Infarmed
Os doentes a quem forem prescritos medicamentos biológicos devem ser tratados, sempre que possível, com medicamentos...

Atualmente já estão disponíveis em Portugal 19 medicamentos biossimilares, relativos a oito substâncias ativas diferentes em áreas como a medicina da reprodução, doenças reumáticas e do sangue.

Estes medicamentos são obtidos a partir de organismos vivos e não por síntese química, como é mais comum na indústria farmacêutica. Exemplos destes medicamentos são a Insulina (diabetes), a Epoetina (anemia) ou Filgrastim (redução de glóbulos brancos).

A orientação da CNFT será a primeira de um conjunto de Orientações a publicar sempre que for oportuno e refere que os medicamentos biossimilares já demonstraram ter segurança, eficácia e qualidade semelhantes ao medicamento biológico de referência. A sua aprovação depende, precisamente, da demonstração destes resultados.

Os diversos lotes de medicamentos biológicos ou de biossimilares podem apresentar diferenças, embora não seja alterado o seu perfil de segurança nem de eficácia terapêutica. A opção por alternativas terapêuticas como os biossimilares tem como principais vantagens aumentar o acesso ao tratamento a um maior número de doentes, contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, ao mesmo tempo, assegurar um maior acesso à inovação terapêutica.

AR debate
O parlamento discute na sexta-feira projetos de resolução que propõem a inclusão, no Programa Nacional de Vacinação, da vacina...

O projeto de resolução apresentado pelo Bloco de Esquerda pretende que seja alargada “a indivíduos do sexo masculino a administração da vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), lembrando que pode provocar nos homens cancro do ânus, do pénis, da cabeça e do pescoço.

A vacina contra o HPV foi introduzida no Programa Nacional de Vacinação em 2008, sendo portanto gratuita, e atualmente é administrada em duas doses a todas as raparigas entre os 10 e os 13 anos. O HPV pode provocar cancro do colo do útero.

Já o PCP defende, no seu projeto de resolução, que se alargue a vacina do HPV “para as raparigas e jovens até aos 25 anos”, enquanto o Partido Ecologista Os Verdes (PEV) pede o alargamento a todas as raparigas e mulheres até aos 25 anos e a integração dos jovens do sexo masculino.

Comum aos três projetos de resolução é a recomendação de inclusão, no Programa de Vacinação, da vacina contra o rotavírus, responsável por gastroenterites agudas.

O PCP considera ainda que deve ser avaliado o benefício clínico para integrar a vacina contra a meningite B.

Nos seus projetos de resolução autónomos, o Bloco e o PCP recomendam ainda ao Governo que tome medidas para garantir a reposição de ‘stocks’ de vacinas que integram o Programa e que reduza a dependência do exterior quanto ao fornecimento de vacinas.

Presidente do SICAD diz
O presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências, João Goulão, disse que o novo documento da...

"Há mudanças significativas em relação ao documento anterior. Apesar de parecer que vai tudo muito devagar, a verdade é que há aqui saltos importantíssimos", disse João Goulão.

O mesmo responsável participou numa sessão especial da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, sobre droga. Reunidos pela primeira vez em quase duas décadas para abordar a questão, os 193 Estados-membros das Nações Unidas adotam esta semana um novo documento que pretende colocar as pessoas no centro das estratégias de combate à droga.

"[Essa evolução] vê-se na apreciação que era feita à política portuguesa. Ainda em 2002, 2003, 2004, eramos quase ostracizados pelas instâncias das Nações Unidas pelo facto de termos descriminalizado o consumo. Hoje apresentamos a nossa política e o presidente do Conselho Internacional Anti-Narcóticos apresenta o caso como um exemplo de boas praticas", explicou João Goulão.

A política portuguesa, que em 2001 deixou de considerar crime o consumo de droga, a aquisição e a posse para consumo próprio, teve direito a uma sessão especial esta quarta-feira em que participou o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Araújo.

"[A influência da ONU] é uma pressão muito significativa. A responsabilidade de países como Portugal é a de ajudar os países que ficaram para trás, que têm políticas mais retrogradas, que ainda têm pena de morte, por exemplo, e fazer algum músculo no sentido de os influenciar que adotem estas políticas", explicou João Goulão.

O presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD) acompanhou o secretário de Estado Adjunto da Saúde na sessão especial e em reuniões bilateriais, que aconteceram com o Canadá e a Noruega. Goulão vai continuar esses encontros nos próximos dias.

"Há muitíssimo interesse. Todas as semanas temos uma, duas, três delegações estrangeiras a visitar-nos em Lisboa e noutros pontos do país, ou a convidar para fazer apresentações pelo mundo fora sobre", disse.

João Goulão explicou que nesses encontros tenta "desfazer a noção de que a descriminalização é algo mágico, a bala de prata que resolve todos os problemas" e mostrar que a mudança legal "é apenas uma das peças de um puzzle mais complexo que passa pelo desenvolvimento de políticas de tratamento, de prevenção, de reinserção social, porque estamos a falar de um problema de saúde publica."

Secretário de Estado
O secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Araújo, disse, à margem de uma sessão especial da Assembleia Geral da ONU,...

"Penso que é um enorme avanço. Ainda há trabalho a fazer, naturalmente, mas conseguimos atingir um ponto de equilíbrio entre os vários países das Nações Unidas, no sentido de olhar o problema das drogas como um problema de saúde, não como um problema legal", explicou o representante.

Reunidos pela primeira vez, em quase duas décadas, para abordar a questão, os 193 Estados-membros das Nações Unidas adotaram um novo documento que tem por objetivo colocar as pessoas no centro das estratégias de combate à droga.

O texto é, essencialmente, um consenso entre países como o Uruguai, que decidiram legalizar a marijuana, e outros, como a Indonésia, que aplicam a pena de morte a crimes de droga.

"Vai muito na linha do que Portugal tem feito nos últimos anos, o que é importante. Temos um caso de sucesso, reconhecido por muitos países, e o documento que está a ser discutido, e irá ser aprovado, vai muito nesse sentido", disse o secretário de Estado.

A política portuguesa, que em 2001 deixou de considerar crime o consumo de droga, a aquisição e a posse para consumo próprio, teve direito a uma sessão especial em que participou ainda o presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e e Dependências (SICAD), João Goulão.

