Em 2018 e 2019
As únicas farmácias de venda ao público que funcionam em hospitais públicos, no Beatriz Ângelo (Loures) e no Centro Hospitalar...

A medida é uma das várias que o Governo vai aprovar no Conselho de Ministros dedicado à saúde que se realiza em Coimbra hoje, Dia do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O diploma revoga o regime de instalação e funcionamento de farmácias de dispensa de medicamentos ao público nos hospitais do SNS, “uma vez que se constatou que os princípios de interesse público e de acessibilidade que presidiram à implementação deste regime não se demonstraram, e que se encontra devidamente assegurada a acessibilidade dos utentes aos medicamentos através da rede de farmácias comunitárias existentes com a adequada cobertura de serviços de turnos existente”.

As duas farmácias que existem em hospitais públicos vão, assim, fechar as portas quando for alcançado o prazo da concessão.

A farmácia do Hospital Beatriz Ângelo funciona desde 17 de fevereiro de 2013 e o prazo de concessão termina a até 17 de fevereiro de 2018.

Em relação à farmácia do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, esta está em funcionamento desde 28 de março de 2014 e tem uma concessão até 28 de março de 2019.

Proposta de lei
O Governo vai aprovar hoje uma proposta de lei que define e regula o ato em saúde e define as consequências legais para quem...

A proposta de lei que aprova o ato em saúde será aprovada no Conselho de Ministros dedicado à Saúde, que se realiza em Coimbra hoje, Dia do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em causa estão os atos do biólogo, do enfermeiro, do farmacêutico, do médico, do médico dentista, do nutricionista e do psicólogo.

O diploma estabelece “as competências para a sua prática” e prevê “as consequências legais para a prática desses atos sem a necessária habilitação”, segundo fonte do gabinete do ministro da Saúde.

Com esta proposta de lei, o Governo pretende concretizar o que está definido no seu programa para a saúde de “aperfeiçoar a gestão dos recursos humanos e a motivação dos profissionais de saúde”.

O documento enquadra juridicamente os diferentes atos profissionais “na perspetiva da salvaguarda dos superiores interesses dos utentes, valorizando-se o trabalho em equipa e a complementaridade funcional entre os vários profissionais, designadamente dos biólogos, dos enfermeiros, dos farmacêuticos, dos médicos, dos médicos dentistas, dos nutricionistas e dos psicólogos, garantindo-se a segurança e qualidade da prestação de cuidados de saúde”.

Aliança M8
O presidente da Cimeira Mundial de Saúde disse que a inclusão do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra na Aliança M8 – o...

Na sua primeira visita a Coimbra, o alemão Detlev Ganten mostrou-se "muito impressionado" e disse que o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) "será um membro importante e ativo" da rede que promove a investigação transnacional.

Portugal, representado pelo consórcio Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e Universidade de Coimbra (UC), foi admitido em 2015 na Aliança M8 - o G8 da Saúde, que tem como missão principal a melhoria da saúde global.

"Coimbra é uma cidade de conhecimento, bem posicionada a nível nacional em termos de saúde e que difunde para o Brasil, América do Sul e território espanhol", disse Detlev Ganten, salientando que Portugal "tem também um papel importante na África e na Ásia".

Em declarações, o presidente da Aliança M8 frisou que tem "grandes expectativas em relação a Coimbra, que tem uma boa rede e experiência, que não tinha antes", considerando que "as contribuições podem ser boas".

"Em relação à rede internacional, Coimbra é uma importante contribuição. Nós, na Aliança M8, estamos concentrados na Europa, Japão e América do Norte, que têm um papel importante, mas Coimbra abriu um caminho novo", sublinhou.

Para José Martins Nunes, presidente do conselho de administração do CHUC, "a presença em Coimbra de Detlev Ganten significa os aspetos reputacionais da academia e do hospital".

"A integração do ‘Consórcio da Universidade de Coimbra e CHUC’ na M8 Alliance, organização que integra centros académicos hospitalares e academias das mais prestigiadas do mundo, assim como a sua participação na Cimeira Mundial de Saúde, representa para Coimbra uma diferenciação prestigiante", sublinha.

Segundo Martins Nunes, esta visita traduz o "reconhecimento do empenho e da qualidade na participação de Coimbra no quadro da M8 Alliance e da Cimeira Mundial de Saúde e traduz um passo de grande sucesso na estratégia da internacionalização, que o consórcio Universidade/CHUC vem desenvolvendo na área da saúde".

Além da visita à Universidade de Coimbra e da reunião com o reitor, o presidente da Aliança M8 reuniu com o diretor clínico dos CHUC e com os responsáveis dos seus 14 centros de referência, na maioria dos casos para prepararem as candidaturas a Centros de Referência Europeus, e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

O presidente da M8 Alliance e da Cimeira Mundial de Saúde participa na quinta-feira, em Coimbra, nas comemorações do 37 anos do Serviço Nacional de Saúde, numa conferência em que vai abordar o tema "A Saúde Global e o Mundo".

As comemorações do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e da Administração Regional de Saúde do Centro têm como tema "O Serviço Nacional de Saúde e o resgate da dignidade" e incluem uma homenagem ao advogado António Arnaut, que foi o autor da lei que criou o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Ensino secundário
O programa que leva este ano, aos alunos do 10.º ano, uma formação em Suporte Básico de Vida foi lançado numa escola do...

Durante uma visita à Escola Secundária Luís de Freitas Branco, em Paço D´Arcos (Oeiras), o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, explicou o programa aos alunos. “Alguma vez podem necessitar de usar estes conhecimentos”, disse.

Seguiram-se demonstrações num dos pátios da escola, com a colaboração de uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

O objetivo é alargar este programa no futuro a outros anos de escolaridade e professores.

