Estudo
Os resultados são ainda preliminares, mas já se mostraram inesperados. Quase 100% dos idosos estudados até agora consumiam sal...

Podíamos ter uma imagem romântica de que os idosos têm mais tempo para apanhar sol e que portanto não teriam falta de vitamina D. Mas não é bem assim. Cerca de 90% dos idosos (com mais de 65 anos) têm carência nesta vitamina, segundo os resultados preliminares do projeto Nutrition UP 65. Os resultados foram apresentados por Teresa Amaral, coordenadora do projeto, no Congresso de Nutrição e Alimentação, que decorreu no Porto.

Os idosos parecem apanhar pouco sol e não ter uma alimentação que lhes permita compensar a escassez da vitamina D. Muitos ficarão em casa, com um vida sedentária e com uma dieta que não cumpre os padrões de uma alimentação saudável, o que também justifica os mais de 80% de idosos obesos ou com excesso de peso nos resultados apurados até ao momento, escreve o Observador.

Os resultados são ainda preliminares, como frisou a docente da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. Têm menos de mil indivíduos dos 1.500 previstos no projeto (uma amostra que pretende ser representativa da população portuguesa). Ainda assim, os resultados, aos quais faltam sobretudo os dados da população da Madeira, foram inesperados, conforme disse a nutricionista no congresso.

A carência da vitamina D pode ser resolvida com a exposição solar moderada, fora dos períodos em que a radiação ultravioleta é mais prejudicial, ou com suplementos alimentares, como o óleo de fígado de bacalhau. Mas esta não é a única preocupação demonstrada pela investigadora. Outro dos fatores é que 99,1% da população estudada tem um consumo de sódio (presente no sal de cozinha) desadequado. A isso juntam-se os resultados inesperados de desidratação de quase um terço dos idosos (31,9%).

A falta de profissionais especializados na nutrição geriátrica foi uma das motivações do projeto Nutrition UP 65 – Estratégias Nutricionais para uma Demografia Envelhecida. Os objetivos principais do projeto são identificar as desigualdades nutricionais na população idosa portuguesa (acima dos 65 anos) e formar os profissionais de saúde para lidarem com estas situações.

O projeto teve início em abril de 2015 e terá uma duração de dois anos. Foi financiado pela Islândia, Liechtenstein e Noruega através dos EEA Grants, no âmbito do programa Iniciativas em Saúde Pública. O financiamento total do projeto é de 519 mil euros.

Infarmed
O acesso à inovação, através de acordos justos e sustentáveis com a indústria farmacêutica, foi um dos temas abordados num...

O ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes e o presidente do conselho diretivo do Infarmed, I.P., Henrique Luz Rodrigues, representaram Portugal neste encontro organizado pelo Governo holandês e realizado a convite da ministra da Saúde Edith Shippers.

A mesa-redonda foi um ponto de partida para a discussão de problemas e interesses comuns aos diversos países, sendo para isso essencial a articulação entre os representantes da indústria farmacêutica e os responsáveis máximos do setor da saúde.

Entre os desafios e prioridades discutidas estiveram a cooperação voluntária dos Estados membros em diversas matérias. Alguns exemplos foram a partilha de informação sobre os sistemas nacionais, os preços e as ruturas de medicamentos, a realização de compras centralizadas e a definição de estratégias na área do medicamento a médio e longo prazo.

O objetivo máximo é reduzir as iniquidades a nível europeu, garantir o acesso a tratamentos, mas também garantir a sustentabilidade dos serviços de saúde.

Universidade de Coimbra
A canábis poderá melhorar o consumo de energia pelo cérebro, deficitário na doença de Alzheimer, de acordo com uma investigação...

“Alguns efeitos da canábis poderão melhorar o consumo de energia pelo cérebro, que se encontra deficitário na doença de Alzheimer”, revela um estudo liderado pelos centros de Neurociências e Biologia Celular da (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) e para a Investigação Biomédica em Doenças Neurodegenerativas de Espanha (Instituto Cajal), anunciou hoje a UC.

“O desafio futuro desta descoberta em ratinhos”, já publicada na revista Neuropharmacology, reside na separação das consequências negativas e positivas da planta, sublinha a UC, numa nota hoje divulgada.

O principal ingrediente psicoativo da marijuana – tetrahidrocanabinol (THC) –, atua sobre dois recetores – CB1 e CB2 –, localizados no cérebro, que se distinguem como os “polícias maus e os polícias bons”.

“Os recetores CB1 estão associados à morte neuronal, distúrbios mentais e vício em diferentes drogas ou álcool”, enquanto os CB2, pelo contrário, “anulam muitas das ações negativas dos CB1, protegendo os neurónios, promovendo o consumo de glucose (energia) pelo cérebro e diminuindo a dependência de drogas”, refere a UC.

Através de diversas técnicas laboratoriais, os investigadores concluíram que “os recetores CB2, quando estimulados por análogos do THC quimicamente modificados para interagirem apenas com os recetores CB2 sem ativar o CB1, evitando os efeitos psicotrópicos e mantendo os efeitos benéficos, promovem o aumento de captação de glucose no cérebro”, explica Attila Köfalvi, primeiro autor do artigo.

