16 de outubro - Dia Mundial da Alimentação
Alimentarmo-nos bem é uma arte!

1. Tome sempre o pequeno-almoço, também conhecido como “primeiro almoço”ou como preferem dizer os ingleses “breaking in the fast”, ou seja, quebrar o jejum! É a primeira refeição do dia, aquela que deve ser capaz de fornecer energia e nutrientes em quantidade e qualidade para começar um novo dia, contribuindo para uma mais equilibrada distribuição calórica dos alimentos ao longo do dia e maior saciedade e menor fadiga ao fim da manhã. Infelizmente, são ainda muitas as crianças que vão para a escola sem efetuar esta refeição tão fundamental para uma boa aprendizagem, memória e desempenho cognitivo. O pequeno-almoço deverá ser “de rei”, incluindo pão fresco de preferência integral ou de mistura ou cereais não açucarados, acompanhado por leite ou iogurte ou queijo fresco ou requeijão, sem esquecer a fruta.

2. A meio da manhã ou da tarde, opte por fazer uma pequena merenda, que poderá ser fruta ou iogurte. Isso permitir-lhe-á regular melhor o seu apetite ao longo do dia.

3. Ao almoço e ao jantar, comece sempre a refeição com a sopa, que pela sua riqueza em fibra, vai contribuir, por um lado, para um atraso do esvaziamento gástrico, aumentando a saciedade, por outro para uma diminuição do trânsito intestinal, sendo fator protetor do cancro do cólon. A sopa é tão rica em vitaminas, minerais e água que mais nenhum alimento ou prato se lhe compara a esse nível. Tempere com um fio de azite, sem deixar ferver a gordura. Se quer habituar o seu filho a comer sempre a sopa, lembre-se primeiro que toda a família a deve ingerir e evite dizer “Só sais da mesa, quando comeres a sopa toda!”, pois esta mensagem traduz um castigo associado a um alimento saudável, veiculando na criança emoções negativas. Diga antes “Se comeres a sopa toda, poderemos ler juntos a história que mais gostas.”, um prémio em associação a um alimento saudável. As crianças precisam de uma menor quantidade de fibra. Portanto, não pode querer que que o seu filho ingira a mesma quantidade de sopa que a de adulto.

4. No prato principal, prefira peixe ou carnes brancas ou ovo, em detrimento das carnes vermelhas, diminuindo assim o consumo de gorduras saturadas associadas a um maior risco de doença aterosclerótica e, consequentemente, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças cardiovasculares. Prefira grelhar, cozer ou estufar em cru. Evite os fritos. Que quantidade? O tamanho da palma da mão, depois de cozinhados e retiradas as gorduras visíveis, ossos ou espinhas. Se a criança tem uma palma da mão mais pequena, não pode querer que coma uma porção do tamanho da de um adulto. Preencha metade do prato com saladas e/ou hortícolas cozidos/salteados, usando o azeite como forma de tempero ou confeção. Lembre-se que o azeite, apesar de rico em gordura monoinsaturada e melhor para a saúde, não deixa de ser uma gordura! Em demasiada quantidade torna-se prejudicial. Não é para ingerir à colherada! O resto do prato será destinado ao arroz ou massa, de preferência integrais, ou em alternativa batata ou batata-doce. Pode e deve incluir as leguminosas (feijão, ervilha, grão, entre outras). Guie-se pelo tamanho do seu punho para se servir da quantidade que deve ingerir destes alimentos. Estes são os principais fornecedores de energia, mas também nos fornecem algumas vitaminas do complexo B e minerais essenciais. Não elimine estes alimentos da sua alimentação! Sem energia, nenhuma máquina é capaz de trabalhar, muito menos no seu rendimento máximo. Termine a sua refeição “de príncipe” com fruta, cuja riqueza em vitamina C melhora a absorção do ferro no organismo. Evite dar iogurte como sobremesa ao seu filho. Geralmente, quando as crianças se alimentam menos bem ao almoço ou ao jantar, a tendência dos pais é oferecer o iogurte. Cálcio em excesso pode ser prejudicial para a absorção do ferro, predispondo os indivíduos a anemias.

5. O jantar deverá ser uma refeição “de pobre”, com menores quantidades destes alimentos, uma vez que as necessidades energéticas e nutricionais ao final do dia, próximas da hora de deitar, são menores.

Sal, açúcar, álcool e água – em que quantidades?

6. Sal: precisamos de apenas um grama de sal para viver. A Organização Mundial de Saúde recomenda a ingestão no máximo de 5 gramas por dia. Em Portugal, o consumo médio diário de sal per capita é de 10,7g, mais do dobro do preconizado como máximo. “Doutora, a minha mulher cozinha tudo sem sal!” –  os alimentos também têm sal naturalmente presentes ou incluidos no seu processamento industrial, não falamos apenas do sal de cozinha que adicionamos na confeção. Alguns são muito ricos em sal: 100 g de presunto têm cerca de 4 g de sal e de salpicão cerca de 5g. São também ricos em sal alguns queijos curados, o bacalhau salgado mal demolhado, os caldos concentrados de gordura, os molhos tipo ketchup, maionese, mostarda, bolos e pastéis, entre outros. O sal é dos fatores que mais contribui para a hipertensão arterial, um fator de risco importante para AVC e doenças cardiovasculares.

7. Açúcar: alguns alimentos e bebidas são ricos em açúcares simples rapidamente absorvidos no organismo. O seu consumo elevado relaciona-se com maior risco de obesidade, diabetes e de cáries dentárias. Muitos produtos alimentares processados, além de possuirem gordura “trans” que aumenta o risco aterosclerótico, possuem açúcares “mascarados”. Leia atentamente o rótulo. Na lista de ingredientes, pode encontrar palavras como açúcares, açúcar amarelo, melaço, dextrose, sacarose, glicose ou glucose, frutose, todos estes termos significando açúcares escondidos no produto.

8. Álcool: as bebidas alcoólicas são de evitar, por serem fornecedoras de “calorias vazias”e pelo facto do seu consumo excessivo também aumentar o risco de AVC e de doença cardiovascular. Para aqueles que o desejem, resta-nos o conselho de limitar o seu consumo a um máximo de um copo standard de vinho por dia nas mulheres e dois nos homens.

9. Água: hidrate-se! Água é vida! Cerca de metade a dois terços do nosso corpo são constituídos por água. Beba cerca de 8 a 10 copos por dia, o mesmo será dizer cerca de 1,5L. No entanto, alguns indivíduos precisam de mais água do que outros, pelo que se deve beber o suficiente para que a urina seja clara e inodora. Não se esqueça que em caso de exercício, febre, vómitos ou diarreia, as necessidades de água aumentam. Por vezes, as tisanas podem ser uma boa forma de hidratação.

