Estudo
Um estudo divulgado pela revista Nature identifica genes e processos de mutações genéticas envolvidos no desenvolvimento do...

O estudo, muito bem recebido pela comunidade científica no Reino Unido, por se tratar do mais exaustivo até à data, foi liderado por Michael Stratton, diretor do Instituto Sanger, em Cambridge (sudeste da Inglaterra).

Em declarações à cadeia pública britânica BBC, Stratton disse que a descoberta "é um marco significativo para a investigação do cancro".

“No fim do século passado, fomos capazes de identificar os primeiros genes individuais mutantes. Agora, com a nossa capacidade de sequenciar todo o genoma de um grande número de cancros, estamos no caminho para criar uma lista completa destes genes mutantes do cancro", explicou.

A equipa internacional de cientistas examinou os 3.000 milhões de letras que compõem o código genético em 560 casos de cancro da mama (556 mulheres e quatro homens).

Encontrando um total de 93 conjuntos de genes que, se mutarem, podem causar tumores.

Os autores identificaram um número de "assinaturas de mutações" (marcas deixadas pela mutação) nos genomas de pacientes com cancro, que estavam associadas a reparações imperfeitas do ADN e à função dos genes supressores dos tumores BRCA1 ou BRCA2.

No geral, os cientistas identificaram 12 tipos de "dano" que podem causar mutações no peito, alguns relacionados com o historial médico familiar, enquanto outros continuam sem ter uma explicação associada.

“No futuro, gostaríamos de traçar o perfil individual dos genomas de cancro, a fim de identificar o tratamento mais benéfico para uma mulher ou um homem diagnosticado com cancro da mama", afirmou Serena Nik-Zainal, uma das investigadoras.

Investigação:
O aleitamento materno reduz o risco de cancro da mama, afirmou hoje um investigador espanhol, afirmando que permite à glândula...

“Amamentar os filhos é concluir o ciclo fisiológico funcional da glândula mamária e proteger a mulher do cancro da mama,” assegura o presidente da Fundação Instituto Valenciano de Oncologia (IVO) e vice-presidente da Associação Espanhola Contra o Cancro (AECC), António Llombart, em declarações à agência EFE.

O especialista explicou que a secreção látea “é um produto final do que constitui a função fisiológica da glândula mamária.”

“Interrompê-la no momento em que funciona no seu momento alto de expressão condiciona a aparição de alterações na vida das células da glândula com mortes precoces que podem iniciar fenómenos de mutações oncogénicas,” acrescentou.

Segundo Llombart, o aleitamento materno beneficia não só o filho, que recebe através da mãe uma imunidade que o protege de várias doenças, “como a própria mãe, que vai completar o ciclo da glândula mamária durante a gestação com a secreção látea.”

O aleitamento materno é uma das recomendações do “Código Europeu contra o Cancro em Espanha” para impedir o aparecimento do cancro da mama tal como evitar o tabaco, o álcool, exposições solares excessivas e realizar a vacinação contra o vírus do papiloma humano.

O responsável pelo Serviço de Oncologia do IVO, Vicente Guillem, destacou que em Espanha há cerca de 250.000 novos casos de cancro por ano e morrem 100.000 todos os anos, ou seja, 40 por cento dos pacientes, pelo que Guillem defende ser “necessário” uma investigação em oncologia tanto epidemiológica, como básica, clínica e biotecnológica.

Estudo
Metade das crianças asmáticas em Portugal tem a sua asma por controlar e todos os anos são gastos 40 milhões de euros com...

Os resultados parciais do estudo Custo da Asma na Criança, a que a agência Lusa teve acesso, mostram que, em média, cada criança com asma vai 1,6 a 1,9 vezes por ano a serviços de urgência.

Na véspera do Dia Mundial da Asma, que se assinala na terça-feira, o estudo refere que são gastos por criança entre 400 a 700 euros por ano em idas às urgências ou atendimentos não programados por causa da asma por controlar.

“Verificou-se que o principal fator agravante de custos é ter a asma não controlada. O custo médio por criança com asma não controlada é duas a três vezes superior ao de uma criança com asma controlada”, referem os responsáveis do estudo, orientado por um professor do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e que contou com o apoio da Fundação Gulbenkian.

O estudo abrangeu a análise de crianças asmáticas portuguesas até aos 17 anos. Em Portugal existem cerca de 175 mil crianças ou adolescentes asmáticos, uma prevalência de 8,4%.

A investigação avaliou ainda o impacto que a asma tem no quotidiano das crianças e verificou que, em cada ano, as crianças asmáticas portuguesas faltam mais de 500 mil dias à escola devido à doença. Em média, uma criança asmática falta seis dias num ano letivo.

Concluiu-se ainda que o absentismo das crianças, e respetivo absentismo laboral dos cuidadores, é três vezes maior em quem não tem a asma controlada.

A asma é uma doença crónica, não tem por isso cura, mas pode ser controlada, através de medicação. A asma diz-se controlada perante a ausência de sintomas, sem necessidade de medicação de alívio (ou medicação mínima) e sem crises ou exacerbações.

Presidente francês
O Presidente francês, François Hollande, instou a comunidade internacional a "assumir responsabilidades” em matéria de...

“A França vai lutar contra o preço proibitivo de certos novos medicamentos, enquanto fomenta a inovação”, explicou num número especial da revista britânica.

Nesse sentido, a França “tomou a iniciativa de mobilizar o G7” para o assunto, lembrou o Presidente, recordando o que foi anunciado em março.

“Pela primeira vez este ano, uma reunião dos ministros da Saúde dos sete países mais ricos do planeta [Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá] deverá promover um diálogo e uma coordenação entre autoridades de regulação, indústria farmacêutica e pacientes”, acrescentou.

