Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse que “o que está em causa" com a nova tabela da ADSE “não se aplica”...

Em declarações, à margem do encerramento do 8.º Encontro Nacional das Unidades de Saúde Familiar, o ministro afirmou “distinguir bem o tipo de reações” das ordens profissionais e sindicatos, com quem pretende manter diálogo.

“A responsabilidade da ADSE é garantir a defesa dos beneficiários e não garantir que está ao serviço de benefícios e rendas inapropriados. Não podemos acompanhar reações que são de outro tipo. Há demasiado tempo que a ADSE gasta mal dinheiro que devia gastar bem a cuidar de quem está doente e precisa”, disse Adalberto Campos Fernandes.

O ministro atribuiu a “um mal entendido” a reação da Ordem dos Médicos Dentistas que exigiu a suspensão da nova tabela e revelou ter dado instruções ao diretor geral da ADSE para reunir com o respetivo bastonário “para esclarecer que o que está em causa não se aplica à tabela dos médicos dentistas”.

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) anunciou sexta-feira que iria exigir ao Ministério da Saúde o adiamento da entrada em vigor da nova tabela da ADSE, previsto para 1 de junho, “face às omissões e restrições”.

“A manter-se esta tabela, a OMD usará de todos os meios legais ao seu dispor para fazer valer as prerrogativas legais aplicáveis ao exercício da profissão”, anunciou a OMD, cujo bastonário, Orlando Monteiro da Silva, considerou “estranha” a situação, já que tinha sido criado um grupo de trabalho com a ADSE para proceder à “revisão da tabela”.

Por seu turno a presidente do Sindicatos dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, manifestou “profunda estupefação” com as anunciadas alterações nas tabelas da ADSE, porque “nada foi negociado com as organizações que representam trabalhadores e aposentados”.

A ADSE anunciou que, a partir de junho, tem uma nova tabela, que se traduz numa redução de quatro milhões de euros para este subsistema de saúde da função pública e de um milhão para os beneficiários e refere que, com estas alterações, é reforçada "a sustentabilidade da ADSE" e dado aos beneficiários "uma proteção e uma salvaguarda acrescida, pela fixação prévia do preço do respetivo procedimento cirúrgico”.

Encontradas no Rio Ave
O ministro do Ambiente garantiu que está a acompanhar o aparecimento de quatro estirpes de bactérias multirresistentes no Rio...

“Estamos a acompanhar, a perceber o que de facto está a acontecer e quais são as origens dessas mesmas bactérias”, declarou aos jornalistas o ministro João Matos Fernandes, à margem de uma visita que realizou hoje de manhã ao evento Bioblitz, uma inventariação relâmpago da fauna e da flora na Fundação de Serralves (Porto).

Em abril, a Lusa avançava que um estudo científico do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, em parceria Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e a Universidade de Friburgo na Suíça, isolaram quatro estirpes de bactérias na água do Rio Ave, todas 'Escherichia coli', com grande capacidade de resistência aos antibióticos, incluindo aqueles que se usam exclusivamente nos hospitais para tratamento de infeções graves (carbapenemos).

Em 2010, o mesmo grupo de investigação isolou no rio Ave uma estirpe portadora dos genes de resistência que viriam a ser identificados na “Klebsiella pneumoniae”, que causou o surto de infeção hospitalar de Vila Nova de Gaia.

O ministro do Ambiente saudou os estudos científicos universitários e defendeu que o padrão de análises às águas dos rios devem ser sistematicamente melhorados.

“É sem dúvida muito saudável que organizações universitárias sejam ainda mais exigentes nas análises que são feitas e encontrem bactérias como estas que foram encontradas, que são sem dúvida de preocupação para nós, e a certeza de que aquilo que é o padrão comum analítico que é feito nas águas do rio têm de ser sistematicamente aperfeiçoado”, declarou.

O ministro do Ambiente adiantou ainda que o seu Ministério não tem conhecimento do aparecimento de bactérias multirresistentes noutros rios em Portugal.

“Não temos conhecimento, porque, repito, naquilo que são as análises feitas à qualidade da água, que são feitas pelos organismos do Ministério do Ambiente, dentro de um padrão definido pela Organização Mundial de Saúde”.

João Matos Fernandes disse que o caminho deve ser o de acompanhar a ciência, que “nos vai dando provas inequívocas daquilo que são novas preocupações e novos cuidados a ter” e “com certeza que os poderes públicos acompanham esse mesmo novo conhecimento que a ciência nos traz”.

O ministro do Ambiente afirmou que o caso está a ser acompanhado através da Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARH-Norte).

Estudo
Os portugueses com maus hábitos alimentares são os que mais revelam sintomas depressivos e também os que fumam e bebem com mais...

O projeto Saúde.come aplicou inquéritos a cerca de 10 mil portugueses representativos da população e analisou como os padrões alimentares se relacionam com fatores como a idade, a escolaridade ou a situação profissional.

Segundo Helena Canhão, investigadora principal do estudo, foram ainda aplicados questionários para avaliar sintomas depressivos e de ansiedade.

Trata-se de um inquérito padrão, com uma escala validade, com 14 perguntas que permitem aferir uma pontuação indicativa de sintomas de ansiedade e depressão. Não se trata de um diagnóstico, mas apenas da determinação da existência de sinais ou sintomas.

“Há uma associação entre os padrões alimentares e a existência de sintomas depressivos, independentemente do sexo ou da idade. Há mesmo uma associação entre um padrão com maus hábitos alimentares e uma pontuação alta nos sintomas depressivos”, referiu Helena Canhão.

A investigadora avisa que não se trata de estabelecer uma causa/efeito: “Não podemos dizer o que começou antes. Se uma pessoa, por estar deprimida, come pior, ou o que causa ou o que esteve por trás disso. Temos de explorar melhorar, de estudar melhor este aspeto”.