Seja um consumidor atento! Viva mais e melhor! Eduque os seus filhos desde pequenos, pois de “pequenino se torce o pepino”.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial da Coluna
Para assinalar o Dia Mundial da Coluna, o especialista Manuel Tavares de Matos fala-nos das patologi

Excepto algumas deformidades com desvios demasiado evidentes como algumas escolioses (figura1), durante muito tempo a patologia da coluna foi maioritariamente tratada de um modo segmentar. Ou seja, olhando sobretudo para a lesão principal, dando pouco relevo à globalidade. Claro que houve inúmeras exceções, sobretudo ligadas a escola Francesa mas só há pouco anos se globalizou a ideia de que em muitos casos a “doença” pode ser geral (ou pelo menos a sua repercussão) e o tratamento também. 

Por exemplo se tratamos cirurgicamente uma fractura da coluna não estamos só à espera que esta consolide (que o “osso una”), que os deficits neurológicos não se instalem ou que aumentem (diminuição da força motora ou da sensibilidade), mas tentamos estabelecer o equilíbrio da coluna, quer no plano frontal (de frente) quer no plano sagital (de lado). (figura 2)

                     
                    Figura 1                                                      Figura 2

A patologia da coluna pode dividir-se de um modo nosologico em Deformidades (uma alteração na forma da coluna), patologia Tumoral, Inflamatória (Artrite reumatoide p.ex,), Traumática (fracturas) e Degenerativa.

Em todas elas se procura com o tratamento obter um bom equilíbrio final ou “balanço” da coluna.

Esta ideia de “balanço” partiu da comparação da coluna com um guindaste (figura 3). Para estar de pé o ser humano necessita que a projeção do seu centro de massa passe entre os pés e à frente dos calcanhares (figura 5). Para isso é necessário que as varias curvas da nossa coluna (cervical, dorsal, lombar e pélvis) se equilibrem e que esse peso seja contrabalançado pela força dos nossos músculos (figura 4).

                                                
                    Figura 3                                                             Figura 4                                              Figura 5

Se uma curva se torna mais proeminente, por exemplo, por uma fratura ou por um colapso de um disco (figura 6), sofremos uma inclinação do corpo (habitualmente para diante). Torna-se assim necessário uma compensação para não nos desequilibramos (ou cairmos...). Esta pode ser um aumento da tensão muscular, uma rotação da pélvis para trás, a flexão dos joelhos ou em ultimo caso o recurso a um apoio como uma “canadiana” ou um andarilho.


     Figura 6

No caso da figura 6, um exemplo de patologia degenerativa do disco foi necessário o recurso a cirurgia por falência do tratamento conservador. Quando atinge uma faixa etária mais jovem, está hoje aceite que existe uma base genética.  Mas também o movimento diário, agravado pela a sua má execução, exposição a fenómenos de trepidação, a “carga diária” e, claro, o normal processo de envelhecimento celular, levam a uma alteração adaptativa das células que se vai traduzindo num “desgaste” com perda de elasticidade, “desidratação” e alteração da estrutura interna do disco condicionando a diminuição da sua flexibilidade e resistência.

Também a capacidade de reparação e regeneração das células se encontra limitada e por três fatores em particular: desde tenra idade os discos deixam de ser vascularizados e essa ausência de vasos limita o aporte de nutrientes e fatores de reparação, ao mesmo tempo que permite o acumular de substâncias da degradação celular (radicais livres). Sem vasos, os nutrientes têm de chegar ao disco através do prato vertebral  mas este, com o tempo torna-se menos “permeável” a esse aporte. Além disso alguns os discos são “enormes” tornando-se difícil a chegada de nutrientes a alguns locais. A estrutura dos discos começa a degradar-se, fragmentando-se, colpasa, diminuindo em altura e sua parte interna, central dispersa-se, constituindo-se os prolapsos ou hérnias discais.

Qual então o tratamento?  Diz-se que bons cirurgiões sabem como operar, melhores quando operar e os realmente bons quando não operar (BMJ,1999; 318:0).  Cada caso é certamente particular.

 Na falência do tratamento conservador (não cirúrgico) com dor major que não melhora, lesão das estruturas neurológicas ou agravamento progressivo desta (p.ex. da medula ou da raízes que vão constituir o nervo ciático) ou um desequilíbrio/ instabilidade da coluna podem necessitar de cirurgia. Esta consiste em remover a razão da dor e/ou da compressão neurológica, estabilizando a coluna. Mantendo o equilíbrio.

Deixo alguns exemplos.

Na figura 7 vemos dois métodos de tratamento de um processo degenerativo cervical com remoção do disco, libertação da compressão das estruturas neurológicas e estabilização com “cage” (espaçador que vai ocupar o espaço normal do disco) e placa fazendo a “fusão” (ligação óssea entre duas vértebras).  No caso 8 um processo semelhante tratado por via anterior lombar.

    
                                               Figura 7                                                                                    Figura 8

No caso 9 vemos uma fratura da coluna não tratada com o progressivo colapso da vértebra que resultou num desvio cifótico (aumento da curvatura dorsal) e seu tratamento, com osteotomia da coluna, um processo cirúrgico em que se remove a parte posterior de um segmento da coluna e se comprime conseguindo o realinhamento.


       Figura 9

O caso 10 reflete uma exuberante hérnia lombar extrusa e seu tratamento por via minimamente agressiva, sem causar instabilidade.


         Figura 10

Finalmente, na figura 11, uma grave fratura de C6/C7 num paciente com Espondilite Anquilosante e seu tratamento com redução (colocar os “segmentos ósseos partidos” em posição regular) e fixação por placa cervical anterior e sistema de parafusos e barra postero-lateral.  


       Figura 11

O princípio cirúrgico esse, é sempre o mesmo.  Tratar a lesão, recuperar rapidamente a função mantendo sempre a estabilidade da coluna vertebral, permitindo o retorno precoce a uma vida ativa. 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
16 de Novembro - Dia Mundial da Alimentação
A obesidade é um dos principais fatores de risco responsável pela manifestação de doenças cardiovasculares, a principal causa...

O excesso de peso e a obesidade devem-se a uma acumulação excessiva de tecido adiposo (gordura) no organismo. É possível avaliar o nível de obesidade de três formas. A saber:

Índice de Massa Corporal (IMC): Considera-se como obesidade o aumento do peso corporal do indivíduo superior a 20% do seu peso normal, que equivale a um IMC = 30 Kg/m2. O IMC é determinado dividindo o peso (em quilogramas) pela altura x altura (em metros).

Medição do Perímetro Abdominal: Esta medida apresenta uma correlação com a acumulação de tecido adiposo abdominal. Mede-se a partir do ponto intermédio entre a crista íliaca (início da anca) e o limite inferior da caixa torácica. Este método não é aplicável a atletas, crianças e mulheres grávidas ou a amamentar.

Bioimpedância: Corresponde à avaliação da composição corporal. É recomendado que o tecido adiposo represente, aos 20 anos, 10% do peso corporal nos homens e 20% nas mulheres. Estes valores aumentam 1%, de 3 em 3 anos, até aos 50 anos de idade.

O excesso de peso e a obesidade acarretam outras patologias como: hipertensão, hipercolesterolemia, e/ou diabetes, que representam fortes ameaças à saúde cardiovascular.

