No próximo ano letivo
Dos 17 pedidos de acreditação, só cinco cursos tiveram luz verde por parte da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino...

É uma estreia na abertura do ensino superior às medicinas alternativas. Treze anos depois da aprovação da lei que reconheceu o exercício profissional de terapêuticas alternativas, chegam as primeiras licenciaturas, mas só na área da osteopatia.

À Rádio Renascença, o presidente da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) explicou que, neste momento, “há um problema de falta de pessoal docente qualificado”.

Por isso, dos 17 pedidos de acreditação que chegaram à A3ES, apenas cinco tiveram luz verde. Pelo caminho ficaram os pedidos de licenciaturas em acupunctura, naturopatia e fitoterapia, mas Alberto Amaral acredita que no próximo ano cheguem mais pedidos para acreditação e que os problemas agora registados sejam entretanto resolvidos.

As novas licenciaturas vão arrancar em cinco instituições de ensino superior: Instituto Piaget de Vila Nova de Gaia e do Porto, Cruz Vermelha Portuguesa (Lisboa), Instituto Politécnico do Porto e Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU), também na zona do Porto.

 

As escolas que asseguram a formação profissional em medicinas alternativas não apresentaram qualquer proposta. “Os 17 pedidos eram todos de instituições estabelecidas, não apareceu nenhum das escolas que existem no país e que já fazem essas formações”, afirma Alberto Amaral. 

Associação Projeto Artemis
Petição que pede a criação do Dia Nacional para a Sensibilização da Perda Gestacional é debatida nesta quarta-feira no...

“Quando um filho morre — com cinco, seis ou sete anos —, a morte é respeitada por toda a gente e tem um impacto emocional grande na sociedade. Contudo, quando se fala na perda gestacional existe ainda muita dificuldade das pessoas perceberem que também é um filho que se perde.”

Em 2007, Sandra Cunha era vice-presidente e psicóloga da Associação Projeto Artemis (A-PA), que ajudou a fundar em 2005 e dá apoio a pais e mães que passaram por uma perda gestacional. A questão não lhe era pessoal, até ao dia em que se tornou também ela uma das mães que a associação passou a acompanhar. Em 2007, perdeu o filho às dez semanas de gestação.

“Em Portugal, ao contrário daquilo que a sociedade imagina, perdem-se imensos bebés durante a gravidez”, diz ao jornal Público a agora presidente da Artemis. “É um assunto de que não se fala” e a informação e o apoio dado os pais é escassa. O luto é feito em silêncio, normalmente dentro de casa, porque “estas pessoas sentem que não são compreendidas”, explica.

Sandra destaca que o seu caso foi diferente, porque “já estava no lugar certo”. “Na altura, já estava inserida na associação e o apoio veio de lá sem que tivesse que o procurar, como os outros pais são obrigados a fazer.”

Com o objetivo de desconstruir “o tabu que cresce com a ignorância e o desconhecimento” e permitir "que o apoio não seja apenas dado por pessoas que passaram por uma experiência semelhante", a associação lançou uma petição pública para a criação do Dia Nacional para a Sensibilização da Perda Gestacional, a 15 de Outubro, e reuniu as 4000 assinaturas necessárias para que esta seja discutida na Assembleia da República. A decisão está agora nas mãos da Comissão Parlamentar de Saúde, que nesta quarta-feira vota a petição.

“Como associação, achamos que é possível ajudar, não a minimizar a dor, mas a sensibilizar a sociedade para a existência destes pais.” Todos os anos, neste dia, a associação espera poder fazer acções de sensibilização “que tenham impacto diferente nas pessoas”. Sandra Cunha diz que os casos mais “desvalorizados” são as perdas no primeiro semestre de gestação, “em que a sociedade e mesmo os profissionais de saúde desrespeitam os pais que perderam os seus filhos”.

“Discriminação no SNS”
No seguimento de uma reunião com os deputados Marisabel Moutela (PS) e Carlos Matias (BE), em Maio, a A-PA elaborou um memorando de recomendações, onde a discriminação de que estes pais se dizem alvo por parte do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é uma questão central.

“A formação dos profissionais de saúde, principalmente nas maternidades, é uma formação para a vida e também eles têm dificuldade em lidar com estes insucessos”, destaca Sandra Cunha.

A psicóloga soma a isto a estrutura do próprio SNS, que diz ter “imensas lacunas”: em vários hospitais, a associação notou que estas mães são internadas juntamente com mães em parto normal, onde “são confrontadas com bebés recém-nascidos durante todo o seu internamento”, pode ler-se no memorando.

Também a forma como a notícia é dada aos pais “é muitas vezes feita de forma desrespeitosa, porque não há preocupação com as palavras nem com o contexto”, explica Sandra Cunha. A psicóloga descreve casos em que o técnico informa os pais durante “uma ecografia, quando vê que o bebé está morto, sem tentarem um ambiente mais propício, com uma equipa disponível para que estes pais tenham apoio”. Apoio esse que chega, “quando chega”, cinco ou seis meses depois da perda. “Não se espera ouvir numa ecografia, quando se pensa que estava tudo bem, que o nosso filho está morto dentro de nós”, descreve Sandra.

À falta de psicólogos nos hospitais junta-se a “questão de mentalidade”, que levou as unidades de saúde contactadas pela associação a recusarem o serviço de psicologia que disponibilizaram de forma voluntária, conta Sandra Cunha: “Dizem-nos que estes serviços não são necessários.”

Quantas mulheres terão passado pelo mesmo, em Portugal, é difícil de saber. A associação denuncia que as estatísticas sobre as perdas gestacionais após as 22 semanas de gestação “são dúbias”. As últimas referem-se a 2015 e indicam que houve 489 perdas gestacionais, um número que Sandra Cunha considera “ser muito afastado da realidade”, uma vez que “o próprio relatório da Direcção-Geral da Saúde indica que nem todos os hospitais responderam quando lhes foram solicitados esses números”, lê-se no memorando.

Também os dados sobre as perdas até às 22 semanas — clinicamente consideradas como abortos espontâneos — estão inseridos no Relatório Anual das Complicações das Interrupções da Gravidez. Facto que Sandra considera ser fruto de uma perceção errada sobre questão, em virtude de uma “mentalidade que minimiza as perdas gestacionais”.

O mesmo acontece relativamente à dispensa do certificado médico em caso de morte fetal, norma esta que está inserida na legislação sobre a interrupção voluntária da gravidez. “Mais uma vez, a perda gestacional está incluída no local errado”, salienta.

Estudo
A ingestão de gorduras saturadas da manteiga, carne de porco e carnes vermelhas aumenta o risco de morte prematura, confirmou...

A investigação, que envolveu mais de 120.000 pessoas e durou três décadas, revelou também que substituir esses alimentos por gorduras como a do azeite de oliva pode trazer benefícios substanciais, podendo mesmo reduzir a mortalidade.

"Houve confusão generalizada na comunidade biomédica e no público em geral nos últimos anos sobre os efeitos na saúde de tipos específicos de gorduras", comenta o autor principal do estudo, Dong Wang, doutorando em Saúde Pública na Universidade de Harvard, citado pela agência de notícias France Presse.

"Este estudo documenta benefícios importantes das gorduras insaturadas, especialmente quando elas substituem gorduras saturadas e trans", explica o cientista.

