Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários
O bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários revelou que vários veterinários já se suicidaram em Portugal, sendo esta uma...

No Dia Mundial do Animal, o Jorge Cid disse que os casos de suicídio nesta profissão “não são um nem dois”.

“É uma profissão extremamente stressante”, disse o bastonário, recordando algumas das pressões a que estes profissionais estão sujeitos: “Quem faz inspeção pode sofrer pressões ao nível de alguns agentes económicos” e quem faz clínica, nomeadamente de animais de companhia, “lida muitas vezes com a morte, com um grande desgosto das pessoas”.

“As pessoas colocam em nós uma carga grande, a qual às vezes temos dificuldade em ultrapassar”, acrescentou.

Segundo Jorge Cid, os veterinários são muitas vezes psicólogos. “As pessoas desabafam connosco. Há casos extremos, em que sabemos que aquele animal é a única companhia da pessoa – e há imensos casos – e desenvolve-se ali uma grande carga psicológica” quando o animal sofre uma doença crónica que o vai provavelmente matar.

O bastonário explicou que estes profissionais são muitas vezes chamados a resolver situações, para as quais não têm meios.

“Tudo isto causa alguma depressão e que pode eventualmente, dado o alto stresse, levar a pessoa a suicidar-se”, afirmou.

Outra situação causadora de stress é o conhecimento de casos de maus tratos, que não poucas vezes acabam nos consultórios.

“Há uma panóplia de situações que são extremamente difíceis e a pessoa tem que ter uma grande estrutura física e moral para as aguentar”, disse, concluindo que este é ainda “um trabalho mal remunerado”.

“Se soubessem a realidade, os ordenados e a precariedade, muitas pessoas não entrariam na profissão”, concluiu.

Um estudo elaborado por David Bartram, do Grupo de Saúde Mental da Universidade de Southampton School of Medicine (Inglaterra), concluiu que os médicos veterinários têm uma taxa de suicídio quatro vezes superior à população geral e duas vezes superior a outras profissões.

Em Portugal, o veterinário e especialista europeu do comportamento animal Gonçalo Pereira coordenou um estudo, envolvendo cerca de um quarto dos profissionais, sobre a ansiedade, stresse, depressão desgaste profissional e satisfação com a vida que confirma estes valores “preocupantes”.

“Somos uma classe que não está sequer preparada para identificar os sinais de depressão e de desgaste profissional”, disse.

Segundo Gonçalo Pereira, ao nível dos veterinários de animais de companhia, são os especialistas em oncologia e comportamento animal os que têm menos satisfação com a vida, “talvez por serem as áreas mais frustrantes devido ao final de muitos dos casos”.

“Os níveis de ansiedade, de stresse e de pressão da classe estão muito elevados”, adiantou.

Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários
O bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários denunciou que há imensos municípios em Portugal sem veterinário municipal, o que...

“Há sete anos que o Ministério da Agricultura não nomeia um veterinário municipal”, afirmou Jorge Cid em entrevista, a propósito do Dia do Animal, que hoje se assinala.

Segundo o bastonário, “à medida que [os médicos veterinários] vão saindo, não vão sendo substituídos, com gravíssimos inconvenientes para a saúde pública”.

Jorge Cid explicou que, para colmatar estas falhas, “os municípios vão tentando contratar médicos veterinários que não são oficiais, são médicos veterinários de autarquia, sem haver uma tutela da Direção Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV), que é o que deve haver. Outros tentam saídas, como um médico para mais do que um município. Mas com muitos prejuízos”.

O bastonário alerta para os riscos da falta destes profissionais: “São eles que fazem inspeções aos estabelecimentos de venda ao público dos produtos de origem animal na região, os talhos, os mercados municipais. São eles que fazem fiscalização e são os responsáveis pelos Centros de Recolha Oficial de Animais (canis municipais)”.

Outra função que Jorge Cid apenas reconhece para os veterinários municipais é a avaliação dos maus tratos animais, um crime em Portugal.

“Essa avaliação só pode ser feita por um médico veterinário e é bom que assim seja, para não ficar ao critério de outros profissionais”, prosseguiu.

A Ordem bate-se ainda pela criação de uma carreira de inspetor sanitário, cuja ausência é “um problema muito grave”.

“O médico veterinário tem que ter uma isenção. Tem de ser uma pessoa isenta. Quando fiscaliza alguma coisa, não pode ser empregado ou pago pela entidade onde pratica o ato”, disse.

E explicou: “Nos matadouros ou em qualquer situação em que haja abate de animais para consumo, o médico veterinário devia ser uma entidade oficial, com uma carreira específica do Estado, cuja função é a inspeção alimentar”.

“Não faz sentido que seja uma empresa particular a ter de recorrer a um médico veterinário”, embora seja importante que disponha dos seus médicos veterinários para acompanhar toda a exploração.

O médico veterinário “é fundamental porque é ele que tem de dizer o que se pode ou não aplicar e quais os intervalos de segurança” ao nível dos antibióticos, cuja administração excessiva é hoje um grave problema.

“Os médicos veterinários que fazem inspeção veterinária fazem-no com elevadíssimos sacrifícios. Tem havido muitas pressões e até tem havido problemas relativamente graves com essas situações”, denunciou.

Estudo
Os portugueses que tentam emagrecer perdem em média sete a oito quilos, mas 80% do peso perdido é depois recuperado, segundo um...

Pedro Teixeira, professor e investigador da Faculdade de Motricidade Humana (FMH), explicou que, em média, em cada dez quilos de peso perdidos pelos portugueses há oito quilos que são recuperados.

As tentativas de perda de peso duram em média 44 semanas – menos de um ano – e alcança-se uma média de sete a oito quilos perdidos.

“Há muitas pessoas que conseguem perder peso mas a maioria tem dificuldades em mantê-lo ao longo do tempo”, afirma Pedro Teixeira, para quem falta de motivação não é certamente o fator que explica o reganho de peso.