Experiências adicionais com outras técnicas mostraram que este efeito do CB2 não se limita aos neurónios, mas estende-se a outras células do cérebro que ajudam ao funcionamento dos neurónios, os astrócitos.

“No futuro, esta descoberta poderá abrir caminho para uma terapia paliativa na doença de Alzheimer”, admite Attila Köfalvi, citado pela UC.

Na investigação colaboraram os institutos espanhóis Pluridisciplinar da Universidade Complutense de Madrid e de Tecnologia de Madrid e argentino de Investigações Bioquímicas de Bahía Blanca da Universidade Nacional del Sur.

A investigação foi financiada pelo Prémio Belard Santa Casa da Misericórdia, por um programa norte-americano para o desenvolvimento de tecnologias emergentes e por fundos da União Europeia, designadamente através do Programa Operacional Fatores de Competitividade (Compete), via Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Em Portugal
Um terço dos inquiridos para um estudo sobre os conhecimentos das doenças da tiroide desconhece os sintomas desta patologia,...

Na véspera da Semana Internacional da Tiroide, que decorre entre segunda-feira e domingo, a Associação das Doenças da Tiroide (ADTI) divulgou um estudo sobre a perceção e conhecimentos dos portugueses face às doenças da tiroide, com base em 700 entrevistas.

Os resultados do estudo indicam que 89,2% dos portugueses já ouviu falar de doenças da tiroide, embora 37,9% não saiba identificar nenhuma.

“Os resultados demonstram um grande desconhecimento da população sobre o funcionamento da tiroide, com 54,2% a não quererem ou não saberem responder para que serve esta glândula”, afirmou a presidente da ADTI, Celeste Campinho, como comentário às conclusões do estudo.

A investigação apurou ainda que o hipertiroidismo (34,9%) e o hipotiroidismo (31,1%) são as doenças mais conhecidas, seguidas do cancro da tiroide (19%) e dos nódulos da tiroide (11%).

Quase metade dos inquiridos (42,2%) demonstrou saber que a oscilação de peso pode ser um sintoma de distúrbios na tiroide (42,4%)

“Existe um grande caminho a percorrer no sentido de fornecer aos portugueses o conhecimento necessário sobre as doenças da tiroide, para um tratamento adequado e manutenção da qualidade de vida. E aqui a ADTI pretende ter um papel fundamental na sociedade”, disse.

Este estudo foi desenvolvido pela ADTI, com o apoio do Grupo de Estudo da Tiroide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM).

Para Maria João Oliveira, membro do Grupo de Estudo da Tiroide da SPEDM, “um dos principais problemas é o desconhecimento dos sintomas, que muitas vezes se confundem com os de outras condições, o que leva a diagnósticos mais tardios”.

“As doenças da tiroide, nomeadamente o hipotiroidismo, têm um grande impacto na qualidade de vida dos doentes mas, ao mesmo tempo, um fácil tratamento”, daí a importância de “um rápido diagnóstico para tratamento adequado”.

Banco Mundial
Um fundo de emergência destinado aos países pobres vai estar operacional até ao final do ano para acelerar o desbloqueio da...

“Não há nenhum sistema internacional capaz de responder rapidamente a uma pandemia”, garantiu o presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim, em Sendai, no Japão, onde decorre uma reunião dos ministros das Finanças do G7.

Segundo Jim Yong Kim, a epidemia do vírus Ébola, que assolou três países africanos em 2014, foi um “duro despertar” para o lento desbloqueio da ajuda internacional.

“Levou meses até conseguir canalizar recursos substanciais e apoio aos países, enquanto o número de vítimas continuou a aumentar”, garantiu Kim, antigo médico especialista de doenças infeciosas.

A epidemia do Ébola causou mais de 11.000 mortos.

Para colmatar estas lacunas, o Banco Mundial vai criar um fundo que permite, através de apólices de seguros, desbloquear um total de 500 milhões de dólares face a epidemias como o Ébola ou a SARS (Síndrome Respiratória Agudo Severa).

Estes recursos serão abertos aos 77 países mais pobres do mundo, identificados pelo Banco Mundial.

750 mil euros
A agência espacial europeia ESA vai financiar, com 750 mil euros, 50 projetos que apliquem a tecnologia espacial de observação...

O concurso, lançado no âmbito do programa Earth Observation Entrepreneurship Initiative, decorre até 19 de junho.

Segundo uma nota à comunicação social do Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, que coordena em Portugal um centro da ESA de incubação de empresas, as equipas selecionadas deverão desenvolver, durante três meses, uma proposta técnica e um plano de negócios.

Além do financiamento, 15 mil euros por projeto, os candidatos selecionados irão "aceder a dados, ferramentas e conhecimentos específicos para refinar o seu conceito e protótipo, tanto do ponto de vista técnico como do modelo de negócio".

Excesso de peso e Obesidade
Se pensa que a obesidade é apenas um problema estético, está enganado.

Em Portugal, a prevalência do excesso de peso e da obesidade têm vindo a aumentar. De acordo com o Inquérito Nacional de Saúde, mais de metade dos portugueses têm excesso de peso, o que representa um aumento de 2% nos últimos 8 anos. No total, existem 4,5 milhões de portugueses com excesso de peso e, destes, 1,5 milhões sofrem de obesidade.

