Associação Zero
A associação ambientalista Zero considerou a situação da época balnear deste ano "consideravelmente mais favorável"...

Este verão existem mais 10 zonas balneares, atingindo um total de 579, das quais 443 costeiras, 22 de transição, em estuários, por exemplo, e 115 interiores.

No entanto, "o número de análises e de praias afetadas com registos dos parâmetros enterecocos intestinais escherichia coli acima do valor limite" na avaliação pontual, que implica desaconselhar o banho ou mesmo proibir, "desceu consideravelmente", salienta a Zero.

A conclusão da Associação Sistema Sustentável Terrestre - Zero baseia-se nos resultados das análises efetuadas até 31 de julho e disponibilizadas no Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Assim, em comunicado hoje divulgado, a associação ambientalista liderada por Francisco Ferreira diz estar satisfeita com a melhoria das águas balneares.

Em 2015, foram 16 as praias, das quais três interiores, a apresentar, pelo menos, uma análise acima do valor-limite e, este ano, esse valor desceu para 10 praias, quatro das quais interiores.

Até agora, salienta a Zero, estiveram interditas duas praias (Mosteiro, em Pedrogão Grande e Gorgulho, no Funchal). No segundo caso, a interdição de cinco dias esteve relacionada com a má qualidade da água.

Na lista das praias que a associação de defesa do ambiente analisou, entre os problemas foram mais significativos estão Adaúde, em Braga, Frente Azul e Seca, em Espinho, Gorgulho, no Funchal, Bogueira, na Lousã, Porto Santo - Ribeiro Cochino em Porto Santo, Troviscal em Sertã e Miramar em Vila Nova de Gaia.

Em Parque Dr. José Gama, em Mirandela, e Vila Praia de Âncora, em Caminha, "ainda não é apresentada uma análise onde os valores-limite tenham deixado de ser ultrapassados".

A Zero lamenta que na base de dados consultada não estejam presentes quaisquer dados de zonas balneares na região autónoma dos Açores.

E recomenda que os frequentadores das zonas balneares tenham em atenção a qualidade da água do mar ou dos rios.

No decurso da época balnear há necessidade de avaliar a qualidade da água numa perspetiva de prevenção do risco para a saúde que possa resultar de situações de poluição de curta duração ou de situações anormais, pelo que é realizada uma avaliação pontual/amostra a amostra.

Uma água balnear considera-se "imprópria para banhos", ou seja, o banho deverá ser desaconselhado ou mesmo proibido, quando um resultado dos parâmetros analisados ultrapassar qualquer um dos valores estipulados como limite.

Na Birmânia
Uma doença não-identificada causou a morte de mais de 30 crianças numa região do norte da Birmânia (Myanmar), anunciaram as...

"Ao todo, 23 crianças morreram no distrito de Lahal e 13 em Nan Yon desde junho, devido a esta doença desconhecida", disse Law Yon, um deputado da região de Sagaing (norte), junto da fronteira com a Índia. Os residentes são sobretudo membros das tribos de montanha 'nagas'.

A doença, que apresenta numerosos sintomas idênticos aos do sarampo, afeta especialmente as crianças com menos de cinco anos, mas alguns adultos também ficaram doentes.

O ministério da Saúde birmanês garantiu estar a realizar exames.

"De momento, pensamos tratar-se de um surto de sarampo ou de gripe. Mas só nos podemos pronunciar quando tivermos os resultados laboratoriais", explicou à agência noticiosa France Presse (AFP) um responsável do ministério que pediu o anonimato.

O governo birmanês reformador da prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi apresentou o desenvolvimento do sistema de saúde como uma das suas prioridades.

O acesso aos cuidados de saúde, nomeadamente em zonas remotas como as onde morreram estas crianças, continua a ser muito difícil num país onde as infraestruturas estão praticamente destruídas após décadas de um regime militar.

Em Agosto
Iniciativa da associação Abraço decorre de 8 a 23 de Agosto em praias das regiões do Porto e Lisboa.

Durante o mês de Agosto vai ser possível realizar testes rápidos nas praias para detetar se é portador ou não do vírus da sida ou outras doenças sexualmente transmissíveis (DST). A partir da próxima segunda-feira e até dia 23 estarão disponíveis para os utilizadores das praias portuguesas profissionais de saúde para esclarecer dúvidas, realizar testes e eventualmente encaminhar os utentes portadores de alguma DST.

Gonçalo Lobo, presidente da Abraço, explicou ao jornal Público que o objetivo da campanha é “oferecer a realização do teste rápido para aumentar o conhecimento posterior do estatuto serológico das pessoas relativamente ao VIH, hepatite B, hepatite C, sífilis e gonorreia”. O “teste será anónimo, gratuito e confidencial”.

A Abraço estará diariamente em cada uma das 13 praias escolhidas, na zona do Porto e de Lisboa, e contará em cada unidade móvel ou tenda com dois psicólogos e um enfermeiro para aconselharem os portugueses e realizarem os testes caso seja detetado algum comportamento de risco. A acompanhar estes profissionais estará uma equipa de sete voluntários a distribuir seis mil preservativos e dez mil kits de prevenção — compostos por um preservativo, um lubrificante e um cartão informativo —, valores estimados tendo em conta anteriores campanhas de sensibilização. Segundo Gonçalo Lobo, os voluntários estarão também a “chamar e a sensibilizar as pessoas para a realização do teste”.

O teste rápido do VIH/sida é um teste simples que permite conhecer o estatuto serológico de cada um em muito pouco tempo. “É apenas uma pequena picada no dedo em que tiramos umas gotas de sangue” e passados 20 minutos as pessoas sabem o resultado, explica o presidente da Abraço.

Os profissionais de saúde vão proceder ao aconselhamento pré e pós teste e, de acordo com os comportamentos de risco identificados, os utentes terão de realizar um ou dois testes. Se os comportamentos de risco não forem excessivos apenas é aplicado o teste que detecta o VIH e sífilis.