O secretário de Estado acredita que os "números muito bons" do modelo português fizeram "com que [o país] tenha influenciado, de forma muito significativa, este resultado final."

"A droga é um problema de saúde e o Estado tem a obrigação de olhar para ele dessa forma, de ajudar a tratar, prevenir, reintegrar, retirando de uma área mais criminal, como era no passado, e deixar as forças de segurança muito mais focadas no tráfico", explicou Fernando Araújo.

No seu discurso, o secretário de Estado da Saúde lamentou que o documento aprovado não mencione a abolição da pena de morte.

Secretário de Estado Adjunto da Saúde
O secretário de Estado Adjunto da Saúde português lamentou, numa sessão especial da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque,...

"Lamentamos profundamente que o documento não mencione a abolição da pena de morte. Gostava de sublinhar a oposição sem tréguas de Portugal à pena de morte em qualquer circunstância, incluindo para ofensas relativas a drogas", disse Fernando Araújo .

"Pedimos então aos países que ainda têm pena capital para estabelecer uma moratória oficial imediatamente, com a perspetiva de a abolir permanentemente", acrescentou.

Reunidos pela primeira vez em quase duas décadas para abordar a questão, os 193 Estados membros das Nações Unidas adotaram um novo documento que pretende colocar as pessoas no centro das estratégias de combate à droga.

O texto é, essencialmente, um consenso entre países como o Uruguai, que decidiram legalizar a marijuana, e outros, como a Indonésia, que aplicam a pena de morte a crimes de droga.

Mas, para além do documento oficial, a cimeira que arrancou na terça-feira nas Nações Unidas representa, para muitos, o princípio do fim da chamada guerra às drogas.

O secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Araújo, partilhou numa sessão especial da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, a política portuguesa para a área da droga e da toxicodependência e criticou o facto de a pena de morte, existente em alguns países, não ser abolida no que se refere a crimes de droga.

"O foco na redução do risco e da penalização é um princípio fundamental que Portugal defende. Essas medidas já provaram a sua eficácia e devem ser mais amplamente promovidas e implementadas", disse o secretário de Estado no seu discurso.

A política portuguesa nesta área, marcada pela descriminalização do consumo, teve direito a uma sessão especial em que participou ainda o presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD), João Goulão.

"A abordagem portuguesa tem sido considerada um modelo das melhores praticam por reconhecer o uso de drogas como um problema de saúde e a dependência de drogas como uma desordem de saúde crónica, tratável e motivada por vários fatores que devem ser tratados e não punidos", explicou Fernando Araújo.

A política portuguesa, que em 2001 deixou de considerar crime o consumo de droga, a aquisição e a posse para consumo próprio, tem dado visibilidade internacional ao país nesta área.

No seu discurso, o secretário de Estado saudou o documento aprovado no encontro por "reconhecer a necessidade de equilibrar as políticas de drogas com uma abordagem baseada na saúde pública e direitos humanos".

O responsável disse que o documento era um bom instrumento para atingir as metas propostas, mas considerou que devia fazer menção à pena de morte, ainda implementada em alguns dos países que subscrevem a resolução.

A abordagem às dependências em Portugal incluiu ainda um reforço nas áreas da prevenção, tratamento e reinserção. Foram criadas respostas de redução de riscos e minimização de danos, como equipas de rua, gabinetes de apoio, programas de substituição opiácea, centro de acolhimento ou centros de abrigo.

"A descriminalização é, então, parte de uma abordagem compreensiva de redução da procura por drogas que inclui prevenção, tratamento, redução de penalizações e reintegração social", concluiu o secretário de Estado.

Edição de 2016
As candidatura para o prémio WAFA, para projetos que criem soluções para problemas relacionadas com a falta de água e alimentos...

Segundo a organização, a Humanitarian Water Air Food Awards (WAFA), sediada em Copenhaga, na Dinamarca, podem candidatar-se aos prémios “indivíduos, grupos e organizações” que criaram soluções para ultrapassar problemas relacionadas com a água e alimentos e cujos projetos estejam a decorrer há mais de dois e com resultados credíveis.

“Estamos à procura de pessoas de todo o mundo para participar. Este ano, todas as pessoas podem nomear projetos e o público vai votar na sua iniciativa favorita”, refere a organização sem fins lucrativos.

O vencedor do prémio deste ano, que vai ser conhecido em novembro da China, receberá o apoio da WAFA para arranjar empresas e organizações que “apoiem, reforcem” e façam expandir para outros locais com as mesmas necessidades o projeto.

“As pessoas estão a criar soluções para uma forma de vida mais sustentável. E é muito importante que partilhem o seu conhecimento e desenvolvimento com as outras pessoas do mundo. É por isso que é importante receber candidaturas”, refere, no comunicado, Tina Lindgreen, fundadora da WAFA.

Em 2015, os prémios WAFA foram para projetos desenvolvidos no Nepal, China e Haiti.

No Nepal, uma organização desenvolveu filtros de água para lugares rurais, ajudando a desenvolver as empresas locais que fabricam e vendem filtros de água.

Na China, uma fundação recuperou um rio poluído, permitindo a possibilidade de reversão na poluição que afeta os vários rios e lagos chineses.

No Haiti, uma organização arranjou uma solução que evita que os desperdícios humanos contaminem as águas do subsolo.

Fundo Global para o Combate ao VIH/Sida
O Fundo Global para o Combate ao VIH/Sida, Tuberculose e Malária recebeu o compromisso de Portugal de renovar o seu apoio...

O embaixador Pedro Nuno Bártolo anunciou a contribuição de Portugal durante uma reunião no escritório do Fundo Global, em Genebra.

Portugal comprometeu–se com 50.000 euros para 2016, duplicando a sua contribuição até agora no período de financiamento 2014-2016.

De acordo com Mark Dybul, diretor executivo do Fundo Global, “é muito importante que Portugal esteja de volta à mesa. Nós apreciamos os esforços de Portugal na parceria com o Fundo Global nesse ano importante”.

O país também contribui com assistência técnica a programas globais apoiados pelo Fundo em alguns países de língua portuguesa.

Na Guiné-Bissau, por exemplo, o Fundo Global e o Governo de Portugal estão a trabalhar em conjunto para fornecer assistência técnica.

