Rede Nacional de Cuidados Continuados
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse que o país conta com 7.800 camas disponíveis na Rede Nacional de...

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e o Instituto de Segurança Social assinaram esta tarde um contrato-programa, no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, para disponibilizar 12 camas e um total de 365 dias para internamento de média duração em reabilitação, na Unidade de Saúde Maria José Nogueira Pinto, em Cascais.

"As necessidades do país andarão por volta das 15 mil [camas]. Estamos pouco mais de meio desta viagem, sendo certo que este ano estamos a ter a maior vaga de abertura de camas de cuidados continuados integrados, cerca de 700, que acrescerão a curto prazo mais 300 em saúde mental. Estamos, portanto, a fazer um esforço para retomar um caminho que é imperativo, tendo em conta as condições de envelhecimento e as necessidades que são manifestas de resposta", afirmou o ministro, aos jornalistas.

Adalberto Campos Fernandes reconheceu que as necessidades na rede de cuidados continuados existem há muitos anos e sublinhou que a responsabilidade deve ser partilhada por "todos os que nos últimos dez anos deram poucas respostas deste tipo".

"Não interessa falar do passado, interessa dizer que estamos a reconciliar o país e os portugueses com as respostas sociais e com as respostas de saúde e é essa a nossa obrigação. A resposta que tardou muito. A própria região de Lisboa e Vale do Tejo está muito carenciada, mas vamos procurar nos próximos três anos, até ao fim da legislatura, por Lisboa e Vale do Tejo na média nacional", frisou.

Sobre o esforço financeiro, o ministro não adiantou valores, mas assegurou que "é muito mais caro e imprudente do ponto de vista clínico tê-los [aos doentes] inadequadamente num hospital do que em respostas como estas".

As novas camas são as primeiras de internamento da Rede Nacional de Cuidados continuados Integrados no concelho de Cascais, uma aspiração antiga da autarquia.

"É um dia histórico, porque Cascais não tinha nenhuma oferta nos cuidados continuados, quer de curta, média ou longa duração. Estamos a falar das primeiras 12 de 107 que já estão assinadas por despacho e com o compromisso de serem reforçadas em mais 400", afirmou o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras.

O autarca sublinhou ainda que a câmara tem o objetivo de adquirir edifícios do Estado para convertê-los em equipamentos com a mesma finalidade social e de saúde, assegurando que "todo o investimento terá retorno".

Projeto Nutriciência
As famílias apoiadas pelas Misericórdias vão poder aprender mais sobre alimentação e nutrição, através do projeto Nutriciência,...

Lançado pela Universidade do Porto, em parceira com a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e a Universidade de Oslo, o “Nutriciência: Jogar, Cozinhar e Aprender” pretende “aumentar a literacia nutricional das famílias portuguesas”.

Ao associar-se a esta “iniciativa inovadora”, a União das Misericórdias Portuguesas pretende “contribuir para a adoção de hábitos saudáveis junto das famílias que já procuram apoio social junto das Misericórdias”, explica o presidente da UMP, Manuel de Lemos, em comunicado.

“Através das novas tecnologias é possível criar momentos interativos que apoiem a educação alimentar e dessa forma contribuir para qualidade de vida destas famílias”, acrescenta Manuel de Lemos.

O coordenador do projeto e professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, José Azevedo, acrescenta que objetivo do projeto é que “as pessoas se divirtam enquanto descobrem novas curiosidades sobre alimentação e os benefícios da prática de uma alimentação saudável”.

José Azevedo deu como exemplo “a importância do aumento do consumo de fruta e hortícolas da época e de produção local e a diminuição da ingestão de açúcar e de sal”.

No projeto, inserido no programa “Iniciativas em Saúde Pública” e que vai entrar na segunda fase, gerido pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), participam pais, crianças do ensino pré-escolar e educadores de infância inseridos nos programas de resposta social das Misericórdias portuguesas.

As famílias envolvidas são desafiadas a participarem também num concurso televisivo de culinária, que visa premiar as receitas mais saudáveis propostas pelas famílias participantes no projeto.

A segunda fase do projeto arranca na quinta-feira, no Centro João Paulo II, em Fátima, com a realização de um almoço saudável a partir das receitas vencedoras apresentadas pelas famílias na primeira fase do projeto.

O encontro irá contar com a participação de Alida Endresen, Conselheira da Embaixada da Noruega (um dos Estados doadores de financiamento para a concretização do Nutriciência), de Inês Ferreira, da ACSS, e de Manuel de Lemos.

Até ao momento, participaram no projeto Nutriciência cerca de 700 famílias portuguesas e mais de 200 educadores de infância, que integram os equipamentos das Misericórdias portuguesas.

A terceira unidade dedicada ao neurodesenvolvimento
O CADIn – Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil acaba de inaugurar instalações no centro de Lisboa, permitindo uma maior...

Pedro Cabral, Diretor Clínico do CADIn salienta que “foram os nossos utentes que nos conduziram de forma muito natural a esta medida e, por isso, a nova unidade CADIn será uma extensão da ação que tem sido desenvolvida nos últimos 13 anos. Manteremos a mesma equipa clínica e o mesmo modelo de funcionamento, centrado na procura contínua da melhor resposta para cada caso, tanto no diagnóstico quanto na intervenção, em articulação com a família, a escola e a comunidade e alargado a todas as faixas etárias”

Assim, a terceira unidade do CADIn contará com uma equipa clínica multidisciplinar nas áreas de Neuropediatria e Neurologia, Pedopsiquiatria e Psiquiatria, Psicologia e Neuropsicologia, Educação Especial e Reabilitação, Terapia da fala e Terapia ocupacional, entre outras.

Criado em 2003, o CADIn é uma IPSS - Instituição Particular de Solidariedade Social pioneira na sua intervenção. Foi o primeiro centro em Portugal dedicado ao tratamento e estudo das perturbações do neurodesenvolvimento, com a missão de promover a integração plena na sociedade de crianças, jovens e adultos com necessidades especiais.

Na qualidade de IPSS, o CADIn foi pensado como um projeto de responsabilidade social inovador, orientado para a inclusão. Assim, a unidade de Lisboa do CADIn será abrangida pela Bolsa Social, um fundo constituído por doações que comparticipam o custo do acompanhamento quando as famílias não têm condições económicas para os suportar sozinhas ou em casos de crianças e jovens institucionalizados.

Desde a sua abertura em Cascais, em 2003, e Setúbal, em 2011, o CADIn já atendeu mais de 20.000 pessoas. Lisboa é mais uma etapa no sonho de disponibilizar a, todas as famílias que necessitem, o acompanhamento de uma equipa de profissionais especializados no diagnóstico e tratamento das perturbações do neurodesenvolvimento, que acredita que cada pessoa tem direito aos melhores cuidados para poder realizar todo o seu potencial, em quaisquer circunstâncias e estágios de vida.