Apesar dos números assustadores, não desanime! A obesidade é a segunda causa de morte evitável através de uma adequada prevenção.

O excesso de gordura corporal resulta de um desequilíbrio entre as quantidades de calorias ingeridas e despendidas. No entanto, ser obeso não implica, necessariamente, que o indivíduo se alimente excessivamente.

A obesidade depende de inúmeros fatores genéticos, como a predisposição genética, o sexo e a idade, ambientais ou comportamentais, como o sedentarismo, e metabólicos ou hormonais

Desde condições debilitantes e progressivas a doenças crónicas com elevado risco de mortalidade, a obesidade está associada a inúmeros problemas de saúde. Quando o índice de massa corporal é superior a 30 kg/m2, o risco aumenta.

Os problemas de saúde mais comuns e preocupantes ocorrem a diferentes níveis:

  • Aparelho cardiovascular – hipertensão arterial, aterosclerose e problemas cardíacos;
  • Complicações metabólicas – dislipidemias e diabetes mellitus dos tipos 1 e 2;
  • Aparelho respiratório – dispneia, apneia do sono e embolismo pulmonar;
  • Aparelho digestivo – esteatose hepática, litíase vesicular e cancro do cólon;
  • Aparelho urinário e reprodutor – infertilidade, amenorreia, incontinência urinária, cancro da mama e cancro da próstata;
  • Alterações psicossociais: isolamento social, depressão e ansiedade.

A prevenção da obesidade assenta, essencialmente, em três pilares: a alimentação equilibrada, a atividade física regular e o estilo de vida saudável.

Por sua vez, o tratamento da obesidade consiste na combinação de uma dieta equilibrada e de uma alteração do estilo de vida, particularmente ao nível da atividade física. Quando estas alterações não são suficientes, é necessário recorrer a fármacos ou a cirurgia bariátrica.

O grau de obesidade pode ser avaliado através do índice de massa corporal. 

Para avaliar o risco de complicações associado à obesidade, é importante considerar o perímetro abdominal. O tecido adiposo localizado na região abdominal é, predominantemente, gordura visceral, o que pode causar resistência à insulina e, consequentemente, aumentar o risco de desenvolver diabetes mellitus, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

Se for homem e o seu perímetro abdominal for superior a 94 cm ou se for mulher e o seu perímetro abdominal for superior a 80 cm, tome uma atitude!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 25 de maio
Rastreios gratuitos para os adultos e jogos para as crianças são algumas das atividades que vão fazer parte do OPEN DAY “Sabe...

Face ao grande desconhecimento da população sobre o que é a tiroide e quais as suas funções, a ADTI – Associação das Doenças da Tiroide promove o OPEN DAY “Sabe mais sobre a Tiroide”, no próximo dia 25 de maio, Dia Mundial da Tiroide, entre as 9 e as 13 horas.

No ano em que a Thyroid Federation International escolheu como tema “As Doenças da Tiroide nas Crianças”, os mais novos vão estar em destaque neste dia e têm à sua disposição inúmeras atividades que lhes permitem aprender alguns dos sintomas das duas principais doenças da tiroide, nomeadamente o hipertiroidismo e o hipotiroidismo.

No trampolim, na corrida de lutadores de sumo ou nos espelhos é possível experienciar as variações de peso que caracterizam as duas patologias, nomeadamente o aumento de peso no caso do Hipotiroidismo e a perda de peso quando se trata de Hipertiroidismo. Para sensibilizar as crianças para a forma da tiroide, que se assemelha a uma borboleta, haverá uma exposição com desenhos criados por crianças do 1º e 2º ciclos e face painting. O programa inclui ainda uma largada de balões, uma aula de zumba e rastreios gratuitos para os adultos.

Ainda neste dia será anunciado o vencedor do concurso de desenho lançado pela ADTI através do seu site (www.adti.pt) e Facebook.

Para Celeste Campinho, Presidente da ADTI, “Esta é uma iniciativa muito importante para a Associação já que, além de assinalar o Dia Mundial da Tiroide, pretende aumentar o grau de sensibilização e conhecimento da população em geral para as patologias associadas, um dos maiores objetivos e também desafios que a ADTI atravessa.“ 

31 de maio – Dia Mundial Sem Tabaco
A RESPIRA assinala o Dia Mundial Sem Tabaco através de uma campanha de sensibilização: “Depois de um cigarro nada fica igual....

Através de uma parceria, fumadores e ex-fumadores, poderão, entre os dias 23 e 31 de maio, realizar uma avaliação à sua saúde respiratória.

“A DPOC é uma doença que se manifesta, entre outros sintomas, pela falta de ar, é causada pela destruição irreversível do tecido pulmonar. O tabaco é um dos principais fatores de risco, sendo responsável por cerca de 90% dos casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, em Portugal. O seu diagnóstico, realizado através de uma espirometria, pode prevenir estadios avançados da doença e permitir uma melhor qualidade de vida”, explica José Albino, Presidente da RESPIRA.

