Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde vai criar mecanismos para travar o crescimento da despesa com os dispositivos médicos, depois de deixar...

No documento, que o Governo entregou no dia 14 de outubro, estava prevista uma contribuição extraordinária das empresas de dispositivos médicos, que deveriam render 35 milhões de euros.

Manuel Delgado confirmou que esta contribuição não se mantém no documento que vai ser debatido na próxima segunda-feira, pelos deputados das comissões parlamentares da Saúde e do Orçamento e Finanças.

Segundo o secretário de Estado, o objetivo do governo é criar limites ao crescimento da despesa, os quais deverão ser ainda debatidos com os representantes do setor.

O presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (Apormed), João Gonçalves, disse à Lusa que foi confrontado com a notícia da contribuição extraordinária prevista no relatório do Orçamento do Estado para 2017.

A Apormed não tinha sido ainda ouvida sobre esta matéria, da qual discorda completamente, e recebeu com algum descanso a notícia de que a taxa já não iria avançar.

O presidente da Apormed disse ainda que solicitou uma audiência com a tutela, para saber mais pormenores sobre as intenções do governo sobre as empresas deste setor.

“Esta indústria e este setor já têm sofrido a vários níveis e esta taxa seria decisiva para que algumas empresas não pudessem suportar o esforço e tivessem mesmo que fechar”, adiantou.

Manuel Delgado manifestou a intenção de chamar à discussão os representantes do setor.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde quer que os medicamentos sejam introduzidos mais rapidamente no mercado e que os laboratórios ofereçam os...

Manuel Delgado falava no final do Fórum do Medicamento, organizado pela Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), durante o qual o presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) anunciou que as autorizações de utilização excecional (AUE) de medicamentos vão acabar.

As AUE são um instrumento para fazer chegar aos utentes seguidos nos hospitais medicamentos inovadores ainda não comercializados e que têm de demonstrar o seu benefício clínico.

O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, confirmou a intenção destas AUE terminarem, embora mediante um “processo gradual” que representa também “um desafio para a indústria farmacêutica”.

O Infarmed deverá passar a autorizar mais rapidamente a introdução do medicamento no mercado de novos medicamentos.

Nos casos em que existam doentes que precisam, de uma forma excecional, de um medicamento, este deverá ser fornecido gratuitamente pelo laboratório, adiantou Manuel Delgado.

No Fórum, o secretário de Estado da Saúde anunciou ainda que, até ao final do ano, deverão ser aprovadas mais 148 novas moléculas.

 

Trata-se do “maior número de novas moléculas nos últimos anos em Portugal”, sublinhou.

Estudo
Um estudo realizado no início de 2016 em centros de saúde do Porto concluiu que 83,65% dos 316 utentes da amostra não...

O trabalho foi realizado por seis médicos, sob a chancela da Administração Regional da Saúde do Norte, entre fevereiro e abril em cinco centros de saúde - Arca D´Água (freguesia de Paranhos), Porto Centro (Bonfim), Novo Sentido (Campanhã), Valbom (Gondomar) e Porto Douro (Lordelo do Ouro e Massarelos).

O coordenador do estudo, Bruno Morrão, afirmou que o estudo é "o primeiro do género realizado em Portugal", mas assinalou que o trabalho "apresenta algumas limitações" que podem levar a uma distorção, "uma vez que se trata de uma amostra de conveniência, traduzida nos utentes frequentadores da consulta, o que limita a extrapolação para a população em geral".

O tamanho da amostra “também não foi adequado, tendo-se verificado uma taxa de desistência de 31%", sublinhando o clínico ter-se tratado de "uma medição em massa dos níveis de vitamina D na forma de 25 hidroxivitamina D (Calcidiol)".

Outra limitação encontrada "prende-se com o facto de se ter realizado uma colheita única de sangue, no final do inverno".

"Não havendo colheita de uma amostra para comparação no final do verão, não é possível estabelecer uma relação de causa-efeito entre os níveis de vitamina D encontrados e a exposição solar", lê-se ainda.

Dando conta que "atualmente, os níveis de referência estabelecidos não são ainda consensuais entre as várias sociedades internacionais", aquele que foi "o primeiro estudo realizado em território nacional com estas características", alerta "para o potencial risco de hipovitaminose na população adulta saudável".

"Este foi o primeiro estudo em Portugal do género pelo facto de ter sido selecionada uma população sem quaisquer fatores de risco patológicos para a hipovitaminose D. Por exemplo, as pessoas com Índice de Massa Corporal acima de 30 (definição de obesidade) têm níveis de vitamina D diminuídos não sendo incluídos no estudo por isso mesmo. A nossa população é teoricamente 'saudável'. Nenhum dos outros estudos conhecidos teve em consideração estes fatores", explicou à Lusa Bruno Morrão.

Questionado sobre se as conclusões do estudo apontavam para um problema de saúde pública, o clínico respondeu que os números alcançados levantam outras questões, admitindo que "estes níveis possam ser extrapolados para a população em geral".

