Com 70% dos votos
Miguel Guimarães é o novo bastonário da Ordem dos Médicos, vencendo as eleições com cerca de 70% dos votos e dispensando uma...

A mesma fonte adiantou que cerca das 04:00 ainda faltavam contar os votos de Lisboa e que os resultados finais só serão conhecidos depois das 09:30.

Miguel Guimarães, especialista em urologia, é atualmente presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos.

Além do bastonário da Ordem dos Médicos para o triénio 2017/2019, as eleições de quarta-feira serviam para eleger os órgãos sociais da Assembleia de Representantes, os conselhos regionais do Norte, Centro e Sul e também os conselhos disciplinares e os fiscais.

Álvaro Beleza, João França Gouveia, Jorge Torgal e Miguel Guimarães eram os quatro candidatos ao cargo de bastonário, para substituir José Manuel Silva, que esteve à frente da Ordem durante seis anos.

Na declaração de derrota, Álvaro Beleza considerou que, apesar de não ser o resultado que esperava, foi positiva a adesão dos médicos a estas eleições, "um sinal inequívoco de mobilização da classe e de força da Ordem dos Médicos".

Pelo terceiro ano seguido
Pelo menos 87.577 crianças nasceram em Portugal no ano passado, o que representa um aumento pelo terceiro ano consecutivo, de...

O “teste do pezinho” é o nome como é conhecido o Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP), coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana.

Com uma cobertura de quase 100 por cento, este exame permite averiguar o número de nascimentos anuais.

Em 2016, foram realizados 87.577 testes, o que significa um crescimento de 3% em relação ao ano anterior, quando o número foi de 85.056. Em 2014, foram feitos 83.100 testes do pezinho.

Lisboa foi o distrito com mais exames realizados (25.304), seguido do Porto (16.176), Setúbal (6.590), Braga (6.538), Aveiro (4.416) e Faro (4.200).

Portalegre foi o distrito onde menos crianças realizaram o teste (616).

O “teste do pezinho” é realizado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.

Serviço Nacional de Saúde
Os exames de diagnóstico vão passar a poder ser prescritos sem recurso a papel e os médicos do Serviço Nacional de Saúde...

Estas são algumas das novidades que hoje serão anunciadas num evento sobre Transformação Digital na Saúde, que decorre em Lisboa, e que foram antecipadas pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

Segundo o presidente dos SPMS, estão a ser desenvolvidos os projetos que vão permitir aos utentes receber a prescrição de meios complementares de diagnóstico e terapêutica através de uma mensagem de telemóvel. Depois, o utente pode dirigir-se ao laboratório convencionado que entender, com a referência recebida por SMS que terá os exames pedidos pelo médico.

Esta ferramenta vai entrar agora em desenvolvimento e, segundo o presidente dos SPMS, Henrique Martins, poderá começar a funcionar em alguns locais ainda este ano.

Paralelamente, os médicos de família poderão começar a receber por via eletrónica os resultados dos exames prescritos, sem que seja necessário o doente transportá-los em papel.

A SPMS estima que, quando esta ferramenta estiver em pleno funcionamento, poderá haver poupanças na ordem dos 20 milhões de euros em meios complementares de diagnóstico.

Não é apenas pela via do papel e das impressoras que se atinge a poupança, mas também porque se evitará a repetição desnecessária de exames. Os médicos terão acesso aos resultados dos vários exames ou análises feitos pelo utente, podendo assim contornar duplicações.

Outra das novidades anunciadas pela SPMS é a disponibilização, a partir de hoje à tarde, de uma aplicação para telemóvel onde os utentes podem ter, por exemplo, as guias de tratamento que acompanham as receitas médicas que atualmente já são passadas sem papel.

Segundo o presidente do organismo, os utentes hoje ainda saem dos consultórios com um guia de tratamento que acompanha as receitas, o que será resolvido por esta carteira eletrónica da saúde - uma aplicação que funciona apenas para quem tiver telemóveis mais avançados.

Também o testamento vital pode estar disponível nesta aplicação e mais tarde serão desenvolvidas novas funções. Entre elas, haverá a possibilidade de os utentes avaliarem o seu grau de satisfação com cada atendimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A SPMS anuncia ainda que vai realizar-se em abril, em Lisboa, um evento sobre saúde eletrónica - a eHealth Summit.

Em 11 cadeias
O Instituto de Saúde Ricardo Jorge e a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais assinam hoje um protocolo para...

Entre os cuidados de saúde a prestar pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) aos reclusos constam análises clínicas e prescrições de exames de diagnóstico.

Os utentes abrangidos pelo protocolo são todos os reclusos de 11 Estabelecimentos Prisionais de norte a sul do país e os que estão internados no Hospital Prisional de São João de Deus, em Caxias.

O protocolo, que tem a duração de um ano, indica que o serviço será debitado as Administrações Regionais de Saúde, havendo lugar a um desconto de 10% sobre o preço da tabela utilizada pelo Serviço Nacional de Saúde.

Estudo
Um estudo da Universidade Rovira e Virgili, em Espanha, demonstrou que o consumo habitual de azeite virgem diminui em 51% o...

O estudo, que faz parte do projeto PREDIMED (Prevenção com Dieta Mediterrânica), estima que incorporar diariamente na dieta entre quatro a cinco colheres de sopa de azeite de oliveira virgem ajuda a proteger a estrutura óssea e a prevenir a osteoporose.

A investigação envolveu 870 pessoas, que foram seguidas durante uma média de nove anos, e os resultados evidenciam, pela primeira vez, o papel benéfico do consumo regular de azeite para a proteção dos ossos.

Até agora a comunidade científica tinha-se centrado principalmente nos efeitos positivos da administração de componentes do azeite, como os polifenóis (antioxidantes) em cápsulas sobre fraturas ósseas, ou outros efeitos sobre a saúde óssea, mas não sobre a fratura em sim mesma.

