Estudo
O leite e a carne orgânicos diferem dos produzidos convencionalmente na quantidade de certos nutrientes, em particular os...

“A composição de ácidos gordos é definitivamente melhor”, disse Carlo Leifert, professor de Agricultura Ecológica da Universidade de Newcastle, em Inglaterra, e líder de uma equipa internacional que realizou a revisão.

A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, e a Sheepdrove Trust, uma instituição de caridade britânica que apoia a pesquisa de agricultura e agropecuária orgânicas, pagaram pela análise, que custou cerca de 600 mil dólares, escreve o Diário Digital.

No entanto, a questão de saber se essas diferenças se traduzem numa saúde melhor para quem consome carne e leite orgânicos ainda é algo discutível.

“Não temos essa resposta agora. Com base na composição, parece que são melhores para nós”, disse Richard P. Bazinet, professor de Ciências Nutricionais da Universidade de Toronto, que não estava envolvido na pesquisa.

Os dois novos trabalhos científicos, publicados na revista especializada The British Journal of Nutrition, não são resultado de novas experiências; empregaram uma técnica estatística chamada meta-análise que tenta tirar conclusões mais concretas de muitos estudos díspares.

E certamente vão agitar o debate dos alimentos orgânicos; são ou não mais saudáveis? Alguns cientistas afirmam que orgânicos e convencionais são nutricionalmente indistinguíveis, e outros encontram benefícios significativos nos primeiros.

Os níveis mais elevados de ômega 3, um tipo de gordura polinsaturada benéfica para a redução do risco de doenças cardíacas, não vêm de atributos normalmente associados aos alimentos orgânicos – animais que não recebem antibióticos, hormonas ou alimentação geneticamente modificada –, mas sim da exigência que animais criados organicamente passem tempo ao ar livre.

O leite e a carne orgânicos provêm de gado criado no pasto, enquanto que a maioria dos convencionais vem do animal alimentado por ração.

Não há nada mágico. Tudo está relacionado com a alimentação dos animais.

Vários especialistas
A Comissão de Reforma do modelo de Assistência na Doença aos Servidores do Estado entra em funções, integrando vários...

De acordo com o despacho publicado em Diário da República na segunda-feira, a Comissão foi criada na dependência do secretário de Estado da Saúde e tem como objetivo “ponderar a adoção de medidas de reformulação do sistema, na vertente jurídica, institucional, estatutária e financeira” e apresentar até 30 de junho propostas nesse sentido.

A Comissão é composta por nove “individualidades de reconhecido mérito” que renunciaram a qualquer remuneração, entre elas o professor de Economia Pedro Pita Barros, o especialista em farmacêutica José Aranda da Silva e o professor de saúde pública Alexandre Abrantes, escreve o Diário Digital.

O despacho do ministro da saúde justifica a criação da comissão com a necessidade de cumprir o Programa do Governo e as recomendações do Tribunal de Contas, mantendo os critérios de sustentabilidade, equidade e eficiência.

O dirigente da Federação Sindical da Administração Pública José Abraão lamentou que os representantes dos beneficiários não tivessem sido convidados para a integrar a Comissão de Reforma.

“É lamentável que os representantes dos trabalhadores, que são os beneficiários da Assistência na Doença aos Servidores do Estado (ADSE), não possam integrar a comissão que vai propor as medidas para a revisão do sistema”, disse o sindicalista.

Anterior governo previa 30 ME
O ministro da Saúde reconheceu que as contas do setor tiveram um fecho pior do que o esperado, em parte devido aos medicamentos...

Adalberto Campos Fernandes falava na Comissão Parlamentar da Saúde, numa audição solicitada pelo PCP para debater o reforço da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pouco antes do início de uma reunião conjunta das comissões da Saúde e de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa sobre o Orçamento do Estado para 2016.

Inicialmente, o ministro esperava fechar as contas de 2015 com um défice de 30 milhões de euros, segundo as contas previstas pelo anterior governo, mas os encargos associados à terapêutica inovadora para o tratamento da hepatite C, não previstos no orçamento inicial, bem como outros medicamentos oncológicos, ajudaram a disparar esse valor para os 259 milhões de euros.

O ministro mostrou-se confiante no regresso dos médicos reformados através da medida que permite a estes clínicos auferirem 75% sobre a pensão que recebiam no momento de saída.

Para Adalberto Campos Fernandes, não é o só o dinheiro que justificará este regresso, mas sim algumas condições, como a possibilidade de escolherem o número de horas que pretendem trabalhar, bem como uma ou meia lista de utentes ao seu encargo.

“Fomos tão longe quanto podíamos”, disse o ministro, acrescentando que, pelos “sinais no terreno” que tem recebido, “muitos médicos” deverão voltar ao SNS. “O retorno parece evidente”, disse.

Sobre este regresso, Adalberto Campos Fernandes disse concordar com a deputada social-democrata Fátima Ramos, para quem a substituição de um médico com experiência por um outro com menos anos de trabalho não é a mesma coisa.

“Médicos qualificados tratam melhor os doentes” e, logo, “os indicadores de saúde melhoram”, disse o ministro.

Na mesma resposta à deputada Fátima Ramos, que questionou Adalberto Campos Fernandes sobre o valor a pagar por hora extraordinária aos profissionais de saúde, o qual baixou durante o programa de assistência, este começou por dizer que “o anterior modelo foi errado”, nomeadamente porque visava “compensar baixos salários com recurso excessivo ao trabalho extraordinário”.

Para o ministro, as horas extraordinárias devem ser isso mesmo: extraordinárias. Nesse sentido, pretende que representem 3 a 4% da despesa com recursos humanos e não os atuais 12%.

Lançamento de livro
Uma lesão na medula por inalação de monóxido de carbono deixou Marta Canário numa cadeira de rodas, um caso raro que há 25 anos...

O dia 11 de março de 1991 ficou marcado na sua vida, como o dia em que tudo mudou. “Foi o terminar de um ciclo e o início de outro, como se alguém tivesse pegado nas cartas da minha vida e as baralhasse para um novo jogo”, escreve Marta Canário no livro “Ser feliz é uma escolha”, que é lançado na quinta-feira.

Nesse dia, estava um “frio de rachar” e Marta, na altura com 15 anos, decidiu ir tomar banho, levando um dos seus dois cães porque “não se davam muito bem”.

“Fechei a porta, a janela da casa de banho, liguei um aquecedor e comecei a tomar banho. A certa altura, o cão começou a ladrar, a querer sair. Desliguei a água, saí da casa de banho, deixei-o lá fora e voltei para tomar banho”, começou por contar.

A certa altura, começou a sentir-se zonza. Desligou a água e sentou-se à espera que aquela sensação passasse. A partir daí não se lembra de mais nada.

Duas horas e meia depois, Marta foi encontrada pela irmã e transportada para o hospital. “Acordei do coma cinco horas depois, com muita dor de cabeça, mas a raciocinar bem, só não sentia as pernas”, lembra.

Depois de alguns exames e “montanhas de avaliações” os médicos concluíram que a paralisia se devia a uma lesão na medula devido à inalação de monóxido de carbono.

"Fui caso único no mundo, pelo menos que os meus médicos tivessem conhecimento”, escreve no livro, adiantando que este facto alimentava a esperança de que tudo iria voltar ao normal.

“Mesmo que alguns médicos de Alcoitão me dissessem que as rodas da cadeira iriam ser as minhas pernas, nós não encarávamos isso dessa forma”, adiantou Marta, assessora de imprensa há 17 anos.

Marta deslocou-se a Londres, onde “dois reputados neurologistas” lhe disseram que os tratamentos de lesões medulares estavam a ser estudados em ratinhos em laboratório e não sabiam se a solução ia demorar um ano, 30 anos ou nunca ia ser encontrada.