De acordo com o estudo, escreve o Sapo, as pessoas que comeram mais gorduras saturadas e trans tiveram taxas de mortalidade mais elevadas do que aquelas que consumiram o mesmo número de calorias em hidratos de carbono.

A investigação apontou, ainda, que a substituição de gorduras saturadas como as das manteiga, banha e carne vermelha por gorduras insaturadas de alimentos vegetais - como azeite de oliva, óleo de canola e óleo de soja - pode oferecer "benefícios substanciais para a saúde".

As conclusões foram baseadas em questionários respondidos por profissionais de Saúde a cada dois ou quatro anos - durante 32 anos - sobre a sua dieta, estilo de vida e saúde.

As gorduras trans (não presentes na natureza, produzidas a partir de gorduras vegetais), incluindo as parcialmente hidrogenadas como a da margarina, tiveram os impactos mais graves na saúde.

O estudo constatou que por cada aumento de 2% na ingestão de gorduras trans existe uma hipótese de mortalidade precoce 16% maior. Por outro lado, por cada aumento de 5% no consumo de gorduras saturadas, existe um mais 8% de risco de morte prematura.

Já a ingestão de grandes quantidades de gorduras insaturadas - presentes no azeite, abacate e nozes, por exemplo - "esteve associada a uma mortalidade entre 11% e 19% menor em comparação com o consumo do mesmo número de calorias provenientes de hidratos de carbono", conclui o estudo.

Menor risco de doença
"As pessoas que substituíram as gorduras saturadas por gorduras insaturadas - especialmente por gorduras poli-insaturadas - tiveram um risco de morte significativamente menor durante o período do estudo, assim como um menor risco de morte por doenças cardiovasculares, cancro, doenças neurodegenerativas e doenças respiratórias, em comparação com aquelas que mantiveram o consumo elevado de gorduras saturadas", acrescenta a investigação.

Alguns especialistas criticam o facto do estudo ser observacional e basear-se em questionários, que podem gerar respostas intencionais. No entanto, o resultado geral está em consonância com outros grandes estudos sobre alimentação e saúde.

Para Ian Johnson, investigador emérito do Instituto de Investigação Alimentar do Reino Unido, os "resultados são consistentes com as recomendações de saúde pública atuais no Reino Unido e em outros lugares e, em particular, com o conceito de que a dieta mediterrânea - rica em gorduras insaturadas de vegetais, peixes e azeite de oliva - é benéfica".

"Não há nada nesses resultados que seja consistente com a ideia de que a manteiga é saudável e está de volta'", acrescentou Johnson, que não participou no estudo.

Ordem quer menos vagas nas faculdades
O número de médicos dentistas aumentou 4,6% só no último ano, passando para quase nove mil profissionais, um crescimento que a...

O documento “Números da Ordem 2016”, elaborado periodicamente desde 2004, mostra que no ano passado houve um aumento de 4,6% no número de profissionais inscritos na Ordem e que nas sete faculdades portuguesas de medicina dentária havia 3.192 alunos.

Para a Ordem dos Médicos Dentistas, a solução passa por reduzir de forma drástica o número de vagas nas faculdades de medicina dentária.

“O número de profissionais de medicina dentária é excessivo face às necessidades da população portuguesa. Já estamos muito acima da recomendação da Organização Mundial da Saúde de um médico dentista por cada dois mil habitantes”, afirmou o bastonário Orlando Monteiro da Silva.

As estimativas apontam para que dentro de dois anos Portugal tenha já um médico dentista por cada mil habitantes, o dobro das necessidades.

Para a Ordem, só resta aos novos profissionais duas soluções: ou o subemprego ou a emigração. Calcula-se que cerca de 1.500 a 1.800 médicos dentistas estejam a trabalhar fora do país, sobretudo em países europeus, em particular no Reino Unido.

Quanto ao subemprego, não surge na estatística mas os profissionais vivem numa “situação dececionante”, lamenta Monteiro da Silva: “O subemprego nesta área é absolutamente dramático para os mais jovens que se desdobram a trabalhar em quatro ou cinco locais em simultâneo, com situações muito precárias e ordenados baixíssimos”.

O bastonário sugere que é urgente que as faculdades de medicina dentária cheguem a um entendimento para “reduzir drasticamente” o número de vagas para mestrados integrados.

Atualmente saem cerca de 500 a 700 profissionais para o mercado de trabalho, quando deveriam sair apenas cerca de 200, no entender da Ordem.

“Na abertura do próximo ano letivo, já em outubro, é imperativo que haja menos alunos no primeiro ano”, apela Monteiro da Silva, aconselhando as faculdades a apostar, por exemplo, no ensino pós-graduado para médicos dentistas portugueses e para profissionais estrangeiros.

Os números da Ordem relativos a 2015 mostram que a média de idade dos dentistas a exercer em Portugal é de 38 anos e que 64% dos inscritos na Ordem têm menos de 40 anos.

Estes dados mostram também que há poucos profissionais a abandonar a profissão a cada ano, uma vez que a média etária não é elevada.

Recentemente abriu um concurso para 13 médicos dentistas entrarem nos projetos piloto no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas o bastonário apela a que se abram mais lugares dentro do serviço público: “Num país que tem tantas carências no acesso a saúde oral era de particular bom senso aproveitar estes médicos dentistas no subemprego e coloca-los a servir a população mais necessitada, no âmbito do SNS”.

Europacolon
A resposta aos doentes que precisam de colonoscopias em regiões como Lisboa progrediu, mas a Europacolon considera que ainda...

“Se estamos a organizar a implementação de um rastreio de base populacional através de sangue oculto nas fezes, sabemos que cinco por cento vão dar testes positivos. É preciso uma resposta antes do início do rastreio para se fazerem rapidamente as colonoscopias totais a quem for detetado sangue oculto nas fezes”, disse Vitor Neves, presidente da Europacolon Portugal - Apoio ao Doente com Cancro Digestivo.

As preocupações da Europacolon surgem um dia antes do primeiro congresso de oncologia digestiva promovido pela organização, que começa sexta-feira e pretende contar com a participação da população, além dos especialistas.

O rastreio de base populacional ao cancro do cólon e reto vai avançar este ano, segundo determinação do atual Ministério da Saúde.

Em Portugal, o acesso às colonoscopias com sedação, pagas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), era até há pouco tempo muito difícil em determinadas zonas do país, como na Grande Lisboa.

“A situação está melhor. Há cerca de 12 empresas que estão a aceitar inscrições para fazer coloscopias com sedação”, disse Vitor Neves, para quem é necessária a criação de condições para responder aos futuros casos que vão nascer do rastreio.

Isto porque “o objetivo é um diagnóstico precoce e o tratamento que as pessoas necessitam”.

Além do rastreio e das colonoscopias, o congresso vai abordar vários temas que passam pelo apoio ao doente com cancro, ao nível físico e psicológico, pela importância dos comportamentos e pelos avanços da resposta farmacológica.

Vitor Neves sublinha que este não é um congresso como os outros, já que, até pelo próprio preço e o que ele inclui, nomeadamente refeições, pretende ser participado pela população, que, desta forma, pode conhecer mais sobre a sua doença e como a qualidade da sua vida pode melhorar.

No congresso, que decorre sexta-feira e sábado, no Porto, será ainda homenageado o médico e investigador Manuel Sobrinho Simões.