Portugal é doador para o Fundo Global desde 2003. O total cumulativo de contribuição de Portugal é de aproximadamente 16 milhões de dólares (14,1 milhões de euros).

Este ano, aponta-se para contribuições totais no valor de 13 mil milhões de dólares (11,4 mil milhões de euros) para o ciclo de financiamento 2017-2019.

Assim, serão salvas até oito milhões de vidas, evitando perto de 300 milhões de infeções e novos casos de VIH, tuberculose e malária, e estabelecendo as bases para potenciais ganhos económicos de até 290 mil milhões de dólares (256,1 mil milhões de euros) nos próximos anos.

O Fundo Global é uma instituição internacional dedicada a atrair e distribuir recursos para prevenir e tratar o VIH/SIDA, a tuberculose e a malária.

Governo autoriza
O Governo autorizou a construção ou remodelação de vários centros de saúde nos distritos de Lisboa, Leiria, Setúbal e Santarém,...

De acordo com os despachos publicados hoje em Diário da República e assinados em conjunto pelos secretários de Estado do Orçamento, da Saúde e das Autarquias Locais, Sintra é o concelho para onde está previsto o maior investimento, no valor de cerca de 3,7 milhões de euros.

Está prevista a construção de uma nova unidade de saúde para a freguesia de Algueirão-Mem Martins (dois milhões de euros), de outra para servir as freguesias de Agualva-Mira Sintra (948 mil euros) e de uma outra Queluz-Belas (748 mil euros).

Segue-se Oeiras, com um investimento estimado em 2,4 milhões de euros, repartidos pela construção de um centro de saúde para a freguesia de Barcarena (um milhão de euros) e de outro para Carnaxide (1,4 milhões de euros).

Para Mafra, estão previstos 1,8 milhões de euros, dos quais um milhão é para a construção do Centro de Saúde de Mafra e 831 mil euros para a construção de novas instalações para a extensão de saúde de Malveira e São Miguel de Alcainça, que serve também a população da Venda do Pinheiro e Milharado.

O Governo autorizou verbas também para a construção de novas unidades de saúde para Buraca/Águas Livres (781 mil euros) e para Venteira (781 mil euros), no concelho da Amadora.

No distrito de Lisboa, estão ainda previstas verbas para a construção de novas instalações para os centros de saúde de Odivelas (1,1 milhões de euros), Cadaval (676 mil euros) e para a remodelação das extensões de saúde de A-dos-Cunhados (193 mil euros) e da Silveira (195 mil euros), no concelho de Torres Vedras.

No distrito de Setúbal, o Governo deu luz verde à construção de novas extensões de saúde para Pinhal Novo (1,1 milhões de euros), no concelho de Palmela, e para Santiago, freguesia de Sesimbra.

No distrito de Leiria, o Governo deu luz verde para a construção do centro de saúde da Nazaré (1,2 milhões de euros). Já no distrito de Santarém, foram autorizadas obras de melhoria e adaptação da extensão de saúde de Caxarias, no concelho de Ourém.

O Governo reconhece que as atuais instalações onde funcionam estas unidades já não se adequam às necessidades da população e que é "absolutamente necessário" serem substituídas.

Através dos despachos, o Governo não só autoriza as verbas, como também celebra contratos-programa com os respetivos municípios, no sentido de transferir para eles os montantes financeiros e serem os municípios a lançar os concursos e as obras respetivas.

21 de Abril de 2016
No âmbito da criação deste dia é apresentado uma proposta conjunta das entidades com recomendações e prioridades para a área....

“Estudos comprovam que a reabilitação respiratória atua positivamente na diminuição dos sintomas, no aumento da capacidade para o exercício físico, na melhoria da qualidade de vida, na redução do número de hospitalizações e de dias de internamento dos doentes com doenças respiratórias crónicas”, comenta Teles de Araújo, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão e do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, em representação das entidades.

 

Fundação Portuguesa do Pulmão; Sociedade Portuguesa de Pneumologia; Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia; Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação; Grupo de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar; Associação Portuguesa de Fisioterapeutas; Associação Portuguesa de Enfermeiros de Reabilitação; Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias; Observatório Nacional das Doenças Respiratórias; e as associações de doentes Respira e Alfa-1 Portugal são os parceiros que se juntaram para instituir este Dia, que conta ainda com o apoio da DGS.

 

“Criámos este dia com o intuito de aumentar o conhecimento relativamente aos benefícios da reabilitação respiratória e alertar para a importância de alargar o seu acesso. Acreditamos que muitos doentes não têm conhecimento sobre este tratamento cuja oferta em Portugal é bastante escassa e claramente insuficiente. Apenas cerca de 1% dos doentes têm acesso, só na Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica estamos a falar de um universo de 700 mil doentes que deviam beneficiar de Reabilitação Respiratória”, continua o especialista.

 

As entidades defendem que para modificar esta realidade é fundamental um forte envolvimento das pessoas, das organizações e das autoridades de saúde na procura de vias para minimizar a grave situação com que se debatem os doentes.

 

Os programas de reabilitação respiratória são um passo fundamental no controle dos doentes respiratórios crónicos e, além de melhorarem a qualidade de vida dos doentes, diminuem as exacerbações da doença, os internamentos e a mortalidade prematura e respetivos custos associados, tanto para os doentes como para o Estado.

 

Mais sobre a reabilitação respiratória:

A reabilitação respiratória é uma intervenção multidisciplinar, abrangente, baseada na evidência, dirigida a doentes com patologias respiratórias crónicas sintomáticas e com limitação nas atividades do quotidiano.

Tem por objetivos a redução dos sintomas, a melhoria da capacidade funcional e a participação nas atividades da vida diária. Para além disso, a reabilitação respiratória permite reduzir os custos com recursos de saúde e estabilizar ou reverter as manifestações sistémicas destas doenças, como a disfunção músculo-esquelética ou a desnutrição.

São vários os doentes que podem beneficiar da reabilitação respiratória, pessoas com DPOC, com algumas formas de asma grave, com fibroses pulmonares, com fibrose quística, com deficit de Alfa 1 antitripsina e algumas doenças neuromusculares.