Depois da assinatura do protocolo que formalizou o início do programa, foram entregues diplomas a docentes que já receberam formação.

No documento, refere-se que a medida visa promover uma cultura de cidadania, criando condições para que os alunos se tornem “mais autónomos e responsáveis em relação à sua saúde e à saúde de quem os rodeia”.

Ou seja, “para que possam ajudar em situações de emergência”, precisou Tiago Brandão Rodrigues.

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, frisou que o protocolo “tira do papel” uma medida destinada a fazer com que os alunos não se limitem a olhar para a saúde como “uma ida ao médico ou ao hospital”, mas como algo que deve começar em cada um.

Trata-se, segundo o ministro, de levar a segurança dos cidadãos para a escola: “Hoje damos início a um processo que visa alargar a todo o país a capacitação dos professores para transmitirem esse conhecimento”.

Tiago Brandão Rodrigues sublinhou que a escola tem de ser também um lugar de saúde e de ter espaço para a saúde.

“Para que ao apelo humano, quando enfrentam uma situação de emergência, possam melhor responder”, afirmou, acrescentando que a educação para a saúde é já uma prática nas escolas portuguesas.

“55% das nossas escolas já o fazem, vamos agora fazê-lo de uma forma estruturada”, declarou.

O programa lançado é uma formação extra curricular para o ensino secundário no âmbito da promoção da saúde.

Conferência internacional
Em Portugal deve haver entre 15 a 20 mil viciados em jogo, uma dependência que pode demorar até 10 anos a desenvolver-se, de...

Sob o tema “Desenvolvimento do invisível e desconhecido: pesquisa, responsabilidade e regulamentação”, a 11.ª conferência europeia sobre estudo e políticas do jogo junta dezenas de especialistas de outros tantos países até sexta-feira.

Um tema que em Portugal é pouco estudado, lamentou em declarações o presidente da Sociedade Científica Ibero Latino-Americana para o Estudo do Jogo, Henrique Lopes, também investigador da Unidade de Saúde Pública do Instituto de Ciências da Saúde, da Universidade Católica.

Foi Henrique Lopes quem há quase uma década avaliou a epidemiologia do jogo em Portugal (e fundamentou a defesa de Portugal num processo no Tribunal Europeu de Justiça, que o país ganhou contra uma empresa austríaca de apostas) mas segundo o especialista mais nada foi feito desde então, quando se concluiu que havia entre 0,16 a 0,20 por cento da população potencialmente dependente.

Os números indicavam uma percentagem idêntica à de outros países e segundo Pieter Remmers, secretário-geral da Associação Europeia para o Estudo do Jogo (EASG, na sigla original) não há na Europa um aumento de viciados em jogo, apesar do aparecimento dos jogos na internet.

“Mais jogadores online não quer dizer mais adições. Há uma pequena minoria de patologias, não há uma grande percentagem e o problema não é tão grande como se pensa”, disse, admitindo também que em Portugal a questão é pouco estudada.

E acrescentou Henrique Lopes: “é preciso estudar uma atividade que movimenta milhares de milhões de euros por ano”. Mas de acordo com o especialista nada se tem feito e dá um exemplo: a influência da raspadinha pode ser importante em grupos específicos e isso não se está a estudar.

“Hoje há coisas perversas no mercado como operadores que oferecem jogos de roleta para crianças com seis e sete anos. Quando for a dinheiro, daqui a 10 anos, qual será o resultado? Há novos riscos que não estão acautelados, há situações de saúde mental que aumentam enormemente a probabilidade de viciação”, alertou.

Faltam técnicos, faltam estudos epidemiológicos, falta trabalho em rede, disse explicando que em alguns países são os operadores de jogo quem têm de financiar esses estudos, uma questão de responsabilidade social que em Portugal não existe.

Mas em Portugal, como noutros países, quem mais joga é quem menos dinheiro tem. E há cinco anos foram mais de 10 mil os casos em tribunal ligados ao jogo. Henrique Lopes deixa ainda outro número: a probabilidade de suicídio em viciados em jogo é 30 vezes superior ao considerado normal (população relativa).

Portugal tem desde o ano passado uma nova lei do jogo e por causa dela foram fechadas dezenas de páginas de jogos na internet. Luís Coelho, diretor do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos, disse que até agora já foram licenciados dois operadores para apostas desportivas e um para jogos de casino, havendo outros pedidos a ser analisados.

O responsável disse que a Inspeção mandou encerrar “uma quantidade assinalável” de páginas de jogos e admitiu que é “difícil monitorizar” a ilegalidade, sendo que as páginas ilegais são apetecíveis porque “ao não pagarem impostos podem pagar prémios mais elevados”.

A regulamentação do setor, disse, teve também como objetivo controlar comportamentos aditivos, por exemplo de crianças.

João Goulão, diretor do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), disse que o jogo, um tema ainda pouco estudado, entrou pela primeira vez no plano de combate às dependências. “Tem aumentado os pedidos de ajuda”, disse o responsável, acrescentando que o tema estará contemplado no relatório de 2017.

Centro PT Health Alliance
Um “memorando de entendimento” para dinamizar uma aliança regional na área da saúde vai ser celebrado na quinta-feira, em...

Designada Centro PT Health Alliance, aquela aliança deverá contribuir para “afirmação internacional da economia da saúde” da região Centro, afirma a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) em comunicado.

O documento, que será assinado no Centro de Congressos dos Hospitais da Universidade de Coimbra, às 16:30, envolve a CCDRC, as universidades de Coimbra, Aveiro e Beira Interior, o Centro Hospital e Universitário de Coimbra (CHUC), o Centro de Medicina de Reabilitação Rovisco Pais, os centros hospitalares da Cova da Beira e do Baixo Vouga, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, a Entidade Regional de Turismo do Centro, o Biocant, de Cantanhede, e o Instituto Pedro Nunes, de Coimbra.

