Dificuldade em engravidar
Alimentação e obesidade são apontadas como fatores que condicionam a fertilidade, tanto no homem com

Atualmente são cada vez mais as mulheres que engravidam mais tarde. Umas por opção, outras por imposição. A verdade é que os estilos de vida, tão diferentes de gerações passadas, têm vindo a condicionar possibilidade de ter um filho.

No entanto, os especialistas alertam para o facto de a fertilidade diminuir com o aumento da idade. Sabe-se que, por exemplo, nas mulheres ela cai drasticamente depois dos 35 anos de idade.

A infertilidade, definida como a ausência de gravidez após um ano de tentativas, tem múltiplas causas. Sendo, na maioria dos casos, reversível.

E é aqui que entram em cena alguns fatores de risco como o stress, obesidade e alimentação.

Estima-se que, em Portugal, mais de metade dos homens e mulheres acima dos 20 anos têm excesso de peso. De acordo com a revista científica “The Lancet” este é um problema que têm vindo a afetar os jovens cada vez mais cedo, uma vez que os dados disponíveis mostram que mais de um quarto dos jovens com menos de 20 anos apresentam peso a mais.

Com a acumulação excessiva de gordura, dá-se, como consequência, o aumento do tecido adiposo, responsável pela reserva de estrogénios (hormona feminina).

Com o aumento deste tecido aumenta também a quantidade de hormonas no organismo.

No homem, a elevada concentração de estrogénios condiciona a produção de espermatozóides.

Já nas mulheres, o excesso desta hormona provoca desequilíbrios no organismo, dificultando o processo de ovulação.

Quanto à alimentação, os especialistas alertam para o consumo de carne com muitas dioxinas, contribuindo para a inibição na produção de espermatozóides, por exemplo.

É que o efeito da alimentação na fertilidade está cada vez mais explícito. Não quer isto dizer que ela possa operar milagres. No entanto, está provado que uma dieta equilibrada é responsável pelo equilíbrio do nosso organismo, que quanto mais saudável estiver melhor irá desempenhar as suas funções.

Em matéria de fertilidade, o zinco é um dos nutrientes mais importantes, estando presente, em grande quantidade, no esperma. Sendo responsável pelo aumento da produção de espermatozóides, pode-se encontrar na carne de vaca e feijão, por exemplo.

Ostras, frutos secos, gemas de ovo, centeio ou aveia são também alimentos ricos neste nutriente.

Vitaminas como B6, A, E e C, e minerais como selénio desempenham, também, um papel importante nesta questão.

A vitamina B6 que, em conjunto com o zinco ajuda a produzir níveis adequados de hormonas, pode ser encontrada nos brócolos, agrião, couve-flor, banana, peixe, soja e aveia.

A vitamina E está presente no trigo, nos cereais integrais, nozes, abacate, feijão e batata-doce, por exemplo.

Cenoura, mamão, brócolos e abóbora são ricos em vitamina A.

A vitamina C, responsável pelo aumento da imunidade, encontra-se sobretudo em frutas como a laranja, limão e kiwi ou em vegetais verdes, pimentos e tomates.

O selénio está presente nos cereais integrais, ovo e peixe.

No capítulo dos alimentos a evitar encontram-se os produtos processados e com conservantes. A cafeína e teína, presentes em algumas bebidas, também não são recomendadas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Semana Mundial do Glaucoma
O glaucoma afeta 67 milhões de pessoas em todo o Mundo, causando perda de visão irreversível se deixado sem tratamento.

Exames regulares aos olhos são essenciais: os doentes podem perder até 40% da sua visão antes de perceberem que têm glaucoma.2

O glaucoma está subdiagnosticado: a deteção precoce e o tratamento correto são fundamentais para preservar a visão.3

Aproximadamente 67 milhões de pessoas em todo o Mundo vivem com glaucoma,1 e infelizmente, aproximadamente metade das pessoas que sofrem desta doença nem sempre tem consciência de que a tem.4 Por outras palavras, mais de 30 milhões de pessoas – que representam a população total associada de Portugal, Holanda e Áustria – estão a perder a sua visão lentamente, sem terem consciência. Atualmente existem 4,5 milhões de pessoas em todo o mundo que estão cegas por causa desta doença.5

O glaucoma é a segunda causa principal de cegueira evitável no Mundo,6 no entanto é uma doença que poucas pessoas conhecem.5

“O glaucoma pode permanecer silencioso e, portanto, não diagnosticado durante anos até a visão se começar a deteriorar, logo os exames regulares à visão são a única forma de detetar esta doença ocular cedo o suficiente para ser devidamente tratada”, diz o Dr. José Moura Pereira, oftalmologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e coordenador do Grupo Português do Glaucoma. “Não existe, hoje em dia, uma cura para o glaucoma mas com um tratamento eficaz, é possível atrasar a sua progressão. Uma pressão ocular elevada é o fator de risco, sobre o qual se pode atuar, mais importante para o glaucoma: portanto manter a pressão ocular sob controlo é a chave para ajudar os pacientes de glaucoma a preservar a sua visão.”

Semana Mundial do Glaucoma: o que pode fazer para preservar a sua visão?

  • Agendar exames à visão. O glaucoma é conhecido como o “ladrão silencioso da visão”7 e é uma doença sem sintomas percetíveis8 – um total de 40% da visão pode ser perdida antes mesmo de o doente se começar a aperceber da doença,3 portanto os exames regulares à visão efetuados por um técnico ou um médico oftalmologista são fundamentais.4
  • Falar acerca do glaucoma. Todas as pessoas, desde bebés até pessoas seniores, podem desenvolver glaucoma.9 Converse com os pais, família, amigos e colegas sobre a doença e a importância da sua deteção precoce.
  • Certifique-se de que os seus entes queridos estão a tomar a sua medicação para o glaucoma. Com um tratamento adequado, a maioria dos doentes com glaucoma não perde a visão.10 No entanto, aproximadamente 25% dos doentes com glaucoma não administram os medicamentos que lhes são prescritos11 e quase 50% dos doentes param totalmente de administrar a medicação num prazo de seis meses após iniciar tratamento,12 um comportamento que, ao longo do tempo, pode conduzir à perda da visão.13

Mais acerca do Glaucoma
O glaucoma pertence a um grupo de doenças oculares que conduzem a uma lesão progressiva do nervo ótico.14 Uma vez que um nervo ótico saudável é fundamental para a transmissão de informação do olho para o cérebro,15 o glaucoma pode resultar numa perda de visão gradual e irreversível e, a uma eventual cegueira, se deixado sem tratamento.16 A causa exata do glaucoma é, ainda, desconhecida.

