Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
A Administração Regional de Saúde do Centro disse que vai beneficiar de mais 162 camas de cuidados continuados no âmbito do...

"No que à Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) diz respeito, verifica-se um alargamento de mais 162 camas, o que irá perfazer um total de 2.439 camas de cuidados continuados integrados existente na região Centro", lê-se numa nota enviada à agência Lusa.

Segundo o despacho conjunto dos secretários de Estado do Orçamento, da Segurança Social e Adjunto e da Saúde, publicado em 17 de agosto, estas 162 camas vão ser distribuídas por 17 entidades da região Centro que asseguram a prestação de cuidados de saúde e de apoio social.

A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), criada em 2006, assegura esta prestação através de unidades e equipas de cuidados dirigidas às pessoas em situação de dependência, com base numa tipologia de respostas, assente na celebração de contratos-programa entre as áreas governamentais da saúde e da segurança social com os parceiros locais especializados.

O atual Governo, no seu programa para a saúde, estabeleceu como prioridade expandir e melhorar a RNCCI.

Estudo
Uma nova droga experimental removeu a acumulação de proteínas no cérebro de pessoas com Doença de Alzheimer num estádio inicial...

Os resultados aumentam esperanças de que um tratamento para a doença, que afeta a memória e a independência, esteja finalmente ao alcance da medicina. Especialistas pediram, porém, cautela com a interpretação das conclusões do estudo.

A droga, a aducanumab, é o único anticorpo a mostrar resultados promissores em ensaios clínicos iniciais, de Fase I, disseram. Anteriormente, segundo o Sapo, outras substâncias aprovadas na primeira fase acabaram por dececionar nos testes decisivos sobre a sua eficácia, de Fase III.

"Embora o resultado seja potencialmente animador, é importante moderar expectativas", disse Robert Howard, professor de psiquiatria da Universidade College London. "Será prematuro concluir que isto representará um tratamento efetivo para a doença de Alzheimer", acrescentou.

Investigadores dos Estados Unidos e da Suíça testaram a aducanumab, desenvolvida pela empresa de biotecnologia Biogen, em 165 pessoas com Alzheimer num estádio inicial durante um ano.

Alguns pacientes receberam injeções mensais do anticorpo e outros tomaram um placebo.

Nos cérebros dos pacientes que receberam a droga, houve uma "eliminação quase completa" das chamadas placas amiloides, disseram os investigadores. Amiloides são proteínas aderentes que se agrupam em depósitos no cérebro, bloqueando os neurónios, um dos mecanismos suspeitos de causar a doença. "O efeito do anticorpo é impressionante", disse Roger Nitsch, professor no Instituto de Medicina Regenerativa da Universidade de Zurique e coautor do estudo.

Após um ano de tratamento, "praticamente nenhuma placa beta-amiloide foi detetada nos pacientes que receberam a dose mais alta", afirma um comunicado da universidade.

Embora o ensaio não tenha sido concebido para testar a eficácia da droga, a equipa observou um aparecimento mais lento dos sintomas em pacientes tratados. Tal observação apoia a hipótese de que as placas amiloides são de facto a causa do Alzheimer, apontam os investigadores.

"De facto, a confirmação de que o tratamento anti-AB (beta-amiloide) retarda o declínio cognitivo será um divisor de águas para a maneira como nós entendemos, tratamos e prevenimos a doença de Alzheimer", comentou Eric Reiman, diretor-executivo do Instituto Banner Alzheimer, em Phoenix, Arizona.

"Agora é a hora de descobrir", acrescentou.

A droga provocou, porém, efeitos secundários, como a acumulação de líquido no cérebro e dores de cabeça.

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, condição que afeta quase 50 milhões de pessoas, com cerca de 7,7 milhões de novos casos diagnosticados por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A idade avançada é o principal fator de risco e não há prevenção nem tratamento eficaz para os sintomas do Alzheimer, que incluem perda de memória, desorientação, ansiedade e comportamento agressivo.

Organização Mundial da Saúde
A Organização Mundial da Saúde recomendou a adoção de novos tratamentos para as infeções de transmissão sexual mais comuns,...

Num comunicado publicado em Genebra, a Organização Mundial da Saúde (OMS) refere-se especificamente à clamídia, gonorreia e sífilis, que em geral são infeções curadas com antibióticos mas que são "cada vez mais difíceis de tratar", porque alguns destes tipos de medicamentos perderam eficácia "pelo seu uso indevido ou excessivo".

A OMS calcula que todos os anos cerca de 131 milhões de pessoas contraem clamídia, 78 milhões gonorreia e 5,6 milhões sífilis, escreve o Sapo.

Das três infeções, a gonorreia é a mais resistente aos antibióticos, adverte o documento, acrescentando que algumas das suas estirpes bacterianas são "multirresistentes" e "não reagem a nenhum dos antibióticos existentes". As bactérias que provocam a clamídia e a sífilis também resistem aos antibióticos, mas em menor grau, acrescenta o comunicado.

"A clamídia, a gonorreia e a sífilis são grandes problemas de saúde pública, que afetam a qualidade de vida de milhões de pessoas e que causam patologias graves e até mesmo a morte", afirma o diretor do Departamento de Saúde Reprodutiva da Organização Mundial da Saúde, Ian Askew.