Aliás, a motivação para perder peso ficou expressa num outro estudo, publicado há cerca de um ano, em que se conclui que 44% dos adultos em Portugal estavam ativamente a perder peso, com as mulheres a exibirem a percentagem mais elevada (54%).

As explicações para as dificuldades em manter o peso que se perdeu podem ser diversas. Uma delas pode passar pelo uso de estratégias e métodos que não são sustentados no tempo, como o recurso a dietas demasiado agressivas ou a ausência de exercício físico.

Por outro lado, o estilo de vida contemporâneo ajuda certamente a explicar o fenómeno de reganho de peso, como argumenta o investigador Pedro Teixeira: “Vivemos num ambiente muito pressionante para o ganho de peso, é como estar a remar contra a corrente do rio. Há muita pressão para uma alimentação demasiado calórica e para passarmos muito tempo sentados”.

Contudo, há histórias de sucesso, muitas delas refletidas no Registo Nacional de Controlo de Peso, um banco de dados de adesão voluntária de pessoas que foram bem-sucedidas a perder peso em Portugal.

Em média, os mais de 350 participantes nesse Registo conseguiram perder 18 quilos durante 28 meses.

Esta é uma amostra selecionada de casos de sucesso na população portuguesa e que pode ajudar a compreender os fatores que contribuem para a perda e manutenção de peso.

“Não há uma única receita para o sucesso. É sempre a própria pessoa que consegue encontrar a fórmula que melhor se adapta às suas preferências, ao seu quotidiano. Sabemos que existem vários perfis de sucesso. Cabe a cada um perceber o que é melhor no seu caso”, refere Pedro Teixeira.

Mas há questões concretas comuns aos casos de sucesso de perda e de manutenção do peso, como a alimentação equilibrada e com um padrão regular e a capacidade de incluir a atividade física no dia-a-dia e não passar muitas horas a ver televisão.

“É rara a pessoa que consegue manter peso com sucesso sem atividade física regular, ronda apenas um por cento dos casos”, adianta o investigador.

Atualmente, a Faculdade de Motricidade Humana está a testar as estratégias de manutenção da perda de peso com o recurso às tecnologias de informação, tentando compreender como sites ou aplicações informáticas e de telemóvel podem ser usadas ao serviço da melhoria da saúde.

Este estudo (NoHow), financiado pela Comissão Europeia, vai decorrer igualmente na Dinamarca e também no Reino Unido.

Em Portugal, a FMH convida os portugueses que já empreenderam um processo de perda de peso ou estão a fazê-lo a integrarem, de forma gratuita, o estudo, beneficiando de avaliações periódicas que podem ajudar a investigação e contribuir para o controlo dos casos individuais.

Em Lisboa
Alunos da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa vão formar cuidadores informais de pessoas em situação de dependência,...

Intitulado "Cuidar Melhor", o projeto insere-se nas políticas sociais do município para "fomentar ações mais próximas dos cidadãos em situação de dependência, ‘capacitadoras' da respetiva autonomia e independência e promotoras de humanização de cuidados, que contribuam para minimizar custos e ajustar-se aos problemas e necessidades de uma população envelhecida", refere o protocolo assinado entre o município e a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEL).

Para isso, a autarquia contará com a "experiência e conhecimento especializado de alunos voluntários", que "colocarão os seus conhecimentos ao serviço da população nos encontros com os cuidadores", indica o mesmo documento.

Neste projeto, que tem a duração prevista de um ano e não envolve custos, participa também a Associação para Desenvolvimento de Novas Iniciativas para Idosos (ADVITA), que realizou vídeos "em colaboração com profissionais reconhecidos nas áreas temáticas desenvolvidas, com a preocupação de transpor o conhecimento científico para o quotidiano da prestação dos cuidados".

Em declarações, o vereador dos Direitos Sociais, João Afonso, explicou que estas formações serão "dirigidas a pessoas que não são profissionais e que nunca tiveram preparação" para serem cuidadoras, mas que acabaram por assumir esse papel.

O objetivo é "permitir que quem cuida preste os melhores cuidados", já que estão em causa "situações muito pesadas a nível emocional, físico e económico", sublinhou.

Tendo em conta a realidade da cidade, esta população dependente é essencialmente idosa, mas o projeto "é completamente transversal", de acordo com João Afonso.

"Abrange quem não tem recursos e não pode recorrer a soluções comerciais, quem não encontrou resposta do ponto de vista do serviço público e quem se recusa a ir por instituições, acabando por ficar na sua própria casa ou de familiares", precisou.

A Câmara vai agora identificar os locais para fazer estes cursos, em cinco freguesias da cidade a definir.

O protocolo com a ESEL e com a ADVITA foi assinado este fim de semana, no âmbito do festival LisBoa Idade, que juntou crianças, adultos e idosos no Jardim da Estrela para divulgar o envelhecimento ativo e a qualidade de vida.

"A adesão das pessoas foi ótima", notou João Afonso, advogando que "o objetivo de ter um evento sem barreiras, em termos de idade, foi conseguido".

Marcelo Rebelo de Sousa
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou o ex-presidente da Sogrape Vinhos Salvador Guedes com a ordem de...

“Salvador Guedes foi sempre e continua a ser denodadamente um combatente solidário, empenhado em criar pontos de encontro, estruturas de convergência, traços de comunhão de vida com aqueles companheiros de jornada. Sempre chamando tantos outros para a faina comum”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

E acrescentou: “Essa sua coragem pessoal e cidadã explica que o Presidente da República o condecore com a ordem do mérito, votada também ela ao contributo para a comunidade e seus desígnios sociais”.

Marcelo falava na inauguração da nova delegação da APELA - Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, instalada no Centro Hospitalar do Conde Ferreira, num espaço cedido pela Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP).

“Coincidiu este papel da SCMP com uma campanha chamada ‘Todos contra Ela”. [esta] é a expressão mais feliz daquilo que se nos pede no combate contra a esclerose lateral amiotrófica. Todos, ou seja, todos nós. Com toda a mobilização de vontades, de meios, de convicções”, apelou o Presidente da República que recebeu das mãos do provedor o diploma de irmão honorário.

