Boletim de Vigilância Epidemiológica Gripal
A taxa de incidência de síndroma gripal mantém atividade baixa pela sexta semana consecutiva, tendo desde o início da época...

“A taxa de incidência de síndroma gripal foi de 11,7 por 100.000 habitantes, encontrando-se na zona de atividade basal pela sexta semana consecutiva”, segundo o Boletim de Vigilância Epidemiológica Gripal, relativo à semana entre 04 e 10 de abril.

Desde o início de 2016 e até dia 10 de abril, salienta o relatório, “foram notificados 1.072 casos de síndroma gripal, dos quais 430 (40%) foram positivos para o vírus da gripe e 229 positivos para outros vírus respiratórios.

Em relação ao período que compreende setembro de 2015 e 10 de abril, a Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe notificou 6.031 casos de síndroma gripal, tendo o pico mais alto sido registado entre a segunda e a quarta semana de 2016.

Durante a época 2015-2016, a atividade gripal tem sido sempre baixa, ao contrário do que aconteceu durante a época de 2014/2015, em que a atividade chegou a estar muito alta, refere o documento.

Segundo o boletim, a nível europeu, 41 países reportaram dados de atividade gripal, tendo 10 referido uma atividade gripal de intensidade média e 31 indicado baixa atividade.

Apenas três de 41 países “reportaram uma tendência crescente da atividade gripal e os restantes reportaram um declínio ou estabilidade da atividade gripal”, acrescenta o boletim.

Estudo
A falta de estruturas de apoio ao doente mental na Lezíria e Médio Tejo e a necessidade de normalizar procedimentos nos...

O relatório do Estudo da Saúde Mental na Lezíria e Médio Tejo 2015 foi apresentado no Fórum "Saúde Mental", organizado pela Rede Social – Plataforma Supra Concelhia da Lezíria do Tejo e Médio Tejo, que encerrou a Semana da Saúde promovida pela Câmara Municipal do Cartaxo.

Liliana Silva, da Farpa – Associação dos Familiares e Amigos dos Doentes Psicóticos, que integrou o grupo de trabalho que realizou o estudo, disse que os dados relativos à região espelham a realidade nacional, com a diferença de que se trata de um território muito extenso, disperso e diversificado, com concelhos em que o isolamento dos doentes é “preocupante”.

Os dados revelam que existe maior prevalência de doenças mentais nos concelhos de Santarém, Benavente, Torres Novas e Abrantes, sendo, contudo, mais elevada proporcionalmente nos concelhos de Coruche, Almeirim Ourém e Tomar.

A doença mental com mais casos registados é a depressão, seguindo-se o abuso do álcool, as demências e as alterações de memória.

Os problemas de saúde mental afetam mais as mulheres, à exceção da esquizofrenia, abuso de álcool e drogas, que afetam mais os homens.

Nos jovens os casos mais referenciados são o abuso agudo do álcool e drogas, o suicídio/tentativa de suicídio, a anorexia e a bulimia.

A demência e as alterações de memória registam-se sobretudo nas populações mais idosas.

“Uma coisa o estudo comprovou: a sensibilidade dos técnicos estava correta. Existe de facto uma divergência acentuada entre a realidade e as estruturas que dão resposta”, disse Hélder Trigo, do Centro de Respostas Integradas do Ribatejo, frisando que os serviços de psiquiatria e os hospitais de dia estão sem capacidade de resposta e as equipas locais de cuidados não estão preparadas para lidar com estas situações.

Liliana Silva afirmou que experiências em Portugal e em outros países demonstraram os benefícios dos cuidados integrados na comunidade, sublinhando Hélder Trigo ganhos como a redução das terapêuticas, a sua maior funcionalidade e poupança de recursos, além da importância da integração e da redução do estigma.

O estudo revela que na Lezíria apenas existe uma unidade socio-ocupacional (da Farpa, em Santarém, com capacidade para 10 pessoas), sendo que a existente em Torres Novas (com a mesma capacidade), embora esteja equipada há mais de três anos, continua sem licenciamento nem acordo com o Estado.

Para Liliana Silva, é fundamental que se decida a articulação entre a Segurança Social, que assegura o financiamento às instituições particulares de solidariedade social, e o Ministério da Saúde, de forma a permitir candidaturas específicas nesta área a fundos comunitários.

Parlamento Europeu
A decisão do Parlamento Europeu, para autorizar a utilização, por mais sete anos, do pesticida glifosato, é considerada pelos...

Já a Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA), que representa os comercializadores de fitofarmacêuticos, congratula-se com o resultado da votação, que decorreu na quarta-feira, em Estrasburgo, e recorda que "o glifosato representa uma ferramenta fulcral para a produtividade e competitividade da agricultura portuguesa".

Depois do processo ter sido suspenso no início de março, por pressão de alguns países, o plenário do Parlamento Europeu aprovou a renovação, por sete anos, em vez do prazo inicialmente proposto de 15 anos e com restrições, da comercialização do glifosato, um composto classificado como "potencialmente cancerígeno", pela Agência Internacional de Investigação sobre Cancro.

A resolução, com 374 votos a favor, 225 contra e 102 abstenções, pede que a utilização de glifosato se limite a "usos profissionais" e exclua parques, zonas de jogos ou jardins.

Em Portugal, as autarquias usam este produto para retirar as ervas daninhas de jardins ou outros locais públicos.

A decisão do Parlamento Europeu "não protege a saúde nem o ambiente e não respeita a ciência", criticou a ambientalista Margarida Silva, em declarações à agência Lusa.

Para a investigadora, cientista e ativista da Plataforma Transgénicos Fora, trata-se de "uma profunda cedência aos interesses económicos da indústria dos agroquímicos, interessados na comercialização de substâncias que são tóxicas" e causam problemas na saúde.

"Basta ser carcinogéneo para não poder ser aprovado como pesticida e a Organização Mundial de Saúde já disse que [o glifosato] é", acrescentou Margarida Silva para quem "este não foi um processo honesto e transparente".

Alexandra Azevedo, da Quercus, associação ambientalista que tem um projeto para incentivar as autarquias a deixarem de utilizar a substância, concorda, mas salientou à Lusa que, no entanto, a decisão do Parlamento Europeu foi "a menos má, pois, mais 15 anos, seria pior, por isso, sete anos é uma pequena vitória", e recordou os vários estudos científicos a apontar para o perigo deste pesticida.