Áreas de intervenção do CADIn:

  • Perturbações Intelectuais e do Desenvolvimento
  • Perturbações Espetro do Autismo, Perturbações de Comunicação, Linguagem e Fala
  • Défice de Atenção e Hiperatividade
  • Perturbações do Comportamento e Controlo dos Impulsos
  • Perturbações do Humor e/ou Ansiedade
  • Perturbações Sono e do comportamento alimentar
  • Dificuldades de Aprendizagem Específicas (dislexia, discalculia, disgrafia, entre outras)
Conselhos para os pais
A psicóloga do IVI Lisboa, Filipa Santos, partilha algumas dicas para facilitar o regresso à rotina
Regresso às aulas

Atualmente o regresso às aulas representa um momento significativo na maioria das casas. Possivelmente potenciado pelo protagonismo crescente que o tema tem tido junto dos meios de comunicação e pela importância que a publicidade lhe atribui. Isto faz com que, cada vez mais, os pais estejam atentos e procurem formas de facilitar a adaptação e o regresso à rotina depois de um período de descanso e diversão, como o verão.

A Filipa Santos, psicóloga do IVI Lisboa, partilha algumas sugestões para uma melhor transição no regresso à rotina.

A atitude dos pais

Esta temática é pertinente em setembro, mas também ao longo de todo o ano. Quantas vezes ouvimos queixas a um domingo por no dia seguinte ter de regressar ao trabalho?

Uma das formas de aprendizagem das crianças é a imitação. As crianças captam as queixas e a insatisfação diária dos adultos em relação ao trabalho. É certo que trabalhar todos os dias, pode ser desgastante, mas devemos também enfatizar alguma satisfação, valorizar algo que tenhamos conseguido por trabalhar ou algo interessante que tenha ocorrido durante o dia e contá-lo à família. Se as crianças se rirem e acharem engraçado um episódio do dia a dia dos pais no trabalho, percebem que, apesar do esforço necessário, o trabalho compensa. Os pais são uma referência muito importante em certas idades e por vezes reforçam comportamentos e formas de pensar e sentir aos filhos sem dar conta.

Envolver as crianças na organização do seu material escolar e do seu quarto

É importante que as crianças participem na organização do material escolar e que aprendam a preparar a mochila com tudo o que necessitam para as aulas. Da mesma forma, é positivo que se envolvam também na organização dos seus quartos e zonas de estudo.

Dar informação prévia sobre o novo ano letivo

Tal como acontece aos adultos quando mudam de departamento, de colegas ou de chefe, as crianças também sentem alguma inquietação com a aproximação do novo ano letivo. Para ajudá-los devemos conversar com as crianças sobre a nova etapa no colégio, evitando muitos detalhes ou juízos de valor.

Recordar algum momento divertido no ano letivo anterior

É muito positivo valorizar alguma situação ou experiência que tenha marcado positivamente a criança. Pode ajudar ter contacto prévio com algum amigo ou visitar as instalações da escola antes do inicio do novo ano escolar.

Estrear algo

Sem cair no consumismo supérfluo é positivo que a criança estreie algum material escolar. Uma mochila, uma caixa de lápis, algo simples, mas que a criança goste.

Recuperar as rotinas do quotidiano da vida escolar

É recomendável recomeçar as rotinas e os horários do período escolar uns dias antes do inicio do regresso às aulas, deste modo, não são tão bruscas as alterações nos primeiros dias de aulas.

A intuição dos pais

Ninguém conhece tão bem as crianças como os próprios pais. Os profissionais podem dar alguns conselhos práticos para ajudar um pouco, mas os pais devem seguir a sua intuição e fazer o que acreditam ser melhor para os filhos.

O valor das palavras

Lamentavelmente nos últimos anos tornou-se moda a expressão: “Depressão pós-férias”, que implica uma conotação muito negativa. De um modo geral, voltamos de férias de verão com boa aparência, alguns até voltam bronzeados, aproveitámos a natureza, vivemos bons momentos com amigos e família, pusemos a leitura em dia, descansámos…Porque não trocar a expressão “depressão pós-férias”, pelo título da canção “Meu querido mês de agosto”! Esta sim, está mais conotada com os bons momentos vividos no verão.

A forma como encararmos o nosso dia a dia e o narramos aos nossos filhos é fundamental para a forma como eles próprios vão entender e organizar as suas vivências.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Eliminar tatuagens
Tratando-se de um procedimento simples e seguro, o laser para remoção de tatuagens é a melhor opção

Consideradas como um acessório de moda, as tatuagens deixaram de estar ligadas a uma minoria muitas vezes marginalizada. No entanto, apesar de cada vez mais pessoas decidirem tatuar o corpo, muitos são aqueles que se arrependem de o ter feito.

Um estudo levado a cabo por uma marca líder em equipamentos médico-estéticos revela que cerca de 41 por cento dos inquiridos admite estar arrependida. Uns por considerem a sua tatuagem fora de moda ou de mau gosto, outros por representar a lembrança de um namoro antigo. Tatuar o nome do namorado ou namorada lidera na lista dos principais arrependimentos.

Com o avanço da tecnologia laser é hoje possível, entre quatro a nove sessões, remover por completo uma tatuagem, sem correr o risco de ficar com marcas ou cicatrizes.

“A eliminação de tatuagens via laser realiza-se através de um procedimento denominado de Fototermólise seletiva em que um feixe de laser, com um determinado comprimento de onda, vai incidir unicamente sobre um cromóforo determinado (alvo da cor) provocando a fragmentação do mesmo em partículas mais pequenas, que os macrófagos do organismo possam absorver e eliminar através do sistema linfático”, começa por explicar Julio Morales, diretor médico de uma marca especializada em equipamento médico-estéticos.

Garantindo que este é um procedimento simples e seguro, uma vez que se trata de um método baseado na física (laser) e não na química (como os peelings), sendo possível controlar a profundidade das emissões, garante resultados logo ao fim da primeira sessão e sem risco de lesões.

Depois do especialista avaliar o tipo de tatuagem que vai ser removida, “elege-se o comprimento de onda mais apropriado (dependendo da cor da tinta) assim como a energia com que se vai tratar cada zona”.

De acordo com Julio Morales, estes parâmetros podem variar de sessão para sessão em função das alterações que podem surgir na zona tratada. “Um exemplo disso é quando se tratam tatuagens cosméticas pretas, cuja composição da tinta desconhecemos. Nas primeiras sessões podem desaparecer de maneira normal, mas de repente na 3ª ou 4ª sessão podem aparecer tons de uma cor diferente (isto porque cada tatuador faz as suas próprias misturas para a cor). Então na sessão seguinte há que ponderar uma mudança do comprimento de onda”, explica.

Quanto aos cuidados com a pele, estes devem ser aplicados antes e depois de cada sessão. Meia hora antes de cada sessão deve ser aplicado, no local a tratar, uma camada de creme anestésico, que se retira imediatamente antes do procedimento.

No final “aplica-se uma pomada anti-inflamatória com antibiótico com o objetivo de evitar complicações”. “A zona tratada terá de ser cuidada como se de uma pequena queimadura se tratasse. A pomada serve para manter a zona húmida e assim evitar a formação de crostas, além da proteção do sol e da fricção acidental da zona”, justifica o médico.