O teste da hepatite B e C só é aplicado se a pessoa apresentar determinados requisitos. Por exemplo, se alguém for consumidor de drogas intravenosas deverá realizar os testes todos, uma vez que aí há um maior risco de contágio de uma ou mais infeções sexualmente transmissíveis. Gonçalo Lobo explica que, em caso de o teste dar positivo, a Abraço tem “um mecanismo de via verde, onde as pessoas conseguem entrar logo nos hospitais” para confirmar o diagnóstico e saberem realmente se estão infetadas ou não pelo VIH. Posteriormente será feito todo o tratamento e acompanhamento ao nível das unidades do Serviço Nacional de Saúde.

Em 18 cidades
Encontro Nacional de Amamentação está marcado para domingo em várias cidades do país. Objetivo: desmistificar tabus.

Em defesa do direito à amamentação em público e contra as barreiras sociais que as mulheres ainda enfrentam, mães e pais portugueses vão reunir-se no próximo domingo para um Encontro Nacional de Amamentação. Há 18 concentrações marcadas, por todo o país, a partir das 17h30. Pedem a normalização deste ato, numa posição contra a polémica sobre a amamentação em espaços públicos.

“Se já são muitas as dificuldades sociais que as mães enfrentam, por terem de começar a trabalhar cedo e deixarem os filhos, não nos podemos agora fechar em casa sempre que temos que amamentar”, diz ao jornal Público Rita Oliver, da organização do encontro. A iniciativa insere-se na Semana Mundial de Aleitamento Materno e “nada tem de político”. Querem “criar empatia” e derrubar as barreiras sociais que ainda existem à volta da amamentação em público. Primeiro, com entreajuda e a partilha de experiências: “Queremos mostrar que não estamos a fazer nada de errado. Se o bebé chora no supermercado, não podemos pedir ao nosso filho para esperar até chegarmos a casa. Este pudor não faz sentido”, explica Rita Oliver.

O evento, que “começou como uma brincadeira” em 2013, vai na quarta edição e toma agora proporções nacionais. Há concentrações nos Açores (na Horta, Terceira e Santa Cruz das Flores), Almada, Aveiro, Braga, Figueira da Foz, Fundão, Leiria, Lisboa, Loulé, Madeira, Portimão, Santarém, Setúbal, Vila Real, Viana do Castelo e no Porto, onde começou o encontro.

“Queremos desmistificar este tabu, porque existem muitas pessoas que nos querem fechar sempre numa sala. É possível andar com um decote enorme, mas não é possível amamentar?”, questiona a organizadora, a quem já pediram para tapar a filha ou deslocar-se para um local não público.

Isto não é só para mães
Quando Rita teve dificuldades em amamentar após o nascimento da filha, em Janeiro de 2013, a solução dos amigos era sempre a mesma: leite em pó. Não quis desistir e procurou “perceber por que é que toda a gente conseguia” e ela não. Acabou por encontrar uma conselheira de aleitamento materno: “Ela deu-me imensa ajuda e eu mantive a amamentação até aos três anos e três meses da minha filha. Percebi que era possível amamentar desde que se tenha os conselhos adequados.”

“Queremos ajudar mães que passaram pelo mesmo problema que eu, que não têm certezas quanto às capacidades do nosso corpo”, explica esta mãe de 31 anos. Como a própria destaca, o aleitamento materno em exclusivo é uma prática recomendada pela Organização Mundial da Saúde.

Apesar de a organização estar a cabo de mulheres, este está longe de ser um encontro de um só género. “Cerca de 90% das mulheres que estiveram no ano passado no encontro do Porto levaram os maridos. É uma questão de proteção dos interesses das crianças e contra as dificuldades que as mães enfrentam.”

E desde Abril que as perguntas não param de chegar: “A procura é cada vez maior, porque as mães têm sempre muitas dúvidas e há muita informação errada a circular.” Foi com o propósito de informar que foi criada a comunidade “Amamentação com desmame natural” que, no Facebook, conta já com mais de 4700 membros.

O encontro surge numa altura em que em vários países, como o Reino Unido, Brasil ou Estados Unidos, a discussão está acesa. Na Argentina, a 23 de Julho, centenas de mulheres amamentaram em locais públicos num protesto após a polícia ter proibido uma mãe de o fazer numa praça.

Estudo
Uma investigação da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale publicada no final do mês de julho revela que quem lê...

Quem cultiva hábitos frequentes de leitura tem, em média, mais dois anos de vida do que os restantes.

A conclusão é de um estudo levado a cabo por Becca L. Levy, professora de epidemiologia na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

A autora analisou dados de 3.635 pessoas com idades acima dos 50 anos, escreve o Sapo. O grupo de cientistas dividiu a amostra em três grupos: os que não liam, os que liam até três horas e meia por semana e o os que liam mais do que isso.

Comparando os dados, aquelas pessoas que tinham o hábito de ler livros até três horas e meia por semana tinham menos 17% de probabilidade de vir a morrer nos 12 anos seguintes. Já os que liam mais do que isso, tinham menos 23% de probabilidade de vir a morrer nesse espaço de tempo.

O mecanismo por trás desse benefício não é explicitado pelo estudo, mas conclui-se que a leitura ao estimular o cérebro ajuda a manter o corpo saudável por mais tempo.

De acordo com a investigação, a maioria dos leitores são mulheres, pessoas que possuem níveis elevados de alfabetização e que pertencem a grupos socioeconómicos mais altos, o que pode também influenciar a propensão para uma esperança de vida mais longa.

Em 2016
Os acidentes nas estradas portuguesas provocaram 241 mortos entre janeiro e julho deste ano, menos 20 do que no mesmo período...

Entre 01 de janeiro e 31 de julho, foram registados 72.783 acidentes, mais 3.870 do que em igual período de 2015, adianta a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) num relatório publicado na sua página da Internet, que junta dados da PSP e GNR.

Quanto aos feridos graves, escreve o Sapo, a ANSR indica que entre janeiro e julho deste ano foram registados 1.116 feridos graves, menos 159 do que em período homólogo de 2015.