Em comunicado, a ANIPLA refere que, "não sendo uma decisão vinculativa, pois a licença do glifosato expira em junho do presente ano, o próximo passo passa pela votação, em maio, do Comité Científico competente, que aprovará ou rejeitará a proposta da Comissão, por maioria qualificada".

Na decisão final, "esperamos que os Estados membros e a Comissão Europeia tenham em consideração a mensagem de aprovação da renovação do glifosato, do Parlamento Europeu, legítimo representante dos cidadãos da União Europeia", refere o diretor executivo da ANIPLA, António Lopes Dias, citado no comunicado da organização.

Na ESEnfC
Uma mesa-redonda intitulada “Crise dos Refugiados na Europa: desafios para os profissionais e sistemas de saúde” integra o...

Moderada pelo jornalista Joaquim Reis (RTP), a mesa-redonda, com início às 9h00, no Auditório do Polo A da da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) (zona de Celas), terá como intervenientes as professoras Ana Paula Monteiro (ESEnfC, Portugal), Kristel Liesenbourghs (UC Leuven Limburg, Bélgica), Liv Berit Thulin e Liv Utne (Bergen University College, Noruega).

Durante esta semana, os estudantes do 4º ano da licenciatura em Enfermagem estão a comparar, contrastar e analisar informação relacionada com o desenvolvimento da Enfermagem e da educação em Enfermagem em diversos países.

O que se pretende, neste seminário, é que os futuros profissionais de saúde aumentem competências para prestarem cuidados de Enfermagem culturalmente congruentes e culturalmente específicos, melhorando o potencial para o exercício da Enfermagem em contextos multiculturais.

Analisar os fatores históricos, sociológicos e ideológicos que influenciam a saúde e a doença, bem como o impacto que têm no planeamento e promoção da saúde, explorando criticamente o papel, status e funções do enfermeiro nos diversos países, são outros objetivos da Semana Transcultural na ESEnfC.

Pessoas com Diabetes
Vigiar os valores de glicemia através das medições é indispensável no dia-a-dia das pessoas com diabetes. São estes dados que...

O Glucocard SM abre portas a uma nova geração de medidores – os Blood Glucose Smart Meters. Com tecnologia bluetooth Smart, este equipamento envia os resultados dos testes de glicemia para uma app, chamada Glucolog Lite, instalada no smartphone. Os resultados podem ainda ser transferidos para um computador ou enviados por email e/ou sms para um cuidador, educador ou profissional de saúde.

Estas possibilidades de comunicação permitem aumentar a qualidade da gestão da Diabetes não só pelos doentes, mas também pelos profissionais de saúde e pelos cuidadores informais, como a família ou os amigos.

O Glucocard SM é um Glucose Smart Meter, também, porque foi pensado para uma melhor e mais fácil utilização. Não necessitando de calibração, dispõe de marcadores de refeição, possui botão de ejeção da tira teste e usa uma micro gota de sangue. Dispõe ainda de um ecrã com números grandes e luz na entrada da tira, facilitando a execução dos testes, que são precisos e fiáveis, indo ao encontro das exigências da norma ISO 15197:2013.

“Conhecer a diabetes é essencial para poder fazer um bom controlo da doença, sendo o principal fator para o sucesso do seu tratamento. O Glucocard SM foi criado para facilitar um importante passo na gestão da diabetes: a medição da glicemia. Através de uma app no smartphone é possível registar, aceder e gerir todas as medições efetuadas. A comunicação é imediata e a informação está disponível e pode ser partilhada a qualquer momento”, esclarece Pedro Branco, Diretor-geral da Menarini Diagnósticos.

15 de Abril - Dia Mundial da Doença de Pompe
Por ocasião do Dia Mundial da Doença de Pompe, a Associação Portuguesa de Neuromusculares e a Sanofi Genzyme, pretendem alertar...

A doença de Pompe é uma doença neuromuscular rara, debilitante e progressiva, cujas manifestações clínicas são extremamente variáveis e podem ocorrer, quer durante a infância, quer na idade adulta.

A forma infantil é, normalmente, mais grave. A forma juvenil, tardia ou adulta, tem uma progressão mais lenta mas é de difícil diagnóstico, pois os sintomas são idênticos aos de muitas outras doenças. Os sintomas podem manifestar-se desde o nascimento e caracterizam-se pelo enfraquecimento muscular, e em alguns casos falta de ar provocada por fraqueza dos músculos respiratórios.

Tal como ilustra o Joaquim Brites, presidente da APN, “a doença de Pompe é uma doença genética e progressiva que provoca perda de força muscular, necessitando os doentes a quem foi diagnosticada, de apoios e/ou ajudas técnicas, como por exemplo o recurso, por vezes, a uma cadeira de rodas. É fundamental ter em conta estes e outros sintomas para avançar com um diagnóstico ainda numa fase inicial para que a terapêutica seja mais eficaz.”.

Segundo o Dr. Luís Brito Avô, coordenador do Núcleo de Estudos de Doenças Raras da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, “a Doença de Pompe é uma Doença de Lisossomal de Sobrecarga e simultaneamente uma Glicogenose. È uma doença genética em que por mutações do GENE AGA, codificador do enzima α-Glucosidase acida, provocam a sua deficiência, do que decorre uma acumulação de Glicogénio (proteína que armazena o açúcar glucose) nos músculos corporais, no músculo cardíaco e em outros tecidos. Este facto provoca inflamação e disfunção dos músculos afetados.”.

Em relação aos sintomas da doença, o Dr. Brito Avô deixa o alerta: “Na sua forma infantil, de maior gravidade, os sintomas instalam-se logo no 1º ano de vida com significativo deficit da força dos músculos respiratórios e envolvimento cardíaco, originando uma miocardiopatia grave. Se não tratados os doentes morrem por insuficiência cardiorrespiratória na sua maioria logo no 1º ano de vida. Na forma juvenil e do adulto geralmente o envolvimento cardíaco é discreto e instala-se deficit progressivo da força muscular inicialmente nos músculos proximais das pernas e região lombar, mais tarde também dos membros superiores e na fase mais adiantada dos músculos respiratórios e também da face e pescoço, provocando dificuldade mastigatória e da deglutição. Quando não tratados, os doentes ficarão dependentes para as atividades básicas da vida diária, perdem a marcha e ficam confinados ao uso de cadeira de rodas. A dificuldade respiratória irá provocar apneia do sono, e na fase mais grave dependência de ventilação mecânica assistida. As causas de morte são a insuficiência respiratória e as suas complicações ou a rotura de aneurismas de vasos cerebrais que são também afetados por alterações da camada muscular das suas paredes, o que causa os aneurismas.”.