Apesar de segura, esta técnica apresenta algumas contraindicações. “Há um caso que merece especial referência: aqueles pacientes que ao fazer a tatuagem tiveram uma reação alérgica na zona devido ao composto da tinta, não é aconselhável que se submetam a este procedimento uma vez que a a fragmentação da tinta fará com que reproduzam esses sintomas e, inclusivamente, que estes se agravem”, revela Julio Morales.

Por outro lado, tal como acontece com qualquer tipo de procedimento laser, deve ter-se atenção à exposição solar, medicamentos, vitaminas ou produtos de ervanária que possam produzir reações de fotossensibilidade, por exemplo.

“Doenças fotossensíveis como a Porfiria, doenças que se ativem com exposição continuada a estímulos visuais tipo Eplilépsia, gravidez e amamentação, doenças que afetem o sistema Imunitário (como HIV), ou qualquer tipo de cancro em fase ativa ou em tratamento” (em que é necessário esperar cinco anos depois da cura para fazer o procedimentos) são casos contraindicados.  

Postas de lado as contraindicações, é importante ainda preparar a pele para receber o tratamento. “A pele sobre qual se vai disparar qualquer tipo de laser não deve estar fotoestimulada, ou seja, há que evitar a exposição solar na zona do tratamento até um mês antes da sessão, assim como evitar qualquer tipo de medicação que possa ser fotossensível. É necessário também que a pele esteja limpa e livre de qualquer tipo de cosmético e/ ou pomada medicamentosa, uma vez que isto pode alterar os resultados do procedimento”, adverte.

“Quero mesmo apagar esta recordação”

Quem está a seguir todos estes conselhos é Ana Leal que decidiu apagar da memória e do corpo a marca de um relacionamento passado.

“Eu gosto de tatuagens. Acho que é uma forma bonita de expressar sentimentos, emoções e recordações. Se o desenho for bonito e se simbolizar algo importante para a pessoa é uma combinação perfeita”, começa por explicar a jovem que aos 28 anos decidiu fazer a sua primeira e única tatuagem.

“Na altura tinha um namorado e vivíamos momentos maravilhosos. Fazíamos imensos programas, viajávamos, saímos, passeávamos e eu queria perpetuar aquelas sensações e achei que a tatuagem poderia simbolizar todas estas vivências e sensações”, justifica acrescentando que com o fim do namoro, perdeu o sentido.

“Guardo boas recordações desses tempos, mas não quero que estejam marcadas em mim, pelo menos de forma visível, e por isso decidi removê-la”, diz. “Assim que o relacionamento acabou deixei de gostar da tatuagem, e à medida que o tempo foi passando acabou mesmo por perder o sentido”, afirma convicta.

Revela ainda que, durante algum tempo, a tentou esconder com a ajuda da roupa até ter tomado a decisão de avançar para a remoção. “Fazer outro desenho por cima, por exemplo, também não é solução para mim porque quero mesmo apagar esta recordação”, confessa Ana, hoje com 35 anos.

Quanto aos principais receios, Ana Leal afiança que apenas tinha medo da dor. “Mas com a anestesia tópica que me colocam 30 minutos antes de cada sessão não sinto nada. Além disso posso dizer que a fazê-la sim, doeu”, acrescenta.

A caminho da terceira sessão laser, Ana tem visto resultados desde a primeira sessão. “Logo na primeira sessão vi que a tatuagem ficou ligeiramente mais atenuada. Mas nunca tive expetativa de ver resultados imediatos nas primeiras sessões”, afiança.

Recorda que quando fez a consulta de diagnóstico numa clínica especializada, em Lisboa, lhe explicaram que o tratamento era feito em várias sessões – “estimam-se seis a oito sessões, espaçadas entre si, de seis a oito semanas”.  Além disso, os resultados podiam variar.

“Em príncipio o número de sessões depende do tipo de tinta que se tenha aplicado na tatuagem (da cor, dos compostos que possuem a tinta, entre outros), assim como a antiguidade e o tipo de tatuagem (cosmética, traumática, profissional...). Estamos a falar de quatro a nove sessões para uma tatuagem preta e de seis a 10 para uma de cor”, explica Julio Morales.

Por outro lado, acrescenta que no momento de garantir resultados, “quase a totalidade das tatuagens pretas acabam por se eliminar com algumas sessões. No caso das tatuagens de cor, as expetativas são bastante boas (para vermelho, verde escuro, azul escuro, castanho) ainda que existam cores que são difíceis e que requerem um maior número de sessões (amarelo, laranja ou rosa)”.

Satisfeita com os resultados alcançados, Ana pede, no entanto, alguma cautela na escolha do local onde realizar o tratamento. “Recomendo que se informem em locais especializados. Que não se deixem enganar pelos centros de estética que dizem que fazem remoção de tatuagem, mas sim laser para fazer depilação. Apagar tatuagens com esses equipamentos pode fazer queimaduras muito graves”, adverte.

A mesma preocupação é partilhada por Julio Morales que reforça a segurança da nova tecnologia laser. “Comparando com os métodos que se utilizavam antes – laser de ablação, peeling – com este tipo de laser atuamos sobre o alvo específico que queremos tratar e não sobre o tecido são que o rodeia, evitando a formação de grandes áreas danificadas que podem correr o risco de infeções e a formação de cicatrizes. Só tratamos o que queremos tratar”, garante.

“Hoje em dia existe um mercado muito extenso de equipamentos mas, infelizmente, nem todos estão à altura de obter bons resultados e, muitos deles, acabam produzindo lesões onde não as havia, por isso é muito importante o centro e a equipa com a qual trabalham (pois no final o barato pode ficar caro)”, conclui.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Envelhecimento da população
Os ministros da Saúde dos países do G7 comprometeram-se hoje, no final de uma reunião de dois dias em Kobe (centro do Japão), a...

Os representantes do Canadá, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Reino Unido, França e Japão reconheceram a importância de "construir um sistema de atenção (para estes doentes) nas comunidades" em que residem, afirmara, numa conferência de imprensa após o encontro.

Os ministros acordaram promover o diagnóstico precoce e desenvolver políticas que melhorem as vidas dos doentes, assim como impulsionar a investigação para acelerar a criação de terapias.

O resultado da reunião reflete as discussões mantidas pelos líderes dos sete países mais desenvolvidos do mundo na cimeira do G7 entre 26 e 27 de maio no parque natural de Ise-Shima (centro do Japão), onde destacaram a necessidade de abordar os problemas do envelhecimento global.

O Japão espera que as medidas que está a adotar nesta matéria - mais de um quarto da população japonesa tem mais de 65 anos - sirvam de exemplo para os países que enfrentam problemas similares.

Esta foi a primeira vez que os ministros da saúde do G7 se centraram no problema da demência.

Cerca de 47,5 milhões de pessoas sofrem de demência no mundo e prevê-se que o número ascenda a 135,5 milhões em 2050, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os ministros destacaram a importância do uso de tecnologia (nomeadamente os programas de reconhecimento facial) para a prevenção de fraudes, que frequentemente se dirigem a este setor vulnerável.

Propuseram que os trabalhadores das instituições financeiras recebam formação nesta matéria para detetar clientes em risco de demência para lhes oferecer o apoio adequado.

 

Representantes de países como o Laos, Birmânia, Singapura e Tailândia - onde se teme que o envelhecimento rápido da população se converta num problema grave - também participaram no encontro.

