que penetram no corpo, sendo capazes de viver

Nematodos

São parasitas cilíndricos, havendo cerca de 60 espécies capazes de viver no homem, sendo os mais conhecidos e frequentes, o Ascaris lumbricoides (lombriga), e o Enterobius vermicularis (oxiúre). São parasitas de corpo redondo e filamentoso não anelado cujo comprimento varia entre milímetros a 2 metros.

Ciclo de vida dos Nematodos

O ciclo de vida varia entre 2 espécies, o homem, hospedeiro principal e hospedeiros intermédios (pequenos animais como o caracol) e a infestação pode resultar da ingestão de alimentos contaminados. Os ovos são capazes de sobreviver anos no chão húmido, onde podem germinar formando-se larvas que atingem o ser humano quando ele ingere os alimentos contaminados.

As larvas podem passar à corrente sanguínea e disseminar-se por várias partes do corpo, como pulmões, retornando ao intestino onde atingem a fase adulta, que põe os ovos que são eliminados pelas fezes.

Sintomas da infestação por Nematodos

Os sintomas dependem da espécie infestante, podendo cursar assintomática. Uma infestação grave em crianças pode conduzir a um estado se deficiência nutricional, ao atraso no crescimento e mal-estar geral. Podem surgir:

  • Febre;
  • Cansaço;
  • Rash alérgico cutâneo (urticária);
  • Dores abdominais;
  • Sensação de enjoo, vómitos e/ou diarreia;
  • Obstrução abdominal;
  • Nervosismo.

Nos pulmões, podem ocasionar ruídos respiratórios, tosse, entre outros problemas. Podem ainda surgir sintomas específicos de cada tipo de parasita.

Prevenção e terapêutica da infestação por Nematodos

A base da prevenção da infestação por nematodes consiste nas melhorias sanitárias e educação populacional.

Nos países em que a infestação por nematodos é frequente, pode ser prevenida a infestação individual evitando ingerir alimentos crus, vegetais e saladas. As crianças não devem brincar em locais com condições sanitárias deficientes, em zonas em que as fezes humanas são usadas como fertilizantes. A lavagem das mãos é indispensável antes e após comer, beber ou tocar em alimentos, ir ao toilete ou mudar fraldas.

Oxiuríase

É provocada por Enterobius vermicularis, que afeta muitas crianças atingindo também o adulto, podendo ser facilmente identificado pelo farmacêutico e tratado com Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM). Pode afetar cerca de 20% das crianças, atingindo 65% da população institucionalizada.

Os oxiúres são parasitas pequenos, finos, brancos entre 2 mm e 13 mm de comprimento que infetam os intestinos.

Ciclo de vida dos Oxiúros e transmissão da infestação

Os oxiúros vivem cerca de 5-6 semanas nos intestinos. A infestação resulta da ingestão de ovos que atingem a fase matura nos intestinos. Após acasalamento, o macho morre e a fêmea desloca-se para o cego e reto e coloca os ovos durante a noite na área perianal ficando presos à mucosa e à pele. Os ovos que aí permanecem podem transformar-se em larvas que retornam ao intestino. O prurido ocasionado pelos ovos na região perianal provoca coceira e transferência dos ovos para as mãos seguidas de ingestão. Este ciclo perpetua a infestação no mesmo indivíduo, podendo ser transmitido a terceiros através de objetos contaminados, como roupa da cama, vestuário, etc.

Os ovos podem sobreviver até 2 semanas fora do corpo e, os que caem do ânus ficam na roupa individual e da cama podendo, ao serem dispersos, passar a contaminar a poeira da casa e o chão e ser inalados por terceiros. Nas instituições a transmissão é facilitada pelo contato entre as pessoas.

Sintomas de Oxiuríase

O sintoma mais desagradável é o prurido e o desconforto na região perianal, que pode acordar o doente durante a noite e provocar insónia. Pode ocorrer redução do apetite e perda de peso. A coceira pode ferir o ânus e, quando a infestação é intensa pode surgir dor anal e provocar irritação. No género feminino, quando o tratamento não é atempado pode ocasionar vaginite. O parasita pode colocar ovos na vagina ou uretra, pelo que o médico deve observar a mulher com sintomas de corrimento vaginal, cama molhada ou problemas urinários.