Os investigadores que lideraram o estudo atribuem os benefícios ao conjunto de substâncias que compõem o azeite, da gordura aos polifenóis, com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Hospital Pulido Valente
O Serviço de Utilização Comum dos Hospitais vai investir 3,5 milhões de euros na construção de uma unidade central de...

O início das obras está programado para o primeiro trimestre do ano e a abertura para outubro de 2017, revelou o serviço em comunicado.

A mesma entidade anunciou que estão projetadas mais duas entidades, para o norte e o centro do país.

O Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) é uma entidade sem fins lucrativos, com 50 anos de história, da qual todos os hospitais são associados, de acordo com a informação disponibilizada.

As unidades em causa vão permitir que os hospitais se foquem na atividade de prestação de cuidados clínicos, “libertando-os da função complementar de reprocessamento de dispositivos médicos de uso múltiplo, essencial na prevenção dos riscos de infeção”, lê-se no documento.

De acordo com a mesma fonte, serão ainda conseguidas poupanças de escala.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
Os casos de gripe estão a diminuir em Portugal, com uma taxa de 52,4 por 100.000 habitantes, segundo o Boletim de Vigilância...

Os dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, dizem respeito à semana de 09 a 15 e revelam “uma atividade gripal de baixa intensidade, com tendência decrescente”.

A taxa de 52,4 por 100.000 habitantes contrasta com os 82,4 casos por 100.000 habitantes da semana anterior, quando o Instituto considerava a atividade gripal como moderada.

De acordo com o boletim, desde a última semana de 2016 que se observou “uma ligeira diminuição do número de casos de gripe detetados laboratorialmente”, e na segunda semana de janeiro foram identificados 19 casos positivos para o vírus da gripe do subtipo A(H3).

Nas 20 unidades de cuidados intensivos que reportaram informação foram registados nove novos casos de gripe, todos em doentes idosos e com doença crónica.

A mortalidade observada por todas as causas, como nas semanas anteriores, teve valores acima do esperado, diz-se também no documento.

Na primeira semana do ano a atividade grupal na Europa manteve-se elevada, segundo o documento, explicando-se que dos 43 países que reportaram dados 10 referiram uma atividade gripal intensa e 12 atividade baixa (os restantes moderada).

Na semana passada, diz-se no documento citando o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, as temperaturas foram inferiores ao normal, como na presente semana, estimando-se que sejam acima do normal na próxima semana na faixa litoral ocidental.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde anunciou que vai dar ao Estado “poderes reforçados” para ser um regulador ativo no setor do plasma e que,...

Adalberto Campos Fernandes falava no plenário, no decorrer de um debate sobre política do setor, onde recordou que a sua equipa tomou “iniciativas legislativas relacionadas com a questão do plasma”.

“Vamos internalizar e dar ao Estado poderes reforçados para ser um regulador ativo neste setor”, disse.

A esse propósito, anunciou que na próxima semana irá assinar um “protocolo de colaboração” com o ministro da Defesa Nacional, o qual “vai reativar a função estratégica nacional do laboratório militar para que este possa, não apenas na área do plasma, mas também no que é a reserva estratégica do medicamento, dos soros, dos injetáveis, cumprir o papel que estava destinado”.

Sobre o encerramento do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêutica, que o anterior governo tinha aprovado a 03 de setembro de 2015, o ministro da Saúde classificou-o de “uma iniciativa mal considerada” e “mal pensada”.

“Com esta medida, também podemos reforçar o pilar público de intervenção numa relação ativa, eficaz e segura deste tipo de produtos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Estudo
Um estudo de investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto mostra que a ingestão excessiva de proteína...

Nos rapazes, uma maior ingestão proteica associou-se ainda a maior adiposidade (gordura corporal) e a níveis superiores de insulina. Nestes, também a quantidade e qualidade dos hidratos de carbono (carga glicémica) se associou a maior adiposidade e parece interagir com a ingestão proteica, resultando num aumento do efeito sobre a gordura corporal.

O estudo foi desenvolvido no Grupo de Investigação em Epidemiologia da Nutrição e da Obesidade da Unidade de Investigação em Epidemiologia (EPIUnit - UID/DTP/04750/2013) do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) no âmbito do projeto Geração XXI, contando com os seguintes autores: Catarina Durão, Andreia Oliveira, Ana Cristina Santos, Milton Severo, António Guerra, Henrique Barros e Carla Lopes (Coordenadora do Grupo de Investigação).

Os resultados sugerem que a idade pré-escolar pode consistir num período sensível adicional, para além dos dois primeiros anos de vida, onde o consumo excessivo de proteína, pode aumentar o risco de obesidade mais tarde na vida.

Os autores salientam ainda que, nos rapazes, uma alimentação com maior carga glicémica está associada a maior adiposidade. Naqueles com uma alimentação simultaneamente excessiva em proteína e em carga glicémica o efeito de aumento da massa gorda aparenta ser ainda maior. Nas raparigas, esta interação não foi encontrada sugerindo um efeito da alimentação na adiposidade mais dependente do total energético ingerido.

Tendo em conta que a idade pré-escolar é um período particularmente relevante para o estabelecimento de preferências e hábitos alimentares, Catarina Durão sublinha que “esta fase da vida pode ser uma oportunidade de excelência para intervir, já que a criança e a sua família podem estar mais abertas à mudança. Sugere-se, assim, que intervenções direcionadas a crianças em idade pré-escolar tenham particular atenção ao conteúdo proteico e carga glicémica da alimentação e não apenas ao valor energético (calorias). Por outras palavras, uma alimentação excessiva em fontes proteicas como lacticínios e carne também excessiva em produtos açucarados e cereais refinados deve ser evitada”, refere.

O estudo “Protein intake and dietary glycemic load of 4-year-olds and association with adiposity and serum insulin at 7 years of age: sex-nutrient and nutrient-nutrient interactions” foi publicado no “International Journal of Obesity” e pode ser consultado através do seguinte link.

Em rede
O Exército está a estudar uma forma de interligar em rede os sistemas de informação clínica dos serviços de saúde do ramo,...

