Dia Mundial das Doenças Reumáticas
No dia em que se assinala mundialmente as Doenças Reumáticas, António Vilar, reumatologista, fala-no

“O FUTURO NAS TUAS MÃOS”

É com este lema que celebramos a 12 de outubro o dia mundial da artrite.

O objetivo é aumentar a visibilidade das doenças reumáticas e permitir ao publico em geral uma melhor compreensão do impacto das doenças reumáticas (DR) na vida das pessoas.

Pretendemos encorajar a partilha dos casos pessoais, da forma como convivem com as DR, como ultrapassaram os seus problemas profissionais , familiares e sociais por forma a encorajar os doentes reumáticos a viver com a melhor qualidade possível .

Procuramos o empoderamento do público em geral e dos doentes em particular, nas suas associações , em intervenções nas redes sociais e na vida pública.

No sector da saúde fazendo-se representar em todos os níveis de decisão e não apenas como meros espectadores das decisões que são tomadas sobre a sua saúde e sobre as suas vidas.

Aproveitem todas as oportunidades para AGIR e fazer a diferença na qualidade de vida dos doentes em Portugal.

TOMEM O FUTURO NAS VOSSAS MÃOS!

Este tem sido o exemplo da ANDAR associação nacional dos doentes com artrite reumatóide que há mais de 20 anos apoia os doentes com artrite reumatóide em Portugal.

Temos partilhado com os nossos doentes as grandes conquistas e descobertas no tratamento da artrite reumatóide (AR), e podemos mesmo dizer que nos últimos 15 anos, grandes avanços e progressos vieram modificar o prognóstico e a qualidade de vida na AR.

Os medicamento inovadores chegaram em 2000 e com eles uma nova oportunidade para os doentes com AR em Portugal. Em 2006 termina a discriminação no acesso aos medicamentos inovadores com o despacho de comparticipação.

As palavras de “resignação” e “não há nada a fazer” são hoje substituídas por “foi o melhor que me aconteceu na vida”, “pena não ter começado mais cedo” “ nem me lembro que tenho artrite”.

Mas ainda não é a cura! Na AR a remissão da doença sem medicamentos é ainda uma quimera, e mais de metade dos doentes que param os biotecnológicos (BT) vêm agravar a sua doença no prazo de 1 ano…

Noutras doenças reumática também surgem avanços. Na artrite associada á psoríase novos medicamentos inovadores vêm enriquecer a panóplia dos BT.

O Sekukinumab demonstra reduzir o dano estrutural após 1 ano de tratamento.

Na gota novos fármacos apareceram como alternativa ao alopurinol, para além do Febuxostat que tem mostrado eficácia e boa tolerância mesmo em doentes com insuficiência renal moderada a grave.

No Lúpus a remissão é possível após 3 anos em cerca de 1/5 dos doentes, mas recaídas podem ocorrer mesmo após 10 anos de remissão.

Novas enzimas (inibidores JAK) parecem tão eficazes como alguns BT.

Uma melhor compreensão pelos doentes do risco cardiovascular na AR, parece ser importante para além da correção dos fatores de risco conhecidos como a hipertensão e dislipidémia.

Novos marcadores de doença e fatores de risco são conhecidos na AR e fazem do diagnóstico precoce e do tratamento da artrite inicial uma vantagem no melhor prognóstico.

Na artrose a mais frequente doença reumática em todo o mundo, novos avanços são conhecidos e a imunologia começa a dar novas informações sobre a doença e esperamos os resultados dessas investigações.

Mas para além dos avanços mantém-se os cuidados do passado que vale a pena referir e insistir: os fatores de risco para a artrose são a idade…, o excesso de uso e traumatismos repetidos, os nossos genes e o excesso de peso nalgumas articulações de carga.

É possível intervir já nalguns deles pelo que a marcha, desde que não agrave os sintomas, (e uma alternativa são os exercícios em descarga ou dentro de água), a redução do peso que também é relevante no desencadear da diabetes e das alterações do colesterol, vão na direção de uma vida mais saudável, sem tabaco nem abuso de bebidas alcoólicas.

Na gota o controlo do peso e a DIETA são a base muitas vezes esquecida e ofuscada pelo aparecimento do Alopurinol. Os desmandos alimentares são ainda hoje uma causa de recidiva das crises agudas.

Uma boa parte das consultas de reumatologia são motivadas por manifestações músculo esqueléticas localizadas a que chamávamos inadequadamente de reumatismos justa articulares ou periarticulares.

Correspondem ás queixas localizadas ao cotovelo (epicondilite) também conhecida pelo cotovelo do tenista, do ombro com lesão dos tendões (tendinose/tendinite) , inflamação das bolsas (bursite) que podem ser muitíssimo dolorosas e incapacitantes. Também nas ancas podem ocorrer e imitar outras doenças crónicas ou ser uma manifestação inicial de um reumatismo inflamatório crónico.

Os quadros acima descritos aparecem também hoje associados ao trabalho e merecem a atenção da saúde ocupacional.

Estas e muitas outras (mais de 130) manifestações das Doenças Reumáticas  são bem conhecidas dos reumatologistas que devem ser consultados quando uma dor persiste para além das 4 semanas, ou sempre que um diagnóstico está em dúvida ou não surge resposta é terapêutica utilizada.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa
Os consumidores vão começar a receber nos pontos de venda informação sobre os benefícios do consumo de leite, quer através de...

A campanha de esclarecimento foi hoje anunciada no Ministério da Agricultura, numa iniciativa que juntou toda a fileira do leite, desde os produtores até à distribuição, e os profissionais de saúde, representados na Direção-geral de Saúde e na Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN), que disponibiliza um livro eletrónico sobre o leite no seu ‘site’ e que pode ser gratuitamente descarregado.

“É a primeira vez que os parceiros se juntam e vêm ao ministério apresentar uma iniciativa tão importante para a saúde e economia agrícola”, disse o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, à margem da cerimónia, congratulando-se pelos “esforços conjuntos” para chamarem a atenção para as boas qualidades do leite.

O governante disse que “nos últimos meses ou anos, o setor do leite “tem sido alvo de sucessivas campanhas de destruição da imagem”, o que tem consequências económicas e na “boa alimentação” dos consumidores.

A diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Ana Isabel Trigo Morais, explicou ainda que o objetivo da campanha é o de levar a mensagem do benefício do consumo de leite a todos os pontos de venda do país e “transformar” o comportamento do consumidor, ajudando a fileira do leite.

Helena Real, da Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN), defendeu que o leite é um alimento com muitas proteínas de alto valor biológico e vitaminas, sendo um alimento muito saudável, mas não indispensável.

“Quando escolhemos um leite devemos olhar para o rótulo e ver as suas propriedades”, explicou, defendendo ainda a importância de saber ler se o leite é nacional, para preservar a economia nacional, e se é oriundo de uma produção sustentável, mais benéfico em termos ambientais.

Quanto à existência de antibióticos no leite, respondeu: “É importante perceber que a legislação é cumprida e todo o leite comercializado passou por testes e análises que fazem com que o consumidor possa estar tranquilo”, afirmou Helena Rea.

Listas de espera
O diretor-geral de Saúde, Francisco George, disse hoje no Porto que o problema das listas de espera nas cirurgias da obesidade...