A OMS "reitera a necessidade de tratar estas infeções de transmissão sexual com os antibióticos adequados, nas doses corretas e no momento oportuno a fim de reduzir a sua propagação e melhorar a saúde sexual e reprodutiva", destaca Askew.

Se essas doenças não são diagnosticadas nem tratadas, "podem provocar graves complicações e problemas de saúde a longo prazo nas mulheres, como doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e aborto", afirma o documento.

Fertilidade em risco
Da mesma forma, "a gonorreia e a clamídia podem provocar infertilidade tanto em homens quanto em mulheres", acrescenta.

Essas doenças "também podem duplicar ou triplicar o risco de uma pessoa se infetar com o vírus da imunodeficiência humana".

"Uma infeção sexualmente transmissível não tratada durante a gravidez aumenta o risco de nado-morto ou de morte neonatal", conclui a OMS.

Nova legislação
A partir do final do ano, entidades públicas e privadas podem ser multadas com coima até mil euros, caso não deem prioridade a...

A legislação anterior previa apenas o atendimento prioritário para os serviços da administração central, regional e local e institutos públicos.

A lei também não previa qualquer quadro sancionatório em caso de incumprimento.

Porém, o Decreto-Lei n.º 58/2016, de 29 de agosto, vem instituir “a obrigatoriedade de prestar atendimento prioritário às pessoas com deficiência ou incapacidade, pessoas idosas, grávidas e pessoas acompanhadas de crianças de colo, para todas as entidades públicas e privadas que prestem atendimento presencial ao público”.

O mesmo decreto-lei refere ainda, segundo o Sapo, que a entidade que não prestar atendimento prioritário incorre na prática de uma contraordenação, "punível com coima de € 50 a € 500 ou de € 100 a € 1000, consoante a entidade infratora seja pessoa singular ou coletiva".

Segundo o artigo 5 do mesmo decreto-lei, "qualquer pessoa a quem for recusado atendimento prioritário em violação do disposto (...) pode apresentar queixa junto das entidades competentes", que são o Instituto Nacional para a Reabilitação e inspeção -geral, entidade reguladora ou outra entidade a cujas competências inspetivas ou sancionatórias se encontre sujeita a entidade que praticou a infração.

Pessoa idosa são todos os que tenham idade igual ou superior a 65 anos e tenham "evidente alteração ou limitação das funções físicas ou mentais". Relativamente às pessoas acompanhadas por crianças de colo, a nova legislação é válida apenas para crianças até aos dois anos de idade.

Por outro lado, caso haja uma situação de conflito, em que várias pessoas tenham direito ao atendimento prioritário, o atendimento deve fazer-se por ordem de chegada.

O dia 27 de dezembro é a data e que a nova lei entra em vigor. A partir daí, quem tenha atendimento presencial terá de prestar atendimento prioritário às pessoas com deficiência, idosas, grávidas ou com crianças de colo.

A nova legislação entra em vigor 120 dias após a data da publicação.

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica apreendeu 4.730 embalagens de produtos fitofarmacêuticos ilegais (50 kg e 26...

Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) refere que a ação destinava-se a verificar a comercialização de produtos fitofarmacêuticos de uso profissional, tendo incidido em operadores económicos com atividade comercial de distribuição, por suspeita de comercialização de produtos ilegais, como utilização de autorização de venda concedida a uma empresa diferente da indicada na rotulagem das embalagens.

Os produtos fitofarmacêuticos de uso profissional são todos aqueles que dispõem da frase: “Este produto destina-se a ser utilizado por agricultores e outros aplicadores de produtos fitofarmacêuticos”.

Segundo a ASAE, o valor total das apreensões foi de cerca de 23 mil euros, tendo o organismo descoberto a colocação no mercado de produtos fitofarmacêuticos não autorizados pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária e a violação dos requisitos de rotulagem previstos na legislação de harmonização da União Europeia.

 

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica refere ainda que irá continuar prosseguir as ações de fiscalização no setor a bem da “segurança das culturas, dos aplicadores e dos consumidores, garantindo o nível de proteção do interesse público e uma concorrência sã e leal no mercado”.

Infarmed
O número de embalagens vendidas em Portugal de medicamentos para reduzir a acidez gástrica, anti - ulcerosos, também conhecidos...

As contas são do Infarmed, Autoridade Nacional do Medicamento, que conta 6,8 milhões de embalagens em 2015, mais 120% que em 2006, escreve a TSF.

Este aumento está a ser analisado pelo Infarmed devido a um "eventual uso excessivo", com os responsáveis a sublinharem que estes medicamentos "comportam efeitos adversos como infeções pulmonares ou a redução da absorção de cálcio".

A autoridade do medicamento defende que "alguns doentes podem controlar estes problemas com alteração do estilo de vida e com recurso a outros medicamentos com menos efeitos adversos".

Médicos desdramatizam
Reagindo ao alerta do Infarmed, o presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia não acredita que exista um excesso de uso destes medicamentos que precisam, inclusive, de receita médica.

José Cotter sublinha que os inibidores da bomba de protões vieram substituir outros medicamentos menos eficazes e com mais efeitos secundários, além de que hoje há doenças que há uma década não recebiam a mesma atenção da sociedade.