O projeto Saúde.come identificou hábitos alimentares e estilos de vida na população portuguesa, concluindo que mais de 52% dos inquiridos têm excesso de peso.

O Alentejo e a Região Autónoma dos Açores mostraram-se as zonas mais problemáticas, com 60% da população com peso a mais.

“Julgamos que temos uma dieta mediterrânea e que em Portugal se come mais ou menos da mesma maneira, mas há diferenças de região para região. Achamos curioso que num país tão pequeno o padrão não seja mais uniforme”, afirmou a investigadora, vincando que a região alentejana é a que apresenta mais obesidade, mais sintomas depressivos e tem menos acesso a cuidados de saúde.

O inquérito revelou ainda que quase metade (47%) dos portugueses consome legumes de forma insuficiente. A fruta acaba por ter mais adesão e 76% dos inquiridos garantem comer fruta todos os dias.

Vinte por cento dos portugueses afirmaram que fazem 10 a 14 refeições de carne por semana e apenas 23% dizem comer peixe todos os dias.

O “mau padrão alimentar” – caraterizado pelo baixo consumo de legumes e elevado de carne – é mais frequente nos jovens do género masculino, em baixos níveis de escolaridade, em situações de desemprego ou emprego precário.

A região do país com maior prevalência deste “mau padrão” é a dos Açores.

Os maus hábitos dos portugueses não se ficam pela alimentação, com um quarto da população portuguesa adulta a ter hábitos tabágicos.

O estudo foi desenvolvido por um consórcio internacional liderado pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia (que dispõe de uma base de dados ampla), em parceria com a Nova Medical School da Universidade Nova de Lisboa, pela Católica – Lisbon School of Business and Economics, pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e pela Norwegian University os Science Tecnhnology.

Depois deste inquérito e do apuamento de dados, a segunda fase do projeto Saúde.come, a entrar no terreno, pretende melhorar o estilo de vida das pessoas a partir dos 60 anos – as mais sedentárias -, através de um projeto que inclui uma aplicação televisiva e um programa num canal de televisão por cabo.

Ordem dos Médicos Dentistas
A Ordem dos Médicos Dentistas anunciou que vai exigir ao Ministério da Saúde o adiamento da entrada em vigor da nova tabela da...

“Face às omissões e restrições da nova tabela, a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) vai exigir ao Ministério da Saúde o adiamento da entrada em vigor da nova tabela, previsto para 1 de junho”, lê-se num comunicado enviado por aquela ordem médica.

A ADSE anunciou que, a partir de junho, tem uma nova tabela, que se traduz numa redução de quatro milhões de euros para este subsistema de saúde da função pública e de um milhão para os beneficiários e refere que, com estas alterações, é reforçada "a sustentabilidade da ADSE" e dado aos beneficiários "uma proteção e uma salvaguarda acrescida, pela fixação prévia do preço do respetivo procedimento cirúrgico”.

“A manter-se esta tabela a OMD usará de todos os meios legais ao seu dispor para fazer valer as prerrogativas legais aplicáveis ao exercício da profissão”, lê-se no mesmo comunicado de imprensa.

O bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, considera “toda esta situação muito estranha” e revela mesmo que aquela Ordem dos Médicos dentistas e a ADSE tinham criado um grupo de trabalho para proceder à “revisão da tabela”.

“Foram inclusive acordadas várias questões que agora desapareceram do documento proposto unilateralmente pela ADSE, do qual a OMD nem sequer teve conhecimento prévio. Não cabe de todo à ADSE impor regras que vão contra a legislação em vigor aplicável ao exercício da medicina dentária”, argumenta o bastonário.

A OMD alerta os beneficiários da ADSE de que vai haver “condicionantes inaceitáveis ao tratamento de doentes” com a nova tabela que entra em vigor em junho próximo e denuncia que as ingerências da ADSE na prática clínica vão provocar “prejuízos aos doentes” pela não comparticipação de atos necessários à saúde oral.

O bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, enumera um rol de críticas à nova tabela, destacando-se, por exemplo que é um “total absurdo” que a ADSE não permita “fazer uma limpeza e uma extração de um dente ou tratamento de um dente na mesma sessão de tratamento”.

Orlando Monteiro da Silva discorda também que a nova tabela da ADSE refira que “não pode haver lugar a consultas quando no mesmo período se efetuarem tratamentos” argumentando que “os procedimentos em medicina dentária incluem sempre a necessidade de uma consulta de avaliação prévia do doente, seguida frequentemente de um procedimento cirúrgico”.

“Nas novas regras a nova tabela impõe um teto máximo de quatro atos comparticipados por tempo de consulta. Em medicina dentária frequentemente são necessários mais de quatro procedimentos numa mesma sessão” e “nestes casos, não se pode efetuar mais nenhuma extração dentária”, uma situação que para doentes com “problemas de gengivas, por exemplo, tal é frequentemente necessário”.

Estudo revela
As bactérias preferem "socializar" mais com umas do que com outras e trocar entre si informação genética, que lhes dá...

A conclusão consta num estudo desenvolvido por uma equipa de investigadores, incluindo dois portugueses, do Instituto Pasteur, em Paris, França, e recentemente publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Para chegar a esta conclusão, a equipa analisou mais de 800 genomas (sequências completas de ADN) de bactérias, nomeadamente das que são más para os humanos, como as que causam meningite, pneumonia, infeções hospitalares e gástricas.

Pedro Oliveira, investigador do Grupo de Genómica Microbiana Evolutiva do Instituto Pasteur e primeiro autor do estudo, sustentou que os resultados obtidos vão permitir, no futuro, perceber melhor como as bactérias interagem umas com as outras e com os humanos e como evoluem, a ponto de se tornarem patogénicas.

Trata-se de uma peça do "puzzle" fundamental, na medida em que, assinalou, "a resistência a antibióticos é cada vez mais frequente, devido à troca de informação genética entre bactérias".