Existem dois grandes tipos de glaucoma: glaucoma primário e secundário. O glaucoma primário pode ser de ângulo aberto, ou de ângulo fechado. O glaucoma de ângulo aberto é responsável por quase 90% de todos os casos17 e é, muitas vezes, assintomático, portanto permanece não detetado até se encontrar num estado avançado.18 O glaucoma de ângulo fechado, por outro lado, é menos comum, mas necessita de atenção médica imediata.19 Os sintomas do glaucoma de ângulo fechado podem incluir dor severa, náuseas, vermelhidão do olho e visão turva. 11

Tratamentos do glaucoma e fatores de risco
Não é possível curar o glaucoma20 e a perda de visão não pode ser restaurada. No entanto, a visão que resta pode ser preservada através de tratamento.21 O glaucoma pode ser tratado com gotas para os olhos, medicamentos orais, cirurgia a laser, cirurgia tradicional, ou uma combinação destes métodos.22

Além da elevada pressão intraocular,17 certos fatores podem aumentar o risco de desenvolver glaucoma, incluindo:23

  • Ter um historial de glaucoma na família;
  • Qualquer pessoa com mais de 60 anos;
  • Afrodescendentes com mais de 40 anos;
  • Pessoas com ascendência asiática (risco especifico de glaucoma de ângulo fechado);
  • Pessoas com diabetes, hipertensão arterial e doenças do coração;
  • Pessoas com danos físicos nos olhos;
  • Pessoas que usaram esteroides durante um longo período de tempo.

Referências:

1The Glaucoma Foundation, Get Involved, https://www.glaucomafoundation.org/Get_Involved.htm, last accessed January 29, 2015
2Glaucoma Research Foundation, January is Glaucoma Awareness Month, http://www.glaucoma.org/news/glaucoma-awareness-month.php, last accessed January 29, 2015
3The Glaucoma Foundation. Treating Glaucoma. http://www.glaucomafoundation.org/treating_glaucoma.htm, last accessed January 29, 2015
4Burr JM, Mowatt G, Hernández R, Siddiqui MA, Cook J, Lourenco T, et al. The clinical effectiveness and cost-effectiveness of screening for open angle glaucoma: a systematic review and economic evaluation. Health Technology Assessment. 2001;11:41.  http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0015007/, last accessed January 29, 2015
5Vision 2020, Glaucoma, http://www.iapb.org/vision-2020/what-is-avoidable-blindness/glaucoma, last accessed January 29, 2015
6Lighthouse International, Prevalence of Vision Impairment, http://www.lighthouse.org/research/statistics-on-vision-impairment/preva..., last accessed January 29, 2015
7Glaucoma Research Foundation. January is Glaucoma Awareness Month. http://www.glaucoma.org/news/glaucoma-awareness-month.php, last accessed January 29, 2015
8Glaucoma Research Foundation. What is Glaucoma?, Glaucoma Facts and Stats. http://www.glaucoma.org/glaucoma/glaucoma-facts-and-stats.php, last accessed January 29, 2015
9Glaucoma Research Foundation. Glaucoma Facts and Stats, http://www.glaucoma.org/glaucoma/glaucoma-facts-and-stats.php
10National Eye Institute. Facts about Glaucoma, http://www.nei.nih.gov/health/glaucoma/glaucoma_facts.asp, last accessed January 29, 2015
11Asian Journal of Ophthalmology, Compliance with Medical Management in Glaucoma, http://www.apglaucomasociety.org/toc/v2n4/v2n4p3.pdf, last accessed January 29, 2015
12UNC Eshelman School of Pharmacy, Sleath Receives $2.65 Million Grant to Study Glaucoma Patients, http://pharmacy.unc.edu/news/schoolnews/sleath-receives-2-65-million-grant-to-study-glaucoma-patients, last accessed January 29, 2015
13Prevent Blindness America. Treating Glaucoma With Medicines > Don’t Skip Doses! http://www.preventblindness.org/treating-glaucoma-medicines, last accessed January 29, 2015
14American Optometric Association. http://www.aoa.org/patients-and-public/eye-and-vision-problems/glossary-of-eye-and-vision-conditions/glaucoma?sso=y, last accessed January 29, 2015
15Glaucoma Research Foundation. What is Glaucoma, How Glaucoma Affects the Optic Nerve. http://www.glaucoma.org/glaucoma/the-optic-nerve-questions-and-answers-from-dr-bradley-schuster.php, last accessed January 29, 2015
16National Eye Institute. Facts About Glaucoma, Glaucoma Symptoms. http://www.nei.nih.gov/health/glaucoma/glaucoma_facts.asp#a, last accessed January 29, 2015
17Glaucoma Research Foundation. Types of Glaucoma. http://www.glaucoma.org/glaucoma/types-of-glaucoma.php, last accessed January 29, 2015
18Glaucoma Research Foundation, Symptoms of Open-angle Glaucoma, http://www.glaucoma.org/glaucoma/symptoms-of-primary-open-angle-glaucoma.php, last accessed January 29, 2015
19Glaucoma Research Foundation. Types of Glaucoma, http://www.glaucoma.org/glaucoma/types-of-glaucoma.php, last accessed January 29, 2015
20Glaucoma Research Foundation. Understand Your Glaucoma Diagnosis. http://www.glaucoma.org/treatment/understand-your-glaucoma-diagnosis.php, last accessed January 29, 2015
21The Glaucoma Foundation. Primary Open-Angle Glaucoma (POAG). https://www.glaucomafoundation.org/Primary_Open-Angle_Glaucoma.htm, last accessed January 29, 2015
22The Glaucoma Foundation. Treating Glaucoma. https://www.glaucomafoundation.org/treating_glaucoma.htm, last accessed January 29, 2015
23Glaucoma Research Foundation, Are You at Risk for Glaucoma? http://www.glaucoma.org/glaucoma/are-you-at-risk-for-glaucoma.php, last accessed January 29, 2015

Ministério da Saúde
Uma aplicação de telemóvel para promover a vida ativa e prevenir as dependências nos jovens é um dos projetos que o Governo vai...

O Governo vai criar um Programa Nacional para a Saúde, Literacia e Autocuidados, com vista a capacitar os cidadãos a tomar decisões informadas sobre a saúde, ciente de que existem em Portugal baixos níveis de literacia em saúde, segundo apontam alguns estudos.

Segundo um documento do Ministério da Saúde, entre os vários temas abrangidos por este programa, destaca-se a preparação e o apoio a prestadores informais em cuidados domiciliários, a prevenção da diabetes ou da obesidade e a promoção da saúde mental, do envelhecimento saudável e da utilização racional e segura do medicamento.

Por isso mesmo, a tutela propõe-se colocar no centro da primeira fase de desenvolvimento do projeto a “noção de ‘vida ativa’, física, intelectual e afetivamente".

Em concreto, entre 2016 e 2017, serão desenvolvidas campanhas, em diversos meios comunicacionais e promocionais, que explorem “todas as oportunidades para promover o conceito de ‘vida ativa’”.

Ainda neste contexto, serão escolhidas e desenvolvidas aplicações para telemóveis destinadas a promover a vida ativa e a prevenir situações de dependência na população jovem, que depois serão tidas em conta em iniciativas de educação para a saúde para jovens.

O programa conta também com um projeto dedicado ao envelhecimento, aos autocuidados e aos cuidadores informais, que pretende desenvolver técnicas para promover a literacia em saúde no domicílio e nos lares.