“Estamos a resolver esse assunto. A situação do país não é particularmente preocupante, se compararmos com outros estados membros da União Europeia, mas em particular com os EUA, mas temos de acelerar o acesso dos doentes à cirurgia especializada”, afirmou Francisco George.

De acordo com o Diário de Notícias de hoje – Dia Nacional de Prevenção da Obesidade – “até junho havia 1.493 doentes à espera, sendo que há muitas pessoas que esperam dois anos pela cirurgia”.

O DN refere ainda que o Ministério da Saúde vai avançar com um programa para reduzir as listas de espera nas cirurgias da obesidade e disponibilizar 12 milhões de euros para operar dois mil doentes em 2017.

Em declarações aos jornalistas, à entrada da cerimónia de assinatura de contratos com o Centro Hospitalar de São João para o processo de certificação e acreditação de onze centros de referência, o diretor-geral de Saúde defendeu a necessidade de “levar mais a sério” a prevenção do excesso de peso, “insistindo mais na qualidade dos alimentos que adquirimos para consumo”.

“Desde que as escolhas sejam alimentos saudáveis, sem apresentarem teores excessivos, não só em calorias, mas também em sal, açúcar e gorduras, ainda vamos a tempo de fazer recuar a epidemia, porque é de epidemia que tratamos, a epidemia do excesso de peso e da obesidade”, acrescentou.

Reconhecimento
O Centro Hospitalar de São João (CHSJ), no Porto, viu hoje reconhecidas onze áreas clínicas como centros de referência nacional...

Na assinatura de contratos entre o CHSJ e a Direção Geral de Saúde para o processo de certificação e acreditação das onze unidades, chamadas agora centros de referência, Francisco George considerou que “estes contratos são da maior importância no quadro de Portugal, incluindo as regiões autónomas, porque estas unidades podem receber doentes de todo o país”.

Segundo explicou, “deixa de prevalecer a referência geográfica da residência do doente para passar a ser mais importante a referência em relação ao tratamento da doença”.

“Mas, por outro lado, estamos envolvidos num grande movimento, no contexto europeu, para a mobilidade de doentes, e é também neste sentido que estes centros têm toda a importância, visto que no conjunto da União Europeia, a acreditação destes centros também interessa a doentes de qualquer um dos outros países dos 28 estados membros da União”, sublinhou.

Em declarações aos jornalistas, o diretor clínico do CHSJ, José Artur Paiva, referiu que se trata de “um processo que promove a cooperação interinstituições e inter-hospitalares, polarizando em determinados hospitais um acervo de experiência de intervenções que, para serem bem feitas, precisam de ser feitas muitas vezes”.

“Cria-se uma 'network', uma rede de discussão de casos, que promove a cooperação interinstitucional, que permite a todo o cidadão com uma determinada patologia, que neste caso são onze, que seja discutida numa rede de conhecimento mais alargada e, portanto, mais segura para o doente. Promove, além do acesso à discussão, o acesso à transferência, quando isso se justifica”, explicou.

No fundo – acrescentou – “o que estamos a fazer aqui não é o fim de um processo, é certo que fomos selecionados para ter na região Norte a maioria dos centros de referência nas várias áreas, desde a oncologia, pediatria ou a transplantação, por exemplo, mas mais do que isso é o início de um processo porque vai promover uma metodologia de certificação e acreditação que, com avaliação contínua do que fazemos, cria círculos virtuosos de melhoria de qualidade sistemática”.

José Artur Paiva anunciou ainda duas candidaturas a centros de referência europeus, “uma delas pertencente a um destes onze centros de referência nacional, na área das doenças hereditárias e do metabolismo, e outra área não identificada ainda nacionalmente como centro de referência que é a área do cancro genético”.

“A Europa teve a mesma consciência que Portugal tem, isto é, o acesso dos cidadãos dos países europeus à qualidade em saúde não é igual e, portanto, é importante identificar vários polos dentro da Europa que são muito bons no tratamento de determinada patologia. Portugal está dentro deste barco e, felizmente, é polarizador em algumas patologias”, frisou.

Na cerimónia foram assinados contratos de Certificação e Acreditação nacional para as áreas clínicas de Cardiologia de Intervenção Estrutural, Cardiopatias Congénitas, Doenças Hereditárias do Metabolismo, Oncologia de Adultos - Cancro do Esófago, Oncologia de Adultos - Cancro do Testículo, Oncologia de Adultos - Cancro do Reto, Oncologia de Adultos - Cancro Hepatobilio/Pancreático, Transplante de Rim Adultos, Epilepsia Refratária, Oncologia Pediátrica e Transplante de Coração de Adultos.

Parceria
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) anunciou hoje a celebração de um acordo com a Universidade de São Paulo...

Em comunicado enviado à agência Lusa, o CHUC adianta que o protocolo de colaboração incentiva estágios recíprocos, pós-graduações e linhas de investigação.

O acordo tem ainda como objeto a cooperação nas áreas de anestesiologia, transplantação renal e hepática, cirurgia cardiotorácica, investigação e translação em células estaminais e investigação clínica.

O protocolo foi assinado pelo presidente do CHUC, Martins Nunes, e pelo responsável da Universidade de São Paulo/Hospital das Clínicas, José Otávio Auler.

A cerimónia foi presenciada pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, o reitor da Universidade de Coimbra (UC), João Gabriel Silva, o diretor executivo das Relações Internacionais da Faculdade de Medicina da Universidade de S. Paulo, Eduardo Moacyr Krieger, e o presidente da Aliança M8, Detlev Ganten.

O CHUC salienta que a Universidade de São Paulo foi a instituição que "apoiou desde a primeira hora" a candidatura portuguesa para a realização em Coimbra da conferência intercalar de 2018 da Cimeira Mundial de Saúde.

Portugal, representado pelo consórcio CHUC/UC, foi admitido a 11 de outubro de 2015 na Aliança M8, que tem como missão principal a melhoria da saúde a nível global e organiza anualmente a Cimeira Mundial de Saúde.

A Assembleia Geral da Aliança M8 realizou-se no sábado em Berlim, e até hoje decorre a Cimeira Mundial de Saúde, também nesta cidade alemã, com a presença do Governo português, representado pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, do consórcio CHUC/UC e da Academia Portuguesa de Medicina.

A conferência intercalar da Cimeira Mundial de Saúde de 2018 vai realizar-se em Coimbra, a 20 e 21 de abril, no Convento São Francisco, de acordo com a decisão votada por unanimidade na assembleia-geral da Aliança M8.

"O evento de Coimbra será dedicado ao tema da Medicina de Fronteira, analisando diversas vertentes da prestação de cuidados de saúde em condições adversas, quer por se tratar de zonas subdesenvolvidas, quer por haver situações de guerra e pós-guerra, fluxos de refugiados, alterações climáticas e pandemias", anunciou o consórcio português em comunicado enviado à agência Lusa.

A presença do consórcio Universidade de Coimbra e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra na Aliança M8 - o G8 da Saúde - é um motivo de orgulho e uma honra para o Governo português, disse na sexta-feira o secretário de Estado da Saúde.

Reduzir obesidade e diabetes
A Organização Mundial de Saúde apelou à tributação das bebidas açucaradas como forma de reduzir o consumo e os seus impactos na...

