Estudo
Um em cada dez portugueses com mais de 65 anos sofre de arritmia cardíaca, potencialmente causadora de AVC, sendo que mais de...

Trata-se do Estudo SAFIRA (System of AF evaluation In Real world Ambulatory patients), que traça o mais recente retrato da prevalência e padrões de tratamento de Fibrilhação Auricular (FA) e Risco Cardiovascular na população portuguesa com mais de 65 anos, cujos resultados preliminares vão ser apresentados hoje pela primeira vez no Congresso Português de Cardiologia.

Os resultados apontam para um grande subdiagnóstico, já que de entre os 9% dos casos em que se detetou FA (arritmia que pode provocar a oclusão do sangue na aurícula e consequente formação de coágulo, que se solta provocando AVC ou embolismo), 35,9% desconheciam ter a doença.

Por outro lado, 18,6% dos doentes não diagnosticados apresentavam um tipo de FA não detetável no eletrocardiograma, sendo identificada apenas por outros exames, “o que sublinha a importância de uma investigação mais prolongada dos sintomas, nomeadamente na população mais idosa”, revelam as conclusões, a que a Lusa teve acesso.

A par do subdiagnóstico, existe também um subtratamento, pois mais de metade dos doentes (56,3%) não estavam anticoagulados e, dos que estavam, 74,2% estavam mal medicados.

O estudo identificou ainda um problema de polimedicação, já que o número mediano de fármacos prescritos a estes doentes é de 4,8, o que corresponde à toma de 6,7 comprimidos por dia.

Para Pedro Monteiro, coordenador do Estudo SAFIRA, “estes resultados mostram os enormes desafios ainda existentes na identificação e gestão da FA e risco cardiovascular e constituem um importante alerta para a otimização das estratégias de controlo da doença e promoção da saúde neste setor da população”.

O investigador considera da “maior importância” ter um conhecimento real dos padrões de prevalência da FA em Portugal, para se poderem criar e desenvolver “estratégias de diagnóstico, tratamento e controlo de risco realistas e eficazes”.

No que respeita à adesão terapêutica, quase metade dos doentes (45,1%) considera que o fator mais importante é a segurança, ao passo que 35,6% apontam a eficácia, 12,8% o custo e apenas 6,7% valorizam a comodidade posológica. Apenas 4,8% dos doentes medicados com novos anticoagulantes orais admitiram ter descontinuado o tratamento devido ao preço.

O estudo foi desenvolvido entre 2014 e 2015 e envolveu 7.500 portugueses com 65 ou mais anos.

Eutanásia
Mais de 8.300 pessoas assinaram a petição pública pela despenalização da morte assistida, que vai ser entregue hoje ao...

Apresentada em fevereiro pelo movimento cívico “Direito a morrer com dignidade”, a petição ultrapassou logo nos primeiros dois dias o mínimo de 4.000 assinaturas que obrigam o documento a ser discutido em plenário no parlamento.

O texto da petição, dirigido à Assembleia da República e disponível na Internet, o mesmo do manifesto assinado por mais de 100 personalidades da sociedade portuguesa que defendem a despenalização da eutanásia.

O movimento assume-se como um conjunto de cidadãos “unidos na valorização privilegiada do direito à liberdade” e tem como proponentes da petição o médico e antigo coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, o cineasta António Pedro Vasconcelos, a pediatra Isabel Ruivo, entre outros.

Defendem a “despenalização e regulamentação da morte assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição”.

A petição indica que a morte assistida consiste em antecipar ou abreviar a morte de doentes em grande sofrimento e sem esperança de cura, desde que seja em resposta a um pedido do próprio, feito de forma informada, consciente e reiterada.

O tema da eutanásia tem gerado debate e controvérsia na sociedade portuguesa, nomeadamente entre os médicos, com a Ordem a admitir que necessitará de realizar um referendo interno para uma eventual alteração ao Código Deontológico dos profissionais.

Mas tem havido também personalidades a defenderem a realização de um referendo nacional sobre a matéria.

O médico e ex-coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, tem advogado que a tese do referendo sobre a eutanásia pretende evitar a discussão e adiar a solução da despenalização da morte assistida.

“Um referendo sobre direitos individuais é virar a democracia de pernas para o ar, é virar a democracia contra ela própria”, escreveu João Semedo numa entrevista, considerando que referendar direitos individuais “não é democrático”, embora o pareça.

É antes, disse, “admitir que um direito que é de todos possa ser retirado por alguns”: “Alguém admitiria ou acharia democrático fazer um referendo em que o direito de todos à saúde ou ao trabalho, por exemplo, fosse retirado da lei por decisão de alguns?”

“A defesa do referendo pretende evitar a discussão. Evitar a discussão para, em vez de discutirmos a problemática do fim da vida, a forma e as condições em que morremos, passarmos o tempo a discutir se deve ou não haver referendo”, argumenta o antigo deputado.

Direitos das Pessoas com Deficiência
O Comité da ONU dos Direitos das Pessoas com Deficiência está preocupado por o Código de Processo Penal português declarar...

Esta e outras recomendações do Comité das Nações Unidas dos Direitos das Pessoas com Deficiência figuram de um documento com 11 páginas, redigido na sequência da avaliação de Portugal sobre a aplicação e cumprimento das normas estabelecidas pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Uma comitiva, liderada pela secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, foi ouvida em março, tendo sido essa a primeira vez que Portugal foi submetido ao processo de monitorização desde que ratificou a convenção, em 2009.

Agora, o Comité das Nações Unidas manifesta preocupação pela forma como as pessoas com deficiência são tratadas em Portugal, em matérias que vão desde a justiça, saúde, educação, transportes ou acesso a uma vida independente, além de preocupação com a forma como a crise afetou a vida destas pessoas.

No que diz respeito à Justiça, o Comité diz-se preocupado com o facto de o Código de Processo Penal declarar inimputáveis as pessoas com deficiência psicossocial e que “não se respeitem as suas garantias processuais no curso dos procedimentos penais”.

Por isso, pede que Portugal “retire da legislação penal o critério de perigosidade e as medidas preventivas e de segurança relacionadas com isso, nos casos em que uma pessoa com deficiência psicossocial seja acusada de ter cometido um crime”.

Pede também que seja revista a legislação penal para garantir que “todas as pessoas com deficiência tenham as garantias do devido processo, incluindo a presunção de inocência”.

Outro aspeto que preocupa o Comité tem a ver com as pessoas com deficiência declaradas legalmente incapacitadas e que são alvo, “contra a sua vontade, de processos de interrupção de gravidez, esterilização, investigação científica, terapia eletroconvulsiva ou intervenções psicocirúrgicas”.

A forma como as pessoas com deficiência são vistas pela lei portuguesa traz “profunda preocupação” ao Comité, que questiona como é que ainda existe um “grande número de pessoas com deficiência submetidas ao regime de tutela total ou parcial” e que, por causa disso, estão “privadas do exercício de certos direitos, como o direito ao voto, a casar, a formar família ou a gerir bens e propriedades”.

Pede, por isso, que o Código Civil seja revisto e harmonizado de modo a garantir que as pessoas com deficiência possam casar, adotar ou ter a custódia dos filhos.

Sobre a crise e as medidas de austeridade, o Comité sublinha “os esforços” feitos por Portugal para mitigar o impacto das medidas nas pessoas com deficiência, mas diz-se preocupado com o facto de não haver qualquer tipo de apoio para pessoas que “se veem obrigadas a viver em situação de indigência ou pobreza extrema”, por não terem rede familiar ou acompanhamento.

Nesse sentido, pede a Portugal que “reveja com urgência” as medidas de austeridade, ofereça serviços de apoio à vida independente, intensifique os esforços para melhorar o direito a um nível de vida adequado e à proteção social.

Quer também que Portugal recorra aos Fundos Estruturais Europeus ou outros para minimizar o impacto das medidas de austeridade nas crianças com deficiência, melhorando o apoio dado às famílias.

Por outro lado, o Comité afirma-se preocupado com o facto de não haver uma política nacional para a vida independente e pede a Portugal que adote uma estratégia nacional, onde seja incentivada a vida em comunidade em vez das instituições.

Malária:
A potencial vacina para a malária em desenvolvimento no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, poderá começar a ser...

Em entrevista telefónica a propósito do Dia Mundial da Malária, que se assinalou na segunda-feira, Miguel Prudêncio explicou que o projeto, a decorrer desde 2010 e apoiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, está também a ser apoiado pela Malaria Vaccine Initiative (MVI), entidade que a nível mundial coordena o desenvolvimento de vacinas contra a malária.

"O nosso projeto entrou na esfera da MVI e agora temos estado a trabalhar com eles para preencher as lacunas que faltam para se poder ter os ensaios em humanos aprovados", disse Miguel Prudêncio, afirmando que o que está planeado é que as autorizações sejam concedidas no último trimestre deste ano.

Se isso acontecer, acrescentou, os ensaios clínicos em seres humanos podem arrancar no início de 2017.