O representante dos médicos da especialidade lamenta ainda aquilo que diz ser uma espécie de "obsessão economicista" das políticas da saúde com o controlo de custos o que pode estar, segundo acredita, na base deste alerta do Infarmed sobre os medicamentos para reduzir a acidez gástrica.

 

A Autoridade do Medicamento sublinha, no entanto, que, apesar do aumento do consumo, desde 2010 que o Serviço Nacional de Saúde tem conseguido reduzir os custos com estes medicamentos, passando de 133 milhões de euros para cerca de 45 milhões anuais.

Entre maio e agosto
A Autoridade Marítima Nacional indicou que morreram 11 pessoas nas praias marítimas e fluviais vigiadas e não vigiadas entre 1...

Segundo a Autoridade Marítima Nacional, nas praias marítimas vigiadas de jurisdição marítima morreram três pessoas de nacionalidade portuguesa, uma por afogamento e duas por morte súbita.

Nas zonas marítimas não vigiadas de jurisdição marítima morreram cinco pessoas, todas por afogamento escreve o Jornal de Notícias, três de nacionalidade portuguesa, uma francesa e outra suíça.

Uma pessoa, de nacionalidade portuguesa, morreu numa praia fluvial vigiada, enquanto outras duas, também portuguesas, morreram em praias fluviais não vigiadas.

Durante aquele período, nas praias vigiadas e com planos integrados implementados, os nadadores-salvadores fizeram 1073 intervenções e também 29 buscas "com sucesso" a crianças perdidas na praia, acrescenta o comunicado.

Após aprovação de relatório em setembro
O relatório do grupo de trabalho da petição pela despenalização da morte assistida será concluído no mês de setembro pelo...

"O relatório do grupo de trabalho está a ser elaborado e durante o mês de setembro será votado na primeira comissão, no sentido da admissibilidade ou não admissibilidade da petição", disse à agência Lusa o relator, o deputado bloquista José Manuel Pureza, que foi subscritor do manifesto pelo "direito a morrer com dignidade".

Após a admissibilidade, a petição pela despenalização da morte assistida será discutida obrigatoriamente em plenário, porque reúne mais de quatro mil assinaturas: "Em abstrato, quando uma petição vai a plenário é normal que haja arrastamentos", afirmou Pureza.

Além do BE, que, através de José Manuel Pureza não confirmou se avançará com um diploma, o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) também já expressou que poderá apresentar uma iniciativa legislativa.

O agendamento da discussão da petição em plenário tem ainda de respeitar a ordem das petições que aguardam igual tratamento.

O grupo de trabalho criado na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, por proposta do BE, realizou 11 audições, que foram concluídas até ao final do mês de julho.

O movimento cívico "pelo direito a morrer com dignidade", promotor do manifesto que deu origem à petição, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, os bastonários das ordens dos Médicos e Enfermeiros, e um conjunto de penalistas e constitucionalistas foram ouvidos pelos deputados.

Entre os especialistas na área do Direito foram ouvidos Manuel Costa Andrade, José de Faria Costa, Mafalda Miranda Barbosa, José Souto Moura, Tereza Beleza, Luíza Neto, Jorge Reis Novais.

A petição, com mais de oito mil assinaturas, foi entregue no dia 26 de abril na Assembleia da República, partindo do mesmo texto do manifesto assinado por mais de 100 personalidades da sociedade portuguesa.

Os subscritores do manifesto e da petição pedem a "despenalização e regulamentação da morte assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição".

"A morte assistida consiste no ato de, em resposta a um pedido do próprio - informado, consciente e reiterado - antecipar ou abreviar a morte de doentes em grande sofrimento e sem esperança de cura", sustentam.

Os peticionários sublinham que "a morte assistida nas suas duas modalidades - ser o próprio doente a autoadministrar o fármaco letal (suicídio medicamente assistido) ou ser este administrado por outrem (eutanásia) é sempre efetuada por médico ou sob a sua orientação e supervisão".

Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, disse que as terapêuticas não convencionais devem ser reguladas para “bem...

As terapêuticas alternativas devem ter regras, controlos, registos clínicos e uma separação entre aconselhamento dos doentes e venda de produtos para, assim, evitar conflito de interesses, afirmou.

Nos dias 03 e 04 de setembro, a Ordem dos Médicos (OM) recebe, no Porto o primeiro encontro científico em Portugal que junta especialistas da Medicina Convencional e da Medicina Tradicional Chinesa, promovido pelo Sino-Luso Fórum Médio Internacional.

Dedicado à análise dos problemas nos cuidados de saúde globais e avanços na medicina, o fórum vai juntar cerca de 150 especialistas para falar sobre tratamento de doenças cardiovasculares, atual sistema de saúde na China, morte prematura ou patologias gástricas.

“Pretendemos que as terapêuticas não convencionais tenham o mesmo nível de transparência que a medicina tradicional”, frisou José Manuel Silva.

Na sua opinião, é fundamental obrigar as pessoas que trabalham nessas terapêuticas a terem níveis de formação e qualificação e não apenas “cursos de vão de escadas”.

O bastonário realçou que os médicos estão sujeitos a uma série de regras e os terapeutas não convencionais “fazem o que lhes apetece”, dando como exemplo a venda de produtos.

E explicou: “os médicos não podem vender medicamentos por razões óbvias, mas os terapeutas vendem os seus próprios produtos sem qualquer controlo de qualidade, sendo fundamental procurar a sua regulamentação, produção, comercialização, evidência, segurança e qualidade”.