O objetivo é “assegurar aos que estão doentes um efetivo acesso aos cuidados”.

“A França já está a dar o seu contributo, tornando, por exemplo, gratuita a assistência a crianças com menos de cinco anos em quatro países do Sahel”, sublinhou.

Hollande apelou “à comunidade internacional que assuma as suas responsabilidades” e sublinhou que a determinação de França em implementar uma “verdadeira cobertura na saúde dependerá da capacidade de financiar infraestruturas de qualidade e implementar verdadeiras políticas de prevenção e educação contra as doenças crónicas”.

“A França, fiel aos seus valores fundamentais, continuará a estar na vanguarda”, escreveu o Presidente, acrescentando que em 2015 o seu país se comprometeu com “mais de mil milhões de euros para o desenvolvimento do apoio à saúde”.

Estudo
Um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde alerta que as doenças não transmissíveis, como a diabetes ou a...

Realizado por cientistas do México e dos EUA, o estudo surge numa edição especial do Boletim da Organização Mundial de Saúde (OMS) e revela que, embora o número de mulheres que morrem nos países de baixo e médio rendimento por causas relacionadas com a gravidez e o parto seja hoje mais baixo do que há dez anos, mais mulheres morrem de causas indiretas.

"Estamos a vencer a batalha contra as causas tradicionais de morte materna, como as hemorragias pós-parto, mas não contra as causas indiretas da mortalidade materna", disse o coautor do estudo, Rafael Lozano, do Instituto Nacional de Saúde Pública do México, citado num comunicado da OMS.

As conclusões agora divulgadas juntam-se a evidências crescentes sobre as causas de morte durante a gravidez no México e são consistentes com as mais recentes análises globais de que mais de um quarto das mortes maternas em todo o mundo se deve a causas indiretas.

A mortalidade materna, que corresponde às mortes de mulheres durante a gravidez, o parto ou nos 42 dias após dar à luz, é uma medida importante quando se calcula o nível de desenvolvimento humano de um país.

As causas diretas da mortalidade materna resultam de complicações obstétricas durante a gravidez e o parto, enquanto as causas indiretas resultam muitas vezes de doenças pré-existentes que se agravam com a gravidez e incluem doenças não transmissíveis como a diabetes ou problemas cardiovasculares, assim como doenças infecciosas ou parasitárias como o VIH, a tuberculose, a gripe ou a malária.

Os autores do estudo identificaram e reclassificaram 1.214 mortes como mortes maternas, revelando que a mortalidade materna no México tinha sido subestimada em cerca de 13%.

Como resultado, os números da mortalidade materna no México, no período do estudo, foram corrigidas de 7.829 para 9.043.

As mortes adicionais foram identificadas através de um novo método, desenvolvido pela equipa de Lozano, chamada Pesquisa Intencional e Reclassificação de Mortes Maternas.

Ao aplicar este método ao período em estudo, de oito anos, os autores concluíram que a mortalidade materna por causas obstétricas diretas diminuiu de 46,4 para 32,1 por 100.000 nados vivos, enquanto a mortalidade materna por causas indiretas aumentou de 12,2 mortes por 100.000 nados vivos, em 2006, para 13,3 mortes por 100.000 nados vivos, em 2013.

"As mortes maternas por causas diretas afetam mulheres nos municípios mais pobres, mas as mulheres que morreram de causas indiretas tinham menos gravidezes, tinham níveis mais elevados de educação e tendiam a viver em municípios mais ricos", disse Lozano.

Como muitos países de médio rendimento, o México tem registado um aumento rápido dos níveis elevados de colesterol e obesidade, deixando as mulheres em idade reprodutiva em maior risco de hipertensão e diabetes de tipo 2 pré-existentes.

A diretora-geral adjunta da OMS para a Saúde da Família, das Mulheres e das Crianças, Flavia Bustreo, lembrou que os programas de saúde materna se foram em pessoal mais qualificado nos serviços de partos e emergências obstétricas.

Mas estas medidas, que têm resultado numa redução da mortalidade materna em todo o mundo, não permitem reduzir a mortalidade por causas indiretas, sublinhou.

O estudo sublinha a necessidade de os serviços de saúde dirigidos às grávidas, recém-nascidos e crianças serem repensados para reagir a novos desafios, nomeadamente a emergente ameaça das doenças não transmissíveis para a saúde materna.

"Para reduzir a mortalidade materna indireta, os obstetras e outros profissionais de saúde que seguem mulheres durante a gravidez e o pós-parto têm de se treinar a olhar para a saúde da mulher holísticamente e não só para a sua gravidez", disse Bustreo.

Maternidade Júlio Dinis
Setenta crianças nasceram graças aos óvulos e espermatozoides doados ao Banco Público de Gâmetas, que iniciou funções há cinco...

“Gostaríamos que a afluência de dadores e dadoras fosse maior”, afirmou Isabel Sousa Pereira, responsável por este banco público, sediado na Maternidade Júlio Dinis, que pertence ao Centro Hospitalar do Porto.

Ainda assim, o Banco tem respondido de uma forma imediata aos ciclos de Procriação Medicamente Assistida (PMA), com recurso a sémen de dador, realizados no Centro de Procriação Medicamente Assistida do Centro Hospitalar do Porto (CPMA - CHP).

Já em relação aos ciclos com recurso a doação de gâmetas femininos, existe uma lista de espera de dois anos, um tempo que os responsáveis do banco gostariam de diminuir.

Desde que abriu portas, a 02 de maio de 2011, e até ao final de 2015, candidataram-se a dadores de sémen 100 homens, dos quais 22 viram o seu material utilizado.