"Todo o trabalho laboratorial está feito. Neste momento, estamos a fazer ensaios de segurança, para garantir que podemos avançar para seres humanos sem risco para os voluntários que vão participar no ensaio e, uma vez concluídos estes estudos, pensamos que vamos conseguir as autorizações para os ensaios no final deste ano", reiterou.

Em laboratório, explicou o investigador, a equipa demonstrou que a ideia na origem da criação desta vacina contra a malária pode de facto funcionar.

Embora cauteloso e sem se querer comprometer com uma taxa de sucesso, Miguel Prudêncio adiantou que os resultados laboratoriais apontam para uma proteção na ordem dos 90%.

"Se isto se vai verificar onde realmente interessa, que é nos seres humanos, ainda não podemos garantir", sublinhou.

A vacina consiste na modificação genética de parasitas que provocam malária em roedores, mas não em humanos, de forma a desencadear uma resposta do sistema imunitário humano.

A malária é uma doença que pode ser fatal, provocada por um parasita do género Plasmodium, transmitido pela picada de uma fêmea do mosquito Anopheles.

No entanto, existem vários tipos de Plasmodium, alguns dos quais não têm como hospedeiro os humanos, mas outros mamíferos, nomeadamente roedores.

O que a equipa de Miguel Prudêncio fez foi usar um destes parasitas e alterá-lo geneticamente de forma a inserir-lhe proteínas do parasita que infeta humanos.

"É como se estivéssemos a mascarar o parasita de roedores de parasita humano", explicou o cientista.

O objetivo é que este parasita de roedores mascarado, que é seguro para os humanos, provoque o sistema imunitário para responder contra a máscara, desencadeando assim uma resposta imunitária contra o parasita humano.

Atualmente não há qualquer vacina comercialmente disponível para a malária.

Existem mais de 20 potenciais vacinas em ensaios clínicos e a mais avançada candidata a vacina, da GlaxoSmithKline, contra o parasita mais perigoso para os humanos, o Plasmodium falciparum, já recebeu uma primeira aprovação da Organização Mundial de Saúde para iniciar estudos piloto.

"É um primeiro passo, mas não preenche os requisitos de uma vacina realmente eficaz contra a malária", sublinhou Miguel Prudêncio, recordando que a vacina em causa tem uma eficácia que ronda os 30%.

"O que é consensual é que é necessária uma vacina que proteja perto dos 100% e essa vacina ainda não existe", acrescentou o cientista.

Embora haja laboratórios em todo o mundo a desenvolver esforços no sentido de se desenvolver uma vacina mais eficaz, a complexidade do parasita tem sido um entrave.

"Não existe nenhuma vacina contra nenhuma doença parasitária e existem várias vacinas para doenças virais e bacterianas. O parasita é um organismo muito mais complexo, que tem muito mais mecanismos de iludir o sistema imunitário do hospedeiro", explicou o cientista.

No Japão
Os ministros da Agricultura dos países do G7 acordaram criar um sistema de troca rápida de informação relacionada com doenças...

O acordo consta de uma declaração conjunta dos ministros da Agricultura do Japão, Canadá, Alemanha, Itália, Estados Unidos da América e França, que estiveram reunidos no Japão, e prevê a criação de um "enquadramento internacional de troca de informação" sobre doenças animais para evitar a propagação de epidemias de vírus como o da gripe aviária ou da febre aftosa.

O sistema também permitirá estreitar a cooperação perante o aumento de bactérias resistentes a antibióticos.

No encontro, centrado na segurança alimentar, os ministros sublinharam a necessidade de atrair mão-de-obra para o setor e paliar os efeitos das alterações climáticas na produção agrícola.

Assim, decidiram voltar a reunir-se em Tóquio no outono por causa do problema do envelhecimento da mão-de-obra na agricultura. Nesse encontro deverão participar também representantes de países em desenvolvimento.

Segundo a agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a produção agrícola tem de crescer 60% até 2050 para responder às necessidades da população mundial, que nesse ano deverá alcançar 9.200 milhões de pessoas.

"Reconhecemos o papel crucial que o setor agrícola desempenha na segurança alimentar global e, em particular, numa era de urbanização acelerada", lê-se no texto assinado pelos ministros dos sete países mais industrializados do mundo.

Os ministros pedem, por isso, uma resposta conjunta "aos desafios emergentes no setor agrícola", sublinhando que também beneficiarão disso outros países com "desafios similares".

Esta foi a primeira vez que os ministros da agricultura do G7 se reuniram desde 2009, ainda antes de a Rússia ter sido excluída do grupo.

Em 2009, o motivo da reunião tinha sido o aumento dos preços dos produtos agrícolas.

Na Europa
Os bebés de Lúcia (nome fictício) têm o seu material genético e o do marido e cresceram numa barriga de aluguer, à qual este...

O recurso a uma barriga de aluguer - ilegal em Portugal e motivo de um projeto do Bloco de Esquerda, que pretende legalizar esta prática, mas sem fins comerciais e apenas por motivos clínicos – foi equacionada pelo casal quando Lúcia perdeu o útero no seguimento de uma cirurgia, aos 33 anos.

Três meses depois o casal optou por aquela que, na altura, se apresentou como “a única forma” de terem um filho biológico: o recurso a uma barriga de aluguer, técnica sobre a qual não conheciam absolutamente nada.

Consultada a informação disponível, cedo se aperceberam que a prática é ilegal em Portugal e que nem em todos os países onde é legal o procedimento é fácil.

Na Índia, por exemplo, é necessário um visto médico, coisa que o casal não tinha. Nos Estados Unidos, os preços eram impeditivos, podendo facilmente atingir os 100 mil euros e no Reino Unido o casal precisava de permanecer um ano no país.

A solução foi um país europeu onde a prática é permitida, tendo o casal concordado com as condições e decidido avançar com o procedimento, promovido por uma empresa que se dedica a este negócio.

Para tal, e após escolhida a mulher que iria suportar a gravidez, que Lúcia e o marido quiseram que tivesse o mesmo tipo de profissão e características, começaram os preparativos clínicos, em Portugal.

Todo o processo médico – exames e estimulação ovárica - foi feito em Portugal, com o médico a ter conhecimento dos fins a que se destinava.

O casal viajou depois para esse país europeu – que optou por não divulgar – onde foi feita a colheita dos ovócitos de Lúcia e dos espermatozoides do marido.

Os gâmetas foram depois inseminados e implantados no útero da mãe de substituição, tendo a notícia da gravidez sido enviada para Portugal, por email, para júbilo do casal.

Os nove meses da gravidez “correram bem” e o casal foi tendo notícias dos filhos através das ecografias e relatórios médicos que receberam por correio eletrónico.

“Na ecografia vi logo que eram parecidos com o pai”, contou Lúcia. No final da gravidez, a mãe de aluguer foi internada até o parto, ao qual Lúcia assistiu.

“Estive sempre ao lado dela [mãe de aluguer] e ela estava sempre preocupada comigo, queria saber se eu estava bem”, disse.

Assim que as crianças nasceram, Lúcia, agora com 37 anos, recebeu-as nos braços e desde então não viu mais a mulher que alugou o seu útero. Desta, recorda-a como alguém muito cordial e simpática e não tem dúvidas de que, além da questão financeira, tinha uma verdadeira vontade de ajudar a sua família.

O passo seguinte foi mais difícil, pois foi preciso registar as crianças de forma a obterem passaporte e poderem regressar a Portugal.

O casal optou por registar as crianças na Embaixada de Portugal, onde explicou que estas resultaram do recurso a barriga de aluguer.

A solução encontrada pela embaixada foi registar as crianças no nome do pai e com mãe incógnita. Caberá agora a Lúcia, em Portugal, adotar os seus filhos para os mesmos deixarem de ter no seu registo uma mãe desconhecida.

O casal não escondeu da família e amigos esta opção. Quem os conhece sabe o que lutaram por uma criança e nunca os fizeram sentir-se mal pela sua escolha.

Lúcia lamenta que a gestação de substituição não seja legal em Portugal. Teria poupado 50 mil euros e muitas viagens, rumo ao desconhecido.

Tem conhecimento de vários casais portugueses que estão a fazer o mesmo e receia que nem todos tenham a mesma sorte e o mesmo fim: um filho nos braços.

Estudo
Quase metade dos doentes com cancro da mama encaminhados para quimioterapia podia ser poupada a esse tratamento invasivo, caso...

Um estudo europeu, que seguiu 6.600 doentes com cancro da mama em nove países europeus durante mais de cinco anos, concluiu que o teste ‘MammaPrint’ permite poupar a quimioterapia a 46% dos casos de doentes com cancro da mama precoce que, pelos critérios tradicionais, a fariam.

Segundo a médica Fátima Cardoso, que é a investigadora principal do estudo, a comunidade científica tem consciência que uma grande percentagem de doentes com cancro da mama precoce é sobretratada.