Para José Manuel Silva, não se pode tratar pessoas com base em filosofias, mas sim em bases científicas.

“Se as terapêuticas não são medicina, não se baseiam em princípios de evidência científica, então os resultados também não são naturalmente garantidos”, considerou.

O bastonário ressalvou que se houver terapêuticas que comprovem a sua eficiência qualquer médico as utiliza, independentemente de serem chinesas, alemãs, americanas, japonesas ou russas.

E acrescentou: “a medicina não rejeita nenhuma prática que tenha o máximo de fundamentação científica e demonstre a sua eficácia para os doentes”.

As pessoas recorrem cada vez mais às terapêuticas alternativas não por falta de esperança no Sistema Nacional de Saúde (SNS), mas sim porque a medicina “ainda não oferece imortalidade”, entendeu.

“Quando as pessoas têm uma doença grave ou potencialmente mortal tentam tudo em desespero de causa, isso não é criticável, e recorrem a terapêuticas não convencionais na esperança de reverter a situação clínica”, sustentou o bastonário.

Por seu lado, o membro do Conselho Científico do fórum Miguel Mascarenhas Saraiva adiantou que não se deve confundir terapêuticas alternativas com “charlatanismo”, mas também concorda no estabelecimento de regras.

“Apesar da medicina tradicional chinesa não ter tratamento científico como tem a ocidental, sabemos que tem muitos aspetos positivos que são cada vez mais utilizados pela medicina convencional como a acupuntura”, vincou.

A partir de hoje
Todas as crianças têm, a partir de hoje, médico de família logo após o seu nascimento, no âmbito do projeto “Nascer Utente” que...

A medida, contemplada num despacho publicado em Diário da República no passado dia 19 de agosto, deu os primeiros passos ainda no anterior governo, quando este publicou uma lei, segundo a qual “nenhuma criança fica privada de médico de família”.

Através do projeto “Nascer Utente”, a criança é inscrita, assim que nasce, no Registo Nacional de Utente, sendo-lhe atribuído um número de utente, a constar do cartão do cidadão, e de médico de família.

A partir de hoje, a inscrição das crianças no âmbito do Projeto “Nascer Utente” é efetuada de forma automática pela instituição com bloco de partos, na lista de utentes do médico de família da mãe ou do pai”.

Nas situações em que a mãe e o pai não se encontrem inscritos em nenhuma lista de utentes de um médico de família, a instituição com bloco de partos onde a criança nasce deve comunicar o nascimento ao coordenador da unidade funcional [Unidade de Saúde Familiar (USF) ou Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP)] mais próxima da residência da criança.

Este “deve proceder à inscrição da mesma na lista de utentes de um médico de família, preferencialmente de uma USF caso a mesma exista naquele Agrupamento de Centros de Saúde (ACES), salvo se um dos pais declarar expressamente preferência pela UCSP, devendo ser dado conhecimento dessa inscrição ao presidente do conselho clínico e de saúde do respetivo ACES”, lê-se no despacho, publicado a 19 de agosto.

Serviço Nacional de Saúde
A Administração Central do Sistema de Saúde reconheceu que os pagamentos em atraso aumentaram, mas garantiu que a despesa está ...

Numa nota enviada pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) referente à execução orçamental do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a julho de 2016, lê-se que, “embora o stock dos pagamentos em atraso tenha aumentado, encontra-se muito longe dos máximos atingidos no passado”.

“A comparação homóloga encontra-se influenciada pelas sucessivas injeções extraordinárias de fundos realizadas no ano anterior, as quais atingiram ao longo do ano cerca de 403 milhões de euros”, prossegue a ACSS.

Na nota lê-se que “o défice do SNS em 2016 apresenta uma trajetória mensal de janeiro a julho que revela uma melhoria significativa na execução orçamental quando comparada com o ano anterior, permitindo prever como plausível o cumprimento das metas orçamentais fixadas para o corrente ano”.

Relativamente à despesa, o seu crescimento foi de 2,8% até julho, em comparação com o período homólogo, com a ACSS a classificá-la como “controlada” nas aquisições de bens e serviços, bem como nos encargos com pessoal.

Isto apesar de “ter sido necessário acomodar as reposições salariais, a reposição do período normal de trabalho das 35 horas semanais nos trabalhadores em funções públicas, a admissão de pessoal dos concursos concluídos em 2015 e a entrada dos internos do ano comum”.

Em relação à receita, esta aumentou 4,3%.

A ACSS indica que, em julho, o indicador financeiro EBITDA (através da demonstração de resultados) das entidades do SNS “melhorou face ao mesmo período do ano anterior em cerca três milhões de euros”.

As Administrações Regionais de Saúde (ARS) “apresentam pela primeira vez EBITDA positivos representando, face ao período homólogo, uma melhoria de 145 milhões de euros”, prossegue a nota.

“Este facto é particularmente relevante no que se refere à ARS Norte, que apresentava no final de 2015 uma situação financeira fortemente degradada, que determinou inclusivamente um pedido de auditoria à Inspeção-Geral de Finanças. Em julho de 2016, o EBIDTA desta entidade melhorou 60 milhões de euros face ao período homólogo”.