Numa altura em que se discute, em Portugal, a eventual introdução de um 'fat tax', um imposto sobre produtos alimentares que prejudicam a saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que uma política fiscal que aumente, pelo menos em 20%, o preço a retalho das bebidas açucaradas resultará numa redução proporcional do consumo desses produtos.

Os dados constam de um relatório intitulado "Políticas fiscais para a Dieta e a Prevenção de Doenças Não Transmissíveis", citado num comunicado hoje divulgado pela agência das Nações Unidas para a Saúde.

Segundo o documento, a redução do consumo de bebidas açucaradas significa uma menor ingestão de "açúcares livres" e de calorias, uma melhoria nutricional e uma queda do número de pessoas a sofrer de excesso de peso, obesidade, diabetes e cáries dentárias.

Os açúcares livres são monossacarídeos (como a glucose e a frutose) e dissacarídeos (como a sacarose ou o açúcar de mesa) adicionados aos alimentos e bebidas pelo fabricante, cozinheiro ou consumidor, assim como os açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes, sumos de fruta e sumos de fruta concentrados.

"O consumo de açúcares livres, incluindo produtos como bebidas açucaradas, é um fator importante no aumento global da obesidade e da diabetes", disse Douglas Bettcher, diretor do departamento de prevenção de doenças não-transmissíveis da OMS, citado no comunicado.

"Se os governos taxarem produtos como as bebidas açucaradas, podem reduzir o sofrimento e salvar vidas. Podem também reduzir os custos da saúde e aumentar receitas para investir nos serviços de saúde", acrescentou.

A OMS recorda que em 2014 mais de um em cada três (39%) adultos em todo o mundo tinha excesso de peso e que a prevalência global da obesidade mais do que duplicou desde 1980, com 11% dos homens e 15% das mulheres atualmente considerados obesos.

Estima-se também que 42 milhões de crianças com menos de cinco anos tenham excesso de peso ou obesidade, um aumento de cerca de 11 milhões nos últimos 15 anos.

Também o número de pessoas a viver com diabetes tem vindo a aumentar, de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014 e estima-se que a doença tenha sido diretamente responsável por 1,5 milhões de mortes só em 2012.

"Nutricionalmente, as pessoas não precisam de qualquer açúcar na sua dieta. A OMS recomenda que, se as pessoas consumirem açúcares livres, mantenham a sua ingestão abaixo de 10% de todas as suas necessidades energéticas, reduzindo-a abaixo dos 5% para benefícios sanitários adicionais. Isto equivale a menos de uma dose (250 ml) diária de uma das bebidas açucaradas normalmente consumidas", disse Francesco Branca, diretor do departamento de Nutrição para a Saúde e o Desenvolvimento na OMS.

Além de propor a tributação dos alimentos e bebidas para os quais existem alternativas mais saudáveis, o relatório agora divulgado sugere a concessão de subsídios aos legumes e frutas frescas que permitam reduzir os preços em 10 a 30% para aumentar o seu consumo.

A OMS cita o exemplo do México, que já aplicou um imposto sobre o consumo de bebidas não alcoólicas com açúcar adicionado, e a Hungria, que impôs um imposto sobre produtos com elevados níveis de açúcar, sal ou cafeína.

Em Portugal, o governo planeia introduzir uma taxa do género, que o Jornal de Negócios diz hoje dever recair apenas sobre refrigerantes, deixando de fora outros produtos, como sumos, néctares e bebidas doces à base de leite, ou alimentos com excesso de sal, açúcar ou gorduras.

O plano em cima da mesa é que existam dois escalões, até um máximo de 16,44 cêntimos por litro, o que significa mais cinco cêntimos numa lata de bebida, escreve aquele diário.

Em Coimbra
Mais de uma centena de profissionais de saúde participa na quinta-feira, no IPO de Coimbra, num debate sobre Tromboembolismo...

Segundo Élia Moura Guedes, especialista em imunoterapia, o tromboembolismo é uma situação "muito frequente e afeta um em cada cinco doentes oncológicos".

A médica, porta-voz do Grupo de Trabalho para a Profilaxia do Tromboembolismo do IPO de Coimbra, salienta que os doentes com cancro apresentam risco quatro a sete vezes superior à população em geral.

"Noventa por cento dos tromboembolismos ocorrem nas veias profundas da coxa e da perna, alterando a cor da pele, inchaço e dor, pelo que estes sinais devem servir imediatamente de alerta para as pessoas procurarem cuidados médicos", frisou a especialista à agência Lusa.

A prevenção e o diagnóstico precoce são, de acordo com Élia Moura Guedes, as formas mais eficazes para diminuir as probabilidades de existência de tromboembolismo.

A médica do IPO de Coimbra recomenda aos cidadãos uma dieta saudável, equilibrada, exercício físico regular, ingestão de água, controlo de peso e não fumar.

O tromboembolismo é um importante problema de saúde pública a nível mundial, sendo responsável por 540.000 mortes por ano na União Europeia, com impacto na morbilidade, mortalidade e consumo de recursos.

O debate de quinta-feira, no auditório do IPO Coimbra, em que participam os outros dois polos nacionais (Lisboa e Porto), vai servir para "partilha de experiências, atualização de conhecimentos e adoção de estratégia comum de atuação na prevenção", adiantou Élia Moura Guedes.

Trata-se de uma iniciativa conjunta dos três institutos de oncologia do país (Lisboa, Porto e Coimbra) que, anualmente e de forma rotativa, procuram proporcionar aos profissionais destas áreas as últimas atualizações e recomendações nacionais e internacionais.

O evento, que se realiza no âmbito do Dia Mundial da Trombose, reúne médicos, enfermeiros e farmacêuticos.

Opinião
“Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.

Em tempos em que o homem parece não ter tempo para nada, os estilos de vida saudáveis revestem-se de uma importância primordial em saúde. Quando a palavra de ordem é a prevenção, os hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividade física são os fatores que mais contribuem para a saúde das populações, no que respeita a doenças crónicas não transmissíveis.

Em Portugal, dados recentes do estudo Global Burden of Diseases (GBD), mostram que os hábitos alimentares inadequados surgem como o fator de risco que mais contribui para o total de anos de vida saudável perdidos pela população, seguindo-se da hipertensão arterial, da obesidade e do sedentarismo, entre outros.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade, pandemia mundial do século XXI, mais do que duplicou desde 1980. Em 2014, mais de 1.9 biliões (39%) de adultos tinha excesso de peso, 600 milhões (13%) dos quais eram obesos. Mais preocupante ainda quando se observa que 41 milhões de crianças com idade inferior a 5 anos têm excesso de peso ou são obesas. Em Portugal, em 2014, segundo o Inquérito Nacional de Saúde, mais de metade da população portuguesa adulta (52,8%) tinha excesso de peso e, de acordo com o Childhood Obesity Surveillance Initiative (COSI), 31,6% das crianças entre os 6 e os 8 anos tinham excesso de peso ou obesidade.

A obesidade tem como consequência um maior risco de desenvolvimento de acidente vascular cerebral, doença cardiovascular, diabetes, doença osteoarticular e alguns tipos de cancro.

Em Portugal, em 2002, os custos indiretos totais com a obesidade foram estimados em 199,8 milhões de euros.