Isto deve-se ao facto de o cancro da mama só ser curável em fase precoce, uma vez que quando aparecem metástases (doença à distância ou recidiva) a doença torna-se incurável. Por essa razão, em caso de dúvida sobre o risco de recidiva, os médicos preferem fazer quimioterapia.

Uma questão crucial é como identificar os tumores precoces com um risco de recidiva tão baixo que permita prescindir de quimioterapia.

“Na prática clínica, decide-se se a quimioterapia será necessária ou não baseada em caraterísticas patológicas do tumor e características do doente. Mas há casos de tumores com as mesmas caraterísticas, que recebem o mesmo tratamento mas cujo comportamento é completamente diferente. Ou seja, existem outras características que são fundamentais para o risco de recidiva”, explicou em entrevista a investigadora da Fundação Champalimaud Fátima Cardoso.

Usou-se uma nova tecnologia para analisar o genoma do tumor, traçar uma espécie de bilhete de identidade, olhando para os seus 44 mil genes e tentando encontrar caraterísticas que diferenciem entre baixo e alto risco de recidiva.

Foi assim descoberta uma assinatura de 70 genes (MammaPrint) que permite fazer essa distinção. O estudo avaliou este novo teste em associação aos critérios patológicos e clínicos tradicionais.

Avaliou-se o risco de recidiva das 6.600 doentes do estudo pela forma tradicional e também com o novo teste genómico MammaPrint.

Quando os dois métodos indicavam que o tumor era de alto risco, encaminhava-se o doente para quimioterapia. Quando a indiciação de ambos era de risco baixo, não se aplicava quimioterapia.

Em caso de discordância na resposta dada pelos dois métodos – o que acontece em cerca de um terço dos casos – os investigadores propuseram-se perceber qual devia ser o método seguido.

Dividiram os doentes e metade seguiu o método de avaliação de risco tradicional do tumor e outra metade o risco apontado pelo MammaPrint.

“O estudo concluiu que quando os critérios tradicionais indicam alto risco mas o teste genómico diz baixo risco não precisamos de fazer quimioterapia. Na verdade, permite poupar quimioterapia a 46% de pessoas que normalmente fariam quimioterapia pelos critérios tradicionais”, indicou Fátima Cardoso.

Sinais à flor da pele
Diabetes, psoríase, hepatite, cancro ou alergias são algumas doenças que podem alterar o aspeto da s

A pele é o maior órgão do corpo humano. Considerada como uma barreira protetora contra agressões externas, para além de nos proteger contra bactérias e fungos ou manter a nossa temperatura corporal estável, ela pode revelar ainda o que de errado se passa com o nosso organismo.

A pele seca, por exemplo, pode significar uma deficiência de ómega-3. Os ácidos gordos trazem inúmeros benefícios para a saúde. Para além de terem uma propriedade anti-inflamatória, são amigos do coração, diminuindo o risco de doenças cardíacas e cancro.

Por outro lado, desempenham um papel vital para a pele, uma vez que além de fortalecerem as membranas celulares, contribuem para a renovação celular, o que lhe confere um ar hidratado e radiante.

A falta de ácidos gordos pode diminuir o ciclo de esfoliação natural, resultando num aspeto seco e sem brilho.

Uma dieta rica em ómega-3, que se pode encontrar no salmão, sardinha, nozes, soja ou linhaça, mantém a sua pele saudável.

O aparecimento de manchas acastanhadas na zona das virilhas, axilas ou pescoço pode indicar que sofre de diabetes.

Na realidade, este tipo de lesão dermatológica, que habitualmente surge em zonas do corpo onde existem dobras ou pregas, designa-se de acantose. Ela provoca o espessamento e a hiperpigmentação da pele e pode ser um sinal de alerta para a diabetes tipo 2.

O excesso de insulina no sangue, característica da doença, pode provocar o crescimento anormal de células da pele, contribuindo pelo aparecimento destas lesões.

Por outro lado, a pele amarelada pode indicar problemas de fígado, como hepatite ou cancro, e é uma consequência do excesso de bilirrubina no organismo.

Hepatite A, B e C são os tipos mais comuns da doença. No entanto, também a cirrose ou fibrose do fígado, provocadas pelo abuso de álcool, pode provocar o amarelecimento da pele e/ou dos olhos.

As olheiras e o inchaço sob os olhos podem ser sinónimo de alergias, uma vez que estas provocam a dilatação dos vasos sanguíneos e podem causar o vazamento dos mesmos, dando origem a um inchaço e a um tom azul-escuro ou arroxeado sob os olhos.

Já quem apresenta um excesso de borbulhas no nariz e na testa pode estar sob stress. É que, quando estamos stressados o nosso organismo produz, em excesso, várias hormonas, provocando um desequilíbrio que pode dar origem ao aparecimento de borbulhas na chamada zona T.

As manchas roxas, muitas vezes confundidas com hematomas, e que correspondem a um vazamento dos vasos sanguíneos sob a pele, podem ter várias causas possíveis como falta de vitamina C, por exemplo.

No entanto, quando acomete adultos com mais de 65 anos pode indicar que sofre de púrpura senil. Uma condição decorrente do envelhecimento da pele e que afecta, sobretudo, o dorso das mãos, punhos ou antebraços.

A ingestão excessiva de aspirina, anti-inflamatórios não esteróides, vitamina E ou ginkgo biloba, que os mais velhos muitas vezes tomam para melhorar a memória, podem piorar esta condição.

A mancha púrpura que se distingue de um hematoma clássico, por nunca desaparecer, pode cobrir uma grande área da pele ou surgir como pequenas manchas roxas chamadas petéquias.

Também a existência de bolhas que provocam ardor ou comichão persistente pode ser um sinal de que algo errado se passa no seu organismo. Na realidade, o aparecimento de bolhas nos antebraços, joelhos, nádegas, costas, rosto e couro cabeludo pode indicar que sofre de dermatite herpetiforme – um sinal de doença celíaca.

Habitualmente, estas bolhas surgem em ambos os lados do corpo e provocam uma sensação de ardor e comichão muito intensa.

A pele amarelada ou alaranjada nas palmas das mãos ou planta dos pés pode ser resultado do mau funcionamento da sua tiróide. Na realidade, esta cor resulta de um aumento do beta-caroteno no sangue. O beta-caroteno é um antioxidante que se pode encontrar em frutas e vegetais e é processado pela tiróide.

Se existir algum problema com esta glândula, as vitaminas não são metabolizadas com eficiência.

Por fim, uma pele pálida pode ser sinónimo de anemia. Na realidade, uma anemia grave pode provocar uma palidez fora do normal, sobretudo no rosto e na palma das mãos.

No entanto, boca, lábios e gengivas podem também mostrar sinais desta condição, tornando-se bastante mais claros.

A anemia pode ser causada por falta de ferro, úlceras ou doenças intestinais. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A partir de hoje
O processo para eleger o próximo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) já está a decorrer e, a partir de hoje, os...

De acordo com um comunicado da OMS, este é o primeiro passo de um processo rigoroso que culminará numa votação final na assembleia mundial da Saúde, em maio de 2017, e o novo diretor-geral da entidade tomará posse a 01 de julho de 2017.

O diretor-geral da OMS é o responsável técnico e administrativo da entidade, supervisionando a política do trabalho internacional de saúde do órgão de saúde internacional.

Atualmente, a diretora-geral da OMS é Margaret Chan, eleita em 2006, que completa o seu segundo mandato a 30 de junho do próximo ano.

O processo de nomeação para o cargo de diretor-geral da OMS foi substancialmente revisto desde a última eleição, que ocorreu em 2012, referiu a nota.

Ainda segundo o comunicado, inovações como um código de conduta e fóruns para os candidatos interagirem com os Estados-membros farão parte do processo de eleição para promover a transparência e a equidade nos procedimentos de seleção.

O Código de Conduta é um documento em que se indicam as práticas e as funções apropriadas para os Estados-Membros, candidatos e secretariado da OMS durante o processo eleitoral.

Este código estabelece uma série de requisitos gerais, tais como abertura, dignidade, equidade e boa-fé, bem como requisitos específicos sobre questões como a divulgação de informações financeiras e outros dados para evitar conflitos de interesse.

Em 2017, a assembleia mundial da OMS vai nomear o novo diretor-geral entre três candidatos. Anteriormente, apenas uma candidatura era submetida pelo conselho executivo do órgão mundial da saúde à assembleia que, em seguida, fazia a nomeação final.

O processo leva mais de um ano. Os Estados membros têm até 22 de setembro para apresentar as propostas de candidaturas.

Os países membros e os candidatos terão a oportunidade de interagir, em outubro, num fórum na página da internet da OMS.

Durante um período de até três dias, em novembro, será realizado uma reunião presencial em que os candidatos apresentarão a sua visão para a OMS aos países e também responderão às perguntas sobre a sua candidatura.