Salvador Guedes, ex-presidente da empresa Sogrape, a quem a doença foi diagnosticada há cerca de três anos, foi o fundador da campanha “Todos contra ELA”, projeto de angariação de fundos que revertem para a APELA.

“Há cerca de um ano, Salvador Guedes veio falar comigo sobre a necessidade de se criar um espaço que pudesse ajudar a resolver o problema dos cuidadores e das famílias das pessoas portadoras desta doença. Perante a maneira como ele me colocou a questão, a SCMP, nos seus 517 anos, não poderia dizer outra coisa senão ‘presente’ a este apelo”, contou o provedor António Tavares.

Para Fernando Guedes, irmão de Salvador Guedes que assumiu o seu cargo de CEO na Sogrape há cerca de um ano, a condecoração de Marcelo Rebelo de Sousa foi “ultra merecida” e o reconhecimento da sua “obra extraordinária”.

Lembrou que a doença foi diagnosticada a Salvador Guedes “há cerca de três anos”, manifestando-se através da “perda de força muscular”.

“É uma doença neurológica que afeta toda a parte muscular” do doente que mantém “todas as suas capacidades intelectuais e psicológicas”, relatou, contando que Salvador Guedes “continua a participar no dia-a-dia da empresa”.

Health Parliament
O primeiro Parlamento 100% dedicado à saúde está a recrutar. A iniciativa, designada Health Parliament Portugal, pretende por...

Os 60 jovens serão distribuídos por seis comissões parlamentares e irão discutir seis temas ao longo de seis meses.

Os ex-ministros da Saúde Maria de Belém Roseira, Paulo Macedo ou o investigador e deputado, Alexandre Quintanilha, são apenas três exemplos de personalidades de reconhecido mérito que integrarão o projeto na qualidade de curadores, apoiando os jovens nas seis comissões parlamentares onde serão integrados.

“O doente no centro da decisão: que impacto sobre os profissionais e cuidados de saúde”, “ética: o que espera a sociedade dos cuidados de saúde”, “saúde mental: de parente pobre a investimento com retorno”, “barreiras aos cuidados de saúde: que desafios demográficos, realidades locais e futuras respostas”, “tecnologias de informação em saúde: que promessa tecnológica e desafios sociais”, “economia do conhecimento: como potenciar o impacto da I&D na economia” são os seis temas que estarão em debate no parlamento da saúde entre janeiro e junho do próximo ano, e que são considerados de primordial importância para o serviço de saúde português.

“A saúde pensa-se cedo” é o mote da campanha de recrutamento para o projeto Health Parliament. Uma campanha que se baseia na necessidade de encontrar pessoas com garra e vontade de mudança.

Os interessados em fazer parte deste parlamento 100% dedicado à saúde podem candidatar-se através do site da iniciativa até ao dia 28 de outubro

Esta iniciativa, que conta com o alto patrocínio do Presidente da República, é uma parceria entre a Janssen Portugal, companhia farmacêutica do grupo Johnson&Johnson, o Expresso, a Microsoft e a Universidade Nova de Lisboa.

Saiba mais sobre o Health Parliament Portugal AQUI.

Ordem dos Médicos Veterinários
Para assinalar o Dia Mundial do Animal e o Dia do Médico Veterinário, a Ordem dos Médicos Veterinários irá promover um Encontro...

Este encontro, que se realiza no Auditório Laboratório Regional de Engenharia Civil, contará com a participação do Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, Jorge Cid, e do Presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Alves Cordeiro.

O Encontro Regional de Veterinária terá duas sessões: a primeira será destinada ao público em geral e a segunda será reservada exclusivamente a médicos veterinários.

A sessão destinada ao público, que se inicia pelas 09h45 e termina às 13h00, terá como foco principal os temas relacionados com os produtos láteos: “Leite e Laticínios – Uma Abordagem Global” e “Tendências Globais dos Produtos Láteos”. Para liderar estas reflexões e conferências, a sessão contará com nomes como Paulo Costa Leite (ANIL); Carla Teixeira (Portugal Food); Jorge Rita (FAA); Carolina Câmara (IAMA); e a moderação de José Matos (ANIL- CNL).

A sessão reservada a profissionais, que se inicia às 14h30, centrar-se-á nas doenças infeciosas transmissíveis - zoonoses e a leptospirose: “Zoonoses Alimentares”, “Zoonoses Infeciosas e Emergentes: Porque as temer?”, Leptospirose nos Açores: da Epidemiologia ao Controlo” e “Leptospirose Humana na Ilha de São Miguel: Avanços no Diagnóstico e na Investigação”.

Esta segunda sessão contará com os contributos científicos de Fernando Bernardo (Diretor Geral de Alimentação e Veterinária); Fernando Boinas (Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa); Sofia Brandão Borrego (SRAF); Luísa Vieira (HDES) e Carlos Pinto (SDASM).

Yoshinori Ohsumi
O japonês Yoshinori Ohsumi, hoje distinguido com o Nobel da Medicina pela descoberta do mecanismo de autofagia celular,...

"É uma honra poder ser valorizado desta maneira porque eu fiz um estudo de medicina básica. Este prémio é o maior motivo de alegria e satisfação para um cientista", explicou aos jornalistas o biólogo japonês de 71 anos após saber que o Instituto Karolinska de Estocolmo o tinha premiado com o Nobel da Medicina.

Ohsumi, que trabalha no Instituto de Tecnologia de Tóquio, foi distinguido por descobrir o processo de degradação e reciclagem dos componentes celulares, conhecido como "autofagia".

"Aos jovens gostaria de dizer que nem toda a investigação pode ter êxito, mas é importante definir um desafio", afirmou o biólogo, que reconheceu que a sua descoberta teve muito a ver com sorte.

