Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje que a epidemia do vírus Ébola na África ocidental deixou de ser uma situação...

"A epidemia de Ébola na África ocidental já não representa uma emergência de saúde pública de alcance internacional", declarou a diretora da OMS, Margaret Chan, numa conferência de imprensa em Genebra.

A epidemia de Ébola que surgiu em 2013, o mais mortal dos surtos da doença tropical, foi declarada emergência internacional em agosto de 2014 e fez, até finais de 2015, mais de 11.300 mortos, a maioria na Guiné-Conacri, na Libéria e na Costa do Marfim, em cerca de 28.000 casos registados.

Chan sublinhou que esses três países da África ocidental continuam vulneráveis a um ressurgimento do vírus, como é o caso do que se está a registar na Guiné-Conacri, onde há vários casos em observação e cinco pessoas já morreram.

O risco de alastramento internacional é agora baixo, e os países têm atualmente capacidade para responder rapidamente a novas emergências do vírus”, disse a dirigente da agência especializada das Nações Unidas para a Saúde Pública.

A responsável alertou ainda para os perigos de complacência em relação ao vírus, que continua “no ecossistema” na África ocidental, e insistiu em que a vigilância é fundamental, incluindo resposta rápida a novos casos.

“Particularmente importante será garantir que as comunidades podem rápida e totalmente participar em qualquer resposta futura e que futuros casos são rapidamente isolados e tratados”, acrescentou Margaret Chan.

7 de abril – Dia Mundial da Saúde
Por ocasião do Dia Mundial da Saúde, que se assinala a 7 de abril, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia deixa um alerta: há...

1) Perda súbita da acuidade visual – Começar a ver de forma “enevoada” ou perder capacidade de visão subitamente poderá comprometer irreversivelmente a visão, constituindo uma das causas mais importantes de urgência em oftalmologia. “Nestas situações, alguns dos passos mais relevantes do exame oftalmológico são o despiste de oclusão vascular retiniana, descolamento de retina, neuropatia ótica e perda da transparência dos meios, como é o caso do hemovítreo. Para este grupo de patologias, a coexistência de doenças sistémicas poderá ser particularmente relevante”, explica Rita Flores, secretária geral da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO). “Nos casos em que existe perda gradual da acuidade visual, a observação atempada em consulta está indicada, sendo que doenças como a catarata, o glaucoma ou doença retiniana crónica devem ser excluídos”, acrescenta a especialista

2) Olho vermelho – Caso a situação seja aguda deverá merecer especial atenção, “uma vez que pode ser a forma de apresentação de inúmeras patologias oculares, desde afeções das pálpebras e anexos, conjuntiva, córnea, inflamações intraoculares ou glaucoma agudo, este último associado a dor ocular e a baixa da acuidade visual”, refere Rita Flores. A associação frequente de olho vermelho crónico, prurido e ardor são frequentemente atribuídas ao olho seco e à alergia ocular.

3) Dor ocular - É um sintoma que frequentemente motiva a observação oftalmológica, sendo a sua caraterização, quanto à localização, intensidade e sintomatologia acompanhante, essencial para o diagnóstico. “A dor mais intensa poderá corresponder a maior gravidade do quadro, como por exemplo uveíte, glaucoma agudo ou lesão da córnea”, alerta a oftalmologista.

4) Traumatismo ocular – Os ferimentos nos olhos carecem de observação por um especialista “sempre que existir perda da acuidade visual, dor moderada a intensa, suspeita de perfuração do globo ocular ou corpo estranho intraocular”, afirma a secretária geral da SPO. “Após existir um contacto com produto químico, a irrigação ocular abundante e imediata influencia significativamente o prognóstico, e posteriormente a observação da superfície ocular permite a exclusão de lesões que possam comprometer a função visual”, conclui.

A SPO lembra ainda que em benefício da saúde ocular, qualquer sintoma agudo ou persistente inexplicado deve motivar a procura de um oftalmologista para esclarecimento e encaminhamento adequado da situação.

Apoiado pela Gulbenkian
Até 50 cientistas em início de carreira vão receber bolsas de 650 mil euros ao abrigo de um programa internacional apoiado pela...

O programa internacional, que se destina a investigadores de topo em início de carreira em vários campos da investigação biomédica, é uma iniciativa do Howard Hughes Medical Institute (HHMI) e tem o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação Bill & Melinda Gates e do Wellcome Trust.

"Estamos muito satisfeitos que se juntem a nós nesta iniciativa a Bill & Melinda Gates Foundation, o Wellcome Trust e a Fundação Calouste Gulbenkian", disse o presidente do HHMI, Robert Tjian, citado num comunicado da Gulbenkian.

"Cada uma destas organizações partilha o compromisso de construir capacidade científica internacional, identificando e apoiando cientistas de excelência em início de carreira que têm o potencial de se tornarem líderes científicos", acrescentou.

A cada um dos 50 cientistas selecionados será atribuída uma bolsa de 650 mil dólares, ao longo de cinco anos.

As candidaturas são abertas a cientistas que tenham feito formação nos Estados Unidos ou no Reino Unido durante pelo menos um ano.

Os cientistas só serão elegíveis se tiverem os seus laboratórios há menos de sete anos em países que não façam parte do G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) e que não sejam alvo de sanções por parte dos EUA.

Os cientistas a trabalhar em Portugal são elegíveis neste concurso, cujas candidaturas devem ser apresentadas até 30 de junho, sendo os finalistas anunciados em abril de 2017.

"Uma das nossas áreas estatutárias diz respeito à Ciência e à disseminação do conhecimento científico. Em parte, alcançamos este objetivo contribuindo para o desenvolvimento de jovens cientistas promissores, com um potencial extraordinário para melhorar a condição da humanidade, através de descobertas nas ciências básicas, favorecendo a saúde e melhorando a qualidade de vida", disse José Neves Adelino, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian que também preside à Comissão de Gestão do Instituto Gulbenkian de Ciência.

Com sede em Chevy Chase, Maryland, EUA, o Howard Hughes Medical Institute é o maior financiador privado de investigação biomédica nos Estados Unidos.

Em 2012, a instituição selecionou um primeiro grupo de 28 cientistas em início de carreira que representavam 12 países e que foram escolhidos entre 760 candidatos.

Neste grupo contam-se cinco investigadores a trabalhar em Portugal: Karina B. Xavier e Miguel Godinho Ferreira do Instituto Gulbenkian de Ciência, Luísa M. Figueiredo do Instituto de Medicina Molecular, Megan R. Carey e Rui M. Costa do Centro de Investigação para o Desconhecido da Fundação Champalimaud.

O português Pedro Carvalho, a trabalhar no Centro para a Regulação Genómica, em Barcelona, também foi selecionado.

Distúrbio gastrointestinal
Cólicas, dor abdominal, obstipação ou diarreia são os principais sintomas da Síndrome do Cólon Irrit

É uma das afecções mais comuns do tubo digestivo e uma das principais causas de consulta, quer junto dos médicos de família, quer junto dos especialistas. A Síndrome do Cólon Irritável, também conhecida por intestino irritável ou espástico, é uma doença crónica que afeta o intestino, apresentando sintomas ao nível do cólon.

Embora seja mais frequente nas mulheres, não se sabe ao certo o que a pode provocar. Admite-se, no entanto, que ela possa resultar de uma combinação de problemas físicos e mentais.