Em janeiro de 2017, o conselho executivo da OMS usará um novo sistema de votação eletrónica para elaborar uma lista com até cinco candidatos.

Os membros do conselho executivo, em seguida, entrevistarão os candidatos e nomearão três deles para irem a votos na assembleia mundial da saúde, em maio de 2017.

Estudo
Cerca de 250 crianças e adolescentes portugueses obesos foram avaliados por investigadores da Universidade do Porto (UP) para...

O projeto "Genetic predisposition versus the effect of regular physical exercise on circulating adipokine levels in obese Portuguese adolescents", teve como objetivo avaliar essa interação em níveis circulantes de adipocinas.

Segundo Luís Belo, professor da Faculdade de Farmácia da UP e líder do projeto, as adipocinas são um conjunto de substâncias produzidas pelo tecido adiposo (um órgão metabolicamente ativo), com papéis importantes no equilíbrio do organismo.

"Há evidências crescentes de que estas adipocinas, cuja secreção se encontra alterada nos obesos, estão envolvidas em outras doenças associadas à obesidade, nomeadamente a diabetes", explicou o investigador.

Para além dos fatores ambientais, como a má alimentação e o sedentarismo, "a contribuição genética para o desenvolvimento da obesidade é já amplamente reconhecida, porém os genes envolvidos ainda não foram completamente identificados e estudados", acrescentou.

Para o coordenador, uma melhor compreensão da influência genética “pode ajudar a identificar indivíduos que apresentam riscos aumentados e que beneficiem mais de uma intervenção mais precoce/intensa".

Durante o estudo foi também analisada a interação entre a predisposição genética e o exercício físico com alguns exames laboratoriais de rotina, como é o caso dos níveis séricos de proteína C-reativa, o perfil lipídico, o hemograma e marcadores de resistência à insulina e do metabolismo do ferro.

O estudo incluiu crianças e adolescentes, entre os cinco e os dezassete anos, com excesso de peso ou obesidade, recrutados em hospitais e em cinco escolas do ensino básico do agrupamento de Santa Bárbara, em Fânzeres (Gondomar), e da Escola Secundária de Valongo.

Com o projeto os investigadores concluíram que o exercício físico regular ajuda a melhorar fatores de risco cardiovascular (alguns mediados por adipocinas) que se encontram já alterados em obesos em idade pediátrica.

Foi possível também constatar que a obesidade está associada a um aumento dos triglicerídeos e de proteína C-reativa, resistência à insulina e hipertensão, entre outros fatores de risco.

Os participantes foram estimulados durante a investigação para uma mudança nos hábitos de vida e convidados para participar num programa de intervenção de exercício físico regular, que teve a duração de nove meses (correspondente ao período do calendário escolar).

Esse programa era fornecido através do projeto ACORDA (Adolescentes e Crianças Obesas em Regime de Dieta e Atividade Física), coordenado por Luísa Aires e Jorge Mota, investigadores do Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer da Faculdade de Desporto da UP (CIAFEL).

O programa de intervenção, aplicado em meio escolar e na Faculdade de Desporto, tinha como finalidade alterar comportamentos, fornecendo fácil acesso à prática de atividade física.

O ACORDA foi implementado há cerca de 15 anos e manteve as suas funções de apoio gratuito às crianças e famílias até 2015.

No projeto "Genetic predisposition versus the effect of regular physical exercise on circulating adipokine levels in obese Portuguese adolescents" participaram ainda investigadores do então Instituto de Biologia Molecular e Celular da UP, do Centro de Genética Médica Dr. Jacinto de Magalhães, do Centro Hospitalar do Porto e da Faculdade de Medicina da UP.

Desenvolvido ao longo de dois anos, foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) em cerca de 94 mil euros.

Instituto Nacional de Saúde
A taxa de incidência de síndroma gripal manteve-se baixa pela sétima semana consecutiva, tendo-se no período entre 11 e 17 de...

Segundo o boletim semanal de vigilância epidemiológica da gripe, elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde, “verificou-se nas últimas semanas uma tendência decrescente no número de amostras biológicas de casos de síndroma gripal”.

“Até à 15.ª semana de 2016, foram notificados 1.078 casos de síndroma gripal, dos quais 431 foram positivos para o vírus da gripe e 253 positivos para outros vírus respiratórios”, refere o boletim.

Em relação ao período que compreende setembro de 2015 e 10 de abril, a Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe notificou 6.313 casos de síndroma gripal, tendo o pico mais alto sido registado entre a segunda e a quarta semana de 2016.

Durante a época 2015-2016, a atividade gripal tem sido sempre baixa, ao contrário do que aconteceu durante a época de 2014/2015 em que a atividade chegou a estar muito alta, refere o documento.

Infarmed
A autorização de introdução no mercado do medicamento Locabiosol 125 microgramas, 125 µg/dose, solução para pulverização bucal...

A Servier Portugal - Especialidades Farmacêuticas, Lda. (empresa responsável pelo medicamento) dispõe de 10 dias úteis (até 06-05-2016 para retirar do mercado todas as embalagens deste medicamento).

Assim, o Infarmed esclarece o seguinte:

·         Os distribuidores, farmácias, hospitais e locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica devem separar estas embalagens dos restantes medicamentos e proceder à sua devolução;

·         Os utentes que tenham este medicamento não o devem utilizar, uma vez que este pode causar reações alérgicas graves. Para auxílio na identificação de alternativas devem contactar o médico ou o farmacêutico.

FOCUS
O professor da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, João Alves Apóstolo, está a participar num consórcio europeu que junta...

Trata-se do projeto, que surge como resultado do trabalho feito pela Parceria Europeia para a Inovação na área do Envelhecimento Ativo e Saudável (EIPAHA - European Innovation Partnership on Active and Healthy Ageing), de cujo Grupo de Declínio Cognitivo o investigador da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) é membro.

Este projeto FOCUS (http://focus-aha.eu/), cofinanciado pela Comissão Europeia e coordenado pela Universidade de Valência (Espanha), pretende contribuir para a redução da carga da fragilidade na Europa através do desenvolvimento de metodologias e ferramentas com foco no diagnóstico precoce, no rastreio e na gestão da fragilidade nos idosos.

Os investigadores europeus querem, neste contexto, privilegiar a prevenção de situações de fragilidade, evitando a necessidade de intervenções em fases avançadas e, muitas vezes, irreversíveis.

A intenção do projeto FOCUS é auxiliar todos os profissionais no terreno, desde aqueles que planeiam serviços e cuidados de saúde para cidadãos debilitados, até aos profissionais de saúde que os acompanham e tratam.

O contributo da ESEnfC passa pela liderança dos processos científicos de síntese da melhor evidência internacional relativamente à qualidade dos instrumentos para avaliar a fragilidade na pessoa idosa e relativamente à eficácia das intervenções para a pré-fragilidade e para a fragilidade em idosos.

João Alves Apóstolo é professor coordenador na ESEnfC, diretor-adjunto do Portugal Centre for Evidence Based Practice (centro afiliado do Joanna Briggs Institute) e membro da direção do capítulo Phi Xi da Sigma Theta Tau International (sociedade honorífica de Enfermagem, com sede em Indianápolis, EUA).

Membro da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, da ESEnfC, cujo prémio de “Investigador de maior impacto” possui, João Alves Apóstolo, que já recebeu 12 distinções, coordena três projetos de investigação, na área das pessoas com demência e respetivos cuidadores, no domínio da estimulação cognitiva de idosos e no campo da capacitação para o autocuidado, envelhecimento, saúde e cidadania.

Além da ESEnfC, da Universidade de Aveiro e da Universidade de Valência, participam no projeto FOCUS o instituto Roessingh Research and Development (Holanda), a ESAM (Estudios de Software Avanzado y Mantenimiento de Tecnologia Sociedad Limitada) (Espanha), a everis Spain SLU (Espanha), a Fundação IRCCS CA’ Granda - Ospedale Maggiore Policlinico (Itália), o Instituto de Investigação Farmacológica Mario Negri (Itália), a Universidade Médica de Wroclaw (Polónia) e a Universidade de Aston (Reino Unido).

Infarmed
A empresa Sanofi – Produtos Farmacêuticos, Lda. irá proceder à recolha voluntária de lotes de medicamentos, por ter sido...

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização dos seguintes lotes:

·         Taxotere, docetaxel, concentrado para solução para perfusão, 20 mg/ ml, com o número de registo 5255401 - lote 5F189A com validade de 31-01-2017;

·         Taxotere, docetaxel, concentrado para solução para perfusão, 80 mg/4 ml, com o número de registo 5255419 - lote 5F199A com validade de 30-04-2018.

Estes medicamentos estão indicados para o tratamento do cancro da mama, de certas formas do cancro do pulmão, do cancro da próstata, cancro gástrico ou cancro de cabeça e pescoço.

Face ao exposto e atendendo a que estes medicamentos são utilizados apenas em meio hospitalar, as entidades que deles disponham não os poderão vender ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

Pelo 47º ano
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a Sanofi vão atribuir no dia 26 de abril, no âmbito do Congresso Português de...