Identifica-se a infestação pela presença dos parasitas brancos de cerca de 1 cm sobre as fezes e por vezes sem volta do ânus e ainda, pelo prurido anal.

Pode suspeitar-se de oxiuríase quando há prurido anal intenso durante a noite e, para confirmar a presença de ovos, pode colocar-se um adesivo na região anal à noite que, quando retirado de manhã, é observado ao microscópio para identificação de ovos e eventualmente larvas.

Aconselhamento ao doente com Oxiuríase

O tratamento inclui medicamentos e medidas de higiene pessoal para evitar a manutenção do ciclo de infestação e de infestação de terceiros.

As recomendações gerais para pessoas com oxiuríase podem resumir-se da seguinte forma:

  • Tomar duche todas as manhãs para remover os ovos e bactérias da região anal;
  • Lavar bem as mãos e debaixo das unhas após cada ida ao toilete e antes de cada refeição;
  • Mudar diariamente a roupa interior;
  • Mudar frequentemente os lençóis da cama, especialmente todas as semanas após o tratamento;
  • Manter as unhas curtas;
  • As crianças devem dormir de luvas de algodão quando dormem;
  • Limpar bem a casa, especialmente os quartos e toiletes, removendo bem todo o pó;
  • Não comer no quarto;
  • Todos os membros do agregado familiar que estejam infestados devem ser tratados no mesmo dia;
  • Evitar os alimentos e bebidas muito açucaradas e ingerir alimentos ricos em fibra para evitar obstipação.

Oxiuríase e a criança na escola

A criança com oxiuríase pode ir à escola mas devem ser mantidas as medidas de higiene para que ela não tenha ovos nos dedos e unhas, devendo reforçar-se a higiene antes de sair para a escola para não contaminar terceiros.

Tratamento pelas medidas de higiene

Dado que a medicação mata os parasitas mas não os ovos, que podem sobreviver 2 semanas, as medidas de higiene devem manter-se durante este período de tempo para evitar a ingestão ou inalação dos ovos. Na presença de infestação num elemento do agregado familiar, todo o agregado deve ser tratado ao mesmo tempo, mesmo indivíduos assintomáticos, para que haja erradicação da infestação.

Os bebés até 3 meses de idade devem ser sujeitos só a medidas de higiene.

Como medidas de higiene é fundamental primeiro destruir os ovos que estão em casa, através das seguintes medidas:

  • Lavar a roupa de dormir e de cama, as toalhas e brinquedos, o que pode ser feito à temperatura normal desde que a lavagem seja efetiva;
  • Aspirar bem a casa e lançar fora o saco após o uso. As camas e os locais onde as crianças brincam devem merecer uma atenção especial;
  • Lavar muito bem as casas-de-banho e todas as superfícies com um pano molhado em água quente e deitar fora o pano depois de utilizado;
  • Lavar toda a loiça muito bem, particularmente talheres e bancadas de cozinha.

Depois, todos os membros do agregado familiar devem ter os seguintes cuidados, durante 2 semanas:

  • Vestir cuecas e pijama de calças justas mudando-os todas as manhãs. Isto evita que se coce durante o sono e que toque no ânus, assim como evita que os ovos passem facilmente para a roupa da cama. Se necessário, pode dormir com luvas de algodão;
  • Tomar banho todas as manhãs ou lavar em torno do ânus para retirar os ovos que estejam depositados. A lavagem efetua-se mal se levante da cama;
  • Mudar e lavar a roupa de dormir diariamente.

Medidas de higiene pessoal para evitar que se contamine de novo:

  • Lavar as mãos e esfregar bem debaixo das unhas, nas seguintes ocasiões: logo que se levanta de manhã, após usar o toilete, após mudar a fralda, antes de comer ou de preparar alimentos;
  • Não roer as unhas ou colocar dedos na boca e desencorajar as crianças a que o façam;
  • Não partilhar toalhas;
  • Manter as escovas dos dentes dentro de armário fechado e lavá-las antes de as utilizar.

Note-se que pode não ser a casa a principal fonte de contaminação, mas a escola, particularmente se os toiletes forem limpos inadequadamente, podendo ser esta a causa da criança manter a infestação.

Oxiuríase e gravidez

Durante o primeiro trimestre da gravidez não devem ser tomados anti-helmínticos, no entanto as medidas de higiene podem ser efetivas.