O cientista explicou que as bactérias "adquirem de outras bactérias resistência a antibióticos, tornando-se elas próprias resistentes a antibióticos".

A transferência de informação genética entre bactérias faz-se à custa dos chamados parasitas moleculares, que coexistem com elas.

Se estes transportadores de informação genética são úteis para as bactérias, porque possibilitam que se tornem resistentes aos medicamentos, que as eliminam, a verdade é que, muitas vezes, também podem ser maléficos para as bactérias, ao ponto de as matarem.

O grupo de investigadores do Instituto Pasteur confirmou que as bactérias, tal como as pessoas, têm um sistema imunitário que as protege de elementos invasores.

O sistema imunitário, no caso, tem o nome de sistemas de "restrição-modificação", compostos por uma série de proteínas que funcionam como um "código" que permite às bactérias reconhecerem a "informação genética que é sua da que não é".

Os cientistas verificaram que o número destes elementos de controlo, que regulam o que entra numa célula, tem "uma forte influência" na forma como as bactérias interagem umas contra as outras, "socializam entre si", trocam informação genética.

Segundo Pedro Oliveira, "as bactérias têm preferências na socialização", escolhem umas e não outras para aumentar "a variabilidade do seu ADN".

Ora, concluiu a equipa de investigadores, isso acontece quando as bactérias têm mais elementos de controlo, de reconhecimento do "ADN invasor".

O estudo contou com a participação dos cientistas Marie Touchon e Eduardo Rocha, que coordena o Grupo de Genómica Microbiana Evolutiva do Instituto Pasteur.

Paquistaneses
Dois irmãos paquistaneses, conhecidos como os “meninos solares” porque ficam paralisados quando o sol se põe devido a uma...

“Faz dois dias que, pela primeira vez em 13 anos, os meus filhos se mexeram durante a noite”, revelou o pai dos meninos, Mohamed Hashim, que acrescentou ter “chorado de alegria”.

“Subiram as escadas e beberam sozinhos”, descreveu.

O diretor-adjunto do Instituto de Ciências Médicas do Paquistão, Javed Akram, disse que o tratamento com neurotransmissores está a revelar-se um êxito mas que os médicos continuam a estudar a doença.

Os irmãos Shoaib Ahmed e Abdul Rasheed, de 9 e 13 anos de idade, vão ser hoje submetidos a estudos genéticos do ADN em Lahore (leste do Paquistão), depois de terem já realizado mais de 300 outros exames médicos.

“O uso de neurotransmissores foi um passo em frente. Agora esperamos que as análises do ADN nos deem mais informações acerca da doença e novas metodologias para a combater”, adiantou Javed Akram.

O caso tem desconcertado os médicos paquistaneses que acreditam tratar-se de uma doença genética provavelmente devida ao facto de os pais serem primos.

“Estamos a explorar a genética da família, do pai, da mãe, do filho de um ano, também afetado, das irmãs, que não têm sintomas, e de familiares próximos, bem como circunstâncias ambientais como a água e o solo da povoação onde vivem”, afirmou Javed Akram.

Os irmãos, que visitaram a capital do Paquistão, Islamabad, na quinta-feira, receberam a visita do presidente do país, Mamnoon Hussain, que lhes deu presentes, desejou rápida recuperação e pediu às autoridades sanitárias que façam os possíveis para identificar a doença desconhecida.

Parlamento aprova
A Assembleia da República aprovou hoje o projeto de lei para alargar o acesso à Procriação Medicamente Assistida (PMA) com...

Três deputadas do PSD (Laura Magalhães, Margarida Mano e Joana Barata Lopes) abstiveram-se e os restantes deputados sociais-democratas votaram contra, tal como toda a bancada do CDS-PP.

No início do mês, um grupo de trabalho específico do parlamento aprovou, em sede de comissão, as alterações à PMA, na sequência de um texto de substituição apresentado pelo PS, passando a permitir o recurso a técnicas de fertilização a mulheres sozinhas, casadas ou em união de facto com outra mulher.

Pela lei em vigor, só é permitido o recurso a estas técnicas (nomeadamente a bancos de óvulos ou de esperma) a casais ou uniões de facto heterossexuais.

Tal como se esperava, as bancadas da esquerda parlamentar votaram a favor do diploma nas votações na generalidade, especialidade e final global.

Mais surpreendente terá sido o número significativo de deputados do PSD - 16 no total -, que se juntou ao voto favorável - um grupo em que se incluíram vários dirigentes do partido e da bancada social-democrata.

Nesta votação, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, seguiu a orientação da bancada de voto contra.

Entre os 16 sociais-democratas que votaram a favor figuraram os deputados Sérgio Azevedo, Berta Cabral, Duarte Marques, Teresa Leal Coelho, Teresa Morais, Pedro Pinto, Ângela Guerra, Fátima Ramos, Margarida Lopes, Jorge Moreira da Silva, Paula Teixeira da Cruz, Emília Serqueira, Firmino Pereira, Rubina Berardo, António Lima Costa e Emídio Guerreiro.

Bruxelas quer
A Comissão Europeia propôs hoje melhorias na proteção de trabalhadores contra produtos químicos cancerígenos, uma vez que o...

Por o cancro ser o principal risco para a saúde dos trabalhadores dos 28 Estados-membros, o executivo comunitário quer limitar a exposição a 13 produtos perigosos no local de trabalho através de alterações à diretiva relativa a agentes cancerígenos e mutagénicos.

O executivo quer incluir novos valores-limite ou rever valores-limite fixados na diretiva em relação à concentração máxima para a presença de uma substância química cancerígena na atmosfera do local de trabalho.

A proposta nomeia, por exemplo, a necessidade de incluir na lista a sílica cristalina respirável porque, apesar de algumas empresas terem um bom controlo das concentrações atmosféricas, este produto químico continua a ser uma das principais causas da doença pulmonar silicose e do cancro do pulmão.