O consórcio Centro PT Health Alliance “reflete a nível institucional a forte cadeia de valor (…) que existe na região Centro no âmbito da economia da saúde”, desde a investigação à prática clínica, do ensino ao empreendedorismo, afirma a presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, citada na nota.

“A formalização do consórcio visa consolidar um ‘cluster’ de atividades e atores que já existem na região e apoiar o seu processo de internacionalização, focado na valorização económica do conhecimento. Trata-se de um consórcio aberto que muito se valorizará com a futura entrada de empresas de base tecnológica na área das ciências da vida”, adianta.

Os projetos a promover no âmbito da Centro PT Health Alliance abrangem “o aprofundamento e apoio ao estreitamento de relações internas e externas entre os seus membros e outras entidades e a programação e concretização de ações conjuntas”.

A aliança terá um “papel contributivo para o reforço de alguns projetos internacionais da região no domínio das ciências da vida”, como a participação do CHUC nos trabalhos do M8 Alliance, que reúne entidades na área da saúde de diferentes países.

Outros desses projetos, segundo a nota da CCDRC, são o “posicionamento de instituições de referência da economia da saúde em redes de excelência mundiais, a dinamização do Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento e do Campus da Vida, apoiados pelo programa europeu Spreading Excellence and Widening Participation (Teaming), e a participação em redes europeias de referenciação hospitalar.

O CHUC, em colaboração com a ARS do Centro, vai comemorar na quinta-feira, em Coimbra, os 37 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no Centro de Congressos dos HUC.

Subordinado ao tema “O Serviço Nacional de Saúde e o resgate da dignidade”, o programa comemorativo inclui uma homenagem ao socialista António Arnaut, autor da lei que fundou o SNS, em 1979, em que intervém o primeiro-ministro, António Costa, às 15:00, após a evocação daquele advogado de Coimbra e antigo ministro.

15 de Setembro - Dia Europeu da Atividade Física
No âmbito do Dia Europeu da Atividade Física, o #Portugalfit, que está de regresso ao MEO Arena a 19 e 20 de novembro, lança o...

Ao objetivo, de combate ao sedentarismo e seus malefícios através da criação de pequenas rotinas de treino junto dos portugueses, junta-se uma ambição solidária. O movimento encabeçado pelo maior evento de fitness português quer oferecer aulas de ginástica às Aldeias de Crianças SOS. Para o conseguir, os mentores do projeto apelam ao apoio de todos, já que a simples gravação de um vídeo ou publicação de uma selfie funciona como uma contribuição direta.

Cada publicação no Facebook ou no Instagram - de vídeo, foto ou de ambos, com as hashtags #pôrportugalamexer e #portugalfit2016 é uma participação neste movimento. O tema, subordinado ao exercício físico, fica à escolha de cada um, embora a organização dá sugestões: 12 agachamentos, 12 degraus subidos ou 12 saltos, representativos de todos os meses do ano em que nos devemos mexer. Depois, por cada 30 vídeos ou 50 fotos, o #Portugalfit oferece uma aula às Aldeias de Crianças SOS. De acordo com André Manz, CEO do Grupo Manz, organizador do #Portugalfit, "o nosso objetivo é que, em 2017, consigamos assegurar 2 aulas por semana à instituição, ao longo de todo o ano. Queremos, juntos, pôr Portugal a mexer e consciencializar cada vez mais pessoas para essa necessidade, enquanto mostramos que ao fazê-lo não só se ajudam, como conseguem ajudar outros. A campanha reforça a transversalidade e a importância do exercício físico em qualquer idade pelo que percebemos que este seria um bom apoio para as Aldeias SOS. Afinal, a formação, a criação de hábitos de vida saudáveis e de rotinas de treino é algo fundamental no desenvolvimento de qualquer criança.”

Já para Luís Cardoso de Meneses, Secretário Geral das Aldeias de Crianças SOS, “Estamos muito contentes com esta campanha e esperamos que os portugueses apostem no seu bem-estar e nos ajudem a conseguir muitas aulas para as nossas crianças e jovens das três Aldeias SOS em Portugal. O desporto é parte da educação e formação das nossas crianças e jovens, para além de ser essencial para o bem estar físico é também formador dos valores que queremos incutir."

O #Portugalfit, que este ano volta a ocupar toda a estrutura do MEO Arena com um verdadeiro universo de fitness (incluindo Sala Tejo e Centro de Negócios), contará ainda com uma tenda exterior dedicada à competição de culturismo, algo que André Manz justifica devido ao sucesso da edição passada. “Em 2015 superámos qualquer expectativa e neste momento, já temos a perceção de que vamos ter um evento senão igual, superior. Queremos trazer cada vez mais portugueses para esta esfera, que já não limitamos aos praticantes regulares de exercício físico ou aos ginásios. Afinal, todos podemos, e devemos, mexer-nos”.

Durante um ano
Pela primeira vez em Portugal, a partir de amanhã (dia 15 de Setembro), vai ser possível doar para a Operação Nariz Vermelho...

“Esta é uma campanha que nunca foi feita em Portugal e que consideramos que vai ter bons resultados. Continuamos a lutar diariamente para poder oferecer este trabalho aos hospitais e levar a alegria às crianças hospitalizadas, famílias e profissionais de saúde” diz Magda Ferro, coordenadora de comunicação da Operação Nariz Vermelho.

Esta campanha resulta de uma parceria com a Take C’Air - Crew Volunteers, organização de tripulantes voluntários, que desde 2010 colabora com vários projetos e instituições de cariz solidário e ecológico, em Portugal e África.