A interligação dos sistemas é uma das propostas que está a ser analisada pelo chefe do Estado-Maior do Exército, na sequência da avaliação do sistema de informação clínica relativa ao curso de Comandos, determinada por Rovisco Duarte, no passado dia 15 de dezembro.

Contactado, o porta-voz do ramo disse que aquela avaliação foi concluída, sendo uma das propostas principais a unificação ou interligação dos sistemas de informação clínica do Exército aos dois polos do Hospital das Forças Armadas (HFAR), (Lisboa e Porto) e ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Os centros de saúde do Exército - centro de Santa Margarida na vertente operacional e centro de Coimbra na avaliação da situação clínica para efeitos da admissão nos cursos de Comandos e outros - não têm acesso à informação clínica registada no HFAR ou nos centros de saúde do SNS.

Isto permite situações em que os candidatos aos cursos omitam informação clínica relevante para não serem excluídos, admitiu Vicente Pereira, porta-voz do Exército.

No final de novembro passado, a Renascença noticiou que cinco dos instruendos afastados do 127ª curso de Comandos por razões médicas apresentavam "doenças graves" - um dos quais um cancro ósseo na zona da bacia - que já tinham sido detetados durante exames feitos anteriormente no HFAR.

A interligação dos sistemas de informação clínica em rede inviabilizaria que os candidatos omitam dados clínicos relevantes nas consultas médicas de admissão aos cursos, admitiu Vicente Pereira.

Questionado sobre a reavaliação das provas de classificação e seleção para as tropas especiais, também determinada na sequência da Inspeção Técnica Extraordinária ao curso de Comandos, Vicente Pereira disse que ainda decorre.

Neste âmbito, estão a ser avaliadas as provas físicas, psicotécnicas e também médicas, incluindo análises clínicas, prova de esforço e outros exames, que são exigidas aos candidatos às forças especiais.

Os próximos cursos de Comandos mantêm-se cancelados até à conclusão das tarefas determinadas em dezembro pelo general Rovisco Duarte.

Dois militares morreram no treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, no dia 04 de setembro, e vários outros receberam assistência hospitalar.

Na sequência da morte dos dois formandos, foi ordenada uma inspeção técnica extraordinária ao curso de comandos, que decorreu entre setembro e novembro, cujo relatório foi concluído a 05 de dezembro.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde aprovou a construção da nova ala pediátrica do Centro Hospitalar de S. João, no Porto, uma obra que...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte afirma que o plano que o conselho de administração do Centro Hospitalar do São João apresentou à tutela, e que agora foi aprovado, “para além de contemplar a instalação definitiva do internamento pediátrico em instalações condignas, vai igualmente permitir que, na mesma ala, sejam desenvolvidas áreas complementares ao Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN)”.

“Serviço de Urgência Pediátrico Metropolitano, Trauma e Doente Crítico Pediátrico e Neonatal, Unidade de Queimados, Cardiologia Pediátrica (incluindo cirurgia cardíaca), Doenças Hereditárias do Metabolismo e Centro de Referência Nacional de Oncologia (aqui em articulação com o Instituto Português de Oncologia-Porto)”, são as áreas complementares que serão desenvolvidas na nova ala, acrescenta a ARS-Norte.

Com esta aprovação, vai ser possível responder “a uma situação demasiadamente precária que, desde 2011, se verificava com a instalação do internamento pediátrico do S. João”, sublinha a ARS.

O internamento pediátrico daquele hospital funciona em contentores, no exterior do edifício central do Hospital de S. João.

Contactada pela Lusa, fonte da ARS-Norte referiu que o Ministério da Saúde aprovou o plano do hospital “este mês”.

Quanto ao início da obra, disse, está já a ser desenvolvido “o processo administrativo” para que a empreitada “se inicie ainda este ano”.

Na sua edição de hoje, o jornal Público afirma que “as atuais instalações do internamento pediátrico do Centro Hospitalar do S. João, a funcionar há anos em contentores, estão a deteriorar-se de dia para dia, comprometendo o conforto e o bem-estar das crianças”.

O diário refere que uma avaria no sistema de ar condicionado obrigou recentemente os doentes a suportarem temperaturas muito baixas, tendo necessidade de dormir com casacos e outros agasalhos para ficarem mais confortáveis.

Mas também “problemas no sistema de aquecimento fazem com que doentes tenham de ser transferidos de enfermaria enquanto a avaria não é reparada”, sendo que as queixas proveem tanto doentes como de profissionais.

O Público salienta ainda que “o internamento pediátrico debate-se com outras insuficiências como infiltrações de água que fazem com que chova dentro dos contentores”.

De acordo com o diário, o internamento pediátrico, que conta com 54 camas, foi transferido para os contentores em 2008.

Pedido de legislação
Uma petição subscrita por mais de 5.000 pessoas, entre elas especialistas em ortopedia, defende medidas urgentes para reduzir o...

Treze anos depois de um estudo da associação de defesa dos consumidores DECO ter identificado que mais de metade das crianças dos 5.º e 6.º anos de escolaridade transporta peso a mais nas suas mochilas escolares, os signatários desta petição pedem urgência na resolução do problema.

Entre os signatários estão o ator e encenador José Wallenstein (o primeiro), vários médicos fisiatras, a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, a Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação e a Confederação Nacional das Associações de Pais.

Os autores pedem urgência na resolução do problema e propõem, entre outras medidas, que se legisle no sentido de definir que o peso das mochilas escolares não deve ultrapassar os 10% do peso corporal das crianças, tal como sugerido por associações europeias e americanas.

Na petição defende-se a obrigatoriedade de as escolas pesarem as mochilas das crianças semanalmente, de forma a avaliarem “se os pais estão conscientes desta problemática e se fazem a sua parte no sentido de minimizar o peso que os filhos carregam”.

“Para tal, cada sala de aula deverá contemplar uma balança digital, algo que já é comum em muitas escolas, devendo ser vistoriada anualmente”, acrescentam os signatários.