Sendo o objetivo deste prémio incentivar o espírito de investigação nos cardiologistas portugueses, o trabalho premiado terá de ser efetuado em instituições nacionais e os autores dos trabalhos concorrentes terão de ser maioritariamente nacionais. O primeiro autor terá de ter nacionalidade portuguesa e ser Cardiologista ou Interno de Cardiologia.

Os trabalhos a concurso devem, obrigatoriamente, ter sido apresentados no Congresso Português de Cardiologia ou numa das Reuniões ou Jornadas promovidas pela SPC, no Congresso Anual da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) ou numa das reuniões ou Jornadas promovidas pela ESC, na reunião anual do American College of Cardiology, na reunião anual da American Heart Association ou no Congresso da European Association for Cardiothoracic Surgery.

Fernando Sampaio, diretor-geral da Sanofi Portugal, sublinha que “este é o Prémio de investigação mais antigo da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) e da Sanofi. Todos os anos são submetidos trabalhos de grande qualidade que refletem o valor da investigação feita em Portugal e dos nossos investigadores. A Sanofi continua a apoiar e a promover a investigação científica, acreditamos que a sustentabilidade da Saúde em Portugal também passa por apoiarmos os projetos dos profissionais e instituições de saúde do nosso país”.

De acordo com o relatório “A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015”, publicado pela DGS em Julho de 2015, e que traça o perfil da Saúde dos cidadãos residentes no território nacional, as doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 30% das mortes em 2013, pelo que incentivar a investigação nesta área continua a ser um compromisso de futuro.

PN/Reformas:
O Governo pretende investir 70,4 milhões de euros na expansão e melhoria da integração da Rede Nacional de Cuidados Continuados...

Para promover o apoio no domicílio e em ambulatório aos idosos ou pessoas dependentes, o Governo pretende criar 180 equipas de cuidados continuados integrados e 4.800 lugares para este apoio.

Estima também aumentar o número de lugares em cuidados continuados integrados em todas as suas tipologias de internamento, num “esforço conjunto com as organizações do terceiro setor e o setor privado, com especial incidência nos grandes centros urbanos”, refere o documento.

O Programa Nacional de Reformas (PNR) estima a criação de 2.550 camas de convalescença, 1.056 de média duração e 4.452 de longa duração.

Outra das medidas previstas do documento é o aumento da capacidade de resposta no âmbito da saúde mental, estando prevista a criação de 109 equipas e 1.528 novas camas.

Também faz parte do PNR a melhoria da acessibilidade aos doentes em cuidados paliativos com a criação de 164 lugares/camas, 28 equipas intra-hospitalares e 71 equipas comunitárias.

A nível dos cuidados paliativos pediátrico, o Governo pretende criar 300 lugares/camas, adianta o documento.

Ainda na área da “Coesão e igualdade”, o programa refere os aumentos nas prestações sociais, que já entraram em vigor, nomeadamente o Rendimento Social de Inserção (RSI), abono de família, Complemento Solidário para Idosos (CSI) e o subsídio por assistência à terceira pessoa.

Relativamente à atualização do valor de referência do Rendimento Social de Inserção, o Governo refere que esta medida beneficiará 240 mil pessoas e representa uma despesa total do Estado, que inclui a contrapartida pública nacional necessária à execução do Portugal 2020, de 641 milhões de euros.

O Estado vai investir ainda 20 milhões este ano no Complemento Solidário para Idosos, uma medida que abrangerá 200 mil idosos.

Já a atualização dos montantes do abono de família, bem como da majoração monoparental e da bonificação por deficiência, que irá abranger 1,1 milhões de crianças e jovens em 2016, representará um investimento de 424 milhões de euros.

PN/Reformas
Mais de 90 centros de saúde passarão a ter consultas dentárias gratuitas no âmbito de projetos piloto em desenvolvimento,...

O Plano Nacional de Reforma, aprovado em Conselho de Ministros, prevê ainda rastreios oftalmológicos em 28 agrupamentos de centros de saúde (ACES) e a contratação de 500 médicos de família aposentados.

Estas medidas de expansão e melhoria da capacidade da rede de cuidados de saúde primários vão implicar uma despesa do Estado superior a 176 milhões de euros.

O documento traça ainda estimativas do número de utentes abrangidos pela eliminação das taxas moderadoras nas urgências sempre que haja referenciação pelo médico de família, pelo INEM ou pela Linha de Saúde 24.

Mais de 8,5 milhões de utentes poderão ficar isentos através dos centros de saúde, 5,5 milhões podem usufruir de isenção por serem transportados pelo INEM e 2,7 milhões por serem encaminhados pela Linha de Saúde 24.

Os utentes que paguem taxas moderadoras vão ver diminuída em 25% a sua comparticipação nesses custos face a 2015. Em curso está já a dispensa de pagamento de taxas nos exames realizados em hospital de dia e a reposição da isenção das taxas para bombeiros e dadores de sangue e órgãos (beneficiará mais de 965 mil utentes).

Estas medidas vão diminuir as receitas do Estado em 39 milhões, segundo estimativas do documento aprovado em Conselho de Ministros.

O Governo pretende ainda aliviar o peso dos custos a cargo dos utentes repondo o direito ao transporte de doentes não urgentes, medida já em curso, que pretende abranger mais de 554 mil transportes, significando uma redução de receitas para o Estado de 30,4 milhões de euros.

Com a revisão dos preços dos medicamentos e o estímulo ao aumento da utilização dos genéricos, o Estado prevê uma poupança de 518 milhões de euros.

Também com o incremento das compras centralizadas se prevê uma poupança de 729 milhões de euros.

O Governo continua a apostar no combate à fraude no Serviço Nacional de Saúde (SNS), estimando poupar cerca de 200 milhões de euros, enquanto na rubrica das dívidas aos hospitais do setor empresarial do Estado prevê criar condições para a regularizar, o que implicará uma despesa de 1,3 mil milhões de euros.

Saúde e bem-estar
Voltados para o aumento da flexibilidade dos músculos, os alongamentos promovem quer o bem-estar fís

Apesar de suscitar alguma controvérsia entre especialistas, o alongamento pode fazer muito pela sua saúde, quer seja desportista ou não.

Para muitos alongar devia ser obrigatório, e há quem aconselhe a despender de 10 minutos, por dia, para o fazer.

Em teoria, o alongamento é uma técnica utilizada para manter ou aumentar a flexibilidade dos movimentos, mas a sua prática traz muito mais benefícios.

Aliviar as tensões do dia-a-dia, ajudando a eliminar as toxinas que o corpo produz, reduzir o stress físico e a possibilidade de contrair lesões, bem como ativar a circulação sanguínea são alguns exemplos do que um alongamento pode fazer por si.

Por outro lado, a nível mental vai ajudá-lo a desempenhar com maior agilidade as suas atividades profissionais.

Numa altura em que o sedentarismo está entre as principais causas de morte em todo o mundo, vários estudos vêm demonstrar que a prática regular de exercícios de alongamento ajuda na prevenção de doenças.

Quer tenha uma vida mais sedentária ou pratique uma atividade física intensa regular só tem a ganhar com esta medida. Na realidade, quer um grupo quer o outro acaba por perder a sua flexibilidade, graças ao encurtamento das fibras musculares (provocado quer pela ausência de exercício, quer por exercícios muito intensos).

Sabe-se que esta é uma das consequências, por exemplo, de alguns desportos como a corrida, ciclismo ou natação, que fortalecem os músculos mas diminuem a sua flexibilidade.

Deste modo, em ambos os casos, é importante alongar, uma vez que, o encurtamento das fibras musculares leva a uma maior probabilidade de desenvolvimento de problemas nos ossos e músculos.

É, por esta razão, que a queixa mais frequente, apresentada tanto por atletas ou indivíduos mais sedentários, seja a dor lombar.

De acordo com Bob Anderson, o especialista em alongamentos mais conhecido em todo o mundo, o alongamento é uma forma simples e indolor de nos prepararmos para o movimento. Movimento esse que pode ser uma simples tarefa do quotidiano como atar os sapatos, por exemplo.

Segundo o especialista, podemos aprender muito sobre o tema observando os animais que, instintivamente, sabem como alongar.

“O gato alonga-se de um modo espontâneo. Nunca alongando mais do que o adequado, preparando os músculos que precisará usar”, explica.

Deste modo, defende que os exercícios de alongamento devem ser adequados à estrutura muscular, flexibilidade e aos diversos níveis de tensão de cada um. “Cada pessoa é um ser único, física e mentalmente, com seus ritmos próprios. Somos todos diferentes no que refere à força, à resistência, à flexibilidade e ao temperamento”, justifica.

Para os especialistas da área, não há limites de idade para a prática de alongamento. Bob concorda, “os alongamentos podem ser feitos por todos e sempre que sentir vontade”.