Especialistas referem haver uma maior sensibilidade da inervação do intestino à distensão da sua parede por gases, fezes, alimentos ou medicamentos que condiciona o aparecimento dos sintomas.

Quer isto dizer que há uma excessiva irritabilidade dos mecanismos nervosos locais, ao nível do cólon, que leva a alterações do trânsito intestinal, ao desconforto e à dor, mediantes a presença de determinados estímulos.

Ansiedade ou depressão (um estudo demonstrou que 85 por cento dos doentes haviam passado por alguma tensão emocional antes de surgirem os sintomas), fatores genéticos, sensibilidade a alguns alimentos, alterações da mobilidade intestinal ou hipersensibilidade intestinal são algumas das causas possíveis.

Os sintomas mais comuns são a dor ou desconforto abdominal, diarreia e obstipação.

De acordo com os especialistas, estes sintomas ocorrem, com frequência, após as refeições graças ao refluxo gastrocólico (aumento do movimento do conteúdo intestinal em resposta à entrada dos alimentos no estômago).

Também a dor abdominal pode-se agravar depois da ingestão de alimentos e alivia com a defecação ou emissão de gases. Esta dor atinge a parte inferior do abdómen e surge associada a alterações da consistência ou da frequência das fezes – diarreia (três ou mais vezes por dia) ou obstipação (com três ou menos evacuações por semana de fezes duras).

A esta Síndrome podem ainda estar associados sintomas como a sensação de evacuação incompleta, presença de muco nas fezes e flatulência.

Falta de apetite, náuseas, vómitos ocasionais, dores de cabeça e debilidade geral são consequências diretas.

Sendo uma doença sem cura, o tratamento visa apenas o alívio ou eliminação dos sintomas, e difere de pessoa para pessoa.

De um modo geral, é necessário algum cuidado com a alimentação privilegiando alimentos pobres em gorduras e ricos em hidratos de carbono e fibras, como a massa, arroz, cereais, frutas e vegetais.

Alimentos ricos em gorduras, leite e seus derivados, café, álcool, doces e comida bastante condimentada devem-se evitar.

Reduzir o stress no dia-a-dia, quer nível pessoal ou profissional, e praticar exercício físico é altamente aconselhado.

Quanto à terapêutica medicamentosa, cabe ao médico assistente aconselhar a que melhor se adequa a cada caso.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conheça as causas e sintomas
A doença hemorroidária é uma patologia anorretal muito frequente atingindo até 50% da população, pel
Ilustração de hemorróidas

Causas da Doença Hemorroidária

A doença hemorroidária resulta da dilatação das veias da linha do canal anal, havendo quem a designe como “almofada retal”. A sua causa mais frequente é a obstipação, mas, qualquer obstrução das veias do plexus hemorroidário, que se enche de sangue quando o esfíncter interno relaxa e se esvazia quando ele contrai causa a sua hipertrofia. A contratura persistente, geralmente por obstipação, causa prolapso e as veias tornam-se dilatadas, é a estes prolapsos que se designam hemorroidas.

Consideram-se 2 tipos de hemorroidas: internas e externas. As internas não são sentidas fora do corpo embora apresentem sintomas típicos e as externas formam protuberância fora do reto podendo retroceder espontaneamente, podendo contudo manter-se prolapsadas.

Sinais e Sintomas da Doença Hemorroidária

Os sintomas incluem dor e desconforto ao defecar como resultado do inchaço da área retal e do ânus, agravando após a defecação. Os sintomas dos 2 tipos de doença hemorroidária incluem:

  • Sangramento quando da defecação em que o sangue pode apenas sujar o papel e o toilete, espalhar-se nas fezes ou, se for abundante, espalhar-se pelo toilete. O sangue é vermelho e brilhante;
  • Roupas sujas de fezes;
  • Eliminação de muco;
  • Prurido e sensação de queimadura anal;
  • Sensação de que os intestinos estão cheios após defecação;
  • Prolapso;
  • Dor, geralmente muito intensa ao defecar. A dor pode fazer com que o doente evite defecar conduzindo a um ciclo vicioso de obstipação e aumento da dor. As hemorroidas externas podem trombosar e a dor pode ser sinal desta situação;
  • Pode ser doloroso sentar-se normalmente.

Podem ainda surgir outras queixas, tais como prurido, ardor, inflamação, incontinência fecal.

Aconselhamento ao doente

O aconselhamento passa por medidas de prevenção e medidas que acompanham o tratamento da doença hemorroidária instituída.

Medidas preventivas da Doença Hemorroidária

Na prevenção inclui-se os bons hábitos intestinais prevenindo a obstipação através da alimentação, ingestão de líquidos e a atividade física. Também é fundamental a criação de hábitos defecatórios que são detalhados no capítulo da Obstipação.

Medidas adjuvantes do tratamento

Uma boa higiene com lavagem retal após cada defecação; na existência de prolapso, este pode ser introduzido no reto usando toalhetes ou compressas. Há pessoas que sentem algum conforto com “banhos de assento” quentes 2 vezes ao dia.

Considera-se também adjuvante do tratamento as medidas apresentadas como preventivas de bons hábitos alimentares e de defecação.

Aconselhamento sobre o tratamento da Doença Hemorroidária

A terapêutica é essencialmente tópica e efetuada através da aplicação de creme/pomada na região anorretal devendo obedecer aos cuidados seguintes:

  • O doente deve ser informado sobre a forma correta de aplicar o creme quer externa quer internamente com a cânula;
  • Antes de aplicar o creme, a região deve ser lavada com água e sabão neutro, de preferência;
  • Aplicar o creme na região anorretal após defecação, para obter melhores resultados;
  • O creme deve ser aplicado várias vezes ao dia, com uma ligeira massagem na região anorretal;
  • Os medicamentos de uso externo não devem ser introduzidos no reto;
  • Preferir cremes a supositórios por serem mais seguros;
  • Se sentir desconforto intenso após aplicação do creme pode estar a fazer alergia e não deve voltar a aplica-lo. Pode substituir por outro com a mesma finalidade e com composição diferente, nesse caso informe o farmacêutico sobre o medicamento que lhe deu desconforto;
  • Os cremes com vasoconstritores não devem ser recomendados a doentes com: diabetes, hipertensão, doença cardíaca, hipertiroidismo, dificuldades em urinar;
  • Se houver agravamento ou surgirem novos sintomas, o doente deve consultar o médico. 

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Saiba quais são
A diarreia é um sintoma cuja definição varia.
Silhueta de homem com dor abdominal

A diferença na sintomatologia permite diagnóstico diferencial. Para poder ser tratada com Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) deve ser aguda na maioria das vezes, provocada por alterações dietéticas ou infeções bacterianas ou víricas e, de um modo geral, são situações autolimitadas com duração de 2-3 dias. Na diarreia, o adulto pode perder mais de 300 g/24 h.

Frequentemente, a diarreia cursa associada a mal estar abdominal, vómitos e náuseas.

Causas da Diarreia

Existem diversas causas para uma diarreia aguda, algumas das quais autolimitadas, assinaladas na tabela 1.