Em declarações à agência Lusa, o primeiro signatário da petição lançada há três dias explicou que vão aguardar até às cerca de 20.000 assinaturas, para dar mais dimensão à iniciativa.

"Pretendemos recolher o maior número possível de assinaturas. Ainda estamos nessa fase, esperamos recolher 20.000 para se poder não só discutir mas criar legislação eficaz", afirmou José Wallenstein.

O promotor da iniciativa defende ainda que é importante a mobilização e a pressão da sociedade civil nesta matéria.

A existência de cacifos em todas as escolas públicas e privadas para que os alunos possam deixar alguns livros e cadernos, evitando transportar tanto peso nas mochilas, e a utilização por parte das editoras de papel de menor gramagem na elaboração dos manuais são algumas das propostas apresentadas pelos signatários da petição.

Sugerem igualmente que as editoras possam criar livros escolares divididos em fascículos retiráveis segundo os três períodos escolares e que os conteúdos dos manuais sejam o mais concisos e sintéticos possível.

“As crianças de hoje, adultos de amanhã, representarão gastos ao Estado, tanto no que respeita a consultas médicas e/ou de especialidade que poderão prolongar-se por vários anos, como no que concerne a baixas médicas e abstenção profissional”, sublinham os signatários.

No trabalho elaborado há 13 anos, a Deco concluiu que 53% das crianças abrangidas transportavam mochilas com uma carga acima do recomendável pela Organização Mundial de Saúde, isto é, superior a 10% do seu próprio peso. A pior das situações foi verificada numa criança de 11 anos, com 32 kg, que transportava uma mochila que pesava 10 quilos.

Segundo o mesmo estudo, 61% dos estudantes com 10 anos transportavam cargas excessivas, o mesmo acontecendo a 44% dos estudantes com 12 anos. Independentemente da idade dos alunos, o estudo acrescentou que a percentagem de mochilas com peso a mais era maior nas escolas privadas do que nas públicas.

Principais alergias
Estima-se que a alergia alimentar atinja entre 3 a 4% da população nos países industrializados, send

De acordo com a Direção-Geral da Saúde, a alergia alimentar caracteriza-se por “uma reação de saúde adversa que ocorre quando o sistema imunológico reconhece erradamente um alimento como uma entidade agressora ao organismo”. O alimento responsável por esta reação designa-se de alergénio.

A alergia a um determinado alimento origina, habitualmente, o aparecimento de sintomas alguns minutos após a sua ingestão ou num período de tempo que pode ir até duas horas.

As reações alérgicas podem atingir a pele e as mucosas (erupção cutânea, eczema ou urticária), as vias respiratórias (pieira e dificuldade respiratória), os sistemas gastrointestinal (vómito, dores abdominais e/ou diarreia) e cardiovascular (diminuição da pressão arterial), de forma isolada ou combinada.

A urticária, o angiodema e a síndrome de alergia oral – que se caracteriza pelo aparecimento de edema, comichão e/ou fromigueiro nos lábios, boca e garganta quando o agente causal (habitualmente um fruto seco) entra em contato com a mucosa oral -  são as manifestações clínicas mais frequentes da alergia.

Já as reações anafiláticas são mais raras, e potencialmente fatais, caso não sejam tratadas convenientemente.

Estas reações caracterizam-se pela ocorrência de sintomas envolvendo, em simultâneo, a pele e mucosas, o aparelho respiratório, cardiovascular e gastrointestinal.  O leite de vaca, ovo, peixe, amendoim e frutos de casca rija e marisco são os principais alimentos responsáveis pela anafilaxia.

A ingestão acidental inadvertida pode ocorrer, ocasionalmente, por contaminação durante o processo industrial de outros alimentos ou sua confecção.

Deste modo, a Direção-Geral da Saúde chama a atenção para algumas medidas na preparação ou produção de alimentos e refeições, que podem garantir a ingestão de alimentos seguros, como:

  • Lavar corretamente as mãos entre as várias etapas de manipulação de alimentos;
  • Não usar os mesmos utensilios duranta a preparação, confeção, emprantamento e distribuição de refeições (onde se incluem os talhares, tábuas de corte, pratos, tachos ou panelas, entre outros);
  • Não utilizar o mesmo óleo de fritura ou água de cozedura para confeção de diferentes alimentos;
  • Não utilizar as mesmas bancadas ou superfícies de contato para manipulação de alimentos;
  • Durante as refeições, os doentes que sofrem de alergia alimentar devem evitar a partilha de utensílios (talhares, pratos, guardanapos, copos).

Sabe-se ainda que as manifestações clínicas da alergia alimentar variam de acordo com a idade, estimando-se que as crianças seja as mais afetadas, numa relação de 5/100.

De acordo com os especialistas, o eczema atópico é a apresentação mais comum durante a infância. Leite, ovos, frutos secos, soja, trigo, peixe e marisco são os alimentos envolvidos na reação.

Nos adultos “para além da sensibilização a frutos secos, peixe e marisco, a reatividade a alimentos de origem vegetal é relativamente comum”.

Diagnóstico e tratamento

A história clínica do doente é o primeiro elemento a analisar. No entanto, se existem casos onde é fácil indentificar uma relação causal entre a ingestão de um determinado alimento e o aparecimento de sintomas, casos há em que não é possível estabalecer essa relação.

O especialista em imunoalergologia é o especialista indicado para estabelecer o diagnóstico correto.

O despiste das alergias alimentares pode ser feito através de um teste cutâneo ou de um teste de provação oral.

No entanto, importa referir que a interpretação dos resultados dos testes cutâneos de alergia e as determinações de IgE exige experiência e perícia, uma vez que nem sempre os resultados determinam a ocorrência de alergia.

Exemplo disso são os doentes com história de alergia a um determinado alimento mas que desenvolveram tolerância mantendo a reatividade cutânea a esse alimento.

Por outro lado, por vezes os testes apresentam resultados falsos negativos, exigindo a realização de teste por picada, utilizando o alimento fresco.

