Encontro Nacional de Amamentação
O termómetro, no Porto, marcava 37 graus este domingo à tarde. A paisagem até parecia tremer. Romana Naruna nem tinha vontade...

Chegou meia hora mais cedo, com o marido, José Silva, e as filhas – Ava, de três meses, e Malu, com quase três anos. Escolheu um lugar à sombra, um pouco elevado, perto da entrada do Parque da Cidade. Estendeu uma manta na relva e colou dois cartazes num pinheiro manso. “Parece que escolhemos o dia mais quente do ano”, comentou a jornalista, de 27 anos, com o companheiro. “Quer ver que ninguém vai aparecer!”

Ali, perto do Atlântico, soprava uma brisa suave. Rosa Santos e José Oliveira já lá estavam com a filha, Rita, de 14 meses, escreve o jornal Público. E, em menos de meia hora, começaram a aparecer outras mulheres e crianças para dar forma à iniciativa, que se repete pelo quarto ano consecutivo na Semana Mundial de Aleitamento Materno.

Quando Romana se mudou do Brasil para Portugal, em 2012, notou que a amamentação, a existir, se fazia com recato. Depois, descobriu no Facebook o “Amamentação com desmame natural”, um grupo fechado, que pretende “ser um espaço de informação, orientação e incentivo à amamentação”. E foi desse grupo que partiu este encontro.

O encontro, que se multiplicava por 18, serve para trocar experiências, mas também para quem amamenta tentar “criar empatia” com quem está numa fase diferente da vida. Procura afirmar que amamentar é natural, que há desmame natural, e combater o “preconceito” que afeta quem opta pela “amamentação prolongada”.

“Não há muitos casos conhecidos de aleitamento prolongado; a partir do meio ano de vida, é raro haver quem amamente”, afirmou Rosa, perna estendida na manta esticada debaixo do mesmo pinheiro. É enfermeira e bem vê o espanto estampado sempre que alguém, no centro de saúde onde trabalha, sabe que ainda amamenta.

Não lhe parece que a entrada das mulheres no mercado de trabalho justifique tanto recurso a leite artificial, biberons, chuchas. “Muitas pessoas nem sabem muito bem como funciona a amamentação. Acham que o leite não chega, que é preciso dar um suplemento”, disse. Com a quebra abrupta da natalidade, o recuo da família como retaguarda, o recurso a infantários, há muito quem chegue à parentalidade sem nunca ter lidado com um bebé.

Romana sente-se observada sempre que amamenta em público. “As pessoas não são desagradáveis. É aquela censura travestida de preocupação”, considera. Numa ocasião, numa feira medieval, sentou-se à entrada do fraldário e começou a dar de mamar. Um funcionário perguntou-lhe se não preferia fazer aquilo lá dentro, numa sala. “Eu neguei umas cinco vezes. Ele insistiu. Acabei por ir. Comecei a chorar.”

Sabe que muitos olhares nem são de reprovação, que alguns expressam um certo encantamento ou mesmo alguma cumplicidade, mas já não se quer arriscar. “Eu amamento de cara fechada, que é para as pessoas nem se meterem comigo”, explicou. “Faço cara feia mesmo.”

Está decidida a amamentar enquanto aguentar e Ava quiser. Malu contava quase dois anos quando deixou de mamar. Romana tinha acabado de ficar grávida de Ava. “Foi natural. Ela não pedia, eu não oferecia. Eu estava cansada. A mãe é a outra parte da equação.” Por mais, que a Organização Mundial de Saúde diga que o leite materno é a melhor alimentação que um bebé pode ter, “se a mãe está cansada, é preciso levar isso em conta”.

Estudo
Uma equipa de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência descobriu o gene que controla o desenvolvimento do tronco, o...

O gene em causa chama-se Oct4, que, quando ativado durante mais tempo, em ratinhos, faz com que as células progenitoras, que se diferenciam noutras células, para formar tecidos e órgãos, continuem a 'construir' o tronco.

O mesmo gene, que existe nos vertebrados, inclusive nos humanos, explica, segundo a equipa, por que motivo as cobras têm um esqueleto tão comprido: o Oct4 mantém-se ativo durante um longo período na fase de desenvolvimento do embrião.

O investigador Moisés Mallo, que lidera o grupo, disse que, agora, talvez se possa "encontrar as condições experimentais", em culturas de células humanas, que reproduzam o mecanismo "e escolher, dentro das que fazem o troco, as que fazem a medula, e que possam reparar uma lesão".

A ideia será investigar se o Oct4 pode ser utilizado para "expandir as células que formam a medula espinal" e ver se, com elas, é possível regenerá-la em caso de dano, escreve o Sapo.

As conclusões da investigação, realizada pelo Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em colaboração com a Universidade norte-americana da Florida, foram publicadas na revista Developmental Cell.

O grupo de Moisés Mallo foi contemplado, em 2014, com o Prémio Melo e Castro, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com o qual se propôs estudar, durante três anos, as características das células progenitoras da medula espinal, e depois multiplicá-las em laboratório para, eventualmente, regenerar tecidos que estão danificados em doentes com paraplegias ou tetraplegias, de modo a que estes possam recuperar movimentos.

Associação Portuguesa de Musicoterapia
A Associação Portuguesa de Musicoterapia lançou uma petição, que conta com quase 1.200 assinaturas, para o reconhecimento da...

“A nossa grande meta agora é o reconhecimento profissional”, refere a vice-presidente da Associação Portuguesa de Musicoterapia (APMT), Rita Maia, adiantando que o objetivo é atingir pelo menos 4.000 assinaturas para a petição poder ser discutida na Assembleia da República.