Hoje em dia é possível rastrear a doença com um método em tudo semelhante ao teste do pezinho, que consiste na recolha de gotas de sangue em papel de filtro - teste em gota de sangue seca (DBS, dry blood spot).

O tratamento da doença é feito através da terapêutica enzimática de substituição (TSE), uma terapêutica que comemora este ano dez anos e que permite atuar diretamente na fonte do problema, ou seja, substituir a enzima deficitária. O efeito terapêutico para este medicamento é tanto maior quanto mais prematuramente for diagnosticada a doença, preferencialmente em estadios ligeiros do envolvimento clínico, para se obter uma resposta terapêutica maior e sustentada. Para isso, é essencial que a doença seja conhecida pela população geral e reconhecida precocemente pelos médicos.

Para o Dr. Brito Avô, “felizmente existe desde há uma década a terapêutica de substituição enzimática, através de uma enzima sintética que substitui a enzima natural em falta, permitindo a metabolização do glicogénio acumulado e melhoria dos sintomas da doença. Apesar de ainda não se registar uma quebra significativa da mortalidade da doença, consegue prolongar-se dramaticamente a sobrevida e a qualidade de vida dos doentes. Estão atualmente em Portugal 31 doentes sob este regime terapêutico, sendo a sua eficácia muito promissora”.

Especialista revela
A cada hora e meia, uma pessoa morre nos hospitais portugueses com pneumonia, doença que afeta cada vez mais pessoas e que...

Num encontro com jornalistas destinado a divulgar alguns números da pneumonia em Portugal, como investimento e incidência, o médico pneumologista no Hospital Pulido Valente indicou que por dia são internadas 81 pessoas por pneumonia em Portugal Continental.

Destes internados, 16 irão falecer, o que representa um óbito a cada 90 minutos, indicou o especialista baseando-se num levantamento feito ao longo de 10 anos (entre 2000 e 2009), que espelham a tendência atual, já que “há cada vez mais internamentos e a mortalidade não diminuiu”.

“Esta tendência revela que a incidência da pneumonia aumenta, porque cada vez vivemos mais e com doenças crónicas que predispõem para a pneumonia”, disse, acrescentando que “a pneumonia vai continuar a ser uma das principais causas de internamento no SNS [Serviço Nacional de Saúde] ”.

Esta doença tem custos diretos para o Estado de 80 milhões de euros por ano, o que significa que por dia se gastam 218 mil euros apenas com tratamento e internamento, já que estão excluídos os custos indiretos, como o absentismo laboral.

“Em cada quatro dias e meio gastamos um milhão de euros”, sublinhou Filipe Froes, considerando urgente reduzir estes números através de uma reforço da aposta no tratamento, mas sobretudo na prevenção.

A vacinação, o antitabagismo, a alimentação saudável, a atividade física e uma boa higiene oral são fundamentais para reduzir a incidência das pneumonias e das outras doenças crónicas, designadamente aquelas que muitas vezes resultam em pneumonia.

Os dados estatísticos relativos a este período de dez anos demonstram ainda que os doentes que acabaram por falecer tinham, maioritariamente, mais de 65 anos e que quem morre menos são as pessoas de 29 anos.

A título de curiosidade, o médico, consultor da Direção-Geral da Saúde (DGS) para as doenças respiratórias, revelou ainda que nos hospitais a mortalidade aumenta à sexta-feira e durante o fim de semana e que o dia em que se morre menos é a quarta-feira.

“Há uma certa tendência para ir morrer aos hospitais, uma hospitalização da morte, são as chamadas pneumonias de fim de vida”, disse, considerando que uma melhoria dos cuidados continuados e domiciliários em Portugal poderão conduzir a uma diminuição desta realidade, à semelhança do que já acontece no norte da Europa, onde são “criadas condições para as pessoas morrerem em casa”.

O médico considera que este tipo de apoio poderá também contribuir para uma melhoria do tratamento e da prevenção da pneumonia.

Numa perspetiva de derrubar mitos sobre esta doença, Filipe Froes disse que apesar de haver mais internamentos no inverno, a pneumonia não é uma doença sazonal, tanto que é no verão que mata mais.

“Em termos proporcionais, a taxa de mortalidade é maior no verão. A conclusão é que morre-se mais de pneumonias mais graves: há menos pneumonia, mas esta é mais grave, por causa dos agentes”, afirmou.

Há cerca de um mês foi divulgado o relatório anual do Programa Nacional das Doenças Respiratórias da DGS, que já apontava para a alta taxa de mortalidade de pneumonia, que surgia como a principal causa de mortalidade respiratória.

No entanto, Filipe Froes sentiu necessidade de apresentar estes números dissecados do global, por considerar que num relatório anual das doenças respiratórias é impossível haver detalhe sobre cada patologia.

Além disso, dados de dez anos mostram uma evolução e apontam para uma tendência pois incluem na contabilização “anos muito bons” e “anos muito maus”, como foi 2009 (o da gripe A) ou, como se “detetou recentemente”, 2004 e 2005.

Em Coimbra
O XXI Encontro de Medicina Nuclear, que se realiza na sexta-feira e no sábado, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra,...

O evento, que junta cerca de 250 pessoas, vai ser "mais um passo" para se encontrar "a melhor estratégia para promover uma aprendizagem" que acompanha a evolução da medicina nuclear - uma especialidade que se tem desenvolvido "a um ritmo muito intenso", disse o presidente da comissão organizadora do encontro, João Pedroso Lima.

Segundo o responsável, "há um grande caminho a percorrer" por parte de Portugal "e de outros países" na adaptação dos programas formativos a uma nova realidade, em que surgem aspetos que "não são da medicina nuclear".