As candidatas femininas foram 132, tendo 25 efetivado a doação dos seus óvulos.

O Banco Público de Gâmetas realizou 298 envios de gâmetas masculinos e 32 de óvulos para ciclos de PMA realizados pelo CPMA-CHP.

Isabel Sousa Pereira reconhece que o objetivo do Banco Público de Gâmetas é enviar material para todo o país e não apenas para os casais seguidos no CPMA-CHP.

Desde 2011, nasceram 70 crianças através deste material doado por “candidatos benévolos” que, “por algum motivo, estão sensibilizados para a importância da PMA e da possível necessidade de recurso a doação de gâmetas”.

Na origem da necessidade de recorrer a gâmetas de dador estão situações de azoospermia (ausência de espermatozoides), no caso masculino, e falência ovárica prematura, nas mulheres.

Isabel Sousa Pereira referiu que não tem existido promoção do Banco Público de Gâmetas, no sentido de promover as dádivas, considerando-as “importantes”.

“É notório o aumento do número de candidatos sempre que há notícias sobre este tema”, adiantou.

Por resolver continua a falta de gâmetas de raça negra. ”Não tivemos, desde a abertura, qualquer candidato masculino de etnia negra”, disse, adiantando desconhecer “o motivo” para esta ausência.

Atenta a esta falta de dadores, a Associação Portuguesa de Fertilidade anunciou em abril que vai lançar uma campanha para doação de óvulos e espermatozoides junto das universidades e associação de estudantes, por considerar que aqui existe “um elevado número de pessoas com potencial para se tornarem dadores”.

A campanha, que começará brevemente, consistirá na afixação de cartazes e na distribuição de folhetos explicativos do processo, contando-se atualmente 104 faculdades e institutos politécnicos que já aceitaram divulgar a campanha juntos dos seus alunos.

A presidente da Associação Portuguesa de Fertilidade, Cláudia Vieira, sublinhou que “há muitos casais que precisam da doação de gâmetas (óvulos e/ou espermatozoides) para conseguirem concretizar o sonho de serem pais”.

“Estes casais apenas podem contar com o altruísmo de outras pessoas, que aceitam doar os seus gâmetas”, disse.

"É um primeiro passo para abordar esta questão, que ainda levanta tantas dúvidas à sociedade em geral. O que queremos é que as pessoas percebam que este é um gesto altruísta, que ajudará um casal a concretizar o sonho de uma vida”, acrescentou.

Ministério da Agricultura diz
O Ministério da Agricultura esclareceu que o potencial carcinogénico do herbicida glifosato está associado a um co-formulante ...

Um trabalho da RTP, divulgado na sexta-feira, dizia que "há vários portugueses contaminados com glifosato, um herbicida que é potencialmente cancerígeno”, e referia que “a sua presença foi detetada com valores elevados no norte e centro do país".

No seguimento de “dúvidas que a utilização da substância ativa glifosato, como herbicida, têm suscitado na opinião pública”, o Ministério da Agricultura divulgou um comunicado em que se lê que este herbicida “nunca fez parte da lista de substâncias a pesquisar, tendo sido determinada a sua introdução no Plano Nacional de Pesquisa de Resíduos (PNPR) em 2016”.

A tutela refere que “foi determinada a pesquisa de glifosato em sementes de centeio”.

“Na sequência das observações da Agência Internacional de Investigação para o Cancro, que apontavam para possíveis efeitos cancerígenos da substância ativa, e da exaustiva reanálise dos estudos e informações disponíveis pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, foi concluído que o potencial carcinogénico identificado está associado não ao glifosato, mas sim à presença, em certos produtos fitofarmacêuticos contendo glifosato, de um co-formulante (taloamina)”.

Este co-formulante “evidenciou um potencial genotóxico”, prossegue o ministério.

No comunicado, indica-se que “o Comité de Peritos da União Europeia reunir-se-á a 18 de maio para analisar e decidir sobre a utilização futura do glifosato a nível europeu”.

Na sexta-feira, o partido Pessoas Animais Natureza (PAN) pediu a realização de análises à água e aos alimentos para deteção da presença do herbicida glifosato.

O PAN pede explicações ao ministro da Agricultura, através da Assembleia da República, e recorda que, em junho, a Comissão Europeia vai tomar uma decisão acerca deste produto químico utilizado na produção agrícola e para erradicar ervas daninhas em jardins ou ruas das localidades, na maior parte dos concelhos portugueses.

Um comunicado da Plataforma Transgénicos Fora, divulgado na sexta-feira, insiste no alerta para este problema e salienta que "o Ministério da Agricultura tem de sair do estado de negação profunda em que se encontra e encarar finalmente o glifosato como o químico tóxico e omnipresente que de facto é".

Embora admita que "não se conhecem ao certo quais as principais vias de exposição", a plataforma, que reúne associações da agricultura e do ambiente, salienta que "a alimentação e a água são candidatos óbvios e devem começar a ser amplamente testadas e as fontes de contaminação eliminadas".

Dizin Saúde
O Grupo de clínicas dentárias O Meu Dentista, detido pela Dizin Saúde, pediu a insolvência e fechou as 12 clínicas que tinha em...

O Grupo O Meu Dentista "encerrou as 12 clínicas espalhadas em grandes espaços comerciais e cessou totalmente a sua atividade", lê-se no comunicado.

"O pedido de insolvência entrou ontem (na sexta-feira) à noite. Hoje todas as clínicas já estão fechadas, todos os centros [comerciais] foram avisados e as pessoas que se dirigirem às clínicas terão lá informação a dizer quem devem contactar para obterem uma explicação sobre o que vai acontecer", explicou Lusa fonte da Dizin Saúde.