Entre 01 de janeiro e 31 de julho deste ano foram registados 21.441 feridos ligeiros e em igual período do ano passado 21.442.

O maior número de acidentes ocorreu nos distritos de Lisboa (15.688) e Porto (13.906), indica a ANSR.

No que diz respeito aos mortos, a Autoridade adianta que o maior número de mortos ocorreu nos distritos de Lisboa (40), Leiria e Aveiro (23), Santarém (19) e Porto (18).

A Autoridade salienta ainda que a Guarda Nacional Republicana (GNR) registou na semana de 22 a 31 de julho, 15 mortos e 50 feridos graves.

A PSP registou em igual período do mês passado cinco mortos e 18 feridos graves.

Os dados da ANSR dizem respeito às vítimas, cujo óbito ocorreu no local dos acidentes ou a caminho do hospital.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Na última quinzena de julho foram registadas duas ondas de calor nas regiões do Vale do Tejo, Alto Alentejo e interior norte e...

A primeira onda de calor foi registada entre os dias 14 e 19 de julho e abrangeu apenas a região do Vale do Tejo, de acordo com o Boletim Climatológico disponível na página da Internet do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A segunda onda de calor, indica o Instituto, foi registada no período de 23 a 30 de julho nas regiões do interior norte e centro, Vale do Tejo e Alto Alentejo.

Uma onda de calor corresponde a um período de seis dias com temperaturas máximas superiores à média usual para a época e com a existência de noites tropicais, com temperaturas superiores aos 20 graus, segundo o IPMA.

O Instituto adiantou que as estações meteorológicas de Alvega, concelho de Abrantes, distrito de Santarém, Braga e Mirandela, no distrito de Bragança, estiveram sete dias seguidos com temperaturas máximas elevadas.

“De referir que o número de dias com a temperatura máxima superior ou igual a 30 e 35 graus Celsius foi cerca de 1,5 a duas vezes o valor da normal (1971-2000)”, é indicado.

Segundo o relatório, cerca de 40% das estações meteorológicas do continente registaram pelo menos 15 dias consecutivos com temperaturas máximas diárias superiores ou iguais a 30 graus Celsius.

“Verificou-se que cerca de 50% das estações meteorológicas do continente registaram pelo menos cinco dias consecutivos com temperatura máxima diária maior ou igual a 35 graus e que 32% tiveram pelo menos um dia com uma máxima maior ou igual a 40 graus”, avançou o IPMA.

Segundo o Instituto, as estações com maior número de dias com temperaturas superiores ou iguais a 40 graus (oito dias) foram Pinhão, no distrito de Vila Real, (42,3) Mora (42) e Portel, no distrito de Évora (42,4).

Segundo dados do Boletim Climatológico do IPMA, o mês de julho foi o segundo mais quente desde 1931, com médias de temperaturas máximas e mínimas muito superiores ao normal.

O mês passado foi caracterizado pelo Instituto por valores médios muito altos da temperatura do ar, só ultrapassados em 1989.

O IPMA indica que o valor médio da temperatura do ar foi de 24,33 graus Celsius (em julho de 1989 foi de 24,63), mais de dois graus em relação ao valor médio no período 1971-2000.

Ainda segundo os números do IPMA, o valor médio da temperatura máxima do ar no mês passado foi de 32,19 graus celsius, o mais alto desde 1931.

O valor médio da temperatura mínima, 16,47 graus, também foi ligeiramente superior ao normal e foi o oitavo mais alto desde 1931.

De acordo com o Instituto, o valor médio da quantidade de precipitação (3,1 milímetros) foi inferior ao valor normal (13,8 milímetros).

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
As regiões do sotavento Algarvio e Baixo Alentejo encontravam-se no final de julho em situação de seca fraca, segundo...

De acordo com o índice meteorológico de seca, referido no Boletim Climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) referente ao mês de julho, verificou-se em relação a junho um ligeiro aumento da área em situação de seca na região do sotavento Algarvio e Baixo Alentejo, que representa agora 9,3 por cento do território de Portugal continental.

No final de junho não existia situação de seca em todo o território, exceto já numa pequena área do sotavento algarvio.

O IPMA classifica em nove classes o índice meteorológico de seca que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.

Segundo dados do Boletim Climatológico do IPMA, o mês de julho foi o segundo mais quente desde 1931, com médias de temperaturas máximas e mínimas muito superiores ao normal.

O mês passado foi caracterizado pelo Instituto por valores médios muito altos da temperatura do ar, só ultrapassados em 1989.

O IPMA indica que o valor médio da temperatura do ar foi de 24,33 graus Celsius (em julho de 1989 foi de 24,63), mais de dois graus em relação ao valor médio no período 1971-2000.

Ainda segundo os números do IPMA, o valor médio da temperatura máxima do ar no mês passado foi de 32,19 graus celsius, o mais alto desde 1931.

O valor médio da temperatura mínima, 16,47 graus, também foi ligeiramente superior ao normal e foi o oitavo mais alto desde 1931.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘Muito Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, informou o Instituto...

Segundo o Instituto, as regiões do Funchal, Porto Santo, Bragança, Castelo Branco, Guarda, Penhas Douradas, Vila Real, Funchal, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Porto Santo, Horta, Angra do Heroísmo, Ponta Delgada e Santa Cruz das Flores estão hoje com níveis ‘Muito Elevado’.

Nas regiões com risco com níveis 'Muito Elevado' e 'Elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro de radiação ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral oeste até ao início da manhã, vento em geral fraco do quadrante norte, sendo temporariamente de sudoeste na costa sul do Algarve, soprando moderado, de nordeste nas terras altas até ao início da manhã e para o final do dia, e de noroeste no litoral oeste em especial durante a tarde.

Está também prevista neblina ou nevoeiro matinal, em especial na região centro, pequena descida da temperatura mínima nas regiões norte e centro, em especial no litoral e subida da temperatura máxima, em especial nas regiões norte e interior centro e sul.

Na Madeira prevê-se tempo quente com céu geralmente pouco nublado, apresentando-se geralmente muito nublado nas vertentes norte e na ilha de Porto Santo até meio da tarde.