Tabela 1 – Principais causas de diarreia 


AINE – anti-inflamatórios não esteroides

Algumas bactérias (ex.: E. coli; Staphylococcus aureus) produzem toxinas que aumentam a secreção de fluido intestinal, volumes que não conseguem ser reabsorvidos e que ocasionam a diarreia aquosa quase sem febre e sem outros sintomas. Outras bactérias (ex.: E. coli, Salmonella sp. e Shigella sp.) são invasivas da mucosa intestinal provocando um processo inflamatório com diarreia menos aquosa que a anterior, mas acompanhada de náuseas, vómitos, cãibras e por vezes febre ligeira.

As diarreias víricas, frequentes em bebés e crianças, são aquosas e podem ser induzidas por Rotavirus e Parvovirus.

As parasitoses intestinais podem também estar na etiologia da diarreia, estando neste caso a Giardia lamblia e a Entamoeba histolytica.

Pode ainda haver diarreia crónica, quando prolongada e estando associada a patologias como a doença inflamatória intestinal.

Diarreia nos Bebés e Crianças

Os biberons mal esterilizados podem ocasionar diarreia pelo que os pais devem ser avisados desta circunstância. Também, a diluição inadequada do leite, com excesso de pó em relação ao recomendado e a intolerância à lactose são outras causas de diarreia, sendo de preferir leites sem lactose. Estes 2 últimos casos ocasionam diarreia osmótica.

Diarreia por Medicamentos

Determinados medicamentos são capazes de ocasionar diarreia por diversos mecanismos. Os antibióticos de largo espetro induzem frequentemente diarreia por alteração do equilíbrio da flora intestinal, alguns anti-hipertensores como a guanetidina (em desuso) também podem induzir diarreia, os sais de ferro, anti-inflamatórios não esteroides e a digoxina, quando em níveis tóxicos, constituem também substâncias capazes de induzir diarreia.

Diarreia do Viajante

Este termo atribui-se à diarreia que ocorre em indivíduos que viajaram para regiões com menos condições higiénicas do que a dos países originais. Estima-se que ocorra entre 30-80% de todos os viajantes, sendo que até 60% dos casos não se identifica o agente patogénico. Nas restantes situações, admite-se que 40-75%, são diarreias ocasionadas pela E. coli produtora de toxina, até 15%  provocadas por E. coli e Shigella enterohemorrágicas, em 10% por Salmonella e em 10% por Campylobacter jejuni. Estas situações são mais comuns em viajantes em Africa e América Central. Infeções por vírus como o rotavírus e vírus Norwalk, protozoários e helmintas surgem em cerca de 10% dos casos totais de diarreia. Relativamente à diarreia por protozoários, destaca-se a causada por Entamoeba histolytica e Giardia lamblia (Europa de ex-Leste).

Os sintomas são de início brusco, geralmente de curta duração, de 4-7 dias, começando no início da viagem embora possa ocorrer mais tardiamente. Ocasionalmente, a situação pode ser grave, prolongada ou recorrente. As diarreias mais graves são a cólera, febre tifoide e infeções parasitárias, contraídas em regiões tropicais e subtropicais, podendo ocorrer em 15% dos viajantes, uma diarreia sanguinolenta (disenteria).

Consequências da Diarreia

Em condições normais, as fezes possuem 60-75% de água perdendo-se 70-200 mL diariamente, enquanto na diarreia a perda de água pode ser 4 vezes superior. Juntamente com a água, com a diarreia perdem-se sais minerais como o sódio e potássio e valências alcalinas ocasionando abaixamento do pH sanguíneo. A perda de água agrava-se quando a diarreia se acompanha de vómitos.

Indivíduos com Risco Aumentado

Os bebés e crianças, quando perdem um teor elevado de água possuem um risco elevado de desidratação, o que pode ocorrer subitamente. Os idosos são particularmente sensíveis ao efeito de perda de água e eletrólitos, particularmente se medicados com diuréticos, ou com redução da ingestão de fluidos e alimentos. A perda de água e sódio pode estimular a secreção de aldosterona com perda excessiva de potássio e hipocaliemia. A desidratação pode precipitar insuficiência renal por redução do fluxo sanguíneo na artéria renal.

Sintomas Associados à Diarreia

Dor abdominal

É habitual um desconforto abdominal com dor aguda, cãibra abdominal e espasmos dos músculos abdominais sem significado especial. Quando a dor é grave, o doente deve ser referenciado ao médico. A dor deve ser diferenciada da dor da apendicite aguda, sendo esta contínua, intensa na parte direita do abdómen com rigidez e que acorda o doente à noite. Dor ou rigidez do lado esquerdo acompanhada de diarreia ou episódios alternados de diarreia e obstipação pode ser sinal de diverticulose.

Vómitos 

Estão presentes na gastrenterite infeciosa vírica ou bacteriana e surgem algum tempo após ingestão de alimentos. A presença de diarreia e vómitos associados aumenta o risco de desidratação, particularmente nos doentes mais sensíveis. Os bebés devem ser observados pelo médico de imediato e as crianças e idosos devem sê-lo ao fim de 48 horas, no máximo, caso a sintomatologia se mantenha.

Perda de peso

Diarreia acompanhada de perda importante de peso em algumas semanas deve ser referenciada ao médico.

Fezes com sangue ou pus

Quando misturados na massa fecal, o sangue ou pus  obrigam a referenciar o doente ao médico. Podem significar doença inflamatória intestinal ou cancro do colon. O sangue superficial e ocasional pode estar relacionado com doença hemorroidária e o muco pode ser sinal de doença inflamatória.

Dispareunia (dor durante a relação sexual)

Pode acompanhar a diarreia na mulher com doença inflamatória intestinal, pelo que se surgir, a doente deve ser observada pelo médico.

Febre

Sugere infeção.

Obstipação alternada com diarreia

Pode indicar síndroma do intestino irritável e o doente deve ser referenciado ao médico.

Sinais de Desidratação

Os primeiros sinais de desidratação obrigam a referenciar o doente ao médico, embora possam ser de difícil identificação, pelo que na dúvida, o doente deve ser referenciado ao médico.

Adulto

Surge precocemente uma sede aumentada e boca seca. Surge ainda letargia, confusão, taquicardia, frio, perda de elasticidade cutânea, retração das órbitas oculares.

Bebés e crianças

São sinais de desidratação, a redução do estado de alerta, pele seca, olhos e fontanela encovados, língua seca, sonolência, redução do débito urinário. Bebés com menos de 3 meses devem ser referenciados de imediato ao médico aos primeiros sinais de diarreia.

Avaliação dos Sintomas

Os parâmetros a avaliar num doente com diarreia são: tipo, gravidade, duração e fatores relacionados com o início dos sintomas.

A gravidade é avaliada em função da frequência de dejeções, volume, duração da diarreia bem como pelos sintomas adicionais. Quanto à duração, geralmente a diarreia autolimitada pode durar entre 12 h a 3 ou 5 dias, devendo o doente, ser dirigido ao médico se neste período de tempo não se resolver. No caso de bebés, crianças e idosos, a observação médica deve ocorrer mais precocemente.

A presença de diarreia noturna frequente, episódios frequentes ou recorrentes ou que permaneça por semanas deve ser sujeita a avaliação médica por poder relacionar-se com doenças inflamatórias intestinais ou síndroma de intestino irritável.

Quanto a fatores relacionados com o início da diarreia, é fundamental tentar saber o que o doente reporta por permitir suspeitar da sua causa (tabela 2).

Tabela 2 – Correlação entre o início dos sintomas e causas da diarreia.

