Estudo revela

9 em cada 10 adultos com mais de 50 anos refere não estar vacinado contra a pneumonia

A Ipsos MORI publicou as conclusões para Portugal do PneuVUE® (Adult Pneumonia Vaccine Understanding in Europe – Conhecimento da vacinação contra a pneumonia para adultos na Europa), um dos maiores inquéritos sobre o conhecimento da pneumonia, envolvendo mais de 9,000 pessoas com idade igual ou superior a 50 anos de 9 países da União Europeia (Reino Unido, Alemanha, França, Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Áustria e República Checa), tendo sido entrevistados 1001 adultos no nosso país.

Algumas formas de pneumonia podem ser preveníveis através da vacinação. No entanto, o estudo PneuVUE® conclui que apenas 23% dos inquiridos estão preocupados com o risco de ter pneumonia, e que só 4 em cada 10 sabe que podem vacinar-se contra a doença.

Os inquiridos referem a doença cardíaca (61%) e os acidentes rodoviários (21%) como responsáveis pelo maior número de mortes em Portugal, comparativamente com a pneumonia (5%) e a gripe (1%). Na realidade, a pneumonia é responsável por 8 vezes mais mortes do que os acidentes rodoviários e 135 vezes mais mortes do que a gripe.

“Apesar da proteção conferida pela vacinação, continuamos a assistir a um número inaceitável de casos e de mortes causado por uma doença que é prevenível”, afirma a Dra. Jane Barratt, Secretária Geral da Federação Internacional sobre o Envelhecimento. “A pneumonia pode afetar qualquer um, mesmo quem leva uma vida saudável. É necessária uma comunicação eficaz entre médicos e doentes, de modo a assegurar que as pessoas com mais de 65 anos, ou que sofram de doenças crónicas, como é o caso da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), da Asma, da infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), ou da Diabetes, possam receber a proteção de que precisam”.

Em Portugal, 84% dos inquiridos que disseram estar vacinados contra a pneumonia, afirmaram tê-lo feito no seguimento de aconselhamento médico, o que reforça a importância da educação pelos profissionais de saúde na proteção dos grupos de risco. O mecanismo que mais frequentemente conduz à vacinação contra a pneumonia é a recomendação pelo médico. Dos inquiridos vacinados contra a pneumonia, 71% indicaram recomendação pelo médico de Medicina Geral e Familiar, e 20% foram aconselhados por outro médico especialista. Por outro lado, 55% das pessoas que ainda não fizeram uma vacina indicaram a falta de indicação pelo médico como o principal motivo pelo qual ainda não foram vacinados.

Há falta de informação sobre a prevenção da pneumonia
Para os inquiridos, apesar de ser considerada eficaz, a vacinação não surge no topo da lista dos meios de prevenir a pneumonia. A vacinação ficou atrás de medidas de prevenção como "manter-se em forma e saudável" (92%), "não fumar" (87%), "usar roupas quentes” (69%) e “evitar períodos longos em salas com ar condicionado” (64%).

A pneumonia é uma infeção grave de um ou ambos os pulmões, causada por bactérias, vírus ou fungos e pode afetar qualquer pessoa, mesmo aqueles que praticam exercício físico, se alimentam de forma saudável e tomam cuidado com a sua saúde. A bactéria que mais frequentemente causa Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) é o Streptococcus pneumoniae. O risco de pneumonia aumenta com a idade, com a existência de uma doença crónica, com situações de imunocompromisso ou com alguns hábitos de vida, tais como o tabagismo. Pessoas com risco acrescido de pneumonia, devem aconselhar-se com o seu médico.

Para saber mais sobre o estudo PneuVUE® (Adult Pneumonia Vaccine Understanding in Europe – Conhecimento da vacinação contra a pneumonia para adultos na Europa), por favor descarregue o relatório aqui

Fonte: 
Multicom
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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