Segundo a musicoterapeuta, o reconhecimento da profissão torna-se importante porque há “falta de conhecimento e de validação”, sendo esta terapia, por vezes, praticada por pessoas não qualificadas, enquanto em alguns países a profissão já se encontra devidamente regulada e integrada nos serviços de saúde.

“Cada vez mais temos conhecimento de técnicos não qualificados que estão a exercer como musicoterapeutas, ou seja, as instituições procuram o serviço mas não sabem que padrão ou qualificação vão exigir de quem vai exercer”, revela Rita Maia, em declarações à Lusa.

Em Portugal não existem números oficiais sobre musicoterapeutas, pelo que a APMT está a realizar um levantamento nacional do número de técnicos de musicoterapia a trabalhar no ativo e em que regiões do país, estimando-se que, até à data, existam cerca de 50 musicoterapeutas distribuídos a nível nacional.

Internacionalmente a musicoterapia está mais desenvolvida em países como o Reino Unido, Áustria, Alemanha, Noruega, Espanha e Israel, havendo várias instituições espalhadas em cada um destes países.

A musicoterapia atua desde a idade pré-natal até ao fim da vida. “Temos colegas que trabalham em cuidados paliativos e em fase terminal de vida ou de consciência alterada e em processos de reabilitação e de prevenção”, afirma Rita Maia.

Atualmente há mais procura na área das demências, das deficiências e também em intervenções em lares de terceira idade.

Rita Maia destaca a vantagem da musicoterapia que pode ser não-verbal em estados avançados de demência, como o Parkinson e o Alzheimer, em que a “verbalização, a comunicação e o diálogo estão já comprometidos” mas que com a música são estimulados.

“A música consegue despertar emoções que a própria doença vai omitindo, provocar processos de reminiscência, que é quando as pessoas se remontam a lembranças em determinados períodos da sua vida”, explica a vice-presidente da APMT.

A musicoterapeuta esclarece, relativamente ao tipo de música escolhida para cada doente, que é como se houvesse um “ADN musical para cada pessoa”, através de um levantamento sobre os seus gostos e a sua “identidade sonora”.

Quando não existe conhecimento prévio sobre o doente, os musicoterapeutas têm de “ir à descoberta” para escolherem o tipo de música mais adequada.

A musicoterapia surgiu nos Estados Unidos após a 2.ª Guerra Mundial para tratar essencialmente doentes com ‘stress’ pós-traumático e como alternativa complementar à medicação.

Em Portugal, é no final dos anos 80 que surgem as primeiras pessoas interessadas em praticar esta terapia.

A Associação Portuguesa de Musicoterapia é uma organização sem fins lucrativos fundada em 1996, com a missão de reunir os profissionais da área e promover o seu desenvolvimento, tendo como projeto futuro a criação de uma revista anual que dê a conhecer a experiência destes técnicos.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘Muito Elevado’ e ‘Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, informou o...

As regiões do Funchal, Porto Santo, Bragança, Castelo Branco, Guarda, Penhas Douradas, Vila Real, Funchal, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Porto Santo, Angra do Heroísmo, Ponta Delgada e Santa Cruz das Flores estão hoje com níveis ‘Muito Elevado’, segundo o informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A Horta apresenta hoje risco ‘Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Nas regiões com risco com níveis 'Muito Elevado' e 'Elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente tempo quente com céu limpo, vento fraco a moderado do quadrante leste, rodando para norte a partir da tarde, soprando moderado a forte nas terras altas e pequena descida da temperatura máxima no litoral norte e centro.

Na Madeira prevê-se tempo quente com céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade nas vertentes norte e na ilha de Porto Santo até ao início da manhã e vento moderado a forte de norte rodando para nordeste, soprando forte com rajadas até 80 quilómetros por hora nas terras altas e pequena subida de temperatura.

Para os Açores a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas, aguaceiros fracos e pouco frequentes durante a madrugada e manhã e vento fraco a bonançoso.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 22 e 36 graus Celsius, no Porto entre 24 e 35, em Braga entre 18 e 41, em Viana do Castelo entre 20 e 34, em Vila Real entre 20 e 37, em Viseu entre 22 e 38, em Bragança entre 17 e 36, na Guarda entre 19 e 34, em Coimbra entre 24 e 39, em Castelo Branco entre 24 e 39, em Portalegre entre 24 e 38, em Santarém entre 20 e 41, em Évora entre 19 e 41, em Beja entre 21 e 40, em Faro entre 23 e 36, no Funchal entre 24 e 34, em Ponta Delgada, Horta e Santa Cruz das Flores entre 21 e 27.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Trinta e quatro concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Coimbra, Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Viseu, Porto, Vila Real,...

Os concelhos de Monchique (Faro), Mação, Sardoal (Santarém), Oleiros, Vila de Rei, Sertã (Castelo Branco), Pampilhosa da Serra, Góis, Oliveira do Hospital (Coimbra), Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Miranda do Corvo (Coimbra), Guarda, Sabugal, Gouveia, Celorico da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres e Aguiar da Beira (Guarda) estão hoje em risco ‘Máximo’ de incêndio, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Estão também em risco ‘Máximo de incêndio os concelhos de Moimenta da Beira, Vila Nova de Paiva, Castro Daire, São Pedro do Sul, Castelo de Paiva e Marco de Canaveses (Viseu), Baião e Valongo (Porto), Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena (Vila Real), Celorico de Basto, Vieira do Minho e Póvoa do Lanhoso (Braga) e Ponte da Barca (Viana do Castelo).

O Instituto colocou também em risco ‘Muito Elevado’ e 'Elevado' de incêndio vários concelhos de todos os distritos (18) de Portugal continental.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre ‘Reduzido' e 'Máximo'.

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia, relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O IPMA prevê para hoje no continente tempo quente com céu limpo, vento fraco a moderado do quadrante leste, rodando para norte a partir da tarde, soprando moderado a forte nas terras altas e pequena descida da temperatura máxima no litoral norte e centro.