Quanto à sua motivação, Ohsumi, sexto Nobel da Medicina nascido no Japão, afirmou que sempre quis estudar "matérias que não foram estudadas por outros cientistas", segundo declarações recolhidas pelo canal público NHK.

No seu comunicado, o Instituto Karolinska escreveu que as descobertas de Ohsumi, de 71 anos, "levaram a um novo paradigma na compreensão de como a célula recicla o seu conteúdo".

"As suas descobertas abriram o caminho à compreensão da importância fundamental da autofagia em muitos processos fisiológicos, como a adaptação à fome ou a resposta à infeção. As mutações nos genes da autofagia podem provocar doenças e o processo autofágico está envolvido em diversos problemas, incluindo o cancro e a doença neurológica.

Yoshinori Ohsumi nasceu em 1945 em Fukuoka, no Japão e terminou o seu doutoramento na Universidade de Tóquio em 1974.

Após três anos na Universidade Rockefeller, em Nova Iorque, regressou à Universidade de Tóquio, onde estabeleceu a sua equipa de investigação, em 1988.

Desde 2009, é professor no Instituto de Tecnologia de Tóquio.

A temporada dos prémios Nobel 2016 começou hoje com o anúncio do Nobel da Medicina e prossegue com o da Física (terça-feira), da Química (quarta-feira), da Paz (sexta-feira) e da Economia (dia 10).

O Nobel da Literatura será atribuído a 13 de outubro.

Os prémios Nobel, criados em 1895 pelo químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel (inventor da dinamite), foram atribuídos pela primeira vez em 1901.

O prémio Nobel corresponde a uma recompensa de oito milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de 834.000 euros.

Administração Central do Sistema de Saúde
Aumento do número de doentes e falta de pessoal podem explicar quebra na resposta no IPO de Lisboa.

Um quarto dos doentes à espera de cirurgia no IPO (Instituto Português de Oncologia) de Lisboa só é operado depois do prazo legal limite (que nos casos muito prioritários é de 15 dias), tempos de espera que pioraram este ano. Segundo os dados publicados no Portal do SNS, uma das áreas em maiores dificuldades é a de Otorrinolaringologia, em que um doente que devia ser operado no máximo em duas semanas tem de esperar um mês por cirurgia. Em causa estará a lei da liberdade de escolha dos hospitais que levou ao aumento da procura por parte dos doentes, segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Já a Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) alerta para a falta de profissionais - transversal a todo o país.

Os dados disponíveis na página da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) mostram que o IPO de Lisboa foi dos institutos de oncologia o que viu piorar mais os tempos de resposta, em junho de 2016, em relação ao mesmo período do ano passado. Este ano, tinha operado dentro dos limites legais (ver caixa) 75,2% dos doentes inscritos na lista de espera, enquanto no mesmo período de 2015 esse valor era de 80,8%. Números que o presidente do IPO, Francisco Ramos, não quis comentar, enquanto não tiver uma solução, disse ao Diário de Notícias. Já os institutos do Porto e Coimbra tiveram variações negativas mais baixas. O primeiro passou de 73% para 72,9% e o segundo de 79,8% para 78,9% dentro do prazo, entre 2015 e 2016.

Um relatório do hospital disponível online - mas em relação ao primeiro trimestre do ano - explicava que a 31 de março o tempo médio de espera para cirurgia era de 68 dias. Lembrava ainda a existência de poucos doentes em alguns serviços à espera, como era o caso de pediatria e oftalmologia com um caso cada. Admitia que nessa altura 23% das cirurgias eram feitas foram do tempo, mas sublinhava que o tempo ultrapassado era "pequeno". "Visto que para 14% desses doentes o prazo foi ultrapassado em 5 dias, para cerca de 22% em 10 dias e para cerca de 35% em 15 dias". Os dados mais recentes disponíveis na página do SNS, de junho, mostram um outro extremo onde a especialidade de Otorrinolaringologia tinha 31 dias de espera e havia 51 pessoas na lista, para casos que deviam ser respondidos em duas semanas.

A propósito da ultrapassagem dos tempos, a presidente da SPO, Gabriela Sousa, - que não quis comentar os resultados concretos de nenhum dos institutos -, disse ao Diário de Notícias que, embora "cinco dias não façam diferença na vida do doente", se os prazos existem é porque devem ser cumpridos de forma a garantir o melhor tratamento possível. "Pretende-se que os doentes tenham a adequada resposta e uma interligação dos tratamentos que tem de ser ágil e nos tempos certos", defende. A própria Sociedade tem "chamado a atenção para o aumento do número de casos esperado na oncologia, para o facto de os doentes viverem mais e se fazerem mais linhas de tratamento", que exigem mais profissionais. A que se soma a inadequação dos tempos de consulta definidos: "20 minutos não chegam para a consulta do doente oncológico", alerta.

Já Vítor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, sublinha o aumento da procura desde que os doentes passaram a escolher o hospital onde querem ser tratados, em maio. Os números da ACSS apontam que apesar de ter caído a percentagem de primeiras consultas realizadas a tempo - de 97% para 93% - aumentou o número de doentes atendidos, este ano. Foram recebidos 323 doentes, mais que os 204 de 2015.

Vítor Veloso reconhece ainda a falta de capacidade de resposta que o IPO de Lisboa enfrenta. "O atual conselho de administração do IPO de Lisboa recebeu um hospital altamente degradado, sem tecnologia e sem pessoal de saúde para responder à procura de doentes que tem tido. Sei que este conselho de administração, e o presidente em particular, está a fazer um esforço muito grande para responder e sei que estão empenhados em reformar a instituição. Penso que é uma situação que vai reverter".

É por acreditar no empenho dos responsáveis que Vítor Veloso desdramatiza os incumprimentos. "Efetivamente gostaríamos que os tempos máximos de espera, quer para as consultas dos cuidados primários, quer para a rede de referenciação, fossem cumpridos e que o tratamento fosse também dentro dos prazos normais. Se não forem cumpridos podem não representar à primeira vista uma situação dramática para o doente, mas são dados que desagradam".