A boa notícia: a obesidade é largamente prevenível através da adoção de estilos de vida saudáveis, pelo que a OMS recomendou aos governos a urgente implementação de programas que promovam a ingestão de alimentos saudáveis em detrimento daqueles com elevada densidade calórica e das bebidas açucaradas, a atividade física, ambientes escolares saudáveis. Em Portugal, o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável desenvolvido pela Direção-Geral da Saúde (DGS) adota um modelo de estratégia semelhante com vista a modificar comportamento alimentar e promover hábitos alimentares saudáveis. Muitas das medidas sugeridas baseiam-se na necessidade de se modificarem as escolhas alimentares, através de educação para a saúde, tendo como alvos prioritários populações de mais baixo nível de literacia e mais baixos rendimentos. Por outro lado, menciona ainda medidas que condicionem a procura de alimentos menos saudáveis, das quais se destaca o agravamento do preço por forma a limitar a compra e a direcionar a indústria alimentar no sentido da reformulação dos seus produtos alimentares.

Impera assim a necessidade de colocar esta problemática na agenda dos decisores políticos para que medidas de combate à obesidade se tornem numa realidade transversal ao país, prevenindo-se dessa forma muitas outras das doenças crónicas não transmissíveis para as quais a obesidade é fator de risco importante, com especial destaque para o acidente vascular cerebral, primeira causa de mortalidade e incapacidade não traumática no nosso país.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
DGS quer controlo uniformizado do excesso de peso
Qualquer pessoa que, por qualquer motivo, recorra a uma consulta num centro de saúde deverá ser pesada e medida. Mesmo que...

Este é um dos objetivos do Plano Assistencial Integrado (PAI) para a Pré-Obesidade, um modelo de intervenção da Direção-Geral da Saúde, que se encontra em fase de finalização. O objetivo é que haja um controlo uniformizado do excesso de peso nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde e, posteriormente, nos hospitais. A adesão dos centros de saúde é voluntária.

"Estamos a criar um Plano Integrado para a Pré-Obesidade que vai permitir uniformizar a intervenção nos vários serviços do SNS. Quando a pessoa entra numa unidade de cuidados de saúde primários para uma primeira consulta vai ser pesada e medida, depois esse controlo prossegue na segunda consulta, e assim sucessivamente", adiantou, em declarações ao Diário de Notícias, Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Alimentação Saudável, da DGS. "Esta será uma forma de ter, pela primeira vez, uma monitorização do tratamento da obesidade em Portugal".

Se a pré-obesidade não for combatida, diz Pedro Graça, tende a "estabilizar e progredir". Por ser um estado muito inicial, "por vezes é negligenciada pelos profissionais de saúde". E é contra isso que este plano quer lutar. A ideia é que "ao longo do SNS, sempre que aparece um paciente com características de pré-obesidade, seja visto de forma idêntica" em todas as unidades de saúde, uma vez que, atualmente, "não há uma intervenção padronizada".

Da regularidade das consultas ao material que é distribuído, tudo será idêntico nos centros de saúde que aderirem ao PAI. "Isto permite-nos ter uma radiografia quase diária de como é que o problema se está a desenvolver no País."

Quando for diagnosticada pré-obesidade a um paciente, este será encaminhado para uma consulta específica que, se não for possível na hora, será marcada num prazo previamente estabelecido. Reconhecendo a escassez de profissionais nos cuidados de saúde primários, Pedro Graça explica que o plano será testado nas unidades que tiverem profissionais em número suficiente. Serão uma espécie de "laboratório vivo".

Em Portugal, dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde em 2015 revelaram que mais de 35% das crianças com idades entre os seis e os oito anos possuíam uma corpulência excessiva, isto é, um índice de massa corporal elevado para a idade e sexo, e que mais de 14% das crianças tinham obesidade. Esses dados revelam ainda que, na população entre os 10 e os 18 anos, a prevalência de excesso de peso é superior a 30% e a da obesidade ronda os 8%.

Carlos Oliveira, presidente da Adexo (Associação de doentes obesos e ex-obesos de Portugal), não acredita no plano de controlar o excesso de peso. "Os meios que existem ao dispor para controlar o excesso de peso são a alteração dos hábitos alimentares e o exercício físico. E o grande problema é garantir que as pessoas com peso a mais vão a essas consultas", explica. "Quem está preocupado é quem tem obesidade e é no tratamento dos obesos que o Ministério da Saúde devia apostar", comentou Carlos Oliveira (ver texto principal).

Intervir da escola às empresas
Para melhorar o estado nutricional dos portugueses, a Direção-Geral da Saúde lançou, em 2012, o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, que, lê-se no site, tem como estratégia "a modificação da oferta de determinados alimentos (com elevado teor de açúcar, sal e gordura), controlando o seu fornecimento e vendas nos estabelecimentos de ensino, de saúde, nas instituições que prestam apoio social e nos locais de trabalho e incentivando a maior disponibilidade de outros alimentos como a água, frutos ou hortícolas frescos". Através do programa FOOD, por exemplo, iniciativa lançada pelo Grupo Edenred na Europa, procura promover hábitos saudáveis nos locais de trabalho.

Além dos projetos na área da saúde, as escolas e associações em fins lucrativos também lutam para promover uma alimentação saudável. Pedro Graça destaca, ainda, a intervenção do poder local. Grandes autarquias do País, como Porto e Lisboa, estão a integrar nutricionistas nos seus quadros."

Estudo
Apesar dos avanços da medicina, o limite da esperança de vida humana ronda os 115 anos, aponta um grande estudo que vê muitas...

Uma investigação publicada recentemente pela revista Nature afirma que, apesar dos avanços nas áreas da medicina e da nutrição, os seres humanos têm uma longevidade limitada que já pode ter sido alcançada.

O estudo conclui que existem poucas hipóteses de um novo recorde de longevidade, fixado em 122 anos, uma vez que o limite máximo da vida humana é de 115 anos, escreve o Sapo.

Utilizando um banco de dados global com estatísticas sobre o envelhecimento, a análise avalia que, enquanto a esperança de vida aumentou no século passado para alguns grupos – crianças, mulheres durante o parto e idosos –, esse crescimento desacelerou no caso dos idosos em idade avançada.

"Parece extremamente difícil, senão impossível, romper o limite máximo, devido à complexidade do processo de envelhecimento", afirma o cientista e autor do estudo Jan Vijg, da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova Iorque.

Ser humano com a vida mais longa
Desde que há registo, Jeanne Calment foi a mulher até à data a viver mais anos na história da humanidade. Morreu em 1997 em França aos 122 anos.

Segundo as estimativas dos cientistas, as hipóteses de um indivíduo chegar aos 125 anos são menos de uma em dez mil.

Entretanto, investigadores lembram que técnicas como a manipulação genética, que aumentaram a esperança média de vida de alguns animais, poderão no futuro ser aplicadas em seres humanos. "Podemos aumentar significativamente a longevidade de várias espécies diferentes de animais. Não acho que os humanos sejam exceção", comentou o geneticista David Sinclair da Faculdade de Medicina de Harvard citado pelas agências internacionais.

Cerca de 10 mil pessoas assinam
Perto de 10 mil pessoas já assinaram uma petição pública online a pedir a comparticipação estatal do primeiro medidor de...