Outro meio de diagnóstico é o teste de provocação oral (TPO), que consiste na ingestão de quantidades crescentes do alimento suspeito. Um vez que este teste não é isento de riscos, deve ser sempre realizado por um especialista experiente, iniciado em ambiente hospitalar e com vigilância, pelo menos, durante 24 horas.

O tratamento da alergia alimentar consiste sobretudo na evicção alimentar, ou seja, na eliminação do alergénio da alimentação do doente, o que implica a não ingestão de todos os alimentos que o contém.

Deste modo, alguém que tenha alergia alimentar à proteína do leite de vaca, por exemplo, não poderá consumir qualquer tipo de produto lácteo, nem preparações culinárias que contenham leites ou derivados, como manteiga, queijo ou iogurte.

Alimentos a evitar

Se tem alergia ao leite deve excluir o consumo de leite de vaca, leite de cabra, leite de ovelha, leite condensado, leite evaporado, leite desnatado, leite em pó, iogurtes, queijo, requeijão, queijo fresco, manteiga, natas e papas lácteas com leite para crianças. Exclua ainda preparações culinárias e alimentos processados que possam conter o alergénio.

Preste ainda atenção à rotulagem e elimine os produtos que contenham os seguintes ingredientes: leite evaporado, leite desnatado, leite em pó, soro, soro de leite, caseína, hidrolisado de caseína, caseinato, coalho de caseína, lactoalbumina, fosfato de lactalbumina, lactoglobulina, lactulose, lactose, lactato de sódio/cálcio, aromas, aroma artificial de manteiga, gordura de manteiga e óleo de manteiga.

Se apresenta alergia ao ovo não deve consumir ovos (de galinha, codorniz, peru, pata, avestruz) gema e clara de ovo.

Sopas com ovo (canja), salgados, maionese, gemada, bolos e sobremesas, entre outros, que contenham este ingrediente devem ser exluídas do plano alimentar.

Quanto  à informação que consta nos rótulos afraste-se dos produtos que contenham: ovo em pó desidratado, albumina, lisozima, lecitina de ovo, apovitelina, aitelina, avidian, flavoproteína, globulina, livetina, ovoalbumina, ovoglobulina, ovoglicoporoteína, ovomucina, ovomucóide.

Se tem alergia ao trigo exclua tudo o que seja massa, pão, farinha, produtos de pastelaria, bolachas ou biscoitos, papas lácteas e não lácteas com trigo, sopas pré-confecionadas e molhos.

Não consuma produtos que apresentem os seguintes elementos na rotulagem: sêmola de trigo, semolina, farelo, gérmen, glúten, malte e amido de trigo, hidrolisado de farelo de trigo.

Para quem apresenta alergia ao amendoim e frutos de cascas rija aconselha-se a excluir todos os produtos que os contenham na sua composição.

A alergia a marisco (crustáceos) e moluscos exige a não ingestão de caranguejo, lagosta, camarão, mexilhão, ostras, ameijoas, lulas, polvo e chocos, assim como todas as preparações culinárias que possam conter estes ingredientes - molhos de francesinha, de marisco, arroz de marisco, arroz de peixe, caldeirada, massa de peixe e paté.

Se tem alergia a peixe, para além de não consumir todo o tipo de peixe branco e azul, deve excluir ainda molhos, sopas desidratadas, patés e produtos que contenham farinha de peixe ou parvalbumina na rotulagem.

A alergia a soja impõe a exclusão de soja, feijão de soja, rebentos de soja, tofu, molho de soja, molho shoyu, miso, farinha de soja, óleo de soja, carnes frias, salsichas e patés, iogurtes e bebidas de soja, sumos de fruta e óleos alimentares de origem vegetal e molhos.

Lecitina de soja (E322), Hidrolisado de proteínas vegetais, Albumina de Soja e Fibra de soja são os ingredientes que se encontram na rotulagem e que deve evitar.

Artigos relacionados

Alergia alimentar e intolerância alimentar

Aflatoxinas, um inimigo à espreita na nossa melhor alimentação

As crianças e as alergias

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Oncologistas europeus
A Sociedade Europeia de Oncologia Médica considera que os medicamentos biossimilares são “armas indispensáveis” para o...

Num documento datado de quarta-feira e publicado no site oficial da Sociedade Europeia (ESMO, na sigla inglesa), os peritos consideram que os biossimilares são “uma excelente oportunidade para ter boas e válidas opções de medicamentos que melhorem a sustentabilidade e a acessibilidade do tratamento do cancro em vários países”.

Os biossimilares são medicamentos provenientes de organismos vivos semelhantes a outro medicamento biológico que já tenha sido autorizado a entrar no mercado (o medicamento de referência). Embora semelhante ao caso dos genéricos, os biossimilares exigem estudos clínicos para garantir que o processo de fabrico é correto, ou seja o processo de desenvolvimento é mais complexo do que nos genéricos.

Para que os biossimilares cumpram a função de melhorar o aceso ao tratamento do cancro, o presidente do grupo de trabalho dos medicamentos da Sociedade Europeia de Oncologia Médica refere que é necessário garantir que seguem os procedimentos.

"Para isso, temos de ter a certeza de que os biosimilares seguem os procedimentos de fabrico apropriados, estão clinicamente testados e cumprem os regulamentos da Agência Europeia de Medicamentos (EMA)", afirmou Josep Tabernero.

Na Europa, as reduções de preço para os biossimilares deverão variar entre 20% e 40%, prevendo-se poupanças potenciais de 50 a 100 mil milhões de euros até 2020 com o recurso a estes medicamentos.

"Os biossimilares são armas indispensáveis em sistemas de saúde financeiramente sustentáveis em escala global, bem como para melhorar significativamente os resultados para um número crescente de pacientes em toda a Europa e no resto do mundo", frisa o presidente da ESMO, Fortunato Ciardiello, no comunicado divulgado no site da instituição.