O surgimento de equipamentos híbridos e a junção de equipamentos de medicina nuclear aos de radiologia "obriga, por parte dos profissionais, a um conhecimento das técnicas para se tirar o maior aproveitamento", sublinhou o também presidente do Colégio de Medicina Nuclear da Ordem dos Médicos.

Os programas de formação "têm de envolver conteúdos que não são tradicionalmente de medicina nuclear".

O também diretor da Unidade de Gestão Intermédia de Meios Complementares de Diagnóstico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) sublinhou ainda que, a nível nacional, há uma "imensa falta de físicos com formação em medicina nuclear", bem como de farmacêuticos especializados.

"É necessária uma maior intensidade de formação de físicos médicos", frisou.

O evento, que começa na sexta-feira no centro de congressos do CHUC, às 09:00, termina ao fim da manhã de sábado.

Ao longo dos dois dias será debatida a formação e treino de medicina nuclear dos diferentes profissionais, bem como uma técnica híbrida que ainda não é aplicada em Portugal.

O evento conta com a participação de alguns especialistas estrangeiros, como Francesca Pons, do Hospital Clínico de Barcelona, Valerie Lewington, do King´s College de Londres, e Jan Pruim do Centro Hospitalar e Universitário de Groningen.

Novas instalações
O Instituto Português de Oncologia do Porto inaugura na segunda-feira as novas instalações de Imagiologia Mamária, que passa a...

Em declarações a propósito da comemoração dos 42 anos de funcionamento do instituto, o presidente do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO-Porto), Laranja Pontes, disse que se trata de “uma instalação modelar única com dois mamógrafos, um dos quais custou cerca de 450 mil euros, e dois ecógrafos que vão permitir a complementaridade de exames e duplicar a capacidade de resposta do Instituto nesta área”.

Na cerimónia dos 42 anos do IPO/Porto, que se assinalam segunda-feira, será também apresentado o novo plano estratégico (2016-2018), que segundo Laranja Pontes “irá continuar a apostar na capacitação do doente e na melhoria da qualidade dos cuidados de saúde”.

Para o presidente do IPO-Porto, “a revolução na saúde nos próximos anos está muito associada ao mundo digital, por isso o instituto pretende capacitar os seus doentes de ferramentas que lhes permita utilizar os dispositivos móveis para comunicar com o Instituto”.

O novo plano estratégico irá “reforçar a aposta na inovação, nas redes colaborativas e novos programas operacionais, mantendo a reputação como instituição de referência na prestação de serviços de saúde na área da oncologia”, acrescentou Laranja Pontes.

“Queremos integrar uma estrutura que começa a desenhar-se na Europa e que se chama Cancer Core Europe – que inclui um conjunto de instituições que são reconhecidas pela sua dimensão, qualidade e investigação”, disse.

Isso implica “fortalecer cada vez mais a nossa componente de investigação” e, para isso, “vamos assinar um consórcio ainda mais robusto com o i3S” - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, que integra várias unidades de investigação da Universidade do Porto, referiu.

“Esta é uma estrutura de investigação muito forte que associado a um hospital de grandes dimensões como o nosso, com 10 mil novos doentes por ano, tem perspetivas de reconhecimento internacional muito mais fortes. É isso que estamos a tentar fazer, juntar-nos para sermos mais robustos”, frisou.

Outro dos objetivos do novo plano estratégico será reforçar a relação com os doentes, sem que para isso sejam necessárias consultas presenciais. Ou seja, explicou, “iremos reforçar com mais meios humanos o centro de contactos que se encarregará de fazer inquéritos quando os doentes vêm a tratamentos, introduzindo depois essa informação na respetiva ficha clínica”.

“O médico fica a saber o que se está a passar e não precisa do doente cá, podendo-se espaçar mais as consultas. Vai dar origem a mais comodidade para os doentes, menos despesa e mais controle da situação pela nossa parte”, sustentou.

O presidente do IPO/Porto congratulou-se ainda com o facto de o instituto ser o hospital nacional com maior Índice de Case-Mix (proporção de doentes com patologias complexas) e o segundo (depois do IPO/Coimbra) mais barato, no que se refere ao preço por doente padrão tratado.

Estudo
Um estudo da Universidade de Toronto sugere que a ingestão de paracetamol ou acetaminofeno pode prejudicar a sua capacidade de...

Para a realização do estudo, foram analisados 62 voluntários – metade ingeriu 1 grama de paracetamol e os restantes tomaram apenas placebo. Depois, todos tiveram de executar as mesmas tarefas: carregar num botão quando a letra F aparecesse e não pressionar caso o ecrã mostrasse a letra E.

O grupo que tomou paracetamol, escreve o jornal i, não só carregou mais vezes no botão quando aparecia a letra E, como deixaram passar várias vezes a letra F sem pressionar o dispositivo.

Para os investigadores, este efeito secundário é perigoso principalmente por passar despercebido à maior parte dos pacientes.

No ano passado
Banco português ajudou pacientes portugueses e estrangeiros no ano passado. Estão inscritas 385 mil pessoas e é o segundo maior...

Portugal tem o segundo maior banco de dadores de medula do mundo por milhão de habitantes, apenas atrás dos Estado Unidos, com 385 323 de inscritos. Um número que não tem parado de crescer e que nos últimos cinco anos (2011-2015) permitiu realizar 565 transplantes em doentes em Portugal e no resto do mundo. No ano passado as dádivas nacionais ajudaram pacientes de 18 países estrangeiros, escreve o Diário de Notícias.

Em 1998 o banco de dadores de medula (Cedace) tinha 597 inscritos. Em 2011 eram mais de 277 mil e no ano passado a fasquia estava nos 385 mil inscritos. "Um caso de sucesso", afirma Hélder Trindade, presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST). Dádivas que atravessam fronteiras. No ano passado realizaram-se 104 transplantes nacionais e internacionais com dadores do Cedace. Das colheitas, 32 ficaram em Portugal e as restantes foram para doentes de 18 países, com destaque para os Estados Unidos, Itália, Alemanha, Espanha ou Inglaterra.

Um intercâmbio possível porque Portugal faz parte do registo internacional que junta os bancos de dadores de medula de vários países - 23 milhões de inscritos -, aumentando as probabilidades de se encontrar um dador. E é por isso que dos 77 transplantes de medula que se realizaram em hospitais portugueses no ano passado com recurso a dadores não aparentados, 43 foram com estrangeiros. A larga maioria (32) da Alemanha e dos Estados Unidos (5). Os restantes foram colheitas de Espanha, Bélgica, França, Itália, Inglaterra e Israel.