O aparelho, lançado no mercado português há cerca de um mês, é constituído por um sensor redondo que mede 35 por 5 milímetros. Este sensor é instalado na parte posterior do braço e tem uma duração de 14 dias, medindo em permanência os níveis de glicose intersticial (líquido que fica entre as células do corpo e que se encontra nas camadas superficiais da pele).

O kit inicial do aparelho Freestyle Libre custa 169,90 euros e bem com um leitor e dois sensores, dando para cerca de um mês de utilização, já que os sensores têm duração de até 14 dias. Cada sensor custa depois 59,90 euros. Em média, o custo mensal por utilizador pode rondar os 120 euros.

A petição lançada online a pedir a comparticipação estatal destes medidores tinha até às 13:00 de ontem, segundo o Diário Digital, mais de 9.900 assinaturas.

Na petição não é indicado qual a percentagem de comparticipação solicitada, com os autores do texto a fazerem apenas uma descrição do aparelho e das suas vantagens.

Na altura da apresentação deste produto em Portugal, o laboratório que comercializa o Freestyle Libre disse esperar que esta tecnologia venha também a ser comparticipada pelo Estado e adiantou que foram feitas diligências junto das autoridades.

A Sociedade de Diabetologia considerou já o medidor como "a última revolução" no controlo da diabetes, contribuindo para "melhorar significativamente a vida dos doentes".

O medidor possibilita fazer várias leituras por dia e, além de dar ao doente o valor do momento, permite perceber o que se passou nos níveis de glicose nas últimas oito horas e também mostra a tendência de evolução para o futuro.

Está indicado para todos os diabéticos, mesmo para crianças a partir dos 4 anos, mas são os doentes com diabetes tipo 1 e com diabetes tipo 2 menos controlada e que fazem insulina quem mais pode beneficiar.

Em Portugal, cerca de um milhão de pessoas vive com diabetes e mais dois milhões têm risco elevado de a vir a desenvolver.

Frutas e hortícolas
O outono já chegou!

Não é por acaso que alguns alimentos só existem em determinadas épocas do ano.

De acordo com a estação do ano e com as condições climatéricas mais adequadas ao desenvolvimento de determinadas frutas e hortícolas, os alimentos sazonais são os mais ricos nutricionalmente falando.

O teor de vitaminas e minerais é claramente superior. A fruta que amadurece naturalmente é mais doce e estes alimentos frescos, e de produção local, apresentam uma pegada ecológica mais pequena. Além disso, por existirem em maior quantidade, os alimentos da época são também mais económicos.

A romã é uma imagem de marca do outono. Com uma cor vibrante, é muito simples de preparar e bastante versátil. Os seus bagos podem ser comidos ao natural, misturados com iogurte ou em saladas.

A romã tem um baixo valor energético, cerca de 50 calorias e é uma excelente fonte de água, potássio e antioxidantes.

As castanhas são outro ícone desta estação! Assadas, cozidas, em puré ou em doces, as castanhas são muito energéticas e uma fonte de hidratos de carbono complexos.

O repolho, um vegetal da família das crucíferas, é uma excelente fonte de vitamina C e rico em vitamina A e vitamina B6. Além disso, possui substâncias antioxidantes, associadas a um menor risco de doenças cardiovasculares e certos tipos de cancro.

No outono, as uvas estão no ponto! É uma fruta fresca, doce, fácil de preparar (não precisa de ser cortada nem descascada) e  prática para levar na lancheira para comer a meio da manhã ou a meio da tarde.

É nas uvas, principalmente nas pretas, que encontramos o resveratrol, um poderoso antioxidante capaz de reduzir os níveis do (mau) colesterol – LDL e aumentar os níveis do (bom) colesterol – HDL.

As uvas, pela sua riqueza em compostos fenólicos, são excelentes aliadas da saúde cardiovascular.

A abóbora remete-nos para as cores do outono. Pobre em calorias e rica em fibra e vitamina A, vitamina C e vitamina E pode ser utilizada para aumentar a cremosidade das sopas de legumes, que além dos inúmeros benefícios para a saúde ajudam a aquecer e a confortar nos dias mais frios.  Cortada aos pedaços, a abóbora assada, grelhada ou salteada é um acompanhamento ligeiro para o prato principal.

Para os mais gulosos, o doce de abóbora (feito com pouco açúcar) pode ser usado em tortas ou com nozes e pinhões pode ser uma excelente sobremesa para juntar ao requeijão.

O marmelo, que dá origem à famosa marmelada, é um fruto de outono.

Apesar de tipicamente não se comer o marmelo cru, por ter uma polpa amarga e rija, o marmelo pode ser consumido assado ou cozido. Além de ser rico em vitamina C, vitamina A, cálcio e ferro, o marmelo é uma excelente fonte de pectina - uma fibra alimentar que confere a capacidade gelificante e que promove a sensação de saciedade, facilita a digestão e ajuda a diminuir os níveis de colesterol e triglicéridos – e uma fonte de taninos – substâncias que podem diminuir a absorção da proteína de origem vegetal ( por exemplo presente nas leguminosas) e do ferro.

Os espinafres são a folha desta estação. São uma ótima fonte de vitamina K, vitamina A, vitamina C, vitamina B2, vitamina B6, magnésio, manganês, folatos, ferro e potássio. São, ainda, uma boa fonte de flavonóides, compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Não há desculpa para não incluir os espinafres na sua alimentação. Pode consumi-los na sopa ou no prato cozidos, salteados, em saladas cruas ou como esparregado (de preferência caseiro). Os espinafres também podem ser usados para rechear massas, um rolo de carne, misturados num hambúrguer ou numa tarte.

Enriqueça a sua alimentação preferindo os alimentos da época, pois são aqueles que melhor satisfazem as  necessidades nutricionais do organismo.

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Listas de espera
O Ministério da Saúde vai avançar com um programa para reduzir as listas de espera nas cirurgias da obesidade e disponibilizar...

De acordo com o Diário de Notícias de hoje, até junho havia 1.493 doentes à espera, sendo que há muitas pessoas que esperam dois anos pela cirurgia.

Fonte do gabinete do Ministério da Saúde adiantou ao Diário de Notícias que “está a ser estudado um programa de financiamento específico a integrar no contrato-programa a estabelecer com os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), incentivando-se a resolução destes casos, recriando um programa que já existiu e foi suspenso recentemente”.

“Prevê-se que inclua cerca de dois mil utentes (o que significaria um crescimento superior a 30% face a 2016), o que representará uma verba de cerca de 12 milhões anuais, adiantou o gabinete de Adalberto Campos Fernandes ao Diário de Notícias (DN).

O jornal escreve que o “programa inclui que a avaliação do doente seja efetuada por uma equipa multidisciplinar, por um período não inferior a três anos”.

Segundo o ministério, “são abrangidas por este programa de financiamento as instituições reconhecidas pela Direção-Geral da Saúde, como centro de tratamento ou de elevada diferenciação para o tratamento cirúrgico da obesidade grave”.

O DN escreve ainda, citando dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), relativos a abril, maio e junho, que dos 20 hospitais que apresentam tempos de espera, oito têm tempos de espera superiores aos máximos recomendados de 270 dias para doentes de prioridade normal.