A Operação Nariz Vermelho é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, constituída em Junho de 2002. Foi fundada com o propósito de assegurar um programa de intervenção dentro dos serviços pediátricos dos hospitais de Portugal, com a visita de palhaços profissionais (palhaços, atores ou músicos, com formação especializada no meio hospitalar) aos hospitais ou instituições onde as crianças estão internadas. A sua missão é levar alegria à criança hospitalizada, aos familiares e também aos profissionais de saúde, através do Doutor Palhaço, de forma regular e com uma equipa de profissionais.

De modo a verificar o impacto físico, emocional, psicossocial e organizacional da intervenção dos doutores palhaços junto das crianças/adolescentes, familiares, profissionais de saúde e instituições que visitam, foi criado o projeto de investigação “Rir é o melhor remédio?”, que durou 6 anos e resultou num livro com o mesmo nome. Os resultados desta investigação mostram, entre outras coisas, que, na presença dos Doutores Palhaço, 92% dos profissionais de saúde afirmam que as crianças conseguiram esquecer-se que estavam em ambiente hospitalar, 84% considera que as crianças toleram melhor a dor e o sofrimento, e 73% sublinham que as crianças apresentam evidências clínicas de melhorias maiores e/ou mais rápidas após a visita dos Doutores Palhaços.

Estudo
Um grupo de cientistas de Singapura descobriu um método mais preciso do que os utilizados atualmente para modificar o ADN de...

"O ADN é como um manual de instruções sobre o comportamento das células. Se formos capazes de reescrever este manual poderemos controlar o comportamento das células", explicou o principal autor do estudo, Tan Meng How, conforme o artigo publicado na revista científica.

"A proteína iCas que fabricámos é como uma interseção que podemos ligar e desligar ao sabor do nosso gosto", acrescentou Tan, cientista do departamento de biologia regenerativa do Instituto do Genoma de Singapura e professor adjunto da Universidade Tecnológica Nanyang.

A investigação, um trabalho do Instituto do Genoma de Singapura e da Universidade Tecnológica Nanyang, resolve alguns dos problemas do método mais empregado na atualidade, o CRISPR-Cas9, escreve o Sapo.

A rapidez com a qual iCas atua, superior ao CRISPR-Cas9, oferece um melhor controlo sobre a resposta do ADN.

CRISPR-Cas9 é a sigla em inglês de Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats (Repetições Palindrómicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas), uma ferramenta molecular que permite editar o genoma de qualquer célula.

António Arnaut
O autor da lei que criou o Serviço Nacional de Saúde considera que o setor privado é a “maior ameaça” ao SNS, “se não for...

António Arnaut, em entrevista, a propósito da homenagem que vai receber em Coimbra, na próxima quinta-feira, Dia do SNS, foi perentório ao afirmar que “o setor privado tem de ser regulamentado e posto na ordem”.

“A Constituição diz que o setor privado tem lugar e tem, eu entendo que sim, mas como complementar do SNS”, afirmou.

Para o advogado e autor da lei que criou o Serviço Nacional de Saúde, “o setor privado não pode viver à custa do SNS”, apesar de isso acontecer.

E quando António Arnaut fala do SNS, também se refere aos subsistemas de saúde, como o dos funcionários públicos (ADSE).

“Metade ou mais de metade das receitas do privado são de subsistemas de saúde, designadamente a ADSE, e de convenções com o próprio SNS. Por isso interessa-lhes debilitar, descaracterizar o SNS para aumentar a procura” dos seus utentes.

Para o socialista, o setor privado “tem lugar e é importante para quem o procura voluntariamente ou mesmo para o SNS, quando este não pode proporcionar em devido tempo os cuidados necessários, fazendo então contratos e convenções com o setor privado”.

Arnaut refere que, “quanto mais débil for o SNS, mais forte é o setor privado. Há essa guerra subterrânea – que vem de há muito - mas que atingiu no último governo uma dimensão perigosa”.

“É preciso pôr cobro a isto”, disse, lembrando que a debilitação do SNS se manifesta com a inexistência de médico de família para um milhão de portugueses, na ausência da reforma da carta hospitalar, na degradação dos serviços públicos e no desinvestimento nas carreiras profissionais.

O “pai” do SNS recorda que este é hoje indispensável para mais de seis milhões de portugueses que, por não terem rendimento suficiente, estão isentos de pagar taxas moderadoras e, pela mesma razão, não podem pagar nenhum seguro.

Mas também para os que, tendo seguro ou subsistemas, precisam do SNS para os casos mais complicados.

Claro que um setor que move tantos “milhares de milhões” suscita interesses, disse.

“Tantos milhares de milhões suscitam a apetência de grupos financeiros e é por isso que houve tentativas de o descaracterizar e debilitar, de tal maneira se ele fosse restringido haveria a correspondente expansão do setor privado”, afirmou, concluindo que “esse movimento ainda existe”.

Contudo, António Arnaut considera que “o SNS atravessou muitas dificuldades, mas venceu-as todas”.

A maior de todas, recordou, foi um decreto do Governo de Pinto Balsemão (254/82), que revogava os principais artigos da lei do SNS.

“Esse decreto só não vingou porque o Tribunal Constitucional o declarou inconstitucional, com este fundamento interessante: pode mudar-se a lei, mas não se pode destruir o SNS porque é um valor fundamental”.

Mas os obstáculos não se ficaram por aqui: “Houve ao longo dos tempos, e mesmo por parte de alguns governos socialistas, uma tentativa de descaracterização. A marcha foi muito acidentada”, disse.