Numa primeira fase, este projeto é desenvolvido apenas em três localidades, com a colaboração de unidades de cuidados na comunidade e unidades de cuidados continuados integrados, sendo posteriormente alargado a todo o país, após a avaliação dos resultados.

A circulação dos portugueses no sistema de saúde é outra das preocupações do Governo: “ajudar as pessoas a conhecer melhor os serviços de saúde, de forma a utilizá-los mais eficaz e eficientemente, constitui uma importante preocupação deste Programa, no âmbito do desenvolvimento do Portal do SNS” [Serviço Nacional de Saúde].

Neste domínio, e dada a sua extensão, o Governo selecionou três temas para arrancar com este projeto: testamento vital, doenças oncológicas e saúde reprodutiva.

O Portal do SNS vai também conter um “Repositório de Literacia em Saúde”, que recolhe, analisa, seleciona e divulga seletivamente projetos e instrumentos que configurem boas práticas em educação, literacia e autocuidados.

O Governo considera ainda que a promoção da literacia em saúde não pode passar ao lado de espaços de atendimento do SNS com qualidade.

“Com base num melhor conhecimento da situação atual do SNS é adotada uma norma sobre a qualificação dos espaços de atendimento no SNS, que devem incluir conteúdos de educação para a saúde e literacia, com particular atenção à utilização de imagens televisivas”, refere o documento.

Esta experiência será desenvolvida inicialmente num número limitado de espaços de atendimento, antes de ser generalizada ao conjunto do SNS.

A coordenação deste programa integra a Direção-Geral da Saúde e os departamentos regionais de saúde pública, que devem assegurar relatórios semestrais de monitorização e um relatório avaliativo em junho de 2017.

Europacolon alerta
A Europacolon Portugal - Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, alerta novamente para a situação da falta de...

Na zona da Grande Lisboa, os locais para a realização de colonoscopias passaram de dois para 37, segundo informação divulgada pelo Ministério da Saúde em Setembro de 2015. Contudo, passados cerca de cinco meses deste anúncio, cerca de metade das 37 novas entidades prestadoras que integraram a rede de convencionados do Serviço Nacional de Saúde ainda não se encontram a realizar os exames. Contactadas por telefone pela Europacolon Portugal entre os dias 3 e 4 de março, apenas 21 entidades da zona denominada “Grande Lisboa” (que inclui Caldas da Rainha, Alcobaça, Torres Novas, Leiria) se encontram a fazer marcações de colonoscopias com sedação através de prescrições pelo Serviço Nacional de Saúde e destas, apenas 15 aceitam marcações para os meses de março e abril. Outras seis têm atualmente uma lista de espera que ultrapassa os dois meses.

Segundo cientistas
Um grupo de cientistas que estuda a doença degenerativa de Alzheimer está convencido de que existe uma componente microbial...

O grupo que juntou 31 cientistas de universidades por todo o mundo assinou um editorial na revista científica Journal of Alzheimer's Disease para sugerir que uma infeção vírica ou bacteriana pode desencadear a doença degenerativa do cérebro.

"Existem provas incontornáveis de que a doença de Alzheimer tem uma componente microbiana", disse o investigador Douglas Kell, da universidade britânica de Manchester, citado num comunicado sobre o editorial que também assina. "Não podemos continuar a ignorar todas as provas".

O editorial publicado na revista pode marcar o princípio de uma viragem na forma como o Alzheimer tem sido estudado, escreve o Diário de Notícias, apelando com um tom de urgência para que se façam mais investigações no sentido de perceber como agentes antimicrobianos podem ser usados para tratar a doença. Para tal, apoiaram-se em estudos publicados em revistas científicas que apontam na direção de um fator microbial no surgimento do Alzheimer. Os estudos para perceber melhor o papel dos vírus e das bactérias no Alzheimer têm sido, no entanto, pouco financiados e ignorados como "controversos", algo que este grupo quer mudar.

Os investigadores que assinam o editorial sublinham que outros conceitos para o aparecimento do Alzheimer que não o microbiano resultaram em mais de 400 ensaios clínicos falhados apenas nos últimos 10 anos. Assim, apelam, é importante que se financiem investigações para explorar a ideia de que micróbios, nomeadamente o vírus do herpes e a bactéria que provoca a clamídia, possam ter impacto no aparecimento da doença.

"Escrevemos para expressar a nossa preocupação de que uma particularidade da doença tenha sido negligenciada, muito embora tratamento baseado nela possa vir a abrandar ou parar a progressão da doença de Alzheimer", escrevem os cientistas. "Referimo-nos a muitos estudos, principalmente em humanos, que implicam micróbios específicos no cérebro idoso, com ênfase no herpes simples vírus tipo 1, no chlamydia pneumoniae e em vários tipos de spirochatete".

Mais de 182 mil pessoas sofrem de Alzheimer em Portugal, uma doença degenerativa que provoca demência e que afeta principalmente a população idosa.

Após alta
Comissão vai criar base de dados online para que médicos registem episódios e façam o seguimento dos pacientes. Não há dados...

Há pessoas com problemas de saúde mental que depois de terem sido internadas compulsivamente recebem alta e ficam sem qualquer acompanhamento, correndo o perigo de descompensarem, afirma Jorge Costa Santos, presidente da Comissão para Acompanhamento da Execução do Regime de Internamento Compulsivo, uma estrutura que voltou a funcionar no ano passado depois de seis anos de vazio.

A Lei de Saúde Mental prevê, desde 1998, que o internamento compulsivo de doentes mentais se faça de acordo com um conjunto de regras que têm de ser validadas pelos tribunais, escreve o jornal Público. Podem requerer o internamento médicos “no exercício das suas funções”, “autoridades de Saúde” e o Ministério Público. Tem de estar em causa “uma situação de perigo”.

A mesma lei prevê que deve existir uma comissão para receber as reclamações das pessoas internadas compulsivamente, visitar os hospitais e comunicar com os internados, solicitar ao Ministério Público a correção de situações de violação da lei e recolher de dados sobre a sua aplicação. A ausência desta estrutura durante seis anos mereceu aliás a Portugal duas chamadas por parte do Comité Europeu para a Prevenção da Tortura e das Penas ou Tratamentos Desumanos ou Degradantes do Conselho da Europa.

Em funções há cerca de um ano, o presidente da comissão de nove membros, Jorge Costa Santos, diz: “a perceção que temos é que há um número significativo de pacientes com alta de internamento compulsivo que ficam sem acompanhamento, o que nos preocupa”. O médico, professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, diz que alguns destes doentes, muitos sem rede familiar, “perdem-se na comunidade. Têm alta, deixam de tomar a medicação e descompensam”. Depois, o que muitas vezes acontece é que “ou têm comportamentos que levam as autoridades policiais a agir com vista ao reinternamento ou ficam entregues a si mesmos, em sofrimento, sem qualquer tipo de apoio terapêutico”.