No entender de Jorge Espírito Santo, oncologista no hospital do Barreiro e ex-presidente do Colégio de Oncologia Médica da Ordem dos Médicos (cuja presidente o Diário de Notícias tentou sem sucesso contactar), o agravamento na capacidade de resposta deve-se a uma orientação de centralização na resposta de doenças, como o cancro. "Haver algum aumento não é surpreendente porque há mais doentes, mas é preciso que haja mais capacidade para os tratar em tempo e que sejam descentralizados os locais onde são tratados", defende. Para isso, "não pode haver a ideia de que as pessoas só são tratadas com qualidade nos IPOs. Não está em causa a qualidade do trabalho deles, mas há qualidade de tratamento em muitos outros sítios".

Aprovado nos EUA
Estados Unidos aprovaram uma tecnologia inovadora para tratar a diabetes tipo 1 que praticamente não precisa da intervenção do...

É conhecido como "pâncreas artificial híbrido" e pode revolucionar a vida de milhões de diabéticos em todo o mundo. O Medtronic's MiniMed 670G, um dispositivo que monitoriza automaticamente a glicose e fornece doses apropriadas de insulina, foi aprovado nesta semana pela Food and Drug Administration (órgão que controla os alimentos e medicamentos nos EUA) para a população com mais de 14 anos que sofra de diabetes tipo 1. Trata-se de um "aperfeiçoamento" da bomba infusora de insulina, já disponível em Portugal, mas que ainda só chega a 2% dos doentes.

"Este é o primeiro tipo de tecnologia que proporciona às pessoas com diabetes tipo 1 maior liberdade para viverem as suas vidas sem terem de forma consistente e manual de monitorizar os seus níveis de glicose basais e administrar insulina", destacou Jeffrey Shuren, diretor do Centro para Dispositivos e Saúde Radiológica da FDA.

Este sistema foi desenvolvido para ajudar a controlar a doença, com menos intervenção do doente. Para isso, mede os níveis de glicose a cada cinco minutos, administrando automaticamente a insulina. "O pâncreas artificial é uma bomba difusora mais sofisticada, que tem a possibilidade de automatizar grande parte da administração de insulina, sem intervenção do doente. Por um lado, liberta o doente de uma série de constrangimentos e, por outro, controla melhor a diabetes tipo 1", explicou ao Diário de Notícias Francisco Carrilho, presidente da direção da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo.

De acordo com o também diretor do serviço de endocrinologia e diabetes do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, estamos a falar de um sistema híbrido, que ainda "não é completamente automático. "É um avanço muito importante no tratamento da diabetes, mas ainda não permite uma total automatização na administração da insulina". Durante a noite, esclarece o especialista, o dispositivo é completamente automático, mas, durante o dia, o doente tem de introduzir algumas variáveis, relacionadas com os alimentos que ingere, para que "a máquina calcule a quantidade de insulina a injetar".

Esta inovação terapêutica consiste num pequeno aparelho que tem um sensor para medir os níveis de glicose, uma bomba de insulina e um cateter através do qual é administrada. Para a aprovação do dispositivo, a FDA avaliou os resultados de um ensaio clínico com o híbrido Medtronic"s MiniMed 670G que contou com 123 participantes com diabetes tipo 1. Este mostrou que o aparelho é seguro para indivíduos com mais de 14 anos que sofrem da doença. A Medtronic, empresa responsável pelo seu desenvolvimento, procura agora perceber qual a eficácia e segurança em crianças mais novas. Para a endocrinologista Isabel do Carmo, as vantagens deste dispositivo "são enormes". A especialista fala mesmo numa "revolução no tratamento da diabetes". Com a utilização desta tecnologia, "o doente não tem de se preocupar com quase nada". A desvantagem, indica, poderá ser "o preço".

Caminho a fazer para chegar cá
Em Portugal, é estimado que existam um milhão de diabéticos, dos quais 50 mil têm diabetes tipo 1, patologia que geralmente atinge crianças e adolescentes. "É uma doença que requer muita intervenção do doente, tanto a fazer o tratamento como na avaliação do tratamento. Em média, são necessárias quatro injeções de insulina por dia", adiantou ao Diário de Notícias Francisco Carrilho. Para ajudar a resolver o problema, foram introduzidas as bombas difusoras de insulina. "Mas só 2,3% dos portugueses tem acesso à mesma, enquanto a média lá fora é de 20% a 30%", lamenta o endocrinologista, acrescentando que existem "centenas de pessoas em lista de espera".

A prioridade em Portugal, diz o presidente da SPEDM, "é aumentar o número de doentes com acesso a bombas difusoras de insulina". Uma preocupação partilhada por Isabel do Carmo. Lembrando que o Estado gasta, em média, 450 milhões de euros por ano para tratar as complicações relacionadas a diabetes, Francisco Carrilho alerta que "tudo o que sejam tratamentos para melhorar o controlo da diabetes vem reduzir complicações". Após a aprovação do pâncreas artificial híbrido nos EUA, o passo seguinte deverá ser a aprovação pela Agência Europeia de Medicamentos.

Prevenção Rodoviária Portuguesa lembra
A propósito do Dia Internacional do Idoso, que se assinalou no dia 1 de Outubro, a Prevenção Rodoviária Portuguesa alerta para...

Do total das 593 vítimas mortais resultantes de acidentes rodoviários em 2015, 29,8% tinha idade igual ou superior a 65 anos, para uma percentagem de população que representa apenas 21% do total, e que apresenta uma muito menor exposição ao risco, pois circula, em média, bastante menos do que a população mais jovem. A taxa de mortalidade na população sénior situa-se nas 86 vítimas por milhão de habitantes (cerca de 70 na UE), um número bastante superior à taxa para a restante população, que se fica pelas 54 vítimas por milhão de habitantes.

No que diz respeito aos condutores, as vítimas mortais e feridos graves com idade igual ou superior a 65 anos representam 21,5% e 15,5%, respetivamente. Se considerarmos que apenas 13% dos condutores envolvidos em acidentes tinham idade igual ou superior a 65 anos, podemos observar uma tendência nesta faixa etária para sofrer consequências mais graves que as restantes.