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Diarreias de verão

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OMS diz
A Organização Mundial da Saúde apelou a regulação mais rígida nas vacinas comercializadas na China, após as autoridades...

O caso envolve o armazenamento sem condições, transporte e venda ilegal de vacinas - muitas fora de prazo - avaliadas em 570 milhões de yuan (78 milhões de euros), segundo a imprensa estatal.

"As vacinas comercializadas pelo setor privado precisam de ser geridas, armazenadas, manuseadas, distribuídas e usadas de acordo com normas reconhecidas", afirmou um especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS) em vacinação, Lance Rodewald, em comunicado.

"Isto é uma situação muito grave e que está a ser levada seriamente (…) Queremos identificar as raízes do problema de forma a encontrar soluções", disse.

Na China, vacinas obrigatórias, como contra a poliomielite, sarampo e hepatite B são fornecidas pelo serviço nacional de saúde, enquanto outras adicionais, incluído contra a meningite, gripe ou rotavírus podem ser adquiridas no setor privado.

O sistema público de vacinação é "fundamentalmente seguro" na China, afirmou Rodewald, acrescentando que as vacinas fora de prazo vendidas no setor privado não constituem uma ameaça para as crianças que as receberam.

"Os pais devem sentir-se melhor ao saber que os seus filhos não terão uma reação tóxica (…), mas algumas crianças talvez precisem de ser revacinadas", afirmou.

Mais de 130 suspeitos foram detidos na sequência do último escândalo relacionado com a saúde e segurança na China, onde 300 mil crianças adoeceram e seis morreram em 2008 com leite em pó contaminado com melamina.

Estudo
Um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, estima que o uso recorrente das redes...

Um novo estudo publicado no Journal of Social and Clinical Psychology descobriu que a comparação diária (que cada um de nós faz) da nossa vida com as vidas fabulosas dos nossos amigos nas redes sociais pode aumentar os sintomas depressivos. Portanto, está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se: as redes sociais só mostram uma realidade.

Investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh fizeram um estudo em 1787 jovens – com idades entre os 19 e os 32 anos – e concluíram que nos casos de utilização recorrente das redes sociais os riscos de depressão são superiores, em comparação com as pessoas que usam as redes com pouca frequência, escreve o Sapo.

Por outro lado, dedicar muito tempo ao Facebook ou Twitter poderá agravar a doença nas pessoas já diagnosticadas com o problema.

Para além do Facebook e Twitter, os investigadores avaliaram outras plataformas como o YouTube, Linkedin, Instagram, Google Plus, Snapchat, Reddit, Tumblr, Pinterest e Vine.

Os investigadores concluíram que, em média, os jovens dedicam 61 minutos por dia a uma ou mais redes sociais. Todas as semanas, acedem às suas contas, em média, 30 vezes.

Um em cada quatro participantes no estudo mostraram risco elevado de desenvolver depressão, sendo que quanto maior o risco, maior é a procura daqueles espaços virtuais.

O estudo norte-americano teve em consideração a idade, mas também o género, etnia, nível financeiro, formação académica, entre outros fatores.

"É possível que as pessoas que já estão deprimidas utilizem as redes sociais, na tentativa de preencher um vazio", salienta Lui Yi Lin, coautor do estudo e investigador daquela universidade, citado pela imprensa internacional.

Projeções indicam
O envelhecimento da população mundial está a acelerar a um ritmo sem precedentes. Em 2050, 17% dos habitantes do planeta Terra...

De acordo com as projeções do Census Bureau dos Estados Unidos, os idosos serão mais de 1,6 mil milhões, contra os atuais 617 milhões, em 2050, escreve o Sapo.

"Cresce rapidamente a proporção de idosos na população mundial", conclui Richard Hodes, diretor do Instituto Americano sobre Envelhecimento, citado pela agência de notícias France Presse.

"As pessoas estão a viver mais, mas não são necessariamente mais saudáveis (...) e o envelhecimento da população representa vários desafios de saúde pública para os quais temos de estar preparados", acrescenta o referido instituto em comunicado.

"Estamos a analisar o envelhecimento em todos os países do mundo", disse John Haaga, diretor do Instituto Nacional sobre Envelhecimento. "Há uma série de países da Europa e Ásia que estão mais avançados neste processo ou têm uma taxa de envelhecimento mais rápida do que os Estados Unidos", lê-se na nota.

Estima-se que nos Estados Unidos, as pessoas com mais de 65 anos vão representar o dobro nas próximos três décadas, ou seja 88 milhões em 2050.

O relatório conclui ainda que o número de pessoas com mais de 80 anos vai triplicar entre 2015 e 2050, atingindo os 446,6 milhões, contra os 126,4 milhões em 2015.

A esperança média de vida também vai aumentar em 2050, subindo da média atual de 68,6 anos para os 76,2 anos.

Entre os idosos, as doenças não transmissíveis, como o cancro e Alzheimer representam uma verdadeira dor de cabeça para a saúde pública.

Atualmente existem 7,3 mil milhões de pessoas no mundo, valor que deve subir para 10 mil milhões em 2050, de acordo com uma análise do Instituto Francês de Estudos Demográficos (INED).

Ministério da Saúde
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou já ter pedido uma “averiguação urgente” aos hospitais que alegadamente...

Segundo o ministro, foi pedido aos conselhos de administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e do Centro Hospitalar do Baixo Vouga para que até à hora do almoço informassem o Ministério “se a notícia” veiculada pelo Jornal de Notícias “corresponde à verdade”.

“Em função disso nós agiremos no estrito cumprimento da lei”, frisou o ministro, que falava aos jornalistas à margem da cerimónia pública de apresentação da reforma da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), que decorreu hoje, em Lisboa.

O Jornal de Notícias escreve, em manchete, que “Hospitais boicotam cirurgias a doentes”, contando que unidades hospitalares “com atrasos indevidos na cirurgia prescrita aos seus doentes estão a boicotar-lhes a possibilidade de serem operados noutros estabelecimentos hospitalares, conforme determina a lei”.

“Vamos verificar se aquilo que é indiciado pelo jornal corresponde a uma má prática ou corresponde apenas e só a um procedimento, a uma falha administrativa, e em função disso agiremos com o estrito cumprimento da lei”, disse Alberto Campos Fernandes.

O diário refere que “só o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, que integra os hospitais de Penafiel e de Amarante, está a impedir a operação a mais de meio milhar de doentes”.

“Este é o número de casos que estão classificados como ‘pendentes', de forma a evitar que os tempos máximos de espera sejam ultrapassados. O facto pode ser consultado através dos registos informáticos do Ministério da Saúde”, escreve o Jornal de Notícias.

O matutino recorda ainda que também “no Centro Hospitalar do Baixo Vouga foram detetados agendamentos falsos para contornar os prazos máximos impostos por lei”.

No Porto
Mais de uma centena de estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto vão rastrear doenças como a diabetes e a...

A iniciativa decorre no âmbito da Semana da Saúde e Bem-estar, promovida pela Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (AEFMUP) para celebrar o Dia Mundial da Saúde, que se assinala no dia 7 de abril.

O objetivo é alertar “as pessoas para terem atenção para medirem regularmente os valores de glicemia e tensão arterial”, explicou Carolina Valente, membro da associação de estudantes, estudante do 3º ano de Medicina.