No Dia Mundial da Alimentação a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) e o Núcleo de Nutrição em Cardiologia (NNC) desta Sociedade Científica, advertem para as propriedades da dieta mediterrânica, como um exemplo de uma alimentação que pode contribuir para a prevenção de doenças cardiovasculares.

Neste sentido, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia deixa as suas recomendações:

  • Respeito pela sazonalidade e preferência pela origem local dos alimentos;
  • Incentivo à incorporação de ervas aromáticas como veículo de maior sabor em detrimento do abuso do sal de adição;
  • Promoção da utilização e transmissão geracional de técnicas culinárias saudáveis tradicionais, como sopas, ensopados e caldeiradas;
  • Incentivo ao tempo dedicado à confeção dos alimentos e respetiva inserção no quotidiano através da partilha com família e amigos;
  • Combate ao sedentarismo pelo incremento do tempo dedicado a atividades de lazer;
  • Manutenção do peso controlado;
  • Redução do consumo de gorduras, em especial de gorduras sólidas;
  • Aumento do consumo de alimentos com elevado teor em fibras (cereais integrais, vegetais, frutos), já que contribuem para a diminuição da absorção do colesterol pelos intestinos;
  • Aumento do consumo de peixe, tais como sardinha, sarda, cavala, salmão, e redução do consumo de carne, alimentos processados, salgados e/ou refinados;
  • Prática de atividade física regular, pelo menos 30 minutos por dia.

Para o Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Dr. Miguel Mendes, "a alimentação saudável é a base de uma boa prevenção cardiovascular". Assim, no Dia Mundial da Alimentação o NNC e a SPC relembram a importância deste dia para a saúde dos portugueses e aconselham a consulta de um nutricionista e/ou médico de família.

A.B.O. Banca de Óculos
No dia em que se assinalou o Dia Mundial da Visão, foi apresentada uma nova associação de solidariedade social, a A.B.O, Banca...

Sob o mote “Doe os seus óculos: para que ninguém olhe sem ver”, a associação foi apresentada na Biblioteca do Museu Nacional de Arte Antiga, onde foi assinado um protocolo de cooperação com vista ao desenvolvimento do projeto Banco de Óculos entre a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), os Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa e os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra.

O Banco de Óculos tem como objetivo recolher os óculos usados (armações e lentes), doados por particulares, distribuindo-os posteriormente por pessoas carenciadas - crianças, adultos e idosos -, após realização de uma consulta por oftalmologistas voluntários. Hoje arrancam já dois projetos-piloto, em Lisboa e Coimbra, mas durante as próximas semanas vão ser colocadas caixas de recolha, com o logotipo da Associação, em supermercados e farmácias, alargando-se progressivamente a locais que concentrem muitas pessoas como grandes empresas, ministérios, igrejas, escolas. Várias parcerias com potenciais parceiros (colégios, lares, paróquias, farmácias e supermercados) estão já em curso, assim como com óticas para a posterior "catalogação" e ajuste dos óculos e lentes.

O Banco de Óculos está também em contacto com instituições públicas e privadas que lidam com a realidade social, para que sejam indicadas as situações que reconheçam como verdadeiramente necessitadas (lares da Segurança Social, hospitais do SNS, IPSS de crianças e jovens, lares de acolhimento, lares de 3ª idade, entre outros).

A nova Associação será presidida pela Dra. Filomena Vieira Menezes Leitão, advogada de Direito Administrativo em Lisboa e que, através da sua experiência num projeto de voluntariado no Colégio de Santa Doroteia com uma escola secundária num bairro de Lisboa, tomou conhecimento desta realidade e tomou a iniciativa de avançar com este projeto social: “foi através do reconhecimento de uma realidade social de que os pais não levam muitas vezes os filhos ao oftalmologista, independentemente de estarem isentos de taxas moderadoras, porque depois não têm dinheiro para comprar os óculos aos filhos, que surgiu a ideia base de todo o projeto. Não estamos a falar sequer de crianças negligenciadas, estamos a falar de pessoas muito pobres e que a Segurança Social não dá qualquer comparticipação para a aquisição de óculos, existindo situações escolares gravíssimas por deficiência de visão”.

Para Maria João Quadrado, Presidente da SPO, “este projeto surge como reconhecimento de uma realidade social e a SPO associa-se e apoia causas que tenham como finalidade contribuir para a melhoria das condições de acesso a cuidados de saúde adequados que cheguem a todos. Foi por isso que neste dia Mundial da Visão, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia se associou ao Banco de Óculos lançando um apelo para que as pessoas doem os seus óculos e armações usados que serão depois distribuídos por pessoas carenciadas - crianças, adultos e idosos - que serão referenciados pelas diversas instituições que desenvolvem trabalho social junto da comunidade”.

Instituto de Investigação e Inovação
Uma nova família de antidepressivos com efeitos terapêuticos diferentes dos já existentes está a ser desenvolvida por um...

"O composto que é o ponto de partida para o desenvolvimento dos novos antidepressivos", denominado ‘tacrolimus’, "encontra-se no mercado como medicamento genérico e sob várias formas farmacêuticas", disse a coordenadora da equipa portuguesa, Marta Mendes.

Na prática clínica, este composto é utilizado como "imunossupressor em pacientes submetidos a transplante (particularmente de rim e fígado) para controlar a resposta imunológica e evitar a rejeição do órgão transplantado".

"Os mecanismos biológicos subjacentes aos diferentes quadros de depressão não estão completamente elucidados", indicou, acrescentando que os trabalhos existentes na área sugerem que se trata "de uma cascata de processos de sinalização que, em última instância, provocam um desequilíbrio nos níveis das moléculas (neurotransmissores) responsáveis pela transmissão de informação entre as células nervosas (neurónios)".

De acordo com a investigadora, "a maioria dos antidepressivos existentes atuam sobretudo nos últimos passos desta cascata, de forma a normalizar os níveis dos neurotransmissores e assim aliviar os sintomas de depressão".

Com base em dados experimentais, "é expectável" que os novos compostos venham a atuar "em alvos (proteínas) a montante nesta cascada e que têm sido associados a certos quadros de ansiedade e depressão. Em teoria, a atuação mais cedo na cascada de sinalização poderá tornar estes medicamentos mais eficientes", referiu ainda.

O consórcio internacional Tacrodrugs, constituído por sete de Portugal, de Espanha, da Alemanha e da Noruega, foi um dos vencedores do sétimo concurso ERA-IB-2, uma rede financiada ao abrigo do 7.º Programa Quadro, que procura identificar as melhores práticas como base para a cooperação necessária na implementação do Espaço Europeu de Investigação (ERA).

A equipa do i3S, que conta com cinco investigadores, pretende "otimizar a produção das próprias bactérias, para que assim seja possível produzir em maior quantidade e tornar esse composto rentável para a indústria farmacêutica".

Este trabalho vai ser desenvolvido através da utilização de técnicas de biologia sintética para a manipulação genética de bactérias produtoras de compostos naturais.