Dermatite da Fralda
Vulgarmente conhecida como assadura, a dermatite da fralda é uma doença de pele - ou dermatose - qu

Caracterizada por uma inflamação da pele que ocorre por contato com urina e fezes, a dermatite da fralda é uma doença de pele bastante frequente nos primeiros meses de vida de um bebé, e corresponde a uma dermatite de contato irritativa primária.

Embora se desconheça a causa específica para este tipo de dermatite, pode dizer-se que não existe na sua origem um agente responsável único, mas sim um conjunto diverso de fatores que possuem diferentes capacidades irritativas.

A verdade é que, o uso da fralda potencia o aumento da temperatura e humidade da pele, o que resulta na perda da integridade da barreira cutânea e na sua consequente maceração.

Apresentando-se como uma vermelhidão ou eritema que afeta as superfícies que entram em contato direto com a fralda, sobretudo as nádegas, a parte interna das coxas, os genitais e a região mais baixa do abdómen e, por vezes, também as pregas, a dermatite da fralda constitui-se como uma fonte significativa de desconforto para as crianças.

A intensidade das alterações cutâneas provocadas por esta inflamação pode variar entre leve e grave.

Em determinadas condições, a alteração do pH da pele pode levar ao aparecimento de infeções “oportunistas” de origem bacteriana, fúngica ou viral, sendo que, nos casos mais graves, o eritema pode atingir áreas não cobertas pela fralda.

A candidíase é considerada a principal complicação da dermatite e, quando ocorre em simultâneo, o eritema intensifica e surgem lesões papulopustulosas.

Apesar das complicações mais comuns serem infecciosas, sobretudo as sobreinfeções por fungos (Candida Albicans) ou bactérias (Staphylococcus Aureus), podem surgir outras mais raras.

O granuloma glúteo infantil, por exemplo, surge habitualmente associado à utilização de corticóides tópicos fortes na zona da dermatite, que levam à formação de nódulos de cor púrpura com dois a três centímetros de diâmetro.

Cicatrizes ou zonas de hipopigmentação podem surgir como resultado de uma dermatite moderada a grave.

Dado tratar-se de uma dermatite frequentemente tratada de forma conservadora em casa, desconhece-se a sua prevalência exata, no entanto, estima-se que atinja entre 25 a 65 por cento das crianças, independentemente do sexo, entre os seis e os 12 meses de idade.

Principais cuidados
A prevenção é a principal arma contra a dermatite da fralda. Quer a prevenção quer o tratamento desta afeção deve englobar um conjunto de medidas que têm como principais objectivos manter a zona da fralda seca, limitar a mistura e dispersão da urina e das fezes, reduzir o contato da pele, evitar a irritação e maceração e manter, sempre que possível, o pH ácido.

Mudar as fraldas com frequência: a fralda deve ser trocada sempre que a criança defecar ou urinar e, sempre que possível, deve ser deixada sem fralda durante um bom período de tempo. No caso dos recém-nascidos, a muda da fralda deve ser mais frequente.

Usar fraldas descartáveis absorventes: é uma ideia errada pensar que as fraldas de pano, que se usavam antigamente, são melhores.

Na verdade, as fraldas descartáveis superabsorventes são as que possuem maior capacidade de manter a área da fralda seca.

Esta capacidade foi já demonstrada em vários estudos, quando comparadas com as fraldas de pano.

Higiéne diária: A higiéne da área da fralda com água morna e algodão ou com produtos emolientes dispersíveis na água, sem recurso a sabonetes, é suficiente para a limpeza diária.

Quando são utilizados sabões suaves, a sua utilização não deve ultrapassar as duas vezes por dia.

Os toalhetes de limpeza não são aconselhados.

Utilização de cremes barreira: após cada muda da fralda deve ser aplicada uma pasta protetora ou um emoliente. Constituídos pela mistura de pós (como é o caso do óxido de zinco) e gorduras (vaselina ou parafina), estes cremes são ótimos aliados para a redução da maceração.

O Fraldox® Creme é um bom exemplo de um creme barreira com múltipos benefícios para pele do seu bebé. Constituído por óxido de zinco, tem um efeito adstringente com ação antisséptica e anti-inflamatória. Para além de prevenir assaduras, sempre que ocorre irritação ajuda a reparar a pele e a diminuir o prurido.

Disponível na loja online da Ciclum Stada, encontra-se ainda disponível em spray. Um formato mais prático e com os todos os benefícios de um creme.

Simples, rápido e higiénico, não precisa de ser espalhado na pele.

Para além do óxido de zinco, é constituído por óleo de amêndoas, vitaminas E e B5 e L-carnosina, substâncias que promovem a reparação celular, que hidratam e nutrem em profundidade a pele do bebé.

O Fraldox® Creme e Fraldox® Spray podem ser comodamente adquiridos em casa. Basta aceder à página http://loja.ciclumfarma.pt, fazer o seu registo, escolher os produtos que serão entregues na morada de registo, entre dois a três dias úteis, após confirmação do pagamento, que pode ser feito por referência multibanco (multibanco e Homebanking).

Com um menu de navegação fácil de usar, pode pesquisar os produtos por categorias e subcategorias e escolher o produto que mais gosta também nas áreas da proteção solar, dermocosmética, peles tatuadas e suplementos alimentares. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Estimular artificialmente o centro de prazer do cérebro - seja com sexo ou comida - aumenta a imunidade em ratos, o que pode...

"As nossas descobertas indicam que a ativação de áreas do cérebro associadas a expectativas positivas pode afetar a forma como o corpo lida com as doenças", avança a autora Asya Rolls, professora assistente na faculdade de Medicina do Instituto Technion-Israel de Tecnologia.

As conclusões, publicadas na revista britânica Nature Medicine, "podem levar ao desenvolvimento de novas drogas que utilizem o potencial de cura do cérebro", disse Rolls.

Os cientistas já sabiam que o sistema de recompensa do cérebro humano, que controla o prazer, pode ser ativado com um placebo se a pessoa que o tomar acreditar que se trata de um medicamento verdadeiro, escreve o Sapo.

"Mas não estava claro se isto poderia interferir no bem-estar físico", disse Rolls à AFP.

Rolls e colegas incubaram células do sistema imunitário de ratos expostos à bactéria mortal E. coli depois de estimularem os seus centros de recompensa. Estas células do sistema imune foram pelo menos duas vezes mais eficazes para matar as bactérias do que as células normais, de acordo com os cientistas.

Num segundo teste, os cientistas vacinaram diferentes camundongos com essas mesmas células do sistema imunitário. Trinta dias depois, o grupo de ratos tinha duas vezes mais capacidade no combate da infeção.

A parte do cérebro estimulada foi a chamada área tegmental ventral, onde está o sistema de recompensa.

Esta área é ativada, por exemplo, quando um rato, ou um ser humano, sabe que uma refeição saborosa ou um encontro sexual estão próximos.

A partir daí, a mensagem é encaminhada através do sistema nervoso simpático, que é responsável por dar respostas em situações de crise, até desencadear uma resposta imune de combate às bactérias, revela o estudo.

"A alimentação e o sexo expõem um indivíduo a bactérias", disse Rolls. "Isso daria uma vantagem evolutiva se, quando o sistema de recompensa é ativado, a imunidade também aumentasse", completou.

O próximo passo será realizar experiências em ratos para encontrar moléculas - potenciais drogas - que possam reproduzir esta relação de causa e efeito.