“A proposta da Comissão irá proteger os trabalhadores em toda a UE, nomeadamente no setor da construção, que representa quase 70 % de todos os trabalhadores expostos à sílica cristalina respirável”, lê-se numa nota divulgada hoje.

A comissária europeia responsável pelo Emprego, Marianne Thyssen, previu que com as alterações podem ser salvas cem mil vidas nos próximos 50 anos.

Para proteger os trabalhadores a UE tinha adotado, em 2004, a diretiva relativa aos agentes cancerígenos e mutagénicos (DCM), que agora deverá ser alterada depois de uma avaliação científica e económica de mais de 20 agentes químicos prioritários.

“Cerca de 20 milhões de trabalhadores estão expostos a pelo menos um desses agentes químicos”, lê-se na nota.

A proposta centra-se em introduzir novos limites para 13 substâncias químicas prioritárias identificadas, enquanto para os restantes agentes químicos deverá ser apresentada uma proposta no final deste ano.

Diretor da ADSE afirma
O diretor-geral da ADSE afirmou hoje que os preços na saúde privada em Portugal são claramente excessivos”, comparados com “as...

Carlos Baptista falava à agência Lusa a propósito das alterações na tabela da ADSE aplicável ao regime convencionado, que entra em vigor a 01 de junho.

Estas mudanças, que o diretor-geral da ADSE considera fundamentais para assegurar a sustentabilidade do subsistema de saúde dos funcionários públicos, vão traduzir-se numa redução de custos de quatro milhões de euros para o subsistema e de um milhão de euros para os beneficiários, por ano.

São menos cinco milhões que os convencionados (operadores privados e do sistema social) não vão faturar e daí Carlos Baptista entender a reação dos privados, pois “é legítimo defenderem os seus interesses económicos”.

Na prática, são quatro as alterações na tabela: a redução ligeira do preço dos exames de TAC, a redução de cerca de 13,5 por cento das ressonâncias magnéticas e a introdução de um conjunto de preços fechados em procedimentos cirúrgicos realizados em ambulatório.

Neste último caso, os hospitais deixam de poder faturar várias rúbricas separadamente, tendo sido acordado um preço fixo para 60 procedimentos cirúrgicos.

A mudança mais polémica é a introdução de um copagamento nas próteses intraoperatórias, pois até aqui a ADSE suportava o encargo a 100 por cento.

“Isto representava que alguns desses operadores utilizavam sempre próteses de valor mais elevado”, mesmo “sem critério clínico” que justificasse essa prótese. “Como o beneficiário não pagava não questionava”.

“Havia aqui uma utilização com valores superiores áquilo que seria necessário clinicamente”, disse Carlos Baptista, lembrando que o valor das próteses vai dos 100 euros aos 45 mil euros.

A ideia desta mudança é “pôr o beneficiário a ajudar a fazer um controlo do que é faturado à ADSE”, tendo em conta que a partir de 01 de junho este pagará parte da prótese (20%).

Contudo, nas próteses de valor superior a mil euros, a ADSE assegurará o pagamento total (acima dos mil euros), cabendo ao beneficiário, no máximo, um copagamento de 200 euros (20% de mil euros).

“Estamos a tentar introduzir critérios de racionalidade económica nesta relação com os prestadores convencionados que, no nosso ponto de vista, reforçam a sustentabilidade da ADSE e salvaguardam os nossos beneficiários”, disse.

Medidas que, para o diretor geral da ADSE, são “fundamentais” para a sustentabilidade deste subsistema que, em 2015, pagou 430 milhões de euros em despesas médicas.

É por isso expectável que ocorram mais mexidas nas tabelas, até porque “os preços em Portugal na saúde privada são claramente excessivos”, quando comparados “com as práticas internacionais” e tendo em conta a “capacidade financeira da população”.

A este propósito deu o exemplo da cirurgia mais frequente em 2015, a custos da ADSE: a facoemulsificação do cristalino.

O preço estipulado para esta cirurgia é de 1.250 euros. Atualmente, um operador espanhol que está interessado em fazer um acordo com a ADSE oferece esta intervenção por 800 euros, com lente incluída.

O dirigente reconhece que não é fácil optar por um operador estrangeiro, quando existem outros em Portugal, mas defende que, em algumas situações, “estes preços vão ter de ir reduzindo paulatinamente”.

Doença Venosa Crónica
Seja por medo ou desconhecimento, muitos doentes receiam submeter-se a cirurgia para tratar as variz

Muitas pessoas que têm varizes ainda tardam em procurar aconselhamento médico, seja por medo ou por desconhecimento. Por outro lado, muitos doentes que procuram avaliação por cirurgia vascular para tratamento das suas varizes, confessam o seu receio em submeter-se a uma cirurgia. Este medo resulta, na maioria das vezes, de histórias contadas por terceiros que revelam a sua experiência menos favorável e a apresentam como regra e não como excepção. Afinal toda a gente tem uma amiga, um familiar ou vizinho que já foi operado às varizes!

Contudo, a cirurgia de varizes é uma cirurgia segura, com raras complicações e, actualmente, os métodos utilizados são cada vez menos invasivos, permitindo uma recuperação mais confortável e rápida.

Mito 1: As varizes não devem ser operadas porque as veias retiradas na cirurgia fazem falta para a circulação
As varizes são, por definição, veias superficiais, dilatadas e tortuosas.

As veias das nossas pernas estão divididas em 2 grupos: o sistema venoso profundo e o sistema venoso superficial.

Quando falamos de varizes e veias safenas (as mais frequentemente envolvidas na cirurgia de varizes) falamos de sistema venoso superficial. Em termos de função, é um sistema muito limitado, que muito pouco contribui para a drenagem venosa das pernas. Esta é assegurada pelo sistema venoso profundo, no qual nunca mexemos numa cirurgia de varizes.