Marta Mendes tem feito o seu percurso na área da microbiologia e no estudo da biossíntese de compostos com interesse clínico e biotecnológico por parte de microrganismos (bactérias).

Segundo a coordenadora, "muitos dos princípios ativos dos medicamentos que se podem encontrar nas farmácias, em particular quando se fala de antibióticos, têm origem e/ou são produzidos por bactérias".

"O meu trabalho tem sido focado no estudo das bactérias e como estas produzem os compostos, bem como no desenvolvimento de estratégias para a produção de novos compostos que, no futuro, podem vir a ter interesse biotecnológico".

O projeto desenvolvido pelo consórcio internacional Tacrodrugs inicia em novembro e tem a duração de três anos, tendo sido financiado em cerca de dois milhões de euros.

Check-Up
As estações ferroviárias de Cais do Sodré (Lisboa) e Campanhã (Porto) vão ser palco de rastreios gratuitos entre os dias 4 e 6...

"Com esta iniciativa pretendemos mobilizar os portugueses a prevenir as principais doenças que podem afetar a sua saúde, contribuindo, assim, para aumentar o diagnóstico precoce e, consequentemente, melhorar a sua qualidade de vida", explica Sandra Silva, diretora-geral da NewsEngage, promotora do evento, que conta com a parceria da Infraestruturas de Portugal.

E acrescenta: "As pessoas tendem a desvalorizar sintomas e a adiar as idas ao médico. Com esta iniciativa, levamos os rastreios até às pessoas, de forma conveniente e gratuita".

Os rastreios decorrem no dia 4 de novembro, entre as 16h00 e as 20h00, e nos dias 5 e 6 de novembro, entre 12h00 e as 18h00, e vão contar com o apoio de várias associações de doentes e sociedades científicas de todo o país, escreve o Sapo.

A Check-Up é uma iniciativa dirigida ao grande público que tem como objetivos a promoção de práticas de saúde e bem-estar bem e a sensibilização para a importância da prevenção e diagnóstico atempado.

Ficar parado é a pior solução
O médico ortopedista Pedro Pessoa lembra que aproximadamente 80% da população com mais de 60 anos sofre de osteoartrose, &quot...

Segundo o médico especialista em Ortopedia e Traumatologia Desportiva Pedro Pessoa, a artrose, osteoartrose ou osteoartrite são nomenclaturas que designam esta doença que atinge predominantemente o sexo feminino e cujas queixas principais são a dor e a rigidez articular, podendo, ao longo da sua evolução, causar deformidade nas articulações afetadas.

A artrose é uma doença multifatorial que tem na sua origem fatores genéticos, bioquímicos, metabólicos e mecânicos e resulta de um desequilíbrio entre o ritmo de renovação da cartilagem e o ritmo do seu desgaste, escreve o Sapo.

Surge, muito frequentemente, associada ao envelhecimento e ao desgaste natural das articulações, mas é também consequência de fatores de risco como o excesso de peso e a obesidade, assim como a subreutilização de determinadas articulações, seja por motivos relacionados com a atividade profissional ou com a prática intensiva de determinadas modalidades desportivas.

"No desporto, e na alta competição é normal encontrarmos atletas com processos de artrose, principalmente no desporto de contato (futebol, rugby, basquete, andebol…). Nos atletas mais velhos e naqueles com antecedentes de traumatismos de repetição a incidência é maior", esclarece Pedro Pessoa.

A intensidade da dor, a rigidez das articulações, o inchaço e a limitação funcional nos gestos mais simples condicionam a vida diária e afetam significativamente a qualidade de vida dos doentes que sofrem de osteoartrose.

Peso agrava doença
Apesar de a dor, de natureza mecânica, aliviar em repouso, os doentes deverão tentar fazer algum exercício físico ligeiro ou moderado, no sentido de manterem a funcionalidade articular. Ficar parado não é a melhor solução até porque tal iria favorecer o ganho de peso que, por sua vez, iria agravar a doença articular. Aliás, a campanha este ano lançada pelo Dia Mundial da Artrite reforça precisamente a mensagem de não ficar parado perante a dor. "O futuro está nas tuas mãos" é o mote desta campanha.

"Na população em geral a prevenção é importante, e devemos privilegiar o controlo do peso, a promoção uma atividade física regular e aconselhar a toma de antiartrósicos”, adianta o especialista.

“Como tratamento conservador e na fase inicial da artrose, podemos recorrer aos anti-inflamatórios, fisioterapia, descarga do peso com ortótese e/ou canadianas, infiltração com corticoide, mesoterapia  e/ou viscosuplementação com ácido hialurónico. Mais tarde, e depois de esgotarmos todas as alternativas do tratamento conservador, a cirurgia será a opção natural para tentarmos melhorar a qualidade de vida do nosso doente”, sublinha.

Em Portugal
O pé diabético, que designa um conjunto de complicações provocadas pela diabetes, é responsável por três amputações, por dia,...

O pé diabético atinge 25% dos doentes com diabetes e apresenta sintomas que não são facilmente reconhecidos pelos doentes.

Mesmo quando aparecem feridas, escreve a TSF, a falta de sensibilidade nos pés e a ausência de dor leva a que as feridas sejam desvalorizadas, o que pode levar a amputações de dedos, do pé, ou mesmo de parte da perna deste doentes.

Os profissionais de saúde defendem, por isso, a criação, em todo o país, da Via Verde do Pé Diabético. Tal como acontece na Via Verde Coronária, os especialistas consideram que é a única forma de assistir rapidamente estes doentes, através de uma equipa multidisciplinar.

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) assiste milhares de doentes na clínica da associação e apela às autoridades públicas para que apostem, urgentemente, na criação da Via Verde do Pé Diabético.

Universidade de Coimbra
Uma equipa de investigadores, liderada por Catarina Gomes, docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, e Luísa...

O estudo, que envolveu investigadores do Instituto de Imagem Biomédica e Ciências da Vida (IBILI) e do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), ambos da Universidade de Coimbra, em colaboração com o ICVS, centrou-se nas células da microglia, “células especializadas do sistema imunitário que regulam o normal funcionamento do cérebro durante toda a nossa vida”, explica a coordenadora do estudo, Catarina Gomes.

A partir de experiências num modelo animal de ansiedade crónica, resultante de uma alteração do sistema imune da grávida, os investigadores estudaram, desde o nascimento até à idade adulta, as anomalias na microglia originadas pela alteração no ambiente imunitário in útero. Observaram que “a microglia adota uma morfologia anómala em ambos os sexos, mas as anomalias são diferentes no sexo feminino e no sexo masculino”, esclarece Catarina Gomes.

Identificadas as diferenças, os investigadores quiseram perceber as suas implicações na resposta terapêutica. Testaram, em fêmeas e machos, o mesmo tratamento (um fármaco modulador da resposta imune), observando que “a terapêutica foi eficaz na ansiedade dos machos, mas não das fêmeas. Os resultados mostram que nas fêmeas, a correção das anomalias imunes é mais difícil, o que impediu o esperado efeito ansiolítico da terapêutica”, descreve Catarina Gomes.