Não existem dados nacionais sobre o número de pessoas que são internadas compulsivamente desde 2007. Por isso, o médico informa que a comissão decidiu criar uma nova base de dados online onde os médicos deverão introduzir estes episódios, que deverá avançar no início do próximo semestre.

Além do registo do internamento, o objetivo é também fazer o acompanhamento do doente ao longo do seu processo terapêutico após o internamento, por exemplo, registando passagens para internamento compulsivo em ambulatório (fora do hospital), seguimento numa unidade de saúde mental na área de residência. “Há situações que temos de escrutinar. As pessoas com internamento compulsivo têm de ser sinalizadas para consulta das suas áreas de residência, sob pena de descompensarem”.

Desde que a comissão entrou em funções receberam apenas uma reclamação de um doente e fizeram uma visita de carácter inspetivo, com entrevistas aleatórias a doentes e a médicos, ao Centro Hospital Psiquiátrico de Lisboa. “Não encontrámos nada de especialmente gritante”. As reclamações podem ser feitas para o email [email protected].

No passado a comissão esteve por nomear por problemas associados a ajudas de custos, esclareceu em tempos o diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, Álvaro de Carvalho. Jorge Costa Santos diz que o funcionamento da atual comissão continua  a estar muito fragilizado pela dificuldade de fazer face às despesas de deslocação de membros que têm de vir de todo o país para estarem presentes nas reuniões da comissão na Direcção-Geral da Saúde, em Lisboa.

No último ano em que há dados a nível nacional, em 2007, os internamentos compulsivos representavam quase 10% das admissões de doentes em psiquiatria (1911 em 19.356).

Universidade do Porto
Investigadores da Universidade do Porto estão a desenvolver um estudo sobre a relação entre a atividade física e a adoção de...

De acordo com a investigadora que lidera o projeto, Luísa Soares-Miranda, o objetivo principal passa também por verificar como esses fatores atuam na recorrência da doença e na sobrevivência dos pacientes.

Em depoimentos, a responsável pela investigação CASUS (Cancer Study Survival), que faz parte do Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer (CIAFEL) da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), indicou que o diagnóstico do cancro pode ser uma "janela de oportunidade para mudanças de comportamento".

Acredita que através da nutrição e da atividade física é possível melhorar os efeitos laterais de curto e longo prazo associados aos tratamentos, tais como a fadiga, o ganho de gordura e a perda de aptidão física.

Com o auxílio desses dois fatores, crê também ser possível evitar o desenvolvimento de outras perturbações crónicas, como a diabetes e doenças cardiovasculares, e reduzir as possibilidades de uma recorrência do cancro.

"O cancro colorretal (CCR) é o segundo cancro mais comum na Europa", indica a investigadora, acrescentando que as taxas de sobrevivência aos 5 anos variam entre os 40 e os 65%, com uma prevalência aos 5 anos de um milhão, segundo dados de 2012.

"Em Portugal, a incidência CRC ocupa o segundo lugar entre todos os tipos de cancro, em homens e mulheres, após os cancros da próstata e da mama, com taxas de sobrevivência aos 5 anos variando entre os 50 e os 60%", informou Luísa Soares-Miranda.

Mesmo nos casos em que o tratamento tem sucesso, os pacientes com cancro colorretal, na sua maioria idosos, passam por problemas de saúde e diminuição da qualidade de vida e de aptidão física, acrescentou.

Os indivíduos selecionados para o estudo, com idade igual ou superior a 18 anos, vão responder a um questionário sobre a atividade física, a ingestão alimentar e a qualidade de vida.

Para além disso, vão ser realizados análises ao sangue e testes de aptidão física e os pacientes vão usar um acelerómetro durante sete dias.

Estes testes vão ocorrer em três fases, aos seis, aos 12 e aos 24 meses após a cirurgia, para verificar as mudanças que vão surgindo durante esse período.

A investigadora estima que o número de pessoas que vivem com o diagnóstico deve aumentar devido aos programas de rastreio - hoje em dia "mais efetivos"-, às melhorias nos tratamentos e à tendência da população no que respeita ao envelhecimento.

Na investigação CASUS (Cancer Study Survival), que vai ficar concluída entre 2017 e 2018, estão envolvidos investigadores do FADEUP, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, do Porto, e profissionais do serviço de Gastroenterologia do Hospital São João.

Especialista defende
As mulheres portuguesas já passam em média um terço da vida na situação de menopausa, exigindo dos médicos uma redobrada...

“Temos de fazer escola no sentido de os médicos saberem tratar melhor as mulheres na menopausa” já que "um terço da vida da mulher é passado em menopausa e em média 17 anos ativa no trabalho e na família”, defendeu a presidente da Secção de Menopausa da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), Fernanda Geraldes.

A ginecologista falava  a propósito do encontro “Menopausa – Um novo ciclo”, que vai decorrer em Évora, de sexta-feira a sábado, no âmbito da 184ª reunião da SPG, em que participam especialistas nacionais e de outros países.

Mais de dois milhões de portuguesas “em idade de pós-menopausa têm de trabalhar até aos 67 anos pelo menos”, numa época em que a esperança de vida tem vindo a aumentar.

“Temos hoje mais mulheres em Portugal, sobretudo na faixa etária a partir dos 50 anos”, disse, citando dados do censo de 2011, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Uma melhor preparação dos médicos, designadamente através da sua participação em encontros científicos, dará “um contributo importante para a qualidade de vida destas mulheres”.

Em 2011, segundo o INE, 40,5% das mulheres em Portugal tinham mais de 50 anos, percentagem que poderá ter aumentado nos últimos cinco anos, admitiu a médica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

O encontro médico “Menopausa – Um novo ciclo” é a primeira atividade pública promovida pela Secção de Menopausa da Sociedade Portuguesa de Ginecologia.

“Mais de um milhão de portuguesas estão em idade de menopausa (1.130.973, só entre os 45 e os 59 anos), número com tendência para subir”, segundo uma nota da organização do encontro, no qual estão inscritos cerca de 240 médicos, sobretudo ginecologistas e alguns especialistas de medicina geral e familiar.

Uma mulher está menopáusica “quando na idade prevista apresenta uma ausência de ciclos menstruais de há mais de um ano”, refere. No Ocidente, a idade média é de 51,4 anos.

“Na população portuguesa, (…) a menopausa espontânea ronda os 48 anos. O fenómeno surge tipicamente entre os 45 e os 55 anos”, ainda de acordo com a organização.

O programa científico do encontro inclui intervenções sobre terapêutica hormonal e suplementação na menopausa (soja, cálcio, vitamina D e colagénio, entre outras), estando ainda em discussão temas como “As estratégias não hormonais no tratamento dos sintomas vasomotores”.

Serão abordados também temas como “A partir dois 60 anos – que alternativas”, por Isabel Matos, e “Menopausa e líbido – o 'viagra' feminino existe?”, pelo psiquiatra Júlio Machado Vaz.

Associação alerta
A Associação Nacional do Doente Adicto e Dual, com sede em Coimbra, alertou para a necessidade de melhor acompanhamento e de...