Estudo
O pó originado em centras elétricas movidas a carvão na União Europeia penetra nos pulmões, provocando cerca de 23.000 mortes...

Embora a União Europeia (UE) avance em direção às energias renováveis, como a eólica e a solar, o carvão foi responsável por 18% das emissões de gases com efeito de estufa do bloco em 2014, e correspondeu a um quarto da eletricidade gerada no bloco em 2015, de acordo com o documento.

As emissões de 257 centrais elétricas "estiveram associadas a 22.900 mortes prematuras em 2013", disse o relatório, intitulado "Nuvem escura da Europa: como países que queimam carvão deixam os seus vizinhos doentes". Há um total de 280 usinas movidas a carvão no bloco, escreve o Sapo.

O estudo foi realizado por investigadores de quatro grupos lobby das energias verdes: Health and Environment Alliance, WWF, Climate Action Network Europe e Sandbag.

Além das mortes, o relatório culpa a poluição das centras elétricas de carvão por cerca de 12.000 novos casos de bronquite crónica e mais de meio milhão de ataques de asma em crianças na União Europeia em 2013.

Os "gastos substanciais" com tratamentos médicos e com a redução da produtividade no trabalho estão estimados na ordem dos 32,4 e 62,3 mil milhões de euros, segundo o relatório.

Cerca de 83% das mortes (aproximadamente 19.000) foram atribuídas à inalação de partículas pequenas - menos de 2,5 micrómetros de diâmetro - que podem entrar nos pulmões e infiltrar-se na corrente sanguínea.

"As causas de morte mais comuns ligadas à exposição de partículas são acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas, doença pulmonar crónica e cancro do pulmão", afirma o relatório.

O texto alerta que as partículas viajam "por centenas de quilómetros e cruzam as fronteiras nacionais, afetando a saúde das pessoas dentro e fora do país de produção".

O relatório lista os piores infratores da UE, atribuindo 4.690 mortes prematuras a usinas elétricas a carvão da Polónia, 2.490 à Alemanha, 1.660 à Romênia, 1.390 à Bulgária e 1.350 ao Reino Unido.

Os cinco países mais afetados pela poluição são a Alemanha, com 3.630 mortes, Itália, com 1.610, França, com 1.380, Grécia, com 1.050, e Hungria, com 700.

"O aumento das temperaturas, devido às mudanças climáticas, vai agravar o problema", comentou Roberto Bertollini, o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a UE, em comunicado.

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
O Centro de Tratamento de Tumores Oculares do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, criado há três anos, no seguimento...

"Ganhámos em experiência, mas fundamentalmente ganhou o país porque, em determinadas áreas, praticamente ninguém vai ao estrangeiro fazer tratamento de melanoma ou de retinoblastoma (tumor de crianças jovens)", salientou o médico Joaquim Murta, diretor da unidade.

Desde a criação do centro, já se realizaram 53 tratamentos de melanomas oculares e 10 de retinoblastomas, cujo tratamento só teve início em 2015, além do respetivo acompanhamento dos doentes, que passaram a evitar onerosas deslocações à Suíça ou a Inglaterra, países que habitualmente tratavam estas patologias.

"Havia muitos doentes que estavam a ser seguidos lá fora e não há necessidade disso, desde que nós saibamos o ponto de situação de tratamento do doente", frisou Joaquim Murta.

Segundo este professor catedrático, deslocações de doentes ao estrangeiro "só particularmente, porque a Direção Geral de Saúde não autoriza ninguém, a não ser quando os tumores estão muito próximos do nervo ótico e é preciso recorrer ao acelerador de protões, que não há em Portugal".

Salientando que o Centro de Tumores Oculares é uma "aposta ganha", Joaquim Murta frisou que "não há doente nenhum, a não ser no caso de necessitar do acelerador de protões, que tenha justificação para ir ao estrangeiro".

"Temos todas as condições para dar resposta, com os meios e equipas montadas e experientes", garantiu o especialista, que destacou ainda as parcerias de colaboração técnica e científica com universidades europeias, americanas e canadianas, que permitem uma "discussão antes de se realizar tratamentos mais discutíveis".

O diretor do Centro de Tratamento de Tumores Oculares do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) lamentou, no entanto, que desde 2013 até hoje não tenha existido ainda uma compensação financeira para os profissionais de saúde da unidade, que têm "uma disponibilidade total".

Para Joaquim Murta, um grande desafio para o setor era a aquisição de um centro de acelerador de protões, que é um equipamento multidisciplinar, "transversal a toda a oncologia".

O Centro de Tratamento de Tumores do CHUC foi considerado o único centro de referência onco-oftalmológica português.

"Enviámos médicos para os melhores centros do mundo para aprenderem e treinarem na área da oncologia do adulto e da pediátrica e hoje, felizmente, passados três anos, podemos dizer que temos o nosso dever cumprido e resolvemos o problema do país", sublinhou, por seu lado, o presidente do conselho de administração do CHUC.

Em declarações, Martins Nunes frisou que o Serviço Nacional de Saúde "tem hoje uma capacidade e uma qualidade extraordinária que, nestas áreas, se compara com resultados dos centros mais avançados do mundo".

"O tratamento destes doentes fez-nos ganhar escala e nós vamos criar no país a primeira unidade de tratamento de melanoma conjunto, dos vários serviços e várias especialidades, a concentrar numa unidade multidisciplinar", revelou o responsável.

O objetivo, referiu, passa por "tratar os doentes em todas as áreas, de maneira a que se possa ter grande qualidade, sobretudo na terapêutica inovadora, porque só é possível poupar se a unidade estiver concentrada".

Martins Nunes adiantou que gostaria de ter a unidade implementada a 15 de setembro, Dia do Serviço Nacional de Saúde.

Economia Cívica
As instituições da economia social têm de “provar que estão a melhorar” a vida das pessoas, defende a promotora da Iniciativa...

“As instituições têm mesmo de quantificar o retorno económico e social” do trabalho que desenvolvem nas comunidades, maioritariamente com verbas do Orçamento do Estado, disse Maria do Carmo Marques Pinto, responsável da Iniciativa para a Economia Cívica (IEC).

Para esta advogada, principal impulsionadora da iniciativa, “a aritmética também chegou” à economia social, um setor que abrange fundações, associações, cooperativas, misericórdias e outras entidades.

Frisando que a economia em Portugal, mas também na Europa e no mundo, “já não funciona da mesma maneira”, sobretudo após a crise que eclodiu em 2008, Maria do Carmo Marques Pinto disse que, face à “escassez de recursos públicos”, é necessário encontrar um modelo diferente para a gestão do setor social.

“É preciso provar ao investidor que com a resposta a um determinado problema social também há um retorno absolutamente quantificável”, disse a especialista em assuntos europeus.

No passado, “os impostos pagavam tudo e não havia necessidade de quantificar”, afirmou.

Na quarta-feira, serão apresentados, no Museu do Oriente, em Lisboa, os sete “projetos-bandeira” que estão a ser elaborados pelas “comunidades para a economia cívica” que integram a IEC.

Os projetos envolvem 164 entidades (autarquias, empresas e outras instituições) dos municípios de Penela, Miranda do Corvo, Idanha-a-Nova, Vila Velha de Ródão, Gouveia, Fundão e Lousã, todos na região Centro.