A previsão aponta também para vento moderado a forte de nordeste, soprando por vezes forte com rajadas até 80 quilómetros por hora nos extremos leste e oeste da ilha da Madeira, e nas terras altas em especial até ao início da tarde e subida de temperatura.

Para os Açores está previsto céu com boas abertas, tornando-se encoberto para a tarde, períodos de chuva fraca ou chuvisco, especialmente a partir do final da tarde e vento sudoeste moderado a fresco com rajadas até 50 quilómetros por hora.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 17 e 30 graus Celsius, no Porto entre 13 e 26, em Vila Real entre 14 e 32, em Viseu entre 13 e 31, em Bragança entre 13 e 31, na Guarda entre 13 e 29, em Coimbra entre 15 e 31, em Castelo Branco entre 18 e 35, em Santarém entre 16 e 35, em Évora entre 16 e 38, em Beja entre 15 e 37, em Faro entre 20 e 35, no Funchal entre 25 e 29, em Ponta Delgada entre 22 e 26, na Horta entre 23 e 27 e em Santa Cruz das Flores entre 22 e 27.

Estudo
Três diferentes vacinas experimentais para o vírus Zika desenvolvidas nos Estados Unidos obtiveram resultados em macacos,...

Um estudo publicado pela revista científica Science surge numa altura em que a comunidade científica tenta encontrar uma forma de prevenir o vírus transmitido por mosquitos que pode causar malformações nos recém-nascidos, como microcefalia.

O vírus Zika encontra-se atualmente em cerca de 50 países e territórios, sobretudo na América Latina, Caraíbas e no estado norte-americano da Florida.

“Três vacinas conferem completa proteção contra o vírus Zika em primatas, que é o melhor modelo animal para iniciar ensaios clínicos”, afirmou o investigador Dan Barouch, professor de medicina na Harvard Medical School, citado pela agência France Presse.

A proteção para o vírus Zika em roedores e primatas “enche de otimismo” os investigadores quanto ao desenvolvimento de “uma vacina segura e efetiva para os seres humanos”.

A infeção por vírus Zika não é geralmente uma doença mortal, mas a incidência em mulheres grávidas tem sido relacionada com casos de microcefalia e outras malformações nos bebés.

Estudo
Um grupo de cientistas identificou o mecanismo que desliga os neurónios com a função do sono e permite acordar, disse um...

"Neste estudo identificamos o mecanismo pelo qual a dopamina atua nestes neurónios de forma a desligar a função do sono e acordarmos", avançou Diogo Pimentel, da Universidade de Oxford.

Os resultados da investigação, publicados na Nature, integram a descrição de dois mecanismos distintos "para a dopamina acordar, um num espaço de tempo relativamente curto, se alguém acordar com um ruído forte, [situação em que] vê o que se passa" e volta a adormecer imediatamente, outra quando é necessário acordar e manter-se acordado por um período de tempo mais longo.

"Ai entra a identificação da proteína 'sandman' [o equivalente ao João Pestana em português] que descrevemos e que cria uma interrupção do sono mais ou menos permanente [o que] leva [à situação] de estarmos acordados de uma forma mais persistente", relatou Diogo Pimentel.

A função deste gene estudada pelo grupo liderado por Gero Miesenböck, através de moscas, era desconhecida, referiu, mas a partir de agora sabe-se que "tem a função de desligar os neurónios que comandam o sono".

"É uma proteína ou canal iónico e se o retirarmos das células que comandam o sono as moscas passam a dormir mais de 20 horas por dia", resumiu Diogo Pimentel.

O investigador português da área das neurociências apontou que um mecanismo ainda não identificado faria o reverso.

"Durante o dia, quando estamos acordados, alguma coisa faz voltar a ativar estes neurónios e podermos voltar a dormir", explicou.

Assim, "se conseguirmos descobrir agora quais os sinais internos no cérebro que voltam a reverter este processo, estamos um passo mais perto de descobrir porque é que precisamos de dormir", apontou o cientista.

O ponto de partida para este trabalho foi perceber a necessidade de dormir todas as noites, levando as pessoas a passar um terço da vida a dormir.

"Há um custo enorme, custa-nos o tempo, estamos desligados do mundo exterior, estamos vulneráveis, mas o motivo pelo qual precisamos de dormir continua um mistério, é aliás, um dos grandes mistérios das neurociências", disse ainda Diogo Pimentel.

O sono é regulado através de dois mecanismo independentes, o sistema circadiano, através do qual o corpo se sincroniza com o ritmo do dia e da noite, predispondo-se a estar acordado com a luz e a dormir com a escuridão, e o sistema homeostático, sensível à atividade desenvolvida durante o dia e ao momento em que é necessário descansar.

Reflexologia Podal
Os benefícios da reflexologia podal vão muito além de tratar uma simples dor de cabeça ou favorecer

Sendo difícil precisar a origem exata desta técnica de massagem, que aparece referenciada no antigo egipto (no ano 2330 A.C.) e na China, através da Medicina Tradicional Chinesa, há mais de cinco mil anos, a reflexologia podal consiste na estimulação das terminações nervosas existentes nos pés,  e que representam as diversas zonas ou órgãos do nosso corpo, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio do organismo.

De acordo com Noelia Solar, especialista em aromaterapia e massagem, “todos os sistemas do organismo estão representados nos pés e é através deles que a reflexologia podal trabalha cada um deles através dos pontos reflexos”, permitindo ajudar ou complementar o tratamento de várias patologias.

“Os pontos reflexos estão conetados com o organismo através do sistema nervoso, que é responsável por levar os estímulos de todas as zonas reflexas até ao cérebro e promover um estado de equilíbrio”, explica a orientadora do Curso de Reflexologia Podal da EMAC – Escola de Saúde Integral .