Como os parasitas morrem ao fim de 6 semanas, desde que não se ingiram de novo, ovos ou larvas, evita-se a reinfestação. Assim, se as medidas de higiene forem mantidas durante 6 semanas pode quebrar-se o ciclo de reinfestação pela libertação dos oxiúros pelos intestinos.

Durante o 2º e 3º trimestre, o médico decide se é adequada a terapêutica medicamentosa, administrando-se habitualmente o mebendazol.

Oxiuríase e amamentação

Durante a amamentação, o tratamento de escolha são também as medidas de higiene, mantidas durante 6 semanas. Colocando-se a questão do tratamento medicamentoso, o médico recomenda habitualmente o mebendazol.

Ascaridíase

Provocada pelo Ascarides lumbricoides (lombriga), parasita que infesta o homem numa prevalência muito inferior à oxiuríase provocando consequências mais prejudiciais. Na suspeita desta infestação o doente deve ser dirigido para o médico embora possa ser tratado com MNSRM.

É uma infestação menos fácil de identificar do que a oxiuríase.

Os ovos são ingeridos através dos alimentos e da água contaminados com fezes e eclodem nos intestinos. As larvas passam pela corrente sanguínea e sistema linfático migrando para o pulmão, fígado, traqueia e esófago, regressando aos intestinos. As infestações ligeiras podem ser assintomáticas mas as graves podem ocasionar perturbações intestinais graves e por vezes fatais. 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
7 de Abril - Dia Mundial da Saúde
A aTTitude assinala o Dia Mundial da Saúde com um concurso de fotografia sob o mote “Eu sou o chef”. A IPSS pretende com este...

O concurso de fotografia “Eu sou o chef” é promovido no âmbito do projeto Nutrição Oncológica, da IPSS aTTitude, e é dirigido à população em geral, doentes e familiares. 

"Numa altura em que os mais recentes estudos indicam que 1 em cada 4 portugueses morre de cancro, achamos bastante pertinente promover desafios que alertem para este flagelo e que ao mesmo tempo promovam a literacia em saúde, principalmente na área do cancro. É importante que os nossos doentes saibam como minimizar os efeitos dos tratamentos e como alcançar uma melhor qualidade de vida na doença”, explica a Presidente da Direção da aTTitude, Bibi Sattar.

O concurso “Eu sou o chef” desafia o participante a confecionar um dos pratos do livro “Receitas Deliciosas para Doentes Oncológicos em Tratamento” e a registar o momento com uma fotografia, com o objetivo de homenagear as lutas diárias de um doente oncológico e a assinalar o Dia Mundial da Saúde.

As participações deverão ser enviadas entre os dias 7 e 21 de Abril para o endereço eletrónico [email protected]. As 10 melhores fotografias selecionadas serão colocadas a votação na Página de Facebook Nutrição Oncológica, entre os dias 28 de Abril e 12 de Maio.

Os vencedores do concurso serão brindados com os seguintes prémios:

1º Prémio: Jantar para 2 pessoas no restaurante do respetivo chef do prato confecionado pelo vencedor;

2º Prémio: 1ªconsulta e consulta de seguimento de nutrição oncológica com a Dra. Ana Rita Lopes;

3º Prémio: Cabaz de produtos selecionados pela nutricionista Dra. Ana Rita Lopes.

O livro “Receitas deliciosas para doentes oncológicos em tratamento” assenta em princípios básicos e flexíveis da nutrição, que ajuda cada doente a conseguir encontrar a alimentação ou ementa adequada a cada momento e tratamento da sua doença, por forma a ultrapassar as barreiras da tolerância alimentar e a manter os níveis de energia e defesas.

Saiba mais sobre o regulamento do concurso e como participar em: https://www.facebook.com/Nutri%C3%A7%C3%A3o-Oncol%C3%B3gica-1508549639439303/?fref=ts

Assembleia da República
A mais antiga associação de pessoas com Diabetes do mundo vai estar em audiência com o presidente da Assembleia da República,...

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) centra-se no flagelo que representa a diabetes para pedir à Assembleia da República (AR) que seja assinalada com a adoção de medidas que integrem a APDP no Serviço Nacional de Saúde, a exemplo das soluções previstas na legislação em vigor (nomeadamente Decreto-Lei nº 138/2013, de 9 de Outubro, artigo 2º, nº 1, alínea b).