Sobre a forma como é conhecido – “pai do SNS” – o antigo ministro dos Assuntos Sociais, Saúde, e Segurança Social, reconhece o afeto da expressão, mas ressalva que “o que tem valido ao SNS não é o pai, mas sim a mãe (a Constituição da República)”, porque sem ela não existia o serviço.

Dia 22 de setembro no Auditório do Centro Hospitalar do Porto
A sessão formativa gratuita dirigida a especialistas de medicina geral e familiar dará enfâse à intervenção precoce sobre os...

O Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP) no âmbito das comemorações da Campanha “Make Sense”, integrada na 4ª Semana Europeia de Sensibilização para o Cancro de Cabeça e Pescoço, organiza uma sessão formativa gratuita dirigida a especialistas de medicina geral e familiar.

Com início marcado para as 14h30, a sessão formativa sob o tema “Abordagem inicial dos carcinomas de cabeça e pescoço – lesões iniciais, como detetar e como orientar?”, terá como objetivo sensibilizar os especialistas de medicina geral e familiar para a intervenção precoce sobre os fatores de risco clássicos, como o tabaco e o álcool, bem como para outros como a infeção HPV e as lesões potencialmente malignas da cavidade oral.

A inscrição para a sessão é gratuita, mas obrigatória. Para confirmação de presença é necessário o envio de um email para [email protected] até dia 15 de setembro. O certificado de participação seguirá via email.

A Campanha “Make Sense”, dirigida pela Sociedade Europeia de Cabeça e Pescoço (EHNS) tem como objetivo promover a educação para a prevenção do cancro de cabeça e pescoço, tanto junto da população, como dos médicos de medicina geral e familiar que desempenham um importante papel para assegurar o reconhecimento dos sintomas e o diagnóstico precoce, tornando possível o tratamento.

Durante esta 4ª Semana Europeia, os países envolvidos têm como principal objetivo combater uma doença curável nas suas fases mais precoces, mas muito mutilante e com alta taxa de mortalidade em fases mais avançadas, e cujos principais fatores de risco são o consumo de álcool e tabaco.

Ministro da Educação
O ministro da Educação considerou hoje, na Amadora, que a mobilidade por doença "é um direito" dos professores e que,...

"A mobilidade por doença é um direito dos professores. Todos aqueles que têm familiares, ou os próprios professores, se têm problemas de saúde, têm a possibilidade, o direito, de requererem essa mobilidade para zonas onde tenham que dar assistência ou de receber tratamento", afirmou Tiago Brandão Rodrigues.

O governante, que falava à margem da abertura do ano letivo da EB1/JI Brito Pais, do agrupamento de escolas José Cardoso Pires, na Amadora, explicou que na sequência de anteriores denúncias de alegadas situações fraudulentas, a Inspeção-Geral de Educação e Ciência efetuou "um conjunto de recomendações".

Apesar de o Ministério da Educação não poder "interferir com os atestados médicos", o ministro esclareceu que as ações inspetivas concluíram pela necessidade da criação de juntas médicas.

"Já tivemos oportunidade de anunciar essas próprias juntas médicas antes do verão e 1.500 novas juntas médicas foram contratualizadas para que efetivamente possam responder a questões desta natureza", salientou Tiago Brandão Rodrigues.

O ministro vincou que a mobilidade "não é um concurso, é um direito dos professores e a partir do momento que tenham atestado médico que declare que eles próprios ou os seus familiares necessitam de tratamento médico, ou de acompanhamento médico, obviamente que é um direito que lhes assiste".

O ministro assinalou a abertura do ano letivo na EB1/JI Brito Pais, acompanhado pela presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares (PS), onde contactou com crianças do pré-escolar e alunos do 1.º ciclo e participou na distribuição de manuais escolares aos estudantes do 1.º ano.

15 de setembro - Dia Mundial do Linfoma
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia irá realizar dia 15 de setembro, Dia Mundial do Linfoma, a iniciativa “Bolas de Sabão...

Esta ação terá lugar na Praça Dom Luís (junto do Mercado da Ribeira), em Lisboa, pelas 11h00, onde a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) estará a distribuir informação e a convidar todas as pessoas a participarem na primeira largada de bolas de sabão pelo linfoma. As bolas de sabão pretendem simbolizar uma das principais manifestações da doença: o aumento dos gânglios linfáticos, em forma de bola.

Além deste evento, a APCL irá realizar uma sessão de esclarecimento para os doentes na sede da associação, pelas 16h. As participações estão sujeitas a uma inscrição prévia através do e-mail [email protected]. As inscrições são limitadas.

O linfoma é um tumor maligno que resulta do crescimento anormal de células do sistema linfático e é considerado umas das 10 principais causas de morte por cancro na Europa.

Os sintomas do linfoma são pouco específicos, porque são comuns a um grande número de doenças, o que dificulta o diagnóstico inicial. O sintoma mais frequente é o aparecimento de um gânglio linfático aumentado de tamanho, que não causa dor e pode estar localizado no pescoço, axilas ou virilhas. Outros sintomas que podem surgir são: suores intensos durante a noite, febre sem explicação, cansaço extremo e perda de peso inexplicável. Por vezes não existem quaisquer sintomas e o linfoma é descoberto de forma acidental durante um exame médico de rotina.

Mais informações em www.linfoma.com.pt e www.infocancro.com.

Clínica Psiquiátrica de S. José, em Telheiras
Com o intuito de promover o voluntariado a nível nacional e incentivar o conhecimento sobre a missão hospitaleira, o Instituto...

No dia 1 de outubro, as jornadas terão como principal foco o voluntariado em Portugal, sendo que se desenvolverão reflexões e conferências sobre o valor do mesmo, as boas práticas e a ética. Todas elas serão lideradas por representantes de organizações que estão intimamente ligadas ao voluntariado tais como: CPV, FEC, CÁRITAS LIS e VIDA E PAZ. Poder-se-á contar, ainda, com um espaço dedicado à partilha de experiências pessoais assim como momentos artísticos.