Os efeitos da aplicação desta técnica de massagem são inúmeros e alcançam-se através de diferentes técnicas de estimulação ou sedação, dependendo da necessidade da cada paciente. “Se o motivo da consulta for uma perturbação num órgão, o que se faz é uma estimulação nervosa da medula espinal, que depois é «transportada» pelas fibras nervosas até chegar às zonas reflexas provocando o aparecimento de dermalgias ou outros sintomas. É desta forma, mas trabalhando no sentido oposto, ou seja, a partir da zona reflexa, que fazemos desaparecer os sintomas atuando de forma indireta sobre o órgão molestado”, justifica.

A reflexologia podal pode tratar uma simples dor de cabeça, ajudar a eliminar pedra nos rins, favorecer a drenagem linfática ou melhorar o processo digestivo, por exemplo.
No entanto, pode ser encarada como terapia principal ou complementar em todas as patologias, até mesmo as mais complexas. “A aplicação desta técnica é muito diversificada e versátil o que permite obter inúmeros resultados e benefícios”, afiança Noelia Solar.

Por outro lado, para além de participar no tratamento de inúmeras doenças, esta técnica atua também na sua prevenção. “Em alguns casos, através da leitura e diagnóstico da pele conseguem-se detetar sinais de debilidades que precedem o aparecimento da doença. E volto a frisar que esta premissa é válida para qualquer tipo de patologia”, afirma a especialista.

Não obstante os múltiplos benefícios, este tratamento está contra-indicado a doentes com inflamações graves ou roturas de ligamentos. “São contra-indicações evidentes, aplicadas a pessoas que não podem receber qualquer tipo de massagem”, explica.

É recomendado que, antes de fazer qualquer tratamento, os pacientes tenham “os pés preparados para serem manipulados, sem fungos, gretas ou calos que possam dificultar o trabalho do terapeuta”.

O profissonal de massagens deverá ter formação completa em reflexologia, “onde se aprende quais as zonas reflexas que existem e onde se estuda a anatomia dos pés”. Cabe ao terapeuta ainda elaborar um diagnóstico adaptando o tratamento caso a caso.

Quanto ao número de sessões necessárias para concluir um tratamento, ou sentir os seus benefícios, este depende de paciente para paciente e de patologia para patologia. “A título de exemplo, uma senhora de 30 anos, com vários quistos nos ovários, já não tinha ciclo menstrual há cerca de um ano. Foi operada e retiraram-lhe alguns, mas os quistos continuavam a multiplicar-se. Começámos os tratamento e, imediatamente após a terceira sessão, o ciclo menstrual regressou à normalidade”, recorda a terapeuta acrescentando que ao fim de 10 sessões os quistos tinham desaparecido na totalidade.

Apesar de indicado a todos os problemas de saúde, a reflexologia podal não promete curas definitivas em todos os casos. “Depende muito da gravidade da doença ou do estado de saúde do paciente. Cada caso é um caso”, adverte Noelia Solar.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um investigador português "abriu portas" a novos tratamentos para o melanoma, cancro de pele, ao "provar"...

Em comunicado, a academia minhota esclarece que um estudo do ex-aluno da Universidade do Minho (UMinho) Noel Miranda, recentemente publicado na revista Nature, "avaliou a interação entre as células cancerígenas e o sistema imunitário de pacientes com melanoma em estado avançado submetidos a imunoterapia (tratamento para estimular os mecanismos de defesa)".

Segundo a nota, "concluiu-se que os tumores tendem a adaptar-se a médio prazo, alterando-se geneticamente e deixando, assim, de ser reconhecidos pelo sistema imunitário".

"Era algo que já se sabia que acontecia, das teorias de evolução clonal, mas nunca tinha sido provado do ponto de vista genético", acrescenta o comunicado, citando a tese de Noel Miranda, agora investigador do Centro Médico da Universidade de Leiden (Holanda).

O investigador acrescenta que, com esta descoberta, passa a ser possível "adaptar as estratégias de administração de imunoterapias e, deste modo, combater a doença de uma forma mais eficaz".

Atualmente são "atacadas" as alterações genéticas mais comuns, esclarece a UMInho, "mas o objetivo é desenvolver métodos que permitam lidar com a heterogeneidade dos tumores".

Além do investigador português, o trabalho envolveu investigadores da Universidade de Leiden, do Instituto Holandês de Cancro, do Hospital Universitário de Herlev (Dinamarca) e da empresa AIMM Therapeutics (Holanda).

Em Portugal surgem 1.000 novos casos de melanoma por ano.

"A incidência dos vários tipos de cancro da pele tem vindo a aumentar devido, essencialmente, à mudança de comportamentos a favor de uma exposição aos ultravioleta exagerada ou inadequada", realça o cientista de 34 anos, natural da Póvoa de Varzim.

"99% de boa qualidade"
A água da torneira atingiu um nível de excelência, segundo critérios internacionais, ao chegar aos 99% com boa qualidade,...

"Passamos de uma qualidade muito boa para uma situação de excelência, e atingimos pela primeira vez, em 2015, 99% de água segura, o que um critério considerado internacionalmente um nível de excelência", disse o diretor do Departamento da Qualidade da Água da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR).

Luís Simas, que falava a propósito da divulgação do relatório anual sobre o "Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano" referente a 2015, esclareceu que, dos casos de incumprimento detetados, 80% são parâmetros indicadores e que não afetam diretamente a saúde.

"A grande maioria dos incumprimentos que, neste momento, estão a ser detetados na água não têm uma relação direta com a proteção da saúde humana, mas que funcionam como um alerta para que sejam tomadas as medidas adequadas e evitar que a situação piore", explicou o responsável.

Grande parte daquelas situações, apontou, "estão no interior do país, nas zonas de abastecimento mais pequenas, e menos no litoral e nas zonas densamente habitadas".

Luís Simas referiu que os restantes incumprimentos, "referem-se a parâmetros obrigatórios que [acontecem] pontualmente, por características das origens da água ou porque o tratamento não funcionou com a eficiência que deveria ter funcionado e, quando [são] detetados, a entidade gestora está obrigada a corrigi-los".