Particularmente preocupante é a sinistralidade nos idosos enquanto peões. Em 2015, 56,3% dos 146 peões atingidos mortalmente, nas estradas portuguesas, tinham 65 anos ou mais. Foram 156 os peões idosos feridos com gravidade e 1438 sofreram ferimentos ligeiros, o que representa respetivamente 36,4% e 29,8%, percentagens significativamente maiores do que a sua quota parte da população portuguesa.

De acordo com dados do Eurostat, Portugal é um dos países da Europa com maior percentagem de idosos. É expectável que a sinistralidade entre os mais velhos se agrave, já que, em 2050 cerca de 35% da população portuguesa terá idade igual ou superior a 65 anos, quando atualmente são apenas 21%.

Para José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), estes dados “são bastante demonstrativos de que a população sénior é a mais afetada pela sinistralidade nas estradas portuguesas e, o mais grave, é que é esperado que estes números aumentem. Promover a segurança dos utentes seniores é prioritário, tanto no que respeita à segurança dos peões - prioridade das prioridades -, como garantindo que mantêm as condições físicas necessárias para uma condução segura”.

Locutores unidos em Campanha de Sensibilização
Os locutores Vasco Palmeirim e Carla Rocha, juntam-se à Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, para dar vida à campanha...

A Campanha “Qualidade e dignidade até ao fim”, foi desenvolvida pela Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), a propósito do Mês dos Cuidados Paliativos, que se assinala em outubro, e segundo a mensagem defendida pela Worldwide Hospice Palliative Care Alliance (WHPCA): "viver e morrer com sofrimento não é algo que tenha de acontecer”. No âmbito desta iniciativa, os locutores Vasco Palmeirim e Carla Rocha lançam um desafio a todos os portugueses, para que vistam a camisola pela pessoa com necessidades paliativas, no dia 8 de outubro, data em que se comemora o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos.

“Quando fui contactada pela APCP, não hesitei, não poderia ficar indiferente a esta campanha que pretende aumentar o conhecimento sobre os cuidados paliativos junto da população, profissionais de saúde e classe política. Tenho a certeza que, juntos podemos sensibilizar para o desenvolvimento destes cuidados em Portugal”, diz Carla Rocha.

Os locutores Vasco Palmeirim e Carla Rocha são os protagonistas de um spot de Televisão e Rádio transmitido pela SIC, TVI, RTP, Antena 1, Cinemas NOS e Metro do Porto, durante todo o mês de outubro. Também a Federação Portuguesa de Futebol irá promover a transmissão do spot informativo, durante o jogo entre Portugal e Andorra, que decorrerá no dia 7 de outubro no estádio de Aveiro, pelas 19h45.

A Campanha “Qualidade e dignidade até ao fim” promove ainda um lançamento de balões, um ato simbólico em homenagem à pessoa com necessidades paliativas, a decorrer em Lisboa e Porto, no Terreiro do Paço e Praça Gomes Teixeira, respetivamente, no dia 8 de outubro, pelas 16 horas.

Yoshinori Ohsumi
O prémio Nobel da medicina foi hoje atribuído ao japonês Yoshinori Ohsumi pelas suas investigações sobre os mecanismos da...

As descobertas de Ohsumi, de 71 anos, escreve o júri do Nobel da Medicina no comunicado em que anuncia o laureado, "levaram a um novo paradigma na compreensão de como a célula recicla o seu conteúdo".

"As suas descobertas abriram o caminho à compreensão da importância fundamental da autofagia em muitos processos fisiológicos, como a adaptação à fome ou a resposta à infeção. As mutações nos genes da autofagia podem provocar doenças e o processo autofágico está envolvido em diversos problemas, incluindo o cancro e a doença neurológica.

A palavra autofagia vem das palavras gregas 'auto', que significa "o próprio", e 'phagein', que significa comer, pelo que significa comer-se a si próprio.

Este conceito surgiu nos anos 1960, quando os investigadores observaram pela primeira vez que a célula conseguia destruir os seus próprios conteúdos ao encerrá-los em membranas, formando vesículas em forma de sacos que são transportadas para um compartimento de reciclagem, chamado lisossoma, onde são degradados.

O processo era difícil de estudar e pouco se sabia sobre ele até que, numa série de experiências no início dos anos 1990, Yoshinori Ohsumi usou fermento de padeiro para identificar os genes essenciais à autofagia.

O cientista identificou depois os mecanismos subjacentes à autofagia no fermento e mostrou que as células humanas usam um sistema sofisticado do mesmo tipo.

Embora a autofagia seja conhecida há mais de 50 anos, a sua importância fundamental na fisiologia e na medicina só foi reconhecida após a investigação de Yoshinori Ohsumi nos anos 1990, que o júri do Nobel da Medicina considera ter operado uma mudança de paradigma.

Yoshinori Ohsumi nasceu em 1945 em Fukuoka, no Japão e terminou o seu doutoramento na Universidade de Tóquio em 1974.

Após três anos na Universidade Rockefeller, em Nova Iorque, regressou à Universidade de Tóquio, onde estabeleceu a sua equipa de investigação, em 1988.

Desde 2009, é professor no Instituto de Tecnologia de Tóquio.

A temporada dos prémios Nobel 2016 começou hoje com o anúncio do Nobel da Medicina e prossegue com o da Física (terça-feira), da Química (quarta-feira), da Paz (sexta-feira) e da Economia (dia 10).

O Nobel da Literatura será atribuído a 13 de outubro.

Os prémios Nobel, criados em 1895 pelo químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel (inventor da dinamite), foram atribuídos pela primeira vez em 1901.

O prémio Nobel corresponde a uma recompensa de oito milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de 834.000 euros.

Autoridade para as Condições do Trabalho defende
A Autoridade para as Condições do Trabalho organiza hoje uma sessão de reflexão sobre segurança e saúde no trabalho em meio...