Na Madeira prevê-se tempo quente com céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade nas vertentes norte e na ilha de Porto Santo até ao início da manhã e vento moderado a forte de norte rodando para nordeste, soprando forte com rajadas até 80 quilómetros por hora nas terras altas e pequena subida de temperatura.

Para os Açores a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas, aguaceiros fracos e pouco frequentes durante a madrugada e manhã e vento fraco a bonançoso.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 22 e 36 graus Celsius, no Porto entre 24 e 35, em Braga entre 18 e 41, em Viana do Castelo entre 20 e 34, em Vila Real entre 20 e 37, em Viseu entre 22 e 38, em Bragança entre 17 e 36, na Guarda entre 19 e 34, em Coimbra entre 24 e 39, em Castelo Branco entre 24 e 39, em Portalegre entre 24 e 38, em Santarém entre 20 e 41, em Évora entre 19 e 41, em Beja entre 21 e 40, em Faro entre 23 e 36, no Funchal entre 24 e 34, em Ponta Delgada, Horta e Santa Cruz das Flores entre 21 e 27.

Volta a Portugal em Bicicleta
Mais de 850 pessoas fizeram rastreios ao cancro da cabeça e do pescoço desde o inicio da Volta a Portugal em Bicicleta, no dia...

O balanço foi feito pela oncologista Ana Castro, que preside ao Grupo de Estudos do Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP), que decidiu organizar rastreios gratuitos à população durante a 78ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta.

O GECCP percorreu ao longo de 11 dias mais de 1.500 quilómetros de estrada, acompanhando a volta a Portugal em bicicleta, ao longo da qual foi montando tendas de rastreio nos pontos de chegada de todas as etapas, o último dos quais está instalado hoje na Praça do Município, em Lisboa.

“Estamos na última etapa dos rastreios. Até agora fizemos 854 rastreios e foram referenciadas 31 pessoas com lesões suspeitas para serem avaliadas em ambiente hospitalar. Com estas pessoas esperamos poder fazer a diferença”, afirmou Ana Castro.

Segundo a médica, no início do desenvolvimento da doença, o tratamento destes tipos de cancro pode ter uma taxa de sucesso entre os 80% e 90%.

O objetivo do GECCP é conseguir completar hoje os mil rastreios, meta que a responsável acredita conseguir vir ainda a alcançar até ao final do dia.

Contudo, Ana Castro faz um balanço “muito positivo” e considera que o número de pessoas abrangidas até ao momento ultrapassou as suas expectativas.

Para este número contribuiu o facto de o rastreio ter sido feito no âmbito da Volta a Portugal em Bicicleta, indo ao encontro das pessoas que estavam a assistir ao evento.

“Quando fazemos rastreios em hospitais conseguimos uma adesão mais baixa, porque as pessoas têm que se deslocar. Quando vamos ao encontro da população, que é o fundamental, faz diferença. Conseguimos chegar a mais pessoas e ter um maior número de pessoas rastreadas, que não iriam ao hospital”, explicou.

As 31 pessoas referenciadas irão agora ser chamadas para consulta de avaliação e para fazer biopsias, disse a responsável, acrescentando que “as principais lesões detetadas nos rastreios são lipoides na língua, nas bochechas e no pavimento da boca, bem como feridas e violáceas”.

Segundo Ana Castro, a petição online lançada pelo GECCP e pela Associação dos Amigos dos Doentes com Cancro Oral para levar à Assembleia da República a discussão do apoio do SNS na reabilitação oral dos doentes com esta patologia conseguiu até ao momento reunir 1.038 assinaturas.

A petição em papel, com o mesmo objetivo, conta com 235 assinaturas.

Todos os anos, são diagnosticados entre 2.500 e 3.000 novos casos de cancro de cabeça e pescoço em Portugal e 85% das vítimas são fumadores ou ex-fumadores, daí a importância dos rastreios à doença a pessoas com hábitos tabágicos ou de consumo excessivo de álcool.

Em Portugal, os cancros de cabeça e pescoço são a quarta doença com maior incidência em indivíduos do sexo masculino, matando três portugueses por dia.

Com 93 anos
O cirurgião plástico brasileiro Ivo Pitanguy, considerado um "papa" da cirurgia estética, morreu no sábado, aos 93...

Pitanguy teve uma paragem cardíaca quando estava em casa.

O cirurgião foi uma das personalidades brasileiras que, em cadeira de rodas, transportou a tocha olímpica na sexta-feira à sua passagem pelo bairro Botafogo, onde tinha uma das suas clínicas, poucas horas antes da inauguração oficial dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Ivo Pitanguy ficou conhecido por ser o cirurgião estético de muitos famosos, brasileiros e de outras nacionalidades, mas também pela vertente social do seu trabalho, operando ao longo da carreira pessoas sem recursos através, por exemplo, de programas de cirurgia estética reparadora na rede de saúde pública do Brasil, que abrangeu, sobretudo, vítimas de queimaduras.

Dedicou-se ainda ao ensino da cirurgia plástica a jovens médicos e à escrita, tendo quase 900 títulos publicados sobre medicina, mas também de literatura, o que lhe valeu, em 1990, um lugar na Academia Brasileira de Letras.

Nascido em Belo Horizonte, filho de um médico, formou-se no Brasil, nos EUA e na Europa e foi aluno do francês Marc Iselin, considerado o pai da cirurgia reconstrutiva de mãos devido ao seu trabalho com vítimas da segunda guerra mundial. No regresso ao Brasil, Pitanguy foi pioneiro nesta especialidade na América Latina.