Em janeiro
Nos primeiros 16 dias de janeiro registaram-se cerca de 260 mil episódios de urgências, 20% das quais nos serviços de urgência...

De acordo com os dados da monitorização das urgências, disponíveis no Portal do SNS, nas primeiras duas semanas do ano as urgências básicas, que funcionam 24 horas por dia e 365 dias por ano, registaram cerca de 53 mil urgências. Para muitos utentes esta é a opção disponível mais perto da zona de residência. Para outros, como os casos de Algueirão-Mem Martins ou Montijo, uma alternativa às urgências dos hospitais (que oferecem mais especialidades e dividem-se em polivalente ou médico-cirúrgica). Quanto aos meses de dezembro e novembro de 2016, escreve o Diário de Notícias, as urgências básicas registaram 108 mil episódios e 85 mil, respetivamente: 20% e 17,5% do total de episódios de urgências registados em cada um dos meses.

No último mês foram vários os centros de saúde do país que alargaram os horários, durante a semana e fins de semana, procurando ser uma alternativa aos hospitais. Os apelos do Ministério da Saúde têm sido sucessivos para que as pessoas liguem primeiro para a Linha Saúde 24 ou dirijam-se aos cuidados de saúde primários. O Diário de Notícias não conseguiu obter em tempo útil dados sobre o número de consultas realizadas nos centros de saúde ao abrigo deste plano de contingência e qual o horário com maior frequência.

A receber doentes do INEM
O hospital Amadora-Sintra voltou ontem a receber doentes encaminhados pelo INEM. O plano de contingência foi ativado no início do mês e previa que até ontem os doentes transportados pelo INEM fossem reencaminhados automaticamente pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para outras unidades da região com urgências menos congestionadas: neste caso os doentes estavam a ser encaminhados para os hospitais de Santa Maria e São José.

A medida, tomada em coordenação com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, foi acionada porque o serviço de observação (SO) - que faz apoio à urgência e tem 45 camas com a possibilidade de mais dez - estava lotado. "Já estamos a receber encaminhamentos do CODU. Neste momento estamos a registar menos acessos", disse ao Diário de Notícias fonte do Hospital Amadora-Sintra, salientando que pode eventualmente ser efeito do maior conhecimento da população sobre os horários alargados nos centros de saúde.

Apesar do alívio, o nível de alerta mantém-se e se for necessário o plano de contingência será novamente ativado neste ou noutro hospital da região. "No período a seguir ao pico da gripe pode haver situações de descompensação de doença e trazer novamente mais casos à urgência. Caso o SO fique novamente lotado, o plano é ativado", adiantou a mesma fonte, explicando que o período de permanência no SO é de 48 horas, sendo depois o doente encaminhado para alta ou para internamento, quando necessário. O que tem acontecido são situações clínicas mais complicadas que obrigam a internamento. "As pessoas chegam mais frágeis e doentes ao hospital."

Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal
Sabe preparar uma refeição com o índice glicémico adequado para melhorar o controlo metabólico e do apetite? Sabe como...

Nos cursos de cozinha da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) é possível tirar todas as dúvidas, aprender mais sobre os valores nutricionais dos alimentos e confecionar receitas, práticas e rápidas para o dia-a-dia, e mais elaboradas para ocasiões especiais, mas sempre saborosas e saudáveis. O primeiro curso decorre já a 9 de fevereiro.

Ministrados por um Chef e por uma nutricionista, os cursos de cozinha da APDP destinam-se a pessoas com ou sem diabetes e podem ser realizados a título individual, em família, ou com amigos, já que o ambiente que promovem, além da aprendizagem, é de convívio na Escola da Diabetes.

“É muito interessante a envolvência dos cursos da APDP numa mistura de aromas, sabores e boa disposição. O facto de estarmos numa cozinha torna tudo mais natural e descontraído. À medida que conversamos sobre os alimentos, vamos confecionando receitas que juntam o melhor de dois mundos: são saborosas e podem ser degustadas sem peso na consciência”, defende Joana Oliveira, nutricionista e coordenadora dos Cursos de Cozinha da APDP.

Calendário dos cursos para 2017

Os Cursos de Cozinha da APDP têm lugar na Escola da Diabetes (Rua do Sol ao Rato, n.º11, Lisboa), como momentos educativos informais, desde 2013. As inscrições custam 25 euros e são feitas através do email [email protected] ou do telefone 213 816 101.

De acordo com o Relatório Factos e Números 2015 do Observatório Nacional da Diabetes, mais de um milhão de portugueses tem Diabetes (13% da população portuguesa, entre os 20 e os 79 anos), sendo a Diabetes tipo 2 a que tem tido registado um maior número de casos. A alimentação saudável, a par de um estilo de vida rico em atividade física e sem hábitos tabágicos ajudam a prevenir esta doença.

Frango assado com limão e alho e milho cremoso

Ingredientes (4 pessoas)

  • 300g peito de frango
  • 440g de milho-doce
  • 350g de pimento vermelho
  • 1 cebola
  • 1 limão
  • 250ml de leite magro
  • 2 colheres de sopa de farinha de trigo
  • 3 colheres de sopa de azeite
  • 4 dentes de alho
  • Salsa fresca q.b.
  • Pimenta e sal q.b.

Preparação
Tempere o frango com o sumo de limão, uma colher de azeite, 2 alhos esmagados e deixe marinar pelo menos uma hora antes de cozinhar.

Pré aqueça o forno a 200°C. Disponha o frango num tabuleiro, tempere com sal e pimenta, a raspa de 1 limão e tape com papel de alumínio. Baixe a temperatura para 180°C e deixe cozinhar cerca de 20 min, destape e deixe dourar.

Entretanto, deite 2 colheres de azeite numa panela, junte a cebola, o alho e o pimento picado e tape para estufar. Adicione o milho, tempere com sal e pimenta e deixe cozinhar tapado. De seguida, deite a farinha, envolva tudo e junte o leite enquanto vai mexendo, para que fique tudo uniforme.