"É preciso perceber se os níveis medidos numa só ocasião e no final do Inverno são suficientes para avaliar os níveis ao longo do ano inteiro e mesmo havendo um défice generalizado, será que na população adulta saudável irá provocar problemas de morbi-mortalidade? Serão as pessoas mais doentes por isso?", questionou.

Campanha "Olhe Pelas Suas Costas"
O medo da operação à coluna continua a distanciar os doentes do tratamento e a influenciar a sua qualidade de vida. O alerta é...

"Atualmente dispomos de técnicas cirúrgicas que acarretam um risco reduzido de complicações e que podem devolver aos doentes a sua qualidade de vida. O problema é que, muitas vezes, as pessoas evitam estas cirurgias porque desconhecem a realidade destes procedimentos", alerta Paulo Pereira, coordenador nacional da campanha "Olhe Pelas Suas Costas".

O médico explica que "as técnicas atualmente disponíveis, nomeadamente as minimamente invasivas, distanciam-se bastante do conceito convencional – e enraizado em grande parte da população – sobre cirurgia da coluna e apresentam diversos benefícios para o doente, nomeadamente, menos dor no pós-operatório, menor tempo de internamento e um regresso mais rápido à vida ativa".

Entre as patologias que mais frequentemente necessitam de intervenção cirúrgica estão as hérnias discais, mais comuns entre os 30 e os 50 anos de idade, e a estenose lombar, que afeta cerca de 20 por cento da população com mais de 65 anos, escreve o Sapo.

"É frequente encontrarmos doentes que recusam sistematicamente a cirurgia, agravando o seu estado de saúde e perdendo, à medida que o tempo passa, a capacidade para realizar tarefas anteriormente consideradas simples e é preciso esclarecer estes doentes. Importa que saibam que a cirurgia da coluna é hoje diferente do que era há décadas atrás, com menor risco de complicações e maior previsibilidade em termos de resultados favoráveis", reforça Paulo Pereira.

"Isto não significa, naturalmente, que seja uma solução para todos os doentes, nem sequer para a maioria. O que pretendo realçar é que, quando a cirurgia está indicada e é realizada por um cirurgião experiente, a probabilidade de melhorar de forma significativa a qualidade de vida do doente é, em regra, muito superior à de conduzir a um mau resultado", conclui o neurocirurgião.

As dores nas costas são uma das principais causas de consultas médicas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. As doenças que afetam a coluna representam mais de 50 por cento das causas de incapacidade física. Um estudo, realizado no âmbito desta campanha, indica que 28,4 por cento dos portugueses sentem que a sua atividade profissional já foi prejudicada ou comprometida de alguma forma pelo facto de terem dores nas costas e mais de 400 mil portugueses faltam ao trabalho por ano por este motivo.

Estudo
A investigação de um grupo de cardiologistas noruegueses analisou os níveis de preocupação com a saúde e concluiu que o stress...

O estudo, publicado pela BJM Open, foi aplicado em sete mil pessoas ao longo de dez anos e sugere que, apesar de a ansiedade no geral poder contribuir para o aumento do risco de doenças cardíacas, a realidade é que se essa preocupação for focada na saúde pode contribuir para o aumento de risco cardíaco em 70%.

Segundo Line Iden Berge, responsável pelo grupo de trabalho, ser preocupado com a saúde "não é perigoso, é apenas ansiedade" por isso sugere que as pessoas "continuem a viver a sua vida", escreve o Sapo.

Em declarações à BBC, Emily Reeve, enfermeira cardíaca da British Heart Foundation, considerou que “é natural que as pessoas se preocupem se considerarem que podem estar doentes". No entanto o problema pode ser agravado uma vez que “a ansiedade e o stress podem desencadear hábitos não saudáveis, como fumar ou comer mal, o que coloca uma pessoa em maior risco de ter uma doença cardíaca”, acrescentou.

A especialista considera que "embora não saibamos se as pessoas preocupadas em excesso se estão a colocar na mira de um ataque cardíaco, é claro que a redução da ansiedade desnecessária pode trazer benefícios para a saúde".

A população do estudo liderado por Line Iden Berge nasceu entre 1953 e 1957. Os inquiridos responderam a um questionário sobre saúde, estilo de vida e educação, tendo sido submetidos a exames regulares, ao longo de uma década, até 2009.

Álcool, psicoses, esquizofrenia
Faz um ano que a C.M. de Lisboa e o Centro Hospitalar Psiquiátrico da capital assinaram um protocolo com o objetivo de darem...

As duas entidades uniram meios e recursos, juntando na mesma equipa psicólogos, assistentes sociais e psiquiatras.

São eles que percorrem as ruas de Lisboa para consultar quem vive sem um teto ou que os acolhem na unidade hospitalar.

O álcool é o problema dominante nesta população, mas não o único, escreve a TSF. Há também muitos casos de psicoses, esquizofrenia e dependência de drogas ilícitas.

Segundo António Bento, diretor do serviço de Psiquiatria Geral do Centro Hospitalar Psiquiátrico, esta população, na cidade de Lisboa, rondará cerca de duas mil pessoas.

Após a assinatura deste protocolo já foram assistidos cerca de duas centenas de sem-abrigo.