Em 1989, o papa João Paulo II concedeu a Pitanguy o Prémio Cultura da Paz. O cirurgião foi também distinguido com o Prémio de Divulgação Internacional de Investigação Médica das Nações Unidas.

Proposta apresentada
A proposta governamental de descentralização de competências para os municípios prevê que assumam a gestão e construção de...

A “construção, requalificação e manutenção dos edifícios dos estabelecimentos de ensino dos 2.º e 3.º ciclos e secundário” estão entre as atribuições previstas no “documento orientador” da descentralização apresentado pelo Governo à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

O documento assume que “a descentralização de competências para os municípios é uma das pedras angulares da reforma do Estado”, incluindo dos “serviços de ação social escolar ao nível dos 2.º e 3.º ciclos e secundário” e “gestão do [seu] pessoal não docente”.

A gestão de equipamentos, a contratação de serviços (água, eletricidade, segurança, limpeza), o transporte escolar no ensino secundário e a “atribuição de competência ao Conselho Municipal de Educação para definição da política educativa” são outras competências a transferir.

Os municípios também devem assumir a “construção de novas unidades locais de cuidados de saúde primários” e a “gestão dos trabalhadores da categoria assistentes operacionais das unidades funcionais dos ACES [Agrupamentos de Centros de Saúde] que integram o Serviço Nacional de Saúde”.

O documento prevê ainda que as câmaras passem a deter a “regulação e fiscalização do estacionamento” e que seja regulamentado o regime especial das polícias municipais de Lisboa e Porto, com transferência de recursos das divisões de trânsito da PSP para os dois municípios.

Preconiza-se que os municípios assumam o processamento das contraordenações rodoviárias de estacionamento “nas cidades e vilas”.

A “autorização da exploração de jogos de fortuna e azar de âmbito local” e o licenciamento e vistorias no âmbito da segurança contra incêndios em edifícios também constam na proposta do Governo.

As autarquias devem elaborar cartas sociais municipais, coordenar a execução do Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social e gerir “programas nas áreas de conforto habitacional para pessoas idosas e de integração a idosos, em articulação com as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional”.

A instituição e gestão dos Gabinetes de Apoio aos Emigrantes, em articulação com a rede de Lojas do Cidadão, a criação de Centros Locais de Apoio e Integração de Migrantes, a gestão de imóveis sem uso militar e a concessão de zonas balneares em praias marítimas também devem passar para o âmbito municipal.

A proposta admite a “concessão de benefícios fiscais relativamente aos impostos e outros tributos próprios”, competências próprias na “avaliação e reavaliação de prédios” e a “gestão e manutenção de património imobiliário público não utilizado (devoluto) por qualquer entidade pública”.

As câmaras passam ainda a gerir as “estradas nacionais nos perímetros urbanos” e os “programas de apoio ao arrendamento urbano e à reabilitação urbana, em articulação com outras entidades com atribuições em matéria de Fundos Europeus”.

A gestão de áreas sob jurisdição dos portos sem utilização portuária reconhecida e “áreas urbanas de desenvolvimento turístico e económico não afetas à atividade portuária e infraestruturas afetas às praias e ao mar”, bem como de “portos de pesca secundários” e das áreas da Docapesca também será transferida.

“A transferência de competências deve ser realizada no ano de 2018, admitindo-se soluções gradualistas ao longo do próximo mandato autárquico, a desenvolver no quadro da negociação entre os ministérios e a ANMP”, lê-se na proposta do ministro Adjunto, Eduardo Cabrita.

O novo modelo de financiamento dos municípios deverá assentar numa “subvenção geral cujo valor resulta da média aritmética simples da receita proveniente IRS, IRC e IVA” (impostos sobre o rendimento singular, o rendimento coletivo e o valor acrescentado, respetivamente) e na “participação direta” no IRS dos habitantes, no IVA gerado em cada concelho e na derrama de IRC.

O documento, que prevê a criação das autarquias metropolitanas de Lisboa e do Porto e o reforço de competências das Comunidades Intermunicipais (CIM) e das freguesias, foi enviado pela ANMP às autarquias para recolha de contributos.

Estudo
A desnutrição não é apenas um problema de saúde pública, constituindo igualmente uma pesada desvantagem económica, revela um...

“Precisamos de quantificar em termos financeiros o problema da fome em África”, explicou à agência France Presse Vera Boohene, coordenadora do Programa Alimentar Mundial (PAM) para o Gana, um dos países onde o estudo foi realizado.

Boohene adiantou que a quantificação é útil para dizer aos governos que “a desnutrição lhes custa somas astronómicas”.

No Gana, o custo da fome foi estimado em 2,6 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros) por ano, o que representa 6,4% do seu Produto Interno Bruto (PIB).

Embora os casos de desnutrição tenham diminuído nos últimos anos no Gana, o PAM estima que nas províncias do norte um terço das crianças sofre de má nutrição.

O estudo, no âmbito da Agenda 2063 da União Africana (UA), um plano de ação para 50 anos “para construir uma África próspera e unida”, incluiu também o Burkina Faso, Madagáscar e Malaui. No Gana, foi realizado durante dois anos, de 2013 a 2015.

“Garantir uma geração que não sofrerá com a fome requer investimentos. O governo ganês tem de criar parcerias estratégicas com o setor privado”, recomenda a diretora da divisão para as políticas sociais na Comissão Económica para África da ONU, Takyiwaa Manuh.

Além do setor da saúde, diretamente afetado pela desnutrição, o estudo intitulado “O custo da fome em África”, divulgado na terça-feira, sublinha que as consequências estendem-se a várias gerações, ao diminuírem a produtividade no setor agrícola ou junto das crianças que não prosseguem estudos.

Estudo
Investigadores portugueses identificaram um grupo de proteínas que está na origem da reparação das células, em caso de dano...