É, também, uma oportunidade de formação dos futuros médicos, “para que possam estar a fazer rastreios e interagir diretamente com a comunidade”, acrescentou a aluna, salientando que esta é uma iniciativa “feita há alguns anos”.

Muitas das pessoas aproveitam a ida ao Hospital de São João para participarem neste controlo dos seus valores de glicemia e tensões arteriais.

“Venho aqui acompanhar a minha esposa, que teve um acidente vascular cerebral (AVC), e aproveitei”, afirmou Manuel Campos, residente na Maia.

Ana Paula Ferreira, de 53 anos, classificou a iniciativa como sendo “uma ótima ideia”, afirmando que ficou mais descansada depois de fazer o rastreio, porque passou “esta noite um bocadinho mal”.

“Muitas pessoas não têm tempo para serem controladas (...) e eu acho muito bom estar aqui. Não devia ser sempre nos hospitais, devia ser também em postos médicos ou centros comerciais, que é onde as pessoas vão”, acrescentou.

De acordo com Luís Pimentel, um dos estudantes de Medicina que se encontrava a fazer o rastreio, a escolha destas doenças está relacionada com o seu fator de “risco”, muito presente “sobretudo na sociedade ocidental”, alertando para a importância de “fazer esse controlo”.

“Por um lado, é bom para nós enquanto alunos da faculdade, ganhamos alguma prática na avaliação destes dois parâmetros, e para as pessoas também porque acabam por ter mais um valor de controlo tanto da hipertensão como da diabetes”, concluiu.

Os rastreios realizam-se até terça-feira, em frente ao Hospital de São João, e na quinta e na sexta-feira, na Praça dos Leões.

Este ano
O Governo prevê criar cerca de 300 camas no âmbito dos cuidados continuados de saúde mental, bem como unidades pediátricas, já...

O anúncio foi feito numa cerimónia pública de apresentação da reforma da Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), que contou com a presença dos ministros da Saúde, Adalberto Campos Fernandes e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva.

No final, em declarações aos jornalistas, o coordenador nacional da reforma da RNCCI adiantou que é propósito do Governo conseguir ter, ainda no primeiro semestre deste ano, cerca de 300 camas para cuidados continuados de saúde mental, bem como unidades para cuidados continuados pediátricos.

Manuel Lopes explicou que entre a saúde mental e os cuidados pediátricos, a primeira é a que tem o processo mais adiantado, estando neste momento a ser ultimado o processo legislativo e a serem selecionadas as unidades que irão abrir ainda neste ano.

O coordenador explicou que são para já unidades piloto, dispersas por todas as regiões, que vão prestar “cuidados muito controlados, com muita vigilância”.

“Pensamos abrir qualquer coisa como 300 lugares de apoio domiciliário e de unidades residenciais que deem resposta a estas situações”, disse Manuel Lopes.

No que diz respeito aos cuidados pediátricos, o responsável adiantou que o processo está “um bocadinho mais atrasado”, razão pela qual não disse quantos lugares vão ser criados e onde.

“Estamos a fazer todos os esforços para inaugurarmos algumas unidades ou no Dia Internacional da Criança, a 1 de junho, ou no dia do aniversário da rede, a 6 de junho”, acrescentou.

O ministro da Saúde também não quis adiantar quantas unidades vão abrir ou onde, dizendo apenas que “ainda neste ano” haverá novidades, provavelmente por alturas do décimo aniversário da RNCCI.

Outro dos aspetos previstos na reforma da RNCCI tem a ver com o apoio domiciliário, tendo Adalberto Campos Fernandes revelado que “pretende ampliar tanto quanto possível essas respostas”, mas sem especificar.

Atualmente existem no país 6.712 equipas, estando previsto um reforço para as regiões do Porto e de Lisboa e Vale do Tejo, sendo que esta última depende de um acordo com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

O coordenador da reforma da RNCCI tinha já explicado que é objetivo reforçar a articulação entre as equipas de cuidados continuados integrados e as equipas de apoio domiciliário da Segurança Social, estando previsto a criação de lugares de promoção de autonomia, bem como a capacitação dos cuidadores.

“Dar condições para que quem já faz isso o faça, sabendo o que está a fazer, ou seja, dar-lhes capacitação em contexto. Os profissionais de saúde que vão lá, vão trabalhar com essas pessoas no sentido de elas serem capazes de fazer bem aquilo que estão a fazer”, adiantou Manuel Lopes.

O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social defendeu que com esta reforma vai ser possível aprofundar e alargar o trabalho da rede.

“Do ponto de vista da Segurança Social apenas isso corresponderá para o ano de 2016 a um crescimento de lotação disponível na ordem dos 15%”, adiantou Vieira da Silva.

No que diz respeito ao orçamento necessário para comportar esta reforma, Viera da Silva disse que, pela parte do seu ministério, estão previstos 40 milhões de euros para 2016, enquanto pela Saúde, Adalberto Campos Fernandes referiu que haverá um reforço de entre 20 milhões a 25 milhões de euros.

A RNCCI tem atualmente 7.759 lugares, um pouco mais de metade dos 13.966 definidos como meta para 2016.

Infeção fúngica
Vulgarmente conhecida por “sapinhos” é um infeção provocada por "Candida albicans" com les
Candidíase oral

Este fungo, juntamente com outros, é um comensal na mucosa oral e pode ocasionar infeção mais frequente em bebés, quando há terapêutica antibacteriana, nos doentes que utilizam próteses e nos imunodeprimidos. As lesões são caracterizadas por placas ou nódulos brancos, de consistência variável, podendo suas bordas apresentarem-se eritematosas. Podem ser assintomáticas ou haver queixa de dor ou ardência, com dor intensa, ferida, inflamação da mucosa e tendência para sangramento.

Admite-se que, até 60% das pessoas saudáveis são portadoras assintomáticas de Candida spp.

A Candida albicans é o mesmo agente capaz de ocasionar a candidíase vaginal e complicar a dermatite das fraldas. É frequente nos recém-nascidos porque contraem a infeção ao passar pelo canal vaginal durante o parto. A candidíase oral pode também ser contraída pela inalação de corticosteroides e após terapêutica antibiótica, neste caso, estes doentes devem ser dirigidos ao médico porque podem sofrer de distúrbios imunitários e pode também ser um problema para doentes com próteses.

As lesões cremosas surgem na língua, no interior das bochechas, no céu-da-boca, gengivas e amígdalas. São dolorosas e podem sangrar quando são raspadas, dá a sensação de algodão na boca, pode ainda haver diminuição do paladar.

Nos casos graves as lesões podem espalhar-se pelo esófago dificultando a deglutição dando a sensação que tem alimentos a obstruir a garganta.

Os lactentes podem ter dificuldade em alimentar-se e manifestar irritação, podendo transmitir a infeção aos seios maternos, podendo ocorrer na mãe sintomas como mamilos vermelhos e sensíveis com prurido, pele lesionada, dor ao amamentar.

Qualquer pessoa pode apresentar candidíase oral mas há fatores predisponentes como: lactente, compromisso do sistema imunitário, uso de próteses dentárias, possuir patologias orais, diabetes ou anemia, tomar certos medicamentos como antibióticos ou corticosteroides orais ou inalados, estar submetido a quimioterapia ou radioterapia para o cancro, ter diabetes, anemia grave, deficiência em ferro, folato ou vitamina B12, ter a saúde debilitada, uso excessivo de soluções de desinfeção oral, possuir xerostomia ou ser fumador, cateteres venosos, terapia de substituição renal, cuidados intensivos e respiração assistida prolongada, gravidez, contracetivos orais de doses elevadas de estrogénios, psoríase, dermatites, malnutrição, maceração cutânea, calor, humidade, corticosteroides tópicos, idoso.