"Comecei a fazer a minha vida normal, os meus amigos pegavam em mim, levavam-me para a praia, saíamos à noite, era tudo normal, com a diferença de que fazia tudo sentada”, conta, com graça.

Aos 29 anos, Marta enfrentou um novo obstáculo, uma septicemia quase fatal, que a fez “evoluir imenso como pessoa” e aprender “a respeitar a dor dos outros”, as suas limitações e fragilidades.

"Se não tivesse ficado de cadeira de rodas e não tivesse tido uma septicemia brutal, hoje seria uma pessoa completamente diferente. Não estou a dizer que seria uma pessoa pior, mas aquilo que me tornei agrada-me”, confessa Marta, agora com 40 anos.

Com o livro, Marta espera motivar outras pessoas: “É um livro positivo, que tem histórias duras, mas todas elas superadas”.

Sobre o dia do acidente, diz que mais do que lhe ter “roubado algo”, deu-lhe “a oportunidade de começar de novo”.

“Fez-me ganhar resistência, coragem e ainda o tempo necessário para parar e perceber que todos os dias podemos melhorar um pouco e tentar fazer a diferença na vida de alguém”.

Relatório “Vacinómetro”
Mais de 63% dos portugueses com 65 ou mais anos foram vacinados contra a gripe neste inverno, segundo estimativas divulgadas no...

No mesmo documento estima-se também que foram vacinados 30% das pessoas com doenças crónicas, e mais de metade (55,7%) dos profissionais de saúde com contacto direto com os doentes.

Foram ainda vacinados 34% dos portugueses com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos.

Em concreto, segundo o documento, foram vacinadas mais de 1,5 milhões de pessoas com mais de 60 anos, um número semelhante ao registado no ano passado.

Os dados, no conjunto, indicam que quase metade da população estudada, 49,4%, foi vacinada, com uma percentagem quase idêntica de homens e mulheres (ligeiro aumento de homens).

Ainda de acordo com o relatório, calcula-se que sete por cento das pessoas pertencentes aos grupos prioritários para vacinação foram vacinadas pela primeira vez.

O “Vacinómetro” é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, com o apoio de uma farmacêutica, e acontece nos últimos sete anos.

Permite, diz-se no documento, “monitorizar em tempo real, a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela Direção-Geral da Saúde (DGS)”: pessoas com idades entre os 60 e os 64 anos, com 65 e mais anos, portadores de doenças crónicas e trabalhadores em instituições de saúde.

Para se chegar aos resultados agora anunciados são feitos questionários telefónicos ao universo dos grupos prioritários (1.500 pessoas no total), que no ano passado indicaram uma muito maior adesão à vacina dos doentes crónicos (55,3% contra os 30% deste ano) mas uma menor dos profissionais de saúde (51,7 no ano passado contra os 55,7 deste ano).

Robalo Cordeiro, ex-presidente da SPP, disse que a quebra na vacinação de doentes crónicos é o mais negativo do relatório, por se tratar de uma população de “alto risco”.

“Não estamos a chegar a estes doentes e fazem parte de um dos grupos de risco fundamentais. A estratégia para o próximo ano deve ter em conta os doentes crónicos”, disse o especialista.

Os aspetos positivos, salientou, foi a manutenção de um número elevado de pessoas vacinadas com mais de 65 anos, que “cumpre e até ultrapassa a meta da DGS”, e um aumento nos profissionais de saúde.

Portugal está em condições de chegar à meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde de vacinação de 75% das pessoas com 65 e mais anos em 2020, salientou.

E - acrescentou - “há outro excelente indicador que é o dos profissionais de saúde, que dão o exemplo e que estão empenhados em promover a prevenção”.

Robalo Cordeiro também salientou que sete por cento dos inquiridos tivesse dito que se tinha vacinado pela primeira vez. “Se todos os anos tivermos um aumento assim estamos no bom caminho”, disse, notando que a vacina da gripe “claramente tem funcionado”.

Cientistas desenvolvem
Cientistas russos criaram chocolate com carne de ouriço, estrela-do-mar e limão que melhora o metabolismo e prolonga o número...

“O extrato de ouriço e estrela-do-mar retarda o envelhecimento e corrige os processos metabólicos, melhorando a qualidade de vida e contribuindo para a longevidade”, anunciou, em comunicado, a Academia de Ciências da Rússia (ACR).

Cientistas do Instituto de Química Orgânica, ligado à Universidade Federal do Extremo Oriente russo, consideram que o novo chocolate vai ser muito mais benéfico para o organismo.

Este instituto estuda há mais de 40 anos a estrutura e as propriedades médico-biológicas das substâncias marinhas naturais, criando fármacos e suplementos alimentares.

Os mesmos cientistas apresentaram há alguns meses, em Moscovo, alimentos feitos de algas rodofíceas e laminárias da costa do Oceano Pacífico tais como saladas, gelatina, pão e salsichas.

Serviço Nacional de Saúde
O secretário de Estado da Saúde determinou que as revistas pessoais a trabalhadores e doentes do Serviço Nacional de Saúde são...

“Intervenção do PCP leva Governo a assumir que ‘revistas pessoais aos trabalhadores, doentes visitantes e demais utilizadores dos serviços e organismos do Ministério da Saúde são ilegais e colidem com os direitos, liberdades e garantias daqueles’”, refere, em comunicado, a Organização Regional do Porto do PCP.

Em causa está uma informação divulgada em janeiro de que, segundo uma norma aprovada no final de 2015, instituto de oncologia do Porto iria “passar a revistar, com a ajuda da PSP se necessário, malas, sacos, e carros de doentes, visitantes e funcionários”.

A administração do IPO/Porto garantiu então que "nunca foi necessário implementar” a revista, dizendo esperar “que assim continue”.

O PCP explica em comunicado que “ao tomar conhecimento da aprovação de um regulamento interno do IPO que contemplava revistas pessoais a visitantes, utentes e trabalhadores daquela instituição - que a própria administração reconheceu publicamente - o Grupo Parlamentar do PCP questionou o governo sobre o conhecimento que tinha desse referido regulamento”.

“Que medidas vão ser tomadas pelo Governo no sentido garantir que os direitos dos trabalhadores, dos doentes e dos visitantes não sejam violados com este procedimento?”, perguntou também o PCP no documento enviado ao Ministério da Saúde no final de janeiro e onde consideravam que aquela “medida oferece sérias dúvidas quanto à legalidade”.

Em resposta à pergunta feita pelo PCP, no qual os deputados comunistas alertaram ainda que estas revistas estavam a ser feitas por elementos de empresas de segurança privada, o governo “vem reconhecer que tais procedimentos são inaceitáveis”.

Numa “circular Informativa para conhecimento de todos os serviços e organismos integrados no SNS” sobre o “Controlo de Saída de Bens e Equipamentos nos Serviços e Organismos Integrados no SNS”, a Secretaria-Geral do Ministério da Saúde informa que “as revistas que redundam numa restrição dos direitos dos trabalhadores, doentes, visitantes e demais utilizadores de uma qualquer instalação (…) são ilegais”.

Segundo o PCP, a decisão do Governo confirma ainda “que o âmbito de atuação dos trabalhadores das empresas de segurança privada não se aplica ao definido no Regulamento interno do IPO”.

INEM
O Hospital Fernando Fonseca dispõe, desde ontem, de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação, que até ao início da tarde...

"Esta Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) era mesmo necessária. Nós em Portugal temos seis saídas de VMER por dia, nos vários locais, [e] esta, ainda estamos a meio do dia, e já saiu oito vezes", salientou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.

O governante, que falava no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), por ocasião da entrada em funcionamento da VMER, acrescentou que "a sua necessidade era real" e a viatura pretende "tornar mais capaz a resposta do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) nesta região".

O secretário de Estado adiantou que esta é a 43ª VMER no país, e que, em abril, deverá também ficar operacional outra para servir a zona do Barreiro-Montijo.