Além disso, as veias a tratar são veias doentes, já desprovidas da sua função.

Portanto, a cirurgia de varizes em nada prejudica a circulação das pernas. 

Mito 2: As varizes ressurgem sempre após a cirurgia e por isso não vale a pena ser operado
Como na maioria das doenças, existe sempre o risco de recidiva, isto é, de as varizes voltarem a surgir. Contudo, este risco é diminuido com uma avaliação cuidada, com o estudo das varizes e da sua origem com eco-Doppler e uma correcta selecção do tratamento para cada caso.

O cumprimento dos conselhos médicos pós-operatórios é também essencial para obtenção de bons resultados.

Mito 3: O pós-operatório é muito complicado, obrigando a internamento, repouso absoluto no leito e andar com canadianas
Actualmente, muitos destes procedimentos são realizados em regime de ambulatório, isto é, o doente tem alta hospitalar no próprio dia da intervenção.

O paciente, em lugar de estar obrigado a repouso absoluto, é encorajado a levantar-se e movimentar-se muito precocemente após a cirurgia, para prevenir complicações.

Habitualmente os pacientes, dependendo de cada caso específico, estão aptos para retomar a sua actividade diária ao fim de 2 ou 3 dias. Muitos pacientes vão mesmo trabalhar logo no dia seguinte à cirurgia.

Mito 4: Após a cirurgia é necessário ficar com ligaduras nas pernas durante uma semana a 10 dias
Na maioria dos casos, após a cirurgia os doentes devem usar meia de contenção elástica. As ligaduras, tradicionalmente colocadas nas pernas após a cirurgia, além de muito desconfortáveis raramente estão indicadas, tendo vantagem a sua utilização em casos específicos de varizes com complicações da pele associadas.

Mito 5: A escleroterapia, vulgarmente chamada de “secagem”, é uma alternativa à cirurgia
Muitas vezes a escleroterapia é o único tratamento necessário. Isto aplica-se quando as veias “principais” estão bem e os pequenos “derrames” ou pequenas veias superficiais são a única coisa a tratar.

Contudo, quando há realmente doença venosa, há que tratar a causa, isto é, a origem das varizes para que o tratamento resulte o mais definitivo possível e, nestes casos, pode ser necessária a cirurgia.

Mito 6: Uma vez que não causam incómodo nem dor, não há necessidade de operar
Muitos pacientes com varizes dizem não ter necessidade de cirurgia pois não se importam com a questão estética nem têm dor nem quaisquer queixas relacionadas com as suas varizes.

Há que realçar que a doença venosa não é uma doença estática mas que tem tendência a agravar e a complicar. Assim, o tratamento das varizes está recomendado, mesmo quando não há queixas e deve ser o mais precoce possível para obtenção dos melhores resultados.

Quem tem varizes tem o risco de ter complicações como:

- alterações da pele: como eczema, hiperpigmentação (ficar com áreas castanhas nas perna), fragilização da pele e, por fim, úlceras (feridas) de muito difícil cicatrização

- tromboflebites - Este fenómeno consiste  na formação de coágulos no interior da variz que assim fica ocluída e inflamada. Nestes casos, frequentemente consegue palpar-se um cordão endurecido, avermelhado e extremamente doloroso ao longo do trajecto da flebite. Trata-se de uma situação que deve beneficiar de tratamento expedito uma vez que apresenta algum risco de complicações sérias, nomeadamente extensão da trombose para veias mais profundas (Trombose Venosa Profunda) ou entrada em circulação de fragmentos do trombo (Embolia Pulmonar).

- sangramento das varizes (decorrente de qualquer pequeno traumatismo)

Resulta assim, bem claro, que as varizes são muito mais do que um problema estético, podendo condicionar, além de grande incómodo e prejuízo da qualidade de vida, complicações diversas. Assim, o seu tratamento está indicado e deve ser o mais precoce possível para garantir um melhor e mais definitivo resultado. Depois de instaladas algumas destas complicações, tais como as alterações cutâneas, dificilmente se obterá um resultado óptimo.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
A maioria dos coordenadores das Unidades de Saúde Familiar identifica a falta de material para tratar utentes como o principal...

O estudo "O Momento Atual da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários em Portugal 2015/2016", revela que "91% das Unidades de Saúde Familiar (USF) referem ter tido falta, no último ano, de material considerado básico" para a sua atividade normal.

Segundo os resultados divulgados, dessas unidades, 32% referem ter "faltado material entre três e dez vezes" e 36,3% "mais de dez vezes".

Os dados para o estudo, desenvolvido pelos médicos André Rosa Biscaia e António Pereira e pela psicóloga Ana Rita Antunes, foram obtidos através de um questionário realizado aos coordenadores das USF em funções.

A finalidade foi "tomar o pulso à reforma e estabelecer um guião de forma a saber o que é necessário para que as condições das USF continuem a melhorar", indicou André Rosa Pereira.

Cerca de 62,9% dos 450 coordenadores participaram no inquérito, efetuado em abril de 2016, o que, segundo o médico, demonstra o "empenho das USF na monitorização, avaliação e melhoria da reforma".

A falta de equipamento informático, a falha nos sistemas de informação e a falta de recursos humanos para o atendimento telefónico foram outros dos problemas mais referidos pelos coordenadores.

De acordo com André Rosa Biscaia, a maior parte dos utentes recorre ao atendimento telefónico para contactar as unidades de saúde, mas este método "é uma fonte de problemas e de conflito diário nas USF", situação que "piorou com as alterações nos contratos".

"Passados dez anos da reforma, só metade da população é que está coberta" por uma destas unidades, referiu o médico, para quem este é o principal fator negativo, podendo, no entanto, ser colmatado com a abertura das 44 unidades que efetuaram a candidatura para tal.