No encontro, a partir das 09:30, serão divulgados “a uma assembleia de potenciais investidores, privados e públicos, os valores de investimento e de retorno económico e social” de cada uma das propostas, refere uma nota da IEC.

Os projetos são os seguintes: “Saúde Inteligente e Preventiva” (Penela), “Família Pública” (Miranda do Corvo), “Território Inclusivo” (Lousã), “TIC e Inovação Social" (Fundão), “Valorização do Capital Intergeracional" (Gouveia), “Plataforma Digital de Promoção e Comercialização da Economia Local" (Vila Velha de Ródão) e “Idanha Social Lab Valley” (Idanha-a-Nova).

Na abertura, para a qual está anunciada a presença da ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, intervêm Carlos Monjardino (Fundação Oriente), José Pena do Amaral (BPI), Gianluca Misuraca (Comissão Europeia) e Filippo Addarii (Plus Value), especialista internacional na área da economia cívica.

Em representação dos municípios que integram a IEC, usarão ainda da palavra os presidentes das sete câmaras, à exceção do de Miranda do Corvo, pelo qual falará o médico Jaime Ramos, enquanto presidente da fundação ADFP.

DGS espera
O diretor-geral da Saúde, Francisco George, afirmou, em Coimbra, esperar que, "dentro de algum tempo", possa haver...

Segundo Francisco George, está-se perante "o tempo certo" para se avançar com a presença de secções de "práticas tradicionais, incluindo a farmácia tradicional chinesa", nos hospitais portugueses.

"Temos mente aberta", sublinhou o diretor-geral da Saúde, considerando que não se podem "ignorar os efeitos benéficos" que este tipo de medicina e farmácia "pode ter para a população".

O responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS) falava durante a inauguração do Instituto Confúcio da Universidade de Coimbra, que pretende promover a medicina tradicional chinesa.

Dirigindo-se para uma plateia composta essencialmente por público chinês, Francisco George recordou que, desde 2005, há uma lei que enquadra as chamadas terapêuticas não convencionais, onde está incluída a medicina tradicional chinesa, sendo que agora essa mesma lei "está finalmente regulamentada".

"Ultrapassada a fase do quadro legal, que está afinado", há que avançar com o processo educativo e assegurar a integração destas terapêuticas no sistema de saúde, frisou.

Em Portugal, "é tempo agora de trabalhar no sentido de formar médicos para praticarem medicina tradicional", esperando que as duas terapêuticas possam conviver "um dia" nos hospitais nacionais.

"Não é possível ignorar os sucessos alcançados", realçou o responsável da DGS, considerando que a regulamentação é fundamental para "distinguir a má prática da boa prática".

O Instituto Confúcio da Universidade de Coimbra, vai além dos objetivos da promoção da língua e cultura chinesas, pretendendo assumir-se como um espaço para a promoção da medicina tradicional chinesa.

Na inauguração, estiveram presentes o reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, Feng Pei, da Universidade de Estudos Internacionais de Pequim, Fang Ziangiao, da Universidade de Medicina Chinesa de Zheijiang, e o embaixador da China em Portugal, Cai Run.

Em Coimbra
O Instituto Confúcio da Universidade de Coimbra, vai promover a formação de profissionais de saúde em medicina tradicional...

O Instituto Confúcio da Universidade de Coimbra (UC), o quarto do país, vai além dos objetivos da promoção da língua e cultura chinesas, pretendendo assumir-se como um espaço para a promoção da medicina tradicional chinesa, afirmou o reitor da UC, João Gabriel Silva.

Com a criação do instituto, a UC pretende garantir que profissionais de saúde possam "tirar novas especialidades" ligadas à medicina tradicional chinesa, referiu João Gabriel Silva, que falava aos jornalistas após a inauguração do espaço no Colégio de Jesus, onde em tempos missionários destinados ao Oriente se formaram.

Para o arranque, a UC deverá realizar "ações mais curtas" para garantir um melhor conhecimento, "dentro e fora da classe médica", sobre o que é hoje a medicina tradicional chinesa, para de seguida se estabelecer a oferta, explanou.

Segundo o reitor, não há iniciativa semelhante, com o apoio do Governo chinês, em Portugal "e praticamente não há na Europa", querendo a Universidade de Coimbra fazer com que esta oferta formativa ultrapasse as fronteiras do país.

"É uma oportunidade por explorar", enfatizou, considerando que a medicina tradicional chinesa tem cada vez "maiores ligações" à medicina ocidental, sendo que "tem uma contribuição a dar".

Para além da colaboração oficial do Governo chinês, o instituto conta com a Universidade de Estudos Internacionais de Pequim e a Universidade de Medicina Chinesa de Zheijiang como instituições parceiras do projeto.

A inauguração simboliza o retomar "de uma tradição de séculos", salientou o reitor, recordando que, entre o século XVI e o século XVIII, a Universidade de Coimbra "foi um dos principais pontos focais da transferência de conhecimento do Oriente para a Europa e da Europa para o Oriente".

O Instituto Confúcio da UC é também "um passo importante na internacionalização" desta instituição do ensino superior, sendo a China uma das opções "estratégicas mais fortes" para a captação de novos alunos estrangeiros, contabilizando um total de cerca de 200 estudantes chineses a frequentar esta universidade.

"É um momento marcante nas relações entre a China e Portugal", realçou o conselheiro cultural da Embaixada da China em Portugal, Shu Jianping, lembrando que a UC sempre desempenhou "um papel muito importante nas relações culturais entre os dois países".

Para Shu Jianping, a possibilidade de "formação de especialistas em medicina chinesa" vai também ser um "passo decisivo para a promoção" da mesma, esperando que, nos próximos anos, esta possa ser integrada no sistema de saúde público.

Na terça-feira, realiza-se, em Coimbra, um encontro de Institutos Confúcio dos Países da CPLP, que irão debater o ensino de chinês a luso-falantes.

Na inauguração, que terminou perto das 17:00, esteve também presente Feng Pei, da Universidade de Estudos Internacionais de Pequim, Fang Ziangiao, da Universidade de Medicina Chinesa de Zheijiang e Cai Run, embaixador da China em Portugal.

Centro Champalimaud
Um grupo de investigadores conseguiu pela primeira vez mapear a transmissão da atividade neural entre áreas cerebrais afastadas...

Esta investigação, cujos resultados são publicados na revista Nature Neuroscience, foi desenvolvida por Leopoldo Petreanu, Nicolás Morgenstern e Jacques Bourg, neurocientistas do Centro Champalimaud, em Lisboa.

Os investigadores conseguiram pela primeira vez mapear ligações neurais individuais entre áreas distantes no cérebro, revelando que a rede de ligações neurais do cérebro é mais complexa do que se pensava.

“Estes registos são as primeiras medições, à escala dos axónios individuais, da transmissão de atividade neural entre áreas cerebrais afastadas”, afirma Leopoldo Petreanu.

Os axónios são os cabos através dos quais os neurónios transmitem o sinal nervoso para outros neurónios.

Segundo Leopoldo Petreanu, o objetivo dos investigadores é “perceber a estrutura do cérebro”, mas o mapa que hoje é conhecido sobre as ligações neurais “ainda é muito tosco” e, exceto a nível local, ainda não se sabe “como é que cada axónio está ligado”.