PRECISE
Três institutos de investigação portugueses vão receber 2,5 milhões de euros para desenvolver um programa para aplicar na...

O consórcio PRECISE, que junta o Instituto de Medicina Molecular, o Instituto de Biotecnologia e Bioengenharia e o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, vai receber um financiamento de 2,5 milhões de euros para aplicar na prática clínica estratégias de prevenção e tratamento mais personalizadas.

Segundo uma nota, entre os objetivos do projeto está a criação de um protótipo de uma plataforma digital para a medicina de precisão, melhorias na prevenção e tratamento do acidente vascular cerebral e desenvolver novos processos para chegar a terapias inovadoras de base celular.

A medicina de precisão tem como objetivo desenvolver tratamentos adaptados às alterações moleculares de cada doente.

O trabalho do consórcio vai ser desenvolvido por equipas multidisciplinares que integram médicos e engenheiros das três instituições de investigação da Universidade de Lisboa.

O financiamento do projeto provém do concurso de Programas de Atividades Conjuntas, que integra o Portugal 2020.

Estudo
Uma investigação realizada nos Estados Unidos indica que as crianças que nasceram de cesariana têm um risco 15% maior de...

Os cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard dizem que tal constatação científica pode explicar-se pelo facto de bebés nascidos de parto normal serem expostos a mais bactérias saudáveis da flora intestinal - microbiota - e do corpo da mãe durante o parto.

De acordo com os investigadores, escreve o Sapo, estas bactérias têm um papel importante na regulação da dieta.

No entanto, outros especialistas dizem que podem haver outros fatores a influenciar a saúde na infância e depois na idade adulta.

Entre estes fatores podem estar a dieta da mãe, o facto da mãe ter ou não diabetes durante a gravidez e se o bebé foi amamentado com leite materno.

De acordo com informações veiculadas pela BBC, e com base em outras investigações, os bebés que nascem de cesariana têm menos hipóteses de serem amamentados.

Por outro lado, foi já demonstrado em estudos preliminares que a falta de aleitamento materno no início da vida pode aumentar o risco de obesidade na idade adulto.

O estudo da Universidade de Harvard, publicado na revista especializada Jama Pediatrics, acompanhou 22 mil bebés até à idade adulta.

Na investigação, os cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard e outras instituições do país descobriram que os bebés que nasceram por cesariana tinham 15% mais hipóteses de se tornarem obesos.

Em famílias nas quais os filhos nasceram com métodos diferentes, os que nasceram por cesariana tinham 64% mais hipóteses de serem obesos do que os irmãos nascidos através de parto normal.

Promover a investigação
A Sociedade Portuguesa de Oncologia é a primeira sociedade médica a disponibilizar, no seu site, uma área informativa...

Nesta secção do site da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) são apresentados os ensaios clínicos por área de tratamento de acordo com a indicação terapêutica: cabeça e pescoço, digestivo, ginecologia, hematologia, mama, pele, pulmão, sistema nervoso e urologia. É dada informação relativa ao tipo e descrição do ensaio e são disponibilizados os contactos dos centros de investigação, assim como o nome do investigador responsável.

Com esta nova funcionalidade, a Sociedade Portuguesa de Oncologia pretende aproximar as unidades de Oncologia aos centros de investigação clínica e facilitar o acesso dos doentes a estes estudos, que constituem para muitos a única possibilidade de beneficiarem de tratamentos que ainda não se encontram disponíveis fora deste contexto.

Este trabalho resultou de um enorme esforço da SPO e dos vários Centros de Investigação que cederam a informação.

Durante o último ano, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) recebeu 137 pedidos de autorização para ensaios clínicos, a maioria dos quais na área da Oncologia. Deste total, 123 foram aprovados, tendo sido envolvidas cerca de 12 mil pessoas nas diferentes fases da investigação.

No entanto, a taxa de realização de ensaios clínicos continua a ser muito baixa em Portugal quando comparada com a dos restantes países da Europa Ocidental. Em 2012, o número de ensaios por cada milhão de habitantes era pouco superior a dez, quando noutros países, como na Áustria ou na Bélgica, esse valor chegava aos 40 e 47, respetivamente.

Esta iniciativa insere-se nos objetivos da SPO para o presente triénio em que se procura contribuir ativamente na promoção da investigação em Portugal.

Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências
Entre 36% e 40% dos utentes de comunidades terapêuticas conseguem terminar o tratamento e têm alta clínica, revelou o...

Dos utentes que aguentam todo o tempo de tratamento, “75% a 80%, um ano depois, ainda continuam sem consumir”, indicou Manuel Cardoso, considerando que “são resultados muito bons comparados com o que acontece nas outras comunidades em termos mundiais”.

“Estes doentes têm muita dificuldade em cumprir um ano de tratamento”, afirmou Manuel Cardoso, argumentando que estão em causa patologias crónicas com características reincidentes e o que se pretende é que “o doente tenha momentos de paragem tão longos quanto possível”.

Os internamentos em comunidades terapêuticas podem ser comparticipados pelo Estado, através das Administrações Regionais de Saúde (ARS), em 80% do valor do tratamento, que varia de 800 a 1.000 euros mensais.

A comparticipação é de “acesso automático, não tem nada a ver com o recurso das famílias”, explicou o responsável do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), declarando que as ARS investem cerca de 10 milhões de euros por ano, valor que se tem mantido estável nos últimos cinco anos.

Atualmente, existem em Portugal mais de 60 comunidades terapêuticas, espalhadas um pouco por todo o território continental, disponibilizando mais de 2.000 camas.

Destas, cerca de 1.500 estão convencionadas, pelo que “conseguem responder absolutamente à atual procura”.

De acordo com o responsável do SICAD, “a taxa de ocupação tem vindo a baixar”, devido à redução do número de toxicodependentes.

Para além do tratamento de drogas, as comunidades terapêuticas tratam hoje de dependências de álcool, jogo, sexo e perturbações do comportamento alimentar, assistindo-se a “um aumento do número de doentes alcoólicos em tratamento”.

Segundo Manuel Cardoso, os toxicodependentes são cada vez mais velhos, porque estão “mais envelhecidos, não são os mais velhos que estão a consumir”. Nestes, “tem que haver muitas repetições de tratamentos”.

Neste sentido, pretende-se que a comunidade terapêutica “não entre num ciclo de tratar, deixar ir embora e voltar a tratar”, pelo que, em caso de uma alta não programada numa mesma comunidade, o doente tem que ir para uma outra instituição.

Em relação aos jovens, atualmente têm “um consumo utilitário das substâncias, seja álcool, sejam substâncias ilícitas, o que significa que menos facilmente entram numa de dependência de uma substância”, advogou o subdiretor geral do SICAD.

Ainda assim, existem casos de menores, entre os 14 e os 18 anos, a entrar em internamento nas comunidades terapêuticas, por decisão do Tribunal de Família e Menores, em regime de substituição de pena.

Sobre o atual funcionamento das comunidades, Manuel Cardoso admitiu que são necessários mais recursos humanos.