Fernando Araújo sublinhou ainda o esforço no aumento de meios do Serviço de Urgência Básica (SUB) de Algueirão-Mem Martins e manifestou a confiança na concretização, ainda durante 2016, da construção de novos centros de saúde e "mais médicos de família".

O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta (PS), congratulou-se com a entrada ao serviço da VMER, tal como havia sido prometido pelo ministro da Saúde.

"Durante muito tempo, Sintra foi esquecida em termos de política de saúde, temos que o dizer com clareza, e ainda bem que, neste momento, está a ser lembrada", afirmou o autarca, considerando que a VMER é essencial na resposta às necessidades das populações.

Para Basílio Horta, satisfeito por ver cumprido o lema "palavra dada, palavra honrada", o município de Sintra aguarda agora que seja possível avançar com a construção de novos centros de saúde, principalmente em Agualva e Queluz.

A presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares (PS), também considerou que a instalação da VMER "era uma necessidade urgente" e espera que a viatura seja dotada dos meios humanos para o seu funcionamento.

O presidente do conselho de administração do Fernando Fonseca e o presidente do INEM assinaram o protocolo segundo o qual a unidade hospitalar assegura as equipas que vão trabalhar na VMER.

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, admitiu no início de fevereiro que o hospital de Amadora-Sintra já devia estar dotado, desde há cerca de quatro anos, de uma VMER e prometeu resolver a situação "no princípio de março".

"O hospital Amadora-Sintra tem sido muito sacrificado, foi dimensionado para 300 mil habitantes e está a servir 600 mil. Nós temos de encontrar novas respostas", salientou o ministro, após uma reunião com o presidente da autarquia sintrense.

A falta de uma VMER no Fernando Fonseca tem sido criticada, sobretudo na sequência da morte do ator José Boavida, com uma paragem cardiorrespiratória, em Queluz, que teve de ser assistido por uma viatura do Hospital São Francisco Xavier, apesar da maior proximidade da unidade que serve Amadora e Sintra.

O secretário de Estado visitou depois a SUB de Algueirão-Mem Martins, instalada nas antigas instalações da fábrica de máquinas de escrever Messa, que classificou como "muito importante na resposta aos utentes de Sintra".

O SUB passou a contar "com mais três médicos e dois enfermeiros, criando condições para que os casos de saúde menos urgentes possam ser ali avaliados em vez de recorrerem à urgência central do Hospital Fernando Fonseca", informou uma nota da unidade hospitalar.

A equipa passará a ser composta "por cinco médicos, um dos quais especialista, e quatro enfermeiros", adiantou uma fonte oficial do Amadora-Sintra, acrescentando que está "a ser equacionada a instalação de um ecógrafo".

"Nos planos de reforço desta urgência básica está ainda a dotação das instalações com equipamentos de radiologia, um técnico em permanência e a instalação de um laboratório de análises", esclarece o comunicado.

O SUB serve as populações abrangidas pelos centros de saúde de Algueirão-Mem Martins, Rio de Mouro, Pêro Pinheiro e Sintra e, no último ano, registou 52.115 episódios de urgência, dos quais apenas 7.229 (cerca de 14%) justificaram o reencaminhamento para a urgência do Amadora-Sintra.

O serviço, "com uma média diária de 160 doentes atendidos", vai passar a realizar mais análises clínicas e raio-x, e os utentes que precisem de consultas futuras de especialidades no Fernando Fonseca serão inscritos no sistema, deixando de ter de se deslocar à Amadora.

Dieta alcalina
Uma dieta rica em alimentos ácidos e pobre em alimentos alcalinos pode ser responsável por inúmeros

A função corporal ideal depende do equilíbrio correto entre as partículas ácidas e de base (ou alcalinas) no sangue, linfa, urina e outros fluidos corporais.

Na realidade, todos os mecanismos de regulação, como a respiração, circulação, digestão ou produção hormonal, têm como finalidade equilibrar o pH através da remoção de resíduos de ácidos cáusticos metabolizados a partir de tecidos do corpo sem células vivas prejudiciais.

A existência de ácido acumulado, em determinada parte do corpo, pode levar ao mau funcionamento dos órgãos que estão próximos

Este excesso de ácido, também conhecido por acidose, pode ser provocado ainda pelo consumo de álcool, nível de açúcar no sangue e através da toma de certos medicamentos.

De acordo com alguns investigadores, a acidose pode conduzir a várias doenças. Alguns acreditam, por exemplo, que a acidez elevada pode esgotar os ossos, uma vez que o nosso organismo tem de lhes “roubar” minerais alcalinizantes (sobretudo, cálcio) para manter o fator pH dentro dos valores considerados normais, conduzindo a situações de osteoporose ou osteoartrite.

Por outro lado, também as doenças cardíacas ou renais, a hipertensão arterial, o acidente vascular cerebral ou a asma, entre outros problemas de saúde, lhe parecem estar associados.

Alguns estudos demonstram que, quando a nossa dieta contém mais ácidos do que elementos alcalinos, o nosso organismo tenta compensar este desequilíbrio servindo-se das nossas “reservas”.

É por esta razão, e tendo em conta as suas repercussões para a saúde, que alguns especialistas recomendam o aumento da ingestão de alimentos alcalinos – fruta, legumes, sementes, cereais e grãos integrais, proteínas magras como peixe, ovos ou frango – em detrimento da carne, lacticínios, pão, alimentos salgados ou refrigerantes, conhecidos por serem alimentos formadores de ácidos.

Para saber se o seu corpo é alcalino ou ácido, pode fazer um teste à sua saliva ou urina. Basta testá-la com uma tira de pH, ao acordar, e comparar a cor resultante com a tabela inclusa neste teste.

Para obter melhores resultados devem-se testar os níveis de pH durante 10 dias.

Saiba que um pH neutro é 7. Se o resultado foi maior, é alcalino. Se o pH for muito baixo (ou menos de 7) significa que é ácido, recomendando-se o aumento do consumo de frutas e vegetais.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Nos 18 anos da Ordem dos Enfermeiros...
Caro Cidadão: No ano em que a Ordem dos Enfermeiros comemora 18 anos de existência (mais exatamente

Trata-se duma escolha pessoal, que pretende levá-lo não só pelos caminhos da história e da contemporaneidade, mas, também, pelo humor, pelas biografias de pessoas que marcaram a história da enfermagem em Portugal e, ainda, partilhar o pensamento crítico e reflexivo de enfermeiros que pensam a enfermagem, com vista a potenciar a qualidade e a segurança dos cuidados de enfermagem, para que os cidadãos usufruam de mais saúde e bem estar.  Espero que fique a conhecer melhor a nossa identidade e reconheça o nosso valor. Boas Leituras. Ler dá mais saúde! Siga o nosso precioso conselho.

Faces e Fases da Enfermagem de Fátima Silva & Lígia Bastos, Edição/reimpressão: 2013, Editor: Editorial Novembro, ISBN: 9789898136688.

Sinopse: Histórias de profissionais valorosos que, duma forma ou outra, mudaram um pouco do mundo em que vivemos e que tinham em comum o facto de serem enfermeiros! Um projeto talvez um pouco louco de pesquisar e descobrir histórias sobre enfermeiros do mundo, verdadeiros heróis da enfermagem. Pela sua ação no dia a dia, enquanto enfermeiros, mudaram a vida daqueles que os rodeavam, mudando também a História da Humanidade.

A Arte de Enfermeiro: Escola de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca de Ana Isabel Silva, Edição/reimpressão: 2008, Editor: Imprensa da Universidade de Coimbra, ISBN: 9789898074995.