 

Mais sobre as doenças respiratórias:

As Doenças Respiratórias Crónicas, particularmente a DPOC e as Fibroses Pulmonares são causa frequente de incapacidade respiratória, com grave prejuízo da qualidade de vida dos doentes e sérias repercussões familiares.

A incapacidade respiratória destes doentes pode atingir patamares dramáticos, incapacitando-os para tarefas tão simples como vestir ou tratar da higiene diária.

As Doenças Respiratórias são anualmente responsáveis por 4 milhões de dias de afastamento das atividades laboral ou escolar. Fatia importante é da responsabilidade das doenças respiratórias crónicas.

Os custos diretos com as doenças respiratórias rondam anualmente os 600 milhões de euros. Só a DPOC é responsável por 240 milhões.

 

Entidades envolvidas na iniciativa Dia da Reabilitação Respiratória:

Fundação Portuguesa do Pulmão

Sociedade Portuguesa de Pneumologia

Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia

Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação

Grupo de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

Associação Portuguesa de Fisioterapeutas

Associação Portuguesa de Enfermeiros de Reabilitação

Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias

Observatório Nacional das Doenças Respiratórias

Associação Respira

Associação Alfa-1 Portugal

Com o apoio da Direcção-Geral de Saúde

Paula Klose
A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) celebra este ano o seu vigésimo aniversário e, juntamente com esta...

Ao longo de 20 anos, foram várias as iniciativas e projectos desenvolvidos pela associação com o objectivo de aumentar o conhecimento relativamente à diabetes tipo 1 e mostrar aos jovens que não são limitados por ela, seja com momentos de convívio como as colónias de férias e almoços, seja com actividades desportivas como caminhadas ou expedições de montanha.

A componente educativa também merece uma grande aposta por parte da associação, com o intuito de esclarecer e aumentar o conhecimento relativamente à diabetes, onde se pode destacar a acção “AJDP nas Escolas”. A educação na diabetes tem como objectivo minimizar as situações onde há discriminação contra pessoas com diabetes e promover práticas saudáveis que permitam prevenir a diabetes tipo 2.

“É missão da AJDP continuar a integrar as pessoas com diabetes e levá-las a mostrar que são capazes de tudo! Quero proporcionar aos outros o vislumbre que tive quando finalmente conheci pessoas como eu, há já quase 20 anos, e percebi que afinal a diabetes era só um extra que eu teria que aceitar e celebrar na minha vida. A diabetes bem gerida não me condiciona a vida em nada”, comenta Paula Klose.

A nova presidente da AJDP foi diagnosticada com diabetes aos 13 anos e pertence à AJDP quase desde o início da associação. Assume a presidência com o objectivo de continuar a aumentar o conhecimento das pessoas face à diabetes: “Ainda existem muitas pessoas que não distinguem a diabetes do tipo 1 e a diabetes do tipo 2, e ainda quem pense que a diabetes limita vários factores da vida, como a prática de exercício ou ter filhos, o que não é verdade”.

 

A diabetes

A diabetes do tipo 1 é uma doença crónica, que se desenvolve quando o pâncreas pára de produzir a insulina de que o corpo necessita e, consequentemente, os níveis de açúcar no sangue sobem. A diabetes tipo 2, mais predominante, é caracterizada pela resistência à insulina e é provocada essencialmente por maus hábitos alimentares e sedentários. Estima-se que, em Portugal,  13,1% dos indivíduos têm diabetes, embora quase metade dos casos não estejam diagnosticados (5,7%). A Diabetes tipo 1 afectava, em 2014, 3.365 indivíduos até os 19 anos (0,16% da população no escalão etário), manifestando uma ligeira tendência de crescimento desde 2008 [1]. Em 2014 foram detetados cerca de 18 novos casos por cada 100.000 jovens com idades entre 0-14 anos.

[1] – Dados do Relatório “Diabetes: Factos e Números” de 2014 do Observatório Nacional da Diabetes

 

Sobre a AJDP

A AJDP, Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos, realiza e implementa, há 20 anos, iniciativas educativas, de desporto e de sensibilização para a Diabetes que, pelo seu carácter inédito e arrojado, ajudam os jovens diabéticos a enfrentar os estigmas que a sociedade ainda lhes apresenta. Exemplos dessas iniciativas são a ascensão ao Pico, em 2011, as caminhadas regulares, a colónia de férias anual, a ascensão ao Aconcágua, em 2009, na qual os jovens portugueses foram os primeiros diabéticos insulinodependentes do mundo a subir com sucesso a Via Transversa dos Polacos, a ascensão do Kilimanjaro, em 2005 e a expedição aos Alpes em 2000. Para mais informações sobre a AJDP, consultar: http://www.ajdp.org/ ou http://www.facebook.com/JovensDiabeticos

Gilead apresenta
A Gilead anunciou a atribuição de bolsas, com duração até três anos, a instituições académicas, organizações sem fins...

"Nos últimos 25 anos, a Gilead tem trabalhado com o objetivo de descobrir e desenvolver terapêuticas seguras e eficazes para as pessoas que vivem com o VIH. O melhor tratamento possível seria a erradicação do VIH e este tem sido um foco importante para a área de investigação da empresa ao longo dos últimos sete anos", disse William Lee, Vice-Presidente Executivo da área de Investigação e Desenvolvimento da Gilead. "Curar o VIH representa um enorme desafio. Esperamos que o envolvimento de um grande número de organizações, através destas bolsas, permita avançar mais rapidamente neste campo."

Estas Bolsas Gilead destinam-se a apoiar quatro áreas:

Investigação Translacional - validação do conceito e investigação translacional precoce de novas intervenções terapêuticas com alvo nas células-reservatório do VIH; desenvolvimento de métodos de avaliação dos reservatórios do VIH e do impacto de intervenções terapêuticas dirigidas a esses reservatórios; estudo do impacto das intervenções terapêuticas em indivíduos com infeções agudas por VIH nas células-reservatório.

Estudos de eficácia em modelos animais - modelos animais de SIDA para testar novos conceitos terapêuticos que visam os reservatórios de VIH e/ou melhorar o controlo imunológico do vírus da SIDA.

Financiamento Institucional - programas institucionais na área da cura do VIH.