A campanha da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para promoção da segurança e saúde no trabalho em meio escolar coincide propositadamente com o período de regresso às aulas, “um momento de excelência” que desde há três anos este organismo aproveita para reforçar a sua disponibilidade para ações de sensibilização ao longo do ano nas escolas, com alunos, professores e até encarregados de educação.

Carlos Pereira, diretor de Serviços para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho da ACT, explicou que o objetivo das ações de sensibilização, pedidas pelas escolas, servem sobretudo para abordar conceitos como perigo, risco, segurança, stress, entre outros, e com os quais, sublinhou, a comunidade escolar não está muitas vezes familiarizada.

As mais de 600 ações já realizadas nos últimos três anos – período desde o qual a ACT tem uma campanha direcionada ao meio escolar – dirigiram-se maioritariamente a alunos, mas podem também direcionar-se a professores e encarregados de educação.

“Consoante a faixa etária, escolhemos os temas que nos parecem mais adequados”, referiu Carlos Pereira, que especificou que, por exemplo, com as crianças há muitas vezes a necessidade de alertar para os perigos para a saúde de uma incorreta utilização das mochilas e do peso que carregam.

As temáticas abordadas nas sessões deviam ser incluídas nos currículos escolares, defendeu Carlos Pereira, até porque, explicou, as ações de sensibilização são realizadas por inspetores de trabalho, que são insuficientes para chegar a todas as escolas e território.

De acordo com o responsável da ACT, o objetivo destas ações é que sejam direcionadas “às prioridades e necessidades identificadas pelas escolas”, uma vez que são estas que solicitam junto da autoridade a sua realização.

A ACT organiza uma sessão de lançamento da campanha de 2016, que decorre durante a tarde no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, contando com a presença de responsáveis do Ministério da Educação, de inspetores do trabalho e de Carlos Pereira, que tutela esta temática na ACT.

O objetivo, referiu o diretor do serviço, é “promover uma reflexão” sobre o tema na educação.

Desde 1 de outubro
Cerca de 1,2 milhões de doses de vacina contra a gripe estão desde sábado disponíveis gratuitamente no Serviço Nacional de...

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), a vacinação contra a gripe vai continuar a ser gratuita para pessoas a partir dos 65 anos e para internados em instituições.

Este ano, as vacinas são igualmente gratuitas para os doentes a aguardar transplante, sob quimioterapia, com trissomia 21, fibrose quística, doença neuromuscular e com défice de alfa-1 antitripsina.

As vacinas gratuitas para aqueles grupos não requerem receita médica nem pagamento de taxa moderadora.

As vacinas dadas pelo Serviço Nacional de Saúde foram selecionadas em concurso e são de marcas comerciais que também estarão disponíveis em farmácias, refere a DGS.

Segundo o diretor-geral da Saúde, a aquisição destes 1,2 milhões de vacinas custaram ao SNS cerca de 3 milhões de euros.

Quanto às receitas médicas das vacinas, têm uma validade até 31 de dezembro, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou que o Governo tem “aberto caminho” para uma nova abordagem de...

“O procedimento legislativo foi aprovado na generalidade no Conselho de Ministros temático para a saúde e, agora, há trabalho a fazer com as organizações sindicais e os representantes dos médicos”, disse à margem da cerimónia de homenagem ao presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Porto (CHP), Sollari Allegro.

O governante considerou que esta alteração pode transformar de “forma significativa” a realidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), acrescentando que “pela primeira vez” o governo encara de frente a necessidade de proteger o interior e de dignificar as condições do exercício da profissão médica.

“Queremos acabar com esta dependência de empresas prestadoras de trabalho médico que tão mal tem feito ao sistema de saúde e à qualidade dos serviços, sobretudo em zonas do país que têm direito a ser tratadas como é tratado o Porto e Lisboa”, salientou.

A edição do Jornal de Notícias (JN) de hoje revela que os médicos que optem por trabalhar no interior e noutras zonas onde há falta de especialistas ganharão mais de mil euros mensais, para além dos incentivos já anunciados pelo Ministério da Saúde.

“O Ministério da Saúde está disposto a pagar um acréscimo de 40% no salário, tendo por referência a remuneração base atribuída a quem inicia a carreira. Feitas as contas auferirão mais 1.098,50 euros mensais brutos”, lê-se no diário.

A proposta consta do Programa Nacional para a Coesão Territorial e é uma das medidas do novo pacote de incentivos para a colocação de médicos nas áreas do país onde há maior carência de clínicos, depois do plano traçado pelo anterior ministro da Saúde, Paulo Macedo, ter convencido apenas 20 médicos, adiantou.

DGS
A vacinação contra a gripe nos lares é na ordem dos 94 por cento, um “caso de sucesso” bem superior aos 61 por cento dos idosos...

Graça Freitas falava na apresentação do Plano Inverno & Saúde – Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas, durante a qual anunciou que os lares são “um sítio de grande sucesso da vacinação” e que resulta de estratégias diferentes e locais.

“Cada unidade organiza-se como quer. O que é importante é que as vacinas cheguem nas melhores condições aos utentes dos lares e que estes depois reportem à Direção-Geral da Saúde (DGS)”, disse.

A DGS quer este ano aumentar a cobertura vacinal e alerta para a dificuldade que representa o facto de as pessoas não terem medo da gripe.

“As pessoas acham que não precisam de se vacinar”, disse Graça Freitas, especialista em doenças infeciosas.

Na apresentação do plano, o diretor-geral da Saúde, Francisco George, manifestou a disponibilidade do organismo para alargar os locais de vacinação ao setor social e privado.

Para a campanha de vacinação contra a gripe, que começa no sábado, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) conta com 1,2 milhões de doses, que custaram cerca de três milhões de euros.

“Mais vacinas por menos dinheiro”, comentou Francisco George.