No ano passado, foram realizadas mais de meio milhão de análises, ficando por fazer 330, o que, segundo o diretor do Departamento da Qualidade da Água, está em linha com anos anteriores e significa que o controlo continua a ser feito "com grande rigor e com resultados que permitem ter uma ideia muito precisa e exata do que é a qualidade da água nas torneiras".

Não há registo de medidas mais drásticas
Questionado sobre a existência de casos em que fosse necessária intervenção das autoridades, Luís Simas esclareceu que não há registo de situações específicas que obrigassem "à tomada de medidas um pouco mais drásticas" para correção de incumprimentos.

As 15 entidades gestoras em alta (venda de água aos municípios) continuam a revelar melhorias na qualidade da água fornecida e realizaram todas as análises regulamentares, com uma taxa de cumprimento dos valores paramétricos de 99,84%, segundo a ERSAR.

O desempenho das entidades gestoras em baixa (serviço direto ao consumidor) continua a refletir as assimetrias regionais, sendo no interior que se concentram os incumprimentos, essencialmente nas zonas de abastecimento com menos de 5.000 habitantes.

Nos locais do país em que não há rede pública de distribuição de água, estão disponíveis 280 fontes ou fontanários, nos quais "declaradamente a água é controlada".

O responsável da ERSAR alertou para a necessidade de evitar as fontes assinaladas com a informação "água não controlada".

Nos fontanários para consumo humano, "foi atingido praticamente [o nível] 95% de água segura", salientou.

Dermatologista revela
Em mais de dez por cento da população o sol pode provocar reações cutâneas que se podem acompanhar de uma comichão intensa. O...

"Vivemos num país muito soalheiro e as pessoas gostam e tendem a abusar da exposição solar. O problema é que nem todos podem usufruir do sol sem consequências. Entre as várias doenças da pele que resultam da exposição solar, destacam-se, pela sua prevalência, a Lucite Estival Benigna e a Erupção Solar Polimórfica, duas variantes clínicas de um mesmo processo de alergia ao sol", explica ao Sapo o clínico.

"Ocorrem em mais de dez por cento da população, na sua maioria entre os 15 e os 40 anos e, sobretudo, no género feminino", acrescenta Rui Tavares Bello.

A erupção solar polimórfica manifesta-se através de pequenas bolhas, borbulhas, babas com comichão ou desconforto intensos. No entanto, o médico indica que "por vezes os seus sintomas são ligeiros sendo subestimados ou ignorados, ocasionalmente interpretados como uma alergia a um creme, perfume ou peça de roupa que surge em zonas mais expostas e consequentemente mais sensíveis, como o peito, ombros, braços, pernas e pés".

E alerta: "Sem intervenção médica adequada, a doença pode evoluir e gerar complicações como irritação, escoriações, infeção ou mesmo eczematização. Uma vez instalada, tende a reaparecer nas exposições solares e verões subsequentes; ano após ano, em graus variáveis, acabando por finalmente se esgotar espontaneamente".

"Não se deve subestimar a doença nem trivializar o diagnóstico porque se por um lado podemos estar perante uma simples alergia solar, por outro, os seus sinais ou sintomas podem ser uma manifestação de outras enfermidades graves, como o lúpus eritematoso, reações adversas a medicamentos ou doenças metabólicas, pelo que deve sempre justificar um esclarecimento e orientação médicos", avisa o dermatologista.

Para a prevenir, podem ser usados, em conjunto com os protetores solares e os comportamentos adequados de fotoproteção, suplementos como determinados antioxidantes e medicamentos específicos imunomoduladores sendo, por vezes, também prescrita a exposição a luzes ultravioletas, sob orientação médica, iniciada cerca de 1-2 meses antes de começar a exposição ao sol.

Quanto ao tratamento, o médico esclarece que "uma das soluções passa pela aplicação de cremes emolientes e calmantes e corticoides tópicos, sempre após uma avaliação clínica e diagnóstico adequados. Nos anos subsequentes, a pessoa, devidamente instruída, já estará apta para primeiro, prevenir novos episódios e, depois, controlar os sintomas instalados da afeção".

"Ainda assim, é preciso alertar as pessoas para não aplicarem anti-histamínicos tópicos na pele, pois há possibilidade de absorção sistémica e aparecimento de alergias de contacto, bem como para não aplicarem indiscriminadamente corticoides tópicos dados os riscos conhecidos do seu uso desregrado", conclui o especialista.

Segundo especialistas
Especialistas em nutrição dizem que refeições rápidas para preparação no micro-ondas, apesar de mais práticas, podem ter...

O problema não está no micro-ondas, está sim nas embalagens de comida pré-preparada. O consumo regular destas refeições rápidas, embaladas e congeladas aumenta o risco de cancro devido à existência de partículas nocivas na sua composição.

Rick Ray e Lily Soutter, ambos nutricionistas, explicaram ao jornal britâncio Daily Mail que os objetos utilizados para aquecer tais refeições nos microondas, normalmente compostos por plásticos, contêm determinadas toxinas cancerígenas que podem facilmente contaminar a comida.

De acordo com os especialistas, escreve o Sapo, estas toxinas aumentam o risco de doenças do aparelho digestivo e do sistema imunitário. "Podem ainda afetar a fertilidade, o equilíbrio hormonal, a tensão arterial, o humor, o apetite sexual e gerar doenças cardiovasculares", garante Rick Ray, cita o Daily Mail.

Por outro lado, Lily Soutter, reforça a opinião de Ray: estas refeições rápidas são, frequentemente, bastante mais pobres em nutrientes do que as refeições caseiras.

Lily Soutter recorda ainda que, normalmente, estas refeições são preparadas e embaladas com uma mistura de aditivos pouco saudáveis, como açúcares, gorduras saturadas, conservantes, estabilizantes e corantes. "São utilizados para aumentar a vida útil do produto na prateleira e são uma forma barata de adicionar sabor", explicou Soutter.

Por outro lado, as recomendações da universidade norte-americana de Harvard dizem mesmo que cozinhar alguns alimentos no micro-ondas pode ajudar a conservar um maior número de nutrientes e vitaminas.