Grupos comunitários - estudos desenvolvidos entre os indivíduos infetados e nas comunidades afetadas para compreender as eventuais preocupações relacionadas com a investigação clínica da cura do VIH.

 

As organizações interessadas em candidatar-se a uma bolsa devem estar classificadas como organização ou instituição sem fins lucrativos. O prazo para envio da Carta de Intenção é o dia 01 de maio de 2016. O Anúncio de Oportunidade de Financiamento está disponível para download em http://www.gilead.com/HIV-Cure-FOA. As cartas de intenção e todas as questões sobre o anúncio ou requisitos devem ser submetidas diretamente em [email protected]. A Gilead reserva-se o direito de aprovar ou reprovar qualquer candidatura. A atribuição de uma bolsa em qualquer ciclo não implica que uma bolsa subsequente seja concedida sem outras candidaturas e aprovação.

 

Sobre a Gilead

Gilead Sciences é uma empresa biofarmacêutica que investiga, desenvolve e comercializa terapêuticas inovadoras em áreas de necessidade médica não preenchida. A missão da empresa é melhorar os cuidados dos doentes que sofrem de doenças potencialmente fatais. A Gilead desenvolve a sua atividade em mais de 30 países em todo o mundo, e tem sede em Foster City, Califórnia. 

Sociedade Portuguesa de Transplantação satisfeita com a medida
A Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) saúda a medida da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) que altera o...

Nos termos da lei anterior os dadores vivos apenas estavam isentos parcialmente do pagamento de taxas moderadoras, uma vez que a lei só admitia a isenção nos cuidados de saúde primários. No entanto, para que os dadores vivos possam usufruir da isenção necessitam de uma declaração de dador efetivo emitida pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), a qual deverá ser apresentada junto do centro de saúde da sua área de residência (para efeitos de registo da isenção no Registo Nacional de Utentes – RNU).

Susana Sampaio, presidente da SPT, congratula-se com a medida e explica que há muito que esta sociedade advoga a sua implementação. “A isenção total de taxas moderadoras para dadores de órgãos e tecidos é uma medida há muito defendida pela SPT. Recordamos ainda a necessidade de se retomarem os trabalhos de uniformização do estudo dos dadores vivos de rim, de se facilitar e evitar demoras nas instituições hospitalares e nos médicos de família, a marcação dos exames complementares necessários ao estatuto do dador e de se promover a transplantação de dador vivo junto dos profissionais de saúde e das populações.”

A transplantação renal de dador vivo foi alvo duma larga campanha junto da população promovida pela SPT com a parceria do IPST de outra entidades privadas entre 2012 e 2014 com o mote “Doar um rim faz bem ao coração”.

Mais de 265 mil
Mais de 265 mil embalagens de medicamentos e produtos cosméticos foram doados em quase três anos e meio de funcionamento do...

Segundo dados oficias da Autoridade do Medicamento, revelados no boletim Infarmed Notícias, a que a agência Lusa teve acesso, até 1 de março deste ano a indústria farmacêutica tinha doado mais de 265 mil embalagens com um valor estimado superior a 2,2 milhões de euros.

As Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) encomendaram um total superior a 116 mil embalagens de medicamentos, tendo sido já entregues quase 88 mil, equivalente a um montante de quase 577 mil euros.

O Banco de Medicamentos é uma iniciativa inserida no Programa de Emergência Social que tem como objetivo transacionar medicamentos autorizados entre a indústria farmacêuticas e as IPSS.

Este banco permite a distribuição gratuita de medicamentos que nunca entraram em circuito comercial, com o objetivo de aligeirar as dificuldades de acesso dos mais idosos aos cuidados de saúde.

Os laboratórios podem doar medicamentos e produtos de saúde com prazo de validade não inferior a seis meses para que consigam ser usados em perfeitas condições de qualidade e segurança pelos utilizadores das IPSS.

Em perto de três anos e meio de funcionamento, o Banco de Medicamentos já tem a adesão de 44 empresas da indústria farmacêutica e de 94 instituições que são potenciais beneficiárias.

 

Universidade do Porto desenvolve
Investigadoras da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) estão a desenvolver um...

Em declarações à Lusa, uma das coordenadoras do projeto "Implementação do Triplo P numa população em desvantagem social", Orlanda Cruz, disse que "é fundamental que os pais tenham consciência de que o crescimento saudável das crianças está, em grande parte, dependente da forma como eles as educam".

Verifica-se, "com frequência, que os pais sentem dificuldades em educar os seus filhos no dia-a-dia", referiu a coordenadora, para quem "a própria sociedade contemporânea coloca uma série de desafios acrescidos", diferentes dos vividos há uma geração.

Segundo Orlanda Cruz, é frequente que ambos os pais trabalhem longe de casa e a tempo inteiro (e às vezes de forma precária e com horário alargado), sendo pouco o tempo de qualidade passado com os filhos.

"O que fazer quando a criança não cumpre regras, não respeita os limites ou simplesmente não obedece? Esta é a grande questão para um grande número de pais. Por um lado não querem usar da força e bater nas crianças, o que aliás é proibido em Portugal desde 2007, mas por outro lado, não sabem o que fazer", explicou.

O castigo físico e os berros surgem frequentemente em resultado da dificuldade em manter o autocontrolo e em associação com um sentimento de impotência para lidar com os filhos, referiu ainda.

O Triple P - Promovendo a Parentalidade Positiva - é um programa de intervenção parental que ensina aos pais estratégias educativas comprovadamente eficazes, de acordo com os estudos que têm sido feitos em diversos países.

Pretende-se verificar se este programa é igualmente eficaz com um conjunto de mães portuguesas provenientes de meios socioeconómicos desfavorecidos e apoiadas pela Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, onde o projeto está a ser dinamizado pela técnica e investigadora Sandra Nogueira.

O Triple P conta com oito sessões, sendo cinco presenciais e realizadas em grupo (oito a 12 pais) e as restantes três individuais e por telefone.

Ao longo das sessões, os pais aprendem a utilizar estratégias que promovem comportamentos adequados a ter com as crianças e estratégias que diminuem os comportamentos inadequados.

Como consequência, ao longo do programa, os pais percecionam-se a si próprios como mais capazes e mais eficazes a lidar com os filhos, explicou a coordenadora.