Agora, graças a uma nova técnica de estimulação neural, com recurso a feixes de laser, desenvolvida no seu laboratório, os autores conseguiram registar, no cérebro de ratinhos, a atividade de axónios individuais entre uma área do cérebro chamada tálamo e a parte do córtex visual que recebe, através do tálamo, a informação visual que chega à retina do olho.

O córtex visual possui uma estrutura em camadas. Uma dessas camadas, designada L4, é o ponto de entrada no córtex da maioria dos estímulos visuais.

Após os “inputs visuais” serem enviados do tálamo para L4, onde começam a ser processados, os sinais resultantes são transmitidos de L4 para uma outra camada, L2/3, onde o processamento prossegue.

O que até agora se pensava é que o processamento visual seria um fenómeno em série, sucessivamente realizado por diversas camadas do córtex visual, mas o que o novo estudo vem mostrar é que não é isso que acontece, explica Leopoldo Petreanu.

O que os investigadores descobriram é que, quando um neurónio de L4 está ligado a um neurónio de L2/3, se um axónio proveniente do tálamo estiver ligado ao neurónio de L4, esse axónio “bifurca” e liga-se também, diretamente, ao neurónio de L2/3.

A existência destas ligações que “saltam uma camada” faz com que L2/3 receba não apenas o sinal visual processado em L4, como também os “sinais brutos”, isto é, não processados, provenientes do tálamo.

“Este é o nosso principal resultado, e poderá ser uma forma de garantir uma grande especialização das células de L2/3 na deteção das características [do input visual]”, diz o investigador.

Este tipo de estrutura em camadas e ligações que ‘saltam uma camada’ já havia sido estudada em redes neurais artificiais. Os investigadores acreditam que este é o tipo de estrutura que funciona córtex visual e provavelmente no processamento que o cérebro faz de outros tipos de inputs sensoriais, que não apenas do tipo visual.

Um outro resultado da investigação diz respeito à própria camada L4: sabe-se que inclui pequenos grupos de neurónios interligados por conexões bidirecionais.

No entanto, os investigadores ainda não perceberam qual a função destes pequenos circuitos locais.

Uma hipótese é que funcionem como amplificadores de determinadas características da informação visual que chega aos olhos, como por exemplo, as margens dos objetos.

Contudo, fica ainda por descobrir como é que o fazem e como é que estes circuitos locais interagem com os sinais provenientes de outras áreas do cérebro para integrar a informação visual.

Síndrome de Dravet é uma doença rara
Uma semana após o Dia Internacional do Síndrome de Dravet (23 de junho), da apresentação do website www.dravet.pt e do início...

Patrícia Fonseca, presidente da Dravet Portugal explica: “uma das grandes dificuldades que os pais de crianças e jovens com Síndrome de Dravet (SD) enfrentam é o desconhecimento geral da doença e o difícil acesso ao diagnóstico correto. Um dos objetivos da associação é criar uma rede de famílias, identificar os pacientes e seus cuidadores e, para isso acontecer, precisamos desde logo que a informação chegue às pessoas. Desta forma, estamos a promover uma campanha de sensibilização em todo o país para dar a conhecer o SD.

Em pouco mais de uma semana, recebemos muitos contatos a solicitar informação, a adesão de pessoas que pretendem apoiar e juntar-se ao nosso projeto e já conseguimos identificar mais seis famílias de pacientes, quatro dos quais já diagnosticados com este síndrome e duas que pediram ajuda para o processo de diagnóstico, uma vez que os seus filhos apresentam sinais compatíveis com a doença. Este resultado é muito significativo num período tão curto de tempo e demonstra-nos que estamos no caminho certo e necessário. Vamos continuar a trabalhar no sentido de contribuir para a melhoraria da qualidade de vida de todos”, acrescenta Patrícia Fonseca.

Em Portugal, calcula-se que existam cerca de 500 pessoas com esta patologia, das quais mais de 80% não está identificada. A falta de informação, o desconhecimento da doença e os sintomas semelhantes a outras epilepsias podem induzir a um diagnóstico errado e, consequentemente, à prescrição de terapêuticas contraindicadas e fatais para o doente. Estima-se que o Síndrome de Dravet tenha uma prevalência de 1/22.000 nascimentos, com maior incidência no sexo masculino.

Sobre o Síndrome de Dravet:
O Síndrome de Dravet (SD), também conhecido como Epilepsia Mioclónica Grave da Infância, é uma doença rara, de origem genética, que se manifesta como uma epilepsia grave, progressiva e incapacitante. Acompanhada por um importante atraso no desenvolvimento psicomotor caracteriza-se por se manifestar através de crises epiléticas de diversos tipos, não controláveis com os fármacos disponíveis até ao momento.

O Síndrome de Dravet manifesta-se no primeiro ano de vida, é frequentemente confundido com convulsões febris ou com outras epilepsias e regista uma maior incidência de morte súbita inesperada na epilepsia - 15% das crianças com este síndrome morre antes de atingir a adolescência. Cada criança pode registar múltiplas convulsões por dia, com duração variável (de 1 minuto até várias horas ou até entrar em coma), quer acordada quer durante o sono. O acompanhamento de um paciente com Síndrome de Dravet é permanente, 24h/dia. "

As pessoas com SD apresentam também outras condições, nomeadamente: distúrbios de coordenação, crescimento e nutrição; características do espetro autista e incapacidades de comunicação; afetação do desenvolvimento e transtornos cognitivos; falta de autonomia; problemas nas funções corporais automáticas: regulação da temperatura, diminuição da sudação, função intestinal lenta e frequência cardíaca por vezes rápida; infeções respiratórias recorrentes e otites; condições ortopédicas (como deformidades dos pés, curvatura da coluna vertebral ou escoliose e dificuldades em caminhar); transtornos do sono e problemas com saúde oral.

O Síndrome de Dravet está associado a mutações no gene SCN1A que impedem a produção da proteína responsável pela construção dos canais de sódio nos neurónios e o correto funcionamento cerebral. A mutação deste gene tem sido verificada em cerca de 80% dos pacientes e, até à atualidade, já foram descritas mais de 1200 mutações diferentes em pessoas com SD. A maioria das mutações não têm histórico na família, acontecem pela primeira vez (resultam de uma mutação de um ou mais genes durante a gestação do feto), verificando-se apenas um registo de mutações familiares de 5 a 10%.

O Dia Internacional do Síndrome de Dravet
Para assinalar o Dia Internacional do Síndrome de Dravet (23 de junho) a Dravet Portugal apresentou o website (www.dravet.pt), inaugurou a sede e iniciou a campanha informativa e de sensibilização junto dos meios clínicos e hospitalares.

A par destas iniciativas, a Dravet Portugal, com a colaboração do ZooMarine, proporcionou ainda uma visita e uma interação com os golfinhos a todas as crianças com Síndrome de Dravet e, em Viseu, realizou-se uma caminhada solidária (com apoio da empresa PIPO & GOMES, Lda. e da Sotinco) que reuniu 500 participantes.