Na realidade, podem praticar-se no trabalho, no carro, depois de uma caminhada ou até na praia. O importante é que alongue antes e depois de uma atividade física, mas também em diversos momentos do seu dia.

Pela manhã ao acordar, no trabalho para aliviar tensões, após estar sentado ou de pé durante um período prolongado, ou quando se sentir tenso, por exemplo.

Os alongamentos devem começar com suavidade, não devendo ir para lá do ponto onde começar a sentir uma pequena tensão.

É importante que relaxe e que se sirva da sua própria respiração para realizar todos os movimentos.

A respiração deve ser lenta, ritmada e controlada. “Não prenda a respiração enquanto estiver alongado”, refere Bob Anderson.

Após sentir que a tensão diminuiu, aumente o alongamento delicadamente até obter uma sensação mais intensa. Mantenha a postura e repita. Repita estes exercícios todos os dias e veja a sua condição física e mental melhorar.

Se ficou com vontade de experimentar, procure a ajuda de um profissional e leia mais sobre o assunto. Só tem a ganhar!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Recurrent or metastatic squamous cell carcinoma of the head and neck
Bristol-Myers Squibb Company (NYSE: BMY) announced the first presentation of data from CheckMate -141, a Phase 3 open-label,...

These data were featured Tuesday, April 19, during the 2016 Annual Meeting of the American Association for Cancer Research (AACR) official press program at 8:30 A.M. CT and will be presented during the Immuno-Oncology Clinical Trials II Plenary Session from 10:30 A.M. – 12:15 P.M. CT.

Maura Gillison, M.D., Ph.D., lead investigator, Jeg Coughlin Chair of Cancer Research, The Ohio State University Wexner Medical Center, commented, "Squamous cell carcinoma of the head and neck that progresses after platinum-therapy is a devastating disease with a very poor prognosis. There are no systemic therapies that improve survival, and therefore, there is a tremendous unmet need for new treatment options for this patient population. In CheckMate -141, Opdivo demonstrated an improvement in survival compared to three standard of care options in this overall patient population, regardless of PD-L1 expression levels and HPV status.”

Based on a planned interim analysis, this trial was stopped early in January 2016 because an assessment conducted by the independent Data Monitoring Committee concluded the study met its primary endpoint of OS in patients receiving Opdivo compared to the control arm.

Jean Viallet, M.D., Global Clinical Research Lead, Oncology, Bristol-Myers Squibb, commented, “We are excited to share, for the first time, data from the CheckMate -141 trial with the oncology community at the 2016 AACR Annual Meeting. We are encouraged by the overall survival results seen with this investigational use of Opdivo versus three standard of care options for patients with recurrent or metastatic squamous cell carcinoma of the head and neck, who often face poor survival rates.

These findings are supportive of our Immuno-Oncology research goal to study potential treatment options for their ability to help patients with difficult-to-treat cancers achieve long-term survival.”

About CheckMate -141
CheckMate -141 is a Phase 3, open-label, randomized trial evaluating Opdivo versus investigator’s choice of therapy in patients with recurrent or metastatic SCCHN with tumor progression within six months of platinum therapy in the adjuvant, primary, recurrent or metastatic setting. Patients were randomized 2:1 to receive Opdivo 3 mg/kg intravenously over 60 minutes every two weeks, or one of the following single agents: methotrextate 40 mg/m2 intravenously weekly, docetaxel 30 mg/m2 intravenously weekly, or cetuximab 400 mg/m2 intravenously once then 250 mg/m2 weekly. Therapies chosen for the control arm represent the most commonly used therapies in the platinum refractory setting. The primary endpoint was OS. Secondary endpoints included objective response rate (ORR) and progression-free survival (PFS). Additional endpoints included safety.

In the trial, patients treated with Opdivo experienced a significant reduction (30%) in the risk of death, with a median OS of 7.5 months (95% CI: 5.5-9.1) compared to 5.1 months (95% CI: 4.0-6.0) for the control arm (HR=0.70 [97.73% CI: 0.51-0.96] p=0.0101). The one-year OS rate was 36% for Opdivo compared to 16.6% for the control arm.

CheckMate -141 also evaluated the efficacy of Opdivo by HPV status and PD-L1 expression compared to investigator’s choice of therapy. HPV testing was performed for patients identified by investigators with oropharyngeal tumors. In the study, Opdivo demonstrated improved survival in this overall population, regardless of HPV status. HPV-positive status was associated with greater magnitude of effect with Opdivo versus investigator’s choice. In HPV-positive patients treated with Opdivo, median OS was 9.1 months vs. 4.4 months for patients treated with investigator’s choice of therapy (HR=0.56 [95% CI: 0.32-0.99]). In HPV-negative patients treated with Opdivo, median OS was 7.5 months vs. 5.8 months for patients treated with investigator’s choice of therapy (HR=0.73 [95% CI:0.42-1.25])

Of randomized patients, 72% (260) were evaluable for PD-L1 expression. Rates of PD-L1 expression were balanced between subgroups. Opdivo demonstrated improved survival in the overall population, regardless of PD-L1 expression level (chart below).

Efficacy Summary: Median Overall Survival by PD-L1 Expression

The safety profile of Opdivo in CheckMate -141 was consistent with prior studies with no new safety signals identified. Treatment-related adverse events (TRAEs) of any grade occurred in 58.9% of patients on Opdivo vs. 77.5% of patients on investigator’s choice. Grade 3-4 TRAEs were reported in 13.1% of patients on Opdivo vs. 35.1% of patients on investigator’s choice. Two drug-related deaths were reported as related to Opdivo (pneumonitis and hypercalcemia), and one Grade 5 event of lung infection on the investigator’s choice arm.

About Head & Neck Cancer
Head and neck cancer is the seventh most common cancer globally, with an estimated 400,000 to 600,000 new cases per year and 223,000 to 300,000 deaths per year. The five-year survival rate is reported as less than 4% for metastatic Stage IV disease. Squamous cell carcinoma of the head and neck (SCCHN) accounts for approximately 90% of all head and neck cancers with global incidence expected to increase by 17% between 2012 and 2022. Risk factors for SCCHN include tobacco and alcohol consumption, and the increasing role of Human Papilloma Virus (HPV) infection leading to rapid increase in oropharyngeal SCCHN in Europe and North America. Quality of life is often impacted for SCCHN patients as physiological function (breathing, swallowing, eating, drinking), personal characteristics (appearance, speaking, voice), sensory function (taste, smell, hearing), and psychological/social function can be affected.

Bristol-Myers Squibb & Immuno-Oncology: Advancing Oncology Research
At Bristol-Myers Squibb, we have a vision for the future of cancer care that is focused on Immuno-Oncology, now considered a major treatment choice alongside surgery, radiation, chemotherapy and targeted therapies for certain types of cancer.

We have a comprehensive clinical portfolio of investigational and approved Immuno-Oncology agents, many of which were discovered and developed by our scientists. Our ongoing Immuno-Oncology clinical program is looking at broad patient populations, across multiple solid tumors and hematologic malignancies, and lines of therapy and histologies, with the intent of powering our trials for overall survival and other important measures like durability of response. We pioneered the research leading to the first regulatory approval for the combination of two Immuno-Oncology agents, and continue to study the role of combinations in cancer.

We are also investigating other immune system pathways in the treatment of cancer including CTLA-4, CD-137, KIR, SLAMF7, PD-1, GITR, CSF1R, IDO, and LAG-3. These pathways may lead to potential new treatment options – in combination or monotherapy – to help patients fight different types of cancers.

Our collaboration with academia, as well as small and large biotech companies, to research the potential Immuno-Oncology and non-Immuno-Oncology combinations, helps achieve our goal of providing new treatment options in clinical practice.

At Bristol-Myers Squibb, we are committed to changing survival expectations in hard-to-treat cancers and the way patients live with cancer.

About Opdivo
Cancer cells may exploit “regulatory” pathways, such as checkpoint pathways, to hide from the immune system and shield the tumor from immune attack. Opdivo is a PD-1 immune checkpoint inhibitor that binds to the checkpoint receptor PD-1 expressed on activated T-cells, and blocks the binding of PD-L1 and PD-L2, preventing the PD-1 pathway’s suppressive signaling on the immune system, including the interference with an anti-tumor immune response.

Opdivo’s broad global development program is based on Bristol-Myers Squibb’s understanding of the biology behind Immuno-Oncology. Our company is at the forefront of researching the potential of Immuno-Oncology to extend survival in hard-to-treat cancers. This scientific expertise serves as the basis for the Opdivo development program, which includes a broad range of Phase 3 clinical trials evaluating overall survival as the primary endpoint across a variety of tumor types. The Opdivo trials have also contributed toward the clinical and scientific understanding of the role of biomarkers and how patients may benefit from Opdivo across the continuum of PD-L1 expression. To date, the Opdivo clinical development program has enrolled more than 18,000 patients.