O grupo de clínicas dentárias explicou que o processo de reestruturação que tinha em curso não estava a produzir os resultados pretendidos, "inviabilizando a manutenção da atividade e o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, trabalhadores, colaboradores e fornecedores".

Criada em 2009, a empresa O Meu Dentista prestou ao longo dos anos serviços de medicina dentária a milhares de pacientes, mas "infelizmente, a redução de atividade nos últimos meses inviabilizou a manutenção da operação da empresa", refere o documento.

A administração de O Meu Dentista refere que envidou todos os esforços com vista à viabilização do grupo e manutenção das clínicas mas não foi possível recuperar a empresa.

“A administração da Dizin Saúde trabalhou em vários cenários para tentar evitar o pedido de insolvência que agora foi obrigada a concretizar mas todos eles acabaram por se revelar infrutíferos”, refere o administrador da Dizin Saúde, Carlos Diniz, citado no comunicado.

Nos EUA
A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos aprovou a comercialização do primeiro teste para diagnosticar o...

A farmacêutica Quest Diagnostics assegurou ter recebido a autorização de emergência da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) para vender o primeiro teste de diagnóstico desenvolvido comercialmente para o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

O teste deverá começar a ser comercializado na próxima semana, pelo menos em Puerto Rico, um dos locais mais afetados.

As organizações internacionais de saúde já confirmaram que a infeção com o vírus Zika durante a gravidez pode causar microcefalia no feto.

Os sintomas do Zika incluem febre, erupção cutânea, dor nas articulações e vermelhidão ocular.

O Departamento de Saúde de Porto Rico anunciou a primeira morte na ilha associado ao vírus Zika.

A primeira morte associada ao Zika é de um homem de 70 anos que morreu em fevereiro de uma trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas de sangue), ligado ao referido vírus, explicou o secretário de Estado de Saúde de Porto Rico, Ana Rius.

Semana Mundial das Imunodeficiências Primárias
O alerta foi lançado: é fundamental a realização de um diagnóstico como forma de prevenção. Estima-se que existam mais de seis...

Sabia que atualmente a taxa de sobrevivência dos casos com Imunodeficiência Combinada Grave é de 40%, mas seria maior caso houvesse um diagnóstico aos 3 meses de idade? Foram estes os tópicos, e outros igualmente relevantes, que foram apresentados e discutidos no último sábado na cidade de Coimbra no V Encontro de Famílias com o objetivo de “Melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos doentes com Imunodeficiências Primárias”.

 

É sob o tema “Testar, Diagnosticar, Tratar” que é apresentada a 6.ª edição da Semana Mundial das Imunodeficiências Primárias. Marcada por várias iniciativas, esta semana pretende consciencializar a população em geral acerca da importância de um diagnóstico precoce que pode aumentar a esperança de vida e reduzir impactos negativos no quotidiano de um doente com IDPs.

 

A Sociedade Portuguesa de Imunologia, através de algumas instituições nacionais que se distinguem na investigação em Imunologia, está a preparar um conjunto de atividades que pretende dar a conhecer à população, a investigação feita em Portugal nesta área científica, através de palestras com cientistas, atividades práticas e visitas a laboratórios. Estas atividades estão agendadas para o dia 29 de abril, o Dia Internacional da Imunologia.

 

Sobre a importância do estudo da Imunologia, Susana Lopes da Silva, Imunoalergologista, responsável pela consulta de IDP no adulto no Centro de IDP do CHLN-HSM / FMUL / IMM, revela: “A disciplina da Imunologia tem tido um crescimento muito acentuado nos últimos anos, que se traduz num aumento de aplicações práticas, quer no domínio do diagnóstico, quer no tratamento de múltiplas doenças. As IDPs são exemplos muito óbvios desta realidade, mas, para além destas, muitas outras áreas têm crescido com o progresso no conhecimento da Imunologia (desde a Imunoalergologia e Reumatologia, à Cardiologia, Gastrenterologia ou mesmo Dermatologia)”.

 

A culminar esta semana de sensibilização a nível mundial, Belém irá receber no próximo dia 1 de maio a III Caminhada pela Saúde, promovida pela Associação Portuguesa de Doentes com Imunodeficiências Primárias (APDIP). Esta caminhada, que terá a distância de 5km, terá a Torre de Belém como ponto de encontro (pelas 10h) e qualquer pessoa poderá participar sem qualquer custo associado. As inscrições deverão ser feitas em http://www.apdip.pt/caminhada.

Investigadoras do Porto criam
Investigadoras do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) estão a desenvolver dois dispositivos "autónomos e...

De acordo com Goreti Sales e Lúcia Brandão, responsáveis pelos projetos, o objetivo é criar dispositivos de fácil manuseamento, semelhantes aos utilizados para a leitura da glucose em pessoas com diabetes, mas que necessitam apenas da tira de glucose e não precisam da caixa de medida elétrica.

O projeto 3 P's (plastic antibodies, photovoltaics, plasmonics), liderado pela investigadora Goreti Sales, do laboratório BioMark, pertencente ao ISEP, engloba três áreas do conhecimento que "nunca se encontraram antes".

Nesta investigação, pretende-se juntar anticorpos plásticos a células fotovoltaicas (dispositivo elétrico em estado sólido, capaz de interagir com biomarcadores do cancro e de converter a luz em energia elétrica de forma interdependente) e, de seguida, a estruturas plasmónicas (que aumentam a eficiência da célula fotovoltaica).