Segundo a ACSS, os resultados da conta do SNS referentes ao mês de julho apresentam um excedente de 1,7 milhões de euros, melhorando o resultado face ao ano anterior em 74 milhões de euros.

No Porto
A Comunidade Médica de Língua Portuguesa reúne-se esta quinta e sexta-feira no Porto num congresso que visa “estreitar os laços...

“O principal mote da reunião é de facto a formação médica”, sublinhou o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM), Miguel Guimarães.

Em declarações, Miguel Guimarães considerou que se trata de “uma questão absolutamente fundamental, sobretudo para os países africanos de língua portuguesa, onde existem necessidades específicas na aquisição de alguns tipos de competências, até nas especialidades”.

“Nós, Ordem dos Médicos, podemos dar uma ajuda. Claro que a Ordem não o faz sozinha, será feito com uma série de Organizações Não Governamentais (ONG) que já existem e que têm alguns protocolos com alguns destes países, nomeadamente com Moçambique, Angola ou Timor. A Ordem vai tentar de alguma forma agrupar e dar o apoio naquilo que é o seu selo de qualidade”, acrescentou.

Por outro lado, salientou Miguel Guimarães, “médicos portugueses podem também deslocar-se a estes países de língua portuguesa, não só para dar o seu contributo no ensino em algumas áreas da medicina, mas também para aprenderem”.

“Temos por vezes algumas deficiências na formação em algumas especialidades por causa da raridade da patologia que, por exemplo, em países africanos são frequentes. Temos de dar um contributo para reforçar esta posição de Portugal na comunidade médica de língua portuguesa, porque é um caminho importante para Portugal”, frisou.

Em novembro de 2015, com a Declaração do Porto (assinada durante o XVIII Congresso Nacional de Medicina), “abriu-se portas a uma consolidação das relações entre as comunidades médicas lusófonas que integram a Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP)”.

“No VII Congresso da CMLP teremos um momento único para fortalecer essa cooperação, centrada na partilha de conhecimento e experiências e no reforço dos vínculos no apoio à formação médica nos países da comunidade", salientou.

No âmbito de um protocolo assinado em 2005 entre a Ordem dos Médicos de Portugal e as várias instituições representativas dos médicos da CMLP, os profissionais licenciados em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe podem obter autorizações especiais para a realização de estágios profissionais em Portugal, sem concessão do grau de especialista, como forma de reforçar a sua formação pós-graduada.

Miguel Guimarães referiu que "a Declaração do Porto estabeleceu vários procedimentos obrigatórios para o acesso ao estágio profissional, de forma a promover a qualidade da formação pós-graduada".

"A Declaração do Porto protege a reciprocidade do processo e agora é tempo de agilizar estes protocolos de cooperação, incentivá-los, mas sem esquecer as responsabilidades que a própria Ordem dos Médicos tem, nomeadamente na área do reconhecimento da idoneidade das Unidades de Saúde portuguesas que podem acolher os estágios", frisou.

Estão já confirmadas, entre outras, as presenças do ministro da Saúde de Angola, dos bastonários da Ordem dos Médicos de Moçambique, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.

"Diagnósticos Nacionais de Saúde", a "Saúde Mental e Violência", a "Mobilidade e Educação Médica Especializada", "Capacitação e Desenvolvimento no Espaço Lusófono", "Saúde e Economia, uma Agenda Integrada" e "Língua e Pátria" são os temas que irão estar em discussão.

Proteste Brasil
A Proteste Brasil – Associação de Consumidores testou 19 marcas de azeite extra virgem e descobriu que quatro são uma mistura...

A notícia, avançada esta quarta-feira (31/08) pela TSF, refere que o Brasil compra azeite falsificado como sendo português.

A Proteste brasileira detetou pelo menos três marcas portuguesas adulteradas ou contendo informação errada no rótulo, nomeadamente a Beirão, Figueira da Foz e Tradição. De acordo com a TSF, duas marcas são falsificações, enquanto a outra é azeite virgem vendido como extra virgem. As marcas falsificadas dizem no rótulo que se trata de "azeite português", mas são engarrafadas no Brasil e podem ter outra origem.

Segundo apurou a TSF, as duas marcas vendidas como azeite português - Tradição e Figueira da Foz - "são na verdade contrafações, tratando-se de misturas de óleos vegetais que não são extraídos da azeitona", segundo avançou a advogada da Proteste Brasil Lívia Coelho.

No caso do azeite Beirão, o único embalado em Portugal, é azeite virgem vendido com a classificação de extra virgem. A Proteste Brasil recomenda aos brasileiros que não comprem este azeite, ao mesmo tempo que enviou as análises realizadas para o Ministério Público brasileiro.

Lívia Coelho adiantou ainda à TSF que “além do azeite da marca Beirão”, que disse saber que é engarrafado em Portugal, as outras duas podem ser ou não de origem portuguesa. Por isso, a associação enviou as análises para investigação do Ministério Público, salientando ser igualmente ilegal “vender produtos com falsa indicação de origem".

Em declarações à TSF, a secretária-geral da Casa do Azeite em Portugal, Mariana Matos, não se mostrou surpreendida com a notícia, lembrando que o assunto está a ser acompanhado há vários anos.

Mochila pesada
Mais de 37% dos alunos inquiridos num estudo da Associação Portuguesa Spine Matters dizem ter de dores de costas, mas apenas 3%...