Na lista, refere o jornal, sobressai o hospital de Évora com 703 dias de espera (quase dois anos), o Centro Hospitalar de Gaia/Espinho com 326 dias, Entre o Douro e Vouga (326), o Hospital de São João, no Porto (360).

O DN indica ainda que o “Sistema de Gestão da Lista de Inscritos para Cirurgias mostra que 2015 terminou com 1.289 doentes a aguardar operação”.

Em Portugal
Portugal aprovou recentemente o primeiro projeto de investigação com recurso a embriões humanos, o qual visa estudar o processo...

De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), organismo responsável pela autorização de procedimentos desta natureza, a investigação apresenta “um potencial benefício para a humanidade”.

Trata-se de uma investigação da responsabilidade do Centro IVI (Instituto Valenciano de Infertilidade) de Lisboa e a Fundação IVI.

Segundo o presidente do CNPMA, Eurico Reis, trata-se do terceiro pedido que chegou a este organismo para utilização de embriões humanos que resultaram de tratamentos de infertilidade e estão crio-preservados nos respetivos centros.

De acordo com a lei em vigor, os embriões que não tiverem sido transferidos devem ser crio preservados, comprometendo-se os beneficiários a utilizá-los em novo processo de transferência embrionária no prazo máximo de três anos.

A pedido do casal, os embriões poderão ser crio preservados mais três anos, período findo o qual a lei permite que os embriões sejam doados para outras pessoas ou para investigação científica.

Os dois primeiros pedidos de investigação com embriões humanos não avançaram, mas este terceiro foi devidamente autorizado, após o CNPMA ter reconhecido a sua “utilidade para a humanidade”.

Sérgio Soares, diretor da clínica IVI Lisboa, disse que o objetivo desta investigação é “entender mais a fundo como se dá o processo de implantação embrionária”.

“Isso é importantíssimo, tanto para podermos saber mais sobre o que ocorre na gravidez espontânea, como para entender o que ocorre nos tratamentos de procriação medicamente assistida”, disse.

Segundo este especialista, “a implantação embrionária é o passo com mais baixo rendimento entre os vividos durante um tratamento de Fertilização In Vitro. Compreender esses processos é ganhar capacidade diagnóstica e terapêutica”.

Para esta investigação deverão ser utilizados cerca de 250 embriões, provenientes de tratamentos de infertilidade realizados no IVI Lisboa e que, por decisão do casal, não serão utilizados na concretização de novos projetos parentais.

Estes casais autorizaram especificamente o uso destes embriões em projetos de investigação científica, assegurou Sérgio Soares.

Sobre o facto de esta ser a primeira investigação com embriões humanos a avançar em Portugal, o médico considera-o “uma circunstância muito positiva”.

“Não imagino fim mais nobre para os embriões não considerados para um projeto parental do que a sua utilização em estudos como este, que têm, em última instância, o objetivo de promover a saúde reprodutiva”, disse.

No final do ano passado existiam quase 21 mil embriões crio-preservados como resultado dos tratamentos contra a infertilidade tendo, nesse ano, 44 sido doados a outros casais, segundo dados do CNPMA.

Segundo o registo dos embriões crio-preservados do CNPMA, a que a agência Lusa teve acesso, encontravam-se crio preservados 20.875 embriões.

O maior número (9.392) são embriões que resultaram de ciclos com recurso a Microinjeção Intracitoplasmática (ICSI) intraconjugais, seguindo-se os provenientes de ciclos de Fertilização In Vitro (FIV) intraconjugais (6.844).

Os embriões crio-preservados no âmbito de ciclos de ICSI com ovócitos de dadora atingiram os 2.955, seguindo-se os resultantes de ciclos de FIV com ovócitos de dadora (980).

No âmbito de ciclos de FIV com espermatozoides de dador foram crio preservados 488 embriões e 216 provenientes de ciclos de ICSI com espermatozoides de dador.

Em 2015, foram doados a outros casais 44 embriões e 331 foram descongelados e eliminados.

Em 2013, último ano com os dados disponíveis, houve um total de 2.091 crianças nascidas em resultado de todas as técnicas de procriação medicamente assistida.

Governo
O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, considerou que a escolha de Coimbra para a realização da conferência...

O consórcio Universidade de Coimbra e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), representante português na M8 Alliance - conhecida como o G8 para a Saúde - anunciou que a conferência se vai realizar nesta cidade da Região Centro, em abril de 2018.

Manuel Delgado, que chefia a delegação portuguesa presente da Cimeira, sublinhou que Portugal vive um momento em que "pretende reafirmar internacionalmente o valor do seu sistema de saúde, em particular do serviço nacional de saúde".

"É o reconhecimento, por uma das instâncias internacionais mais prestigiadas, da excelência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e da sua academia, que assim ombreia com os mais reputados centros hospitalares universitários do mundo", acrescentou.

O CHUC e a Universidade de Coimbra integram a M8 Alliance desde 10 de outubro de 2015.

O presidente do conselho de Administração do CHUC, José Martins Nunes, destacou "a dimensão internacional deste evento", que "permitirá dar, durante dois dias, uma visibilidade mundial à Região Centro e a Portugal".

"Será possível debater temas que permitam evidenciar o trabalho de elevada qualidade que se tem vindo a fazer neste centro hospital, quer na investigação clínica, quer na prestação de cuidados", referiu.

No seu entender, "a cimeira é o contexto adequado para o reforço da internacionalização dos projetos em desenvolvimento, bem como das redes científicas de cooperação".

"A realização deste evento em Coimbra coloca-nos no centro da discussão sobre a saúde mundial, os enormes desafios que enfrenta e a urgente necessidade de encontrar soluções para muitos deles, que são, quer políticas, quer científicas, quer económicas", considerou, por seu turno, o reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva.

Para o reitor, "uma universidade, uma cidade e uma região que pretendem ser globais têm de se habituar a estar no centro dos debates que importam ao mundo".

Na opinião da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, "a realização deste grande evento em Coimbra é o reconhecimento internacional de que existe na região um ecossistema na área da saúde", construído com o envolvimento da academia, da indústria, dos vários níveis de governação e da sociedade civil.

"Este evento aumentará a visibilidade internacional deste ecossistema e será um fórum importante de partilha e de construção de redes colaborativas", realçou.

A decisão de realizar a cimeira em Coimbra foi votada por unanimidade, em Berlim, na Alemanha, durante a assembleia-geral da M8 Alliance, organizadora da Cimeira Mundial de Saúde.

"O evento de Coimbra será dedicado ao tema da Medicina de Fronteira, analisando diversas vertentes da prestação de cuidados de saúde em condições adversas, quer por se tratar de zonas subdesenvolvidas, quer por haver situações de guerra e pós-guerra, fluxos de refugiados, alterações climáticas e pandemias", anunciou o consórcio português em comunicado.

São esperados na conferência intercalar de abril de 2018 cerca de 700 especialistas provenientes de todo o mundo, da Europa à Ásia, passando pela África, Médio Oriente, América do Norte, Central e do Sul, que se vão reunir no Convento São Francisco.

Estudo
Uma equipa de investigadores desenvolveu um método para prevenir o Alzheimer, mediante a injeção de um vírus que transmite um...

A descoberta realizada por cientistas do Imperial College de Londres, liderados pela espanhola Madgalena Sastre, poderá abrir a porta para possíveis novos tratamentos da doença, apesar de ainda se encontrar nas suas primeiras etapas de investigação.