Independentemente das necessidades, o responsável do SICAD não crê que “haja alguém que queira ajuda que não a tenha tido”.

Terapias contra dependências
Conscientes de que estão “presos” a uma doença crónica, toxicodependentes e alcoólicos aprendem a viver livres de substâncias...

“A dificuldade é pedir ajuda e reconhecer o problema”, comentou Daniela, que é assistente social - já estava habituada a lidar com este tipo de problemas, agora sente-os na pele.

Internada no CRETA - Centro de Recuperação para Toxicodependentes e Alcoólicos, em Cascais (distrito de Lisboa), Daniela, de 35 anos, combate a adição ao álcool, substância da qual ficou “refém” nos últimos dois anos.

“O desgoverno foi total a todos os níveis: financeiro, social, familiar e, essencialmente, para com a minha filha”, reconheceu. Com medo de ficar sem a guarda da menor, decidiu ser tratada. Meteu férias do trabalho e entrou de imediato no CRETA.

Apoiada pela família, pagou do próprio bolso cerca de 10.500 euros pelo tratamento de três meses.

“Não é caro. Num hotel bom, sem terapeutas, pagamos uma média de 70 a 80 euros. Aqui, pagamos uma média de 100 euros por dia com excelentes terapeutas. Se há dinheiro muito bem empregue é aqui. Não consigo chorar um cêntimo”, afirmou.

Para Daniela, esta é a primeira experiência de internamento numa comunidade terapêutica. Para Adonis, de 35 anos, é mais uma tentativa de tratamento de drogas.

Internado também no CRETA, Adonis já é reincidente. Fez vários tratamentos comparticipados pelo Estado, mas recaiu sempre. Começou com 12 anos a beber álcool e a fumar drogas com os amigos.

Hoje, é dependente de heroína, cocaína e haxixe, tem adição ao álcool e ao sexo, e sofre de perturbações do comportamento alimentar. “Acabei por largar o meu trabalho e a minha casa, perder tudo, devido às drogas”, contou.

No CRETA, o tratamento é multidisciplinar, juntando as valências de psiquiatria e psicoterapia, através de sessões individuais e, sobretudo, em grupo.

“Há muitas atividades de grupo, porque as pessoas que aqui temos internadas têm todas um objetivo comum e quando funcionam em conjunto, em grupo, esses objetivos são muito mais facilmente atingidos”, disse o coordenador terapêutico, João Soares, considerando que quando há um grande investimento no tratamento, desde o internamento ao pós-internamento, a probabilidade da pessoa recair é muito baixa.

Apesar de ainda estarem em fase de tratamento no CRETA, Adonis e Daniela já pensam como vai ser quando saírem. Ambos querem continuar a manter-se ligados à comunidade terapêutica, de forma a evitar uma recaída.

Na comunidade terapêutica Ares do Pinhal, em Sintra, no mesmo distrito, os tratamentos são de longa duração, entre um ano e um ano e meio, divididos em três fases: acolhimento, reflexão interior e reinserção socioprofissional. A maioria dos utentes tem apoio do Estado na comparticipação dos tratamentos.

Entre trabalhos agrícolas, tarefas domésticas e sessões terapêuticas na Ares do Pinhal, Bruno, de 32 anos, cumpre o segundo tratamento de dependência de álcool e medicação.

“Durante muitos anos não me lembro de andar sóbrio, de andar sem ser sob o efeito de uma substância”, contou, acrescentando que não tem na família exemplos de toxicodependência nem de alcoolismo, por isso é a “ovelha negra”.

Para Bruno, o consumo de álcool servia como refúgio para os problemas. Tinha 20 anos quando fez o primeiro tratamento e esteve quatro anos sem consumir álcool até uma recaída em que voltou a beber todos os dias.

Empenhado no novo tratamento e motivado para a mudança, sabe que vai ser difícil resistir quando sair do tratamento: “Tenho que me manter vigilante. […] Saio muito pouco à noite, mas, caso saísse, também não ia à procura, não me ia pôr na boca do lobo”.

Dependente de heroína e cocaína, Pedro, de 57 anos, já vai no quinto tratamento, mas acredita que é desta vez que o problema fica arrumado.

Em todos os tratamentos, trabalhou sempre na correção dos comportamentos aditivos, mas nunca resultou. “Não foram os tratamentos que falharam”, assumiu, reconhecendo não ter tido força de vontade suficiente.

“O consumo no fundo é o sintoma e não a doença em si. A doença que está cá dentro é uma doença das emoções e dos sentimentos e só aqui [na Ares do Pinhal] é que consegui perceber de facto isso e identificar aquilo que tinha que trabalhar em mim”, disse Pedro.

Responsável por coordenar a comunidade terapêutica, Miguel Esteves assume que o tratamento de um toxicodependente é um processo complexo, feito de avanços e recuos.

Como nem sempre se consegue a abstinência total do utente, sublinhou, é importante “pelo menos mudar um pouco os seus hábitos e tentar encontrar hábitos mais saudáveis, que lhe permitam um maior ajustamento social, que não ponha em risco a sua vida e a dos outros”.

Estudo
Os bombeiros que percecionam ter a vida em perigo, ou a dos seus colegas, correm maior risco de desenvolver stress pós...

Realizado por investigadores da Faculdade de Psicologia da Universidade Lusófona do Porto (ULP) e da Escola de Psicologia da Universidade do Minho (UM), o estudo envolveu 397 bombeiros profissionais e voluntários de 28 quartéis do norte do país, do litoral ao interior.

Dos bombeiros entrevistados, 309 (77,8%) eram homens e 268 (67,7%) eram voluntários. Em média, tinham 11 anos de serviço, com o mínimo de cinco meses e o máximo de 43 anos.

Desde que assumiram a profissão, foram expostos, em média, a 26 experiências traumáticas diferentes, com um intervalo entre uma e 42 experiências, segundo o estudo coordenado pelo investigador Ricardo Pinto, da ULP, e publicado na revista norte-americana “Journal of Traumatic Stress”.

Em declarações, Sandra Henriques, coautora do estudo, desenvolvido no âmbito da sua tese de mestrado na ULP, explicou que a investigação pretendeu analisar as variáveis envolvidas no desenvolvimento de sintomas de Perturbação de Stress Pós-Traumático (PTSD) e sintomatologia psicopatológica, com especial enfoque nas experiências vivenciadas pelos bombeiros.

Segundo o estudo, 48 bombeiros (12%) apresentavam sintomas de PTSD e 72 (18,8%) sintomatologia psicopatológica, não tendo sido encontradas diferenças entre bombeiros profissionais e voluntários.

Ao analisarem a relação entre as experiências traumáticas a que os bombeiros são frequentemente expostos e o desenvolvimento da doença, os investigadores concluíram que “a perceção da experiência como ameaçadora, independentemente do tipo de acontecimento ou da frequência a que se é exposto, foi o melhor preditor de stress pós-trauma”.

“Na prática, dois bombeiros podem estar a combater o mesmo incêndio, mas aquele que avalia a situação como ameaçadora, que sente a sua vida em perigo, ou a dos seus colegas, é o que corre maior risco de vir a sofrer de stress pós-trauma”, referem as conclusões do estudo divulgadas, na véspera de se assinalar o Dia Nacional do Bombeiro Profissional.