António Bento explica que cada caso é um caso. O sucesso do tratamento não está garantido, porque a adesão às consultas é voluntária, ainda assim, as equipas que prestam apoio não desistem, apesar de não "haver respostas mágicas".

Um ano depois da assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Centro Hospitalar Psiquiátrico (que alberga o Hospital Júlio de Matos e o Hospital Miguel Bombarda), António Bento refere que a parceria tem agora por objetivo garantir que nenhum sem-abrigo esteja na rua ou sem assistência por falta de recursos.

Descoberta iMM Lisboa na revista Nature Communications
O investigador Gonçalo Bernardes, e a sua equipa do Instituto de Medicina Molecular (iMM) e da Universidade de Cambridge, viram...

Por não conseguirem distinguir células cancerígenas de células saudáveis, as terapias anticancerígenas existentes sofrem de uma eficácia reduzida e possuem efeitos secundários recorrentes. O novo método, descoberto pela equipa liderado por Gonçalo Bernardes, apresenta uma nova classe de compostos que garantem que o fármaco não seja libertado prematuramente de um anticorpo específico para as células cancerígenas na circulação sanguínea.

“Este novo método de ligação de fármacos muito tóxicos a anticorpos específicos contra células cancerígenas poderá tornar-se no método de eleição para a produção deste tipo de novas terapias, pois elimina a instabilidade e toxicidade adversa dos conjugados anticorpos-fármacos usados na clínica”, explica Gonçalo Bernardes, responsável pela investigação.

Desta forma, o fármaco pode ser direcionado eficientemente para o tumor, permitindo assim aplicar esta promissora terapia com um maior nível de eficiência numa das patologias mais preocupantes da sociedade atual.

Estudo
Novo estudo vem sugerir que as mulheres, no início da meia idade, têm uma memória melhor do que os homens, mas que com a...

Certamente que se lembra dos estudos que têm vindo a concluir que a memória das mulheres é mais desenvolvida que a dos homens. Agora, um novo estudo publicado na revista Menopause, editado pela Sociedade norte-americana da Menopausa, vem afirmar que as mulheres, no início da meia idade, têm uma melhor capacidade de memória do que os homens da mesma idade, mas que essas diferenças são atenuadas com a entrada na menopausa, escreve o Observador.

O estudo, que envolveu 212 homens e mulheres, com idade entre os 45 e os 55 anos, e que pretendeu investigar as diferenças na memória em função do sexo, das hormonas e do estado reprodutivo, sugere que as mulheres têm um melhor desempenho em termos de memória, mas que essa diferença face aos homens diminui com a chegada da menopausa, devido à quebra na produção de estradiol.

 

O ABC escreve ainda que os estudos já feitos à memória mostram que cerca de 75% dos adultos revelam ter perda de memória à medida que a idade vai avançando e que são as mulheres que mais se queixam de episódios de esquecimento.

XXXII Congresso de Pneumologia
O XXXII Congresso de Pneumologia arrancou ontem com uma retrospetiva do último ano no que toca aos mais inovadores tratamentos,...

Apesar de Portugal apresentar, em termos comparativos internacionais, um dos melhores valores de taxa de mortalidade por asma e por Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e um dos piores a nível Europeu no que toca à mortalidade por pneumonias, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia defende ser necessário criar um sistema de "normalização classificativa".

Venceslau Hespanhol, Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), tomando como exemplo os números da DPOC em Portugal revela que “de facto os dados revelam que temos uma mortalidade baixa por asma e DPOC. No entanto há que colocar a hipótese de a morte de um doente com DPOC que sofre uma agudização grave e pneumonia associada, ser classificada como morte por pneumonia a não por DPOC. Perante este cenário poder-se-á dizer que há necessidade de criar normalização classificativa. Há que chamar as mesmas coisas aos mesmos eventos. Só assim conseguiremos fazer uma correta análise comparativa”.

Para a Sociedade Portuguesa de Pneumologia o correto registo da doença respiratória é uma prioridade, a qual se torna urgente para várias patologias, como seja a fibrose quística . Para Carlos Lopes, Pneumologista do Hospital de Santa Maria, “a fibrose quística é uma doença que afeta vários sistemas e, apesar da sua grande heterogeneidade, geralmente, condiciona um quadro clinico muito sintomático, com internamentos frequentes. A criação de registos vai permitir estimar o número de doentes, planear recursos e responder às necessidades, permitindo estimar o número de doentes, planear recursos e responder às necessidades”.

Toda a informação referente ao XXXII Congresso de Pneumologia que decorre até sábado no Centro de Congressos Sana Epic, na Praia da Falésia está disponível em www.sppneumologia.pt

Infarmed
Duas dezenas de países europeus, entre eles Portugal, estiveram envolvidos na publicação de um artigo que avalia a necessidade...

O artigo “Payers’views of the changes arising through the possible adoption of adaptative pathways”, publicado na revista Frontiers in Pharmacology, a 28 de Setembro de 2016, e em que participou Ricardo Ramos, da Direção de Avaliação de Tecnologias de Saúde, analisa um novo modelo de autorização de introdução no mercado a título condicional: Medicines Adaptive Pathways to patients (MAPPs).