Sinopse: Nesta obra é analisada a evolução histórica da Escola de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca, desde a sua fundação até ao ano de 2004 (1881-2004). Criada em 1881 por Costa Simões, administrador dos Hospitais da Universidade de Coimbra, com o objetivo de instruir o respectivo pessoal de enfermagem, a Escola teve inicialmente uma duração efémera, só voltando a funcionar em 1919. Em 1931 foi-lhe atribuído o nome de Ângelo da Fonseca, em homenagem ao diretor dos Hospitais.

Um Olhar Sobre o Ombro - Enfermagem em Portugal de Lucília Nunes, Edição/reimpressão: 2009, Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789728383602.

Sinopse: O livro aqui apresentado é um importante tributo à história da enfermagem portuguesa. Encontra-se dividido em duas partes distintas - uma, relativa à procura do conceito de Ser Humano na História da Enfermagem em Portugal (1881-1954), e outra, que se fundamenta na descrição e análise de eventos mais recentes. No global, “Um Olhar sobre o Ombro” remete ao relancear os olhos para trás, visualizando o caminho percorrido para poder permitir um melhor enquadramento do hoje.

Ser Enfermeiro - Da Compaixão à Proficiência de Margarida Vieira, Edição/reimpressão: 2008, Editor: Universidade Católica Editora, ISBN: 9789725401958.

Sinopse: Apesar da evolução e mudanças ocorridas, a Enfermagem continua a ser uma profissão exigente, para a qual é necessário uma forma de ser compassiva, um saber teórico específico, um fazer técnico próprio, e capacidade para tomar decisões em situações de grande complexidade ética, na relação permanente com outras pessoas. Neste pequeno livro de bolso,  espera-se deixar uma ideia clara da situação atual da enfermagem em Portugal, do que move o grupo profissional e daquilo que se pode esperar de um enfermeiro.

Vidas de Enfermeiras de Marília Pais Viterbo de Freitas, Edição/reimpressão: 2012, Editor: Lusociência, ISBN: 9789728930844.

Sinopse: A partir da segunda metade do século passado, alguns historiadores iniciaram o estudo da história das mulheres, sua vida, saberes e áreas de trabalho, mas pouco ou nada existe sobre história das mulheres na área da saúde. Assim, apresentam-se 25 biografias de enfermeiras portuguesas que exerceram a sua actividade tanto na área da prestação direta de cuidados como nas áreas da docência, da gestão e investigação.

 

Tocados pelo Amor - Momentos Especiais na Vida dos Enfermeiros de Jim Kane, Edição/reimpressão: 2004, Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789728383763.

Sinopse: Todos os dias, por esse mundo fora, há enfermeiras e enfermeiros que tocam as vidas e corações de muita gente. "Tocados pelo Amor" conta histórias pessoais das vidas de muitas enfermeiras e enfermeiros. Esta colectânea de narrativas que abrange muitos anos e muitas culturas, exprime o espirito e a essência da enfermagem.

 

 

A Enfermeira Saturada de Saturnina Gallardo, Edição/reimpressão: 2014, Editor: Editora Guerra & Paz, ISBN: 9789897021091.

Sinopse: "Senhora Enfermeira, o soro tem ar e vai-me matar. Senhora Enfermeira, eu é que sei em que veia me deve picar. Senhora Enfermeira, está aqui para me ajudar e eu é que tenho de trabalhar?". Bem-vindo ao mundo da Enfermeira Saturada, onde o delírio se mistura com o humor, às vezes negro, mas sempre muito refinado. O mundo onde o dia a dia do hospital supera sempre a ficção.

 

 

Do ENEE à Ordem de Rui Cavaleiro, Edição/reimpressão: 2013, Editor: Chiado Editora, ISBN: 9789895105083.

Sinopse: Este livro retrata um percurso, uma evolução mais ou menos rápida, em alguns aspetos da vida, de alguém que escolheu como curso base Enfermagem. Com uma visão particular de alguns assuntos, apresenta a globalidade de outros. Adequado à realidade que por vezes custa aceitar, tem a humildade do nosso pequeno país, mas a necessidade de progresso para ir mais longe. Inova em alguns assuntos, recua noutros, mas é isso que se espera quando o objetivo é contar as verdades sempre presentes, que ainda não foram escritas por aí.

Do Silêncio à Voz - O que as enfermeiras sabem e precisam de comunicar ao público de Bernice Buresh & Suzanne Gordon, Edição/reimpressão: 2014, Editor: Lusociência, ISBN: 9789897480072.

Sinopse: Este livro foi escrito por duas jornalistas que agarraram a profissão de enfermagem mais ou menos da mesma forma que um médico agarra um doente em risco de vida, numa situação que tem cura mas que exige cuidados intensivos e de longo prazo. O diagnóstico, segundo as autoras é silêncio. “Mantendo-nos silenciosas, perdemos a oportunidade de nos mostrarmos consequenciais nos cuidados que prestamos. O remédio para o silêncio é voz – erguer a nossa voz na conversação, em primeiro lugar e mais importante com as nossas famílias, amigos e doentes e, também, com o público em geral.” Buresh e Gordon valorizam o uso de todos os tipos de meios para ajudar a tornar visível a profissão de enfermagem.

Se a Enfermagem Falasse... de Rodrigues Martins Cardoso, 2014, Edição de Autor, Publisher: CreateSpace Independent Publishing Platform, ISBN: 978-1497567603.

Sinopse: Qual é o contributo dos enfermeiros para a saúde dos cidadãos? Que valor é que estes incrementam na economia e no desenvolvimento das sociedades contemporâneas? Que imagem devem transmitir? Como dar a conhecer a profissão aos outros? Pensa que já sabe tudo sobre aqueles que promovem a saúde, mitigam o sofrimento e podem vir a salvar a sua vida? Abandone todos os preconceitos e aceite o que a Enfermagem tem para lhe dizer! “Se a Enfermagem Falasse” resulta da compilação de reflexões levadas a cabo nos últimos dois anos, suportadas pela evidência científica, discussão com peritos e pela produção noticiosa nacional e internacional.

Vidas Partidas - Enfermeiros portugueses no estrangeiro de Claúdia Pereira, Edição/reimpressão:2015. Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789898075567.

Sinopse: Este livro destina-se a assinalar uma época histórica para a enfermagem portuguesa. Histórica pelas piores razões, como bem sabemos - cerca de 12.500 enfermeiros emigraram nos últimos anos, quase sempre tendo como destino a Europa. O livro “Vidas Partidas” será de consulta obrigatória quando um estudante, um investigador, um curioso, um político, se quiserem debruçar sobre a área da saúde em Portugal na primeira metade da segunda década do século XXI.

Notas Sobre Enfermagem - Um Guia para os Cuidadores na Actualidade de Florence Nightingale,  Edição/reimpressão:2011, Editor: Lusociência, ISBN: 9789728930660.

Sinopse: Florence Nightingale escreveu "Notas sobre Enfermagem" para os cuidadores em casa e é notável quão actual permanece esta obra nos dia de hoje. Esta edição tenciona complementar o trabalho de Florence Nightingale, alargando o seu saber e conhecimento às novas gerações encarregues de cuidar os entes queridos. O Concelho Internacional de Enfermeiros e a Fundação Internacional de Florence Nightingale (FNIF) prepararam esta moderna edição, 150 anos após a publicação original, como forma de marcar o aniversário dos 75 anos da fundação que tem o nome da "mãe" da Enfermagem moderna.

Teóricas de Enfermagem e a Sua Obra - Modelos e Teorias de Enfermagem de Ann Marriner Tomey & Martha Raile Alligood,  Edição/reimpressão: 2004, Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789728383749.

Sinopse: "Teóricas de Enfermagem e Sua Obra" é o livro sobre teoria de enfermagem mais abrangente que existe, apresentando descrições e análises claras, concisas e actualizadas de 28 teorias de enfermagem.

 

 

Enfermagem Pós-Moderna e Futura - Um Novo Paradigma da Enfermagem, de Jean Watson, Edição/reimpressão:2007, Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789728383374.