No dia 2 de outubro, as jornadas continuarão, para os voluntários da instituição promotora, com uma peregrinação a Montemor-o-Novo assinalando a importância de S. João de Deus, “o patriarca da hospitalidade“. Nesta peregrinação, os participantes terão a oportunidade de visitar a Cripta de S. João de Deus (casa natal de João Cidade), participar na celebração da Eucaristia na Igreja Matriz e aprofundar o conhecimento da Obra do santo. 

Diário da República
O Governo criou o Centro de Emergências em Saúde Pública que terá como missão emitir alertas, antecipar e identificar riscos em...

Segundo o despacho, que entra em vigor na quarta-feira, o Centro de Emergências em Saúde Pública (CESP) dependerá diretamente do diretor-geral da Saúde, “enquanto Autoridade de Saúde Nacional”.

“As recentes lições, decorrentes das situações geradas por epidemias, quer em Portugal, como aconteceu com o surto de Doença dos Legionários, quer as que constituem emergências de saúde pública de âmbito internacional, no contexto do Regulamento Sanitário Internacional, designadamente Ébola e Zika, não podem ser ignoradas”, refere o despacho assinado pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Por esse motivo, a Comissão Europeia e a Organização Mundial da Saúde recomendam o reforço de programas de emergência em saúde pública, com “o propósito de identificar e orientar as respostas perante os desafios e as ameaças sanitárias transfronteiriças”, adianta.

Nesse sentido, sublinha o despacho, importa “reforçar os sistemas de deteção precoce dessas ameaças, antecipando-as, incrementar a capacidade de monitorização de indicadores e sinais de alerta, promover a comunicação em matéria de resposta e intensificar a respetiva capacidade de coordenação”.

Foi neste âmbito que foi criado o CESP, que desenvolverá as suas atividades no quadro das funções essenciais de centros de emergência e operações em saúde pública.

Fazem parte das suas atividades antecipar e identificar riscos em saúde pública, emitir alertas, gerir sistemas de vigilância e deteção precoce, bem como plataformas de comunicação face a alertas nacionais ou internacionais, incluindo a receção, análise e emissão de notificações em vários sistemas de alerta.

Análise e gestão de riscos, colaboração com a rede de autoridades de saúde, articulação sistemática com outros organismos do sistema de saúde, nacionais e internacionais, bem como do sistema de proteção civil e outros setores são outras das atividades do CESP.

Cabe ainda ao centro de emergências elaborar planos multissetoriais de preparação e resposta a emergências de saúde pública, promover a realização de exercícios de simulação, colaborar na formação e treino de profissionais de saúde e outros em matéria de prevenção, deteção e resposta a ameaças de saúde pública.

O despacho sublinha que “a criação do CESP não implica meios financeiros nem pagamento de quaisquer suplementos remuneratórios ou criação de cargos de dirigentes”.

Comissão Europeia
Fármaco passará a poder ser comercializado nos 28 estados membros da União Europeia.

Existe uma nova esperança para doentes com cancro do pulmão de células não-pequenas (CPCNP), o tipo mais comum de cancro de pulmão. Foi autorizada pela Comissão Europeia a comercialização de pembrolizumab, um fármaco de imuno-oncologia, para o tratamento do CPCNP avançado cujos tumores expressam PD-L1.

“O cancro do pulmão representa a principal causa de morte por cancro em todo o mundo, e este marco destaca a importância da inovação e o compromisso com o desenvolvimento de novos tratamentos que possam ter um impacto positivo para os doentes que vivem com esta doença” indica Stefania Vallone, presidente da associação Lung Cancer Europe.

O cancro do pulmão, que se forma nos tecidos dos pulmões, geralmente nas células que revestem as passagens de ar, é a principal causa de morte por cancro em todo o mundo, escreve o Observador. A cada ano, morrem mais pessoas de cancro do pulmão do que morrem de cancros do cólon, da mama e da próstata combinados. Os dois principais tipos de cancro do pulmão são o cancro do pulmão de células não-pequenas e o de pequenas células. O cancro do pulmão de células não-pequenas é o tipo mais comum de cancro do pulmão, contribuindo para cerca de 85% de todos os casos. A taxa de sobrevivência relativa a cinco anos para doentes que sofrem de cancro do pulmão avançado metastático (Estádio IV), estima-se ser de 2%.

Pembrolizumab demonstrou aumentar a sobrevivência global dos doentes de forma significativa quando comparado com o tratamento padrão com quimioterapia.

Este fármaco inovador faz parte de um grupo de novos medicamentos contra o cancro que utilizam o próprio sistema imunitário do doente para combater as células tumorais. Estas terapêuticas imuno-oncológicas têm-se afirmado nos últimos anos como uma das principais fontes de esperança para o tratamento do cancro na medicina moderna.

Estudo
Portugal ainda não tem qualquer legislação específica relativamente aos produtos químicos em tatuagens. Comissão Europeia...

Há cada vez mais gente a fazer tatuagens. Pelo menos é o que dizem os números, que dão conta de 60 milhões de europeus com tatuagens e um aumento de 7% desde 2003. Contudo, a maior parte desconhece o que contém a tinta utilizada.

Esta é a conclusão de um estudo encomendado pela Comissão Europeia à Joint Research Centre (JRC), escreve a TVI24, que diz que 80% dos pigmentos utilizados hoje em dia são orgânicos e 60% deles são pigmentos azo, um tipo de pigmentos que, expostos ao sol, podem degradar-se e libertar aminas aromáticas que podem ser cancerígenas.