Sobre a Dravet Portugal:
A Dravet Portugal é uma associação, sem fins lucrativos, constituída no dia 22 de julho de 2015. Na origem da associação está um grupo de pais portugueses inconformados com o curso da doença rara que afeta os seus filhos: o Síndrome de Dravet. A associação tem como principais objetivos:

1.      Estabelecer em Portugal uma rede de famílias, identificação dos pacientes, seus amigos e cuidadores;

2.      Dinamizar estratégias e ações de sensibilização, consciencialização e informação que possam ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com Síndrome de Dravet e das suas famílias;

3.      Contribuir ativamente para a investigação científica, desenvolvimento de novos fármacos e a cura do síndrome;

4.      Estender o apoio da associação ao espaço lusófono contribuindo para a divulgação do SD nestes países;

5.      Promover a facilidade de acesso ao diagnóstico genético na prática clínica habitual.

Em todas as regiões do país
Todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘Muito Alto’ e ‘Alto’ de exposição à radiação ultravioleta, informou o Instituto...

O instituto colocou em risco ‘Muito Alto’ as regiões de Bragança, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Funchal, Guarda, Leiria, Lisboa, Penhas Douradas, Porto, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Vila Real, Faro, Sagres, Horta, Angra do Heroísmo e Santa Cruz das Flores.

A exceção vai, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), para Ponta Delgada e Porto Santo, que hoje estão com níveis ‘Alto’.

O IPMA recomenda à população, nas regiões com risco ‘Extremo’, que evite a exposição ao sol.

Nas regiões com níveis 'Muito Alto' e 'Alto' recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de aconselhar que seja evitada a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Alto'), 8 a 10 ('Muito Alto') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade até ao meio da manhã, com ocorrência de aguaceiros e trovoada na região centro, aumento temporário de nebulosidade durante a tarde, em especial nas regiões do interior com ocorrência de aguaceiros e trovoada.

Está também previsto vento fraco, soprando moderado de sueste no litoral sul até ao final da manhã e de noroeste no litoral oeste durante a tarde, pequena subida da temperatura mínima nas regiões norte e centro e descida da máxima, em especial nas regiões do litoral e no interior sul.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas até ao fim da manhã, vento fraco a moderado de norte, soprando por vezes forte nas terras altas até final da manhã e pequena subida da temperatura máxima.

Para os Açores, a previsão aponta para períodos de céu muito nublado, tornando-se encoberto, períodos de chuva a partir da tarde e vento fraco tornando-se bonançoso.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 20 e 33 graus Celsius, no Porto entre 17 e 25, em Vila Real entre 20 e 34, em Viseu entre 20 e 32, em Bragança entre 17 e 34, na Guarda entre 19 e 30, em Coimbra entre 16 e 31, em Castelo Branco entre 21 e 36, em Portalegre entre 21 e 35, em Santarém entre 18 e 35, em Évora entre 18 e 37, em Beja entre 20 e 34, em Faro entre 22 e 26, em Setúbal entre 18 e 32, no Funchal entre 19 e 24, em Ponta Delgada entre 17 e 22, na Horta entre 19 e 23 e em Santa Cruz das Flores entre 19 e 24.

Em oito distritos
Oito distritos de Portugal continental estão sob ‘Aviso Amarelo’, o terceiro mais grave de uma escala de quatro, devido à...

De acordo com o instituto, os distritos de Bragança, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Portalegre, Setúbal, Évora e Beja estão sob ‘Aviso Amarelo’ entre as 00:09 e as 23:59 de hoje, devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

O 'Aviso Amarelo' é o terceiro mais grave numa escala de quatro e significa "risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica".

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje, no continente, céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade até ao meio da manhã, com ocorrência de aguaceiros e trovoada na região centro, aumento temporário de nebulosidade durante a tarde, em especial nas regiões do interior, com ocorrência de aguaceiros e trovoada.

Está também previsto vento fraco, soprando moderado de sueste no litoral sul até ao final da manhã e de noroeste no litoral oeste durante a tarde, pequena subida da temperatura mínima nas regiões norte e centro e descida da máxima, em especial nas regiões do litoral e no interior sul.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas até ao fim da manhã, vento fraco a moderado de norte, soprando por vezes forte nas terras altas até final da manhã e pequena subida da temperatura máxima.

Para os Açores, a previsão aponta para períodos de céu muito nublado, tornando-se encoberto, períodos de chuva a partir da tarde e vento fraco tornando-se bonançoso.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 20 e 33 graus Celsius, no Porto entre 17 e 25, em Vila Real entre 20 e 34, em Viseu entre 20 e 32, em Bragança entre 17 e 34, na Guarda entre 19 e 30, em Coimbra entre 16 e 31, em Castelo Branco entre 21 e 36, em Portalegre entre 21 e 35, em Santarém entre 18 e 35, em Évora entre 18 e 37, em Beja entre 20 e 34, em Faro entre 22 e 26, em Setúbal entre 18 e 32, no Funchal entre 19 e 24, em Ponta Delgada entre 17 e 22, na Horta entre 19 e 23 e em Santa Cruz das Flores entre 19 e 24.

Centro Hospitalar do Porto
O Centro Hospitalar do Porto está em condições de ultrapassar as 50 cirurgias potencialmente curativas por ano a doentes com...

“As pessoas ficam em pânico quando ouvem falar de cancro do pâncreas. A grande arma curativa é a cirurgia. E nesse campo temos feito muitos avanços. Tem aumentado vertiginosamente o número de pessoas que temos conseguido operar”, afirmou a coordenadora da unidade de cirurgia hepatobiliopancreática, Donzília Silva.

Neste sentido, o serviço tem efetuado cerca de 50 cirurgias potencialmente curativas por ano, que representam cerca de 50% dos doentes, e que, “associadas a novos esquemas de quimioterapia têm permitido uma nova chama de esperança em termos de cura” da doença, muitas vezes apelidada de “assassino silencioso”.

Questionada sobre se o serviço tem condições para ir além das 50 cirurgias anuais, Donzília Silva responde de forma afirmativa: “Penso que, ‘pelo andar da carruagem’, este ano vamos superar esse número. Todas as semanas temos operado doentes com cancro do pâncreas”.

“No fundo, nós estamos a conseguir tratar mais e melhor”, declarou a cirurgiã.

Donzília Silva afirmou que também em termos etários se tem registado um alargamento dos tratamentos por cirurgia, lembrando que “raramente se operavam doentes acima dos 75 anos”, algo que desde o último ano tem acontecido, traduzindo-se em cerca de 20 a 30% do total.

“O cancro do pâncreas é, de todos os cancros, o que tem a taxa de sobrevivência mais baixa, sendo diagnosticados todos os anos em Portugal cerca de 1.400 novos casos. Sem melhorias no diagnóstico, estima-se que possa tornar-se a segunda principal causa de morte por cancro até 2030”, recordou em comunicado o Centro Hospitalar do Porto, que congrega o Hospital de Santo António, o Hospital Joaquim Urbano, o Centro Materno Infantil do Norte e o Centro de Genética Médica Doutor Jacinto Magalhães.

Para utentes mais vulneráveis
Desde sábado começaram a ser introduzidas de forma faseada consultas de saúde oral nos centros de saúde, numa primeira fase...

De acordo com um despacho publicado em Diário da República, desde 2 de julho que arrancaram as experiências piloto, em alguns centros de saúde da Grande Lisboa e do Alentejo, para ampliar o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral (PNPSO).

Numa primeira fase, que decorre até 31 de dezembro deste ano, têm acesso a consultas de saúde oral os doentes portadores de diabetes, neoplasias, patologia cardíaca ou respiratória crónica, insuficiência renal em hemodiálise ou diálise peritoneal e os transplantados, inscritos nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) onde decorrem as experiências piloto.