Sinopse: Neste notável livro Jean Watson, mantém a sua procura pelo âmago da enfermagem, desenvolvendo as teorias que inspiram enfermeiros em todo o mundo. Delineando com base na sabedoria de Nightingale do século XIX, a Professora Watson estabelece um modelo para a enfermagem do século XX. À medida que avançamos para além da alta tecnologia, do carácter da cura a todo o custo da era “moderna”, a autora sustenta que a enfermagem precisa de redescobrir a sua essência de cura, e devolver as artes de cuidar às suas práticas. O livro descreve como isto deverá ser feito, no sentido de assegurar o futuro da enfermagem, como a profissão de cuidar-curar para o próximo milénio.

História e Memórias da Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto, Obra colectiva da Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto, Edição/reimpressão: 2004, Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789728383565.

Sinopse: A Escola Superior de Enfermagem da Cidade do Porto nasceu há vinte anos. Na sua juventude pujante inscreveu percursos de formação pioneiros de um profissionalismo exigente na formação especializada em enfermagem. Adaptou-se a um mundo em constante evolução em sintonia com as políticas de saúde e as necessidades do meio envolvente, desenvolveu-se permanecendo aberta aos grandes debates contemporâneos.

Escola Superior de Enfermagem Artur Ravara, de Vários Autores, Edição/reimpressão: 2009, Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789728930417.

Sinopse: Uma instituição, como a Escola Superior de Enfermagem de Artur Ravara, com mais de um século a formar profissionais, encerra uma história, um património, uma cultura, memórias, conhecimento e um legado, indeléveis no tempo e no espaço. A obra apresentada é um pouco isso, é a sucessão natural dos factos, são os antecedentes, é a criação, são os protagonistas, enfim, a construção e a consolidação de uma instituição de referência, a qual não se dissocia das suas reformas curriculares, dos seus projetos pedagógicos, das suas direções, das atividades da sua comunidade educativa, em suma, do seu património.

Anjos na Guerra - A Aventura das Enfermeiras Paraquedistas Portuguesas de Susana Torrão, Edição/reimpressão: 2011, Editor: Oficina do Livro, ISBN: 9789895557806.

Sinopse: Na guerra colonial, o corpo de enfermeiras pára-quedistas socorreu militares e civis em Angola, Moçambique e Guiné. Estas mulheres que caiam do céu para tratar dos feridos e travar o sofrimento enfrentaram, ao lado dos soldados, a dureza do mato e a violência dos combates. Mas não só. Enfrentaram também o preconceito de uma sociedade conservadora, onde a ideia de enviar mulheres para um cenário de conflito era vista com enorme desconfiança. Esta é a história dessas pioneiras improváveis, que quase passaram despercebidas ao seu país mas que acabaram por lhe dar uma lição de coragem.

Histórias de Vida de Uma Enfermeira de Maria de Lurdes Mixão, Edição/reimpressão: 2015, Editor: Chiado Editora,  ISBN: 9789895140527.

Sinopse: "Histórias da Vida de Uma Enfermeira" relata algumas das vivências que marcaram e moldaram o percurso profissional da vida de Lurdes Mixão, bem como de outros enfermeiros do Departamento de Pediatria do Hospital de Santa Maria (HSM). Para a autora, a principal ideia é a importância de cuidar com o coração. O enfermeiro não deve só cuidar tecnicamente, mas com a sabedoria do coração, com sentido crítico, compaixão e carinho pelas crianças.

Seleção de Livros realizada por Pedro Quintas, Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária, ACES Pinhal Litoral – USF Marquês, quintas1979@gmail.com

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Ladrão silencioso da visão” afeta 100 mil portugueses
Associando-se às iniciativas inseridas na Semana Mundial do Glaucoma, entre 6 e 12 de março, o Grupo Português de Glaucoma da...

Estas iniciativas contam com a colaboração de vários especialistas em Glaucoma que procuram sensibilizar a população para os perigos de uma doença que se estima que afete mais de 100 mil portugueses e cuja incidência tende a aumentar com a idade.

Ainda desconhecido por muitos, o glaucoma é subdiagnosticado e “silencioso” ao provocar danos progressivos na visão sem aviso até às fases mais avançadas da doença. Apesar do tratamento ser eficaz na estabilização desta patologia, é incapaz de reverter as lesões já provocadas. Isto significa que quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a visão preservada.

O glaucoma afeta cerca de 80 milhões de pessoas em todo o mundo e apesar de em Portugal não ter o mediatismo das cataratas ou da retinopatia diabética, representa um problema não só de oftalmologia mas também de saúde pública. É a segunda causa mundial de cegueira (cerca de 9 milhões de cegos por glaucoma em todo o Mundo) e a primeira causa de cegueira irreversível evitável. Estima-se que mesmo nos países desenvolvidos só cerca de 50% dos portadores de glaucoma sejam diagnosticados e tratados porque a maioria dos doentes inicialmente não tem alterações visuais percetíveis.

Segundo o coordenador do Grupo Português de Glaucoma (GPG), José Moura Pereira, é fundamental “combater o desconhecimento generalizado sobre esta doença”. “A prevenção é decisiva em qualquer situação clínica”, adverte, mas é-o “especialmente” neste contexto. “O glaucoma é irreversível: não é possível recuperar as fibras do nervo ótico que se perdem com a progressão da patologia, pelo que é preciso tentar travá-la; quanto mais cedo, melhor.”

A “importância do diagnóstico precoce” deste que constitui “um problema de saúde pública, incapacitante para muitos indivíduos”, é igualmente vincada por Maria João Quadrado, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).

O GPG vai promover ações de sensibilização em conjunto com os especialistas de glaucoma nos Hospitais de Coimbra, Braga, Viseu, V.N. de Gaia-Espinho, Aveiro e Leiria, com destaque para a reunião científica anual de debate sobre esta patologia que decorrerá na cidade de Viseu, nos dias 11 e 12 de março.

Serviço Nacional de Saúde
O governo está a avaliar a comparticipação dos medicamentos para a cessação tabágica e quer que todos os Agrupamentos de...

O anúncio foi feito pelo secretário de Estado e adjunto da Saúde, Fernando Araújo, no final da apresentação do relatório “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em Números 2015”, em Lisboa.

De acordo com este documento, o consumo de tabaco matou mais de 32 pessoas por dia em 2013, tendo sido a primeira causa de morte em Portugal, mas no geral o número de fumadores tem vindo a diminuir.

“Por vezes as pessoas têm vontade e não têm capacidade [de tentar deixar de fumar] e nós temos a obrigação de ajudar”, disse Fernando Araújo, sobre uma eventual comparticipação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nos medicamentos de cessação tabágica.

Segundo o governante, o governo está atualmente “a fazer um estudo, uma avaliação do ponto de vista clínico do impacto, bem como do ponto de vista económico, para saber o custo destas medidas, mas é expetável que durante este ano possamos tomar decisões que se possam traduzir em resultados concretos em 2017”.

Para Fernando Araújo, o SNS precisa de aumentar a acessibilidade e responder de forma mais eficaz aos apelos dos fumadores que querem deixar de fumar.

Nesse sentido, o secretário de Estado aposta no papel da medicina geral e familiar que pode ser “determinante”.

O que se pretende é “disponibilizar em todos os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) pelo menos uma agenda de apoio intensivo à cessação tabágica”, afirmou.

Fernando Araújo quer, até ao final do ano, diminuir para metade a percentagem (30 por cento) de ACES que ainda não disponibilizam este serviço.

Relativamente aos espaços para fumadores – nomeadamente na restauração e hotelaria – o objetivo do Ministério da Saúde é evitar que haja “capacidade legal para a abertura de novos espaços para fumadores”.