Além disso, as tintas podem conter impurezas, já que na maior parte dos casos não são fabricadas especificamente para tatuagens.

Segundo os investigadores, as etiquetas das tinhas possuem geralmente o local onde foram fabricadas, mas muito poucas vezes discriminam quais os componentes utilizados.

Um dos problemas identificados no estudo é a falta de um regulamento específico na Europa, o que leva a que uns países tenham regras mais exigentes do que outros. Em 2003, o Conselho da Europa emitiu um documento com uma série de recomendações sobre as tatuagens e elaborou uma lista dos ingredientes que não deveriam ser utilizados na produção das tintas. No entanto, apenas sete países da UE aplicaram essas diretrizes.

Portugal é um dos países que ainda não adotou essas recomendações e que não tem qualquer legislação específica relativamente aos produtos químicos em tatuagens.

Plano Nacional de Saúde Revisão e Extensão a 2020
A Direção-Geral da Saúde quer que a esperança de vida saudável aos 65 anos aumente 30% até 2020. E defende que empresas e...

Em 2020, os homens com 65 anos devem ter a expectativa de viver até aos 78 de forma saudável, enquanto as mulheres devem poder chegar aos 77 sem problemas de saúde que lhes condicionem as atividades do dia-a-dia. Esta é uma das metas do Plano Nacional de Saúde: Revisão e Extensão a 2020, cujos indicadores foram agora atualizados, revelando uma desaceleração da melhoria do estado de saúde dos portugueses, que pode estar relacionada com a crise financeira.

Em 2004, os homens podiam esperar, em média, 5,1 e as mulheres 3,8 anos de vida saudável após os 65. Depois de anos com os homens com uma distância, em matéria de qualidade de vida depois dos 65, alargada em relação às mulheres, os últimos dados mostram que a diferença se reduziu: em 2013, eles tinham pela frente mais 9,6 anos saudáveis e elas 9,3. Enquanto no sexo masculino houve uma quebra de 2012 para 2013 (dos 9,9 para os 9,6), no sexo feminino há uma ligeira subida (de 9 para 9,3).

"Nota-se que há uma desaceleração da melhoria do estado de saúde em alguns indicadores, tais como a esperança de vida saudável aos 65 anos", diz Rui Portugal, diretor executivo do PNS, que respondeu ao Diário de Notícias em colaboração com Paulo Nogueira, diretor de serviços de informação e análise. Trata-se de uma "diminuição do ritmo de melhoria" que o responsável acredita poder estar relacionada com a crise. Por exemplo, "entre 2006 e 2010 há uma redução de 3,5 pontos percentuais na taxa de mortalidade prematura por doença cardiovascular e no período de 2010 a 2013 esse reduziu apenas 1,4 pontos percentuais".

Segundo o Plano Nacional de Saúde em Números 2015, em 2014 residiam em Portugal mais de dois milhões de pessoas com mais de 65 anos. Um dado curioso é o facto de as mulheres terem mais esperança de vida à nascença (83,21 anos) do que os homens (77,38), mas menos qualidade de vida na terceira idade. "Há claramente um problema de equidade. Duas áreas podem eventualmente justificar - a saúde mental e a doença musculoesquelética [doença degenerativa] - mas não sabemos com rigor", diz Rui Portugal.

Para que haja um aumento na qualidade de vida, é necessário um investimento na pré-reforma. "As empresas e as autarquias (espaço urbano ou rural) devem ter uma atenção particular no envelhecimento ativo das pessoas e das comunidades", afirma o diretor do programa, sugerindo, no caso das empresas, saúde ocupacional e programas de gestão de stress. Além disso, destaca as "questões relacionadas com a atividade física, a alimentação cuidada e os comportamentos de risco a evitar ou eliminar, como o tabaco e o álcool".

Além do aumento da esperança de vida saudável em 30%, a diminuição da mortalidade antes dos 70 anos foi outra das metas traçadas pelo Plano Nacional de Saúde Revisão e Extensão a 2020. Destacando que o país está "bem encaminhado", Rui Portugal reconhece que "não é líquido que no curto espaço de tempo que falta para 2020 alcancemos estes objetivos".

Serviço Nacional de Saúde
Ministério da Saúde quer definir prazos-limite para dar resposta nos cuidados continuados e paliativos.

Desde há vários anos que há tempos máximos de espera previstos na lei para cirurgias programadas e primeiras consultas de especialidade nas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas a tutela prepara-se para definir também em breve prazos-limite para a resposta aos pedidos de exames de diagnóstico e terapêutica e no encaminhamento de doentes para as redes de cuidados continuados e paliativos.

De acordo com um projeto de proposta de lei a que o jornal Público teve acesso e que esta semana deverá ser discutido em Conselho de Ministros, o objetivo é definir “tempos máximos de resposta garantidos para prestações de cuidados de saúde programados que atualmente não têm tempos definidos na legislação em vigor, nomeadamente em relação aos procedimentos associados ao fluxo de doentes na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, incluindo a saúde mental e os cuidados integrados pediátricos, e a Rede Nacional de Cuidados Paliativos”.

A lei já prevê “tempos máximos de resposta garantida” para a realização de cirurgias programadas (entre 72 horas e 270 dias, consoante a gravidade e prioridade), de primeiras consultas de especialidade hospitalar (entre 30 a 150 dias) e consultas nos centros de saúde (15 dias, se não estiver em causa doença aguda), além de casos muito específicos, como os cateterismos e pacemakers cardíacos (30 dias). São prazos monitorizados no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos em Cirurgias, que existe há mais de uma década, e da Consulta a Tempo e Horas, criada posteriormente.