Tratamento da Candidíase Oral

Podem aplicar-se medidas gerais e utilizar medicamentos na terapêutica da candidíase oral.

Medidas Gerais

Podem incluir-se nestas medidas gerais, as que são recomendadas com efeito aditivo dos medicamentos para a cura da candidíase, assim como as medidas preventivas que podem ser tomadas para evitar a infeção.

A ingestão de iogurte simples não açucarado e cápsulas de Lactobacillus acidophilus que reequilibram a flora da boca e garganta, lavar a boca com água salgada morna pode dar algum alívio e, no caso de usar próteses estas devem ser bem lavadas diariamente. Na presença de infeção fúngica vaginal, deve ser tratada de imediato. Reduzir a ingestão de alimentos açucarados e com fungos, que facilitam a infeção.

Há um conjunto de medidas essenciais como adjuntas da terapêutica medicamentosa que se destinam a aliviar a duração da infeção e reduzir a transmissão, que se resumem abaixo:

  • Efetuar o tratamento até ao final;
  • As tetinas dos biberões e as chuchas devem ser fervidas à parte durante 20 minutos antes da última esterilização;
  • Após cada mamada, deve ser dada ao bebé, 5-10 mL de água fervida para remover da boca os restos de leite;
  • Manter boa higiene das mãos antes e depois da mamada;
  • Nos jardins de infâncias, não permitir troca de chuchas;
  • Ferver talheres, copos e pratos das pessoas afetadas.

Há alguns cuidados a seguir que podem contribuir para minimizar o risco da candidíase oral:

  • No diabético: manter a glicemia controlada;
  • No tratamento com corticosteroides inalados: aplicar a técnica correta de inalação, usar um dispositivo de câmara e enxaguar a boca após cada inalação;
  • No uso de próteses: manter a prótese fora da boca durante a noite ou durante 6 horas/dia, lavando-a frequentemente com desinfetante e esfregando-a e deixando secar. Lavar o interior da boca com uma escova. Consultar o dentista se a prótese não conseguir ficar bem fixa.
  • Toma de medicamentos que causam boca seca: falar com o médico;
  • Nas anemias: tratar corretamente;
  • No fumador: deixar de fumar;
  • Imunodepressão de qualquer origem: pode chupar pastilhas contra a candidíase (com antifúngico).

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Investigação revela
Cientistas americanos sugerem que a irritação crónica pode ser resultado de um parasita no cérebro. De acordo com um estudo da...

“Situações sociais normalmente são os detonadores para os surtos. No trabalho, pode ser algum caso de frustração interpessoal, enquanto nas ruas pode ser levar uma 'panada' de outro carro”, diz Royce Lee, um dos autores do estudo.

O Toxoplasma gondii é um protozoário comum, que se reproduz em gatos e se espalha nas suas fezes, e causa a toxoplasmose, escreve o Diário Digital. Ele pode entrar no organismo humano por uma série de razões, inclusive com o consumo de carnes cruas ou indevidamente cozidas, bem como legumes e verduras que não foram lavados.

Estima-se que, no Reino Unido, quase um terço dos adultos já foram infetados com o protozoário, que se aloja nos tecidos do cérebro. Em mulheres grávidas, a toxoplasmose está ligada a abortos espontâneos e defeitos congénitos, incluindo a microcefalia.

Adultos com problemas imunológicos correm risco de vida. A doença frequentemente é assintomática, mas pesquisadores acreditam que os seus efeitos são mais sérios do que se pensava - alguns estudos sugerem uma relação com a esquizofrenia e mesmo uma influência sobre o número de acidentes de trânsito. Pesquisas em ratos descobriram que roedores infetados podem simplesmente perder o medo de gatos.

O estudo da Universidade de Chicago, publicado no Journal of Clinical Psychiatry, descreve como 358 adultos participaram de uma experiência para detetar se os seus níveis de impulsividade e agressão estavam ligados a infeção com o parasita.

Os participantes foram avaliados numa série de aspetos, passando também pela ansiedade. Foram divididos em três grupos: um terço não tinha sinal algum de problemas psiquiátricos, um terço tinha transtorno explosivo intermitente (IED, em inglês), e o restante tinha alguma outra desordem psiquiátrica, como ansiedade ou depressão.

Os cientistas, então, analisaram amostras de sangue dos participantes em buscas de sinais de infeções passadas. Participantes que tiveram resultados positivos para exposição ao protozoário tiveram pontuação muito maior nas escalas de agressão. Descobriu-se ainda que participantes diagnosticados com IED tinham duas vezes mais hipóteses de terem sido infetados com o parasita do que os que não apresentaram qualquer desordem: quase 22% dos diagnosticados com IED testaram positivo para o Toxoplasma gondii, comparados com 16,7% dos que tinham outras condições psiquiátricas e apenas 9% de indivíduos saudáveis.

Comentando os resultados do estudo americano, Richard Holliman, microbiologista do St George's University Hospital, no Reino Unido, ressaltou que a existência de uma correlação entre a presença do protozoário e a IED não pode ser totalmente interpretada como uma consequência da toxoplasmose.

“A questão é se a toxoplasmose causa o comportamento ou se o comportamento causa faz com que o indivíduo fique mais vulnerável à toxoplasmose. É uma daquelas discussões sobre a galinha ou o ovo”, diz Holliman.

A equipa da Universidade de Chicago admite que ainda precisa estabelecer se a infeção com o Toxoplasma gondii causa os surtos de raiva. Mas eles sugerem ainda que a infeção pode afetar o cérebro numa série de outras maneiras, incluindo uma espécie de ativação do sistema imunológico.

Lee recomenda cautela na interpretação dos resultados do estudo. “Ainda é cedo para que os resultados influenciem ações. Não queremos que ninguém se livre dos seus gatos.”

No Japão
Investigadores da universidade de Osaka, no oeste do Japão, criaram um coração com células estaminais para melhorar o estudo...

Para criar este pseudocoração, os cientistas combinaram células miocárdicas e outras células desenvolvidas a partir de células de pluripotência induzida (iPS, sigla em inglês) humanas, em que a manifestação de determinados genes é induzida.

Estas células têm a capacidade de se diferenciar em qualquer tecido de um organismo adulto, escreve o Diário Digital, o que poderá vir a permitir a reconstrução de tecidos ou órgãos de doentes e, como neste caso, ajudar na investigação de medicamentos.

Para o estudo "in vitro" dos efeitos secundários adversos que produzem no coração determinados anticancerígenos, os cientistas precisavam de criar condições idênticas ao interior do corpo humano, mas as técnicas usadas até aqui destruíam as células.

O problema foi ultrapassado pela equipa da universidade de Osaka, liderada pelo professor de biociência Mitsuru Akashi, com o desenvolvimento de uma técnica que permite aglomerar células, usada na construção do coração artificial.

Quando o tecido foi exposto a um fármaco anticancerígeno, os cientistas observaram que o ritmo cardíaco do coração artificial se manteve praticamente inalterado, mesmo quando a concentração do agente era 50 vezes superior à normal.