No estudo, os investigadores consideram que este gene, denominado PGC1-alpha, pode prevenir a formação da proteína amiloide-beta péptida em células no laboratório.

Esta proteína é a principal componente das placas amiloides, uma massa viscosa de proteínas que se encontra no cérebro das pessoas com Alzheimer e que se pensa que causa a morte de células cerebrais.

Esta descoberta pode favorecer novos olhares sobre como prevenir ou travar a doença nas suas primeiras etapas.

“Apesar de estas descobertas serem muito iniciais, sugerem que esta terapia de genes pode ter um potencial uso terapêutico para os pacientes. No entanto, há muitos obstáculos a superar, e atualmente a única forma de transmitir este gene é através da injeção direta no cérebro”, explicou Magdalena Sastre, autora principal do estudo, do Departamento de Medicina do Imperial College.

Os cientistas injetaram as cobaias com o vírus com o gene em duas áreas do cérebro onde pode desenvolver-se Alzheimer – o hipocampo, que controla a memória a curto prazo, e o córtex, que controla a memória a longo prazo, e que são as primeiras onde começam as placas amiloides.

Os animais foram tratados nos primeiros episódios de doença, quando ainda não têm estas placas, e quatro meses depois, constatou-se que os ratos que tinham recebido o gene tinham muito poucas destas placas, comparadas com o grupo de cobaias que não tinham recebido tratamento.

Além disso, não se registou perda de células cerebrais no hipocampo.

A investigadora acrescentou que outros estudos apontam que o exercício e o componente resveratrol, que se encontra no vinho tinto, pode aumentar os níveis do gene PGC-1, apesar de apenas ter benefícios em comprimidos, já que é desativado no vinho devido à presença do álcool.

“No entanto estamos a anos de utilizar esta solução como tratamento clínico. Mas, numa doença urgente que exige novas opções para os pacientes, este trabalho oferece esperança para futuras terapias”, afirmou Sastre.

A investigação foi financiada pela Agência de Investigação de Alzheimer do Reino Unido e o Conselho de Investigação Europeu.

Apesar de existir tratamento para minorar alguns sintomas, o Alzheimer não tem cura e implica perda de memória, confusão e mudanças de personalidade.

Em todo o mundo mais de 47 milhões de pessoas sofrem de demência, da qual o Alzheimer é a forma mais comum.

Saúde Mental
O último estudo sobre Saúde Mental realizado em Portugal mostra que as doenças mentais apresentam as

A Saúde Mental é uma parte indivisível da saúde geral e do bem-estar do indivíduo que pode ser perturbada tanto por fatores genéticos, quer por alguns fatores de risco modificáveis como a obesidade, hipertensão, depressão ou diabetes.

Sabe-se ainda que na terceira idade as demências são as doenças mentais que mais pessoas afetam, no entanto, os estado confusionais são os que mais estão ligados às taxas de mortalidade.

De acordo com o psiquiatra e coordenador da Unidade de Gerontopsiquiatria dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Horácio Firmino, a chave para uma boa saúde mental é a prevenção.

“A tendência hoje, quando se fala em saúde mental, é nós estarmos a pensar na patologia que é diversificada. Mas aquilo que é importantte é desenvolvermos, desde criança, um bom capital mental”, começa por justificar o Professor.

“E o que é um bom capital mental? É nós, no fundo, desenvolvermos as nossas skills ou aptidões cognitivas, desenvolvendo uma boa reserva cognitiva e, ao mesmo tempo, desenvolvermos a capacidade de resiliência perante os fatores adversos da vida”, explica.

Para o especialista, estas são as duas componentes que determinam, em grande escala, o bom desenvolvimento da saúde mental.

“Na realidade, se nós desenvolvermos estas duas componentes estamos mais aptos, no fundo, a ter uma boa saúde mental”, afiança.

“Claro que se existir alguma perturbação no desenvolvimento que surge na sequência de experiências prévias, ou o aparecimento de quadros orgânicos, alguns erros comportamentais como seja o contato com a toxicodependência, as dificuldades em termos de educação ou abandono escolar, então aí começamos a ter algum fator de risco em termos da doença”, adianta acrescentando que também a genética é responsável por alguns dos quadros clínicos.

Deste modo, tal como refere o psiquiatra, cidadãos e organizações são elementos importantes no processo preventivo da doença mental.

“Tudo aquilo que nós fizermos em termos de educação, tudo aquilo que aprendemos em termos de relações e através da experiência, valorizando sobretudo os aspetos positivos” ajudar-nos-à, perante os designados “fenómenos de stress”, a diminuir a angústia, a frustração ou a tristeza, ou seja, “um conjunto de sintomatologia pré-desenvolvimento de um quadro clínico”.

“Se nós, pelo contrário, temos uma atitude crítica ou temos uma atitude substitutiva em termos dos comportamentos não vamos estar a ajudar a pessoa a desenvolver as suas próprias capacidades ou a lidar com os fenómenos de stress. Portanto é este papel que tem a ver com o próprio indíviduo e que tem a ver com meio que o envolve”, acrescenta.

Por outro lado, também as organizações assumem um papel relevante em matéria de prevenção. “A atitude que as chefias possam ter no estímulo, na modificação de comportamentos e, sobretudo, na concretização de estratégias positivas vai contribuir também para uma melhoria geral da saúde mental dos nossos concidadão”, refere.

Estigma e dificuldades de diagnóstico

Apesar de ainda se falar em estigmatização da doença mental, tem-se assistido, nos últimos anos, a uma maior aceitação da doença, embora muitos sejam ainda aqueles que desvalorizam os sintomas emocionais, por desconhecimento ou vergonha.

“Pouco a pouco a estigmatização da doença mental tem vindo a desaparecer, muito pela intervenção que os profissionais têm tido nesta matéria e a própria população já começa a procurar ajuda”, avança o especialista.

No entanto, as próprias características da doença na terceira idade são o que mais dificulta do diagnóstico. “A doença é diferente das populações mais jovens e há algumas crenças associadas à idade que leva a desvalorização dos sintomas. É comum pensar-se que tristeza e depressão toda a gente sente”, explica Horácio Firmino. “Embora a depressão não seja tão frequente como nos mais jovens, quando surgem quadros depressivos nas pessoas mais velhas eles são mais graves pelas suas características, apresentando maior risco de suicídio”, refere.

De acordo com os dados disponíveis, as taxas de tentativas de suicídio são mais altas entre os  adolescentes e jovens adultos, no entanto, a taxas de suicídio consumado são maiores nos mais velhos.  “Estas pessoas estão mais frágeis, sentem-se desamparadas, não apoiadas e portanto encontram na morte o regúgio ou a fuga destas vivências negativas”, explica acrescentando que o alcoolismo e a violência sobre os mais velhos têm um papel determinante nesta matéria.

“Por outro lado, também na medicina tem-se valorizado demasiado as queixas físicas e, muitas vezes, dá-se mais ênfase a isso e as pessoas continuam a ir ao médico queixar-se dos sintomas físicos que depois não encontram substrato anatómico ou fisiológico que os possam justificar”, acrescenta o psiquiatra.