Os que existem, prosseguiu, terão de respeitar “exigências, do ponto de vista técnico, cada vez maiores para proteger quem não fuma da inalação do tabaco”.

Uma dessas medidas entrará em breve em vigor e obriga a que os espaços fechados onde é possível fumar – com mais de 100 metros quadrados – tenham de ter pressão negativa.

Segundo o Diretor Geral da Saúde (DGS), presente na apresentação deste relatório, a pressão negativa é “absolutamente essencial para evitar que o fumo do tabaco passe de uma área para a outra”.

“A pressão deve ser no mínimo 5 pascais (unidade), para a propagação do fumo do tabaco encontrar um bloqueio à sua expansão”, disse.

Especialista afirma
Os doentes com síndrome da apneia obstrutiva do sono têm um risco acrescido de neoplasias, disse Marta Drummond, presidente do...

“Ficou demonstrado que os doentes com apneia têm mais risco de ter neoplasia de todo o tipo do que os que não tem apneia. Agora é preciso saber quais são os tipos de neoplasia mais prevalentes e se há rastreio que se possa fazer”, sublinhou a pneumologista do Hospital de São João, no Porto.

Segundo Marta Drummond, este será um dos temas principais em debate no XXIII Congresso de Pneumologia do Norte e será abordado pelo investigador espanhol responsável pelo estudo que demonstrou a relação entre a apneia do sono – doença com prevalência elevada em Portugal – com o aumento de risco de neoplasia.

A apneia do sono é um distúrbio provocado por frequentes obstruções parciais ou completas das vias respiratórias durante o sono, o que leva a episódios repetidos de cessação da respiração enquanto o paciente dorme.

“É um tópico recente mas, sobretudo, o que sabemos é que temos de tratar a apneia do sono e diagnosticá-la o mais precocemente possível para evitar complicações”, sublinhou a pneumologista.

A relação da apneia do sono com a doença cardiovascular já há muito é conhecida e “agora sabemos também que tem mais riscos de neoplasias. Quais neoplasias e que tipo de rastreio temos de fazer ainda não sabemos, mas sabemos que temos de tratar estes doentes o quanto antes”, frisou.

Segundo explicou, “o tratamento é absolutamente eficaz para controlar as pausas respiratórias e com isso controlar as consequências nefastas dessas pausas”.

“Creio que o número que precisava de usar ventilação noturna e que não usa será de facto grande, é preciso chamar esses doentes ao tratamento porque é muito importante para eles, mas é muito importante também para a comunidade, porque estes doentes tem muito sono durante o dia, o que os põe em risco aumentado de acidentes de viação, de acidentes de trabalho e de menor rentabilidade no trabalho, por exemplo”, acrescentou.

Outros assuntos em debate no encontro são a telemonitorização em medicina e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) que, tal como a apneia, é uma doença crónica.

Provocada em 95% dos casos pelo tabagismo, a DPOC tem um tratamento que “diminui os sintomas, consegue atrasar a sua progressão e diminuir a mortalidade”.

Quanto melhor se qualificar os vários tipos de doentes “mais capazes seremos de reduzir essa mortalidade e de controlar a progressão da doença”, daí a necessidade de “individualizar a terapêutica”, disse.

“Estamos a caminhar nesse sentido, o que é uma enorme mais-valia, porque assim permite-nos não usar medicações que tem riscos e que não têm assim tanto benefício para o doente e dirigir a terapêutica para algo que é mais eficaz em determinado grupo de doentes”, acrescentou.

A pneumologista disse ainda que a prevalência da DPOC em Portugal tem aumentado, referindo que “há cerca de dez anos um estudo mostrava que seis por cento tinham DPOC, dez anos depois mostrou que eram 14%, ou seja, mais do que duplicou”.

O XXIII Congresso de Pneumologia do Norte pretende ser o fórum de discussão e atualização dos temas emergentes da Pneumologia, reunindo este ano mais de 300 especialistas da área e contando com a participação de oradores não só nacionais, mas também de outros países europeus, como Espanha, Itália, Eslovénia e Suíça.

Como temas centrais, fazem parte do programa, a Patologia Respiratória Obstrutiva, Infeções Respiratórias, Tabagismo, Neoplasia Pulmonar, Patologia Respiratória do Sono, Patologia Pleural e Ventilação Não Invasiva.

Especialista afirma
Os doentes com síndrome da apneia obstrutiva do sono têm um risco acrescido de neoplasias, disse Marta Drummond, presidente do...

“Ficou demonstrado que os doentes com apneia têm mais risco de ter neoplasia de todo o tipo do que os que não tem apneia. Agora é preciso saber quais são os tipos de neoplasia mais prevalentes e se há rastreio que se possa fazer”, sublinhou a pneumologista do Hospital de São João, no Porto.

Segundo Marta Drummond, este será um dos temas principais em debate no XXIII Congresso de Pneumologia do Norte e será abordado pelo investigador espanhol responsável pelo estudo que demonstrou a relação entre a apneia do sono – doença com prevalência elevada em Portugal – com o aumento de risco de neoplasia.

A apneia do sono é um distúrbio provocado por frequentes obstruções parciais ou completas das vias respiratórias durante o sono, o que leva a episódios repetidos de cessação da respiração enquanto o paciente dorme.

“É um tópico recente mas, sobretudo, o que sabemos é que temos de tratar a apneia do sono e diagnosticá-la o mais precocemente possível para evitar complicações”, sublinhou a pneumologista.

A relação da apneia do sono com a doença cardiovascular já há muito é conhecida e “agora sabemos também que tem mais riscos de neoplasias. Quais neoplasias e que tipo de rastreio temos de fazer ainda não sabemos, mas sabemos que temos de tratar estes doentes o quanto antes”, frisou.

Segundo explicou, “o tratamento é absolutamente eficaz para controlar as pausas respiratórias e com isso controlar as consequências nefastas dessas pausas”.

“Creio que o número que precisava de usar ventilação noturna e que não usa será de facto grande, é preciso chamar esses doentes ao tratamento porque é muito importante para eles, mas é muito importante também para a comunidade, porque estes doentes tem muito sono durante o dia, o que os põe em risco aumentado de acidentes de viação, de acidentes de trabalho e de menor rentabilidade no trabalho, por exemplo”, acrescentou.

Outros assuntos em debate no encontro são a telemonitorização em medicina e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) que, tal como a apneia, é uma doença crónica.

Provocada em 95% dos casos pelo tabagismo, a DPOC tem um tratamento que “diminui os sintomas, consegue atrasar a sua progressão e diminuir a mortalidade”.

Quanto melhor se qualificar os vários tipos de doentes “mais capazes seremos de reduzir essa mortalidade e de controlar a progressão da doença”, daí a necessidade de “individualizar a terapêutica”, disse.

“Estamos a caminhar nesse sentido, o que é uma enorme mais-valia, porque assim permite-nos não usar medicações que tem riscos e que não têm assim tanto benefício para o doente e dirigir a terapêutica para algo que é mais eficaz em determinado grupo de doentes”, acrescentou.

A pneumologista disse ainda que a prevalência da DPOC em Portugal tem aumentado, referindo que “há cerca de dez anos um estudo mostrava que seis por cento tinham DPOC, dez anos depois mostrou que eram 14%, ou seja, mais do que duplicou”.

O XXIII Congresso de Pneumologia do Norte pretende ser o fórum de discussão e atualização dos temas emergentes da Pneumologia, reunindo este ano mais de 300 especialistas da área e contando com a participação de oradores não só nacionais, mas também de outros países europeus, como Espanha, Itália, Eslovénia e Suíça.

Como temas centrais, fazem parte do programa, a Patologia Respiratória Obstrutiva, Infeções Respiratórias, Tabagismo, Neoplasia Pulmonar, Patologia Respiratória do Sono, Patologia Pleural e Ventilação Não Invasiva.