"A leitura da amostra de sangue vai dar origem a uma cor, que vai permitir ao médico verificar se o paciente tem um biomarcador (biomolécula que circula no nosso organismo) alterado e indicar a necessidade de realizar análises aprofundadas e específicas", explicou à Lusa a investigadora.

Este processo é "uma despistagem local muito mais intensa do que a que se faz atualmente, com uma taxa de erro muito inferior", acrescentou.

"Com o desenvolvimento deste novo conceito de biossensor, vamos poder fazer testes em várias linhas de cancro, utilizando diferentes biomarcadores, podendo ainda estender-se a sua aplicação a outras doenças".

Neste momento, a equipa de investigação já conseguiu associar os anticorpos plásticos às células fotovoltaicas, segundo indicou a investigadora, e estão a trabalhar num composto que seja capaz de mudar de cor de uma forma evidente, com o auxílio de materiais orgânicos.

O que se espera é que seja um produto, de utilização única, "barato e produzido a grande escala".

Por seu lado, o projeto Symbiotic, liderado pela também investigadora do BioMark Lúcia Brandão, associa os anticorpos plásticos a um dispositivo autónomo que produz energia, mas não usa a célula fotovoltaica.

Neste caso, é utilizada uma célula de combustível - uma pilha - "que vai detetar a presença do biomarcador", esclareceu a coordenadora.

"Se o sinal elétrico dessa célula combustível variar, vai dar indicação a um outro dispositivo agrupado, que muda de cor, indicando ao médico se o paciente tem indícios de cancro".

No projeto 3P's participam as investigadoras Alexandra Santos, Ana Moreira, Ana Margarida Piloto, Carolina Hora, Felismina Moreira e Manuela Frasco, bem como a responsável pelo Symbiotic, Lúcia Brandão.

Esta investigação teve início em fevereiro de 2013 e foi financiada através de uma "Starting Grant" da Europeran Research Council (ERC) em um milhão de euros.

O projeto finaliza em janeiro de 2018, contando com a colaboração do IPO-Porto para o teste do dispositivo em amostras de sangue, urina e saliva.

O Symbiotic é desenvolvido por um consórcio, composto pelo ISEP, pelo Imperial College, de Londres, pelo UNINOVA, da Universidade Nova de Lisboa, pela organização finlandesa de investigação VTT e pela Universidade Aarhus, da Dinamarca.

Neste projeto participam pelo ISEP as investigadoras Liliana Carneiro, Maria Helena Sá, e Nádia Ferreira.

Iniciado em junho de 2015, teve um financiamento de cerca de 3,4 milhões pelo Horizonte 2020 e tem a duração de três anos.

6 de Maio, Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca
João Didelet e José Peseiro juntam-se ao Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Cardiologia pela...

A Campanha “Ouve o teu coração!” conta com a participação destas duas figuras públicas com o objetivo de sensibilizar a população, os profissionais de saúde, a classe política e a comunicação social para uma doença que afeta cerca de 400 mil portugueses e que todos os anos mata mais pessoas que alguns tipos de cancro.

O ator João Didelet e o treinador de futebol José Peseiro são os protagonistas de um Spot de Televisão de 20 segundos sobre os principais sintomas da Insuficiência Cardíaca e a necessidade de se estar atento aos sinais para um diagnóstico precoce. Durante o mês de Maio será veiculado nos principais canais generalistas e nos Cinemas NOS, de norte a sul do país.

Em Portugal, a insuficiência cardíaca afeta mais de 4% da população, ou seja, cerca de 400 mil pessoas e representa uma despesa que varia entre os 140 milhões e os 210 milhões de euros anuais em saúde. Prevê-se que a sua prevalência possa aumentar entre 50% a 70% até 2030, sendo, dessa forma, crucial prestar atenção a esta doença que, na Europa, é já a principal causa de internamento hospitalar após os 65 anos de idade.

A Campanha “Ouve o teu coração!” é uma iniciativa do Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca em parceria com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia e conta com o apoio da Merck, Novartis e Servier. 

Sociedade Portuguesa de Pneumologia adverte
Só nos hospitais portugueses são internadas, todos os dias, 81 pessoas com pneumonia. Morre uma delas a cada 90 minutos. Na...

O envelhecimento enfraquece o sistema imunitário, tornando o ser humano mais vulnerável a bactérias como o pneumococo, um dos grandes responsáveis pelas pneumonias. 

“A imunização no adulto, em particular contra a doença pneumocócica, é uma das nossas grandes preocupações enquanto sociedade científica”, começa Venceslau Hespanhol, Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. “Crianças e adultos com mais de 50 anos estão mais susceptíveis a contrair a doença pneumocócica. No entanto, se no caso dos mais novos há uma natural aposta na imunização, com a chegada à idade adulta, preocupamo-nos menos e acabamos por descurar a prevenção. Por isso, na Semana Europeia da Vacinação relembramos que a vacinação antipneumocócica não deve ser um exclusivo das crianças. Os adultos também devem ter essa preocupação”, continua.

Pessoas nos extremos das idades, bem como adultos com mais de 50 anos que tenham co-morbilidades como Diabetes, Asma, DPOC e Doença Cardíaca ou pessoas cuja imunidade está comprometida também devem vacinar-se.

Para a Sociedade Portuguesa da Pneumologia, a prevenção é fundamental. “Existe, desde 2014, uma recomendação da SPP para que os principais grupos de risco sejam imunizados com a vacina antipneumocócica. Em junho do ano passado, esta recomendação foi reforçada por uma norma da Direção-Geral da Saúde (DGS), que recomenda a vacinação a todos os adultos (pessoas com mais de 18 anos) pertencentes aos grupos de risco, nomeadamente diabéticos, pessoas com asma, DPOC ou doença cardíaca crónica. É tempo de agir. Todos os dias são internadas 81 pessoas com Pneumonia. Uma pessoa morre a cada hora e meia. Só em custos diretos com internamentos, gastamos anualmente 80 Milhões de euros, o equivalente a 218 mil euros por dia. Custos que não contemplam despesas indiretas incalculáveis como sequelas graves ou mortes, a maioria potencialmente prevenível”, conclui o presidente da SPP.