Os resultados do estudo publicado na revista Molecular Psychiatry, do grupo Nature, líder em Psiquiatria, além de revelarem o importante papel do sistema imunitário na génese da ansiedade crónica, colocam dois novos desafios à indústria farmacêutica nesta especialidade médica.

 

Por um lado, “o desenvolvimento de fármacos que tenham como alvo outras células, para além dos neurónios”. Por outro, este “novo” alvo terapêutico “abre novas perspetivas ao design de fármacos diferenciados para homens e mulheres. Seria um passo em frente na individualização terapêutica, com potencial para aumentar o número de pacientes com resposta favorável ao tratamento da ansiedade crónica, uma patologia que é também um dos principais fatores de risco para outras doenças psiquiátricas, como a depressão, com custos elevados para os sistemas de saúde”, conclui a especialista em Farmacologia da Universidade de Coimbra.

Estudo
A maioria dos cerca de 800 portugueses inquiridos num estudo refere ter hoje mais cuidado com a alimentação do que há cinco...

Segundo o estudo da Marktest sobre hábitos alimentares, a que a agência Lusa teve acesso, 65% dos portugueses refere ter atualmente mais cuidado com a alimentação: 67,5% das mulheres diz optar regularmente por refeições saudáveis, percentagem que desce para os 50% no caso dos homens.

Os dados revelam ainda que a faixa etária dos 25 aos 34 anos foi a que maior evolução registou na adoção de um regime alimentar mais saudável.

Do total dos 802 inquiridos, 40% dizem ter “muitas vezes” o cuidado de fazer uma alimentação saudável, quase 20% fazem-no “sempre” e 33% dizem que o fazem “algumas vezes”. Apenas sete por cento dizem que “nunca” ou “poucas vezes” têm cuidado com o regime alimentar.

Quanto à prática desportiva, o estudo conclui que são os homens a apostar mais na atividade física: 52,4% dos homens dizem praticar habitualmente exercício físico, enquanto no sexo feminino a percentagem ronda os 46%.

O estudo da Marktest, baseado em entrevistas, tentou ainda perceber a ideia que os portugueses têm individualmente do seu peso. Conclui que mais de metade dos inquiridos (54,9%) considera ter peso normal. São 37% os que assumem ter peso a mais e há sete por cento de pessoas que julgam ter peso a menos.

A faixa etária entre os 55 e os 64 anos é a que tem mais percentagem de inquiridos que assume peso em excesso.

O estudo da Marktest, divulgado dois dias antes do Dia Mundial da Alimentação, que se assinala domingo, foi baseado em 802 entrevistas a adultos residentes em Portugal Continental com casas com telefone fixo.

Unicef
Apenas uma em cada seis crianças com menos de dois anos recebe alimentos em quantidade e diversidade suficientes para a sua...

A conclusão é de um relatório da agência das Nações Unidas para a infância, a Unicef.

"Os bebés e as crianças pequenas têm maior necessidade de nutrientes do que em qualquer outra fase da vida. Mas milhões de crianças pequenas não desenvolvem todo o seu potencial físico e intelectual porque recebem pouca comida e demasiado tarde", disse France Begin, conselheira sénior para os assuntos de Nutrição da Unicef, citada num comunicado da organização.

A responsável alerta que "uma nutrição deficiente numa idade tão tenra causa danos mentais e físicos irreversíveis".

Intitulado "Desde a primeira hora de vida", o relatório agora divulgado revela um mundo onde uma dieta saudável está fora do alcance da maioria.

Os dados da Unicef mostram que a introdução tardia de alimentos sólidos, o número reduzido de refeições e a falta de variedade de alimentos são práticas generalizadas no mundo, privando as crianças de nutrientes essenciais quando o cérebro, os ossos e o físico deles mais precisam.

Com efeito, embora os alimentos sólidos devam ser introduzidos a partir dos seis meses de idade, um terço de todas as crianças no mundo só começa a comê-los demasiado tarde e um em cada cinco bebés só começa a comer alimentos sólidos após os 11 meses.

Apenas 52% das crianças de entre seis e 23 meses recebem o número mínimo de refeições diárias para a sua idade e a diversidade alimentar é outro problema: menos de metade das crianças recebe diariamente alimentos de pelo menos quatro grupos alimentares diferentes.

Entre os seis e os 11 meses, a faixa etária em que a nutrição é mais importante, a situação é ainda mais preocupante: apenas 20% estão a receber alimentos de quatro grupos diferentes por dia, o que provoca carências de vitaminas e minerais.

O relatório da Unicef refere-se também à amamentação, que segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde deveria ser a forma exclusiva de alimentação dos bebés até aos seis meses de idade.

Segundo os dados revelados, apenas 45% dos 140 milhões de bebés que nasceram em 2015 foram amamentados na sua primeira hora de vida, como é recomendado, e três em cada cinco bebés com menos de seis meses não recebem os benefícios da amamentação exclusiva.

De acordo com o relatório, quase metade das crianças em idade pré-escolar sofre de anemia e metade das crianças entre os seis e os 11 meses não recebem qualquer tipo de alimento de origem animal.

A Unicef alerta ainda para as desigualdades: Na África subsaariana e no Sul da Ásia, apenas uma em cada seis crianças dos agregados familiares mais pobres com idades entre os seis e os 11 meses têm uma dieta minimamente diversificada, comparando com uma em cada três dos agregados mais ricos.

A organização sublinha que a melhoria da nutrição das crianças mais pequenas poderia salvar 100.000 vidas por ano, mas sublinha que as famílias, embora façam o seu melhor com os recursos a que têm acesso, não podem fazer tudo sozinhas.

É precisa a liderança dos governos e os contributos de setores-chave da sociedade para fornecer uma dieta saudável às crianças, pode ler-se no relatório.

Tornar os alimentos nutritivos mais baratos e acessíveis para as crianças mais pobres exige investimentos mais consistentes e direcionados por parte dos governos e do setor privado.

Transferências em dinheiro ou em géneros para as famílias vulneráveis; programas de diversificação de colheitas; e o enriquecimento de alimentos básicos são essenciais para a melhorar a nutrição das crianças pequenas.

Serviços de saúde comunitários com capacidade para ajudar a ensinar aos cuidadores melhores práticas alimentares, bem como a água e o saneamento adequados – essenciais para a prevenção de doenças diarreicas nas crianças – são igualmente cruciais.

"Não podemos permitir-nos falhar nesta nossa luta para melhorar a nutrição das crianças pequenas. A sua capacidade para crescer, aprender e contribuir para o futuro dos seus países depende disso", concluiu France Begin.

Diretor-geral da Saúde
O diretor-geral da Saúde, Francisco George, contestou os dados da Organização Mundial de Saúde sobre a incidência da...

Um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) assinala que Portugal era, em 2015, o país da Europa Ocidental com a maior taxa de incidência de tuberculose, com 23 casos por cem mil habitantes.