Os medicamentos para o tratamento destes doentes "são caros e quase nada comparticipados", faltam instalações para internamento próprio e o acompanhamento médico devia ser melhor, disse o presidente da Associação Nacional do Doente Adicto e Dual (ANDAD), António Melanda.

Segundo o responsável, quando é para tratar de doentes duais "não há ninguém que os trate", sendo "deixados ao Deus dará, abandonados", por não haver uma resposta de internamento e acompanhamento "próprios", focada na patologia dual.

"Não há uma resposta concreta", frisou, considerando "urgente" que se crie um estatuto "para este doente".

António Melanda sublinha que a associação se bate "com o problema de falta de médicos e de instalações", realçando que a situação se agrava por se tratar de doentes, normalmente, com dificuldades económicas.

"Os doentes têm um problema de acompanhamento ao nível dos próprios hospitais. Muitas vezes vão a consultas e depois, como há dificuldade no acompanhamento médico e medicamentoso, os doentes acabam por abandonar o tratamento e voltam à situação anterior. Quando regressam, estão pior", realçou.

As dificuldades na aquisição de medicamentos e a falta de um acompanhamento dedicado leva a que haja muitas recaídas, apontou.

Os vários medicamentos que os doentes duais têm de tomar, podem levar a que estes tenham de gastar "mais de 100 euros por mês", frisou ainda António Melanda.

A Associação Nacional do Doente Adicto e Dual, constituída em junho de 2015, tem nos seus órgãos sociais doentes, familiares e técnicos de acompanhamento, apresentando como objetivo defender os direitos destes doentes e promover o apoio dos mesmos.

Mês da Proteção Civil no Concelho da Amadora
O Dolce Vita Tejo associa-se às atividades do mês da proteção civil no concelho da Amadora acolhendo, no próximo dia 12 de...

O curso, a decorrer entre as 10h00 e as 18h00, numa tenda própria montada na praça central exterior do Centro Comercial, consiste na aprendizagem de noções básicas de intervenção à vítima. O objetivo é explicar as principais técnicas de verificação e ajuda no caso da prestação de primeiros socorros. Conseguir verificar sinais vitais, aprender a colocar uma vítima em posição de segurança e saber observar o seu estado geral para poder transmitir via telefone às autoridades competentes indicações precisas sobre o estado da vítima são alguns dos tópicos a transmitir. Os participantes vão ter ainda a oportunidade de participar num rastreio de pressão arterial e de níveis de glicemia no sangue. Tudo gratuito.

Esta ação integra-se nas atividades programadas para o mês da protecção civil, uma iniciativa da Câmara Municipal da Amadora que pretende sensibilizar a comunidade para a prevenção, socorro e recuperação em caso de acidente ou catástrofe.

Ao longo do mês, realizam-se palestras, exposições, teatro, uma competição de resgate de bombeiros, entre outras ações.

O Dolce Vita Tejo valoriza o trabalho da proteção civil e disponibiliza as instalações do Centro Comercial para ações de treino, demonstração e divulgação de boas práticas junto da população.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Série monográfica da Unidade de Investigação da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra reúne resultados de investigações de...

Professores da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) apresentam, quinta-feira (dia 10 de março de 2016), duas publicações na área da Enfermagem de Reabilitação, no âmbito da série monográfica “Educação e Investigação em Saúde”, que é editada pela Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E).

“Enfermagem de Reabilitação: Percursos de Investigação” e “Enfermagem de Reabilitação: Resultados de Investigação” são os títulos das novas publicações, que têm lançamento marcado para as 15h15, nas instalações da ESEnfC em S. Martinho do Bispo (Polo B).

Estas publicações, com a coordenação científica dos professores António José Pinto de Morais, Arménio Guardado Cruz e Carlos Alberto Cruz Oliveira, apresentam os resultados de investigações desenvolvidas por um conjunto de profissionais/enfermeiros, durante o percurso de formação avançada em Enfermagem de Reabilitação, na ESEnfC, conhecimento que pode contribuir para o exercício duma prática clínica que se pretende cada vez mais baseada na evidência.

Os estudos divulgados visam a melhoria da qualidade de cuidados e a maximização dos resultados de saúde, tendo em conta a relação custo-benefício das intervenções de Enfermagem de Reabilitação.

A monografia “Enfermagem de Reabilitação: Percursos de Investigação” trata de questões relacionadas com as competências específicas do enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação, com os contributos deste para a evolução da independência funcional do doente após acidente vascular cerebral, com as vivências da pessoa com doença pulmonar obstrutiva crónica e com o impacto do processo de reabilitação da mulher mastectomizada ao nível da recuperação da independência.

A prevenção de declínio funcional da pessoa em situação crítica, os eventos adversos da restrição física da mobilidade e as lesões musculoesqueléticas relacionadas com o trabalho dos enfermeiros em contexto hospitalar são outras questões em análise.

Já na monografia “Enfermagem de Reabilitação: Resultados de Investigação” predominam estudos relacionados com alterações a nível do sistema locomotor, mas também com alterações neurológicas, renais e gástricas.

Estes dois novos números da série monográfica “Educação e Investigação em Saúde” serão apresentados durante o 2º Congresso Internacional em Enfermagem de Reabilitação, subordinado ao tema “A pessoa, função e autonomia: reabilitar nos processos de transição no ciclo de vida”.

Saúde Oral
A língua é uma excelente fonte de informações sobre a sua saúde.

Não é em vão que crescemos a ouvir dizer que a saúde começa pela boca. A verdade é que é nesta parte do corpo que, por vezes, surgem os primeiros sinais de que alguma coisa não está bem no nosso organismo. Quer a nível físico, quer psicológico.

Por isso é de extrema importância que lhe dê a devida atenção, não só cuidando da sua saúde oral, como estando atento a outros sinais.

Sabe-se, por exemplo, que uma coloração muito esbranquiçada da língua pode indicar anemia. Caso apresente lesões aftosas, isso pode significar que sofre de estomatite, ou que alguma outra doença está a afetar o seu sistema imunitário.

As feridas nos lábios, por outro lado, podem ser um sinal de desidratação. Sobretudo no Inverno.

Quando estas feridas se localizam no canto da boca e há dificuldade no processo de cicatrização, pode estar a sofrer de queilite angular (vulgarmente conhecida por boqueira) – um processo inflamatório doloroso provocado pela falta de vitaminas do complexo B.

A boca seca, desencadeada por vários fatores como menopausa, alguns medicamentos ou diabetes, por exemplo, pode ser sinal de infeção nas glândulas salivares.

Na realidade, a saliva é extremamente importante, não só porque protege os dentes contra as bactérias como facilita a mastigação e deglutição dos alimentos.

As aftas podem indicar baixa imunidade e podem ser provocadas por uma doença específica ou pelo uso de medicamentos. Habitualmente, estão associadas ao stress emocional ou alterações hormonais. Podem ainda indicar uma intolerância alimentar (ao glúten, por exemplo) ou deficiência de zinco.