Apesar da insatisfação quanto a estes fatores, verifica-se "uma melhoria no acesso da população aos cuidados, uma maior satisfação dos profissionais e dos utentes quanto aos serviços, bem como uma maior eficiência", acrescentou.

Naquela que é a sétima edição deste estudo, 92% dos coordenadores indicaram que uma maior autonomia dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) podia trazer melhorias e resolver os problemas com maior celeridade e eficiência.

O "O Momento Atual da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários em Portugal 2015/2016" vai ser apresentado hoje, na Universidade de Aveiro, durante o 8.º Encontro Nacional das USF - Unidades de Saúde Familiar, subordinado ao tema "Cuidados de Saúde Primários: a aposta do novo ciclo político?".

Risco para a saúde
O Governo anunciou que vai retirar do mercado a taloamina e todos os produtos fitofarmacêuticos que contenham aquela substância...

“Os serviços da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária notificaram as empresas produtoras de fitofármacos sobre a taloamina, um co-formulante utilizado nos compostos herbicidas à base de glifosato, tendo em vista a retirada imediata desta substância do mercado”, refere, em comunicado, o Ministério da Agricultura.

O Governo justifica a decisão com o “processo de reavaliação comunitária da substância ativa glifosato e face aos recentes estudos que determinam o potencial carcinogénico de certas formulações com base nesta substância ativa”.

“Foi identificada a taloamina como substância potencialmente carcinogénica”, refere no comunicado.

O Ministério da Agricultura considera que “os produtos fitofarmacêuticos contendo o co-formulante em questão são suscetíveis de constituir risco grave para a saúde humana ou animal ou para o ambiente”, razão pela qual devem ser imediatamente proibidos.

Segundo o comunicado, todos os produtos fitofarmacêuticos que contenham taloamina “devem ser cancelados”, tendo as empresas até 30 de junho para procederem à recolha dos produtos, “data a partir da qual a sua venda é rigorosamente proibida”.

“As autorizações de venda estão canceladas a partir dessa mesma data”, sublinha o Ministério da Agricultura.

A proibição, segundo o Ministério da Agricultura, determina a saída de 17 produtos do mercado, de um total de 83 que contém glifosato.

Vírus Zika
A Organização Mundial de Saúde e a Organização Panamericana de Saúde pediram às mulheres grávidas que não viajem para o Brasil...

Num comunicado conjunto, as duas organizações consideraram que os atletas e o público da competição precisam de mais informações sobre os riscos do vírus Zika e as formas de prevenir a infeção.

Os homens que vão ser pais devem praticar "sexo seguro" (uso de preservativo) ou abster-se durante a gravidez, quando regressarem aos seus países de origem vindos de zonas brasileiras afetadas pelo Zika.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) recomendam também que não se vá para zonas empobrecidas, com falta de saneamento, que se use repelente, roupas claras que cubram a maior parte do corpo, e que se consulte um médico antes de partir para o Brasil.

O Brasil é um dos países mais afetados pelo atual surto de Zika na América Latina, que tem despertado preocupação considerável entre aqueles que pretendem ir aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio 2016, que terá lugar entre 05 de agosto e 18 de setembro.

A maior preocupação é o aumento alarmante de casos de microcefalia derivada do Zika no país, com 1.271 casos confirmados, entre outubro de 2015 e abril de 2016 de acordo com a OPAS.

No Dia Mundial da Hipertensão
No âmbito das comemorações da Sociedade Portuguesa de Hipertensão para Dia Mundial da Hipertensão, o Externato Educação Popular...

“Com Peso e Medida” é uma comédia musical da autoria de Rosa Lobato de Faria e Nuno Ramos Vieira, com música de João Melo, que promove estilos de vida saudáveis junto de crianças, tendo como objetivo principal incentivar a adoção de boas práticas alimentares e a realização de atividade física, promovendo o consumo de frutas e legumes em vez de alimentos ricos em açúcar e gorduras.

Implementada em 2010 de norte a sul do país, a peça já atingiu mais de 30.000 crianças do ensino básico e pré-escolar. O seu conteúdo insere-se nos objectivos da Organização Mundial de Saúde, no âmbito da luta contra a obesidade infantil, e contou com a validação técnica do Ministério da Educação (DGE) e Ministério da Saúde (DGS/Plataforma de Luta Contra Obesidade).

Em Portugal, cerca de 32% das crianças com idades compreendidas entre os sete e os nove anos apresentam excesso de peso, sendo 11% obesas. Quanto às crianças em idade pré-escolar, cerca de 24% apresentam excesso de peso e 7%.

17 de Maio 2016
Hora: 10h00
Duração: 40 minutos
Local: Externato Educação Popular
Morada: Rua João da Mota e Silva, 3 / 1070 - 042 Lisboa

Em Maio
Corrida realiza-se anualmente e combina quatro grandes vertentes: solidária, histórica, turística e desportiva.

O Running-Challenge – Linhas de Torres Vedras, a corrida solidária não competitiva que se realiza anualmente nesta rota histórica, terá lugar no dia 22 de maio. As inscrições para a edição de 2016, organizada pela Revista Spiridon e pela Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA), são acompanhadas por um donativo à associação, como forma de promover o seu trabalho na integração social de pessoas com Síndrome de Asperger.

A APSA esteve também envolvida na última edição da prova de 100 quilómetros ao longo da Rota Histórica das Linhas de Torres Vedras. Esta corrida pretende comemorar os 200 anos da retirada de Napoleão do país e a interrupção da construção deste sistema defensivo, em 1813.

A prova é constituída por três desafios (Madrugada, Manhã e Tarde) que totalizam 100 quilómetros ao longo de 15 horas, num percurso que inclui a passagem por seis concelhos e 15 fortes. Estão inscritas equipas de estafetas que vão percorrer no mínimo 5km.