Para verificar a eficácia do Triple P é necessário realizar uma investigação em que colaboram dois grupos de pais: um que recebe a intervenção e um grupo de controle.

Sendo ambos os grupos avaliados antes e depois do programa, a verificação de melhorias no grupo que recebeu a intervenção vai permitir concluir que o programa é eficaz no contexto nacional, confirmando o que já foi evidenciado noutros países.

"É suposto que as mudanças se mantenham a longo prazo e para isso fazemos avaliações de seguimento, que podem ser seis, nove ou doze meses depois do final do programa", esclareceu Orlanda Cruz.

Esta é a primeira vez que este tipo de estudo é realizado em Portugal com o Triple P, tendo a investigadora Sandra Nogueira feito uma formação específica em Londres, o que a certifica para aplicar o programa.

O projeto conta ainda com a coordenação da investigadora Isabel Abreu-Lima e a colaboração da investigadora Cátia Sucena, da FPCEUP.

Organização Mundial da Saúde
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje que a região da Europa é a primeira no mundo a interromper a transmissão da...

Nas vésperas do Dia Mundial da Malária, que se assinala no dia 25 de abril, a agência das Nações Unidas para a Saúde diz, em comunicado, que os 53 países da região da Europa alcançaram a meta de erradicar a malária até 2015, contribuindo para o objetivo de "acabar com a malária de uma vez por todas".

"É um grande marco para a história da saúde pública da Europa e para os esforços de eliminação da malária globalmente. Aplaudo esta conquista como o resultado de um compromisso político forte dos líderes europeus com o apoio da OMS", disse a diretora regional da organização para a Europa, Zsuzsanna Jakab, citada no comunicado.

De 90.712 casos autóctones em 1995, a Europa passou para zero casos em 2015.

Segundo o Relatório Mundial da Malária 2015, divulgado em setembro, oito países da região europeia da OMS (Arménia, Azerbaijão, Georgia, Quirguistão, Tajiquistão, Turquia, Turquemenistão e Uzbequistão) ainda tinham transmissão autóctone em 2000, mas em 2014 esta estava confinada ao Tajiquistão.

A Turquia e o Tajiquistão estão na fase de eliminação e os restantes seis países estão já na fase de prevenção da reintrodução.

Apesar do êxito, a OMS lembra que até ser globalmente eliminada, a malária, ou paludismo, pode ser importada para a Europa por viajantes de e para países onde a doença é endémica.

"Não é apenas tempo de celebrar o nosso sucesso, mas também é a oportunidade de manter firme o estatuto de livre de malária que laboriosamente alcançámos. Até a malária ser erradicada mundialmente, as pessoas que viajam de e para países onde a malária é endémica podem importar a doença para a Europa e temos de manter o bom trabalho para prevenir a reintrodução", afirmou a diretora regional da OMS.

Segundo a OMS, a meta de interromper a transmissão local de malária foi alcançada através de uma combinação de compromisso político forte, intensificação da deteção e vigilância dos casos de malária, estratégias integradas de controlo do mosquito que transmite a doença, com o envolvimento da comunidade, colaboração entre países e comunicação com as populações de risco.

A certificação oficial da eliminação da malária é dada pela OMS quando um país regista zero casos de malária adquirida localmente durante pelo menos três anos consecutivos.

"A região europeia foi declarada livre de malária na base da situação atual e da probabilidade de a eliminação poder ser mantida. Isto significa que não podemos baixar a guarda nesta doença", disse o diretor de doenças comunicáveis e segurança da saúde da OMS Europa, Nedret Emiroglu.

O responsável lembrou que a experiência mostra que a malária se espalha rapidamente, pelo que, se os países não ficarem vigilantes e não responderem rapidamente, "um único caso importado pode resultar no ressurgimento da malária" na Europa.

Com efeito, a região europeia já tinha sido declarada livre de malária em 1975, depois de um programa de erradicação lançado pela OMS, mas no final dos anos 80 e início dos 90, a transmissão local da doença tinha recomeçado no Cáucaso, nas repúblicas centro-asiáticas e, com menos gravidade, na Rússia.

Na Turquia, o grande aumento do número de casos registado nos anos 90 foi associado à entrada de numerosos refugiados iraquianos que fugiam da primeira guerra do golfo.

Entre 21 e 22 de julho, a OMS vai organizar a primeira reunião de alto nível para a prevenção da reintrodução da malária, em Ashgabat, Turquemenistão.

A nível global, 3,2 mil milhões de pessoas, quase metade da população mundial, vivem em zonas onde a malária é endémica.

Em 2015, registaram-se 214 milhões de casos e 438.000 mortes por malária, a grande maioria (90%) na África Subsaariana, números que representam uma redução de 37% (na incidência) e 60% (na mortalidade) face a 2000.

A malária é provocada por um parasita que é transmitido aos humanos pela picada de um mosquito. Os primeiros sintomas são febre, dores de cabeça, arrepios e vómitos, e sem tratamento a doença pode tornar-se grave e provocar a morte.

Estudo
Quase metade do sal consumido pelos adolescentes vem do grupo alimentar dos cereais e derivados, onde se inclui o pão, segundo...

Investigadores da Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade de Porto analisaram, durante 2015, o teor de sódio na urina de adolescentes e inquiriram-nos sobre os consumos alimentares das últimas 24 horas.

Concluíram que 41% do sal consumido vinha do grupo alimentar dos cereais, onde o pão “continua a ser um forte contribuidor”, como disse à agência Lusa a investigadora Carla Gonçalves.

Algumas destas conclusões vão ser transmitidas pela equipa portuguesa na reunião que decorre hoje e quinta-feira em Lisboa do grupo para a redução do consumo de sal da Região Europeia da Organização Mundial da Saúde.

O estudo sobre o consumo de sal em adolescentes colocou em segundo lugar os produtos de carne e derivados, contribuindo em 16% para o total de sal ingerido. Seguia-se o leite e derivados (11%) e os molhos e sopas (também com 11%).

No caso da sopa, Carla Gonçalves lembra que se trata de um prato muito rico em termos nutricionais que acaba por ficar prejudicado pelo excesso de sal que lhe é adicionado.