"Quando o complexo [proteico] existe, a reparação do dano [na célula] ocorre naturalmente", frisou uma das cientistas, Otília Vieira, do Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.

O dano é um 'furo' ou 'poro' causado na membrana da célula por um agente patogénico, como a bactéria da tuberculose.

Sem este 'escudo' de proteínas, formado a partir de uma proteína chamada Rab3a, a bactéria da tuberculose que não for tão virulenta, agressiva, e, portanto, não provocar uma infeção tão grave, estando esta mais controlada, torna-se virulenta, de acordo com a investigadora.

Nestas circunstâncias, a célula não consegue 'tapar' o 'furo', morre e a bactéria escapa-se e atinge células vizinhas, gerando uma "tuberculose fulminante", adiantou.

Quando o complexo de proteínas está ativo, a célula infetada morre na mesma, mas consegue reparar o dano causado na sua membrana pela bactéria, evitando que esta se propague a outras células.

Trata-se, segundo Otília Vieira, de "um complexo importante para o posicionamento dos organelos", uma espécie de compartimentos da célula, que são "responsáveis por 'tapar' o 'poro' da membrana".

A cientista esclareceu que os danos na membrana celular, e semelhante mecanismo de reparação, também ocorrem nas células do músculo-esquelético e do cérebro (neurónios).

Por isso, a equipa crê que a 'maquinaria' celular na origem da reparação de um dano numa célula, e agora identificada, pode dar pistas para possíveis estudos de novos tratamentos contra a tuberculose ou doenças crónicas.

Para o estudo em apreço, publicado na revista Journal of Cell Biology, os cientistas usaram culturas de células humanas, nomeadamente os macrófagos, especialistas na defesa do organismo contra microrganismos como as bactérias.

A investigação foi realizada pelo Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com a Universidade de Coimbra e a Harvard Medical School, nos Estados Unidos.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde recomendou à população, especialmente aos idosos, crianças e doentes crónicos, que adote medidas de...

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê, a partir de hoje e, pelo menos, até terça, uma subida considerável das temperaturas, em especial da máxima, atingindo valores entre 32ºC e 42°C, na generalidade do território.

De acordo com esta previsão, a Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu um comunicado, assinado pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, com várias recomendações para a população, em especial para os grupos mais vulneráveis, se proteger do calor.

No comunicado, publicado no site da DGS, a autoridade de saúde recomenda aos portugueses de que se mantenham hidratados, bebendo mais água, e usem “roupas leves e largas”, chapéu e óculos escuros.

No período de maior calor, entre as 11:00 e as 17:00, a DGS recomenda à população que evite a exposição solar e atividades físicas no exterior e “permaneça duas a três horas por dia num ambiente fresco ou com ar condicionado”.

Mas “sempre que estiver ao ar livre, use protetor solar com índice de proteção igual ou superior a 30. Renove a sua aplicação de duas em duas horas ou de acordo com a indicação da embalagem”, sublinha o comunicado.

Evitar as mudanças bruscas de temperatura, seguir as recomendações do médico assistente, acautelar que a casa aqueça demasiado, correndo as persianas ou portadas, e ao entardecer deixar o ar circular pela casa são outras recomendações da DGS.

Graça Freitas apela ainda aos portugueses que se mantenham “em contacto e atento aos familiares e pessoas conhecidas que vivam isoladas, em especial, se forem idosas ou de grupo vulnerável”.

A Direção-Geral da Saúde assegura, no comunicado, que o sistema de saúde está preparado para adequar os seus serviços de acordo com os Planos de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas, com o objetivo de minimizar o impacto do calor na saúde.

A autoridade de saúde recomenda às pessoas que, caso seja necessário, liguem para a Saúde 24 (808 24 24 24) e, em caso de emergência, para o 112.

Associação Zero
A associação ambientalista Zero considerou a situação da época balnear deste ano "consideravelmente mais favorável"...

Este verão existem mais 10 zonas balneares, atingindo um total de 579, das quais 443 costeiras, 22 de transição, em estuários, por exemplo, e 115 interiores.

No entanto, "o número de análises e de praias afetadas com registos dos parâmetros enterecocos intestinais escherichia coli acima do valor limite" na avaliação pontual, que implica desaconselhar o banho ou mesmo proibir, "desceu consideravelmente", salienta a Zero.

A conclusão da Associação Sistema Sustentável Terrestre - Zero baseia-se nos resultados das análises efetuadas até 31 de julho e disponibilizadas no Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Assim, em comunicado hoje divulgado, a associação ambientalista liderada por Francisco Ferreira diz estar satisfeita com a melhoria das águas balneares.

Em 2015, foram 16 as praias, das quais três interiores, a apresentar, pelo menos, uma análise acima do valor-limite e, este ano, esse valor desceu para 10 praias, quatro das quais interiores.

Até agora, salienta a Zero, estiveram interditas duas praias (Mosteiro, em Pedrogão Grande e Gorgulho, no Funchal). No segundo caso, a interdição de cinco dias esteve relacionada com a má qualidade da água.

Na lista das praias que a associação de defesa do ambiente analisou, entre os problemas foram mais significativos estão Adaúde, em Braga, Frente Azul e Seca, em Espinho, Gorgulho, no Funchal, Bogueira, na Lousã, Porto Santo - Ribeiro Cochino em Porto Santo, Troviscal em Sertã e Miramar em Vila Nova de Gaia.

Em Parque Dr. José Gama, em Mirandela, e Vila Praia de Âncora, em Caminha, "ainda não é apresentada uma análise onde os valores-limite tenham deixado de ser ultrapassados".

A Zero lamenta que na base de dados consultada não estejam presentes quaisquer dados de zonas balneares na região autónoma dos Açores.