Já o hálito pode indicar a existência de problemas de saúde como a diabetes. É que, de acordo com alguns especialistas, o cheiro da boca é um bom indicador de determinadas doenças.

Quem sofre de diabetes, por exemplo, costuma apresentar um cheiro mais ácido, semelhante ao de uma maçã velha, garantem.

Os doentes renais crónicos, em hemodiálise ou transplantados, podem apresentar um hálito com um odor parecido à urina.

Outras doenças como a febre reumática e mononucleose ou certas intolerâncias (lactose, por exemplo) também podem alterar o hálito.

Por fim, dentes rectos e gastos, assim como dores de cabeça matinais e dores no maxilar são sinais típicos de quem sofre de bruxismo. Stress ou problemas emocionais podem estar na origem deste ranger de dentes. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Quando dormir nunca é suficiente
Considerada como uma doença rara que afeta apenas 1% da população, a Hipersónia é uma perturbação do
Mulher na cama a bocejar ao lado de relógio

Dormir mais do que o habitual, acordar sempre cansado e ter ataques de sono durante todo o dia apesar de fazer sestas pode indicar que sofre de hipersónia.

Muito menos frequente que a insónia, estima-se que esta perturbação do sono possa levar-nos a dormir mais 25% do padrão de sono normal.

Na realidade, as pessoas que sofrem deste distúrbio podem dormir mais de 10 horas por noite e, ainda assim, sentirem que não descasaram nada.

O problema não está, aliás, em adormecer. Pelo contrário, quem sofre de sonolência excessiva, como também é conhecida, adormece a qualquer hora e em qualquer lugar. Por isso é frequente causar alguns constrangimentos a nível profissional e social.

De acordo com a Associação Espanhola de Narcolepsia e Hipersónia, irritabilidade, ansiedade, perda de concentração e problemas de movimento e memória são algumas consequências deste distúrbio.

Embora as suas causas sejam ainda quase desconhecidas, sabe-se que algumas condições como lesões cerebrais ou doenças neurológicas podem desencadear o problema.

Segundo a Associação Americana do Sono, a hipersónia pode ser ocasionada por outros transtornos do sono, fatores genéticos e também pelo uso de alguns medicamentos e drogas.

Este distúrbio pode ser classificado como: hipersónia recorrente – dura algumas semanas e pode surgir periodicamente; hipersónia pós-traumática – que, como o nome indica, pode ocorrer em resultado de um traumatismo; e hipersónia idiopática – frequentemente confundida com a nacrolepsia, uma vez que os sintomas podem ser semelhantes, manifestando-se há pelo menos três meses. Não tem causa conhecida e resiste a qualquer estratégia.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, descobriu uma substância no cérebro que age como um sonífero natural, impedindo que quem sofre desta forma de distúrbio idiopática se consiga manter acordado.

De acordo com estes especialistas, muitos adultos que têm problemas de sonolência libertam uma substância no cérebro que atua como uma “pílula para dormir”.

Esta descoberta permitiu que se realizassem vários testes a medicamentos, de modo a encontrar o tratamento adequado para este distúrbio.

Para além da toma de alguns medicamentos, é essencial criar uma rotina de sono eficaz para combater este problema.

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Estudo
Um cocktail com dois anticorpos baseado numa terapia experimental para o Ébola protegeu completamente macacos da infeção letal,...

Em causa esteve a utilização de apenas dois anticorpos monoclonais em vez dos três usados na formulação original da terapia, produzidos em células de mamífero e não em células de plantas, o que permitiu melhorar a segurança, simplificar a produção e acelerar a aprovação da terapia, dizem os cientistas, cujo estudo foi publicado na revista Science Translational Medicine.

A epidemia de Ébola na África ocidental é a maior da doença desde que há registos, o que torna urgente a criação de medicamentos e vacinas para aquela infeção.

O estudo partiu de ensaios clínicos, em curso na África ocidental, para o medicamento ZMapp, uma combinação de três anticorpos produzida em células de plantas.

O medicamento foi administrado, ao abrigo de um programa de uso compassivo, a trabalhadores humanitários estrangeiros infetados com o Ébola na África ocidental. Alguns dos pacientes sobreviveram à infeção.

A equipa do cientista Xiangguo Qiu, da Universidade de Manitoba, no Canadá, desenvolveu uma formulação do ZMapp que usou dois dos três anticorpos, produzidos em células modificadas de ovários de hamsters chinesas.

Depois, os investigadores manipularam os anticorpos para melhor refletirem os anticorpos humanos.

Numa experiência com macacos, o cocktail com dois anticorpos protegeu todos os três animais três dias após a infeção com a estirpe Makona do vírus Ébola, responsável pelo surto atual.

Em contraste, uma formulação semelhante de ZMapp produzida em células de plantas apenas protegeu dois dos macacos.

"Tanto quanto sabemos, este é o primeiro estudo a demonstrar que um cocktail com dois anticorpos pode conferir uma proteção de 100% em primatas não humanos infetados com o vírus do Ébola", escrevem os autores do estudo.

A epidemia de Ébola na África Ocidental afetou 28.637 pessoas e vitimou mortalmente 11.315 delas.

Iniciada em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri, a epidemia propagou-se depois aos vizinhos Libéria e Serra Leoa, três países que concentraram 99% dos casos, bem como à Nigéria e Mali.

A Libéria foi o primeiro país a ser declarado "livre da transmissão" de Ébola, em maio de 2015, enquanto na Serra Leoa tal aconteceu a 07 de novembro desse ano. Na Guiné-Conacri igual anúncio foi feito a 29 de dezembro.

‘Tagus Academic Network for Knowledge’
A José de Mello Saúde, a CUF e a Universidade Nova de Lisboa criam uma ampla aliança para promover a investigação clínica, a...

O Consórcio agora criado, o ‘Tagus Academic Network for Knowledge’ (Tagus TANK), concilia a prática hospitalar com o ensino e a investigação.

A cerimónia de assinatura da constituição do Consórcio, que teve lugar na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa (UNL), contou com as presenças do Reitor da UNL, António Rendas, e do Presidente da José de Mello Saúde (JMS), Salvador de Mello, assim como de Pedro Pita Barros, presidente do Conselho Diretivo do Tagus TANK.

O objetivo principal do ‘Tagus Academic Network for Knowledge’, que terá um Conselho Diretivo constituído por dois elementos de cada uma das instituições e um Conselho Consultivo, é reforçar a colaboração entre as duas instituições, uma vez que a José de Mello Saúde e a Universidade Nova de Lisboa, através da Nova Medical School | Faculdade de Ciências Médicas, são parceiros de longa data na formação médica. O Hospital CUF Tejo, que abre as portas em 2018, reúne condições ainda mais privilegiadas para o desenvolvimento do ensino e da investigação integrados na prática clínica.