São algumas das razões apontadas para assinar (aqui http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT80565):

  • Como instituição de cuidados diferenciados, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, tem desempenhado um papel crucial na prevenção e no tratamento da diabetes, por meio da contratualização normalmente anual da prestação de serviços com as Administrações Regionais de Saúde. No entanto, o aumento exponencial de solicitações e o carácter disperso das populações que se lhe dirigem são, cada vez menos, consentâneos com acordos que não possuam uma dimensão ou uma garantia sistémicos.
  • A Associação ocupa o primeiro lugar entre os nove centros mundiais de educação terapêutica (International Diabetes Federation Education Center) e é um centro colaborador da Organização Mundial da Saúde.
  • A Lei de Bases da Saúde, aprovada pelo Decreto-lei nº 48/90, de 24 de Agosto, com as alterações introduzidas pela Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro, consagrou um modelo misto de saúde, em que releva a complementaridade da economia social na prestação de cuidados de saúde;
  • Completando, no próximo dia 13 de maio, 90 anos de existência, o papel histórico da Associação na promoção da saúde pública tem sido amplamente reconhecido;
  • É geralmente reconhecido que a intervenção na diabetes deverá iniciar-se com a prevenção primária, visando a prevenção e o retardamento da doença, a que se seguirá a prevenção secundária, tendente ao diagnóstico precoce e ao tratamento, e a prevenção terciária, destinada a evitar a progressão da doença e a promover o tratamento das complicações tardias;
  • Os dados apresentados pelo Relatório do Observatório Nacional da Diabetes (“Diabetes, Factos e Números – 2015”) revelam, quanto ao ano de 2015, uma prevalência da diabetes, para a população entre os 20 e os 79 anos, de 13,1%, o que corresponde a mais de 1 milhão de pessoas, das quais 43% ainda não diagnosticadas;
  • A Diabetes é uma doença que afeta massivamente a humanidade, prevendo-se que, em menos de 20 anos, atinja, no mundo, 642 milhões de pessoas.
Universidade do Porto
Investigadores da Faculdade de Ciências da Nutrição e da Alimentação da Universidade do Porto estão a verificar os níveis de...

Com o projeto "Nutrition UP 65 - nutritional strategies facing an older demography" os responsáveis pretendem conhecer o estado nutricional da população idosa portuguesa acima dos 65 anos e, com base nos dados recolhidos, transmitir informação sobre alimentação e nutrição aos profissionais de saúde, cuidadores e idosos.

Em depoimentos, o investigador Nuno Borges disse que "há suspeitas de que em Portugal possa haver um nível excessivamente elevado de pessoas com défice de vitamina D", com base em estudos realizados em países com condições semelhantes.

A carência desta vitamina, principalmente na população idosa, pode levar a problemas ósseos, visto que a sua ausência torna o osso mais frágil e mais suscetível de partir.

"Contrariamente a todas as outras", a vitamina D pode ser produzida através da exposição solar, no entanto, segundo o investigador, num país com as características de Portugal, a síntese entre outubro e abril é "praticamente inexistente".

A sua síntese depende da duração da exposição ao sol, do tom da pele da pessoa (quanto mais escura a cor da pele mais difícil é a síntese) e da inclinação dos raios solares, explicou.

De acordo com o investigador, este assunto é matéria de debate entre nutricionistas e dermatologistas "porque a mesma radiação que sintetiza a vitamina D é responsável, a longo prazo, pela incidência de melanoma, a forma mais grave de cancro de pele".

Quando a quantidade sintetizada não é suficiente, o organismo consegue aproveitar alguma vitamina D que vem da alimentação, embora sejam muito poucos os alimentos que a contêm.

A grande fonte encontra-se no peixe gordo - sardinha, cavala, salmão e atum - mas para atingir os níveis recomendados "implicaria um consumo quase diário", o que "não é desejável", esclareceu Nuno Borges.

Outras opções são a gema de ovo, o fígado e o óleo fígado de bacalhau - estes últimos dois ricos em vitamina D, mas pouco tolerados e pouco consumidos -, acrescentou.

A existência de produtos reforçados com esta vitamina, nomeadamente o leite (em prática em alguns países do Norte) e o sumo de laranja (já aplicado nos Estados Unidos), pode ser outra alternativa, indicou o investigador.