Existem dois tipos de transplantes de medula: autólogo (que usa sangue do próprio) e alogénico (usa material de pessoas geneticamente diferentes do doente e que podem ser familiares ou não aparentados). Dos seis hospitais em Portugal que realizam transplantes de medula, apenas três fazem transplantes alogénicos: Santa Maria, IPO do Porto e IPO de Lisboa. "A área da transplantação de medula em Portugal está a funcionar muito bem, com um aumento de 21% de 2014 para 2015", refere Hélder Trindade.

Obras para aumentar resposta
O serviço mais antigo é o do IPO de Lisboa, criado em 1987. Já fez mais de 2000 transplantes a adultos e crianças: o doente mais novo tinha três meses, o mais velho 71 anos. A média de internamento é de 25 dias. "Atualmente temos nove quartos e prevemos expandir para 12. O valor do investimento é de 1,5 milhões de euros", explica Nuno Miranda, médico do serviço. O objetivo é evitar esperas. "O tempo de espera, após identificado e estudado um eventual dador é, habitualmente, inferior a três meses. A falta de capacidade de resposta para as solicitações que temos é o motivo para a expansão da unidade", refere. Nos casos urgentes os transplantes são antecipados e quando necessário os doentes são reencaminhados para outros hospitais, o que "ocorre em menos de dez casos por ano".

O segundo mais antigo e o maior é o do IPO do Porto. Foi criado em 1989 e até ao início do ano tinha realizado 2300 transplantes de medula. Dos 171 que fez no ano passado, 33 foram em crianças. O serviço tem "15 unidades de isolamento", com médias de internamento superior a 20 dias. "Não existe lista de espera. Existe uma lista de doentes em programa de transplante e que vão acedendo ao tratamento de acordo com vários critérios. Por exemplo, data de referenciação, gravidade da doença base, disponibilidade do dador. Para alguns doentes consegue-se selecionar e estudar um dador em 30 dias, para outros pode demorar meses", diz António Campos Júnior, diretor do serviço. A unidade recebe também pacientes do norte e centro do país.

O serviço do Centro Hospitalar S. João iniciou-se em 1994 e fez 70 transplantes autólogos em adultos. Tem quatro quartos de isolamento e dois suplementares. O Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra também só faz transplantes autólogos em adultos e foi o único que em 2015 desceu a produção, o que poderá ser explicado com maiores períodos de internamento. Tem dois quartos de imunossupressão e mais três individuais. Desde 1996 já realizaram 502 transplantes.

Associação de Bioética
Presidente da Associação de Bioética defende alteração do Código Deontológico. Petição pela despenalização de morte assistida...

Para “contornar a polémica sobre a eutanásia”, o presidente da Associação Portuguesa de Bioética (APB), Rui Nunes, avançou nesta quarta-feira com uma proposta muito controversa. O professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto sugere que se altere “pontualmente” o Código Deontológico dos Médicos, de modo a permitir que a decisão de praticar ou não a morte assistida seja “exclusivamente uma questão de consciência individual”. A decisão deve ficar, portanto, ao critério do médico, na opinião de Rui Nunes, um dos impulsionadores do testamento vital (diretivas antecipadas de vontade) em Portugal, escreve o jornal Público.

Apesar de o Código Deontológico proibir expressamente a morte assistida (eutanásia e suicídio medicamente assistido), “muitos médicos são favoráveis à eutanásia”, argumenta em comunicado Rui Nunes, que já defendeu que a despenalização desta prática, a avançar, deveria ser primeiro sujeita a referendo popular. Um estudo feito em 2007 sobre a eutanásia e o suicídio assistido indicava nessa altura que 40% dos oncologistas (450 inquiridos) que assistem doentes terminais eram favoráveis à legalização desta forma antecipada de morte em doentes incuráveis, embora apenas 20% admitissem recorrer a tal prática, no caso de esta ser legalizada. Ao contrário da eutanásia, o papel do médico no suicídio assistido fica-se pela prescrição do medicamento letal.

O que Rui Nunes propõe agora é que seja retirado o número 2 do artigo 57.º do Código Deontológico da classe (que estipula que “ao médico é vedada a ajuda ao suicídio, a eutanásia e a distanásia”), ficando assim apenas o ponto 1 ("o médico deve respeitar a dignidade do doente no momento do fim da vida"). Desta forma, enfatiza, seria preservada “a integridade da profissão médica, a independência do ato médico e os valores centrais da Medicina", além de que o Código Deontológico ficaria "neutro" e remeteria as decisões para “o domínio da consciência individual".

Quanto à realização de um referendo aos profissionais, hipótese já equacionada pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Rui Nunes manifesta “enormes reservas” sobre a exequibilidade de uma consulta deste tipo. A ética médica “corresponde ao consenso existente na classe sobre determinadas práticas", frisa, mas considera que qualquer decisão deve ser antecedida de “um profundo debate”, até porque é necessário avaliar “as consequências negativas” especialmente no que se refere à “possibilidade de a eutanásia voluntária resvalar para práticas de eutanásia involuntária, nomeadamente de crianças e de pessoas com competência diminuída".

A tomada de posição de Rui Nunes antecede uma conferência sobre as eventuais mudanças à legislação (marcada para o próximo dia 20, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto) e acontece numa altura em que o debate sobre a despenalização da eutanásia continua aceso, depois de o movimento “Direito a morrer com dignidade” ter posto a circular um manifesto pela despenalização da morte assistida e que foi assinado por mais de uma centena de figuras públicas.

Este movimento lançou entretanto uma petição pela despenalização e regulamentação da morte assistida que obteve já mais de oito mil assinaturas, o dobro das necessárias para obrigar a debate no plenário do Parlamento. A data da entrega da petição está marcada para o próximo dia 26, na Assembleia da República. A petição seguirá para a 1.ª Comissão e, depois, será discutida em plenário, sem votação.

O movimento tenciona agora reunir com os grupos parlamentares para os convidar a apresentar projetos de lei para a despenalização da morte assistida e vai promover um seminário para definir os pontos fundamentais a que a futura lei e regulamentação deve obedecer, com a participação de profissionais de saúde, filósofos, juristas e bioeticistas.