“Em termos organizativos também é importante que se estabeleça uma ligação entre cuidados mais diferenciados de saúde mental, como é o caso da psiquiatria, e os cuidados gerais nas unidades de saúde locais ou que estão próximos da população”, esclarece reforçando a necessidade da existência de uma complementaridade terapêutica. “Temos de ter uma visão muito mais interventiva e de investir em alternativas terapêuticas”, afirma o especialista.

“Vou dar-lhe este exemplo: a atividade física e a atividade cognitiva são fatores de prevenção da doença mental nos grupos mais avançados da população. Portanto é preciso haver alguma intervenção não só médica mas também junto dos profissionais para manter as pessoas ativas”, diz explicando que estes fatores contribuem não só para diminuir os riscos de depressão, como para diminuir os números de internamentos e o consumo de medicamentos.

“Existem alguns estudos, neste aspeto particular, em que se verifica que as pessoas que têm maior mobilidade, que andam mais ou fazem jogging, ou que têm alguma atividade física têm um risco de quedas muito menor do que aqueles que estão parados”, justifica.

Não obstante, aponta o caminho para mais e melhor formação dos técnicos e também psiquiatras sobre os aspetos específicos da saúde mental das pessoas mais velhas.

Foi a pensar nesta lacuna que nasceu o livro “Saúde Mental das Pessoas Mais Velhas”, publicado pela editora Lidel e coordenado por este especialista.

“Não é por acaso que que nós avançamos com este livro que vai ajudar na formação dos técnicos que são os não psiquiatras, mas também psiquiatras, para perceber algumas especificidades da doença mental neste grupo em especial”, explica.

Tratando-se de um livro didático, ele cobre um conjunto de áreas importantes. “No fundo é uma éspecie de roteiro que abarca alguns problemas que afetam a terceira idade para que os técnicos, ou estudantes, possam vir aqui adquirir um conjunto básico de aptidões para depois aplicar na prática clínica, e na prática do dia-a-dia nas diferentes funções que possam estar a exercer”, refere o coordenador do manual.

“O livro tem a ver com um princípio de ação. É um desafio que nós fazemos aos vários técnicos para incrementar a saúde mental das pessoas mais velhas”, conclui.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um estudo realizado por uma consultora para a indústria farmacêutica concluiu que as falhas de abastecimento do mercado...

De acordo com o estudo realizado pela Deloitte - Diagnóstico ao (des)abastecimento do mercado farmacêutico em Portugal, 2016 – o número de utentes afetados com a indisponibilidade de medicamentos nas farmácias portuguesas aumentou 10 pontos percentuais, entre 2013 e 2016, subindo para 56%.

“A generalidade das farmácias também referiu ter sentido falhas no fornecimento de medicamentos no mercado em 2016, com 99% dos inquiridos a apontarem esta situação, valor idêntico ao verificado no estudo realizado em 2013”, prosseguem as conclusões do estudo.

De acordo com o documento, a causa desta situação é a falta de medicamentos na cadeia de abastecimento (laboratório/ armazenista), segundo 87% das farmácias inquiridas.

Uma em cada cinco farmácias atribuiu as faltas de medicamentos à exportação paralela.

“Este problema tem-se agravado com a redução constante dos preços dos medicamentos, que tornam a produção menos atrativa para o mercado português, segundo 69% dos responsáveis pelas farmácias inquiridas”, citados no estudo.

Em comunicado, o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) afirma que “preços injustificadamente baixos, com motivações estritamente economicistas, colocam em causa o acesso dos doentes aos medicamentos, por agravamento da exportação paralela e consequente falta de abastecimento do mercado farmacêutico nacional”.

“A alteração dos países de referência do sistema de formação de preços, com introdução de países com realidades muito diferentes da portuguesa, só agrava o problema, uma vez que conduz a que os preços dos medicamentos aprovados em Portugal sejam dos mais baixos da União Europeia, tornando-se mais apelativo exportar”, acrescentou João Almeida Lopes.

A investigação indica ainda que 97% dos utentes referiram que o principal condicionante no acesso à terapêutica foi a indisponibilidade de medicamentos nas farmácias.

A maioria (82%) dos utentes preferiram regressar mais tarde à mesma farmácia para adquirir o fármaco em falta.

 

O estudo baseou-se nas respostas de 143 farmácias que reportaram falhas de abastecimento de medicamentos e nas respostas de 600 utentes que manifestaram o mesmo.

Cimeira Mundial da Saúde
A Região Centro vai representar a Europa na Aliança M8 – o G8 da Saúde – para as questões do envelhecimento ativo e saudável,...

A Região Centro está representada na Cimeira Mundial da Saúde, até terça-feira, em Berlim, por uma delegação composta pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), a Universidade de Coimbra (UC) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

"Um dos mais importantes resultados desta participação resultou no convite à Região Centro para ser o representante europeu no M8 Alliance para as questões do Envelhecimento Ativo e Saudável, tendo sido, neste contexto, convidada a integrar uma Action Iniciative da M8 Alliance onde participam países como o Japão, Canadá e Taiwan, com a temática o envelhecimento e os cuidados primários”, lê-se em nota de imprensa.

A nota diz que ainda que “as Action Iniciatives da M8 Alliance constituem as linhas estruturantes de ação que permitem o envolvimento dos seus membros em grupos de trabalho com um denominador comum".

A participação da região nesta Cimeira ocorre no âmbito do ‘workshop’ “Aging & Primary Care - Healthy Aging and End of Life Issues”, que aborda a importância da temática do envelhecimento ativo e saudável, área onde os municípios da Região têm revelado também grande dinamismo.

"A participação da Região nesta Cimeira, no ‘workshop’ Aging & Primary Care - Healthy Aging and End of Life Issues, decorre do amplo reconhecimento da Região a nível internacional, justificado pela inserção do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e da Universidade de Coimbra na M8 Alliance e do facto da Região Centro, através do consórcio Ageing@Coimbra, ter sido reconhecida, pela segunda vez, pela Comissão Europeia, como uma Região de referência em envelhecimento ativo e saudável, passando do nível 2 obtido em 2013 para 3 agora em 2016 (numa escala de 1 a 4)", refere a nota do CHUC.

No ‘workshop’ foi apresentada a importância da temática do envelhecimento ativo e saudável para a Região Centro, "onde existe um ecossistema inovador, com epicentro em Coimbra", que envolve a investigação científica, a translação do conhecimento, a prática clínica e a promoção do empreendedorismo.

17 de Outubro
A Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental assinala o Dia Europeu da Depressão, organizando, na Faculdade de Medicina...

Estima-se que a depressão atinja mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que em Portugal cerca de 20 por cento da população é diretamente afetada pela patologia.

Numa altura em que, de acordo com o Relatório “Saúde Mental em Números de 2015”, da Direção-Geral da Saúde, o consumo de anti-depressivos e ansiolíticos continua a aumentar, a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental pretende chamar a atenção para o facto de que, além da doença a tratar, existe uma pessoa e todo um contexto psico-social a abordar.

O (re)conhecimento do doente como uma pessoa e a sua vulnerabilidade, o tratamento integrado da depressão ou estratégias de adaptação à doença, são alguns dos temas em análise na reunião, que terá introdução da Profª. Doutora Maria Luísa Figueira e do Dr. Luís Câmara Pestana.

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