Em Maio
A Fundação Portuguesa de Cardiologia « em parceria com a Fundação INATEL, promove durante o mês de maio uma caminhada semanal -...

O projeto “Caminhar pelo Coração” tem como principal objetivo incentivar a população para a prática de atividade física, fundamental para a promoção da saúde e bem-estar.

A atividade física regular não significa apenas atividades desportivas, de lazer ou competitivas, mas engloba também formas diversas de atividades diárias menos intensas, como caminhar. Este projeto, visa essencialmente contribuir para a concretização de uma prática agradável e, ao mesmo tempo, saudável. A caminhada em passo acelerado é um excelente programa de atividade física. A prática da atividade física diminui o risco cardiovascular e ajuda a aumentar a qualidade e esperança de vida, combate a obesidade, baixa a pressão arterial sobe o colesterol protetor e melhora a circulação arterial.

O projeto “Caminhar pelo Coração” destina-se a todos os “Amigos da FPC”, sócios INATEL, e a todos aqueles que se queiram juntar a esta iniciativa. A participação é gratuita, podendo inscrever-se através do email [email protected].

Para além de deixar o desafio para esta caminhada semanal, a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), neste mês do coração, relembra um conjunto de medidas simples de como é possível, no dia-a-dia, aplicarmos um pouco de exercício físico para manter o corpo a funcionar de forma saudável:

1) Introduza algum movimento nas suas atividades diárias: prefira escadas em vez de elevadores; ande mais a pé (na utilização dos transportes públicos, desça uma paragem antes, deixe o automóvel mais longe); ande de bicicleta, salte à corda;

2) Escolha uma atividade física que lhe agrade e que possa praticar: as mais prolongadas e moderadas são as ideais, como por exemplo a natação, corrida, ciclismo, caminhadas, dança de salão. Tente praticar, pelo menos, três vezes por semana. Se conseguir companhia, ainda melhor;

3) Com o tempo, aumente a intensidade do exercício: o seu corpo vai tendo mais capacidade para o esforço e revigora-se cada vez melhor ao longo do tempo;

4) A atividade física deve ser adequada à sua condição de saúde e à sua idade: em idades mais jovens, o exercício pode ter um carácter competitivo, já em pessoas com mais de 35 anos a atividade física deve assumir uma forma de lazer;

5) É desejável que a atividade física se inicie na infância: no crescimento das crianças o corpo e a saúde beneficiam muito do exercício. Ajuda à concentração, aumenta o apetite e motiva a sociabilidade;

6) Antes de dar inicio a algum programa de exercício deve realizar um exame médico prévio.

6 de Maio, Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca
O Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Cardiologia lança campanha de sensibilização sob o mote ...

A Campanha “Ouve o teu coração!” tem como objetivo sensibilizar a população, os profissionais de saúde, a classe política e a comunicação social para uma doença que afeta cerca de 400 mil portugueses e que todos os anos mata mais pessoas que alguns tipos de cancro.

“A insuficiência cardíaca é um problema grave de saúde pública porque representa uma elevada mortalidade e morbilidade. A falta de conhecimento sobre a doença leva as pessoas a não valorizar os sintomas, confundindo esses sinais com o processo natural de envelhecimento. O cansaço, falta de ar e dificuldade em desempenhar as tarefas diárias são sintomas que não devem ser ignorados”, explica a Professora Cândida Fonseca, Coordenado do Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca.

Em Portugal, a insuficiência cardíaca afeta mais de 4% da população, ou seja, cerca de 400 mil pessoas e representa uma despesa que varia entre os 140 milhões e os 210 milhões de euros anuais em saúde. Prevê-se que a sua prevalência possa aumentar entre 50% a 70% até 2030, sendo, dessa forma, crucial prestar atenção a esta doença que, na Europa, é já a principal causa de internamento hospitalar após os 65 anos de idade.

Durante a Semana Europeia da Insuficiência Cardíaca, nomeadamente no dia 6 de Maio, serão promovidas várias iniciativas em Lisboa (Praça do Saldanha), Porto (Largo Amor de Perdição) e Évora (Praça do Giraldo), nomeadamente:

·         17h00: Largada de Balões

·         16h00: Aula de Aeróbica

A Campanha “Ouve o teu coração!” conta com a participação de duas figuras públicas, José Peseiro, atual treinador do FC Porto, e o ator João Didelet e com o apoio da Merck, Novartis, Servier e ainda das Câmaras Municipais de cada cidade. Durante o mês de Maio será veiculado nos principais canais generalistas e nos Cinemas NOS, um spot de 20’s alusivo à Campanha.

Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica
Os níveis de pólenes vão estar muito elevados em todo o Portugal Continental, a partir de sexta-feira e até ao final da próxima...

Entre os dias 29 de abril e 5 de maio, os pólenes vão estar em níveis muito elevados em Portugal Continental, com predominância dos pólenes das árvores - pinheiro, carvalhos, bétula e plátano -, e dos das ervas gramíneas e parietária, na região de Trás-Os-Montes e Alto Douro.

Na região de Entre Douro e Minho, predominam na atmosfera os pólenes dos carvalhos, pinheiros, bétulas e das ervas urtiga, parietária e tanchagem, enquanto, na Beira Interior, os pólenes predominantes são os das árvores carvalhos e pinheiros e das ervas gramíneas, azeda, urtiga e tanchagem.