De acordo com os investigadores, o efeito adverso do agente poderá reduzir-se drasticamente, uma vez que as células do coração produzido artificialmente interagem umas com as outras de forma complexa, mas semelhante à de um coração verdadeiro.

A equipa da universidade de Osaka indicou que vai continuar a trabalhar no aperfeiçoamento do coração artificial, que será usado em estudos sobre efeitos secundários de medicamentos.

Investigadores de Coimbra
Investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra identificaram o mecanismo que promove a...

Uma equipa de investigadores do Investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) desvendou que “a ubiquitina organiza as proteínas que permitem aos neurónios trocar informação entre si”, afirma uma nota da Universidade.

A descoberta, que já foi publicada na revista científica Journal Of Cell Biology, contraria “a ideia geral de que a ubiquitina é apenas uma proteína que promove a destruição de proteínas danificadas ou com erros”, sublinha a UC.

No estudo, os autores detetaram que “a ubiquitina atrai todos os recursos necessários à formação de novas sinapses, sendo essencial para a comunicação neuronal”.

“Algumas proteínas que se acumulam nos neurónios têm uma pequena ‘cauda’ feita de várias ubiquitinas”, como que “atreladas”, refere Maria Joana, primeira autora do artigo, citada pela UC.

“Neste trabalho descobrimos que a acumulação destas proteínas contribui para a comunicação neuronal, porque as suas ‘caudas’ de ubiquitinas funcionam como um ‘íman’” que atrai e organiza “corretamente os recursos dessa comunicação”, acrescenta Maria Joana.

“Decidimos arriscar uma abordagem pouco convencional e investigar o processo pelo qual a maquinaria de destruição das células contribui para o desenvolvimento do sistema nervoso”, explica Ramiro Almeida, líder da equipa que desenvolveu a investigação.

Surpreendentemente, “à luz do conhecimento atual, observámos um aumento extraordinário do número de sinapses nos neurónios de ratos ‘in vitro’, em contexto de experimentação laboratorial”, sublinha Ramiro Almeida.

O resultado obtido sugere que a ‘ubiquitina’, “para além da sua tarefa de degradação, tem um outro papel “construtivo” que explica o aumento de sinapses obtido”, sustenta o investigador.

As conclusões desta investigação, desenvolvida ao longo de quatro anos, contribuem para a compreensão dos mecanismos de formação de sinapses, a estrutura responsável pela passagem de informação no sistema nervoso, destaca a UC.

Além disso, essas conclusões poderão também auxiliar a comunidade científica a “encontrar novas abordagens para os casos de autismo, esquizofrenia, atrofia muscular espinhal e, principalmente, a síndrome de Angelman”.

O estudo foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e pela União Europeia através das iniciativas Marie Skłodowska-Curie.

Em Lisboa
Na Área Metropolitana de Lisboa há uma associação significativa entre o risco de suicídio e a privação material, concluiu um...

Um dos estudos integrados no projeto Smaile (Saúde Mental - Avaliação do Impacte das condicionantes Locais e Económicas), que analisou a relação entre a privação material e social e o risco de suicídio nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, identificou uma associação significativa entre privação material e mortalidade por suicídio na capital.

Segundo o estudo, na Área Metropolitana de Lisboa, a população "que reside em freguesias com maior privação material tem um risco de mortalidade por suicídio 18% superior quando comparada com a população a residir em freguesias com menor privação material", disse a coordenadora do projeto, Paula Santana.

Face a este resultado, a especialista defende uma "adequação das intervenções às características dos diferentes territórios, definindo como prioridade a atuação nos determinantes da pobreza, nomeadamente em intervenções que pretendam promover a literacia, o emprego e a melhoria das condições de habitação".

Em Lisboa, identificou-se um maior número de freguesias com elevado risco de se morrer por suicídio, apesar de ser mais difícil criar um "padrão geográfico" das mesmas.

Nesta área metropolitana "existem municípios cuja maioria das freguesias possuem risco elevado de mortalidade por suicídio", sublinhou, apontando para freguesias nos concelhos de Mafra, Loures e Lisboa, na margem norte, e Montijo, Palmela, Setúbal e Sesimbra, na margem sul.

Já no Porto, o risco elevado localiza-se "sobretudo em freguesias de maior ruralidade, interiores e limítrofes, nomeadamente nos municípios de Santo Tirso, Paredes, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra e Arouca".

Na Área Metropolitana do Porto, deveriam ser encetadas ações "direcionadas aos grupos que se encontram em grande vulnerabilidade social, como os idosos que vivem sós e a população em situação de pobreza".

"As câmaras municipais poderão ter um papel relevante na diminuição das desigualdades em saúde, nomeadamente através de intervenções intersetoriais e enquanto agentes na alteração da relação entre os contextos de privação e o suicídio", concluiu o estudo.

O índice de privação material foi construído para este estudo com base em três variáveis: analfabetismo, desemprego e alojamentos familiares de residência habitual sem retrete.

Outro estudo do mesmo projeto, que analisa internamentos por doença mental nas duas áreas metropolitanas, também identifica uma associação positiva entre o número de internamentos e os níveis de privação, "tanto material como social", das áreas de residência dos utentes.

"O efeito da crise não se faz sentir de modo uniforme em todas as áreas, mas é mais intenso em áreas contextualmente mais vulneráveis", refere.

O projeto Smaile reúne diversos estudos centrados no impacto da crise na saúde mental em Portugal, tendo sido financiado pelo Programa Operacional Fatores de Competitividade (COMPETE) e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Instituto Português da Afasia
Em Portugal desconhece-se quantas pessoas vivem "caladas" por terem afasia mas existem estratégias que permitem &quot...

Naquela manhã de 17 de novembro do ano passado, César Modesto, reformado, 80 anos, foi comprar o jornal e soube que "não estava bem". Sabia que aquele pedaço de papel servia para ler, mas não conseguia. Tinha sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que embora ligeiro lhe "roubou" competências.

Tem afasia, uma perturbação da linguagem e da comunicação provocada por uma lesão cerebral nas áreas específicas do cérebro que processam o código linguístico, o que se traduz na dificuldade, entre outras coisas, em expressar palavras e frases.

Mas, e conforme explicou a responsável pelo Instituto Português da Afasia (IPA), Paula Valente, "a pessoa não perde os seus conhecimentos, a sua inteligência, a memória do passado, a sua identidade, a personalidade".

"As pessoas chegam a ficar envergonhadas e isoladas porque a postura do outro perante elas é desconfiada: se ele não sabe comunicar, será que é tolinho?", descreveu Paula Valente, acrescentando que muitas vezes a pessoa é "conotada como incompetente e geram-se preconceitos, quando até poderia estar normalmente integrada no mercado de trabalho".

César Modesto conhece essa realidade: "Isto é uma fatalidade, mas fazem de nós analfabetos", contou, confessando que deixou de ir ao banco levantar a reforma e delegou a tarefa num familiar até ao dia em que disse: "não, eu vou, eu faço, porque eu penso bem".

Um papel e uma caneta, uma tabela com imagens simples e perguntas frequentes, um telemóvel ou computador podem fazer milagres e no IPA (um projeto que arrancou alicerçado no Instituto de Empreendedorismo Social e na Associação para o Desenvolvimento Integrado de Matosinhos) existem sessões para pessoas com afasia e familiares, sendo o terceiro eixo de intervenção o tornar a sociedade "verdadeiramente inclusiva", dotando-a de estratégias de comunicação.