Associação Todos com a Esclerose Múltipla
A Associação Todos com a Esclerose Múltipla saudou o alargamento do regime especial de invalidez a mais doenças crónicas,...

O novo regime especial de proteção na invalidez entrou em vigor a 1 de janeiro sob críticas de médicos, associações de doentes e partidos, que estavam contra os novos critérios para atribuição da pensão de invalidez, nomeadamente o facto de só poder ser atribuída a doentes que “clinicamente se preveja evoluir para uma situação de dependência ou morte num período de três anos".

Com a atual lei deixou de existir uma lista de doenças abrangidas pelo regime de proteção especial na invalidez, passando a ser aplicada, a título experimental, a Tabela Nacional de Funcionalidades

Estas alterações aprovadas pelo anterior governo PSD-CDS/PP ao regime especial de invalidez foram agora revogadas no Decreto n.º 11/XIII, publicado no Diário da Assembleia da República e que aguarda promulgação do Presidente da República.

O decreto-lei, que produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2016, abrange os doentes com “prognóstico de evolução rápida para uma situação de perda de autonomia com impacto negativo na profissão”, originada por paramiloidose familiar, doença de Machado Joseph, VIH/sida, esclerose múltipla, doença do foro oncológico, esclerose lateral amiotrófica, doença de Parkinson, doença de Alzheimer e doenças raras.

Em declarações, o presidente da Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM), Paulo Silva Pereira, congratulou-se com esta alteração à legislação, alegando que vai abranger mais doenças crónicas e manter as que estavam na lei de 2009, indo ao encontro do que a associação sempre defendeu.

Apesar de estar “à espera de mais”, Paulo Silva Pereira disse perceber “perfeitamente que foi aquilo que foi possível mexer nesta altura”.

Por outro lado, criticou o facto do relatório da Comissão Especializada – divulgado pelo Bloco de Esquerda – que esteve na base da atual lei (decreto-lei n.º246/2015) ter sido elaborado “por dez pessoas, das quais 40% eram médicos, mas nenhum especialista” em doenças crónicas.

“Por isto, é normal que dê a aberração que deu a famosa lei que batizámos de subsídio para morrer”, disse o presente da TEM.

Segundo o novo decreto-lei, são ainda abrangidos pelo regime especial de invalidez os beneficiários que se “encontrem em situação de incapacidade permanente para o trabalho decorrente de outras doenças de causa não profissional ou de responsabilidade de terceiro, de aparecimento súbito ou precoce que evoluam rapidamente para uma situação de perda de autonomia com impacto negativo” na sua profissão.

As principais alterações do decreto-lei 246/2015 foram anuladas na sequência de uma apreciação parlamentar requerida pelo Bloco de Esquerda e que levou à aprovação do novo documento com os votos favoráveis do PS, Bloco, PCP, Verdes e PAN e a abstenção do PSD e do CDS.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Profissionais e estudantes terão de desenvolver competências psicossociais para melhorarem gestão da falha clínica, propõe...

Uma investigação de uma professora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) aponta para a necessidade de os enfermeiros mudarem a forma como encaram os erros na prática clínica, ao ponto de defender que esta temática figure nos currículos da oferta formativa.

De acordo com os resultados do trabalho que Cidalina da Conceição Ferreira de Abreu desenvolveu, no período de 2008 a 2015, em 17 hospitais da zona centro do país e com a colaboração de 1165 enfermeiros, “a emoção mais frequente” experienciada por estes profissionais de saúde, relativamente às consequências do erro na prática clínica, “foi a raiva, seguida da culpa”.

Para Cidalina Abreu, é necessário que os profissionais, e até mesmo os estudantes, “desenvolvam competências psicossociais na gestão do erro clínico”, desde o 1º ciclo de estudos (licenciatura) e numa perspetiva de formação ao longo da vida.

A investigadora da ESEnfC defende a “necessidade de se obter uma cultura de segurança” que remeta para a mudança do “paradigma tradicional, centrado na punição”, para “uma cultura mais aberta e de aprendizagem face ao erro comedido”.

Os erros mais reportados por aquela amostra de enfermeiros situaram-se ao nível da categoria “Administração Segura de Medicação”, seguidos das falhas em matéria de “Técnica e Procedimentos”, “Responsabilidade/advocacia do doente”, “Prevenção” e “Comunicação”.

Quanto às causas percebidas do erro, os enfermeiros “evidenciaram com mais frequência o facto de terem decidido com demasiada rapidez relativamente aos procedimentos a efetuar ao doente”, mas também “o facto de se encontrarem desatentos”, ou “de efetuarem uma avaliação errónea da situação do doente”, afirma Cidalina Abreu.

Já no que toca a fatores do contexto profissional que levaram à ocorrência do erro, “os profissionais inquiridos salientaram o ambiente stressante da enfermaria”, continua a docente da ESEnfC.

“Numa cultura de segurança pretende-se que haja a notificação do erro e que se estabeleça um diálogo no seio da equipa multiprofissional, sem pretensão de qualquer tipo de represálias, no sentido de se conseguir analisar a raiz causal do erro ocorrido”, conclui a professora Cidalina Abreu.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra organiza
Casos de empresas de sucesso, dicas para proteger uma ideia de negócio e oportunidades de financiamento são temas em discussão.

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, no próximo dia 9 de março, o “9º Fórum de Empreendedorismo: Inovar na Saúde", dirigido a todos estudantes da instituição.

Este Fórum de Empreendedorismo da ESEnfC tem lugar no Polo A da Escola de Coimbra (Avenida Bissaya Barreto, em Celas), estando a sessão de abertura marcada para as 09h15, com as intervenções de Maria da Conceição Bento (Presidente da ESEnfC) e Pedro Dinis Parreira (coordenador do Gabinete de Empreendedorismo da ESEnfC).

“Empreendedorismo: uma oportunidade” (10h45), “Empreendedorismo e Investigação na Saúde” (11h45), “Da proteção da ideia ao financiamento” (14h30) e “Empreender além-fronteiras” (15h15) são os temas dos painéis do dia.

Experiências de enfermeiros em contextos de catástrofe
Serão apresentadas experiências de profissionais em vários pontos do planeta, relacionadas com o cuidar em contextos de catástrofe e com migrantes e refugiados.

Neste Fórum não faltarão exemplos de empresas de sucesso, informações sobre proteção da propriedade intelectual e oportunidades de financiamento de negócios.

O 9º Fórum de Empreendedorismo da ESEnfC pretende, uma vez mais, desafiar os estudantes a serem proativos, incentivando-os na criação de projetos e ideias de negócio que aliem tecnologia, inovação e conforto nos processos de prestação de cuidados aos cidadãos.

A coincidir com o horário do Fórum, entre as 09h00 e as 18h00 decorrerá um “Open Day” (organizado pelo Gabinete de Empreendedorismo e pelo Serviço de Apoio aos Novos Graduados da ESEnfC), com a presença de seis empresas de recrutamento de profissionais de saúde, além da Associação Integrar.

Pode consultar o programa aqui.

Infarmed
O Comité de Medicamentos de Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento confirmou as recomendações para minimizar o risco...

A leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) é uma infeção cerebral rara e muito grave causada pelo vírus John Cunningham (JC) que pode causar incapacidade grave e morte.