Na Beira Litoral, os níveis de pólenes elevados devem-se principalmente a carvalhos, pinheiros e bétulas e às ervas gramíneas, urtiga e parietária, ao passo que, na região de Lisboa e Setúbal, predominam os pólenes de, oliveira, sobreiro e outros carvalhos e das ervas urtiga, parietária, urtiga e gramíneas.

O Alentejo vai estar mais afetado devido às azinheiras, sobreiros e pinheiros e às urtigas, gramíneas, azeda e tanchagem.

Quanto aos pólenes no Algarve, destacam-se os das oliveiras, sobreiros e outros carvalhos e e as ervas urtiga, gramíneas, tanchagem e quenopódio.

Para as ilhas, o boletim prevê níveis de pólenes baixos na Região Autónoma da Madeira e moderados nos Açores. No Funchal predominam os pólenes dos pinheiros e bétulas e das ervas urtiga, parietária, e gramíneas. Em Ponta Delgada, prevalecem os dos pinheiros, carvalhos e bétulas e das ervas urtiga e parietária.

Atualização no sistema informático
As farmácias vão estar impedidas de aviar receitas eletrónicas entre sábado e domingo devido a uma atualização no sistema...

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) vão fazer uma intervenção de atualização necessária nos seus centros de dados, o que vai deixar as farmácias sem poderem aceder ao sistema entre as 13:00 de sábado e as 04:00 de domingo.

Por isso mesmo, as farmácias não vão poder dispensar medicamentos prescritos em receita sem papel, porque não conseguem aceder ao sistema para as ler.

Segundo fonte da SPMS, esta intervenção é necessária e está planeada há muito tempo, razão por que se escolheu este dia – em que já não há pico de entradas nos hospitais por causa da gripe – e este horário.

Os utentes devem evitar ir à farmácia naquele período e procurar aviar as suas receitas eletrónicas até às 13:00 de sábado, ou então a partir de domingo, estando impedidos de o fazer apenas naquele curto período, disse a mesma fonte.

A SPMS adianta ainda que, durante a preparação de todo este processo, trabalhou em articulação com a Associação Nacional de Farmácias (ANF) e contactou todos os hospitais e conselhos de administração no sentido de recomendar aos médicos que passem guias de tratamento em vez de receitas eletrónicas.

Todas as receitas em papel e guias de tratamento poderão ser aviadas neste período, apenas as receitas desmaterializadas, que representam já 45% do mercado, vão ser afetadas.

Segundo dados da SPMS, ao dia de quarta-feira, 5.442 médicos emitiram receitas sem papel, 59.135 utentes receberam receitas desmaterializadas, foram feitas 69.157 prescrições, o que corresponde a 384.950 embalagens prescritas aviadas em 2.700 farmácias.

Investigação
O investigador do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa Bruno Silva Santos disse hoje no Porto que o melanoma, o cancro do...

“O objetivo é perceber quais são os cancros que vão ser os bons alvos da imunoterapia, para já o melhor é o melanoma, a seguir temos o cancro do pulmão e do rim, com resultados muito esperançosos, e as leucemias também com resultados muito interessantes”, afirmou o investigador.

Bruno Santos Silva, que recentemente foi distinguido pela Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO) e pelo European Research Council (ERC) pelo seu trabalho de investigação sobre as chamadas células T nas respostas imunitárias a infeções e tumores, falava aos jornalistas no congresso Internacional da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro (ASPIC), a decorrer no IPO/Porto até sexta-feira.

“Achamos que a imunoterapia tem uma grande vantagem que é: as nossas células do sistema imunitário conseguem permanecer no nosso organismo durante muito tempo e, por isso, tem uma perspetiva de ter respostas muito duradouras, ao contrário das outras terapias, que têm de constantemente estar a administrar drogas para conter o desenvolvimento do tumor”, referiu.

Os investigadores estão apostados em “reprogramar o nosso sistema imunitário, as nossas defesas, para respostas duradouras contra o cancro como sabemos que temos contra infeções, por exemplo. Quando nos vacinamos contra o sarampo, por exemplo, sabemos que temos uma resposta protetora duradoura e é isso que estamos a tentar, e achamos que vamos conseguir”, disse.

“A grande diferença é que as vacinas para infeções são dadas preventivamente para evitar a infeção e, neste caso, só vamos entrar com a imunoterapia num doente que já tem cancro. É a chamada vacina curativa que é mais difícil do que a prevenção porque prevenir uma coisa que ainda não existe é mais fácil do que curar um cancro que já está estabelecido”, acrescentou.

Em seu entender, “a grande dificuldade que se coloca é que a imunoterapia é bastante cara, é um grande desafio para o Serviço Nacional da Saúde. É nisso que temos de trabalhar, temos de garantir a melhor hipótese de tratamento, que, em alguns casos, vai sem dúvida ser a imunoterapia, como já é para o melanoma avançado”.

“O que podemos dizer é que no caso do melanoma, em que há maior historial, doentes tratados há cerca de oito ou dez anos continuam sem recidiva e poderão estar curados, portanto não foi necessário um novo tratamento para esses doentes e o cancro ainda não voltou. Há essa perspetiva de cura”, sublinhou.

Contudo, Bruno Santos Silva considera que é cedo para “gritar” cura, por não existir tempo suficiente de follow-up, mas, “no caso do melanoma, oito a dez anos já é impressionante ainda não ter havido recidiva do tumor, portanto, esperemos que seja a cura”.