“Fumar é a primeira causa evitável de doença e morte prematura nos países desenvolvidos. Não adquirir o hábito de fumar e ou deixar de o fazer é benéfico para a pessoa e representa ganhos em saúde. É por isso importante desenvolvermos campanhas de sensibilização, principalmente dirigidas aos mais jovens, pois a grande maioria dos fumadores portugueses iniciam o consumo entre os 12 e os 20 anos”, conclui o Presidente da RESPIRA.

Estudos recentes apontam que 800 mil portugueses sofrem de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e que em 2030 esta patologia representará a 3ª causa de morte a nível mundial.

21 de Maio - Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade
Portugal está longe de ser um dos melhores posicionados no ranking europeu de países com menos prevalência de excesso de peso....

A obesidade é, efetivamente, um dos maiores desafios do século no âmbito da saúde pública, com um peso que vai muito para além da balança. E a verdade é que as implicações desta doença estendem-se a problemas de outros foros, com grandes repercussões no âmbito dos encargos económicos individuais e para o próprio Serviço Nacional da Saúde, e com consequências que se alastram a outras patologias.

As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e a obesidade encontra-se intrinsecamente associada a esta patologia. Saliente-se que um em cada três portugueses sofre de hipertensão arterial, 47% dos utentes dos cuidados de saúde primários possui colesterol elevado e aproximadamente 13% destes utentes apresenta os triglicerídeos elevados. Outro exemplo claro das consequências de um estilo de vida pouco saudável, com práticas alimentares não recomendadas, é o facto de mais de 1 milhão de portugueses, entre os 20 e os 79 anos, sofrerem de diabetes.

Para a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, “o facto de mais de metade dos portugueses se encontrar numa situação de insegurança alimentar, devido a problemas de acesso a uma alimentação adequada ou a literacia alimentar insuficiente, acrescendo o número insuficiente de nutricionistas nas estruturas públicas de saúde podem estar entre os fatores que mais contribuem para este cenário”.

O aumento do número de nutricionistas nos cuidados de saúde primários poderá ser o início do caminho para uma reversão eficiente deste cenário mas, considera a Bastonária, “importa colocar verdadeiramente a Nutrição na agenda política, pois muitas e variadas ações têm que ser encetadas, nomeadamente a implementação de um sistema integrado de vigilância alimentar e nutricional ”.

A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas afirma que “a obesidade é um peso muito além do peso e tem faltado atuação governamental para a resolução deste problema. Promover mais políticas saudáveis transversais aos diversos ministérios deve ser prioritário, para que consigamos criar alicerces que promovam a prevenção”.

Aprovado em Conselho de Ministros
O Governo criou um regime especial e transitório para a contratação de médicos especialistas, com o objetivo de dar resposta...

O Conselho de Ministros estabeleceu este regime para admissão de médicos assistentes, da carreira especial médica e da carreira médica das entidades públicas empresariais integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), para colmatar a ausência de um número suficiente de profissionais para dar resposta às necessidades da população.

Segundo o comunicado da Presidência do Conselho de Ministros, os concursos de recrutamento para os postos de trabalho de pessoal médico não se adequam à contratação destes “profissionais altamente diferenciados, com a celeridade que as necessidades das populações exigem”.

Por isso, o Governo considera importante estabelecer um regime que permita a suficiente agilidade na admissão de médicos especialistas, que já tenham o internato médico, mas que não tenham vínculo às instituições de saúde públicas.

“A aprovação deste regime pretende dar resposta à escassez de médicos em Portugal e garantir o acesso a cuidados de saúde de qualidade a todos utentes do SNS”, afirma o Conselho de Ministros, acrescentando que esta medida “vai no sentido da defesa do SNS, estabelecida como prioridade do XXI Governo Constitucional”.

Em Coimbra
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra está a sensibilizar os homens, através de profissionais de saúde, para a importância...

“Todos ganham com o comprometimento masculino nos cuidados às crianças”, asseguram os responsáveis pela coordenação do projeto, que está ser desenvolvido, “para já”, em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), através das maternidades Bissaya Barreto e Daniel de Matos e o Hospital Pediátrico, e o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Mondego.

O envolvimento na educação dos filhos também torna, de acordo com estudos internacionais, os pais “mais felizes e saudáveis”, afirma a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC).

Até ao momento, as ações para “capacitar, no contexto clínico, a tornar mais efetivo o comprometimento masculino” nos cuidados aos filhos, já implicaram meia centena de profissionais de saúde, maioritariamente enfermeiros.

O projeto resulta da adaptação para Portugal do ‘Programa P’ (de pai), da responsabilidade do Instituto Promundo, organização não-governamental sediada no Brasil, que “certificará as instituições de saúde aderentes como unidades promotoras da paternidade e do cuidado”.

Embora a aumentar, o envolvimento dos pais nos cuidados dos filhos “ainda é baixo, não se equipara ao das mulheres e é pouco incentivado nos serviços de saúde”, sublinham Maria Neto e Cristina Veríssimo, docentes da ESEnfC, que coordenam, com o Promundo, o trabalho em Portugal.