A primeira fase de um estudo realizado em Portugal pela Associação Portuguesa Spine Matters acaba de revelar uma realidade preocupante sobre a saúde dos alunos portugueses. Com uma amostra de 110 alunos entre o 1.º e o 9.º ano de escolaridade, a investigação revelou que 37% dos inquiridos sofrem de dores nas costas, mas que apesar disso apenas 3% consultaram um médico a esse propósito.

A investigação, que continuará a decorrer pelo país durante os próximos meses, relata que é no 7.º ano que se encontra a maior carga transportada, uma média de 7 livros por aluno.

Luís Teixeira, médico ortopedista e fundador da Spine Matters, alerta para as consequências de uma carga desadequada e contínua durante o período escolar – e fase de crescimento das crianças e adolescentes: "Todos sabemos que as nossas crianças continuam a transportar cargas excessivas nos dias de aulas, mas é fundamental percebermos de que é que estamos a falar. Na verdade, os números mostram que há muitos alunos a suportar 15% ou mais do seu peso corporal na carga escolar, uma percentagem já muito elevada e prejudicial para a coluna".

Segundo o médico, as mochilas das crianças não devem exceder esta percentagem sob pena de mudanças nos ângulos dos ombros, pescoço, tronco e membros inferiores, afetando a postura de forma global ao provocar uma curvatura anormal das costas.

Má postura, cifoses (corcundez) e escolioses decorrentes desta utilização prolongada são alguns dos exemplos dos resultados que podem advir e que aumentam a probabilidade de se sofrer de dores lombares na vida adulta. Para além das consequências posturais, o excesso de peso nas mochilas tem ainda sido apontado como responsável, a longo prazo, por dores de cabeça frequentes e consequente falta de concentração das aulas.

"A explicação é simples e reside no esforço, nem sempre consciente, que a criança faz de forma regular. O excesso de carga numa fase de crescimento vai, claramente, condicionar o mesmo, através de uma compressão da espinha que se manifesta depois também de outras formas", alerta o ortopedista. "Uma das situações mais alarmantes que apurámos, foi a desvalorização das dores nas costas destes alunos", explica ainda o médico.

Quando inquiridos sobre as cadeiras, tempo passado à secretária ou locais de estudo, não foi relacionada nenhuma percentagem significativa de casos de dor nesses momentos. No entanto, em relação às mochilas, existe uma ligação imediata e a reação é comunicada aos pais em 71% dos casos.

"No entanto, e apesar de ser uma realidade constante, não são consultados especialistas para auxiliar e travar a situação. Esta é uma situação que, também em adultos, temos tendência a não priorizar, aprendendo a viver com ela, mas é urgente desmistificar esta questão: as dores nas costas, tais como na cabeça, garganta, estômago ou qualquer parte do organismo, não fazem parte da normalidade de um ser humano saudável", recorda.

Três dicas do médico Luís Teixeira

Pese as mochilas dos seus filhos antes de saírem de casa. Se a carga exceder 15% do seu próprio peso, então é necessário retirar carga. Esta é uma recomendação que deve ser respeitada de forma rigorosa, gerindo o horário da criança de forma o mais atenta possível. Por exemplo, sempre que não necessários, os livros devem ficar na escola, nos cacifos.

Procure mochilas de duas alças e um bom suporte, em que o peso possa ser suportado uniformemente. Por outro lado, quando impossível de contornar a medida, a opção pontual deve ser por uma mala com rodas. Ao contrário do que muitas vezes se pensa, esta não é uma solução que resolva o problema, mas que apenas o minimiza. No dia-a-dia o correto é sempre controlar a carga transportada.

Corrija os seus filhos se a mochila estiver a ser transportada com as alças muito soltas: quando se encontra já perto do fim das costas, a pressão causada na coluna é muito elevada. Todas as mochilas devem ter as alças apertadas e justas para que não haja oscilação de peso.

IPMA
Os distritos do continente, com exceção de Braga e Viana de Castelo, apresentam esta quarta-feira (31/08) risco muito elevado...

Vila Real, Bragança, Porto, Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Portalegre, Lisboa, Setúbal, Évora, Beja e Faro, apresentam um índice de exposição de 8. Já Viana do Castelo e Braga apresentam índice de exposição de 7, ou seja, elevado.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

A Região Autónoma da Madeira tem hoje um índice de exposição à radiação ultravioleta de valor 9, enquanto na Região Autónoma dos Açores, as ilhas Terceira, Flores e São Miguel apresentam um índice de exposição à radiação ultravioleta de 8 (muito elevado).

Para o índice de exposição elevado e muito elevado, o instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Para esta quarta-feira (31/08), o instituto prevê céu pouco nublado ou limpo, temporariamente muito nublado por nuvens altas, apresentando-se geralmente muito nublado no litoral oeste até meio da manhã, nebulosidade que poderá persistir ao longo do dia em alguns locais da faixa costeira da região centro.

O vento será em geral fraco do quadrante norte, rodando temporariamente para sudoeste no sotavento algarvio e soprando moderado a forte de noroeste no litoral oeste a sul do Cabo Mondego, com rajadas até 65km/h, em especial durante a tarde.