Este ano a Federação Equestre Portuguesa (FEP) associou-se à corrida e foi introduzida mais uma modalidade de participação: a cavalo. Esta é uma experiência que se pretende testar para poder eventualmente consolidar no próximo ano.

Além de promover um estilo de vida saudável e o contacto com a natureza, o objetivo do Running Challenge é também destacar o património histórico, cultural e natural destes caminhos pedestres, devidamente marcados com sinalização específica, promovendo a sua utilização noutras ocasiões.

A corrida solidária Running-Challenge – Linhas de Torres Vedras para além da colaboração da Federação Equestre Portuguesa, conta ainda com o apoio da Secretaria de Estado do Desporto, do Exercito Português, GNR e PSP, assim como das Câmaras Municipais de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras, Vila Franca de Xira e Lisboa, concelhos nos quais está inserido este património turístico-militar. Relativamente às entidades estrangeiras, estão envolvidas a British Historical Society of Portugal e a The Friends of the Lines of Torres Vedras.

Mais informação no site do evento: www.running-challenge.com. As inscrições para as três categorias – Individual, Estafetas e Cavaleiros – podem ser feitas em http://www.running-challenge.com/inscricao/.

No Portinho da Arrábida
Escalada, Rappel CanoRaft – estes são alguns dos desafios que a Associação de Jovens Diabéticos de Portugal organiza a 22 de...

A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), em conjunto com a Wind, agenda para dia 22 de Maio várias atividades físicas ao ar livre. Pelas 10h30 convidam os jovens com diabetes a reunirem-se na Arrábida para uma manhã de jogos na praia e nas montanhas. Após um piquenique de partilha e convívio têm início, pelas 14h30 as atividades radicais, onde os jovens podem escolher entre Escala e Rappel, circuito de obstáculos, ou um percurso de CanoRaft ao longo das enseadas da serra da arrábida com percurso pedestre.

A presidente da AJDP, Paula Klose, refere que “envolver os jovens com diabetes em atividades de aventura, motiva-os a superar o preconceito que tantas vezes têm face à diabetes. Percebem que não têm limitações e, por estarem em grupo, convivem e partilham experiências. Para além da componente social estão a fazer desporto, o que ajuda a controlar os níveis de glicemia, conseguindo benefícios ao nível da saúde”.

As inscrições estão abertas até dia 19 de maio, através do email: [email protected], ou do número de telemóvel: 911508614. A participação neste dia, sem as atividades radicais é gratuita, com atividades radicais é 7,50 € por pessoa e uma atividade para sócios AJDP e 15€ por pessoa e uma atividade para não sócios.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde aprovou um novo tratamento para a tuberculose multirresistente, um passo decisivo para...

Calcula-se que cerca de 480.000 pessoas contraem tuberculose multirresistente (TBMR) todos os anos, o que representa mais ou menos 5% dos 9,6 milhões de casos de tuberculose registados anualmente.

A tuberculose multirresistente é muito difícil de tratar, ao contrário da tuberculose simples, exigindo que os pacientes tomem dolorosas injeções e milhares de comprimidos durante um período de 18 a 24 meses, por vezes com efeitos secundários graves, que podem incluir a surdez.

O antigo tratamento da TBMR “é praticamente uma tragédia”, disse Mario Raviglione, diretor do Programa Mundial de Luta Contra a Tuberculose da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O novo tratamento, que a OMS vai agora incentivar todos os países a adotarem, dura até nove meses e espera-se que cure mais de 80% dos casos.

Também é mais barato, devendo custar 400 dólares (350 euros) por paciente, comparado com os 1.500/3.000 dólares (1.315/2.630 euros) do tratamento antigo, disse Raviglione aos jornalistas.

Cerca de 30% dos doentes de TBMR com um tipo especialmente complicado da doença não poderão beneficiar do novo tratamento e para identificar a elegibilidade de um doente para a nova terapia a OMS também aprovou um novo teste de diagnóstico que indica a natureza exata de uma infeção de tuberculose no prazo de 48 horas.

A tuberculose é uma doença bacteriana que infeta sobretudo os pulmões e mata cerca de 1,5 milhões de pessoas anualmente, principalmente em países de rendimento baixo e médio. Calcula-se que 190.000 pessoas morram de TBMR todos os anos.

Estudo
Investigadores da Universidade do Porto estão a desenvolver um estudo sobre os efeitos da atividade física, realizada de forma...

O projeto "Efeitos da atividade física ao longo da vida na disfunção cerebral - Relevância dos mecanismos mitocondriais na doença de Alzheimer e no Envelhecimento" foi iniciado em 2013, pelo Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer (CIAFEL) da FADEUP.

Em declarações, um dos coordenadores, José Magalhães, disse que através dos "benefícios já reconhecidos do exercício físico noutros contextos da doença" pretendem "perceber de que forma esta ferramenta não farmacológica pode também atenuar ou reverter algumas consequências deletérias associadas a esta patologia".

Este estudo, em particular, centra-se no papel do exercício na funcionalidade de "um organelo celular muito associado à produção de energia à produção de energia, mas que desempenha outras funções celulares, a mitocôndria", esclareceu António Ascensão, outro dos coordenadores do projeto.

Segundo o investigador, a mitocôndria está "implicada na produção de espécies reativas de oxigénio e na sinalização celular. Por isso, pensa-se ter um papel fundamental nos mecanismos de adaptação induzidos pelo exercício físico em muitas patologias".

O estudo é realizado com cobaias animais, nos quais os investigadores induziram condições que mimetizam a disfunção cognitiva associada a esta patologia, explicou José Magalhães.

Utilizando animais distribuídos por vários grupos experimentais, nos quais é ou não induzida a patologia e é imposta ou não a prática de exercício físico, é fornecida uma panóplia de condições que permite aos investigadores analisar e comparar os diferentes resultados.

Deste modo, é possível verificar em que medida as características comportamentais ou bioquímicas associadas à doença podem ser atenuadas ou revertidas, pela prática regular de exercício físico, esclareceu o coordenador.