Este mecanismo de aprovação, em estudo pela Agência Europeia do Medicamento, é o foco deste artigo, que envolve reguladores e financiadores do sector da saúde de vários países europeus. Entre as preocupações expressas estão a reduzida evidência e o risco acrescido de os doentes serem expostos a tratamentos para os quais existem menos dados de segurança e eficácia. O mesmo se passa em relação ao financiamento, porque se torna complexa a avaliação do seu valor e do seu custo, dada a limita evidência disponível.

Os autores alertam para a necessidade de garantir que os MAPPs sejam concedidos em casos excecionais, quando não há alternativa de tratamento e em que é expectável que o novo medicamento seja uma inequívoca mais-valia. No caso de o medicamento não cumprir as expectativas, deverá também haver um processo claro de saída ou uma eventual retirada do financiamento.

Este artigo pretendeu ser um ponto de partida para uma discussão mais pormenorizada sobre a aplicação dos MAPPs, não pretendendo criar barreiras de acesso, mas sim gerar equidade e segurança no acesso aos novos medicamentos por parte do doentes europeus.

Estudo
Quase metade das 5,9 milhões de mortes de crianças com menos de cinco anos registadas em 2015 ocorreram no primeiro mês de vida...

Publicado na revista científica The Lancet, o estudo, que apresenta os dados mais recentes sobre a mortalidade infantil em 194 países, conclui que 5,9 milhões de crianças morreram em 2015 antes dos cinco anos, 2,7 milhões das quais eram recém-nascidas.

Globalmente, em 2015 houve menos quatro milhões de mortes infantis do que em 2000, em grande parte devido à redução da mortalidade associada à pneumonia, à diarreia, à morte durante o parto, à malária e ao sarampo (todas caíram mais de 30% entre 2000 e 2015).

No entanto, embora o número de mortes de recém-nascidos tenha diminuído de 3,9 milhões em 2000 para 2,7 milhões em 2015, o progresso na redução da mortalidade neonatal (nos primeiros 28 dias de vida) foi mais lento do que nas crianças entre um mês e cinco anos.

Isto resultou num aumento da proporção de recém-nascidos entre a mortalidade infantil, de 39,3% em 2000 para 45,1% em 2015.

Se as mortes de recém-nascidos tivessem caído ao mesmo ritmo das mortes de crianças entre um mês e cinco anos, o mundo teria alcançado o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio de reduzir a mortalidade infantil em dois terços entre 1990 e 2015, o que não aconteceu.

O estudo destaca também as desigualdades no progresso registado no mundo, com as taxas de mortalidade infantil a variarem entre 1,9 e 155,1 mortes por mil nascimentos, e 60,4% (3,6 milhões) de todas as mortes a ocorrerem em 10 países.

Apesar dos progressos, as principais causas de morte entre as crianças foram as complicações devido a parto prematuro, (17,8%, 1,1 milhões de mortes), pneumonia (15,5%, 0,9 milhões de mortes) e morte durante o parto (11,6%, 0,7 milhões de mortes).

Em 2015, os países com maiores taxas de mortalidade infantil (mais de cem mortes por cada mil nascimentos) foram Angola, a República Centro-Africana, o Chade, o Mali, a Nigéria, a Serra Leoa e a Somália.

Nestes países, as principais causas de morte foram a pneumonia, a malária e a diarreia, pelo que os investigadores recomendam investimentos para promover o aumento da amamentação, a disponibilização de vacinas e a melhoria da qualidade da água e saneamento.

Em comparação, nos países com menores taxas de mortalidade infantil (menos de dez mortes por cada mil nascimentos), incluindo a Rússia e os EUA, as principais causas de morte foram anomalias congénitas, complicações devido ao parto prematuro e lesões.

Os investigadores recomendam por isso a melhoria da deteção e tratamento das anomalias congénitas, dos cuidados de saúde durante a gravidez e o parto e mais investigação sobre a eficácia das intervenções em casos de lesão.

Citada num comunicado da The Lancet, a autora principal do estudo, Li Liu, da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos EUA, reconheceu que a sobrevivência infantil "melhorou substancialmente desde que os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio foram definidos, embora a meta de reduzir em dois terços a mortalidade infantil não tenha sido alcançada".

"O problema é que este progresso foi desigual e a taxa de mortalidade infantil permanece elevada em muitos países. É necessário um progresso substancial nos países da África subsaariana e no sul da Ásia para se alcançar a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", disse.

Relatório revela
Quase 400 crianças morrem diariamente de sarampo no mundo, apesar de a vacinação ter permitido reduzir o número de mortes em 79...

"Fazer o sarampo passar à história não é missão impossível", disse Robin Nandy, responsável pela imunização na Unicef, citado num comunicado conjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Unicef, da Aliança para a Vacinação (Gavi) e dos centros de prevenção e controlo de doenças dos EUA (CDCP).

"Temos os instrumentos e o conhecimento para fazê-lo; o que nos falta é a vontade política para alcançar cada criança, esteja ela onde estiver. Sem este compromisso, as crianças vão continuar a morrer de uma doença que é fácil e barato prevenir".