Opdivo was the first PD-1 immune checkpoint inhibitor to receive regulatory approval anywhere in the world in July 2014, and currently has regulatory approval in 50 countries including the United States, Japan, and in the European Union.

U.S. FDA aprpoved indications
OPDIVO® (nivolumab) as a single agent is indicated for the treatment of patients with BRAF V600 wild-type unresectable or metastatic melanoma.

OPDIVO® (nivolumab) as a single agent is indicated for the treatment of patients with BRAF V600 mutation-positive unresectable or metastatic melanoma. This indication is approved under accelerated approval based on progression-free survival. Continued approval for this indication may be contingente upon verification and description of clinical benefit in confirmatory trials.

OPDIVO® (nivolumab) is indicated for the treatment of patients with metastatic non-small cell lung cancer (NSCLC) with progression on or after platinum-based chemotherapy. Patients with EGFR or ALK genomic tumor aberrations should have disease progression on FDA-approved therapy for these aberrations prior to receiving OPDIVO.

OPDIVO® (nivolumab) is indicated for the treatment of patients with advanced renal cell carcinoma (RCC) who have received prior anti-angiogenic therapy.

Important safety information

Immune-Mediated Pneumonitis
Immune-mediated pneumonitis, including fatal cases, occurred with OPDIVO treatment. Across the clinical trial experience with solid tumors, fatal immune-mediated pneumonitis occurred with OPDIVO.

Monitor patients for signs with radiographic imaging and symptoms of pneumonitis. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater pneumonitis. Permanently discontinue for Grade 3 or 4 and withhold until resolution for Grade 2. In Checkmate 037, 066, and 067, immune-mediated pneumonitis occurred in 1.8% (14/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=2) and Grade 2 (n=12). In Checkmate 057, immune-mediated pneumonitis, including interstitial lung disease, occurred in 3.4% (10/287) of patients: Grade 3 (n=5), Grade 2 (n=2), and Grade 1 (n=3). In Checkmate 025, pneumonitis, including interstitial lung disease, occurred in 5% (21/406) of patients receiving OPDIVO and 18% (73/397) of patients receiving everolimus. Immune-mediated pneumonitis occurred in 4.4% (18/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 4 (n=1), Grade 3 (n=4), Grade 2 (n=12), and Grade 1 (n=1).

Immune-Mediated Colitis
Immune-mediated colitis can occur with OPDIVO treatment. Monitor patients for signs and symptoms of colitis. Administer corticosteroids for Grade 2 (of more than 5 days duration), 3, or 4 colitis. As a single agent, withhold OPDIVO for Grade 2 or 3 and permanently discontinue for Grade 4 or recurrent colitis upon restarting OPDIVO. In Checkmate 037, 066, and 067, diarrhea or colitis occurred in 31% (242/787) of patients receiving OPDIVO. Immune-mediated colitis occurred in 4.1% (32/787) of patients: Grade 3 (n=20), Grade 2 (n=10), and Grade 1 (n=2). In Checkmate 057, diarrhea or colitis occurred in 17% (50/287) of patients receiving OPDIVO. Immune-mediated colitis occurred in 2.4% (7/287) of patients: Grade 3 (n=3), Grade 2 (n=2), and Grade 1 (n=2). In Checkmate 025, diarrhea or colitis occurred in 25% (100/406) of patients receiving OPDIVO and 32% (126/397) of patients receiving everolimus. Immune-mediated diarrhea or colitis occurred in 3.2% (13/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=5), Grade 2 (n=7), and Grade 1 (n=1).

Immune-Mediated Hepatitis
Immune-mediated hepatitis can occur with OPDIVO treatment. Monitor patients for abnormal liver tests prior to and periodically during treatment. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater transaminase elevations. Withhold for Grade 2 and permanently discontinue for Grade 3 or 4 immune-mediated hepatitis. In Checkmate 037, 066, and 067, immune-mediated hepatitis occurred in 2.3% (18/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 4 (n=3), Grade 3 (n=11), and Grade 2 (n=4). In Checkmate 057, one patient (0.3%) developed immune-mediated hepatitis. In Checkmate 025, there was an increased incidence of liver test abnormalities compared to baseline in AST (33% vs 39%), alkaline phosphatase (32% vs 32%), ALT (22% vs 31%), and total bilirubin (9% vs 3.5%) in the OPDIVO and everolimus arms, respectively. Immune-mediated hepatitis requiring systemic immunosuppression occurred in 1.5% (6/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=5) and Grade 2 (n=1).

Immune-Mediated Endocrinopathies
Hypophysitis, adrenal insufficiency, thyroid disorders, and type 1 diabetes mellitus can occur with OPDIVO treatment. Monitor patients for signs and symptoms of hypophysitis, signs and symptoms of adrenal insufficiency during and after treatment, thyroid function prior to and periodically during treatment, and hyperglycemia. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater hypophysitis. Withhold for Grade 2 or 3 and permanently discontinue for Grade 4 hypophysitis. Administer corticosteroids for Grade 3 or 4 adrenal insufficiency. Withhold for Grade 2 and permanently discontinue for Grade 3 or 4 adrenal insufficiency. Administer hormone-replacement therapy for hypothyroidism. Initiate medical management for control of hyperthyroidism. Administer insulin for type 1 diabetes. Withhold OPDIVO for Grade 3 and permanently discontinue for Grade 4 hyperglycemia.

In Checkmate 037, 066, and 067, hypophysitis occurred in 0.9% (7/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=2), Grade 2 (n=3), and Grade 1 (n=2). In Checkmate 025, hypophysitis occurred in 0.5% (2/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=1) and Grade 1 (n=1). In Checkmate 037, 066, and 067, adrenal insufficiency occurred in 1% (8/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=2), Grade 2 (n=5), and Grade 1 (n=1). In Checkmate 057, 0.3% (1/287) of OPDIVO-treated patients developed adrenal insufficiency. In Checkmate 025, adrenal insufficiency occurred in 2.0% (8/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=3), Grade 2 (n=4), and Grade 1 (n=1). In Checkmate 037, 066, and 067, hypothyroidism or thyroiditis occurred in 9% (73/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=1), Grade 2 (n=37), Grade 1 (n=35). Hyperthyroidism occurred in 4.4% (35/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=1), Grade 2 (n=12), and Grade 1 (n=22). In Checkmate 057, Grade 1 or 2 hypothyroidism, including thyroiditis, occurred in 7% (20/287) and elevated thyroid stimulating hormone occurred in 17% of patients receiving OPDIVO. Grade 1 or 2 hyperthyroidism occurred in 1.4% (4/287) of patients.

In Checkmate 025, thyroid disease occurred in 11% (43/406) of patients receiving OPDIVO, including one Grade 3 event, and in 3.0% (12/397) of patients receiving everolimus. Hypothyroidism/thyroiditis occurred in 8% (33/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=2), Grade 2 (n=17), and Grade 1 (n=14). Hyperthyroidism occurred in 2.5% (10/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 2 (n=5) and Grade 1 (n=5). In Checkmate 037, 066, and 067, diabetes mellitus or diabetic ketoacidosis occurred in 0.8% (6/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=2), Grade 2 (n=3), and Grade 1 (n=1). In Checkmate 025, hyperglycemic adverse events occurred in 9% (37/406) patients. Diabetes mellitus or diabetic ketoacidosis occurred in 1.5% (6/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=3), Grade 2 (n=2), and Grade 1 (n=1).

Immune-Mediated Nephritis and Renal Dysfunction
Immune-mediated nephritis can occur with OPDIVO treatment. Monitor patients for elevated serum creatinine prior to and periodically during treatment. For Grade 2 or 3 increased serum creatinine, withhold and administer corticosteroids; if worsening or no improvement occurs, permanently discontinue. Administer corticosteroids for Grade 4 serum creatinine elevation and permanently discontinue. In Checkmate 037, 066, and 067, nephritis and renal dysfunction of any grade occurred in 5% (40/787) of patients receiving OPDIVO. Immune-mediated nephritis and renal dysfunction occurred in 0.8% (6/787) of patients: Grade 3 (n=4) and Grade 2 (n=2). In Checkmate 057, Grade 2 immune-mediated renal dysfunction occurred in 0.3% (1/287) of patients receiving OPDIVO. In Checkmate 025, renal injury occurred in 7% (27/406) of patients receiving OPDIVO and 3.0% (12/397) of patients receiving everolimus.

Immune-mediated nephritis and renal dysfunction occurred in 3.2% (13/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 5 (n=1), Grade 4 (n=1), Grade 3 (n=5), and Grade 2 (n=6).