E recomenda que os frequentadores das zonas balneares tenham em atenção a qualidade da água do mar ou dos rios.

No decurso da época balnear há necessidade de avaliar a qualidade da água numa perspetiva de prevenção do risco para a saúde que possa resultar de situações de poluição de curta duração ou de situações anormais, pelo que é realizada uma avaliação pontual/amostra a amostra.

Uma água balnear considera-se "imprópria para banhos", ou seja, o banho deverá ser desaconselhado ou mesmo proibido, quando um resultado dos parâmetros analisados ultrapassar qualquer um dos valores estipulados como limite.

Na Birmânia
Uma doença não-identificada causou a morte de mais de 30 crianças numa região do norte da Birmânia (Myanmar), anunciaram as...

"Ao todo, 23 crianças morreram no distrito de Lahal e 13 em Nan Yon desde junho, devido a esta doença desconhecida", disse Law Yon, um deputado da região de Sagaing (norte), junto da fronteira com a Índia. Os residentes são sobretudo membros das tribos de montanha 'nagas'.

A doença, que apresenta numerosos sintomas idênticos aos do sarampo, afeta especialmente as crianças com menos de cinco anos, mas alguns adultos também ficaram doentes.

O ministério da Saúde birmanês garantiu estar a realizar exames.

"De momento, pensamos tratar-se de um surto de sarampo ou de gripe. Mas só nos podemos pronunciar quando tivermos os resultados laboratoriais", explicou à agência noticiosa France Presse (AFP) um responsável do ministério que pediu o anonimato.

O governo birmanês reformador da prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi apresentou o desenvolvimento do sistema de saúde como uma das suas prioridades.

O acesso aos cuidados de saúde, nomeadamente em zonas remotas como as onde morreram estas crianças, continua a ser muito difícil num país onde as infraestruturas estão praticamente destruídas após décadas de um regime militar.

Em Agosto
Iniciativa da associação Abraço decorre de 8 a 23 de Agosto em praias das regiões do Porto e Lisboa.

Durante o mês de Agosto vai ser possível realizar testes rápidos nas praias para detetar se é portador ou não do vírus da sida ou outras doenças sexualmente transmissíveis (DST). A partir da próxima segunda-feira e até dia 23 estarão disponíveis para os utilizadores das praias portuguesas profissionais de saúde para esclarecer dúvidas, realizar testes e eventualmente encaminhar os utentes portadores de alguma DST.

Gonçalo Lobo, presidente da Abraço, explicou ao jornal Público que o objetivo da campanha é “oferecer a realização do teste rápido para aumentar o conhecimento posterior do estatuto serológico das pessoas relativamente ao VIH, hepatite B, hepatite C, sífilis e gonorreia”. O “teste será anónimo, gratuito e confidencial”.

A Abraço estará diariamente em cada uma das 13 praias escolhidas, na zona do Porto e de Lisboa, e contará em cada unidade móvel ou tenda com dois psicólogos e um enfermeiro para aconselharem os portugueses e realizarem os testes caso seja detetado algum comportamento de risco. A acompanhar estes profissionais estará uma equipa de sete voluntários a distribuir seis mil preservativos e dez mil kits de prevenção — compostos por um preservativo, um lubrificante e um cartão informativo —, valores estimados tendo em conta anteriores campanhas de sensibilização. Segundo Gonçalo Lobo, os voluntários estarão também a “chamar e a sensibilizar as pessoas para a realização do teste”.

O teste rápido do VIH/sida é um teste simples que permite conhecer o estatuto serológico de cada um em muito pouco tempo. “É apenas uma pequena picada no dedo em que tiramos umas gotas de sangue” e passados 20 minutos as pessoas sabem o resultado, explica o presidente da Abraço.

Os profissionais de saúde vão proceder ao aconselhamento pré e pós teste e, de acordo com os comportamentos de risco identificados, os utentes terão de realizar um ou dois testes. Se os comportamentos de risco não forem excessivos apenas é aplicado o teste que detecta o VIH e sífilis.

O teste da hepatite B e C só é aplicado se a pessoa apresentar determinados requisitos. Por exemplo, se alguém for consumidor de drogas intravenosas deverá realizar os testes todos, uma vez que aí há um maior risco de contágio de uma ou mais infeções sexualmente transmissíveis. Gonçalo Lobo explica que, em caso de o teste dar positivo, a Abraço tem “um mecanismo de via verde, onde as pessoas conseguem entrar logo nos hospitais” para confirmar o diagnóstico e saberem realmente se estão infetadas ou não pelo VIH. Posteriormente será feito todo o tratamento e acompanhamento ao nível das unidades do Serviço Nacional de Saúde.

Em 18 cidades
Encontro Nacional de Amamentação está marcado para domingo em várias cidades do país. Objetivo: desmistificar tabus.

Em defesa do direito à amamentação em público e contra as barreiras sociais que as mulheres ainda enfrentam, mães e pais portugueses vão reunir-se no próximo domingo para um Encontro Nacional de Amamentação. Há 18 concentrações marcadas, por todo o país, a partir das 17h30. Pedem a normalização deste ato, numa posição contra a polémica sobre a amamentação em espaços públicos.

“Se já são muitas as dificuldades sociais que as mães enfrentam, por terem de começar a trabalhar cedo e deixarem os filhos, não nos podemos agora fechar em casa sempre que temos que amamentar”, diz ao jornal Público Rita Oliver, da organização do encontro. A iniciativa insere-se na Semana Mundial de Aleitamento Materno e “nada tem de político”. Querem “criar empatia” e derrubar as barreiras sociais que ainda existem à volta da amamentação em público. Primeiro, com entreajuda e a partilha de experiências: “Queremos mostrar que não estamos a fazer nada de errado. Se o bebé chora no supermercado, não podemos pedir ao nosso filho para esperar até chegarmos a casa. Este pudor não faz sentido”, explica Rita Oliver.