Na segunda fase, a partir de 1 de janeiro de 2017, em função da avaliação das necessidades não satisfeitas e dos tempos de espera, pode o projeto ser alargado a todos os utentes inscritos nos referidos ACES, de forma faseada e progressiva, dependendo da referenciação pelo médico de família.

Na zona da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, as experiências piloto vão decorrer nos ACES de Almada-Seixal (Centro de Saúde do Monte da Caparica), Arco Ribeirinho (Centro de Saúde da Moita), Médio Tejo (Centro de Saúde de Fátima), Lezíria (Centros de Saúde de Salvaterra de Magos, do Cartaxo e de Rio Maior), Estuário Tejo (Centros de Saúde da Azambuja, Alenquer e Arruda dos Vinhos) e Oeste Sul (Centros de Saúde da Lourinhã e de Mafra-Ericeira).

No âmbito da Administração Regional de Saúde do Alentejo, as experiências piloto realizam-se no ACES Alentejo Central, designadamente nos Centros de Saúde de Montemor-o-Novo e de Portel.

Os utentes inscritos nestes centros de saúde poderão ser referenciados para consultas de saúde oral, na sequência de decisão do médico de família, devendo o médico que presta a consulta de saúde oral manter “estreita articulação” com os restantes profissionais da equipa de saúde familiar.

O despacho especifica que os cuidados de saúde oral incluídos nas experiências piloto incluem apenas os tratamentos considerados necessários em termos clínicos, deixando de forma intervenções de natureza estritamente estética.

Atualmente, no âmbito do PNPSO, beneficiam do cheque-dentista, crianças e jovens com idade inferior a 18 anos, grávidas em vigilância pré-natal no Serviço Nacional de Saúde, idosos beneficiários do complemento solidário e utentes infetados com o vírus do VIH/Sida.

O PNPSO é revisto pela Direção-Geral da Saúde até ao dia 29 de julho de 2016.

Em Portugal
Uma rede nacional de psicólogos voluntários formados em situações de crise e catástrofe foi criada para apoiar os refugiados em...

Em declarações, o bastonário da Ordem dos Psicólogos, Telmo Mourinho Baptista, explicou que os psicólogos da rede fazem parte de uma bolsa de 1.000 profissionais que participaram num programa de formação em emergência e catástrofe promovido pela Ordem.

O objetivo é “dotar o país de um recurso adicional de pessoas preparadas para intervir numa série de situações de emergência e catástrofe”, adiantou Telmo Mourinho Baptista, no final da assinatura do protocolo, que decorreu em Lisboa.

“Depois da formação feita”, e com a chegada de refugiados a Portugal, “entendemos que não devíamos ficar por aqui e que seria um desperdício” não colocar “à disposição da sociedade portuguesa o conhecimento adquirido” e a possibilidade de intervir junto destas pessoas, sublinhou.

Nesse sentido, a Ordem dos Psicólogos lançou o desafio ao Alto Comissariado das Migrações que aceitou de imediato a ajuda.

“É um apoio absolutamente importante”, disse Pedro Calado, adiantando que já estão em Portugal 452 refugiados espalhados por 64 municípios.

Pedro Calado contou que o grupo de trabalho que está a operacionalizar a recolocação de refugiados no país pensou inicialmente em seis princípios que “pareciam muito importantes”: Acesso à habitação, à educação e à saúde, apoio alimentar, treino da Língua Portuguesa e acesso ao mercado de trabalho.

Contudo, com a chegada dos primeiros refugiados em dezembro do ano passado, rapidamente se percebeu que “havia um sétimo elemento que era muito importante”, o apoio de saúde mental.

“Muitas destas pessoas que estão a chegar a Portugal (…) vieram da linha da frente de combates” e “assistiram a situações muito dramáticas”, mas também o próprio percurso de chegada à Europa acarreta, muitas vezes, “riscos muito grandes”.

Perante esta situação, “tivemos de falar com as várias associações e instituições” que as estão a acolher, no sentido de as alertar para esta questão da saúde mental”, disse Pedro Calado.

Em geral, salientou, as instituições têm conseguido responder, “mas pontualmente e localmente tem havido um ou outro caso de maior dificuldade” por “inexistência de recursos ou muitas vezes por inexistência de alguém treinado em situações efetivas de trauma”.

Por estas razões, quando o bastonário da ordem “nos desafiou para alavancarmos esta rede de voluntários, imediatamente percebemos a oportunidade que daqui viria”.

“A ideia não é sobrepor àquilo que já é feito localmente”, mas ter “um reforço supletivo de capacidade de resposta” a estas situações, explicou.

Seis meses depois da chegada a Portugal dos primeiros refugiados, Pedro Calado faz “um balanço muito positivo”, afirmando que apenas uma família deixou o país.

“Um dos receios que tínhamos era que as pessoas viriam para Portugal e depois partiriam para outros países europeus e isso não aconteceu".

“Temos visitado algumas famílias e há uma satisfação muito grande, por estarem num país seguro e estável que lhes permite começar a ter um projeto de vida, um projeto de felicidade”, acrescentou.

Estudo
A vacina experimental RTS,S, a mais avançada contra a malária, perde grande parte da sua eficácia após alguns anos, de acordo...

A proteção também diminui mais rapidamente em pessoas que vivem em zonas onde os índices da doença são maiores que a média, dizem investigadores britânicos, cujo estudo foi publicado na revista americana New England Journal of Medicine.

Os resultados sugerem que a capacidade protetora desta vacina varia de acordo com as populações e mostram a necessidade de estudos adicionais para encontrar a maneira mais eficaz de utilizá-la, afirmaram os cientistas.

Atualmente, não existe nenhuma vacina homologada contra a malária, escreve o Sapo. A RTS,S, desenvolvida pelos laboratórios britânicos GlaxoSmithKline, é a vacina experimental que está em estágio de desenvolvimento mais avançado.

A vacina já tinha sido testada num amplo ensaio clínico realizado em sete países africanos, e no ano passado a Agência Europeia de Medicamentos deu uma "opinião científica positiva" para a sua utilização.

O estudo atual, que envolveu 447 crianças com idades entre os cinco e 17 meses, trouxe uma perspetiva diferente.

Cientistas do programa de pesquisa KEMRI-Wellcome Trust em Kilifi, Quênia, dividiram os participantes em dois grupos, um que recebeu três doses da vacina RTS,S e um grupo de controlo, para comparação, que foi vacinado apenas contra a raiva.

Durante o primeiro ano, a taxa de proteção das crianças vacinadas contra a malária foi de 35,9%. Porém, quatro anos depois, essa taxa caiu para 2,5%. Em média, ao longo de sete anos, a vacina foi considerada apenas 4,4% efetiva contra a doença.

Além disso, entre as crianças que eram expostas com mais frequência à malária, causada por um parasita do género Plasmodium e transmitida por mosquitos infetados, o número de casos da doença foi ligeiramente maior no grupo vacinado (1.002 casos) do que no grupo de controlo (992) após cinco anos.

Isso se explicaria pelo fato de que as crianças vacinadas desenvolvem sua imunidade natural mais lentamente do que os que não receberam a vacina, um fenómeno observado em estudos anteriores, de acordo com os investigadores.

A malária matou mais de 400.000 pessoas em 2015, 90% delas na África subsariana e a maioria com menos de cinco anos.

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