Em todo o país
Iniciativa pretende alcançar um milhão de pais e cerca de 900 mil jovens em todo o país.

Promover comportamentos responsáveis e moderados no consumo de bebidas alcoólicas pelos jovens é o objetivo do Projeto Falar Claro, desenvolvido pela Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV) em parceria com três entidades e lançado nesta quinta-feira em Lisboa. A iniciativa materializa-se no manual Falar Claro: conversas sobre o álcool entre pais e filhos, que será hoje apresentado no auditório da Escola Secundária D. Pedro V, contando ainda com a assinatura de protocolos entre as várias entidades participantes.

A Associação Nacional de Professores, a Confederação Nacional das Associações de Pais e o Instituto Português do Desporto e Juventude são os parceiros do sector cervejeiro neste projeto que, através da assinatura de um protocolo, se comprometem a desenvolver ações de prevenção e sensibilização sobre o consumo do álcool.

“Estes protocolos refletem um compromisso das quatro entidades, que se comprometem, cada uma na sua área de ação, a desenvolver iniciativas que promovam esta causa e a façam chegar ao maior número de jovens”, revelou ao jornal Público Francisco Gírio, secretário-geral da APCV. 

O manual pretende ser “uma base de conversas entre pais e filhos, professores e alunos, e dirige-se essencialmente aos educadores”, explicou. O documento, com cerca de 40 páginas e certificado pela Direcção-Geral de Educação, alerta para os perigos do consumo excessivo de álcool intercalando com dicas e sugestões para abordar o problema de forma mais fácil.

“O projeto deverá atingir um milhão de pais e cerca de 900 mil jovens”, estimou o membro da direção da APCV.

Na apresentação desta quinta-feira estarão representantes do Fórum Álcool e Saúde, como o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Comissão Nacional de Proteção das Crianças e Jovens em Risco e Instituto da Segurança Social.

Estudo
O desenvolvimento de doenças sexualmente transmissíveis pode ter influenciado o surgimento da monogamia, de acordo com um...

"O nosso estudo mostra que as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) se desenvolvem de forma diferente, dependendo do tamanho dos grupos humanos e se são monogâmicos ou polígamos", explicou à agência de notícias France Presse Chris Bauch, da Universidade de Waterloo, no Canadá, coautor da investigação.

De acordo com o estudo publicado na revista Nature Communications, a poligamia era a norma em pequenas sociedades de caçadores-coletores, mas esta realidade passou a ser cada vez menos frequente à medida que as sociedades cresciam com o advento da agricultura e do sedentarismo. A monogamia passou a ser dominante, escreve o Sapo.

Com base em dados demográficos de caçadores-coletores e dados epidemiológicos sobre este tipo de doenças, Chris Bauch e os seus colegas modelaram a evolução de diferentes normas familiares.

Destacam-se dois casos. Quando uma sociedade é grande (cerca de 300 pessoas), a prevalência de doenças sexualmente transmissíveis torna-se endémica na população e a taxa de fertilidade cai. Nessa situação surge o padrão monogâmico. O estilo de vida polígamo passa a ser estigmatizado.

No entanto, num pequeno grupo (máximo de 30 pessoas), as doenças sexualmente transmissíveis são caracterizadas por surtos de curta duração que não se tornam endémicos. A taxa de fecundidade continua a ser elevada e a poligamia é a norma social dominante.

"Este estudo mostra como os eventos naturais, tais como a propagação de doenças contagiosas, podem influenciar fortemente o desenvolvimento de normas sociais e julgamentos", explica o investigador.

Segundo ele, erradicar as DSTs não nos faria passar a um estilo polígamo. "Há vários outros fatores que fazem a sociedade impor a monogamia", reconhece.

Em 2015
No ano passado, o Serviço Nacional de Saúde assegurou mais 8500 cirurgias do que no ano anterior, um aumento de 1,5%. Ao todo,...

Estes números incluem operações tanto nos hospitais públicos como nos hospitais convencionados ou nos que têm protocolo com o Estado para operações mais específicas, escreve o jornal i. Mas tem sido à conta do aumento da atividade nas unidades públicas que o número de operações tem subido. No ano passado houve mais um incentivo: o desbloqueio de verbas para a realização de 16 mil operações adicionais, na altura justificadas pelo facto de estar a aumentar o número de inscrição para operação, mas também por haver casos mais complexos. Ainda não houve um balanço oficial desse programa de cirurgias.

Sobre as listas de espera, os últimos dados são do primeiro semestre de 2015. Na altura estavam à espera de operação 192 630 pessoas, um número que aumentou sucessivamente desde a chegada da troika, em 2011 (nesse ano, no final do primeiro semestre, havia 166 mil pessoas à espera). Em 11% dos casos ultrapassam-se os tempos médios de resposta garantida – no caso da oncologia, ultrapassam-se os prazos em 16,8% dos casos.

O Algarve tem o maior tempo de espera: em média, os doentes esperam 4,35 meses por operação. O melhor desempenho surge na região Norte, com uma espera média de 2,66 meses. A espera é maior nas especialidades de ortopedia, cirurgia geral e oftalmologia, que abrangem mais de dois terços dos doentes a aguardar cirurgia.

Estudo
Um estudo publicado na revista "Stem Cells Trans Med" sugere que a administração de células estaminais mesenquimais...

Segundo os investigadores, estas conclusões podem ser o início de uma revolução na abordagem terapêutica da patologia que pode, mesmo, vir a ser erradicada, escreve o Sapo.

"A investigação científica no campo das células estaminais está a produzir resultados a um ritmo alucinante. Praticamente todos os meses são divulgados novos estudos sobre possíveis avanços científicos relativamente à utilização deste recurso no tratamento ou reversão de diferentes patologias. Neste caso em concreto, o que as conclusões revelam é que a aplicação de células estaminais mensenquimais pode, mais do que ser uma opção terapêutica, vir a revolucionar completamente a medicina, ao conseguir adiar indefinidamente o aparecimento da osteoporose", explica Patrícia Cruz, diretora do Banco de Tecidos e Células do Laboratório Cytothera.