Nas sessões com pessoas que têm afasia, que decorrem no Centro de Congressos e Desportos, Matosinhos, participam dois terapeutas da fala, uma psicóloga e voluntários.

Numa dessas sessões, o tal papel e a tal caneta estão presentes, mas António Melo, médico, 58 anos, descrito pelos amigos e familiares como "um ouvinte nato", porque sempre preferiu escutar a falar até que um AVC em 2013 o deixou de facto "calado", pousa na mesa o 'tablet'.

Tem afasia, mas tornou-se já um "facilitador". Aliás, a irmã admira-lhe a confiança com que usa os aparelhos eletrónicos para comunicar. Ela própria mudou, adaptou-se às novas tecnologias.

"A família, se não aceitar, vai estar sempre à procura da fala e isso é muito frustrante", contou Paula Valente, frisando o porquê das sessões.

É o caso da mulher de Camilo Correia que tem afasia há sete anos. Maria da Graça Coimbra descreve o IPA como "uma ajuda", reconhecendo que antes "adivinhava" o que o marido queria e ia tratar. Agora "obriga-o" ou, aliás, aguarda que seja este a dizer o que quer, o que pensa.

"Ele era muito preguiçoso a comunicar. Ou, se calhar, eu antecipava-me. Aqui eles [pessoas com afasia] incentivam-se. Ou, antes, incentivamo-nos [familiares incluídos]", contou.

Paula Valente frisa que o IPA não pretende substituir o tratamento convencional, a terapia da fala, procurando ser "um complemento" e nunca "uma solução para quando já não existe solução".

"Cada caso é um caso" e também existem sessões ao domicílio como uma promovida a pedido de uma família para explicar aos irmãos da pessoa com afasia que, "de vez em quando até iam lá a casa, mas não falavam muito", que é possível comunicar através de outras estratégias.

Atualmente, o IPA está a produzir panfletos para entregar em cafés, repartições de finanças, farmácias, entre outros locais e serviços, isto depois de também ter dado formação em centros de saúde a médicos e enfermeiros que, sem estratégias como a tal tabela de imagens ou perguntas, preferiam dirigir-se nos 20 minutos de consulta ao acompanhante, excluindo a pessoa com afasia.

Sabe-se que acontecem seis AVC por hora em Portugal, que dois terços das pessoas sobrevivem e que metade pode ficar com afasia, mas não se sabe ao certo quantas pessoas sofrem com esta situação.

O desenvolvimento de um estudo nacional é outra das "grandes metas" do IPA.

Alergias na primavera
Com a chegada da primavera chegam com ela também, para além das temperaturas mais amenas e dias de s

Crises de espirros, olhos vermelhos, tosse, falta de ar, comichão na pele e na garganta são algumas das manifestações mais frequentes e incómodas de uma reação alérgica.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, estas reações “são uma das consequências possíveis do funcionamento do sistema imunológico”, uma vez que resultam num mecanismo de defesa perante a ação de inúmeros micróbios ou substâncias que estão presentes no ar que respiramos, nos alimentos que comemos e em tudo o que tocamos.

A primavera é uma época propícia ao desenvolvimento de alergias. O aumento do número de horas de sol e da temperatura, bem como a diminuição de precipitação, potencia o aparecimento de agentes alérgenos.

Os pólenes são, aliás, considerados os principais responsáveis pelas alergias durante esta estação. Mas atenção, eles não são os únicos!

As elevadas concentrações de pólenes na atmosfera verificam-se sobretudo numa altura em que a maioria das plantas está em polinização, aumentando quando o ar está mais seco e quando há mais vento.

Estes grãos, invisíveis a olho nú, causam a inflamação das mucosas com as quais entram em contato, podendo afetar os olhos, nariz, brônquios, laringe e faringe.

Conjuntivite, rinite, asma, laringite e faringite são as doenças que lhes estão associadas.

Embora possam apresentar sintomas ligeiros, são habitualmente persistentes. Por isso a doença alérgica deve ser tratada de modo a evitar quadros mais graves.

De acordo com os especialistas, a melhor forma de prevenir ou controlar as alergias passa por educar o doente e a sua família. Evitar os fatores de agravamento, sobretudo no que diz respeito à exposição aos alérgenos.

Por isso deixamos-lhe algumas recomendações:

  • Proteja os olhos com o uso de óculos de sol sempre que sair de casa
  • Evite sair à rua, sempre que possível, quando faz muito vento
  • Evite ter plantas polinizadoras em casa e certifique-se que as janelas estão bem vedadas
  • Aproveite para arejar a casa nos períodos mais frescos do dia
  • Mantenha a casa sempre limpa para evitar a acumulação de pó (um agravante dos sintomas alérgicos)
  • Quando viajar de automóvel faço-o de janelas fechadas. Se usar o ar condicionado certifique-se que o filtro está limpo
  • Evite andar de mota e, se o fizer, use sempre o capacete com viseira fechada
  • Prefira passar o tempo livre à beira mar, afastando-se dos relvados, jardins e parques
  • Troque sempre de roupa assim que chegar a casa, ao final do dia, e sacuda-a. Descalce-se também
  • Se as queixas forem muito intensas, evite praticar atividades físicas ao ar livre
  • E afaste-se dos cigarros. O fumo do tabaco agrava os sintomas das alergias primaveris, principalmente aqueles relacionados com o sistema respiratório. 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ministro da Educação
O Ministro da Educação anunciou um novo projeto de atribuição de verbas às escolas, para que os alunos do 3º ciclo e secundário...

O Conselho de Ministros decidiu desenvolver uma experiência de Orçamento Participativo nas escolas, com o objetivo de criar mecanismos que permitam aos estudantes decidir como utilizar uma parte do orçamento da sua escola, na aquisição de bens ou serviços.

“Os estudantes vão ter a possibilidade de decidir como utilizar uma parte do seu orçamento da escola. Vai haver uma verba adicional para as escolas”, revelou o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, durante a conferência de imprensa no final da reunião de Conselho de Ministros que hoje foi dedicada à educação, no âmbito do Dia Nacional do Estudante.

Tiago Brandão Rodrigues anunciou ainda a celebração de um protocolo com o Ministério da Saúde, para que todos os alunos do 10º ano possam ter “um pequeno módulo, com um determinado número de horas”, de formação sobre suporte básico de vida.

O programa “Arte na Rua” foi outra das novidades anunciadas pelo ministro que disse estar a trabalhar em colaboração com o Ministério da Economia para que os alunos das escolas de ensino artístico possam “pôr em prática tudo o que aprendem em contexto profissional, nos pontos turísticos do país”.

Os estudantes com Necessidades Educativas Especiais (NEE) também foram alvo de atenção do Conselho de Ministros, que decidiu criar um grupo de trabalho “com a missão de rever a lei em vigor, produzir um relatório e criar propostas de maior inclusão escolar dos Estudantes com Necessidades Educativas Especiais”, acrescentou.

 

À margem das medidas anunciadas, e questionado sobre o número de escolas que tinha decidido fazer as provas de aferição, que são facultativas, Tiago Brandão Rodrigues disse que “as escolas têm uma janela temporal até ao final do mês de abril” para decidir, e que, no ministério, “não existe um contador” que permita saber quantas já o decidiram fazer.

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