“Já eram conhecidas as vantagens da participação dos pais nos cuidados aos filhos, quer para as mães, quer para as crianças”, mas a investigação internacional mais recente revela que “os homens que se envolvem no cuidado aos filhos também cuidam mais da respetiva saúde, têm menos comportamentos de risco, são mais produtivos, menos agressivos e têm melhor saúde física e mental”, salientam as docentes da ESEnfC.

Especialistas em enfermagem de saúde materna e obstétrica e em enfermagem comunitária Maria Neto e Cristina Veríssimo defendem que “deve haver um espaço já pensado e concebido para a presença do pai quando ele vai às consultas de vigilância pré-natal”.

O pai deve ser “acolhido e envolvido em todo o processo de cuidados", deve ser "informado das vantagens da sua participação nos cuidados ao filho, bem como da legislação que o protege”, afirmam as docentes, citadas pela ESEnfC.

A presença do pai nas consultas deve ser aproveitada também para, designadamente, “incrementar uma vigilância ativa” da sua saúde, referem as responsáveis, alertando que essas presença e participação devem “continuar no trabalho de parto, no pós-parto e na vigilância de saúde da criança”.

O ‘Programa P’ prevê dois outros momentos, além da sensibilização dos profissionais de saúde, dirigidos a pais e mães (“grupos reflexivos em torno de questões como gravidez e parto, cuidados ao bebé e convivência sem violência”) e à comunidade, visando “o desenvolvimento de alianças, campanhas e planos de ação”.

As professoras da ESEnfC projetam, entretanto, alargar o programa a todo o território nacional, envolvendo não só organizações de saúde, mas também o poder político.

Linha Saúde 24
O serviço telefónico de auxílio à cessação tabágica só deverá arrancar em 2017, via Linha Saúde 24, estando os utentes...

Mais de um ano após a primeira data anunciada pelo Governo para o arranque da linha de cessação tabágica, e após sucessivos adiamentos, este serviço de apoio, via Linha Saúde 24, que deveria fazer um acompanhamento telefónico das pessoas ao longo no tempo, só deverá arrancar em 2017.

Em declarações, o coordenador da Linha, Sérgio Gomes, explicou que o que existe atualmente é o atendimento via Linha Saúde 24 (808 24 24 24) e depois um reencaminhamento para os serviços de saúde primários.

“Está tudo a trabalhar como previsto, ou seja, a Linha Saúde 24 está a receber chamadas (…) para outras situações, mas também para a cessação tabágica e, tal como a lei prevê, a chamada é transferida para um grupo de enfermeiros que faz uma pré-triagem, pré-avaliação, sendo depois dada orientação sobre programas disponíveis nos serviços de saúde, neste caso nos cuidados primários”, explicou.

Sérgio Gomes salientou que “havia uma expectativa anterior que tinha a ver com o atendimento e acompanhamento telefónico, que ainda não vai ser implementado”.

“O que estamos a fazer é aplicar a lei 109, na transposição da diretiva. Os utentes podem ligar o número da Saúde 24, que consta nos maços de tabaco, para saber quais os programas de cessação tabágica que existem nos centros de saúde”, sublinhou.

O coordenador da linha explicou que o serviço de apoio de acompanhamento telefónico que deverá arrancar em 2017 “vai existir sempre “dentro do centro de atendimento do Serviço Nacional de Saúde” (SNS).

A partir de hoje começam a ser vendidos maços de tabaco com imagens chocantes e frases de alerta.

As novas regras para a venda de tabaco constam de legislação publicada em agosto passado em Diário da República e que entrou em vigor no início de janeiro, determinando que as embalagens de produtos de tabaco para fumar (como cigarros, tabaco de enrolar e tabaco para cachimbo de água) devem apresentar “advertências de saúde combinadas”, que incluem texto e fotografias a cores.

A linha de cessação tabágica foi anunciada pela primeira vez no fim de agosto de 2014, com data prevista de arranque para final do mês seguinte (setembro).

No final de novembro, o então secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, anunciou para o início de 2015 o arranque da linha de cessação tabágica, bem como a revisão da lei do tabaco.

Em abril desse ano, a linha ainda não estava a funcionar e o Ministério da Saúde anunciou novamente o seu arranque para o dia 31 de maio, Dia mundial sem tabaco.

No entanto, no final desse mês foi tornado público pela tutela que a linha de cessação tabágica ficaria afinal a aguardar a lei do tabaco, para fazer coincidir o seu lançamento com a publicação da legislação.

Melanoma
O melanoma é o tipo de cancro de pele que mais mata no mundo.

A incidência dos cancros da pele têm aumentado de forma gradual ao longo dos últimos 30 anos em Portugal. Estima-se que todos os anos surgem cerca de 12 mil novos cancros da pele, dos quais 1000 serão melanoma.

O melanoma é um tipo de cancro da pele menos frequente mas também é o mais perigoso. Numa fase avançada o melanoma tem capacidade de metastizar e invadir outros órgãos.

Existem vários fatores de risco que podem estar na origem do aparecimento do melanoma cutâneo:

  • Doentes com a pele, olhos e cabelo claro que dificilmente bronzeiam.
  • Doentes com antecedentes familiares e pessoais de cancro de pele.
  • Doentes com uma exposição crónica (no trabalho ou lazer) e periódica (férias) ao sol.
  • Doentes com história de queimaduras solares na infância ou na adolescência.
  • Doentes com elevado número de "sinais" na pele.