De acordo com dados apresentados há um mês pela Direção-geral da Saúde (DGS), mais de 70% das crianças portuguesas, de oito e nove anos, e mais de 80% dos adolescentes, dos 13 aos 17 anos, consomem sal acima dos valores recomendados.

O relatório “Portugal – Alimentação Saudável em Números 2015” mostra que, na faixa etária dos sete aos oito anos, 74% dos meninos e 70% das meninas têm um consumo de sal inadequado. Dos 13 aos 17 anos, o nível de consumo excessivo de sal aumenta para 84%, nos rapazes, e para 72%, nas raparigas.

“O consumo de sal é uma guerra que temos de continuar a travar”, considera Pedro Graça, coordenador do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.

Segundo o especialista, a reunião de trabalho, à porta fechada, que hoje começa em Lisboa, serve essencialmente para cerca de 20 países europeus exporem o que têm feito para reduzir o consumo de sal pelas populações.

As estratégias de redução do consumo de sal na região europeia têm sido dirigidas para a educação da população e pela tentativa de reformulação da oferta alimentar, trabalhando em pareceria com a indústria.

Em Portugal, a DGS está a trabalhar com a indústria e com a restauração de forma a reduzir 4% ao ano o sal que é oferecido nos produtos alimentares.

Alívio dos sintomas
Perturbações do sono, stress, hábitos alimentares e até mudanças bruscas de temperatura podem estar

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 75 por cento da população, entre os 18 e os 65 anos, sofre de dores de cabeça (enxaquecas ou cefaleias de tensão).

Em Portugal, estima-se que um em cada sete adultos sofra de enxaquecas, sendo as mulheres as mais afetadas.

Entre as causas, que podem ser genéticas, encontram-se as alterações dos padrões do sono, stress ou ansiedade, alterações climatéricas ou os maus hábitos alimentares. Sabe-se, aliás, que passar por longos períodos de jejum ou ter uma dieta pobre em determinados nutrientes pode potenciar o aparecimento e agravamento destes sintomas.

Magnésio, selénio, ómega-3 e vitamina B12, a par dos antioxidantes, são os nutrientes que deve privilegiar, à mesa, se quiser combater as dores de cabeça.

O papel do magnésio neste combate tem sido demonstrado em vários estudos. A concentração deste nutriente no nosso organismo afeta os receptores de serotonina, responsável por regular a percepção da dor e a nossa disposição, bem como outros receptores e neurotransmissores relacionados com a enxaqueca.

Por outro lado, o magnésio tem uma ação relaxante que pode ajudar a aliviar a dor de cabeça, quando a sua causa se deve ao stress ou ansiedade, e tensão pré-menstrual.

Recomenda-se, deste modo, a ingestão diária de 350 a 400mg de magnésio, presente em alimentos como o espinafre, amêndoas, sementes de abóbora, alcachofra, feijão preto ou chocolate.

O selénio presente no salmão, ostras ou farelo de trigo, por exemplo, protege-nos dos radicais livres.

Na realidade, este mineral tem a capacidade de eliminar os metais tóxicos do nosso organismo, que não só contribuem para o aumento dos radicais livres como podem causar sintomas de enxaqueca e potenciar o desenvolvimento de doenças neurológicas, como Alzheimer ou Parkinson.

Especialistas em nutrição recomendam que ingira, pelo menos, 55mg deste mineral por dia.

O ómega-3 presente no salmão, sardinha, arenque, atum ou semente de linhaça tem uma ação anti-inflamatória.

O consumo em excesso de gorduras e produtos refinados promove a produção de substâncias que desencadeiam estados inflamatórios, causando a dilatação dos vasos e, consequentemente, promovendo o aparecimento de dores de cabeça.

A ingestão de apenas 2g por dia de ómega-3 garante-lhe proteção contra estes estados.

A vitamina B12, por seu lado, é essencial para o funcionamento do sistema nervoso, evitando alterações de sensibilidade no corpo que podem conduzir às dores de cabeça.

Ao redor dos nossos nervos existe a chamada bainha de mielina que, para além de servir de “capa” protetora, atua ao nível da passagem do estímulo nervoso.

A carência de vitamina B12 é capaz de provocar uma falha nesta “barreira” protetora dos nossos nervos

Atum, ovos, leite ou marisco são alimentos ricos em vitamina B12.

As substâncias antioxidantes são, também, vivamente aconselhadas para o combate à dor de cabeça. Tal como o magnésio, têm a capacidade de combater os radicais livres e libertar o nosso organismo de substâncias tóxicas. Esta ação contribui para o equilíbrio metabólico, melhorando a circulação e amenizando, como consequência, os sintomas da dor.

Cenoura, mamão, vegetais de folha verde e óleos vegetais são exemplos de alimentos ricos em antioxidantes. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Despacho
Os pais passam a poder assistir ao nascimento dos filhos quando o parto ocorre por cesariana e os hospitais têm três meses para...

Um despacho publicado hoje em Diário da República vem estabelecer a possibilidade de o pai, ou outra pessoa significativa, estar presente no bloco operatório para assistir ao nascimento de uma criança por cesariana.

O diploma recorda a necessidade de individualizar e humanizar os cuidados, sem que isso colida com a qualidade e segurança que foram sendo alcançadas no parto em meio hospitalar.

As maternidades ou hospitais com bloco de parto têm três meses, a partir de hoje, para aplicar as medidas necessárias de forma a poder receber os pais dos bebés no momento da cesariana.

Deve ainda ser possibilitado ao pai ou acompanhante permanecer junto do recém-nascido durante o recobro da mãe e até à sua transferência para o internamento.

Sempre que a equipa médica considere que há uma situação clínica grave que desaconselha a presença no bloco do acompanhamento deve transmitir essa informação à mãe.

A parturiente e o acompanhante devem expressar previamente a sua autorização e vontade de assistir ao parto por cesariana.

Os hospitais terão de assegurar condições para que exista um local onde o pai possa trocar de roupa e colocar os seus pertences de forma adequada e terão de definir um circuito em que o acompanhante possa movimentar-se sem pôr em causa a privacidade de outras utentes nem o funcionamento do serviço.

Este despacho, assinado pelos secretários de Estado Adjunto da Saúde e da Cidadania e Igualdade, vem dar cumprimento a uma resolução do parlamento que recomendava que se clarificasse o direito de acompanhamento das grávidas, nomeadamente durante os partos por cesariana.