Sandra Henriques, que faz parte da direção de um quartel de bombeiros, disse que “experiências muito graves”, como “ver uma criança morta”, “corpos mutilados”, têm um “impacto muito forte” no desenvolvimento de sintomas da doença, como alterações de humor, problemas de concentração, perturbação do sono, sentimentos de raiva, culpa, medo, vergonha, lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático.

Mas há outros acontecimentos que também ajudam a desenvolver a patologia, como chegar a um incêndio e não conseguir fazer nada, porque não há meios suficientes, ou “serem agredidos verbalmente pelos populares”, uma situação que tem impacto na autoestima e na “perceção de auto eficácia” do bombeiro e que, “infelizmente, é recorrente”, lamentou.

“Quanto mais grave percecionam a experiência maior é a relação entre a psicopatologia e o stress pós traumático”, salientou.

Os investigadores defendem que ter “mais meios técnicos e humanos” poderá “contribuir para que os bombeiros se sintam mais seguros e apoiados no exercício da sua atividade, e assim diminuir a probabilidade de desenvolverem perturbação, nomeadamente PTSD”.

A partir de 1 de novembro
Os produtos de apoio para doentes ostomizados ou de desgaste rápido e de utilização permanente e diária, como fraldas, passam a...

A medida faz parte de um despacho publicado na quinta-feira em Diário da República, que define o valor orçamental para 2016 em produtos de apoio para as pessoas com deficiência.

De acordo com o que está definido no documento, da responsabilidade dos Ministérios das Finanças, Educação, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e da Saúde, estão disponíveis quase 14 milhões de euros.

Ao Ministério da Educação cabe disponibilizar 400 mil euros em produtos de apoio prescritos às escolas, enquanto o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social financia com 6.580.000 euros, 4,8 milhões destinados a financiar produtos de apoio prescritos pelos centros de saúde e centros especializados, e 1.780 mil euros para produtos de apoio indispensáveis à formação profissional e ao emprego.

Já o Ministério da Saúde financia com 7 milhões de euros os produtos de apoio para as pessoas com deficiência prescritos nas unidades hospitalares designadas pela Direção-Geral da Saúde.

É nesta matéria, aliás, que surge a principal novidade do despacho, já que, a partir do dia 01 de novembro, as pessoas com deficiência que precisem de produtos de apoio no âmbito da Ostomia (intervenção cirúrgica através da qual é criada uma abertura para o exterior do organismo com vista a expelir as fezes ou urina) passam a recebê-los diretamente nos centros de saúde.

A medida aplica-se igualmente a quem usa produtos para absorção de fezes e urina (como as fraldas, por exemplo), de utilização permanente e diária, que deixam assim de ser obrigados a deslocar-se à Segurança Social.

De acordo com o que está definido em despacho, estes produtos de apoio passam a ser fornecidos ou reembolsados pelas unidades de cuidados de saúde primários ou prescritos por via eletrónica e dispensados em farmácia de oficina.

Por outro lado, em relação aos doentes internados em unidades hospitalares, designadas pela Direção-Geral da Saúde, os produtos de apoio devem ser prescritos antes da alta médica e fornecidos diretamente aos utentes para utilização fora do internamento hospitalar.

No despacho está também definido que o fornecimento destes produtos de apoio “é obrigatoriamente precedido de prescrição através da Base de Dados de Registo do Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio”, além de que a verba atribuída pode ser reforçada durante o ano de 2016.

Estas medidas surgem para colmatar “as enormes dificuldades” por que passam os utentes para obtenção dos produtos de apoio no âmbito da Ostomia e no âmbito dos produtos usados no corpo para absorção de urina e fezes.

“Obrigando-os a ter de efetuar várias etapas lentas e burocráticas, entre múltiplas instituições, que limitam a sua acessibilidade e reduzem de forma relevante a qualidade de vida”, lê-se no despacho, que entrou em vigor.

Infarmed
Mais de 1.200 doentes acederam, nos primeiros oito meses do ano, a medicamentos inovadores através de autorizações de...

Numa nota divulgada, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) refere que este ano, até fim de agosto, foram concedidas 1.229 autorizações de utilização excecional (AUE), que têm sido dadas num prazo médio de dez dias.

Segundo fonte oficial do Infarmed, no mesmo período de 2015, foram deferidos 951 pedidos de autorizações excecionais. Ou seja, nos primeiros oito meses deste ano houve mais 278 AUE do que em relação ao ano anterior.

A introdução no mercado de novos medicamentos cumpre um processo de avaliação que envolve uma negociação com os laboratórios, mas é possível aceder a fármacos enquanto decorre esse processo através dessas AUE, que têm de ser pedidas pelos hospitais.

 

Dos 1.229 AUE concedidas de janeiro a fim de agosto, mais de 700 foram de medicamentos para tratamento do cancro. Segue-se a área da oftalmologia, com 187 autorizações, depois a pneumologia (77), a dermatologia (46) e a hepatologia (50).

Em Coimbra
O reinvestimento das verbas poupadas com a fusão de diversas unidades de saúde mental na região de Coimbra foi defendido...

O psiquiatra dos Hospitais de Coimbra António Pires Preto defendeu, em Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, que “pelo menos um quarto” do dinheiro poupado nos últimos 10 anos, sobretudo em despesas com pessoal, “poderia ser reinvestido” no reforço da qualidade, designadamente do trabalho das equipas de saúde mental comunitárias.

Em declarações, após ter participado no seminário “Hiperatividade e défice de atenção: dos mitos ao conhecimento científico”, o médico psiquiatra estimou que as fusões de serviços deste domínio no distrito, na última década, permitiram reduzir a despesa anual de 24 milhões para 12 milhões de euros.

Na década passada, três hospitais de saúde mental da zona de Coimbra (Arnes, Lorvão e Sobral de Cid) deram origem ao Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra (CHPC), que teve o médico Fernando Almeida como presidente, e que depois foi integrado no CHUC.

Essas alterações ditaram uma redução de pessoal, que desceu de cerca de 700 trabalhadores (médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde) para 350, disse Pires Preto.

“Se um quarto do que se poupou fosse reinvestido, seria muito bom”, sublinhou, retomando afirmações que tinha proferido pouco antes na sua intervenção nos trabalhos, no auditório da Casa da Cultura César de Oliveira.

O mesmo responsável realçou os avanços registados no trabalho das equipas de saúde mental comunitárias, prevendo que esta aposta “vai trazer benefícios a jusante”, incluindo no plano financeiro, com a despesa em transportes e outras a baixar ao nível do internamento, das urgências e das consultas externas.

Pires Preto admitiu, por outro lado, que “as grandes áreas urbanas” do país, como Porto ou Lisboa, “têm mais problemas” de saúde mental, tendo em conta, entre outros dados, o facto de a crise económica e o desemprego terem nelas maior impacto do que nas pequenas localidades do interior.

O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, lamentou, com ironia, que a construção do IC6 tenha parado no concelho, “no meio de um pinhal”, o que acaba por dificultar o acesso à região da equipa de saúde mental comunitária do Pinhal Interior Norte, liderada pela psiquiatra Célia Franco.