Sinais de alerta

  • Quando um sinal surge de novo ou altera de tamanho, cor e ou forma.
  • Quando um sinal têm vários cores
  • Quando um sinal dá comichão
  • Quando um sinal fica em ferida e não cicatriza

O autoexame da pele é muito importante. O exame deverá ser feito de forma sistemática. O doente deve colocar-se à frente do espelho e examinar toda área corporal, incluindo pés e mãos.

Devemos aplicar a regra do ABCDE nos sinais o que pode ajudar a detetar o melanoma numa fase inicial:

A – Assimetria – metade do sinal não coincide com a outra metade.

B – Bordo irregular – os bordos do sinal são irregulares.

C – Cor – várias tonalidades de castanho ou preto, e por vezes avermelhados, azulados ou brancos.

D – Diâmetro – o sinal é maior do que 5mm

E – Evolução – um sinal que alterou significativamente em pouco espaço de tempo.

Tratamento
O tratamento do melanoma, apesar de depender do seu estádio, é sempre individualizado e decidido por uma equipa de vários profissionais de saúde.  Por isso, em caso de dúvidas consulte o dermtologista. Quando diagnosticado numa fase precoce a sobrevida é alta, mas numa fase avançada pode ser letal.

Como proteger a sua pele

  • Evitar a exposição solar em horas mais perigosas (entre as 11h30 e 16h30)
  • Usar vestuário e chapéu de proteção.
  • Aplicar protetor solar contra as raios UVA e UVB antes de sair de casa e reforçar de duas em duas horas.
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigadores portugueses
Um grupo de investigadores portugueses recebeu uma bolsa para estudar as necessidades psicossociais dos doentes com mieloma...

A principal preocupação "é caracterizar a amostra de doentes e cuidadores [com mieloma múltiplo], particularmente ao nível das necessidades sentidas, e compreender a influência das variedades clínicas, socio demográficas e psicológicas", relatou a coordenadora do projeto.

Com o projeto "Necessidades e Qualidade de Vida em Doentes com Mieloma Múltiplo e seus Cuidadores", Maria da Graça Pereira Alves, do Centro de Investigação em Psicologia da Universidade do Minho, ganhou a primeira bolsa da Associação Portuguesa Contra a Leucemia e Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas, no valor de oito mil euros.

"Pretendemos contribuir para criar programas de intervenção que possam promover a qualidade de vida e responder às necessidades, quer dos doentes, quer dos cuidadores", disse a investigadora, realçando que se trata do primeiro trabalho português a estudar o par doente e cuidador em simultâneo, analisando o que no paciente influencia o cuidador e o que no cuidador afeta o paciente.

Outro aspeto do estudo é "permitir informar a intervenção e o apoio prestado pelas associações portuguesas de ajuda a estes pacientes, criando projetos de apoio integrados, baseados em investigação", acrescentou Maria da Graça Pereira Alves.

Em Portugal, continuou, espera-se que existam 300 novos casos por ano desta doença, que é ainda pouco conhecida.

Um estudo realizado há dois anos concluía que cerca de um quarto dos pacientes com mieloma múltiplo tinha sintomas depressivos e de ansiedade e metade dizia necessitar de intervenção psicossocial, principalmente se fossem mais jovens e deprimidos, recordou a investigadora.

"O stress emocional é algo muito importante nestes doentes, até porque o próprio tratamento também pode provocá-lo e dai que seja importante avaliarmos estes aspetos", resumiu a especialista da Universidade do Minho.

A equipa de psicólogos clínicos e da saúde, que inclui um especialista da Universidade de Aveiro, pretende analisar o apoio social que estes doentes e os cuidadores podem ter, uma ajuda que "ameniza ou amortece o efeito do stress".

Nos cuidadores, será analisada a situação de sobrecarga pois, "muitas vezes, os cuidadores são familiares e uma doença crónica vai implicar mudanças nos papéis, nas rotinas, na estrutura familiar e nas responsabilidades", salientou.

As mulheres e os membros mais novos da família são aqueles que mais relatam não ter as suas necessidades satisfeitas.

Maria da Graça Pereira Alves agradeceu às duas associações e ao laboratório que financia a bolsa pois "sem este tipo de apoios é extraordinariamente difícil fazer investigação".

O mieloma múltiplo é uma doença maligna rara que afeta os plasmócitos - células sanguíneas da medula óssea e é o tipo mais comum de tumor das células plasmáticas, representa cerca de 1% dos tipos de cancro e cerca de 10% das doenças malignas do sangue.

Gradualmente
Os maços de tabaco com imagens chocantes, frases de alerta e o número da linha de saúde 24 que disponibiliza ajuda para deixar...

Apesar de a rotulagem começar hoje a ser usada nos maços de tabaco, foi definido um período de um ano (até 20 de maio de 2017) para escoar as embalagens antigas.

As novas regras para a venda de tabaco constam de legislação publicada em agosto em Diário da República e que entrou em vigor no início de janeiro, determinando que as embalagens de produtos de tabaco para fumar (como cigarros, tabaco de enrolar e tabaco para cachimbo de água) devem apresentar “advertências de saúde combinadas”, que incluem texto e fotografia a cores.