Antes de servir pique grosseiramente a salsa e polvilhe o milho.

Acompanhe com uma boa salada verde.

Bolo de banana e chia

Ingredientes (6 ou 12 doses)

  • 3 bananas (cerca de 300 g sem casca)
  • 100 g de miolo de amendoim
  • 2 ovos médios
  • 2 colheres de sopa de sementes de chia
  • 1 colher de chá de fermento
  • 1 colher de café de extrato de baunilha
  • 1 colher de chá canela em pó

Preparação
Triture as sementes de chia juntamente com o miolo de amendoim até obter um creme ou uma espécie de manteiga. Adicione a banana ou, com um garfo, esmague e misture todos os ingredientes. Coloque em formas antiaderentes ou forradas com papel vegetal ou formas de papel e leve ao forno pré-aquecido a 180°C, durante cerca de 30 minutos, até o topo estar dourado.

Se dividir por 6 formas ou 6 fatias, cada fatia tem 1 porção de hidratos de carbono e é ideal para o meio da manhã ou pequeno lanche. Se dividir por 12 formas ou fatias, cada fatia tem meia porção de hidratos de carbono, podendo ser insuficiente para uma refeição intermédia; acompanhe com um iogurte sem adição de açúcar ou um copo de leite.

Especialistas concluem
A insuficiência cardíaca afeta cerca de 380 mil pessoas em Portugal, mas não tem recebido a prioridade necessária, faltando...

“A insuficiência cardíaca é uma síndrome com elevada prevalência, morbilidade e mortalidade, que representa uma sobrecarga económica e social de grande magnitude. Porém, em Portugal tem sido alvo de pouca atenção”, avisa o grupo de especialistas que elaborou um documento de consenso sobre a doença.

Cândida Fonseca, médica que coordenou o documento, sublinhou que “há uma necessidade urgente de priorizar a insuficiência cardíaca na agenda da saúde”.

A ideia não passa por pedir mais recursos ou mais verbas, mas antes realocar os que existem, de modo a diagnosticar mais precocemente a doença, nomeadamente nos cuidados de saúde primários.

“Pretendemos até poupar recursos. O facto de não estarmos despertos para o diagnóstico precoce, não termos alguns meios de diagnóstico disponíveis e comparticipados nos cuidados primários faz com que a doença seja tardiamente diagnosticada. Muitas vezes é-o quando o doente vai à urgência e já está muito mal, descompensado. E é onde se gasta a maior parte do dinheiro com insuficiência cardíaca. A ideia é poupar com internamentos, prevenindo-os. Investir na prevenção”, resumiu Cândida Fonseca.

Aliás, dados nacionais de 2015 mostram que o número de internamentos por insuficiência cardíaca cresceu 33% em oito anos, de 2004 a 2012.

A médica explica que a doença tem um quadro clínico pouco específico (que passa pela falta de ar ou cansaço), que é comum a várias outras doenças e pode acontecer que nem se desenvolvam sintomas.

Muitas vezes, o diagnóstico faz-se por exclusão. Há inclusivamente uma análise de sangue que permite excluir a doença, mas não está disponível de forma comparticipada nos cuidados de saúde primários.

Assim, os peritos pretendem que o diagnóstico seja melhorado através da disponibilização nos centros de saúde de meios comparticipados para detetar ou excluir a patologia.

Como medidas para tornar prioritária a insuficiência cardíaca, os especialistas querem que se crie e aplique um plano de formação de profissionais de saúde, nomeadamente de médicos e enfermeiros, e que se crie um boletim para a doença que permita um acompanhamento mais adequado dos doentes, facilitando o acesso a todos os que participam na assistência.

É ainda sugerido que a insuficiência cardíaca seja considerada uma prioridade no Programa Nacional das Doenças Cérebro-Cardiovasculares e propõe-se o lançamento de uma campanha de informação e sensibilização junto dos cidadãos.

Os peritos lembram ainda que em Portugal não existe um algoritmo de tratamento padronizado e sistematicamente aplicado para a insuficiência cardíaca.

Para debater estas questões consideradas urgentes, decorre na sexta-feira em Lisboa uma conferência aberta sobre o futuro da doença em Portugal, considerada uma das principais epidemias do século XXI e que consome 1 a 3% do orçamento para a saúde nos países desenvolvidos.

A insuficiência cardíaca define-se essencialmente como uma síndrome causada por uma anomalia da estrutura ou da função cardíaca, conduzindo a um débito sanguíneo inadequado às necessidades do organismo.

Farmácias hospitalares em destaque
O Infarmed realizou no ano passado cerca de 1.300 inspeções, a maioria a locais de venda de fármacos, mas tendo um enfoque...

“A inspeção feita pelos técnicos do Infarmed tem sido muito grande a nível hospitalar”, reconheceu o presidente da Autoridade, destacando que o objetivo das fiscalizações não é penalizar as unidades de saúde mas “ajudar os hospitais” a melhorar procedimentos.

Ao todo, foram realizadas no ano passado 48 inspeções a serviços farmacêuticos hospitalares, abrangendo 31 hospitais, dos quais 24 do setor público e sete do privado.

No seguimento desta ação inspetiva, foi recomendada a suspensão de atividade em sete casos de farmácias hospitalares por risco elevado para os doentes. Algumas destas farmácias já reabriram entretanto.

Henrique Luz Rodrigues, presidente do Infarmed, explicou que “as situações mais graves são aquelas em que há o fecho de condições e de locais para a preparação dos citostáticos [medicamentos contra o cancro]”.

“Estas são as situações relevantes. O fecho leva a que não seja possível muitas vezes preparar ou administrar os medicamentos naqueles hospitais”, admite o responsável, adiantando contudo que tem havido uma extrema colaboração das unidades de saúde e que o Infarmed se esforçou por ajudar os hospitais a que prossigam com os tratamentos junto dos doentes.

Apesar do destaque dado às farmácias hospitalares, o maior número de inspeções foi a farmácias de bairro (498), seguindo-se os locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica (244).