O estudo, conduzido por investigadores da Universidade de Toronto, começou por indiciar uma relação causal entre o aparecimento de osteoporose tipo 2 (em ratinhos) e a baixa presença de células estaminais mesenquimais. Com base nesses resultados, os investigadores decidiram confirmar se o transplante de células estaminais mesenquimais poderia impedir ou tratar a patologia. Assim, foram administradas células estaminais mesenquimais de animais saudáveis em ratinhos com osteoporose e, após seis meses, verificou-se que os ossos se transformaram em ossos saudáveis e funcionais.

A Cytothera foi a primeira empresa, em Portugal, a garantir o serviço de isolamento de células estaminais mesenquimais. As células estaminais mesenquimais representam menos de 0,1% da totalidade das células presentes no tecido do cordão umbilical. Para o processo de criopreservação ser considerado bem sucedido, têm de ser atingidas 3 milhões de células estaminais, sem qualquer tipo de contaminação bacteriana ou fúngica detetada. Estas células ficam imediatamente disponíveis para utilização em futuras terapias celulares.

A osteoporose afeta mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo e, em Portugal, calcula-se que existem entre 700 a 800 mil diagnósticos positivos, segundo a Associação Nacional Contra a osteoporose (APOROS).

A osteoporose é uma doença esquelética sistémica que se caracteriza pela diminuição da massa óssea e uma alteração da qualidade microestrutural do osso, levando a uma diminuição da resistência óssea e ao consequente aumento do risco de fraturas. Na forma de osteoporose associada à idade, a estrutura interna do osso diminui, tornando o osso mais fino e menos denso. A doença é responsável por cerca de 9 milhões de fraturas em todo o mundo.

Cientistas concluem
Doze é o número mágico para quem faz dieta na esperança de eliminar de vez os quilos extra, concluíram cientistas, que...

Após 12 meses de dieta rigorosa, o estudo constatou que a atividade das hormonas causadoras de fome em pessoas obesas caiu drasticamente, ajudando-os a manter longe o peso que tinham perdido.

Comparando a luta contra a fome com a luta contra a dependência de drogas, os investigadores disseram que as suas descobertas eram uma mensagem para os que seguem uma dieta: “Você não deve desistir”.

Anteriores estudos de programas de mais curto prazo registaram que, segundo o Diário Digital, muitas pessoas que tentam emagrecer voltam frequentemente ao seu antigo peso, à medida que as hormonas da “fome” se ativam e começam a guardar mais calorias como gordura.

A investigação da Universidade de Copenhaga sugere que este mecanismo pode ser derrotado.

Signe Sorensen Torekov, professor associado de ciências biomédicas na universidade, disse que o enorme aumento na disponibilidade de alimentos nas últimas décadas influenciaram o aumento de peso em todo o mundo.

“É muito difícil lutar contra a fome, é como uma droga contra a qual você está a lutar”, afirmou, acrescentando: “Tal teria sido um excelente mecanismo há 50 anos, mas o problema é que agora temos tanta comida disponível que se pode comer o tempo todo”.

“Fomos capazes de mostrar que não se deve desistir. Se você é fiável para manter o seu peso em baixo por um ano, ele muda e torna-se mais fácil”.

O estudo envolveu 20 adultos obesos numa dieta de batidos enriquecidos e sopas em pó por um período inicial de oito semanas, ajudando-os a perder uma média de cerca de 12,8 quilogramas.

Ao longo dos próximos 12 meses, seguiram um plano de alimentação rigorosa e, no final do estudo, os cientistas descobriram que o corpo dos participantes se comportou muito melhor a produzir hormonas que reduzem o apetite após as refeições.

Normalmente, duas hormonas específicas contêm a fome depois de comer, enquanto uma hormona diferente chamada grelina – responsável  pelo aumento do apetite - diminui.

No entanto, em muitas pessoas com excesso de peso e obesidade, as hormonas não funcionam corretamente e mantê-las com mais fome por mais tempo significa que é fisicamente mais difícil para eles reduzir a ingestão de alimentos.

O estudo, publicado no Jornal de Endocrinologia Europeu, concluiu que os participantes produziram 65% mais hormonas para acabar com o apetite após 12 meses.

Investigadores norte-americanos confirmam
Investigadores norte-americanos estabeleceram pela primeira vez com certeza que o vírus Zika pode provocar microcefalia no feto...

"Agora fica claro que o vírus do Zika causa microcefalia", declarou Tom Frieden, diretor dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), em conferência de imprensa na quarta-feira.

Considerou tratar-se de uma relação "sem precedentes" entre uma doença transmitida por uma picada de mosquito e defeitos congénitos graves.

Publicado no New England Journal of Medicine, no estudo dos CDC conclui-se que existe um vínculo: as mulheres grávidas infetadas com o vírus do Zika correm o risco de ter bebés com defeitos cerebrais, mas nem todas darão à luz bebés com microcefalia ou problemas congénitos.

Outras complicações associadas ao Zika reportadas até agora são a morte fetal, a redução do líquido amniótico, danos no crescimento fetal e no sistema nervoso do feto, incluindo uma potencial cegueira.

Apesar da confirmação, Frieden sublinhou que ainda restam muitas dúvidas sobre os efeitos do vírus no feto.

"Ainda precisamos de mais respostas, que podem demorar anos, como o alcance completo das deficiências à nascença relacionadas com o Zika e em que momento da gravidez é maior o risco", disse o diretor dos CDC.

Esta confirmação chega depois de um grupo de cientistas brasileiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto D'Or divulgar, na segunda-feira, um estudo que relacionava o Zika e os casos de microcefalia em recém-nascidos.

A microcefalia caracteriza-se por um desenvolvimento insuficiente do crânio e do cérebro dos bebés e é irreversível.

A confirmação dos CDC baseia-se, explicou Frieden, numa análise alargada dos melhores indicadores científicos realizados pelos CDC e por outros especialistas em saúde materna, do feto e em doenças transmitidas por mosquitos.

"Investigações epidemiológicas, clínicas e moleculares produziram novos dados que nos ajudaram a resolver o puzzle", disse o responsável, acrescentando que os estudos continuam.

Os investigadores, coordenados por Sonja Ramussen, ainda não conseguiram estabelecer com certeza uma ligação entre a infeção por Zika e a síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica grave que provoca uma paralisia temporária em adultos.

O CDC indicou que as recomendações destinadas a proteger as grávidas se mantêm: devem evitar visitar países de risco.