A Unicef, a OMS, o Gavi e o CDCP estimam que as campanhas de vacinação do sarampo e um aumento da cobertura da vacinação de rotina tenham permitido salvar 20,3 milhões de jovens vidas entre 2000 e 2015, mas o progresso não é equilibrado.

Em 2015, cerca de 20 milhões de crianças não foram vacinadas e estima-se que 134 mil tenham morrido da doença.

A República Democrática do Congo, a Etiópia, a Índia, a Indonésia, a Nigéria e o Paquistão representam metade das crianças por vacinar e 75% das mortes por sarampo.

"Não é aceitável que milhões de crianças fiquem por vacinar todos os anos. Temos uma vacina segura e muito eficaz para parar a transmissão do sarampo e salvar vidas", disse Jean-Marie Okwo-Bele, diretor do departamento de imunização da OMS.

O responsável lembrou que a região das Américas foi este ano declarada livre de sarampo, "o que prova que a eliminação é possível".

"Agora temos de acabar com o sarampo no resto do mundo. Começa com a vacinação", afirmou.

O presidente do Gavi, Seth Berkley, lembrou que o sarampo é um bom indicador da robustez dos sistemas de imunização dos países e "muitas vezes funciona como o canário na mina de carvão, com os surtos a servirem de alerta para problemas mais graves".

"Para abordar as doenças evitáveis através da vacinação mais mortíferas precisamos de compromissos fortes por parte dos países e dos parceiros para aumentar a cobertura vacinal e os sistemas de vigilância", afirmou.

O sarampo, uma doença viral altamente contagiosa que se transmite por contacto direto e pelo ar, é uma das principais causas de morte entre as crianças pequenas a nível mundial, mas é evitável com duas doses de uma vacina segura e eficaz.

No entanto, surtos da doença em vários países, provocados por falhas na imunização de rotina e em campanhas de vacinação, continuam a ser um problema: só em 2015 registaram-se surtos no Egito, Etiópia, Alemanha, Quirguistão e na Mongólia.

Opinião
Estima-se que as doenças crónicas afetem cerca de 50% da população portuguesa.

Por este motivo, os farmacêuticos comunitários, enquanto profissionais de saúde que estão mais próximos da população, têm como principal missão promover e participar ativamente na promoção da saúde, na deteção precoce de fatores de risco, na prevenção e gestão da doença e no acompanhamento e monitorização das terapêuticas.

Através da nossa farmácia, a comunidade local usufrui de um atendimento personalizado, um aconselhamento diferenciado e da plena disponibilidade dos Serviços de Saúde, nomeadamente: Consulta farmacêutica; Preparação Individualizada da Medicação; Administração de vacinas; Check Saúde; Nutrição; Pé Diabético; Podologia; Dermofarmácia; Marcação de exames e Reabilitação auditiva.

A intervenção dos nossos profissionais vai muito além da dispensa do medicamento, pois promovemos o aumento da literacia em saúde e a educação para uma melhor qualidade de vida. Acima de tudo, acompanhamos as pessoas com doença crónica, ajudando a melhor gerir a sua condição.

Atualmente, a nossa intervenção tem uma função social muito marcada, somos parceiros e parte integrante nos níveis de saúde do utente e selamos o compromisso de contribuir para a diminuição dos indicadores de mortalidade e morbilidade das doenças na localidade.

Atuamos junto dos lares, organizando sessões sobre a diabetes e que contam com a participação dos nossos enfermeiros. As creches, escolas primárias e secundárias podem contar com o nosso apoio e formação sobre inúmeros temas como a nutrição, o tabagismo, a pediculose, a contraceção ou os cuidados a ter com o sol.

No dia 10 de novembro celebramos o nosso 8º aniversário.

É um orgulho fazer parte de um grupo de 400 farmácias que tem uma filosofia e um posicionamento centrado nas pessoas e no acompanhamento diário dos doentes crónicos, através da disponibilização de soluções integradas de saúde.

É com orgulho que dizemos que, na nossa Farmácia, “trocamos uma receita médica por mais qualidade de vida” e que juntos fazemos a diferença.

Venha celebrar connosco, temos um presente especial para si!

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Uma equipa de investigadores da Fundação IVI apresentou um estudo, durante o Congresso anual da Sociedade Americana de Medicina...

Substâncias como a daidzeína e a genisteína, denominados fitoestrógenos presentes em produtos derivados da soja, como o leite, os iogurtes, o tofu e o miso, assim como o metilparabeno, que se encontra em muitos produtos cosméticos, empobrecem a qualidade espermática, e, portanto, a capacidade reprodutora.

Este estudo piloto, em que participaram 25 voluntários masculinos, pretendia analisar o efeito de poluentes ambientais – disruptores endócrinos – e outras substâncias como os fitoestrógenos sobre a frequência de aneuploidias ou alterações numéricas nos cromossomas dos espermatozoides, e por tanto na sua qualidade.