O evento, que “começou como uma brincadeira” em 2013, vai na quarta edição e toma agora proporções nacionais. Há concentrações nos Açores (na Horta, Terceira e Santa Cruz das Flores), Almada, Aveiro, Braga, Figueira da Foz, Fundão, Leiria, Lisboa, Loulé, Madeira, Portimão, Santarém, Setúbal, Vila Real, Viana do Castelo e no Porto, onde começou o encontro.

“Queremos desmistificar este tabu, porque existem muitas pessoas que nos querem fechar sempre numa sala. É possível andar com um decote enorme, mas não é possível amamentar?”, questiona a organizadora, a quem já pediram para tapar a filha ou deslocar-se para um local não público.

Isto não é só para mães
Quando Rita teve dificuldades em amamentar após o nascimento da filha, em Janeiro de 2013, a solução dos amigos era sempre a mesma: leite em pó. Não quis desistir e procurou “perceber por que é que toda a gente conseguia” e ela não. Acabou por encontrar uma conselheira de aleitamento materno: “Ela deu-me imensa ajuda e eu mantive a amamentação até aos três anos e três meses da minha filha. Percebi que era possível amamentar desde que se tenha os conselhos adequados.”

“Queremos ajudar mães que passaram pelo mesmo problema que eu, que não têm certezas quanto às capacidades do nosso corpo”, explica esta mãe de 31 anos. Como a própria destaca, o aleitamento materno em exclusivo é uma prática recomendada pela Organização Mundial da Saúde.

Apesar de a organização estar a cabo de mulheres, este está longe de ser um encontro de um só género. “Cerca de 90% das mulheres que estiveram no ano passado no encontro do Porto levaram os maridos. É uma questão de proteção dos interesses das crianças e contra as dificuldades que as mães enfrentam.”

E desde Abril que as perguntas não param de chegar: “A procura é cada vez maior, porque as mães têm sempre muitas dúvidas e há muita informação errada a circular.” Foi com o propósito de informar que foi criada a comunidade “Amamentação com desmame natural” que, no Facebook, conta já com mais de 4700 membros.

O encontro surge numa altura em que em vários países, como o Reino Unido, Brasil ou Estados Unidos, a discussão está acesa. Na Argentina, a 23 de Julho, centenas de mulheres amamentaram em locais públicos num protesto após a polícia ter proibido uma mãe de o fazer numa praça.

Estudo
Uma investigação da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale publicada no final do mês de julho revela que quem lê...

Quem cultiva hábitos frequentes de leitura tem, em média, mais dois anos de vida do que os restantes.

A conclusão é de um estudo levado a cabo por Becca L. Levy, professora de epidemiologia na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

A autora analisou dados de 3.635 pessoas com idades acima dos 50 anos, escreve o Sapo. O grupo de cientistas dividiu a amostra em três grupos: os que não liam, os que liam até três horas e meia por semana e o os que liam mais do que isso.

Comparando os dados, aquelas pessoas que tinham o hábito de ler livros até três horas e meia por semana tinham menos 17% de probabilidade de vir a morrer nos 12 anos seguintes. Já os que liam mais do que isso, tinham menos 23% de probabilidade de vir a morrer nesse espaço de tempo.

O mecanismo por trás desse benefício não é explicitado pelo estudo, mas conclui-se que a leitura ao estimular o cérebro ajuda a manter o corpo saudável por mais tempo.

De acordo com a investigação, a maioria dos leitores são mulheres, pessoas que possuem níveis elevados de alfabetização e que pertencem a grupos socioeconómicos mais altos, o que pode também influenciar a propensão para uma esperança de vida mais longa.

Em 2016
Os acidentes nas estradas portuguesas provocaram 241 mortos entre janeiro e julho deste ano, menos 20 do que no mesmo período...

Entre 01 de janeiro e 31 de julho, foram registados 72.783 acidentes, mais 3.870 do que em igual período de 2015, adianta a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) num relatório publicado na sua página da Internet, que junta dados da PSP e GNR.

Quanto aos feridos graves, escreve o Sapo, a ANSR indica que entre janeiro e julho deste ano foram registados 1.116 feridos graves, menos 159 do que em período homólogo de 2015.

Entre 01 de janeiro e 31 de julho deste ano foram registados 21.441 feridos ligeiros e em igual período do ano passado 21.442.

O maior número de acidentes ocorreu nos distritos de Lisboa (15.688) e Porto (13.906), indica a ANSR.

No que diz respeito aos mortos, a Autoridade adianta que o maior número de mortos ocorreu nos distritos de Lisboa (40), Leiria e Aveiro (23), Santarém (19) e Porto (18).

A Autoridade salienta ainda que a Guarda Nacional Republicana (GNR) registou na semana de 22 a 31 de julho, 15 mortos e 50 feridos graves.

A PSP registou em igual período do mês passado cinco mortos e 18 feridos graves.

Os dados da ANSR dizem respeito às vítimas, cujo óbito ocorreu no local dos acidentes ou a caminho do hospital.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Na última quinzena de julho foram registadas duas ondas de calor nas regiões do Vale do Tejo, Alto Alentejo e interior norte e...

A primeira onda de calor foi registada entre os dias 14 e 19 de julho e abrangeu apenas a região do Vale do Tejo, de acordo com o Boletim Climatológico disponível na página da Internet do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A segunda onda de calor, indica o Instituto, foi registada no período de 23 a 30 de julho nas regiões do interior norte e centro, Vale do Tejo e Alto Alentejo.

Uma onda de calor corresponde a um período de seis dias com temperaturas máximas superiores à média usual para a época e com a existência de noites tropicais, com temperaturas superiores aos 20 graus, segundo o IPMA.