O diretor-geral da Saúde sustentou, reagindo ao relatório, que a OMS apresenta "estimativas com margens de erro, e não números reais, absolutos".

Em comunicado, Francisco George esclarece que a taxa de incidência de tuberculose em Portugal, em 2015, era de 19,2 casos por cem mil habitantes, precisando que, no ano passado, foram diagnosticados e comunicados à Direção-Geral da Saúde (DGS) 1.987 novos casos da doença (excluindo retratamentos) de um total de 2.158.

"Oportunamente, já tínhamos dito aos relatores que não concordávamos com o relatório e com a fórmula apresentada. Em Portugal, não há estimativas, há números absolutos correspondentes a cada caso que é diagnosticado e tratado", frisou, acrescentando que foi pedida à OMS uma auditoria ao sistema de informação usado pela DGS, para que não seja aplicada a margem de erro nas estatísticas.

Para países como Portugal, com "sistemas de informação rigorosos que não foram auditados", é aplicada uma margem de erro, invocou.

O diretor-geral da Saúde apontou que a taxa de incidência da tuberculose, em Portugal, tem diminuído desde 2000, estando o país "abaixo da linha vermelha" dos 20 casos por cem mil habitantes.

"Mas temos a noção de que temos de continuar a trabalhar muito", comparando com os valores dos países na Europa Ocidental, ressalvou.

De acordo com o relatório da OMS, que tem estimativas sobre a doença à escala global, Portugal foi, em 2015, em termos europeus, apenas superado por países do Leste como Rússia, Roménia, Moldávia, Geórgia, Ucrânia, Bósnia-Herzegovina, Arménia, Bielorrússia, Letónia e Lituânia, com taxas de incidência da tuberculose superiores à da região europeia, que foi de 36 casos por cem mil habitantes.

Apesar da prevalência em Portugal, a DGS realçou, em março, na divulgação de dados sobre a infeção, que o país atingiu, no ano passado, o número mais baixo de sempre de casos de tuberculose.

Dia Mundial da Trombose
Hoje é o Dia Mundial da Trombose e o Grupo de Estudos de Cancro e Trombose desafia todos os portugueses a partilharem uma...

Incentivando a população a aderir a esta iniciativa, a Dr.ª Ana Pais, presidente do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT), explica que “o vermelho celebra a vida mas também o dinamismo e a força de todos os que aderirem a esta campanha. Reforça ainda que “estivemos em espaços públicos de grande afluência para divulgar a importância do TEV e assim alcançar o maior número de pessoas”.

O tromboembolismo venoso (TEV) é uma complicação grave e comum nos doentes com cancro, representando a segunda causa de morte nesta população. Para sensibilizar e consciencializar a comunidade científica, as autoridades políticas e a população em geral, o GESCAT lançou uma campanha, em curso desde o início do mês, reforçando a mensagem “Conhecer é a melhor maneira de prevenir”.

No âmbito desta Campanha foi criada uma página de Facebook (https://www.facebook.com/TEV.pt) onde, diariamente, são partilhadas informações sobre o cancro e o TEV, assim como artigos, notícias ou atualizações científicas sobre o tema. Também nesta página será publicado um vídeo de sensibilização e de apelo à ação, esclarecendo esta relação tão frequente quanto desconhecida.

“Esperamos que o eco mediático desta Campanha possa alcançar os decisores políticos fundamentais para que o TEV possa ser encarado como um problema de saúde pública crescente”, afirma Ana Pais, presidente do GESCAT.

“Informar, sensibilizar e consciencializar a comunidade científica e a comunidade em geral é crucial para garantir que cada doente recebe o tratamento mais eficaz e adequado à sua situação clínica e que a tromboprofilaxia seja entendida como uma oportunidade de promoção da segurança e melhoria da qualidade dos cuidados de saúde do doente com cancro”, acrescenta a médica oncologista.

Infarmed obrigado a relatório anual
A partir de sexta-feira há novas regras para garantir maior sustentabilidade e uma gestão mais eficiente dos gastos públicos...

A "Estratégia Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde 2016-2020", hoje publicada e com entrada em vigor na sexta-feira, estabelece uma série de objetivos com vista a promover uma política sustentável na área do medicamento, de forma a conciliar o rigor orçamental com a inovação terapêutica.

Nesta equação entram ainda “o acesso à inovação terapêutica, o aumento da quota de utilização de medicamentos genéricos e da utilização de biossimilares e o estímulo à investigação e à produção nacional”

Neste âmbito cabe à autoridade do medicamento a monitorização da aplicação das medidas previstas nesta estratégia, sendo obrigado a elaborar anualmente um relatório intermédio e um relatório global no final do quadriénio.

Uma das medidas previstas na estratégia nacional do medicamento é a “revisão dos mecanismos de dispensa e de comparticipação de medicamentos, em especial dos doentes crónicos em ambulatório”.

Em causa estão áreas terapêuticas com elevados encargos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) como é o caso dos grupos de medicamentos para a diabetes ou para o VIH.

Assim, as metas para o quadriénio incluem a reavaliação sistemática dos medicamentos, podendo em alguns casos ser reduzida ou retirada a comparticipação, quando o preço dos medicamentos seja muito superior a outras alternativas terapêuticas ou quando a sua eficácia ou efetividade não esteja demonstrada.

Poderá ainda haver alterações no Sistema de Preços de Referência (SPR), nos medicamentos para os quais existem genéricos ou biossimilares comparticipados.

Aliás, neste âmbito, outra das metas estabelecidas na nova estratégia é a “promoção do aumento da quota de utilização de medicamentos genéricos e biossimilares”.

“O plano hospitalar de medicamentos” é outro dos eixos de ação, com o Governo a pretender intensificar as atividades junto das Comissões de Farmácia e Terapêutica (CFT), para identificar e introduzir medidas de utilização mais racional dos medicamentos e produtos de saúde.

O Governo pretende ainda, em meio hospitalar, “criar condições, sempre que adequado, para a prescrição em 1ª linha dos medicamentos cujas substâncias ativas possuam biossimilares disponíveis”.

A “colaboração com a rede de cuidados de saúde primários” é tida como outra das estratégias de ação, bem como o “desenvolvimento de modelos de avaliação das tecnologias de saúde”, tido como um instrumento fundamental de auxílio à formulação de políticas de saúde, decisões clínicas e gestão das unidades de saúde.

Nesta resolução da Presidência do Conselho de Ministros pode ainda ler-se a intenção de valorizar o papel das farmácias comunitárias e aproveitar os seus serviços, em articulação com as unidades do SNS.

“Incentivar e apoiar a investigação e a produção nacional no setor do medicamento e dos dispositivos médicos” e “promoção da transparência” são os outros dois objetivos a que se propõe o Governo.

Farmácias portuguesas concorrem pelo reconhecimento dos seus projetos
A Associação Nacional das Farmácias acaba de anunciar os sete finalistas da edição de 2016 do Prémio João Cordeiro – Inovação...