 

O diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, Álvaro de Carvalho, foi outro dos oradores do seminário “Hiperatividade e défice de atenção: dos mitos ao conhecimento científico”, realizado para assinalar o primeiro ano de atividade daquela equipa de saúde mental comunitária.

Dia Mundial da Prevenção do Suicídio
De acordo com a Organização Mundial de Saúde mais de 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos.

Todos os anos mais de 800 mil pessoas põem termo à vida e um número muito superior faz tentativas de suicídio.

Cada suicídio é uma tragédia que afeta a família e a comunidade com efeitos a longo prazo em quem vive de perto com esta realidade. O suicídio surge em qualquer faixa etária sendo a segunda causa de morte na faixa etária dos 15 aos 29 anos (2012), só ultrapassada pelos acidentes rodoviários. A partir dos 70 anos, verifica-se um aumento significativo na taxa de suicídio, que triplica o seu valor.

O suicídio não ocorre exclusivamente em países desenvolvidos, mas é um fenómeno global que ocorre em todas as regiões do mundo. De facto, 75% dos suicídios ocorre em países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento (2012).

Em Portugal, a taxa de mortalidade por suicídio em 2014 foi de 11,7 por 100 mil habitantes, enquanto em 2012 e 2013 foi de 10,1, por 100 mil habitantes.

Os homens apresentam uma taxa de suicídio três vezes superior.

Existe ainda uma distribuição geográfica marcada no suicídio, que é tradicionalmente menor no Norte e maior na região Sul, embora esta variação tenha vindo a atenuar-se.

Por tudo isto, o suicídio é considerado um importante problema de Saúde Pública, que pode ser prevenido com intervenções multidisciplinares adequadas, baseadas na evidência e, habitualmente, pouco dispendiosas.

Quem está em risco?
O risco entre suicídio e doença mental (particularmente Síndrome Depressivo e Perturbação do Uso de Álcool) está bem estabelecido nos países desenvolvidos. No entanto, muitos suicídios decorrem de situações de impulsividade em momentos de crise com dificuldade em lidar com fatores stressantes externos, como dificuldades financeiras, roturas conjugais ou dor e doença crónicas.

Por outro lado, situações de conflito, catástrofes, violência, abuso ou luto e o próprio isolamento social estão fortemente associados a comportamentos suicidários.

As taxas de suicídio são superiores em grupos vulneráveis, como refugiados e populações migrantes, indigentes, homossexuais, bissexuais, transsexuais e presos.

No entanto o maior fator de risco para suicídio é uma tentativa prévia.

Métodos de suicídio
Calcula-se que cerca de 30% dos suicídios se devem a auto-envenenamento com pesticidas, a maioria dos quais ocorre em zonas rurais de países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Outros métodos frequentes são o enforcamento e a utilização de armas de fogo.

É importante reconhecer os métodos mais utilizados para definir estratégias de prevenção eficazes ao seu acesso.

Prevenção e controlo
A prevenção do suicídio engloba medidas a nível comunitário e individual que incluem:

- Redução do acesso aos meios de suicídio (pesticidas, armas de fogo e algumas medicações)

- Introdução de políticas de consumo de álcool que reduzam o seu consumo lesivo

- Identificação precoce, tratamento e prestação de cuidados aos indivíduos com Doença Mental e Perturbação do Uso de Álcool, dor crónica e episódios de stress emocional agudo

- Follow up dos indivíduos que fizeram tentativas de suicídio prévias e disponibilização de apoio comunitário

O suicídio é um tema complexo e as medidas para a sua prevenção requerem coordenação e colaboração entre vários sectores sociais incluindo saúde, educação, agricultura, finanças, justiça e defesa.

Estigma e tabu
O estigma, particularmente em redor da Doença Mental e do Suicídio, faz com que muitas pessoas que pensam pôr termo à vida ou que já o tentaram não procurem ajuda especializada.

A prevenção do suicídio não tem sido adequadamente conduzida devido à falta de consciência do suicídio como um grave problema de saúde pública e do tabu em várias sociedades para o discutirem. Até à data só alguns países incluíram a prevenção do suicídio nas suas prioridades de políticas de saúde.

Aumentar a consciência da comunidade e acabar com o tabu é fundamental para progredir na prevenção do Suicídio.

Fatores de Risco: Características que predispõem um individuo a considerar, tentar ou cometer suicídio

Tentativas de Suicídio prévias

-  História de Suicídio na família

-  Abuso de Substâncias

-  Perturbações de Humor (Síndrome Depressivo, Doença Bipolar)

-   Acesso facilitado a métodos letais

-   Fatores Stressantes Externos (dificuldades financeiras, roturas conjugais, catástrofes, violência, luto…)

-  História de trauma ou abuso

-  Doença crónica, incluindo dor crónica

-  Exposição ao comportamento suicidário de terceiros

Fatores protetores: Características que diminuem a probabilidade de um individuo considerar, tentar ou consumar o suicídio

- Acompanhamento em Saúde Mental, fácil acesso a diferentes intervenções clínicas

- Relações estruturadas de amizade, familiares e comunitárias

- Capacidade de resolução de problemas e conflitos

- Fácil acesso aos cuidadores (ex: chamada telefónica de follow up do profissional de saúde)

Sinais de alarme: indicam risco imediato de cometer suicídio.

- Falar ou escrever frequentemente sobre morte, morrer ou suicídio

- Fazer comentários de desesperança e culpabilidade

- Utilização de expressões que evidenciam falta de motivação para viver (ex: “era melhor se não estivesse aqui”, “quero acabar com isto”…)

- Aumento do consumo de álcool ou drogas

- Isolamento social

- Comportamentos imprudentes ou de risco

- Alterações bruscas de humor

- Falar em se sentir aprisionado ou em ser um peso para os outros

Se alguém dá indícios de quer cometer suicídio, oiça e tenha em conta as suas preocupações. Não tenha receio em fazer perguntas sobre os seus planos. Mostre-lhe que se preocupa e que essa pessoa não está sozinha. Encoraje-a  a procurar ajuda profissional imediatamente. Não a deixe sozinha.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Organização das Nações Unidas
O preço dos alimentos básicos registou em agosto um aumento de 7% em um ano, ao alcançar o nível mais alto em 15 meses,...

"Os preços dos alimentos básicos subiram em agosto, apesar de os preços dos cereais baixarem com a melhoria das perspetivas na produção mundial de cereais", lê num comunicado da agência da ONU com sede em Roma.

O índice de preços dos alimentos alcançou uma média de 165,5 pontos no oitavo mês do ano, escreve o Sapo, 1,9% a mais do que em julho e quase 7% em relação ao mesmo período de 2015.

Esse aumento é impulsionado principalmente pelos preços do queijo e do óleo de palma, enquanto que os do trigo, do milho e do arroz baixaram.

O índice FAO de preços de produtos lácteos aumentou 8,6% durante este mês, enquanto que o dos óleos vegetais subiu 7,4% e o do açúcar 2,5%.

O índice de preços da carne ficou estável, com um aumento de 0,3% em relação a julho. O preço dos cereais baixou: 3% desde julho, o que representa uma queda de 7,4% em um ano.