Como se sabe que existe também transmissão sexual da doença, os parceiros de mulheres grávidas ou que podem engravidar devem usar preservativo durante seis meses após regressar de países de risco.

O vírus do Zika, transmitido pelo mosquito 'Aedes aegypti', provoca sintomas gripais benignos, mas está também associado a microcefalia, doença em que os bebés nascem com o crânio anormalmente pequeno e défice intelectual, assim como à síndroma de Guillain-Barré, uma doença neurológica grave.

O Brasil, o país mais afetado pelo atual surto de Zika na América do Sul, já registou mais de um milhão e meio de casos da doença e, desde outubro do ano passado, mais de mil casos de microcefalia foram confirmados, sendo que mais de 220 bebés acabaram por morrer.

UNICEF
As desigualdades entre as crianças mais desfavorecidas e as restantes têm vindo a aumentar em muitos países ricos, denuncia a...

Intitulado "Equidade para as crianças: Uma tabela classificativa das desigualdades de bem-estar das crianças nos países ricos", o relatório classifica 41 países, incluindo os da União Europeia e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE).

Em geral, o estudo conclui que os rendimentos das famílias que estão abaixo da média têm aumentado mais lentamente do que os que estão na metade superior, o que aumenta a desigualdade e acentua a pobreza entre as crianças do primeiro grupo.

Em numerosos países, "o fosso aumentou ainda mais entre as crianças mais desfavorecidas e os seus pares desde os anos 2000", pode ler-se no documento.

Em 19 dos países analisados, incluindo Portugal, Espanha, Grécia, e Itália, as crianças mais pobres dispõem de menos de metade dos rendimentos da criança média do seu país.

Um dos dados que mais se destaca é que dois dos países mais ricos do mundo, o Japão e os Estados Unidos, estão no terço inferior da classificação de desigualdade segundo o rendimento.

O relatório da UNICEF mede os níveis de desigualdade entre as crianças, não só em função dos rendimentos das famílias, mas também em função da educação, da saúde e do nível de satisfação que eles próprios manifestam.

Uma das conclusões é que "nenhum país conseguiu verdadeiramente reduzir a desigualdade no que diz respeito aos problemas de saúde sinalizados pelas crianças" (dores de cabeça, de costas, de barriga, insónia).

Em 25 dos países abrangidos as desigualdades agravaram-se mesmo, em particular na Irlanda, Malta, Polónia e Eslovénia.

Entre os adolescentes, "as disparidades entre sexos são generalizadas e persistentes" em questões de saúde, com as raparigas a manifestar mais problemas de saúde.

Em dez países, as disparidades de género aumentaram desde 2002, nomeadamente no Canadá, Estados Unidos da América, Reino Unido e Suécia. Estas diferenças tendem a manter-se na idade adulta.

Na educação, "muito poucos países conseguiram reduzir simultaneamente a taxa de sucesso escolar e o número de alunos com dificuldades na leitura".

Alguns países considerados exemplares, como a Finlândia e a Suécia, viram mesmo aumentar as desigualdades e baixar o desempenho escolar.

Em todos os países da OCDE, as crianças mais desfavorecidas têm um atraso equivalente a três anos de escolaridade na leitura em relação à média.

Quanto à "satisfação na vida", a desigualdade agravou-se em mais de metade dos países.

Mas também há boas notícias: as desigualdades nos níveis de atividade física e dos hábitos alimentares diminuíram na maioria dos países ricos.

A UNICEF reconhece em conclusão que o nível de rendimento e a situação familiar condiciona de forma relevante as oportunidades de êxito de uma criança.

Magnata Sean Parker
O magnata da tecnologia Sean Parker anunciou que vai doar 250 milhões de dólares norte-americanos para financiar investigação...

Parker, que fundou o serviço de partilha de música Napster e que foi um dos principais investidores e executivos do Facebook – vai criar um centro para a imunoterapia – que visa usar o sistema imunitário do corpo humano para combater a doença – colaborando com seis instituições de investigação sobre o cancro com sede nos Estados Unidos.

“Estamos num ponto de inflexão na investigação sobre o cancro e agora é chegada a hora de maximizar o potencial único da imunoterapia para transformar todos os cancros em doenças ‘manejáveis’, salvando milhões de vidas”, afirmou Parker, que criou, no ano passado, uma fundação com o seu nome.

“Acreditamos que a criação de um novo financiamento e modelo de investigação pode ultrapassar muitos dos obstáculos que atualmente impedem avanços na investigação. Ao trabalhar de perto com os nossos cientistas e mais de 30 parceiros da indústria, o Instituto Parker está posicionado para disseminar amplamente descobertas e, acima de tudo, oferecer mais rapidamente tratamento aos pacientes”.

Parker, de 36 anos, e a sua mulher, Alexandra, assinalaram o lançamento com um jantar de gala na sua mansão em Beverly Hills, que adquiriram à apresentadora de televisão e comediante Ellen DeGeneres em 2014.

Estrelas como Tom Hanks, Katy Perry, Orlando Bloom, Sean Penn e Bradley Cooper marcaram presença, a par com líderes da indústria da tecnologia como Jack Dorsey (Twitter), Anne Wojcicki (Google) e Laurene Jobs, mulher de Steve Jobs.

O novo Instituto Parker para a Imunoterapia vai trabalhar com mais de 40 laboratórios e mais de 300 cientistas e imunologistas. Toda a investigação e propriedade intelectual vai ser partilhada, “permitindo aos investigadores ter acesso imediato a uma ampla série de descobertas fundamentais”, segundo um comunicado.

O centro vai ser liderado pelo cientista Jeffrey Bluestone, da Universidade da Califórnia, que foi nomeado para um painel para ajudar a orientar a iniciativa ‘moonshot’ contra o cancro anunciada este ano pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

“A imunoterapia representa um fundamental novo avanço no paradigma do tratamento contra o cancro. Aproveita o poderoso sistema imunitário do próprio corpo para mobilizar o seu refinado arsenal de combate à doença para se envolver e eliminar as células cancerígenas”, afirmou Jeffrey Bluestone.

“Os nossos cientistas são líderes no terreno e vão agora trabalhar juntos para fazer descobertas para tratar – e potencialmente curar – o cancro”.

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