Assim, a EMA e o INFARMED, I.P. recomendam e informam o seguinte:

Profissionais de saúde
Os fatores de risco conhecidos de desenvolver LMP em doentes tratados com Tysabri são:
- a presença de anticorpos contra o vírus JC;
- a duração do tratamento com Tysabri superior a 2 anos;
- a utilização prévia de medicamentos imunossupressores.
- Os dados de ensaios clínicos sugerem que, em doentes que nunca usaram imunossupressores, o nível de resposta dos anticorpos contra o vírus JC (“índice”) está relacionado com o nível de risco de LMP. De acordo com esta informação, o risco estimado de LMP1 em doentes positivos para o anticorpo contra o vírus JC, tratados com Tysabri foi atualizado conforme descrito na tabela seguinte (tabela 1):
 


Tabela 1 - Estimativa do risco de LMP por 1000 doentes, em doentes com anticorpos contra o vírus JC

- As evidências atuais sugerem que o risco de LMP é baixo para valores de índice ≤ 0,9 e aumenta substancialmente em doentes com valores de índice > 1,5, que tenham sido tratados com Tysabri durante mais de 2 anos. Em doentes sem anticorpos contra o vírus JC, o risco de LMP permanece inalterado, sendo de 0,1 por 1000 doentes.
- Antes do início do tratamento com Tysabri, os doentes e os seus cuidadores de saúde devem ser informados sobre o risco de LMP. Os doentes devem ser aconselhados a consultar o médico se suspeitarem que a doença se está agravar, se tiverem novos sintomas ou sintomas invulgares.
- Antes de iniciar o tratamento com Tysabri, deve ser realizada uma ressonância magnética (de preferência em 3 meses) para referência e a pesquisa de anticorpos contra o vírus JC, para estratificação do risco de LMP.
- Durante o tratamento os doentes devem ser monitorizados regularmente, para deteção de sinais e sintomas de novas disfunções neurológicas e, pelo menos anualmente, deve ser realizado uma ressonância magnética ao cérebro.
- Em doentes com níveis de risco superiores de LMP devem ser realizadas ressonâncias magnéticas com maior frequência (a cada 3-6 meses), podendo considerar-se protocolos abreviados (FLAIR, T2-weighted, e DWI), pois a deteção precoce de LMP em doentes assintomáticos está associada a uma melhor evolução da doença.
- A LMP deve ser considerada no diagnóstico diferencial de todos os doentes que apresentem sintomas neurológicos e/ou novas lesões cerebrais na ressonância magnética. Foram notificados casos assintomáticos de LMP com base na ressonância magnética e presença de ADN do vírus JC no líquido cefalorraquidiano (LCR).
- Em caso de suspeita de LMP, o protocolo da ressonância magnética deve incluir imagens ponderadas em T1 realçadas por contraste e pesquisa da presença de ADN do vírus JC no LCR, usando técnicas sensíveis como a da reação em cadeia da polimerase (PCR).
- Em caso de suspeita de LMP, o tratamento com Tysabri deve ser interrompido até que o diagnóstico de LMP seja excluído.
- Em doentes com resultado negativo para pesquisa de anticorpos contra o vírus JC, o teste deve ser repetido a cada 6 meses. Doentes que tenham valores de índice baixos e que não tenham usado previamente imunossupressores, devem também realizar o teste a cada 6 meses quando o tratamento atingir 2 anos de duração.
- Após 2 anos de tratamento, os doentes devem voltar a ser informados sobre o risco de LMP associado ao medicamento.
- Os doentes e os seus cuidadores dever ser aconselhados a permanecer vigilantes para o risco de LMP durante 6 meses após terminarem o tratamento.

Doentes
- A ocorrência de LMP é um risco raro associado ao medicamento Tysabri.
- Contudo, com as novas recomendações é possível detetá-la precocemente e melhorar a sua evolução.
- Antes de iniciar e durante o tratamento com Tysabri, é necessário fazer análises ao sangue e ressonâncias magnéticas para monitorização periódica.
- Os sintomas de LMP podem ser semelhantes aos da esclerose múltipla, incluindo fraqueza progressiva, dificuldade na fala, problemas de visão e alterações de humor ou comportamentais. Caso verifique o agravamento da sua doença ou se tiver sintomas invulgares (durante ou até 6 meses após terminar o tratamento) deve contactar o seu médico.
- O seu médico irá fornecer-lhe mais informação sobre o risco de LMP através do Cartão de Alerta do Doente. Deve guardar este cartão e informar a sua família sobre o seu conteúdo.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) e o Infarmed continuarão a acompanhar e a divulgar toas as informações pertinentes relativas a esta matéria.

1A estimativa do risco de LMP foi obtida através do método da tabela de vida baseada em 21.696 doentes que participaram nos ensaios clínicos STRATIFY-2, TOP, TYGRIS e STRATA. A estratificação do risco de LMP pelo índice de anticorpos contra o vírus JC em doentes que não utilizaram previamente imunossupressores foi obtida a partir da combinação do risco global anual com a distribuição do índice de anticorpos.

Infarmed
O Comité de Medicamentos de Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento iniciou uma revisão de segurança dos medicamentos...

Estes medicamentos estão autorizados em vários países da União Europeia (UE) como contracetivos orais e para o tratamento de mulheres com acne moderadamente grave.

Em Portugal, o único medicamento autorizado para ambas as indicações – Sienima - não se encontra comercializado.

Esta revisão foi solicitada pela Agência de Medicamentos do Reino Unido (MHRA) pelo facto de os benefícios da associação dienogest+etinilestradiol não estarem suficientemente demonstrados no tratamento da acne. O MHRA refere ainda que o risco de tromboembolismo venoso não foi suficientemente caracterizado para esta associação de substâncias ativas, realçando a existência de alternativas terapêuticas para o acne.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) irá avaliar todos os dados disponíveis acerca dos benefícios e dos riscos destes medicamentos no tratamento do acne e emitirá um parecer sobre a manutenção, alteração, suspensão ou retirada da autorizações de introdução no mercado.

Em caso de dúvida, as mulheres que estejam a tomar medicamentos contendo dienogest 2 mg + etinilestradiol 0,03 mg devem consultar o seu médico ou farmacêutico.

Estudo
O sal, e não apenas o açúcar, desempenha um papel importante no desenvolvimento da diabetes, concluem investigadores franceses...

No estudo publicado na revista médica norte-americana Cell Metabolism, os investigadores escrevem que a descoberta pode conduzir a novas formas de prevenção da doença.

"Medidas nutricionais simples, como a diminuição da ingestão simultânea de sal e açúcar, podem prevenir ou tratar a diabetes tipo 2 (a mais frequente)", lê-se no estudo.

Os cientistas chegaram a esta conclusão com base na análise de porcos anões que, segundo o Sapo, passaram por uma cirurgia de obesidade do tipo bypass, que consiste em modificar o circuito alimentar através de um curto-circuito numa parte do estômago e do intestino.

A maioria dos doentes operados a partir deste método apresenta resultados frequentemente positivos em termos de perda de peso, mas também no que diz respeito à diabetes, uma doença bastante associada à obesidade, escreve a agência de notícias France Presse.

"Questionámo-nos por que motivo o bypass tem um impacto tão positivo contra a diabetes, ao promover uma diminuição espetacular da glicemia (taxa de açúcar no sangue) antes mesmo de qualquer perda de peso", explica François Pattou, principal autor do estudo.

A investigação sobre os porcos anões - cuja alimentação é semelhante à dos seres humanos - permitiu mostrar que a absorção global de glicose pelo organismo ficou reduzida quando passou a ser absorvida apenas pela parte baixa do intestino, como ocorreu nos porcos operados, e não na parte alta, como aconteceu nos porcos não operados.

O sal na absorção da glicose
O sal é necessário para a absorção da glicose, explica François Pattou, cirurgião e cientista do Inserm em Lille.

Para confirmar o papel do sal, os investigadores forneceram grandes quantidades deste aos porcos anões e observaram um aumento da glicemia no sangue dos animais após as refeições.

Para Pattou, estes resultados confirmam a influência do sal no aumento da glicemia, já sugerida por um estudo prévio israelita publicado há meses.

No estudo, o conteúdo de sal surgia em quarto lugar nos critérios que influenciam o aumento da glicemia, atrás do conteúdo de açúcar das refeições, do facto de ser diabético e da hora das refeições (a glicemia aumenta mais à noite).

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