O Reitor da Universidade Nova de Lisboa, António Rendas, afirma que “entre outras finalidades, pretende-se reforçar a cooperação internacional, tanto para a investigação como para a formação avançada, que potenciem a capacidade de investigação clínica e a identificação de melhores práticas”. E acrescenta: “Esta parceria com a José de Mello Saúde e a CUF poderá promover ainda mais o desenvolvimento do ensino e da investigação médica em Portugal, criando modelos inovadores de cooperação em novas áreas do Ensino Académico relacionadas com a Saúde, como a Gestão, a Engenharia, ou o Direito, entre outras.”

Já segundo Salvador de Mello, Presidente da JMS, que assinou o Protocolo com o Reitor da UNL, “é precisamente por considerarmos que as atividades de ensino e de investigação são essenciais para a melhoria contínua dos cuidados de Saúde em Portugal que a José de Mello Saúde pretende estreitar os laços desta aliança já existente com a prestigiada Universidade Nova de Lisboa”.

O Presidente da JMS lembra que “o novo Hospital CUF Tejo irá nascer em 2018 com atributos de natureza universitária – e é o primeiro a ser construído de raiz para essa função – o que constitui um caso absolutamente inovador no panorama nacional e prossegue naturalmente os objetivos do Consórcio com a Universidade Nova de Lisboa”.

Para Salvador de Mello deve ser ainda destacado que “o ‘Tagus Academic Network for Knowledge’ vai facilitar a captação de financiamentos externos nacionais e internacionais que apoiem o desenvolvimento de programas de formação e investigação”. 

Algumas disciplinas ministradas no curso de Medicina da Nova Medical School | Faculdade de Ciências Médicas são já lecionadas nas Unidades CUF e especialmente no Hospital CUF Infante Santo, onde uma equipa de quatro médicos – dois catedráticos e dois auxiliares – e oito assistentes assumem o ensino das disciplinas de otorrinolaringologia, gastrenterologia e pneumologia. Com o Consórcio Tagus TANK será alargada também a cooperação no ensino de outras áreas médicas.

Entre os objetivos do Tagus TANK destacam-se:

A aplicação do conhecimento científico na área da saúde, e a consequente melhoria da qualidade dos cuidados prestados, através da identificação e disseminação de boas práticas nas diferentes áreas, designadamente no ensino, na investigação e na prática clínica;

A modernização e qualificação da educação médica e de outros profissionais de saúde, tanto na vertente pré-graduada, como na vertente pós-graduada (incluindo formação continuada de médicos especialistas), através do desenvolvimento conjunto de programas de formação académica em medicina, ciências biomédicas e da saúde, com particular destaque para programas de doutoramento;

A associação do consórcio à UNL –NMS|FCM, para funções de ensino e investigação, dos médicos doutorados que exerçam atividade clínica em unidades de prestação de cuidados de saúde da JMS;

O estabelecimento de grupos de investigação conjuntos com vista à cooperação entre investigação básica e investigação clínica;

A promoção de projetos de investigação clínica, epidemiológica e de translação;

O reforço de uma cultura focada na excelência académica e clínica e desenvolvimento de projetos conjuntos que melhorem os cuidados clínicos prestados e respetivos outcomes para os doentes;

O reforço da cooperação internacional tanto para a investigação como para a formação avançada;

A captação de financiamentos externos nacionais e/ou internacionais que apoiem o desenvolvimento de programas de formação e/ou de investigação específicos a desenvolver no âmbito deste Consórcio.

Em 2015
A Luz Saúde registou um resultado líquido de 21,8 milhões de euros em 2015, uma subida homóloga de 20% face ao lucro de 18,1...

"Em 2015, a Luz Saúde manteve a sua trajetória de crescimento, quer a nível do segmento de cuidados de saúde privados quer do segmento de cuidados de saúde públicos, e realizou investimentos estratégicos para o seu crescimento futuro", lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O grupo destacou o aumento dos rendimentos operacionais consolidados em 5,5% face a 2014, para 423,6 milhões de euros, que traduzem um crescimento de 6,2% no segmento privado e de 3,4% no segmento público.

Já os custos operacionais subiram 5,3% para 362,9 milhões de euros no ano passado.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ascendeu a 60,7 milhões de euros no ano passado, contra 57 milhões de euros em 2014.

A Luz Saúde realçou também o investimento de 18,8 milhões de euros feito no último ano, dos quais 11,6 milhões de euros representam investimento na expansão da capacidade no Hospital da Luz e na Clínica de Oeiras, bem como a aquisição de um imóvel em Vila Real para o desenvolvimento de uma nova unidade.

A empresa liderada por Isabel Vaz (que se chamava Espírito Santo Saúde até ter sido adquirida pela Fidelidade ao Grupo Espírito Santo no final de 2014) sublinhou ainda que a partir de 19 de janeiro último o Hospital Privado de Guimarães e o Clihotel de Gaia passaram a ser explorados por si.

Ainda em relação aos resultados de 2015, a Luz Saúde apontou para a redução da dívida líquida em 18,7 milhões de euros (-9% do que no final de 2014) para 187,3 milhões de euros.

Guillermo Castillo
A Ipsen (Euronext: IPN; ADR: IPSEY), grupo biotecnológico internacional dirigido a especialistas, acaba de nomear Guillermo...

Neste novo cargo, Guillermo Castillo estará responsável pela condução da nova visão estratégica empresarial para Portugal e Espanha, impulsionando o posicionamento da empresa nas áreas da neurologia, da endocrinologia e da urologia-oncologia.

Para Guillermo Castillo, Diretor-Geral e Administrador da Ipsen em Portugal e Espanha, “Estou muito satisfeito com este cargo numa região que representa novos desafios para a empresa. A Ipsen tem uma longa história em Espanha e em Portugal e estou convencido de que vamos conseguir concretizar os objetivos de crescimento da empresa na região, oferecendo aos pacientes soluções inovadoras para doenças debilitantes”.

Para Etienne de Bois, vice-presidente de Operações na América Latina, Ibéria e Médio Oriente, “É com enorme satisfação que dou as boas-vindas a Guillermo Castillo. Estou convencido de que a sua vasta experiência irá acrescentar muito valor à nossa empresa num momento em que a Ipsen está a reforçar a sua oferta para melhor responder aos seus pacientes”.

Castillo chega à Ipsen Pharma depois de mais de 20 anos na indústria farmacêutica, ao longo dos quais ocupou diferentes cargos de elevada responsabilidade, tanto a nível nacional como internacional (Espanha, Europa, Austrália…) nas áreas da investigação, market access, marketing, vendas e desenvolvimento de negócio.

Entre 2010 e 2013 Castillo foi Diretor-Geral da Grünenthal Pharma em Portugal e em Espanha. Na Alemanha foi nomeado vice-presidente sénior da Grünenthal GmbH Europa e, em 2015, vice-presidente sénior dos Departamentos de Marketing e Market Access para a Europa e a Austrália. Guillermo Castillo é licenciado em Farmácia e tem um MBA (Master in Business Administration) pela escola de negócios ESADE.

Na Europa
Portugal é o segundo país da Europa com a mais elevada taxa de mortalidade padronizada por pneumonia, colocando o país “mal na...