A Dra. Susana Alves, diretora do Laboratório de Andrologia do IVI Lisboa, explica “os disruptores endócrinos são agentes externos com os quais qualquer pessoa tem contacto, pela simples razão de viver em sociedade, e que afetam o nosso equilíbrio hormonal. Investigações como esta contribuem para esclarecer em que medida estamos expostos e como afetam a capacidade reprodutiva do homem, permitindo tomar medidas para aumentar as possibilidades de êxito dos tratamentos de procriação medicamente assistida.”

O estudo consistiu em determinar, mediante um questionário completo, a que contaminantes estão expostos habitualmente os dadores de sémen, para posteriormente, medir a presença destas substâncias no sangue, urina e esperma. A equipa de investigadores descobriu que um alto nível destes disruptores endócrinos no sémen pode dar origem a espermatozoides com um número inadequado de cromossomas.

Estas anomalias são responsáveis, por exemplo, por uma má mobilidade dos espermatozoides e de outras malformações, algo que influi negativamente na capacidade reprodutora destes dadores.

Numa fase futura da investigação, o objetivo será reproduzir o estudo em mulheres e avaliar se estes agentes também influem na sua capacidade para a reprodução.

Administração Regional de Saúde do Centro
A população do concelho de Coimbra passou a estar totalmente coberta por Unidades de Cuidados na Comunidade, depois da abertura...

Segundo a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), a maior Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) do concelho de Coimbra começou a sua atividade na quarta-feira.

“A UCC Coimbra Saúde abrange 13 freguesias, cobrindo a totalidade da população inscrita nos centros de saúde de Eiras, Fernão de Magalhães e Santa Clara, estimada em 66.203 utentes”, refere.

A ARSC sublinha que, “a partir de agora, a população do concelho de Coimbra está totalmente coberta por estes cuidados”.

Integrada no Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Mondego (ACES BM), a UCC Coimbra Saúde é coordenada pela enfermeira Maria de Fátima Guerra e tem uma equipa multidisciplinar (nove enfermeiros, médico, fisioterapeuta, psicólogos, técnica superior de serviço social e dietista), funcionando diariamente das 08:00 às 20:00.

“Destinada a prestar cuidados de saúde e intervir no âmbito da prevenção da doença e na promoção da saúde junto da população da sua área de influência”, a UCC vai desenvolver projetos no âmbito da saúde escolar, saúde mental, de prevenção e controlo da diabetes, de intervenção em pessoas, famílias e grupos vulneráveis e assistência em cuidados continuados integrados.

De acordo com ARSC, no concelho de Coimbra já funcionam as UCC Norton de Matos, S. Martinho e Celas.

“Com a abertura da UCC Coimbra Saúde, eleva-se para 11 as unidades de cuidados na comunidade integradas no ACES BM”, acrescenta.

No âmbito dos seis ACES da área de influência da ARSC, existem 56 UCC em atividade, que permitem uma cobertura estimada de 1.500.000 habitantes.

Saúde oral
A Câmara Municipal de Lisboa apresentou o programa "Sorrir não custa", iniciativa que pretende melhorar a saúde oral...

O programa junta o município e a Plataforma Global, e pretende ser posto em prática "ainda este ano, mas sem data para terminar", afirmou o vereador dos Direitos Sociais, João Afonso.

"O objetivo será identificar o problema, diagnosticar e começar a intervir passo a passo para melhorar as condições de vida destas pessoas", acrescentou.

João Afonso referiu, também, que "a Câmara vai ser um facilitador para implementar este programa", que "não terá custos para o município".

O autarca apontou, ainda, que "a Câmara vê com muito entusiasmo a implementação deste programa", uma vez que "existem dentistas que apoiam os sem-abrigo de forma pontual, mas não existia nada que permitisse fazê-lo de forma sistemática".

O projeto conta também com o apoio do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA) de Lisboa, e será um trabalho articulado com as equipas técnicas de rua, mais próximas destas pessoas.

Segundo o diretor clínico, o projeto "Sorrir não custa" consistirá em "identificar as pessoas que precisam de ajuda, educá-las a nível da higiene oral e tratá-las através de implantes dentários, sempre que possível".

Paulo Varela observou que "muitas pessoas queixam-se que não vão a entrevistas de emprego por não terem os dentes em condições".

Por isso, "o processo é mais profundo" e passa também por "melhorar a autoestima" destas pessoas, observou o dentista.

Esta ideia foi partilhada por João Afonso, que acrescentou que "a degradação da imagem dificulta a integração" das mais de 800 pessoas que estão nestas condições, na cidade de Lisboa.

Estudo
A psicóloga forense Catarina Ribeiro realçou a necessidade de se reforçar a aproximação entre a magistratura e as ciências do...

Ao apresentar um estudo que realizou nesta área, a profissional do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) disse que se verifica, entre juízes e magistrados do Ministério Público, uma “forte adesão a práticas baseadas em crenças e não na evidência científica”.

Este é um dos fatores que “poderão favorecer a emergência de fenómenos de vitimação secundária das crianças envolvidas nestes processos”, segundo as conclusões da investigação de Catarina Ribeiro, que trabalha na Delegação do Norte do INMLCF.