A presidente da ASPIC, Leonor David, sublinhou que a imunoterapia é “uma área nova, que se tem desenvolvido imenso e que tem levado ao aparecimento de novos medicamentos que têm a capacidade de alterar, modelar o nosso comportamento perante a neoplasia e, portanto, de nos fazer reagir e, eventualmente, recusar o cancro, ou pelo menos atrasar substancialmente o seu desenvolvimento”.

“Há muita aplicação neste momento, as farmacêuticas estão muito ativas no desenvolvimento de novos medicamentos e, esta sessão, além de trazer o que está no terreno de novo, traz também a investigação básica que está por trás, isto é, os mecanismos que estão subjacentes ao desenvolvimento desta potencial nova arma terapêutica”, acrescentou.

O presidente do Congresso e do IPO/Porto, Laranja Pontes, salientou a importância do encontro porque “aborda essencialmente novas terapêuticas, que estão a ser discutidas e que são alternativas as terapêuticas clássicas”.

“São novas terapêuticas e novas abordagens cujo princípio fundamental é pôr o organismo a atacar o cancro e não usar as drogas. Serão provavelmente muito menos tóxicas e provavelmente muito mais eficazes, porque será pôr o hospedeiro a tentar matar o tumor”, disse.

“Dás o máximo em tudo o que fazes? Faz restart.”
Guronsan®, uma das marcas com maior longevidade da farmacêutica Jaba Recordati, sempre se destacou no mercado e agora, através...

A campanha opta pela humanização da comunicação, tornando a marca numa aliada dos seus consumidores, que são pessoas com uma vida agitada, independentemente do seu contexto diário. Com o claim “Dás o Máximo em tudo o que fazes?” a marca encoraja à superação dos desafios do dia-a-dia ainda com mais energia e o impulso revitalizante que Guronsan®” proporciona.

Guronsan® dá aquele impulso para fazer o jantar depois de um dia extenuante, ajuda a correr aquele quilómetro extra e a assistir a mais uma longa e aborrecida reunião. Para mães a tempo inteiro, atletas que dão o litro e profissionais sem horário de saída, Guronsan® é um parceiro no dia-a-dia e ajuda-os a “dar o máximo” em qualquer circunstância.

Para concretizar este novo conceito, a marca dispara com a campanha durante o mês de abril nos pontos de venda, em eventos e redes sociais. Guronsan® reforça a sua presença junto do consumidor com ações de marketing em momentos estratégicos ao longo do ano, nomeadamente no Estoril Open, Rock in Rio, Circuito dos Parques, Wild Challenge e eventos TimeOut, entre outros, com a criatividade e a ativação assinadas pelo Float Group.

Guronsan® é um desintoxicante do organismo que promove um efeito revitalizador e estimulante na recuperação física, diminuição do cansaço mental e stress diário. Seja no contexto de trabalho, desporto ou na agitação das tarefas diárias, Guronsan® dá um impulso revitalizante àqueles que estão sujeitos a cansaço, pressão, e desafios físicos ou mentais. 1

A marca aconselha às pessoas que “dão o máximo” de si, a tomarem uma dose diária de Guronsan®, ao pequeno-almoço e almoço, dissolvido em água, para que os efeitos sejam sentidos logo pela manhã e ao longo do dia.

Galardão incentiva investigação em Portugal
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a Sanofi Portugal acabam de distinguir um trabalho sobre um tratamento cardíaco para a...

O Prémio Sanofi de Cardiologia, entregue no âmbito do Congresso Português de Cardiologia, foi criado em 1968 para galardoar os trabalhos de investigação na área clínica no domínio desta especialidade, tendo como objetivo incentivar o espírito de investigação nos cardiologistas portugueses.

O projeto de investigação premiado avalia a progressão da desnervação simpática cardíaca avaliada por cintigrafia com MIBG-I123 na polineuropatia amiloidótica familiar e o impacto da transplantação hepática. Os autores são Conceição Azevedo Coutinho, Nuno Cortez-Dias, Guilhermina Cantinho, Isabel Conceição, Tatiana Guimarães, Gustavo Lima da Silva, Miguel Nobre Menezes, Ana Rita Francisco, Rui Plácido e Fausto J. Pinto.

As instituições envolvidas neste trabalho premiado são o serviço de Cardiologia do Hospital Universitário de Santa Maria, CCUL, CAML, o Programa de Formação Médica Avançada (Fundação Calouste Gulbenkian, Ministério da Saúde e Fundação para a Ciência e Tecnologia); a Unidade Translacional de Fisiologia Clínica, o Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o Departamento de Neurociências do Hospital de Santa Maria.

A Direção da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) afirma que “é com grande satisfação que atribuímos pelo 47.º ano o Prémio Sanofi de Cardiologia, o nosso prémio mais antigo e que continua a ter um papel muito relevante no apoio dos projetos de investigação dos cardiologistas portugueses.”

Fernando Sampaio, diretor-geral da Sanofi Portugal, sublinha que “este é o Prémio de investigação mais antigo da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e da Sanofi. Todos os anos são submetidos trabalhos de grande qualidade que reflectem o valor da investigação feita em Portugal e dos nossos investigadores. A Sanofi gostaria de felicitar os vencedores deste ano em particular e de um modo geral todos os profissionais que se dedicam à área da investigação em Portugal contribuindo para importantes avanços médicos que se refletem em melhores cuidados aos doentes do nosso país”.

De acordo com o relatório “A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015”, publicado pela DGS em julho de 2015, e que traça o perfil da Saúde dos cidadãos residentes no território nacional, as doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 30% das mortes em 2013, pelo que incentivar a investigação nesta área continua a ser um compromisso de futuro.

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