Quarenta e duas farmácias submeteram candidatura. Depois de ponderada deliberação, o júri decidiu dar particular destaque a um conjunto de sete projetos, a partir dos quais será escolhido o vencedor, ou vencedores, da edição de 2016 do Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia.

Todas as farmácias que englobam a lista de finalistas candidataram-se com um projeto relevante para a comunidade. São elas: Farmácia Nogueira, em Calvaria de Cima, com um conjunto de atividades que pretende estimular o estilo de vida saudável da comunidade; Farmácia Bem Saúde, em Bragança, com um projeto de entrega domiciliária de medicamentos para os utentes que não têm possibilidade de os levantar; Farmácia do Caniço, na Madeira, com ações de promoção e educação para a saúde; Farmácia Alentejana, em Castro Verde, com um sistema personalizado de dispensa de medicamentos com software próprio; Farmácia Moreno, no Porto, com o espaço “Memórias da Pharmacia” e trabalhos de promoção e educação para a saúde; Farmácia Saúde, na Figueira da Foz, com um acompanhamento farmacoteraupêutico regular, promoção de doações de sangue frequentes e angariação de fundos para instituições de solidariedade social; e, por fim, a Farmácia Rosa, nas Caldas da Rainha, com projetos de voluntariado semanais e atividades para a comunidade.

A categoria a concurso em 2016 – Reconhecimento de Farmácia – pretende reconhecer as Farmácias e as suas equipas que se destaquem nas dimensões de desenvolvimento profissional, responsabilidade social e inclusão na comunidade.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde estima que em 2015 tenham surgido 10,4 milhões de novos casos de tuberculose no mundo e alerta...

"As ações e investimentos globais estão aquém do necessário para acabar com a epidemia global de tuberculose", escrevem os autores do Relatório Global sobre a Tuberculose, hoje divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em letras garrafais sobre fundo vermelho.

Segundo o documento, a taxa de redução da incidência (número de novos casos) da tuberculose foi de apenas 1,5% entre 2014 e 2015, mas para que os primeiros objetivos da Estratégia de Eliminação da doença sejam alcançados, até 2020, é preciso que esta taxa de queda suba para quatro a cinco por cento ao ano.

Outra conclusão é que, embora se estime que sejam precisos dois mil milhões de dólares anuais para a investigação e o desenvolvimento de medicamentos para a tuberculose, o financiamento nunca ultrapassou os 0,7 mil milhões por ano entre 2005 e 2014.

Com base em dados recolhidos junto de 202 países e territórios, que representam mais de 99% da população mundial e dos casos globais de tuberculose, o relatório conclui que em 2015 terão surgido 10,4 milhões de novos casos da doença no mundo, dos quais 5,9 milhões (56%) entre homens, 3,5 milhões (34%) entre mulheres e um milhão entre crianças.

Em 2015, 1,2 milhões de novos casos, 11% do total, eram pessoas que viviam com o VIH - que são particularmente vulneráveis.

Seis países apenas - Índia, Indonésia, China, Nigéria, Paquistão e África do Sul - são responsáveis por 60% de todos os novos casos, pelo que o progresso global na eliminação da tuberculose depende em grande medida de avanços na prevenção e tratamento da doença nestes países, admite a OMS.

Dos 10,4 milhões de novos casos estimados, apenas 6,1 milhões foram detetados e oficialmente notificados em 2015, o que representa uma diferença de 4,3 milhões.

Esta diferença reflete uma mistura de subnotificação de casos detetados (principalmente em países com grandes setores privados) e de subdiagnóstico (especialmente nos países com maiores dificuldades de acesso aos serviços de saúde).

A OMS estima que 1,8 milhões de pessoas tenham morrido com tuberculose em 2015, entre as quais 400 mil com o VIH.

Embora o número de mortes associadas à tuberculose tenha caído 22% entre 2000 e 2015, esta doença infeciosa continua a ser uma das 10 principais causas de morte em todo o mundo.

Em 2015, 17% das pessoas com tuberculose acabaram por morrer com a doença, taxa que a OMS quer reduzir para 10% até 2020.

Outra das preocupações é a tuberculose multirresistente aos antibióticos, que a OMS estima ter afetado 480 novas pessoas em 2015, a que se juntam 100 mil novos casos de tuberculose resistente à rifampicina, também eles elegíveis para o tratamento para a tuberculose multirresistente.

Segundo a OMS, das 580 mil pessoas que em 2015 passaram a ser elegíveis para o tratamento específico da tuberculose miltirresistente, apenas 20% foram abrangidas.

Globalmente, a taxa de sucesso deste tratamento foi de 52% em 2013.

A tuberculose é uma doença provocada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis e afeta sobretudo os pulmões, mas pode afetar outras partes do corpo.

A doença transmite-se quando uma pessoa infetada com tuberculose pulmonar expele bactérias ao tossir.

Em geral, apenas cinco a 15% dos dois a três mil milhões de pessoas que se estima estarem infetadas com a bactéria desenvolverão a doença ao longo da sua vida, mas a probabilidade de adoecer é muito maior na população infetada com o VIH.

A estratégia para a eliminação da tuberculose, definida pela OMS em 2014, visa reduzir as mortes por esta doença em 95% e o número de novos casos em 90% entre 2015 e 2035, mas tem metas parciais em 2020, 2025 e 2030.

Até 2020, o mundo deve registar uma redução de 35% no número de mortes por tuberculose e uma redução de 20% na taxa de incidência, face aos números de 2015.

Organização Mundial de Saúde
Portugal era, em 2015, o país da Europa Ocidental com a maior taxa de incidência de tuberculose, com 23 casos por cem mil...

De acordo com o documento, com estimativas sobre a doença à escala global, Portugal foi, em termos europeus, apenas superado por países do Leste como Rússia, Roménia, Moldávia, Geórgia, Ucrânia, Bósnia-Herzegovina, Arménia, Bielorrússia, Letónia e Lituânia, com taxas de incidência superiores à da região europeia, que foi de 36 casos por cem mil habitantes.

Apesar da prevalência em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) realçou, em março, na divulgação de dados sobre a infeção, que o país atingiu, no ano passado, o número mais baixo de sempre de casos de tuberculose.

O relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que, em Portugal, a taxa de mortalidade por tuberculose era, em 2015, de 2,1 casos por cem mil habitantes.

Na região da Europa, a taxa de mortalidade estimada foi de 3,5 casos por cem mil habitantes, tendo sido ultrapassada nos países do Leste.

A coordenadora do Programa Nacional de Combate à Tuberculose, Raquel Duarte, disse anteriormente que vão continuar a surgir, em Portugal, surtos de tuberculose esporádicos em alguns locais, como prisões ou determinados bairros, que são precisamente característicos de incidências de infeção mais baixas.

Segundo a DGS, a tuberculose começa a ser uma doença que não está em toda a comunidade, mas nalguns grupos de risco e mais concentrada em algumas áreas geográficas, sobretudo nas zonas urbanas de Lisboa e Porto.