O Instituto adiantou que as estações meteorológicas de Alvega, concelho de Abrantes, distrito de Santarém, Braga e Mirandela, no distrito de Bragança, estiveram sete dias seguidos com temperaturas máximas elevadas.

“De referir que o número de dias com a temperatura máxima superior ou igual a 30 e 35 graus Celsius foi cerca de 1,5 a duas vezes o valor da normal (1971-2000)”, é indicado.

Segundo o relatório, cerca de 40% das estações meteorológicas do continente registaram pelo menos 15 dias consecutivos com temperaturas máximas diárias superiores ou iguais a 30 graus Celsius.

“Verificou-se que cerca de 50% das estações meteorológicas do continente registaram pelo menos cinco dias consecutivos com temperatura máxima diária maior ou igual a 35 graus e que 32% tiveram pelo menos um dia com uma máxima maior ou igual a 40 graus”, avançou o IPMA.

Segundo o Instituto, as estações com maior número de dias com temperaturas superiores ou iguais a 40 graus (oito dias) foram Pinhão, no distrito de Vila Real, (42,3) Mora (42) e Portel, no distrito de Évora (42,4).

Segundo dados do Boletim Climatológico do IPMA, o mês de julho foi o segundo mais quente desde 1931, com médias de temperaturas máximas e mínimas muito superiores ao normal.

O mês passado foi caracterizado pelo Instituto por valores médios muito altos da temperatura do ar, só ultrapassados em 1989.

O IPMA indica que o valor médio da temperatura do ar foi de 24,33 graus Celsius (em julho de 1989 foi de 24,63), mais de dois graus em relação ao valor médio no período 1971-2000.

Ainda segundo os números do IPMA, o valor médio da temperatura máxima do ar no mês passado foi de 32,19 graus celsius, o mais alto desde 1931.

O valor médio da temperatura mínima, 16,47 graus, também foi ligeiramente superior ao normal e foi o oitavo mais alto desde 1931.

De acordo com o Instituto, o valor médio da quantidade de precipitação (3,1 milímetros) foi inferior ao valor normal (13,8 milímetros).

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
As regiões do sotavento Algarvio e Baixo Alentejo encontravam-se no final de julho em situação de seca fraca, segundo...

De acordo com o índice meteorológico de seca, referido no Boletim Climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) referente ao mês de julho, verificou-se em relação a junho um ligeiro aumento da área em situação de seca na região do sotavento Algarvio e Baixo Alentejo, que representa agora 9,3 por cento do território de Portugal continental.

No final de junho não existia situação de seca em todo o território, exceto já numa pequena área do sotavento algarvio.

O IPMA classifica em nove classes o índice meteorológico de seca que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.

Segundo dados do Boletim Climatológico do IPMA, o mês de julho foi o segundo mais quente desde 1931, com médias de temperaturas máximas e mínimas muito superiores ao normal.

O mês passado foi caracterizado pelo Instituto por valores médios muito altos da temperatura do ar, só ultrapassados em 1989.

O IPMA indica que o valor médio da temperatura do ar foi de 24,33 graus Celsius (em julho de 1989 foi de 24,63), mais de dois graus em relação ao valor médio no período 1971-2000.

Ainda segundo os números do IPMA, o valor médio da temperatura máxima do ar no mês passado foi de 32,19 graus celsius, o mais alto desde 1931.

O valor médio da temperatura mínima, 16,47 graus, também foi ligeiramente superior ao normal e foi o oitavo mais alto desde 1931.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘Muito Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, informou o Instituto...

Segundo o Instituto, as regiões do Funchal, Porto Santo, Bragança, Castelo Branco, Guarda, Penhas Douradas, Vila Real, Funchal, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Porto Santo, Horta, Angra do Heroísmo, Ponta Delgada e Santa Cruz das Flores estão hoje com níveis ‘Muito Elevado’.

Nas regiões com risco com níveis 'Muito Elevado' e 'Elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro de radiação ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral oeste até ao início da manhã, vento em geral fraco do quadrante norte, sendo temporariamente de sudoeste na costa sul do Algarve, soprando moderado, de nordeste nas terras altas até ao início da manhã e para o final do dia, e de noroeste no litoral oeste em especial durante a tarde.

Está também prevista neblina ou nevoeiro matinal, em especial na região centro, pequena descida da temperatura mínima nas regiões norte e centro, em especial no litoral e subida da temperatura máxima, em especial nas regiões norte e interior centro e sul.

Na Madeira prevê-se tempo quente com céu geralmente pouco nublado, apresentando-se geralmente muito nublado nas vertentes norte e na ilha de Porto Santo até meio da tarde.

A previsão aponta também para vento moderado a forte de nordeste, soprando por vezes forte com rajadas até 80 quilómetros por hora nos extremos leste e oeste da ilha da Madeira, e nas terras altas em especial até ao início da tarde e subida de temperatura.

Para os Açores está previsto céu com boas abertas, tornando-se encoberto para a tarde, períodos de chuva fraca ou chuvisco, especialmente a partir do final da tarde e vento sudoeste moderado a fresco com rajadas até 50 quilómetros por hora.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 17 e 30 graus Celsius, no Porto entre 13 e 26, em Vila Real entre 14 e 32, em Viseu entre 13 e 31, em Bragança entre 13 e 31, na Guarda entre 13 e 29, em Coimbra entre 15 e 31, em Castelo Branco entre 18 e 35, em Santarém entre 16 e 35, em Évora entre 16 e 38, em Beja entre 15 e 37, em Faro entre 20 e 35, no Funchal entre 25 e 29, em Ponta Delgada entre 22 e 26, na Horta entre 23 e 27 e em Santa Cruz das Flores entre 22 e 27.

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