Para a Madeira, o IPMA prevê períodos de céu muito nublado, apresentando-se pouco nublado no sul da ilha, aguaceiros no final do dia no norte, enquanto o vento será moderado de nordeste, sendo moderado a forte nas terras altas, em especial a partir da tarde. Já nos Açores, para o conjunto das nove ilhas, o IPMA prevê períodos de céu muito nublado com boas abertas, além de aguaceiros fracos na madrugada.

Segundo o IPMA as temperaturas máximas vão hoje atingir os 35 graus Celsius em Castelo Branco; os 34 em Évora; 33 em Braga e Beja; 32 em Portalegre e Guarda; 31 em Vila Real e Santarém; 29 em Faro; 28 em Lisboa e Santa Cruz; 27 em Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Funchal e 26 no Porto.

Instituto Politécnico do Porto
Investigadores do Instituto Politécnico do Porto (IPP) estão a coordenar um projeto internacional para desenvolver sistemas de...

No projeto EKRUCAmI - Europe-Korea Research on Ubiquitous Computing and Ambient Intelligence, coordenado pelo investigador do IPP Carlos Ramos e que finaliza em dezembro, são criados sistemas inteligentes cujos dispositivos, espalhados em vários locais, interagem com o ser humano, de "forma perspicaz e discreta".

De acordo com o coordenador, para um ambiente ser considerado inteligente, tem que ajudar na interpretação da situação em que está inserido, representar a informação e o conhecimento relacionado com o local e com o contexto, bem como modelar, simular e representar as entidades envolvidas.

Para além disso, Carlos Ramos aponta o planeamento sobre as decisões e ações a tomar, o aprender sobre o meio envolvente e os aspetos associados, a interação com o ser humano e o controlo da ação sobre o ambiente como outros dos fatores que caracterizam estes sistemas, que "não devem ser vistos como atividades isoladas, mas como um conjunto de atividades".

"Quando entramos em casa há uma divisão que acende as luzes. A primeira coisa que fazemos é desligá-las. No dia seguinte, mais ou menos a mesma hora, acontece o mesmo. Se a partir da terceira vez isso se repetir, não podemos considerar que este seja um ambiente inteligente, visto que não teve capacidade de aprender com o utilizador", exemplificou à Lusa o investigador.

Na área da saúde, estes sistemas podem ser utilizados para acompanhar, por exemplo, idosos que vivem sozinhos e que necessitam de controlo, recolhendo informação através de sensores. Dessa forma, é possível detetar quando têm uma queda ou se estão parados no mesmo local muito tempo, entre outras situações.

Quando estes ambientes inteligentes estão associados a um sistema de irrigação (setor agroalimentar), a sua atuação pode depender de fatores que são detetados por sensores de temperatura e de humidade, mas também podem usar a previsão do tempo, economizando, desta forma, recursos.

Na área da tomada de decisão em grupo, estes sistemas inteligentes atuam no sentido de apoiar os elementos nos processos de decisão coletiva, com recurso a um conjunto de ferramentas adaptadas ao utilizador.

"A lógica do ambiente inteligente não é usar uma série de sensores e atuadores que substituam o ser humano, mas sim admitir que o ser humano existe, que está num determinado local, e que a tecnologia aí embutida vai interagir com o mesmo, de forma adaptada e contextualizada, mas não obstrutiva", concluiu Carlos Ramos.

No projeto estão também envolvidas a Universidade de Salamanca, em Espanha, a Universidade Nacional de Suncheon e a Universidade Católica de Daegu, ambas da Coreia do Sul.

O EKRUCAmI, no qual participaram até à data cerca de 20 investigadores - que fizeram mobilidade em ambos os sentidos -, foi financiado, do lado europeu, pelo programa de I&D Europeu do 7º Programa-Quadro (FP7), em 210 mil euros.

Ministério da Saúde de Angola
O Ministério da Saúde angolano informou hoje que a nova campanha de vacinação em curso contra a febre-amarela vacinou já 81% da...

Em 10 dias foram vacinadas mais de 2,4 milhões dos 2,9 milhões de pessoas previstas.

Angola enfrenta um surto de febre-amarela, que desde dezembro de 2015 matou 369 pessoas, mas aparenta estar a diminuir, já que até a última semana de julho, estava há seis semanas sem novos casos confirmados da doença, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Um comunicado do Ministério da Saúde de Angola distribuído hoje à imprensa, refere que a nova campanha de vacinação, iniciada no dia 15 deste mês poderá estender-se por mais 15 dias, apesar da cobertura de 81% em dez dias.

O documento destaca a adesão da população à campanha, salientando que as equipas de vacinação têm estado a vacinar diariamente em média mais de 150 mil pessoas.

A nova campanha que abrange as províncias de Cabinda, Benguela, Cuanza Sul, Huambo, Cuando Cubango, Huíla, Lunda Norte, Lunda Sul, Malange, Uíge e Zaire, vai permitir aumentar a cobertura de 51 para 73 municípios, elevando igualmente a população imunizada de 13 milhões para mais de 16 milhões.

Até 28 de julho registavam-se no país 3.818 casos suspeitos de febre-amarela, dos quais 879 foram laboratorialmente confirmados, o mesmo acontecendo com 119 dos óbitos, segundo a OMS.

A epidemia, que começou a 05 de dezembro em Luanda, alastrou para a vizinha República Democrática do Congo - com 2.051 casos suspeitos e 95 vítimas mortais até 27 de julho -, decorrendo no terreno, com o apoio da OMS, várias campanhas de vacinação contra a febre-amarela.