"Alguns nutrientes são eliminados com a exposição ao calor, seja no forno ou no micro-ondas. A vitamina C é provavelmente um dos exemplos mais claros. Mas como os tempos de cozedura do micro-ondas tendem a ser mais curtos, cozinhar alimentos ricos em vitamina C neste aparelho é mais eficaz do ponto de vista da preservação da vitamina C e de outros nutrientes", lê-se na página da universidade.

APIFARMA
Os laboratórios dizem que se os médicos não conhecerem os novos medicamentos, não os receitam e, assim, os doentes não os...

A vice-presidente da APIFARMA, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, diz não ter dados precisos sobre o aumento do valor dos patrocínios, mas considera normal face ao número crescente de novos fármacos: "A indústria tem a missão de divulgar a inovação terapêutica junto dos médicos para que possa chegar aos doentes portugueses." A divulgação assume várias formas, sobretudo congressos, reuniões e palestras, mas também publicidade em revistas da especialidade ou estudos.

Em declarações à TSF, Cristina Campos explica que são várias as especialidades onde se registam avanços, "tem havido inovação na área da oncologia, mas não só. A investigação em terapias para doenças cardíacas e respiratórias também tem tido resultados importantes."

Sociedade Portuguesa de Cardiologia recebeu quase um milhão de euros

Desde 2003, o registo de quem dá, mas também de quem recebe patrocínios na área da saúde é obrigatório. Está tudo acessível ao público na Plataforma da Transparência e Publicidade. Na compilação dos dados do primeiro trimestre, o Infarmed constata que há uma discrepância: a indústria farmacêutica regista patrocínios no valor de 36 milhões de euros, mas os beneficiários só registam 11 milhões. Cristina Campos responde: "Sobre a prática dos profissionais de saúde não nos compete a nós comentar."

A Cardiologia é, segundo a vice-presidente da APIFARMA uma das especialidades que apresenta mais fármacos novos. Muitos dos novos medicamentos já estão autorizados pela Agência Europeia do Medicamento, mas não têm autorização de comparticipação do Estado português. Sem comparticipação são demasiado caros para os utentes e o governo insiste que só comparticipa depois de uma análise que comprove que os benefícios justificam o custo.

Numa consulta aos patrocínios dados em 2016, constata-se que só a Sociedade Portuguesa de Cardiologia recebeu este ano perto de um milhão de euros dos laboratórios farmacêuticos.

Depois das sociedades médicas e dos profissionais de saúde (praticamente só médicos), o maior beneficiário dos apoios financeiros dos laboratórios são as associações de doentes. Desde 2003 foram patrocinadas com mais de 4 milhões de euros.

A vice-presidente da APIFARMA explica que são os doentes "quem melhor conhece as suas necessidades e quem melhor pode defender aquilo a que têm direito". "Achamos que os doentes também têm direito a informação de qualidade para fazer valer os seus argumentos, nomeadamente no diálogo com a tutela", acrescenta.

Indústria farmacêutica
Os patrocínios destinados a organismos e profissionais de saúde em Portugal estão a aumentar. Estes são sobretudo oferecidos...

Os patrocínios da indústria farmacêutica aos profissionais de saúde em Portugal, principalmente aos médicos, estão a aumentar. De acordo com o Infarmed, no primeiro semestre deste ano foram declarados mais de 36 milhões de euros, um valor superior ao registado durante o mesmo período no ano passado.

Por outro lado, escreve o Observador, o número de entidades e profissionais registados pelo Infarmed diminuiu — este ano houve menos 260 do que em 2015. À semelhança do ano passado, foram os médicos que efetuaram o maior número de registos (397) durante o primeiro semestre de 2016, seguidos dos farmacêuticos (52).

Segundo a informação divulgada pelo Infarmed, este decréscimo justifica-se “com o facto dos novos registos tenderem a diminuir à medida que se vai enraizando a necessidade de cumprimento das obrigações em matérias de transparência“.

O registo dos patrocínios concedidos e recebidos é obrigatório e pode ser consultado por qualquer pessoa através do Portal da Transparência, uma plataforma online do Infarmed. Porém, os valores declarados por quem financia e por quem recebe não coincidem, o que significa que ficaram por registar vários milhões de euros por parte dos profissionais de saúde portugueses.

Segundo a informação divulgada pelo Infarmed, no que diz respeito aos patrocínios concedidos pela indústria farmacêutica, este ano foram registados durante o primeiro semestre 36.228.092 euros. No mesmo período do ano passado, foram declarados um total de 29.281.274 euros.

Já nos patrocínios recebidos, o montante declarado é muito inferior, o que significa que existe uma discrepância entre os valores registados. Nos primeiros seis meses de 2016, os profissionais da saúde portugueses declararam ter recebido 11.540.466, cerca de mais dois mil euros do registado em 2015.

Isto significa que, no que diz respeito a 2016, ficaram por declarar cerca de 25 milhões de euros. Em 2015, foram cerca de 20 milhões.

Conferências, cursos e escolas de verão
De escolas de verão a palestras grátis (em Portugal e não só), passando por apoios vários e cursos, o Portal da Transparência reúne patrocínios para todos os gostos, atribuídos a profissionais de saúde e a organismos ligados à área. Trata-se sobretudo de empresas com Autorização de Introdução no Mercado (AIM) de medicamentos ou de distribuidores.

Nos primeiros seis meses deste ano, uma das empresas que mais dinheiro gastou foi a VitalAir SA, que trabalha na área dos cuidados de saúde ao domicílio. Criada em 1995, a VitalAir faz parte do grupo multinacional Air Liquide, líder mundial em gases industriais e medicinais. Este ano, a empresa já gastou vários milhares de euros em congressos, palestras e escolas de verão, como o XXII Congresso de Medicina Interna, que decorreu em Viana do Castelo entre 27 e 29 de maio, e o Lufada 2016, organizado pela Associação Portuguesa do Sono em março.