Mas há um grande número de cuidados de saúde que não têm prazos-limite estabelecidos, caso das colonoscopias, por exemplo. A ideia, agora, é alargar estas regras e criar um sistema que permita “acompanhar, controlar e gerir, de forma integrada,” o acesso dos cidadãos ao SNS, além de possibilitar “uma visão global e transparente do percurso do utente na procura da prestação de cuidados de saúde”, lê-se na proposta de lei.

Apesar de já ter sido anunciado em Maio passado, este Sistema Integrado de Gestão do Acesso vai ter ainda que ser regulamentado por portaria, tal como os novos tempos máximos de resposta.

O projeto de diploma prevê igualmente que seja criado um sítio na Internet para a divulgação “atempada e transparente” de informação sobre o desempenho assistencial das instituições e estabelecimentos do SNS e sobre o grau de cumprimento dos tempos máximos de resposta a nível nacional.

São alterações à Lei nº 15/2014, de 21 de Março, que veio “apresentar de forma clara e integrada os direitos e deveres do utente dos serviços de saúde. No artigo 26º (que se refere aos tempos máximos de resposta garantidos) estipula-se que serão definidos por portaria os tempos máximos de resposta garantidos nos cuidados de saúde primários, incluindo os cuidados domiciliários, nos cuidados de saúde hospitalares no que respeita a consultas externas hospitalares e cirurgias programadas, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, nas respostas das redes de cuidados continuados e paliativos

Atrasos persistem
Resta saber como vai ser monitorizado o cumprimento dos novos prazos. O que se percebeu já é que, em relação aos prazos definidos há anos, ainda persiste uma fatia significativa de incumprimento. Os dados sobre acesso mais recentes divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) — relativos ao período de Abril a Junho passado — indicam que mais de um quarto (28%) das primeiras consultas realizadas nos hospitais públicos ainda não respeitam estes tempos máximos.

Nas cirurgias programadas, ainda de acordo com a ACSS, os prazos-limite definidos na lei foram respeitados em 89% dos casos, o que significa que mais de 30 mil doentes ainda foram operados fora destes prazos. Quando o tempo é excedido, os doentes têm o direito de receber um vale-cirurgia que lhes permite serem operados nos hospitais do sector convencionado, mas a tutela já anunciou que vai limitar esta possibilidade em 2017 para aproveitar ao máximo a capacidade instalada no sector público.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, Manuel Capelas, em termos abstratos, a definição de tempos máximos de resposta para este sector tão carenciado “faz todo o sentido”, porque a maior parte dos doentes morre antes de ser encaminhado para os locais adequados, mas é preciso saber o que acontecerá no caso de incumprimento.

“Qual será a responsabilidade das instituições? Qual será a alternativa para os doentes?”, pergunta. Há tempos de espera demasiado elevados para as pessoas em sofrimento, nota, mas lembra que “o grande problema prende-se com a tardia referenciação dos doentes”. "Os médicos têm os doentes praticamente a morrer mas acham que os podem curar e este problema não se resolve por despacho ou por decreto", lamenta.

Dia Mundial da Sépsis
A especialista em Medicina Interna, Ana Isabel Pedroso, fala-nos hoje sobre Sépsis - disfunção de ór

Dia 13 de Setembro é o Dia Mundial da Sépsis, que surgiu pela necessidade de se afirmar perante a população a sépsis como emergência médica, uma vez que pode ser fatal.

Em Portugal, 22% dos internamentos em unidades de cuidados intensivos são devidos a Sépsis adquirida na comunidade e estes casos determinam uma mortalidade hospitalar global de 38%, que no caso de choque séptico chega a atingir 51%.

Em países como os Estados Unidos constitui um grave problema de saúde pública, comportando custos superiores a 20 biliões de dólares em 2011.

Apesar de não se conhecer a incidência real, estimativas conservadoras sugerem que a sépsis ocupa o quarto lugar nas causas de morte a nível mundial.

Então o que se entende por sépsis? Em 1991, surgiu a definição de sépsis como a “resposta inflamatória sistémica do hospedeiro perante uma infecção”. Esta manteve-se inalterada por mais de duas décadas, e recentemente, em Fevereiro do corrente ano, foi alvo de revisão por parte das principais Sociedades Científicas envolvidas neste problema, aceitando-se agora como definição: “disfunção de órgão(s) potencialmente fatal desencadeada por uma resposta desregulada do hospedeiro perante a infecção”.

Esta infecção pode ocorrer em qualquer pessoa, de qualquer idade, e ser de qualquer origem, havendo infecções que mais usualmente evoluem em sépsis como a pneumonia, infecções abdominais ou do tracto urinário.

Existem alguns sinais e sintomas que surgem após o inicio da infecção que nos fazem desconfiar de sépsis tais como febre e aceleração de batimentos cardíacos e da respiração (taquicardia e taquipneia), e outros que são indicadores de gravidade como falta de ar (dispneia), alteração do estado de consciência ou confusão mental e redução do débito urinário, entre outros, podendo o diagnóstico ser auxiliado por exames complementares como análises laboratoriais.

Todavia, a sépsis pode ser tratada com sucesso, e a primeira hora é fundamental devendo o doente receber fluidoterapia e antibioterapia empírica neste espaço de tempo. Assim, o reconhecimento e a intervenção atempadas influenciam de forma significativa o prognóstico do doente, razão pela qual estes doentes deverão ser abordados numa filosofia de “Via Verde”.

Como em tantas coisas, prevenir é o melhor remédio e o mesmo se aplica na sépsis. Devemos prevenir as infecções, cumprindo por exemplo o plano nacional de vacinação, mantendo um estilo de vida saudável com uma alimentação adequada, exercício e descanso, lavar as mãos com regularidade e tomar uma atitude conscienciosa em relação ao uso de antibióticos, tomando-os apenas quando necessário, segundo a prescrição e até ao fim.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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