Investigadores de Coimbra desenvolvem
Investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular e da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra...

Uma nota de imprensa de Universidade de Coimbra explica que esta “vacina genética concebida é vantajosa para países em vias de desenvolvimento onde escasseiam profissionais de saúde responsáveis pela administração das vacinas injetáveis”.

“A via nasal permite diminuir os elevados custos humanos e financeiros destes países, associados às complicações decorrentes da administração de injetáveis, nomeadamente as infeções provocadas pela reutilização de seringas”, explica a universidade.

A coordenadora do projeto publicado na revista científica “Molecular Pharmaceutics”, Olga Borges, explica, citada naquela nota de imprensa, que “foram criados ‘sistemas de transporte’ (nanopartículas poliméricas) capazes de levar as moléculas terapêuticas desde a mucosa nasal até ao interior das células”.

“Os resultados obtidos em ratinhos demonstraram que a formulação desenvolvida é eficaz pela via intranasal”, sintetiza ainda a investigadora.

Este trabalho, de acordo com a Universidade de Coimbra, “desenvolveu uma nova composição para a vacina baseada em ‘plasmídeos’, teoricamente mais resistentes às variações de temperatura que os ‘antigénios’ (estimuladores do sistema imunitário) das vacinas comercializadas atualmente”.

“Os plasmídeos são pequenas moléculas circulares que transmitem informação genética (ADN) para o interior das células, ativando mecanismos de defesa do organismo que combatem o vírus da hepatite B. Os ‘combatentes’ chamam-se ‘anticorpos’ e surgem no sangue, mucosa nasal e vaginal”, é ainda esclarecido.

As nanopartículas desenvolvidas também poderão ser “usadas na composição de vacinas que previnem doenças sexualmente transmissíveis, porque induzem a produção de anticorpos pelo organismo ao nível da mucosa vaginal de forma mais eficaz que as vacinas injetáveis”, esclarece a também docente da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

O projeto, que teve a colaboração da Universidade de Genebra, insere-se numa linha de investigação em vacinas iniciada em 2003, tendo as nanopartículas sido desenvolvidas durante quatro anos por Filipa Lebre, doutoranda da Faculdade de Farmácia da UC.

Estudo
As alterações climáticas e a propagação de ervas invasoras vão fazer duplicar o número de pessoas que sofrem de alergias...

Em 2050, cerca de 77 milhões de europeus vão sofrer de rinite alérgica, em comparação com os 33 milhões atuais, de acordo com um estudo publicado na revista Environmental Health Perspectives.

"A alergia ao pólen de ambrósia provavelmente tornar-se-á um grande problema de saúde em boa parte da Europa", disse o autor do estudo, Iain Lake, investigador da Universidade de East Anglia, na Inglaterra.

Estudos anteriores já tinham previsto que o aquecimento global acelerasse a disseminação do pólen, mas este é o primeiro estudo a quantificar os efeitos. Não apenas mais pessoas vão ser afetadas por asma alérgica, prurido e olhos inchados, como a gravidade dos sintomas também aumentará, conclui ainda o estudo.

De acordo com a investigação, esse impacto será provocado por maiores concentrações de ambrósia e por uma temporada de polinização mais longa.

Os países menos afetados hoje em dia - como a França, Alemanha e Polónia - serão provavelmente os mais atingidos nas próximas décadas.

O estudo aponta como principal culpado as mudanças climáticas, mas a contínua propagação da espécie invasora Ambrosia artemisiifoliatambém é tida como um fator-chave neste aumento de casos.

Uma única planta ambrósia pode produzir cerca de mil milhões de grãos de pólen por ano, principalmente em agosto. A ambrósia é responsável por mais da metade da produção de pólen em muitos países europeus.

A rinite é uma condição alérgica comum que afeta cerca de 40% dos europeus em algum momento de sua vida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 400 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de rinite alérgica, e 300 milhões, de asma relacionada com o pólen.

Investigação
Um estudo de investigação clínica, liderado pelo médico Manel Esteller, criou um teste epigenético de aplicação imediata que...

O estudo, hoje publicado na revista Lancet Oncology, permitiu desenvolver e validar o primeiro diagnóstico epigenético (extra informação genética) para pessoas com cancro de origem desconhecida – um cancro agressivo que provoca metáteses antes de o tumor primário se evidenciar.

O novo sistema diagnóstico desenvolvido foi desenvolvido por Manel Esteller, diretor do Programa de Epigenética e Biologia do Cancro do Instituto de Investigação Biomédica de Bellvitge, em Barcelona.

O teste, que pode determinar entre cinco e 10 dias a origem do tumor, vai ser comercializado em todo o mundo pela farmacêutica Ferrer.

O teste mostrou até agora ser uma potente ferramenta para identificar o tumor primário em pessoas com cancro de origem desconhecida e em consequência permite acelerar o processo de diagnóstico e abre a porta para a escolha de um medicamento específico dirigido ao tipo de tumor.

“Agora o doente não será tratado ‘às cegas’, mas poderá receber uma terapia muito mais específica para o tipo tumoral que tiver”, afirmou Manel Esteller.

O investigador salientou que o teste não é uma descoberta a “desenvolver nos próximos anos”, mas que já pode ser aplicado.

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