De um conjunto de 23 países europeus da OCDE, Portugal apenas é ultrapassado pela Eslováquia, que surge como o Estado com maior taxa de mortalidade por pneumonia.

No relatório da Direção-Geral da Saúde apresentado em Lisboa, as pneumonias surgem como a principal causa de mortalidade respiratória.

Apesar disto, abaixo dos 65 anos há evidência de uma redução da taxa padronizada de mortalidade de 23,5% de 2009 para 2013.

No seu conjunto, as doenças respiratórias são a quinta principal causa de internamento e a primeira causa de mortalidade intra-hospitalar.

Quanto aos internamentos, a pneumonia foi responsável por 40 mil episódios e 74% dos casos são de pessoas com mais de 65 anos.

Por comparação, a doença pulmonar obstrutiva crónica leva a cerca de nove mil internamentos num ano.

Para reduzir as taxas de mortalidade e internamentos por pneumonia, os responsáveis do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias pretendem aumentar os níveis de vacinação contra a gripe, sobretudo nas pessoas com mais de 65 anos.

Apesar disso, a taxa de vacinação tem tido aumentos constantes, situando-se em 2015 já nos 65% nos idosos.

Também o aumento da cobertura da vacina pneumocócica – que é esperada com a inclusão no Plano Nacional de Vacinação – deverá ter impactos na redução da mortalidade por pneumonia.

Quanto aos encargos com medicamentos, as doenças respiratórias – excluindo o cancro do pulmão – levaram a gastos de 213 milhões de euros em 2014, o que dá uma média superior a 580 mil euros por dia.

O relatório da DGS deteve-se ainda numa análise comparativa por regiões, concluindo que as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores apresentam “valores muito elevados” de mortalidade.

“A Região Autónoma da Madeira destaca-se pela negativa, com taxas muito elevadas de mortalidade. Também a Região Autónoma dos Açores se destacou em 2013, por ter sido a única região nacional onde se registou um aumento da taxa de mortalidade padronizada”, indica o documento.

A coordenadora do Pograma Nacional para as Doenças Respiratórias admite que não são completamente conhecidas as razões para estes valores mais elevados.

Contudo, Cristina Bárbara lembra que no universo populacional dos Açores e da Madeira um acréscimo ligeiro de óbitos aumenta logo de forma significativa as taxas de mortalidade.

Além disso, os Açores têm elevados níveis de tabagismo e de cancro do pulmão, logo é de crer que também tenham maior prevalência de problemas respiratórios.

Também presente na sessão de apresentação do relatório, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, aconselha a que esta discrepância regional seja investigada para se apurarem as causas.

A partir da próxima semana
As câmaras expansoras para os doentes respiratórios passam a ser comparticipadas em 80% a partir do dia 16 de março, revelou a...

As câmaras expansoras, frequentemente usadas no auxílio do tratamento da asma infantil, têm sido reconhecidas como tendo mais benefícios do que os nebulizadores (ou máquinas de vapores).

O Estado passa a comparticipar o preço das câmaras expansoras aos beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que apresentem prescrição médica. O valor da comparticipação corresponde a 80% do preço, não podendo exceder os 28 euros.

A comparticipação fica limitada a uma câmara expansora por utente e por cada período de um ano.

Esta comparticipação já tinha sido decidida e publicada a respetiva legislação em agosto, mas só agora entrará em vigor.

Cristina Bárbara, coordenadora do programa Nacional para as Doenças Respiratórias, lembra que até há dois ou três anos havia “uma prescrição elevadíssima de aspiradores de secreções”, por exemplo, sendo este um método que pode provocar infeção respiratória.

Impedindo-se a comparticipação dos aspiradores de secreções – que eram muito usados pela população idosa – conseguiu-se um decréscimo de internamentos por doença respiratória.

Além disso, os peritos querem evitar o recurso a nebulizações em aerossóis, considerada uma prática pior do que as câmaras expansoras.

“Uma criança com uma infeção viral numa urgência, e que está com aqueles vapores todos em nebulização, afeta todas as outras crianças que estão à volta. Por isso é considerado uma pior prática”, exemplificou a responsável, indicando ainda que também “em casa aqueles aparelhos de aerossóis são o maior meio de cultura de bactérias”.

Governo quer
O Governo pretende que todos os agrupamentos dos centros de saúde realizem espirometrias, exame de diagnóstico essencial para a...

Na sessão de apresentação do relatório sobre Doenças Respiratórias relativo a 2015, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, disse que durante este primeiro semestre do ano ainda vão ser avaliadas as experiências das administrações regionais de saúde quanto às espirometrias.

A espirometria é um exame não invasivo e indolor que permite avaliar a função dos pulmões e a quantidade de ar que entra e sai.

O relatório da Direção-Geral da Saúde refere como evidente a “muito baixa” taxa de utilização de espirometrias para o diagnóstico da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).

O número de pessoas inscritas para realizar o diagnóstico teve um aumento de 280% entre 2011 e 2014, mas “o valor absoluto é ainda extremamente baixo”.

Estima-se que o número de doentes com DPOC em Portugal ronde os 700 mil, mas só cerca de 100 mil estarão diagnosticados.

Cristina Bárbara, responsável do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, frisa que a espirometria é um exame simples - embora tenha de ser executado por um técnico habilitado – e de baixo custo, estimando-se que cada espirometria custe seis euros. Já o custo total de um diagnóstico de DPOC rondará os 20 euros (já incluindo custos com recursos humanos, consumíveis e equipamentos).

Para o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, a generalização das espirometrias deve ser feita nos cuidados de saúde primários, embora em Portugal subsistam por enquanto três modelos: centrado nos centros de saúde, hospitalar ou convencionado.

Também Cristina Bárbara defende que a modalidade ideal é o doente realizar o exame no centro de saúde, aumentando a sua adesão e acessibilidade.

“Fazer no convencionado, por exemplo, é um fator limitativo de acessibilidade do doente ao exame. O que se defende portanto é que as espirometrias estejam in loco no centro de saúde”, justificou a responsável.

O Algarve apresenta os mais baixos níveis de recurso à espirometria para diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crónica, com as autoridades a considerarem preocupante a fraca capacidade de diagnóstico destas doenças respiratórias nas regiões algarvia e alentejana.

A fraca realização de espirometrias aponta para uma “enorme probabilidade” de internamentos evitáveis associados à DPOC, explica a Direção-geral da Saúde (DGS).

Em 2014, a percentagem de doentes com diagnóstico de DPOC confirmada por espirometria nos centros de saúde foi de 6,2% no Alentejo e de 3,5% no Algarve, bem abaixo dos 9,3% de média de Portugal Continental.

Além de se situarem abaixo da média, o Alentejo e o Algarve tiveram redução de percentagens de diagnósticos por espirometria entre 2012 e 2014. Já nas regiões Norte, Centro e de Lisboa e Vale do Tejo tem havido um aumento, apesar de “muito discreto”.

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