A FAO reviu em alta as suas previsões para a produção mundial de cereais em 2016: 2.566 milhões de toneladas, um aumento de 22 milhões de toneladas face às estimativas de julho.

A agência espera que a produção de arroz alcance um novo recorde neste ano, com quase 496 milhões de toneladas, fruto de uma meteorologia favorável em grande parte da Ásia e um aumento desse cultivo nos Estados Unidos, devido ao seu preço "mais atrativo".

Governo da Madeira
O Conselho do Governo Regional da Madeira autorizou a celebração de um contrato, na ordem dos 4,2 milhões de euros, para...

O executivo liderado pelo social-democrata madeirense Miguel Albuquerque também decidiu, na reunião semanal que decorreu na Quinta Vigia, no Funchal, atribuir um apoio financeiro à Associação para o Desenvolvimento da Freguesia de Santo António (ASA), no Funchal, no montante máximo de 924 mil euros para apoiar famílias afetadas pelos incêndios que fustigaram o concelho.

Segundo texto das conclusões da reunião, este apoio destina-se a apoiar agregados em situação de emergência social, sobretudo na recuperação de habitações, aquisição de equipamentos e “outras ações de apoio”.

O executivo madeirense resolveu autorizar a cessão, a título definitivo e gratuito, à Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM) de um prédio na zona da Boa Nova, freguesia de Santa Maria Maior, no concelho do Funchal, para requalificação e posterior habitação de vítimas dos fogos.

Os incêndios que fustigaram a Madeira na segunda semana de agosto provocaram três vítimas mortais, um ferido grave, prejuízos materiais avaliados pelo Governo da Madeira em 157 milhões de euros, tendo o fogo destruído 233 habitações (154 totalmente danificadas e 79 parcialmente afetadas).

Outra decisão do encontro do elenco governativo da região foi a celebração de um protocolo com a Águas e Resíduos da Madeira (ARM) “tendo como objeto a subsidiação do preço de venda de água de uso predominante agrícola” na região, pode ler-se no texto das conclusões.

O governo madeirense ainda autorizou a celebração de dois protocolos na sequência da realização do Festival Colombo, que decorre este mês no Porto Santo, na ordem dos 70 mil euros, dado que este cartaz “se reveste de extrema importância para o desenvolvimento turístico-cultural” daquela ilha.

Ainda deliberou um outro protocolo de desenvolvimento e cooperação com o Clube Naval do Funchal para apoiar a realização de vários eventos náuticos nomeadamente “XIX Regata Internacional Canárias – Madeira” (de 6 a 11 de setembro), o ”Madeira Ocean Race III” (de 2 a 9 de outubro) e o “Madeira Island Internacional Swim Marathon III” (de 9 a 15 de outubro), apoiando em 13.750 euros.

Universidade do Minho
Uma equipa da Universidade do Minho concluiu que a classe de neurónios D2 estará ligada aos estímulos positivos do prazer e...

Num comunicado, a academia minhota adianta que o resultado da investigação, coordenada por Ana João Rodrigues e Nuno Sousa, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho (UMinho), "ajuda a perceber melhor o sistema de recompensa, essencial na sobrevivência das espécies, que falha em doenças como a depressão, o défice de atenção e a adição de substâncias".

Segundo explica o texto, situações de prazer "ativam o circuito cerebral chamado sistema de recompensa", no qual se destacam dos neurónios D1 e D2, sendo que a comunidade científica associava os D1 ao processamento de estímulos positivos/prazer e os D2 a um papel relevante nos estímulos negativos.

"A equipa portuguesa provou agora que ambos podem ter funções positivas no comportamento", anuncia a UMinho, explanando que aquele estudo "é importante para compreender melhor como funciona o sistema de recompensa, que está disfuncional em patologias como a depressão e a adição, e pode abrir caminho para terapias direcionadas na eventual ativação daqueles neurónios".

Segundo o texto, os investigadores realizaram testes em laboratório que envolveram duas espécies de roedores que tinham que carregar determinadas vezes numa alavanca para obter um doce (recompensa).

Ao longo dos dias tinham de carregar cada vez mais para receberem o mesmo, provando que "quanto mais motivado o animal estava na tarefa, mais neurónios D1 e D2 ativava, carregando até 150 vezes por doce".

Numa segunda fase, os cientistas "ativaram ou inibiram seletivamente estes neurónios durante a tarefa usando um laser (técnica de otogenética)" e observou-se que "a motivação do animal aumentava drasticamente ao ativar-se tanto os D1 como os D2, levando-o a carregar mais vezes na alavanca" e que a inibição dos neurónios D2 diminuía a sua motivação.

"Os resultados foram surpreendentes, pois mostraram que ambas as populações neuronais têm um papel pró-motivação, contrariamente ao que a tinha vindo a ser proposto", explicam Ana João Rodrigues e Nuno Sousa no texto divulgado pela instituição minhota.

A equipa de trabalho do ICVS incluiu ainda Carina Cunha, Bárbara Coimbra, Ana David Pereira, Sónia Borges, Luísa Pinto e Patrício Costa.

Detalhes sobre o resultado desta investigação pode ser consultados em www.nature.com/ncomms/2016/160623/ncomms11829/full/ncomms11829.html

Banco Mundial
A poluição atmosférica tornou-se o quarto fator de morte prematura no mundo, causando uma perda de receita de milhares de...

A poluição do ar matou 2,9 milhões de pessoas em 2013, segundo os últimos dados disponíveis publicados num relatório da instituição de desenvolvimento. Se se somar os efeitos da poluição nos lares, nomeadamente os resultantes da utilização de combustíveis sólidos para o aquecimento e cozinhar, o número de mortes ascende a 5,5 milhões.

As doenças causadas pela poluição do ar (doenças cardiovasculares e pulmonares crónicas, cancro do pulmão e infeções respiratórias) são responsáveis por uma morte em cada 10 no mundo, seis vezes mais que o paludismo.

Cerca de 87% da população no planeta está mais ou menos exposta àquela poluição.

As perdas de vidas são também sinónimo de perda em termos de receita e de entrave ao desenvolvimento económico, de acordo com os cálculos do Banco Mundial.

O estudo estima as perdas de rendimentos do trabalho imputáveis àquelas mortes em cerca de 225 mil milhões de dólares (199 mil milhões de euros) em 2013.

O leste da Ásia, que inclui a China, conta 2,2 milhões de mortes devidas à poluição do ar, quer exterior quer interior, seguida do sul, que integra a Índia, com 1,8 milhões, e da África subsaariana (605.000).

Na Europa e na Ásia central, meio milhão de pessoas morrem devido à poluição, enquanto nos Estados Unidos ascendem a 100.000.

“A poluição atmosférica ameaça o bem-estar das populações, mina o capital natural e material e limita o crescimento económico”, afirmou Laura Tuck, vice-presidente do Banco Mundial para o desenvolvimento sustentável.

“Com este relatório, que avalia os custos económicos da mortalidade prematura ligada a este flagelo, esperamos encontrar eco junto dos decisores e conseguir que se consagrem mais recursos à melhoria da qualidade do ar”, adiantou.

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