Esta solução é, no entanto, incompleta, visto que a "fortificação por esse método só atingiria as pessoas que bebem leite" e em Portugal o consumo deste produto "tem diminuído 10% por ano".

Nuno Borges acredita anda que a última possibilidade é o recurso a medicação que contenha vitamina D, que pode ser tomada durante os meses de maior carência, ou seja, de outubro a março/abril.

O projeto "Nutrition UP 65" é coordenado por Teresa Amaral e conta com a participação de investigadores e assistentes de investigação da Faculdade de Ciências da Nutrição e da Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), do Departamento para a Pesquisa do Cancro e Medicina Molecular da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia e da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE.

Iniciado em abril de 2015, vai ser finalizado em abril de 2017, e foi financiado pelo EEAGrants - Programa Iniciativas de Saúde Pública - em 519 mil euros, tendo sido 15% desse montante assegurado pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.

Estudo
O Governo dos EUA publicou os resultados de um estudo que conclui que as alterações climáticas terão efeitos nocivos na saúde...

O estudo, levado a cabo durante três anos por várias agências federais, indica que no verão de 2030 vão registar-se mais 11 mil mortes em comparação com os números atuais por causa do “calor extremo”, e que em 2100 o número de mortes adicionais devido às altas temperaturas ascenderá a 27 mil, caso não seja feito um esforço “acelerado” para suspender as alterações climáticas.

A Casa Branca apontou o aumento das doenças transmitidas por insetos e a redução do valor nutricional dos alimentos como exemplos de perigos derivados das mudanças climáticas para os seres humanos.

"A necessidade de passar à ação contra as alterações climáticas é muito explícita quando se olha para a saúde pública. Não se trata apenas dos glaciares e dos ursos polares. É sobre a saúde dos nossos filhos”, disse, na apresentação do estudo, a administradora da Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos, Gina McCarthy.

O relatório aponta a necessidade de ir além dos acordos alcançados em Paris em dezembro do ano passado por quase 200 países em relação à luta contra as alterações climáticos, ao considerar que estes são insuficientes para evitar grande parte das consequências.

Diretor-geral da Saúde anuncia
A linha de cessação tabágica vai arrancar no dia 20 de maio, na mesma altura em que começam a ser postos à venda maços de...

Mais de um ano após a primeira data anunciada pelo Governo para o arranque da linha de cessação tabágica, e após sucessivos adiamentos, este serviço volta a ter nova data prevista.

“No dia 20 de maio vamos pôr em funcionamento a linha de cessação tabágica, de acordo com a diretiva europeia que já foi transposta para a lei nacional, e vamos adotar medidas que possam ser acedidas pelos portugueses”, disse aos jornalistas, no final de um encontro sobre medidas de saúde a adotar no verão.

O diretor-geral da Saúde especificou que a linha entra em funcionamento na mesma altura em que os maços de tabaco vão passar a ter imagens chocantes e frases de alerta sobre os riscos de fumar para a saúde.

Da embalagem de tabaco constará igualmente a linha telefónica para a qual o fumador deve ligar para obter informações e ajuda sobre programas disponíveis para ajudar a deixar de fumar.

A nova legislação, que foi publicada em agosto em Diário da República e entrou em vigor no início de janeiro, determina que as embalagens de produtos de tabaco para fumar (como cigarros, tabaco de enrolar e tabaco para cachimbo de água) devem apresentar “advertências de saúde combinadas”, que incluem texto e fotografia a cores.

Algumas das opções constantes da “biblioteca de imagens” consistem em pulmões e línguas com tumores malignos, pessoas amputadas, mortas dentro de sacos ou em camas de hospital, uma mulher a cuspir sangue ou um bebé a fumar através de uma chucha.

Estas imagens são acompanhadas de frases de alerta, entre as quais “fumar provoca 9 em cada 10 cancros do pulmão”, “fumar provoca cancro da boca e da garganta”, “fumar provoca acidentes vasculares cerebrais e incapacidades”, “fumar agrava o risco de cegueira” e “os filhos de fumadores têm maior propensão para fumar”.

Além disto, passa a ser obrigatório as embalagens conterem duas advertências: “Fumar mata – deixe já” e “O fumo do tabaco contém mais de 70 substâncias causadoras de cancro”.