Algumas das opções constantes da “biblioteca de imagens” consistem em pulmões e línguas com tumores malignos, pessoas amputadas, mortas dentro de sacos ou em camas de hospital, uma mulher a cuspir sangue ou um bebé a fumar através de uma chucha.

Estas imagens são acompanhadas de frases de alerta, entre as quais “fumar provoca 9 em cada 10 cancros do pulmão”, “fumar provoca cancro da boca e da garganta”, “fumar provoca acidentes vasculares cerebrais e incapacidades”, “fumar agrava o risco de cegueira” e “os filhos de fumadores têm maior propensão para fumar”.

Além disto, passa a ser obrigatório as embalagens conterem duas advertências: “Fumar mata – deixe já” e “O fumo do tabaco contém mais de 70 substâncias causadoras de cancro”.

Ao todo, as advertências combinadas (texto e imagens) passam a ocupar 65% das embalagens, no caso dos maços de cigarros, em ambas as faces.

Está igualmente previsto arrancar hoje a linha de cessação tabágica, de acordo com a diretiva europeia que já foi transposta para a lei nacional.

A garantia foi dada no mês passado pelo diretor-geral da Saúde, no final de um encontro sobre medidas de saúde a adotar no verão, que explicou que das embalagens de tabaco vai constar a linha telefónica para a qual o fumador deve ligar para obter informações e ajuda sobre programas disponíveis para ajudar a deixar de fumar.

Infarmed
O Infarmed autorizou, no primeiro trimestre do ano, a realização de 32 ensaios clínicos, 30 dos quais promovidos pela indústria...

No final de 2015, estavam autorizados, para realização, 361 ensaios clínicos. Desde o início do ano, o Infarmed, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, recebeu 34 pedidos, tendo autorizado 32.

O tempo médio de resposta aos pedidos recebidos no primeiro trimestre do ano foi de 35 dias úteis, mais 23 do que em 2015.

A esmagadora maioria dos pedidos recebidos pelo Infarmed, nos primeiros três meses do ano, foram feitos pela indústria farmacêutica (trinta), com os restantes quatro a partirem do meio académico e não comercial.

Em relação aos medicamentos experimentais, os mais frequentes foram os antineoplásicos e imunomoduladores (14), seguindo-se os anti-infecciosos (seis), para o sistema nervoso central (quatro) e o sistema cardiovascular (quatro), entre outros.

A propósito do Dia dos Ensaios Clínicos, que se assinala hoje, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) associou-se a uma iniciativa internacional que visa alertar para o contributo de todos os agentes que possibilitam os avanços na medicina e evidencia os benefícios económico-sociais dos ensaios clínicos.

Segundo a Agência Europeia de Medicamento (EMA), todos os anos são autorizados cerca de 4.000 ensaios clínicos no Espaço Económico Europeu (EEE).

Tal resulta do “esforço conjunto de diversas entidades de investigação globais que contribui decisivamente para a forma como tratamos doentes e curamos inúmeras patologias”, lê-se na nota da Apifarma.

Esta associação vai assinalar a efeméride com a disponibilização, no seu sítio na internet, de um conjunto de vídeos sobre o panorama e o potencial dos ensaios clínicos.

Em 2015, 91% dos ensaios clínicos realizados em Portugal foram promovidos pela indústria farmacêutica.

Aquele que é considerado o primeiro ensaio clínico da história realizou-se a 20 de maio de 1747, quando James Lind, cirurgião naval escocês, conduziu o primeiro estudo comparativo realizado em condições experimentais controladas, aplicando sumo de limão a um grupo de marinheiros que sofriam de escorbuto, o que permitiu registar os efeitos positivos da Vitamina C junto destes doentes.

Portugal já a transpôs
A nova diretiva sobre o tabaco, que a Comissão Europeia acredita que irá ajudar a reduzir o número de fumadores, entra hoje em...

A revisão da lei comunitária sobre os produtos de tabaco, que prevê o aumento de advertências de saúde nos maços, com inclusão de imagens, a proibição de aromas e a regulamentação dos cigarros eletrónicos, entre outras medidas, foi acordada em 2014 e o prazo limite para a sua transposição era 19 de maio, estando por isso todos os Estados-membros forçados a aplicá-la a partir de hoje.

Fontes comunitárias indicaram que Portugal foi um dos primeiros cinco países a transpor a diretiva para a legislação nacional (com Alemanha, Itália, Malta e Eslovénia) e, na quinta-feira, véspera da entrada em vigor da lei revista, eram dez os Estados-membros que já a haviam transposto na íntegra, enquanto diversos outros se encontravam já em “estado avançado de transposição”, esperando Bruxelas que os restantes o façam, quanto antes.

“A partir de hoje, todos os países da UE devem cumprir a diretiva sobre produtos de tabaco, que visa reduzir o número de consumidores de tabaco, com a preocupação em particular de desencorajar os jovens a começar a fumar e assegurar que os cidadãos de toda a União estão completamente cientes dos efeitos nefastos do tabaco”, comentou o comissário europeu da Saúde, Vytenis Andriukatis.