A psicóloga forense intervinha no âmbito da III Conferência do INMLCF, que decorre no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra até sexta-feira, tendo apresentado a comunicação “Valorização das perícias psicológicas na decisão judicial em casos de abuso sexual – Perspetivas, experiências e processos psicológicos de magistrados”.

Para desenvolver o trabalho, Catarina Ribeiro entrevistou 52 magistrados portugueses dos dois sexos, sendo 27 procuradores e 25 juízes, adstritos a comarcas do Continente e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

“Este é um estudo de natureza qualitativa”, esclareceu, escusando-se a “fazer generalizações para o contexto nacional ou internacional”.

O trabalho evidencia uma “elevada heterogeneidade entre as crenças dos magistrados sobre as capacidades de testemunhar da criança e sobre os elementos a valorizar nas perícias”.

Esta conclusão, segundo a profissional do INMLCF, implica uma “harmonização de procedimentos”, com “padrão ético de excelência, competência científica dos peritos e harmonização de práticas”.

“Analisar a forma como os magistrados perspetivam e experienciam a sua atividade profissional em casos de abuso sexual de crianças no contexto intrafamiliar” era um dos objetivos gerais do estudo.

Catarina Ribeiro pretendeu também “identificar fatores que influenciam a decisão judicial” e “compreender o processo de construção das decisões judiciais, identificando processos psicológicos” que os magistrados adotam nestes casos.

Como objetivo específico, quis igualmente “compreender como são valorizadas a colaboração dos psicólogos e as perícias psicológicas na decisão judicial”, com base nas perspetivas e experiências dos magistrados.

Considerada “a mais importante reunião científica do setor” em Portugal, a conferência anual do INMLCF foi realizada pela primeira vez em 2014 e “tem vindo sempre a crescer”, segundo a organização.

Na edição deste ano, pela primeira vez, o encontro decorre durante três dias, em vez de apenas dois, a que se junta, no sábado, a realização de três cursos pós-conferência, subordinados aos temas “Violência doméstica: aprender a reconhecer” (curso teórico), “Sínfise púbica e idade à morte em antropologia forense” (curso teórico-prático) e “Técnica avançada de dissecação do pescoço” (curso prático).

Ainda no sábado, durante a tarde, decorre a II Reunião de Coordenadores de Gabinetes Médico-Legais e Forenses.

Estudo
Em poucos dias, dois macacos com uma lesão parcial na espinal medula recuperaram o movimento da perna paralisada. É mais um...

Uma equipa de cientistas usou um interface neurológico, sem fios e em tempo real, para restabelecer a comunicação entre o cérebro e a medula lesionada de dois macacos rhesus e conseguiu, em poucos dias, que os primatas voltassem a andar. É a primeira vez que uma neurotecnologia restaura a locomoção e foi em primatas, mas ainda há um caminho até chegarmos a uma aplicação nos humanos. Os resultados da experiência são publicados esta quinta-feira na revista científica Nature.

Para que uma perna ou um braço se mexa, o cérebro tem de enviar uma ordem até à medula que, por sua vez, descodifica os sinais e envia a informação para os músculos que executam o movimento. Quando há uma lesão na medula, escreve o jornal Público, o cérebro pode enviar a mensagem, mas ela é travada no local da lesão. Sem comunicação, o resultado é a paralisia. Neste caso, os macacos que foram usados na experiência tinham “apenas” uma lesão parcial que lhes paralisou uma das pernas. Sem a intervenção a que foram sujeitos, a recuperação deste tipo de lesões é possível mas costuma demorar pelo menos um mês e muitas sessões de fisioterapia.

Na imagem que acompanha o artigo na Nature, Grégoire Courtine, neurocientista do Instituto Federal Suíço de Tecnologia e um dos autores do trabalho, segura um modelo em silicone de um pequeno cérebro de um macaco rhesus com o que parece ser um minúsculo chip colado à superfície gelatinosa. Este sensor foi desenvolvido no projeto internacional BrainGate.

O conjunto de elétrodos é uma das principais peças de um complexo sistema que restaurou a comunicação entre o cérebro e a medula espinal (onde também foi inserido um implante que faz a estimulação com impulsos elétricos) nos dois macacos que, assim, recuperaram o movimento da marcha numa perna paralisada. Em apenas seis dias, um dos macacos já andava numa esteira e no chão e o outro fê-lo uns dias depois.

“Desenvolvemos um interface cérebro-medula que descodifica a intenção motora expressa por sinais cerebrais, contorna a lesão, e envia a informação para a medula para reproduzir os movimentos de marcha pretendidos” explica Grégoire Courtine num vídeo. Mas, para restabelecer a comunicação entre o cérebro e a medula, foi preciso aprender a linguagem que o cérebro usa para dar a ordem de marcha.

“Inserimos uma centena de elétrodos numa pequena região do córtex [do tamanho de uma moeda] que controla o movimento da perna e enviámos a informação que registámos nos neurónios para um computador que decifrou [através de algoritmos] a intenção motora dos primatas baseando-se nos seus sinais. Ou seja, a extensão e flexão da perna”, explica.