Este ano, os doentes a aguardar transplante, sob quimioterapia, com trissomia 21, fibrose quística, doença neuromuscular e com défice de alfa-1 antitripsina poderão, pela primeira vez, receber gratuitamente a vacina contra a gripe.

A vacinação vai continuar a ser gratuita para pessoas a partir dos 65 anos, doentes crónicos, pessoas residentes em instituições e profissionais de saúde.

Em relação aos profissionais de saúde, e quando estes trabalhem no setor privado, cabe ao empregador comprar as vacinas para administrar aos seus funcionários.

Os grupos prioritários são idosos com 65 ou mais anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, grávidas e profissionais de saúde.

Em relação ao plano de verão, Graça Freitas remeteu para mais tarde os dados que estão a ser ultimados, mas adiantou que as altas temperaturas que se verificaram não resultaram num impacto anormalmente elevado de mortalidade.

O balanço é, pois, “muito positivo”, disse a especialista.

DGS
Os doentes a aguardar transplante, sob quimioterapia, com trissomia 21, fibrose quística, doença neuromuscular e com défice de...

A medida foi hoje avançada pela Direção Geral de Saúde (DGS) durante a apresentação do Plano Inverno & Saúde – Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas.

A partir de sábado, decorrerá a campanha nacional de vacinação contra a gripe, com 1,2 milhões de doses disponíveis no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A vacinação vai continuar a ser gratuita para pessoas a partir dos 65 anos e para internados em instituições.

Os grupos prioritários são idosos com 65 ou mais anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, grávidas e profissionais de saúde.

Estudo
Um novo estudo francês afirma que nove em cada 10 profissionais de medicina são favoráveis à vacinação da população mas a...

10% dos médicos é contra as vacinas que combatem HPV e o pneumococo. O número acaba de ser avançado por um estudo da Société Française de Médecine Générale (SFMG) e, segundo vários especialistas internacionais, não difere muito da realidade de outros países europeus mais próximos, como é o caso de Portugal, escreve o Sapo. De acordo com este organismo, nove em cada 10 profissionais de medicina é, de um modo geral, favorável à vacinação.

Nos últimos tempos, muitos têm, contudo, sido confrontados com uma desconfiança maior e uma resistência crescente dos pacientes face à vacinação. Dois terços dos 1.069 médicos inquiridos nos últimos dois anos acaba por assumir, todavia, que nem sempre dispõe de tempo durante as consultas para discutir o problema com os doentes. A vacina do Vírus do Papiloma Humano (HPV) é, em 90% dos casos, a que gera mais desconfiança.

 

Para nove em cada 10, a vacina anti-pneumocócica também é vista com algum preconceito. 22,4% dos especialistas inquiridos confessou mesmo não ser adepto da prescrição desta vacina. Um terço dos médicos critica ainda os meios de comunicação social e os organismos de saúde pública do país pelas informações que muitas das vezes transmitem. “As crises e os escândalos sanitários abalaram a confiança das pessoas”, afirma a SFMG.

Associação Portuguesa de Apoio à Vítima
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima defendeu que os profissionais que trabalham em equipamentos sociais e de saúde têm de...

A coordenadora do Centro de Formação Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), Maria de Oliveira, contou que há idosos autónomos que estão em lares contra a sua vontade e outros que nem sabem o valor da sua reforma.

“Muitas vezes quando questionamos os idosos sobre o valor da sua pensão, muitos não sabem, porque não geram o seu próprio património”, disse a técnica, que falava a propósito do Dia Internacional das Pessoas Idosas (01 de outubro).

Há outros casos de idosos que assinam procurações sem saber muito bem o que são e os técnicos dos equipamentos “têm que estar alerta para ver se não existe uma situação de crime”, defendeu.

“Tudo isto tem que mudar e os equipamentos de acolhimento também têm que se adaptar a novas realidades, porque as pessoas idosas” de hoje têm “outras realidades e outras necessidades”, frisou.

Entre 2013 e 2015, a APAV apoiou 2.603 idosos vítimas de crime e de violência. Os principais agressores foram os filhos (37,9%) e o cônjuge (28,2%).

Estes dados mostram que “existem violações claras dos direitos básicos das pessoas idosas em relação ao exercício das suas competências normais, como ir ao supermercado”, ou mesmo a decisão de ir para o lar.

Segundo a técnica, há “uma situação na lei que possibilita a ação de familiares de usurpação dos direitos” do idoso, que resulta em “situações de abuso de confiança e “utilização indevida dos bens”.

À associação chegam denúncias de "terceiros, familiares e amigos" sobre idosos que estão em lares contra a sua vontade, mas também relatos de situações de negligência, maus-tratos, violência física e psicológica em instituições.

“Nestes equipamentos sociais existe uma rotatividade de pessoas, existe também um grande desgaste emocional dos profissionais”, que lidam diariamente com a morte e precisam de ter formação.

A este propósito, a técnica anunciou que a APAV vai lançar, na segunda-feira, um curso de formação para profissionais de várias áreas (saúde, justiça, social) e forças de segurança.

O curso está aberto a todos que pretendam “adquirir mais competência de como agir e identificar este tipo de situações e quais os recursos que podem acionar, porque ainda existe muito desconhecimento” em relação a algumas situações contra os idosos.

Maria Oliveira alertou também para a situação de muitos reformados estarem a tomar conta de pessoas com idade mais avançada, o que causa “um grande desgaste emocional” e pode levar “a situações extremas de violência física”.

Aludindo a um projeto do anterior governo que previa penas de prisão para quem abandonasse um idoso ou se aproveitasse das suas limitações mentais para aceder aos seus bens, a técnica disse que “não basta punir por punir”.

“Tem que haver respostas” e uma articulação com os serviços de saúde, adiantou, defendendo que os profissionais de saúde também “têm de estar alerta” perante uma situação que suspeitem ser de violência e acionar os mecanismos adequados.

“Não podemos continuar a ver uma violação dos direitos das pessoas idosas”, disse a técnica, lamentando ainda existir “muito estigma”, “preconceito e falta de respeito” em relação ao idosos.

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