Para Raquel Duarte, uma das prioridades passará por diminuir o tempo que demora entre o aparecimento dos sintomas e o diagnóstico da doença. A outra será aumentar a adesão aos tratamentos, sobretudo entre os grupos populacionais mais vulneráveis e resistentes à terapêutica, como sem-abrigo, consumidores de droga, reclusos e infetados com o vírus da sida.

Até ao fim do ano
O Governo vai apresentar até ao final do ano um plano nacional de combate ao desperdício alimentar, anunciou o secretário de...

“O Governo já definiu uma estratégia de combate ao desperdício alimentar para a qual irá ser criada uma comissão nacional de combate a esse mesmo desperdício, que irá ter uma abrangência de vários ministérios, vai envolver 10 ministérios e várias unidades da sociedade civil, que, além da estratégia que vai definir, irá apresentar um plano de ação com objetivos muito concretos até ao final de 2016”, afirmou o governante.

Luís Medeiros Vieira falava hoje durante uma breve intervenção na apresentação de uma campanha de combate ao desperdício alimentar pela Câmara Municipal de Lisboa.

O secretário de Estado responsável pela Alimentação assegurou que o Governo “está totalmente empenhado em colaborar com as várias entidades da sociedade civil que têm feito um trabalho notável” para minimizar este “problema de fundo que afeta todos”.

“Espero que no final do ano possamos ter já elaborada esta estratégia, com o plano de ação definido, e ouvir também os vários intervenientes que irão, a partir daí, desenvolver todo o trabalho. E iremos dar visibilidade e informar a sociedade sobre esse grande trabalho”, acrescentou.

A Assembleia a República decretou 2016 como o Ano Nacional do Combate ao Desperdício Alimentar.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), um terço dos alimentos é desperdiçado a nível mundial.

O responsável pela FAO em Portugal, Hélder Muteia, destacou que este é um problema que atinge quer os países desenvolvidos, quer os não desenvolvidos: nos desenvolvidos o desperdício é sobretudo por excedente de alimentos e nos não desenvolvidos por falta de condições de acondicionamento.

Estudo
Um estudo de uma equipa de investigadores do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra concluiu que cerca de 65% da...

"Parece-nos um valor elevado para um país com tanto sol e grande exposição solar", comentou a investigadora Cátia Duarte, apontando como causas o facto de as pessoas não se exporem ao sol os "10 a 15 minutos recomendados".

Segunda a médica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), o estudo realizado conclui também que 15% da população apresenta deficiência grave daquela vitamina.

A investigadora salientou que as "percentagens variam consoante as estações do ano e as taxas de insolação, sendo que o inverno acentua, efetivamente, esta deficiência", e o verão melhora a produção de vitamina D.

O estudo, acrescentou, revela que no género feminino e indivíduos não caucasianos existe uma maior tendência para níveis deficientes de vitamina D, sendo que a faixa etária mais deficitária se encontra entre os 46 e os 64 anos.

Os Açores são a zona do país mais deficitária, com uma taxa de 70%, enquanto a região do Algarve apresenta menos prevalência de falta daquela vitamina, com 42%.

Com uma amostra de cerca de 3.000 indivíduos de todo o país (continente e regiões autónomas) e com idades entre os 18 e os 64 anos, a investigação permitiu "pela primeira vez" obter dados representativos dos níveis de vitamina D na população portuguesa.

"O estudo permite-nos conhecer a realidade e definir estratégias de atuação na implementação de medidas e reforço de atitudes", sublinhou Cátia Duarte.

De acordo com a especialista, a falta de vitamina D está associada a maior risco de infeções, doenças autoimunes, oncológicas e cardiovasculares, manifestando-se através de sintomas como sensação de cansaço, falta de energia, dores musculares, pele e boca mais seca, entre outros.

O estudo "Deficiência de Vitamina D em Portugal: Um mito ou uma realidade?" é apresentado no sábado, em Coimbra, na segunda edição do Fórum D, com a participação de centena e meia de profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e farmacêuticos.

Dia Aberto sobre a Endometriose
O Centro Materno-Infantil do Norte promove este sábado um Dia Aberto sobre a Endometriose, iniciativa que, "pela primeira...

A patologia consiste na presença de células do endométrio noutros órgãos que não o útero, ao qual deveriam estar confinadas, e resulta muitas vezes em invasões do intestino, da bexiga e até dos pulmões ou cérebro, provocando dor pélvica crónica incapacitante e infertilidade.

Segundo dados disponibilizados por esse hospital do Porto, a doença afeta, 10 a 20% da população feminina em idade reprodutiva, sendo responsável por até um terço dos casos de infertilidade registados a nível nacional.

"É a primeira vez que um hospital universitário público realiza em Portugal uma ação destas, aberta tanto a profissionais de saúde como a utentes já diagnosticadas e até a mulheres saudáveis que suspeitam ser portadoras da doença ou só têm interesse pelo tema", declarou Hélder Ferreira, coordenador da Unidade de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva do Centro Hospitalar do Porto (que integra o Centro Materno-Infantil do Norte) e responsável pela equipa multidisciplinar que aí trata casos de endometriose em pacientes de todo o país.

"Este Dia Aberto é uma forma de alertarmos a população para uma doença que, mesmo entre a comunidade médica, ainda é pouco conhecida e constitui um problema de saúde pública", explica o ginecologista.

"Mesmo quando as mulheres detetam alguns sintomas, há um desconhecimento enorme entre os profissionais de saúde quanto à endometriose e os médicos menos informados tendem a atribuir a dor descrita pelas pacientes a efeitos do período menstrual", afirma.

O especialista alerta, contudo, que "é preciso desmistificar" essa ideia: "A dor durante a menstruação não é normal; se existe, é importante estudá-la, pois muito provavelmente terá origem na endometriose".

A sessão de esclarecimento anunciada para as 14h30 no Centro Materno-Infantil do Norte contará com a intervenção de médicos de diversas especialidades, até porque a doença em análise obriga habitualmente a uma "abordagem transversal" envolvendo não apenas os serviços de ginecologia, mas também os de urologia, cirurgia colo-rectal, radiologia, etc.

Hélder Ferreira realça que a endometriose é "uma das causas mais frequentes de internamento de ordem ginecológica" e refere que, não sendo diagnosticada atempadamente, essa patologia "pode ter consequências graves nos aparelhos reprodutivo, digestivo e urinário" - afetando também o normal desempenho sexual feminino.

A situação reveste-se de maior gravidade se se considerar que, "até há pouco tempo, ainda havia em Portugal poucos centros hospitalares com os recursos técnicos adequados para o diagnóstico da doença", pelo que uma considerável percentagem da população feminina poderá estar a sofrer da patologia sem disso ter o devido conhecimento.

"O Serviço Nacional de Saúde tem tentado dar melhor resposta ao problema, mas ainda há um longo caminho a percorrer e a sociedade civil precisa ter consciência disso", admite o especialista. "A mudança passará por aumentar a capacidade de resposta dos hospitais e por investir em equipamento, porque a realidade é que os tratamentos à endometriose implicam recursos adequados e tecnologia avançada", conclui.

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