Ao natural ou em chocolate
A estimativa da ONU de que em 2030 o mundo vai ter 8,5 mil milhões de pessoas abriu o diálogo sobre alimentos alternativos...

É neste contexto que há quem veja nos insetos o nutriente do futuro, como uma empresa francesa que os comercializa "ao natural" ou em chocolates ou bolachas.

No seu regulamento sobre os ‘Novos Alimentos’, a União Europeia (UE) sublinhou em novembro passado que o consumo de insetos é prática comum em vários outros países, como em algumas culturas originárias da África, Ásia ou América Central.

Conforme o regulamento da UE, os insetos estão incluídos na definição de novos alimentos como “ingredientes alimentares obtidos a partir de animais”, equiparados a outras partes como patas, cabeça ou asas.

Antes da UE, a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO, sigla em inglês) já tinha publicado um relatório sobre este novo alimento há três anos sob o título de “Insetos Comestíveis: Perspetivas Futuras para a Segurança Alimentar”.

Segundo a FAO, “os insetos como alimento para humanos e para animais emergem como um assunto especialmente relevante no século XXI devido ao custo crescente da proteína animal, à insegurança alimentar, às pressões ambientais, ao crescimento da população e à procura crescente de proteína animal por parte das classes médias”.

O consumo de insetos surge como uma alternativa interessante a outros alimentos e a aposta na produção dos mesmos começa a aparecer na Europa. É o caso de um casal de franceses que se estabeleceu em Málaga, Espanha, referido pela agência espanhola EFE.

Uma das responsáveis pela exploração agrícola, Leticia Giroud disse que a sua intenção não passa pela venda da produção em Espanha, por ainda não ter autorização para tal, mas afirma que “as coisas estão a mudar” graças ao relatório da UE que vai “harmonizar a situação no território”.

Por enquanto, as toneladas de insetos desidratados destinados ao consumo humano que produzem são exportadas para o estrangeiro e vendidas a clientes que os incorporam em produtos como massa ou biscoitos.

Em França, uma empresa chamada ‘Micronutris’ faz produtos semelhantes. Produz larvas ou grilos e vende-os ao natural ou sob forma de outros alimentos integrados em chocolates, biscoitos e massas.

Para além dos benefícios para a saúde e para a sustentabilidade económica, a Micronutris menciona que a produção de insetos é também uma mais-valia ambiental. Para o seu equivalente em carne bovina, um inseto consome sete vezes menos vegetais, 50 vezes menos água e produz 100 vezes menos gás com efeito de estufa.

A produtora estabelecida em Espanha pensa que o consumidor europeu já “está pronto” para incorporar insetos na sua dieta e defende que a “produção animal sustentável passa por animais invertebrados e por insetos”, uma tendência que vem da “forte pressão da FAO e da Organização Mundial da Saúde”.

Os insetos já fazem parte das ementas de alguns restaurantes de alta cozinha e a regulamentação da UE visa tornar mais segura a sua produção e o consumo pelo cidadão comum.

Investigadora defende
A investigadora Dora Brites defendeu hoje a criação de centros de referência para a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma...

“Não é fácil diagnosticar esta doença, muitas vezes chega a demorar um ano, porque os sintomas não são logo muito evidentes e podem ser causados por outras patologias”, disse à agência Lusa a investigadora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.

Por outro lado, se o médico não estiver bem mobilizado para a doença também pode dificultar o diagnóstico, porque a doença tem várias causas, adiantou Dora Brites, organizadora do Simpósio “Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA): Ciência e Sociedade”, que decorre na sexta-feira e no sábado, em Lisboa.

Para Dora Brites, deveria haver “centros de referência em Portugal onde o clínico, por suspeita de se poder tratar de uma doença do foro neuromuscular, pudesse enviar os doentes com alguma brevidade para poderem ser acompanhados numa consulta de especialidade”.

“É uma doença muito desgastante” e “os familiares são postos perante um problema que não têm como resolver, não há locais específicos para os apoiar”, adiantou.

A doença manifesta-se muitas vezes por dificuldade em segurar objetos, dormência e dificuldade na fala. Depois começa a haver enfraquecimento dos músculos, dificuldades na deglutição e insuficiência respiratória, a principal causa de morte na ELA.

“Há muitos casos em que a deterioração é muito notória. É impressionante ver uma pessoa que contactamos e que aparentemente está quase bem e em seis meses passa para uma cadeira de rodas e começa a não conseguir falar", contou a investigadora.

A maioria das pessoas nunca ouviu falar da ELA, a doença que matou o músico Zeca Afonso e paralisou o físico Stephen Hawking e que foi alvo, no verão de 2104, da campanha mundial do balde de água fria para angariar fundos para os doentes.

Apesar de os portugueses terem aderido ao desafio, “a sociedade não conhece a doença”, disse Dora Brites, que lidera um projeto de investigação, que venceu o Programa de Investigação Científica da ELA, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

“Enquanto nos outros países se viu crescer o investimento na investigação que é feita na doença [com a campanha], em Portugal não teve retorno”, lamentou.

Dar a conhecer a ELA e o que se tem vindo a alcançar na investigação e na prestação dos cuidados de saúde aos doentes são objetivos do simpósio, que foi pensado na sequência do prémio da Santa Casa.

O objetivo da equipa liderada por Dora Brites é identificar e caracterizar os fatores que levam à toxicidade celular e à consequente morte das células neuromotores.

“O que se pretende hoje em dia é descobrir, o mais possível, os alvos, os locais em que alguma coisa corre mal e porque é que corre mal, e tentar usar células nervosas dos próprios doentes” para tentar travar ou prevenir a progressão da doença, que tem uma sobrevida entre três a cinco anos.

Pretende-se “criar um ambiente que, em vez de ser prejudicial às células que estão a ser colocadas, passe a ser benéfico ou protetor de maneira a que as células possam sobreviver mais tempo”, explicou.

A terapêutica que existe apenas aumenta a esperança de vida em três meses, o que significa que “não é eficaz”.

“Internacionalmente, os laboratórios estão a investir muitíssimo no ensaio de novos compostos para ver até que ponto é que conseguem, se não curar, pelo menos atrasar a progressão da doença”, disse.

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