Segundo estimativas do executivo comunitário, uma redução no consumo de tabaco de apenas 2% já representaria uma poupança anual, a nível de prestação de cuidados de saúde, de aproximadamente 506 milhões de euros, para toda a UE.

Em Portugal, e já a partir de hoje, começam então a ser vendidos maços de tabaco com imagens chocantes, frases de alerta e o número da linha de saúde 24 que disponibiliza ajuda para deixar de fumar, embora a introdução destas embalagens seja gradual.

A nova rotulagem vai começar a ser usada nos maços a partir de 20 de maio, sendo no entanto estabelecido ainda um período de um ano (até 20 de maio de 2017), para escoar as embalagens antigas.

As novas regras para a venda de tabaco constam de legislação publicada em agosto, em Diário da República, que entrou em vigor no início de janeiro, determinando que as embalagens de produtos de tabaco para fumar (como cigarros, tabaco de enrolar e tabaco para cachimbo de água) devem apresentar “advertências de saúde combinadas”, que incluem texto e fotografia a cores.

Ao todo, as advertências combinadas (texto e imagens) passam a ocupar 65% das embalagens, no caso dos maços de cigarros, em ambas as faces.

No mesmo dia está previsto arrancar a linha de cessação tabágica, de acordo com a diretiva europeia que já foi transposta para a lei nacional.

A garantia foi dada no mês passado pelo diretor-geral da Saúde, Francisco George, no final de um encontro sobre medidas de saúde a adotar no verão, que explicou que, nas embalagens de tabaco, vai constar a linha telefónica para a qual o fumador deve ligar para obter informações e ajuda sobre programas disponíveis para ajudar a deixar de fumar.

Rio2016
A organização dos Jogos Olímpicos do Rio2016 anunciou a distribuição de 450 mil preservativos aos atletas presentes na...

O número estabelece assim um novo recorde de preservativos distribuídos em Jogos Olímpicos, triplicando o número de contracetivos dispensados aos atletas em Londres2012 – 150 mil.

“Distribuiremos 450 mil preservativos aos atletas a partir de 24 de julho, data da abertura da Cidade Olímpica”, declarou um porta-voz do Comité Rio2016, precisando que 150 mil dos preservativos distribuídos serão “femininos”.

“O Brasil encoraja muito as relações sexuais protegidas e os atletas são um exemplo para a população. Eles podem desempenhar um papel importante na luta contra a SIDA”, acrescentou o porta-voz.

País pioneiro na luta contra a SIDA, o Brasil disponibiliza tratamento gratuito a 730 mil portadores do vírus.

Todos os anos, o Ministério da Saúde do Brasil distribui mais de 600 milhões de preservativos, nomeadamente na época de Carnaval.

Instituto de Medicina Molecular
Um estudo de um grupo de investigadores do Instituto de Medicina Molecular, revela as potencialidades da nanotecnologia para...

Os autores do estudo, publicado na revista Nature Nanotechnology, analisaram amostras de sangue de dadores saudáveis e de dadores com insuficiência cardíaca e verificaram que, nestes últimos, o risco de virem a ter complicações cardiovasculares aumenta quando é necessária uma 'força' maior para 'descolar' uma proteína que se 'liga' aos glóbulos vermelhos, e que é também fundamental para a coagulação sanguínea.

A proteína em causa é o fibrinogénio, que, ao ligar-se aos glóbulos vermelhos, "vai tornar o fluxo sanguíneo mais viscoso", constituindo "um fator de risco cardiovascular", assinalou o investigador Nuno Santos, coordenador da equipa do Instituto de Medicina Molecular (iMM Lisboa).

Os investigadores analisaram amostras de sangue de 30 dadores saudáveis e de 30 doentes com insuficiência cardíaca, que estavam a ser seguidos no Hospital Pulido Valente, em Lisboa, e que o grupo científico acompanhou durante um ano.

Os cientistas isolaram os glóbulos vermelhos e usaram um microscópio de força atómica para medir a 'força' de ligação do fibrinogénio a estas células, também conhecidas por eritrócitos.

Verificaram que a 'força' exigida para 'arrancar' a proteína do glóbulo vermelho é maior nos doentes com insuficiência cardíaca, quando comparada com a de dadores de sangue saudáveis.

Além disso, e mais importante, de acordo com os investigadores, é que os doentes com insuficiência cardíaca que necessitavam, inicialmente, de mais 'força' para 'descolar' o fibrinogénio dos glóbulos vermelhos, tiveram, ao fim de um ano, um "risco maior de ser hospitalizados devido a complicações cardiovasculares".

Para Nuno Santos, a técnica utilizada, do domínio da nanotecnologia, a microscopia de força atómica, pode servir de auxiliar para um médico, na avaliação do risco de doenças cardiovasculares em pessoas com insuficiência cardíaca.

Falta agora saber de que forma esse risco pode ser reduzido, interferindo na ligação da proteína aos glóbulos vermelhos.

O estudo contou com a participação dos investigadores Ana Filipa Guedes e Filomena Carvalho, do iMM Lisboa, e do cardiologista Luís Sargento.

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