Ao todo, as advertências combinadas (texto e imagens) passam a ocupar 65% das embalagens, no caso dos maços de cigarros, em ambas as faces.

A nova rotulagem vai começar a ser usada nos maços a partir de 20 de maio, sendo no entanto estabelecido ainda um período de um ano (até 20 de maio de 2017) para escoar as embalagens antigas.

A linha de cessação tabágica foi anunciada pela primeira vez no fim de agosto de 2014, com data prevista de arranque para final do mês seguinte (setembro).

No final de novembro, o então secretário de Estado da Saúde Leal da Costa anunciou para o início de 2015 o arranque da linha de cessação tabágica, bem como a revisão da lei do tabaco.

Em abril desse ano, a linha ainda não estava a funcionar e o Ministério da Saúde anunciou novamente o seu arranque para o dia 31 de maio, Dia Mundial Sem Tabaco.

No entanto, no final desse mês foi tornado público pela tutela que a linha de cessação tabágica ficaria afinal a aguardar a lei do tabaco, para fazer coincidir o seu lançamento com a publicação da legislação.

O diploma foi publicado em agosto e entrou em vigor em janeiro de 2016, mas a linha de cessação tabágica continuou sem existir.

Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis
A Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis está a assinalar esta semana o Dia Mundial da Saúde com a realização de caminhadas,...

A prevenção da diabetes é o principal objetivo das “práticas e atividades saudáveis” que vão decorrer em 11 municípios inscritos na rede, uma vez que foi este o tema escolhido este ano pela Organização Mundial de Saúde para as comemorações deste dia.

Caminhadas, ateliês temáticos, rastreios de saúde e aulas de ginástica são algumas das atividades previstas, e que visam contrariar “os fatores de risco associados à grande maioria das doenças crónicas”, explicou a organização em comunicado.

A Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis (RPMS) foi criada em 1997, com o objetivo de desenvolver o projeto ‘Cidades Saudáveis’, que promove a saúde de uma forma geral e, segundo o site da associação, se centra “na importância dos condicionantes da saúde na melhoria da qualidade de vida da população das comunidades locais”.

Atualmente, a rede é composta por 30 municípios para os quais a promoção da saúde é assumida “como uma prioridade da sua agenda política”.

Infarmed
O Infarmed, em colaboração com o Titular de AIM, vai retirar do mercado o medicamento Locabiosol 125 microgramas, solução para...

Esta decisão decorre do risco de reações alérgicas graves e há evidência limitada dos benefícios do medicamento.

Assim, o Infarmed esclarece o seguinte:

- Esta decisão será implementada em todos os estados membros da União Europeia; 
- Em Portugal, a data efetiva da retirada do mercado será comunicada até ao final do mês de abril;
- Os profissionais de saúde devem aconselhar os doentes sobre os tratamentos alternativos, caso seja necessário;
- Os doentes devem recorrer aos profissionais de saúde em caso de dúvida. Para mais informação sobre esta decisão, consulte a informação anteriormente divulgada.

O Infarmed continuará a acompanhar e a divulgar todas as informações pertinentes relativas a esta matéria.

Combate ao cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro decidiu criar um prémio nacional a atribuir a personalidades que durante a vida se destacaram...

A decisão foi anunciada pelo presidente desta instituição, Vítor Veloso, durante a sessão comemorativa dos 75 anos da Liga Portuguesa contra o Cancro, que contou com intervenções do próprio Sobrinho Simões, do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Vítor Veloso explicou que o prémio será anual e "terá cada ano um nome, que será o seu patrono", acrescentando: "Este ano será denominado professor doutor Manuel Sobrinho Simões". O anúncio foi recebido com uma salva palmas pelos presentes no auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Por sua vez, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que vai condecorar a Liga Portuguesa contra o Cancro com a Ordem do Infante D. Henrique.

O chefe de Estado referiu que a missão de utilidade pública da Liga Portuguesa contra o Cancro "foi reconhecida em 1966, quando agraciada com a Ordem da Benemerência, e em 2006, quando agraciada com a Ordem de Cristo".

"E eu decidi, como primeira condecoração no início do mandato presidencial, agraciar com a Ordem do Infante Dom Henrique que será entregue no termo da celebração dos 75 anos", acrescentou o Presidente da República.

Observatório Nacional das Doenças Respiratórias
Quarenta e sete pessoas morrem, em média, por dia em Portugal por doenças respiratórias, com os cancros e as pneumonias a serem...