Depois é simples: o computador envia esta informação para um estimulador implantado na medula (no local abaixo da lesão) que, por sua vez, transmite a mensagem para o sítio correto e no timing certo, conseguindo reproduzir o movimento de extensão e flexão da perna.

“Fazer a ligação entre a descodificação do cérebro e a estimulação da medula – fazer com que esta comunicação exista – é algo completamente novo”, refere Jocelyne Bloch, neurocirurgiã no Hospital Universitário de Lausanne e também uma das autoras do artigo. Sem esconder o entusiasmo, a cientista nota: “Pela primeira vez, posso imaginar um doente paralisado a ser capaz de obedecer às ordens do cérebro através deste interface.” Grégoire Courtine é mais cauteloso: “É a primeira vez que uma neurotecnologia restaura a locomoção em primatas, mas ainda há muitos desafios pela frente e, por isso, teremos de esperar vários anos até que esta intervenção se transforme numa terapia para humanos.”

Num comentário na Nature, Andrew Jackson, do Instituto de Neurociência da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, reconhece a importância do “passo em frente” dado por esta equipa. Porém, também admite que ainda há alguns desafios decisivos que é preciso superar até conseguirmos que estes interfaces neurológicos consigam registar os sinais do cérebro de uma forma robusta e estável. Depois, nota ainda, este trabalho não mostra se esta intervenção seria capaz de restaurar a marcha em casos de lesões mais graves que paralisam as duas pernas, e que são os mais comuns. Por fim, diz Andrew Jackson, falta perceber se os macacos conseguiram manter o controlo do equilíbrio, da direção e evitar obstáculos, que são essenciais para uma locomoção eficaz.

Apesar das limitações, este trabalho é mais um passo em frente numa área que recentemente tem revelado muitos e rápidos progressos. A ciência já mostrou bons resultados com sistemas que conseguiam traduzir a atividade cerebral em sinais motores para aparelhos, como braços robóticos, e até para membros superiores paralisados na sequência de uma lesão na medula.

Com todos estes avanços, e tendo em conta que os sensores usados nas experiências já estão aprovados para uso em humanos, Andrew Jackson conclui que não é insensato especular que as primeiras demonstrações clínicas de um interface entre o cérebro e a medula surjam antes do final desta década.

Cientistas alertam
Mais de um em cada seis casos de cancro de mama em mulheres (17%) começa com sintomas diferentes de um caroço, o indício mais...

O alerta foi feito numa conferência em Liverpool, em Inglaterra, esta semana.

Os investigadores informam que as mulheres devem estar atentas a outros sinais de alterações na área da mama, como nas axilas, braços e mamilos, para que em caso de alterações procurarem assistência médica de forma precoce.

A investigação, apresentada na conferência anual do National Cancer Research Institute, examinou os sintomas de 2.300 mulheres diagnosticadas com cancro de mama em Inglaterra entre 2009 e 2010.

Além de corresponderem a um sexto dos diagnósticos, as mulheres que apresentaram sintomas que não eram caroços demoraram mais de três meses para procurar um médico, o que diminui, segundo os especialistas, o sucesso ou hipótese de tratamento.

Existem vários sintomas do cancro de mama, como alterações e inflamações nas axilas e braços, infeções no tecido mamário, sangramento, prurido, dores, entre outros.

Monica Koo, uma das investigadoras e autoras do estudo, aponta o tempo como um fator determinante no tratamento e cura do cancro. "É crucial que as mulheres estejam cientes que o caroço não é o único sintoma do cancro de mama. Se elas estão preocupadas com qualquer sinal diferente na mama, a melhor coisa a fazer é procurar um médico. Diagnosticar o cancro cedo é realmente a chave para aumentar as hipóteses de sobrevivência", explicou a cientista.

Estudo
Investigadores do EpidStat Institut, nos EUA, garantem que as pessoas que o fazem têm 12% menos probabilidades de vir a sofrer...

Uma série de novos estudos divulgados nos últimos dias nos Estados Unidos da América (EUA) enaltece os benefícios nutricionais dos ovos. Além de, alegadamente, não contribuírem para o aumento da taxa de colesterol, também reduzem os riscos de acidente vascular cerebral (AVC). Um grupo de investigadores do EpidStat Institut acaba de afirmar que ingerir um ovo por dia pode fazer diminuir essa percentagem em 12%.

No âmbito deste estudo, uma meta-análise, os cientistas reagruparam uma série de trabalhos de investigação realizados nos últimos anos e chegaram à conclusão que este alimento tem ainda a vantagem de fazer diminuir o risco de doenças coronárias, escreve o Sapo. “Os ovos têm muitas propriedades nutricionais positivas, incluindo antioxidantes conhecidos por reduzir o stresse oxidativo e a inflamação”, assegura Dominik Alexander.

“São também uma excelente fonte de proteínas, tradicionalmente associadas a uma pressão arterial mais fraca”, sublinha o coordenador do novo estudo. Além da luteína, este ingrediente é rico em zéaxantina de origem natural e vitaminas E, D e A. “A vitamina E reduz o risco de crises cardíacas futuras nas pessoas que sofrem de doenças coronárias e a luteína evita a obstrução das artérias”, garantem ainda os especialistas.

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