Immune-Mediated Rash
Immune-mediated rash can occur with OPDIVO treatment. Severe rash (including rare cases of fatal toxic epidermal necrolysis) occurred in the clinical program of OPDIVO. Monitor patients for rash. Administer corticosteroids for Grade 3 or 4 rash. Withhold for Grade 3 and permanently discontinue for Grade 4. In Checkmate 037, 066, and 067, immune-mediated rash occurred in 9% (72/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=7), Grade 2 (n=15), and Grade 1 (n=50). In Checkmate 057, immunemediated rash occurred in 6% (17/287) of patients receiving OPDIVO including four Grade 3 cases. In Checkmate 025, rash occurred in 28% (112/406) of patients receiving OPDIVO and 36% (143/397) of patients receiving everolimus. Immune-mediated rash, defined as a rash treated with systemic or topical corticosteroids, occurred in 7% (30/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=4), Grade 2 (n=7), and Grade 1 (n=19).

Immune-Mediated Encephalitis
Immune-mediated encephalitis can occur with OPDIVO treatment. Withhold OPDIVO in patients with new-onset moderate to severe neurologic signs or symptoms and evaluate to rule out other causes. If other etiologies are ruled out, administer corticosteroids and permanently discontinue OPDIVO for immune-mediated encephalitis. In Checkmate 057, fatal limbic encephalitis occurred in one patient (0.3%) receiving OPDIVO.

Other Immune-Mediated Adverse Reactions
Based on the severity of adverse reaction, permanently discontinue or withhold treatment, administer high-dose corticosteroids, and, if appropriate, initiate hormone-replacement therapy. In < 1.0% of patients receiving OPDIVO, the following clinically significant, immune-mediated adverse reactions occurred: uveitis, pancreatitis, facial and abducens nerve paresis, demyelination, polymyalgia rheumatica, autoimmune neuropathy, Guillain-Barré syndrome, hypopituitarism, systemic inflammatory response syndrome, gastritis, duodenitis, and sarcoidosis. Across clinical trials of OPDIVO as a single agent administered at doses of 3 mg/kg and 10 mg/kg, additional clinically significant, immune-mediated adverse reactions were identified: motor dysfunction, vasculitis, and myasthenic syndrome.

Infusion Reactions
Severe infusion reactions have been reported in <1.0% of patients in clinical trials of OPDIVO. Discontinue OPDIVO in patients with Grade 3 or 4 infusion reactions. Interrupt or slow the rate of infusion in patients with Grade 1 or 2. In Checkmate 037, 066, and 067, Grade 2 infusion related reactions occurred in 2.7% (21/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=2), Grade 2 (n=8), and Grade 1 (n=11). In Checkmate 057, Grade 2 infusion reactions requiring corticosteroids occurred in 1.0% (3/287) of patients receiving OPDIVO. In Checkmate 025, hypersensitivity/infusion-related reactions occurred in 6% (25/406) of patients receiving OPDIVO and 1.0% (4/397) of patients receiving everolimus.

Embryo-fetal Toxicity
Based on its mechanism of action, OPDIVO can cause fetal harm when administered to a pregnant woman. Advise pregnant women of the potential risk to a fetus. Advise females of reproductive potential to use effective contraception during treatment with an OPDIVO- containing regimen and for at least 5 months after the last dose of OPDIVO.

Lactation
It is not known whether OPDIVO is present in human milk. Because many drugs, including antibodies, are excreted in human milk and because of the potential for serious adverse reactions in nursing infants from an OPDIVO-containing regimen, advise women to discontinue breastfeeding during treatment.

Serious Adverse Reactions
In Checkmate 067, serious adverse reactions (37%), adverse reactions leading to permanent discontinuation (14%) or to dosing delays (28%), and Grade 3 or 4 adverse reactions (72%) occurred in the OPDIVO arm. The most frequent (≥10%) serious adverse reactions in the OPDIVO arm were diarrhea (2.6%), colitis (1.6%), and pyrexia (0.6%). In Checkmate 037, serious adverse reactions occurred in 41% of patients receiving OPDIVO. Grade 3 and 4 adverse reactions occurred in 42% of patients receiving OPDIVO. The most frequent Grade 3 and 4 adverse drug reactions reported in 2% to <5% of patients receiving OPDIVO were abdominal pain, hyponatremia, increased aspartate aminotransferase, and increased lipase. In Checkmate 066, serious adverse reactions occurred in 36% of patients receiving OPDIVO. Grade 3 and 4 adverse reactions occurred in 41% of patients receiving OPDIVO. The most frequent Grade 3 and 4 adverse reactions reported in ≥2% of patients receiving OPDIVO were gammaglutamyltransferase increase (3.9%) and diarrhea (3.4%). In Checkmate 057, serious adverse reactions occurred in 47% of patients receiving OPDIVO. The most frequent serious adverse reactions reported in ≥2% of patients were pneumonia, pulmonary embolism, dyspnea, pleural effusion, and respiratory failure.

In Checkmate 025, serious adverse reactions occurred in 47% of patients receiving OPDIVO. The most frequent serious adverse reactions reported in ≥2% of patients were acute kidney injury, pleural effusion, pneumonia, diarrhea, and hypercalcemia.

Common Adverse Reactions
In Checkmate 067, the most common (≥20%) adverse reactions in the OPDIVO arm were fatigue (53%), rash (40%), diarrhea (31%), and nausea (28%). In Checkmate 037, the most common adverse reaction (≥20%) reported with OPDIVO was rash (21%). In Checkmate 066, the most common adverse reactions (≥20%) reported with OPDIVO vs dacarbazine were fatigue (49% vs 39%), musculoskeletal pain (32% vs 25%), rash (28% vs 12%), and pruritus (23% vs 12%). In Checkmate 057, the most common adverse reactions (≥20%) reported with OPDIVO were fatigue (49%), musculoskeletal pain (36%), cough (30%), decreased appetite (29%), and constipation (23%). In Checkmate 025, the most common adverse reactions (≥20%) reported in patients receiving OPDIVO vs everolimus were asthenic conditions (56% vs 57%), cough (34% vs 38%), nausea (28% vs 29%), rash (28% vs 36%), dyspnea (27% vs 31%), diarrhea (25% vs 32%), constipation (23% vs 18%), decreased appetite (23% vs 30%), back pain (21% vs 16%), and arthralgia (20% vs 14%).

OMS alerta
Quase um quinto das crianças em todo o mundo está excluída da vacinação de rotina para doenças evitáveis como a difteria, a...

Para assinalar a Semana Mundial da Imunização, que decorre entre 24 e 30 de abril, a OMS emitiu um comunicado em que sublinha os recentes avanços na vacinação, mas também aponta o caminho a seguir para se alcançarem os objetivos definidos para 2020.

Apesar de evitar entre dois e três milhões de mortes todos os anos, a imunização poderia salvar mais 1,5 milhões de vidas, se a cobertura vacinal aumentasse.

Atualmente, estima-se que 18,7 milhões de crianças em todo o mundo, ou seja uma em cada cinco, estejam de fora da imunização de rotina para doenças evitáveis como a difteria, a tosse convulsa ou o tétano.

Citada no documento, a diretora-geral da organização, Margaret Chan, disse que no ano passado a imunização levou a alguns ganhos notáveis na luta contra a poliomielite, a rubéola e o tétano materno e neonatal.

"Mas foram ganhos isolados. A poliomielite foi eliminada num país, o tétano em três e a rubéola numa região geográfica. O desafio agora é tornar ganhos como estes a norma", afirmou.

Em 2015, a região das Américas tornou-se a primeira a eliminar a rubéola, uma doença viral que causa defeitos congénitos múltiplos e morte fetal quando contraída na gravidez; a Nigéria erradicou a poliomielite, deixando apenas o Afeganistão e e Paquistão na lista dos países onde a doença é endémica; e a Índia juntou-se ao Camboja, à Mauritânia e a Madagáscar na eliminação do tétano materno e neonatal.

Além disso, recorda a OMS, ao fim de cinco anos da introdução de uma vacina acessível para a meningite A, mais de 230 milhões de pessoas foram vacinadas, permitindo o controlo e a quase eliminação da doença na 'cintura da meningite' de África, que se estende entre o Senegal e a Etiópia.

"Embora o mundo tenha visto algumas conquistas na imunização, a cobertura global da vacinação estagnou nos últimos anos", disse por seu lado a diretora-geral-adjunta da OMS para a saúde da Família, das Mulheres e das Crianças e vice-diretora do Gavi (aliança para a vacinação).

Para Flavia Bustreon, "demasiadas oportunidades para alcançar crianças por vacinar e fechar a falha na imunização ainda são perdidas todos os dias".

A OMS apela por isso aos países que alcancem as crianças excluídas dos sistemas de vacinação de rotina, especialmente nos Estados, distritos ou áreas com coberturas vacinais inferiores a 80% ou em países afetados por conflitos ou emergências.

Mais de 60% das crianças por vacinar vivem em dez países: República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia, Iraque, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Uganda e África do Sul.

O Plano Global de Ação para a Vacinação, aprovado pelos 194 Estados-Membros da OMS em 2012, visa um mundo onde todas as pessoas estejam protegidas contra doenças evitáveis através de vacinas em 2020.

Dos seis objetivos provisórios definidos para 2015, apenas um foi alcançado: a introdução de vacinas novas ou subutilizadas.

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