Outra empresa que também abriu os cordões à bolsa em 2016 foi a farmacêutica ViiV Healthcare, que se dedica ao desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento do VIH. No primeiro semestre deste ano, a ViiV Healthcare pagou, entre muitas outras coisas, um advisory board sobre o Dolutegravir, um medicamento usado no tratamento do vírus, a vários profissionais. De acordo com o Portal da Transparência, a empresa gastou mais de 32 mil euros só nesse advisory board.

À Associação Ser — Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida, a ViiV Helthcare ofereceu um workshop sobre o diagnóstico de infeções VIH, no valor de cinco mil euros, e à Associação de Infecciologistas do Norte um curso de pós-graduação de Medicina de Viagem e de Populações Móveis que custou 9.840 euros.

Mas nem só de cursos e congressos se fazem os patrocínios em Portugal. A farmacêutica Roche, por exemplo, escolheu dar à Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética (SPCPRE) um apoio à educação e formação no valor de 12.500 euros. A Gilead Sciences, que tem por hábito oferecer apoios a várias instituições, deu à Sociedade Portuguesa de Gastrentrologia (SPG) 13.200 euros para o Jornal Português de Gastrenterologia.

No primeiro semestre, aquele organismo recebeu ainda das mãos da Giled outros 11.900 euros, um apoio destinado ao 4º Serão de Gastrenterologia, à newsletter SPG News e ao site da SPG.

Sociedade Portuguesa de Transplantação
A Sociedade Portuguesa de Transplantação congratula-se com os dados recentemente publicados pelo Instituto Português do Sangue...

Segundo o Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), entre janeiro e maio deste ano houve 151 dadores cadáver (mais 17 do que no primeiro trimestre de 2015); um maior número de dadores registados em igual período desde 2009 (o melhor dos últimos anos no que diz respeito aos transplantes em Portugal); o maior número de órgãos colhidos verificados em igual período desde 2009, 24% dos dadores com causa de morte traumática (19% em 2015); o aumento do número de transplantes realizados para valores superiores aos dos últimos quatro anos (2012-2016) e o transplante renal e hepático com valores superiores aos verificados em qualquer dos anos anteriores.

Apesar de o panorama atual ser animador, Susana Sampaio, presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), considera que “Os números apresentados pelo IPST são positivos e Portugal tem internacionalmente um lugar de destaque nos números da doação e da transplantação. Mas não chega, dado que a alta incidência de doença renal avançada que temos precisa de ainda mais transplantação renal”.

“O aumento do transplante renal de dador vivo e da colheita em dadores em paragem cardiocirculatória podem ajudar-nos a alcançar resultados ainda melhores”, explica Susana Sampaio. “O transplante de rim de dador vivo permite o maior sucesso clínico e pode aumentar as taxas de transplantação renal mas tem uma expressão ainda muito reduzida em Portugal. A SPT realizou há poucos anos a única grande campanha nacional com o mote "Doar um rim faz bem ao coração". É fundamental relançar as campanhas de informação sobre a doação em vida e cabe ao Ministério da Saúde, em conjunto com as sociedades científicas voltar a dar atenção a esta questão”.

A presidente da SPT realça ainda que Portugal “tem centros de referência de transplantação mas carece duma reorganização urgente da coordenação hospitalar para a doação e colheita de órgãos. Os recursos humanos para a transplantação são altamente especializados e face ao crescente número de transplantados precisam de maior reforço e incentivo”, existem unidades a trabalhar no limite.

E relativamente aos doentes transplantados há também ainda aspetos a corrigir. “Os direitos dos transplantados consagrados na lei são irregularmente cumpridos por algumas administrações hospitalares e a descentralização do seguimento dos transplantados renais por serviços de nefrologia com competência para tal tem que ser rapidamente regulada e implementada”.

A SPT acredita que depois da correção destes aspetos Portugal terá a capacidade para ser líder não só nos números mas também na competência científica e nos resultados clínicos dos transplantes de órgãos.

Governo dos Açores
A Secretaria Regional da Saúde e a SAUDAÇOR S.A. irão proceder hoje, 4 de agosto, quinta-feira, pelas 14H00, numa conferência...

Esta nova aplicação, para smartphones, que tem como objetivo capacitar o utente do Serviço Regional de Saúde e dar-lhe um papel mais ativo na gestão da sua saúde. A aplicação será gratuita e estará disponível já a partir hoje, dia 4 de agosto.

Com o lançamento desta aplicação inovadora, o Governo Regional pretende que o utente tenha sempre consigo os dados mais importantes do seu processo clínico, tenha apoio no seguimento do plano terapêutico instituído e usufrua de um novo canal de comunicação com os profissionais de saúde, reforçando a sua posição central no processo de prestação de cuidados de saúde.

A +SRS é uma aplicação que funciona num telemóvel, iPhone ou Android, e dá ao utente muitas capacidades que não tinha até então. Em primeiro lugar, disponibiliza-lhe informação relevante sobre o seu processo clínico, como sejam as patologias, alergias, terapêuticas, resultados das análises, biometrias, entre outros. Além disto, estabelece um novo canal de comunicação, através de mensagens, que utentes e profissionais podem trocar entre si, de forma segura e integrada com o processo clínico.

A +SRS tem ainda a funcionalidade de lembretes, para que o utente não se esqueça de tomar os medicamentos. Isto vai permitir ao médico, pela primeira vez, ter a noção do nível de adesão do doente, a cada tratamento.

Este projeto é uma iniciativa da Secretaria Regional de Saúde e da SAUDAÇOR S.A. e conta com o apoio da entidade que desenhou a aplicação, a MedicineOne, empresa dedicada ao desenvolvimento de aplicações para a área da saúde e que equipa já, com a sua aplicação de gestão clínica para profissionais, toda a rede do Serviço Regional de Saúde, fornecendo assim condições essenciais para que este projeto tenha sucesso.

Conta esta iniciativa, a Região Autónoma dos Açores torna-se na primeira região do país a ter um sistema integrado de saúde que aproxima médicos e utentes, ao mesmo tempo que capacita ambas as partes ao fornecer informações relevantes e reais. Estão previstas melhorias diversas para este novo serviço, que progressivamente irão sendo disponibilizadas.

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