Dados do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR) mostram que só em 2014 estas patologias foram responsáveis por 70 mil internamentos, o que corresponde a 12% do total de internamentos hospitalares.

Num período de 10 anos, entre 2005 e 2014, os internamentos por doenças respiratórias apresentaram um crescimento de 2,4%, superior ao 1,6% registado no total da área da medicina.

“Dados estatísticos disponíveis continuam a apontar para um peso enorme das doenças respiratórias, em incidência e prevalência, em número de internamentos hospitalares e em número de óbitos. Mais, em muitos grupos nosológicos, como as pneumonias e os cancros, os números não só persistem como se têm vindo a agravar ao longo dos 12 anos que temos analisado nestes relatórios”, refere o Observatório.

Quanto aos óbitos, entre 2009 e 2013 houve um aumento da mortalidade por doenças respiratórias de 11,8%, enquanto no mesmo período a mortalidade global mostrou uma tendência de estabilidade (redução de 0,99%).

Só a mortalidade por os tumores malignos respiratórios cresceram 21% e por pneumonia houve um aumento de 27%.

“Os dois principais problemas em saúde respiratória parecem ser os tumores malignos e as pneumonias, justificando estratégias de controle específicas”, indica o Observatório.

Aliás, no relatório sobre Doenças Respiratórias da Direção-geral da Saúde apresentado no mês passado, Portugal surge como o segundo país da Europa com a mais elevada taxa de mortalidade padronizada por pneumonia, colocando o país “mal na fotografia.

De um conjunto de 23 países europeus da OCDE, Portugal apenas é ultrapassado pela Eslováquia, que surge como o Estado com maior taxa de mortalidade por pneumonia.

Já o relatório do Observatório refere que as pneumonias, como diagnóstico principal, representam 40% dos internamentos da área respiratória e o seu peso é “particularmente significativo” nos mais idosos (acima dos 79 anos), onde aumentaram 142% em 10 anos.

Estes dados levaram o Observatório a realizar, em parcerias, estudos mais específicos sobre a pneumonia. Ainda que haja uma relação entre o Inverno, epidemias de gripe e pneumonias, o estudo realizado mostrou “uma maior taxa de mortalidade nos casos que ocorrem em meses de Verão, sublinhando a gravidade dessas situações”

“Tudo aponta para que um fator de perigosidade é o tempo que decorre entre o início dos sintomas, o diagnóstico e o início da terapêutica. Para melhorar este indicador é crucial a educação da população, a sensibilização dos profissionais de saúde e a acessibilidade aos serviços de saúde”, defende o Observatório, que volta a propor a criança de uma Via Verde das Pneumonias, para acelerar sinalização e correto tratamento dos doentes.

António Carvalheira Santos, da Fundação Portuguesa do Pulmão, admite que os fatores socioeconómicos e as fracas condições de habitabilidade em Portugal possam estar ligados com a elevada prevalência de pneumonias e com as altas taxas de mortalidade.

Acresce ainda que as pneumonias na população mais velha não geram muitas vezes os mesmos sintomas do que noutras faixas etárias, o que dificulta o diagnóstico.

O relatório aponta ainda para a escassez do número de pneumologistas em Portugal e sobretudo para a forma irregular como está distribuído em Portugal, com um défice sentido sobretudo a sul do Tejo.

Teles de Araújo, presidente do Observatório, considera que o rácio de um pneumologista por 25 mil portugueses “é razoável”, apontado sobretudo para a má distribuição de especialistas, que estão concentrados sobretudo na área metropolitana de Lisboa, do Porto e na região Centro.

Este médico refere ainda a insuficiência de enfermeiros e de camas hospitalares, situações que urge ver resolvidas para melhorar cuidados.

“Há seguramente um défice de camas hospitalares, ao contrário do que muitas vezes é afirmado, não se compreendendo a diminuição do número de camas verificada entre 2000 e 2012. Não podemos deixar de referir, ao falar de camas hospitalares, o gritante défice de camas de cuidados continuados e paliativos, para o qual temos repetidamente chamado a atenção. Ao tratarmos populações envelhecidas, sofrendo de múltiplas doenças crónicas é absolutamente imperioso que esta deficiência seja corrigida”, conclui o relatório do Observatório.

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