A prática de exercício físico, "ainda que mecanicamente centrada no músculo esquelético, promove a libertação de um conjunto de proteínas e moléculas que a partir dele se espalham para todo o corpo, acabando por ter efeitos à distância e afetando positivamente um conjunto importante de órgãos", referiu António Ascensão.

Este projeto surgiu na sequência de outros trabalhos realizados pelo mesmo grupo, nos quais foram observados efeitos benéficos do exercício físico na melhoria da funcionalidade de diversos tecidos, nomeadamente no tecido cardíaco, hepático ou adiposo.

Na investigação colaboram ainda investigadores da Faculdade de Medicina e do Instituto de Biologia Molecular e Celular da da Universidade do Porto (UPorto), do Centro de Neurociências e Biologia Celular, da Universidade de Coimbra e do Departamento de Fisiologia e Imunologia da Faculdade de Biologia da Universidade de Barcelona.

O projeto, que finaliza em inícios de 2017, foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) em cerca de 100 mil euros.

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa obtiveram uma solução líquida de níquel e alumínio, com água,...

Pela primeira vez, cientistas conseguiram obter uma formulação nova, neste caso líquida, para materiais que já existem, mas em estado sólido, o cloreto de níquel e o cloreto de alumínio.

Ao fim de dois anos de tentativas e erros, a equipa, que inclui cientistas de instituições estrangeiras, sintetizou, com água, o pó de níquel e alumínio e verificou que o líquido verde gerado funciona como catalisador, substância que acelera a velocidade de reações químicas e que se mantém inalterada, no final, por não interferir com os reagentes.

Segundo a coordenadora da equipa em Portugal, Carla Nunes, trata-se de um catalisador promissor para as indústrias petrolífera e farmacêutica e para a biomedicina, uma vez que é mais barato, desenvolve-se facilmente, não polui o ambiente, porque tem água na sua composição, é reutilizável e resistente.

A investigadora e professora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa explicou que o líquido, de cor verde devido ao níquel, poderá ser usado para "partir" as moléculas do crude, das quais se obtém o gasóleo ou a gasolina, ou para sintetizar, de forma mais rápida, um princípio ativo de um medicamento.

Além disso, adiantou, o facto de ser um líquido que tem na sua base alumínio, um "material biocompatível e resistente", permite que possa ser transformado num material maleável e ser, eventualmente, usado na criação de implantes, para a substituição de ossos.

Os resultados da investigação foram publicados na revista ACS Nano, especializada em nano materiais.

Da equipa científica fazem ainda parte investigadores da Universidade Osaka Prefecture, no Japão, do Laboratório Rutherford Appleton, no Reino Unido, do Instituto de Química Clermont-Ferrande e do Centro Nacional de Investigação Científica, ambos em França.

Organização Mundial de Saúde
Mais de oito em cada dez habitantes de cidades que monitorizam a qualidade do ar estão expostos a níveis de poluição superiores...

O mais recente índice da qualidade do ar urbano, que atualiza dados de 2014, abrange cerca de 3.000 cidades em 103 países e conclui que 98% das cidades em países de médio e baixo rendimento com mais de cem mil habitantes não cumprem as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Já nos países ricos, a percentagem de cidades em incumprimento desce para 56%.

A OMS recorda que a poluição do ar faz aumentar os riscos de acidente vascular cerebral, doença cardíaca, cancro do pulmão e doenças respiratórias crónicas e agudas, como a asma.

"A poluição do ar é uma importante causa de doença e morte", disse a diretora-geral adjunta da OMS para a Saúde da Família, da Mulher e da Criança, Flavia Bustreo, aplaudindo o facto de o número de cidades que monitoriza a qualidade do seu ar ter quase duplicado desde 2014.

"Quando o ar sujo cobre as nossas cidades, as populações urbanas mais vulneráveis - os maios novos, os mais velhos e os mais pobres - são os mais afetados", acrescentou a responsável, citada num comunicado da OMS.

Numa análise da evolução dos níveis de partículas finas e inaláveis ao longo de cinco anos (2008-2013) em 795 cidades de 67 países, a OMS concluiu que os níveis de poluição aumentaram globalmente cerca de oito por cento, apesar de melhorias em algumas regiões.

Apesar disso, mais de metade das cidades monitorizadas nos países de alto rendimento e mais de um terço em países de médio e baixo rendimento reduziram os seus níveis de poluição do ar em mais de 5% em cinco anos.

Em geral, os níveis de poluição do ar das cidades foram menores em países de alto rendimento, particularmente na Europa, Américas e na região do Pacífico ocidental.

Os maiores níveis de poluição do ar foram registados nos países de baixo e médio rendimento, em particular no Mediterrâneo oriental e no sudeste asiático, onde algumas médias anuais excedem em cinco a dez vezes os limites da OMS.

Nestas regiões, assim como nos países pobres da região do Pacífico Ocidental, os níveis de poluição aumentaram mais de 5% em dois terços das cidades analisadas.

Na região de África, os dados sobre a poluição do ar urbano são escassos, mas os números disponíveis revelam níveis acima da mediana.

Segundo a OMS, a poluição do ar ambiente, provocada por elevadas concentrações de partículas inaláveis e partículas finas, é o maior fator de risco ambiental para a saúde, causando mais de três milhões de mortes prematuras por ano em todo o mundo.

"A poluição do ar urbano continua a aumentar a um nível alarmante, provocando o caos na saúde humana", disse a diretora do departamento de Saúde Pública, Ambiente e Determinantes Sociais da Saúde da OMS, Maria Neira, citada no comunicado.

Segundo as recomendações da OMS, reduzir a poluição por partículas inaláveis de 70 para 20 microgramas por metro cúbico (μg/m) faria reduzir as mortes relacionadas com a poluição do ar em cerca de 15%.

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