Henrique Luz Rodrigues destaca que não tem havido problemas significativos detetados nas farmácias: “Nas farmácias de oficina as inconformidades não têm sido muito relevantes”.

No balanço inspetivo do Infarmed, seguem-se as fiscalizações aos distribuidores por grosso (195), aos fabricantes de medicamentos (48), aos titulares de introdução no mercado (38).

Além da área do medicamento, o Infarmed realizou ainda 81 inspeções ao circuito dos dispositivos médicos e 71 ao dos produtos cosméticos.

Proposta à Assembleia da República
A Ordem dos Psicólogos vai apresentar na Assembleia da República uma proposta que prevê a criação da figura do psicólogo do...

A Ordem pretende que seja criada a "figura do psicólogo do trabalho, à semelhança do médico do trabalho e enfermeiro do trabalho", afirmou o bastonário desta instituição, Francisco Miranda Rodrigues, que falava aos jornalistas à margem da apresentação dos novos órgãos sociais da Delegação Regional do Centro da Ordem dos Psicólogos, que decorreu em Coimbra.

A proposta, que será entregue na Assembleia da República durante o primeiro trimestre deste ano, prevê também um "reforço e uma concretização de medidas de prevenção dos riscos psicossociais", afirmou.

De acordo com Francisco Miranda Rodrigues, esse reforço não "é uma penalização" para as empresas, mas uma ferramenta "importantíssima para a competitividade das organizações e para o bem-estar" nas mesmas.

Também neste primeiro trimestre, a Ordem dos Psicólogos pretende entregar um conjunto de propostas junto do Ministério da Saúde para um "programa nacional de prevenção e combate à depressão", informou.

"É um problema grave, que causa muito sofrimento a muitas pessoas", que resulta em grande medida das "formas de adaptação" das pessoas aos atuais contextos laborais e de modo de vida, explanou.

Num contexto em que a Organização Mundial de Saúde identifica a depressão "como uma das principais doenças" que afetam principalmente o mundo ocidental, é necessário serem tomadas "algumas medidas mais concretas" e apostar-se "definitivamente na prevenção", defendeu o bastonário.

Segundo Francisco Miranda Rodrigues, esse programa terá de ser construído de forma "bastante abrangente", não apenas com contribuições de instituições do campo da saúde, mas num processo que seja alargado a outros parceiros sociais.

A Ordem dos Psicólogos, frisou, está também focada em garantir "o autocuidado dos psicólogos e medidas para esse mesmo autocuidado".

Por o psicólogo atuar num campo onde o desgaste está presente, está previsto a Ordem "fazer um estudo sobre o 'burnout' [desgaste emocional] nos psicólogos portugueses", referiu.

A apresentação dos novos órgãos sociais da Delegação Regional do Centro da Ordem, que decorreu na Casa das Caldeiras, contou com a presença da presidente da delegação, Cristina Quadros, e com a vice-presidente da Câmara de Coimbra, Rosa Reis Marques.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde lançou ontem uma campanha para apelar à doação de gâmetas (espermatozoides e óvulos) e lembra que os...

“Ser dador de esperma é simples e não tem riscos” ou “os dadores de gâmetas estão isentos do pagamento de taxas moderadoras” são algumas das frases que marcam o vídeo da campanha promocional ontem apresentada no Ministério da Saúde, em Lisboa.

A legislação já previa que os dadores de gâmetas estivessem isentos de taxa moderadora, mas a metodologia de anonimato que existia no único local de recolha (no Porto) não permitia usufruírem depois das isenções de taxas no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Com o alargamento a mais dois locais de colheita de gâmetas, essa metodologia foi revista e uniformizada e permitirá que os dadores usufruam da isenção de taxas moderadoras em todo o SNS. O anonimato mantém-se mas para o cruzamento de dados entre dadores e beneficiários (uma vez que não pode haver qualquer cruzamento entre quem doou e quem beneficiou).

No final da sessão de apresentação da campanha e dos novos centros de colheita, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde anunciou que o Governo vai ainda avaliar o valor que é pago aos dadores como reembolso pelas despesas ou prejuízos das dádivas.

“Estas dádivas são altruístas e queremos que continuem a ser. Mas vamos repensar esses valores para compensar de forma adequada as faltas ao trabalho e as idas aos hospitais, mas não queremos que seja uma forma para obter outro tipo de compensações”, afirmou aos jornalistas Fernando Araújo.

Atualmente o valor pago aos dadores homens é de 42 euros por dádiva, enquanto para as mulheres é de 620 euros.

A par de campanha de promoção da dádiva foram também lançados os dois locais adicionais de colheita de gâmetas, que estarão ligados ao banco público no Centro Hospitalar do Porto.

Além do Porto, passam assim a poder ser feitas também recolhas no Centro Hospitalar de Lisboa Central (Maternidade Alfredo da Costa) e no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

O Ministério da Saúde assume que quer aumentar a acessibilidade ao banco de gâmetas, sobretudo tendo em conta que as técnicas de procriação medicamente assistida foram alargadas no final do ano passado a todas as mulheres independentemente do estado civil orientação sexual, e a gestação de substituição passou a ser permitida em caso de infertilidade.

Atualmente, o banco de gâmetas femininos tem “grandes limitações” em termos de espera, que pode ir até um ano, enquanto nos gâmetas masculinos o tempo de espera estava mais ajustado às necessidades antes das alterações legislativas.

O Ministério da Saúde criou ainda uma linha de financiamento própria de 1,6 milhões de euros que serão alocados para o mecanismo de recolha e disponibilização de gâmetas em 2017.

Os homens podem doar espermatozoides se tiverem entre 18 e 40 anos, forem saudáveis e sem história de doença de transmissão sexual ou hereditária e terão de realizar análises sanguíneas seis meses após a última doação.

No caso das mulheres, a doação tem as mesmas regras mas é restringida em idade, até ao limite de 33 anos.

Páginas