Estudo
Um estudo do Royal Holloway University of London, em Inglaterra, afirma que elas tendem a ser mais poupadas por causa da...

Os agentes patogénicos são menos letais para as mulheres porque as encaram como um hospedeiro que os pode transmitir para os filhos durante a gravidez. A tese é defendida por um grupo de investigadores da Royal Holloway University of London, em Inglaterra, num novo estudo. Os especialistas alegam ter encontrado provas científicas de que alguns são mais nocivos para a população masculina do que para a feminina, escreve o Sapo.

“Já era ponto assente que os homens e as mulheres reagem à doença de forma diferente mas os resultados mostram que os vírus evoluíram [com o passar do tempo] de modo a afetar os dois sexos de forma diferente”, garantiu, em comunicado, Vincent Jansen, professor naquele estabelecimento de ensino e co-autor da pesquisa. Uma parte da investigação incidiu no HTLV-1, um agente patogénico que causa leucemia em pessoas infetadas.

De acordo com os especialistas britânicos, as mulheres tendem a desenvolver menos a doença do que os homens. O esquema matemático que usaram durante a observação de uma amostra de voluntários do Japão e das Caraíbas permitiu-lhes verificar que os vírus fazem uma seleção natural, assumindo contornos mais mortíferos neles do que nelas, como confirmam os números que conseguiram apurar.

Cientistas explicam quantas vezes devemos trocá-las
As toalhas para secar as mãos, rosto e corpo são locais de cultivo de bactérias e fungos, além de acumularem células de pele...

Os resíduos celulares, juntamente com o oxigénio, as temperaturas moderadas e o ambiente húmido são o ambiente favorável ao desenvolvimento de micróbios. A maioria não vai causar-lhe problemas, até porque provavelmente saíram do seu próprio corpo. Mas nas toalhas eles multiplicam-se rapidamente.

Um estudo da revista Women's Health, publicado em 2015, e citado pela BBC, sugere que 44% das mulheres trocam os lençóis e toalhas uma vez por semana. Mas 47% faz isso apenas duas vezes por mês ou até menos, escreve o Sapo. "Não há dados científicos para determinar com exatidão com qual frequência devemos trocar lençóis e toalhas", disse à BBC a cientista Sally Bloomsfield, especialista em doenças infecciosas e consultora do Fórum Científico Internacional de Higiene do Lar.

Porém, há provas de que existem riscos de infeção dentro de casa: desde infeções na pele até uma variedade de doenças causadas pelas bactérias Escherichia coli ou Staphylococcus aureus.

E aí surgem as dúvidas de como minimizar estes riscos. Sally Bloomsfield desaconselha por completo a partilha de toalhas, especialmente as das mãos.

Quanto ao intervalo para substitui-las, durante muito tempo o conselho foi de trocas semanais. Mas agora os cientistas acreditam que até uma semana é tempo demais para usar uma toalha. "Se consegue secá-las completamente, não deve usá-las mais do que três vezes. É o máximo", diz Philip Tierno, microbiólogo e patologista da Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque em entrevista ao Business Insider.

A chave, segundo os especialistas, é que se consiga secar a toalha completamente entre cada utilização. No entanto, Sally Bloomsfield vai mais longe e acredita que, numa situação ideal, as pessoas deveriam trocar de toalhas a cada utilização.

E lavá-las a quantos graus? A resposta é unânime: 60 graus Celsius é a temperatura ideal para eliminar por completo restos de células mortais, bactérias e micróbios. Depois, o segredo é secá-las bem.

Sub-diretora geral de Saúde
Numa altura em que continuam a aumentar os casos de pessoas afetadas pelo vírus, Graça Freitas diz que restam poucas doses e...

"Este é um fenómeno natural, à medida que a gripe avança mais pessoas se vacinam. Neste momento estamos com as ARS a redistribuir as doses remanescentes entre as várias unidades para que se possam vacinar ainda mais pessoas e chegar ao fim da época gripal sem vacinas. Cumprindo assim o objetivo de proteger o número mais elevado possível de pessoas".

Com uma época gripal muito intensa, Graça Freitas, explica não pode quantificar quantas doses sobram, mas sabe que são poucas, escreve a TSF.

"Na ordem dos poucos milhares, a ARS Norte por exemplo tem cerca de 3 mil doses nos centros de saúde e a expectativa é gastar todas."

A sub-diretora geral de Saúde, lembra que ainda é possível, se for caso disso, comprar vacinas para a gripe nas farmácias, com receita medica e sublinha que nesta altura é muito difícil comprar mais vacinas.

A sub-diretora geral da saúde explica que neste momento não é possível encomendar mais vacinas, mas as pessoas podem comprar.

"Os países têm quotas na encomenda das vacinas e seria muito difícil obter mais através de outro país, porque todos tiveram uma época gripal muito forte".

Graça Freitas diz ainda que no geral a vacina da gripe tem sido muito eficaz no combate ao vírus e considera que o facto de o stock já estar a esgotar significa que muitos portugueses se vacinaram.

Morreu aos 88 anos
O médico Daniel Serrão, que morreu aos 88 anos, destacou-se na medicina sobretudo pelos seus trabalhos nos campos da anatomia...

Daniel Serrão nasceu na freguesia de São Diniz, na cidade de Vila Real de Trás-os-Montes, em 01 de março de 1928.

Em 1944 completou o Curso Geral dos Liceus, em Aveiro, com 18 valores. Antes, frequentou os Liceus de Viana do Castelo e Coimbra. Em Aveiro terminou, em 1945, o Curso Complementar de Ciências, com 18 valores.

Em 1951 completou o Curso de Medicina, com média final de 17 valores.

Cumpriu o serviço militar obrigatório, de 1951 a 1953, prestando serviço no Hospital Regional n.º 1 do Porto.

Casou em 1958 com Maria do Rosário de Castro Quaresma Valladares Souto de quem teve seis filhos (um deles falecido em 1993) e nove netos.

Doutorou-se em 1959, com 19 valores. Concorreu em 1961 a professor extraordinário de Anatomia Patológica e é aprovado por unanimidade. De outubro de 1967 a novembro de 1969, esteve mobilizado, em Luanda, prestando serviço no Hospital Militar como anatomopatologista.

Concorreu a Professor Catedrático em 1971 sendo aprovado por unanimidade, assumindo a direção do Serviço Académico e Hospitalar de Anatomia Patológica.

De 24 de junho de 1975 até 30 de junho de 1976 esteve demitido de todas as suas funções em consequência de um saneamento, que foi anulado por decisão do Conselho da Revolução, tendo-lhe sido pagos os vencimentos dos doze meses durante os quais foi impedido de exercer as suas funções académicas e hospitalares.

Montou e dirigiu um laboratório privado de Anatomia Patológica que, de julho de 1975 até dezembro de 2002, realizou um milhão e seiscentos mil exames histológicos e citológicos para hospitais públicos e para clientes privados. Foi jubilado em 1 de março de 1998.

Foi também membro eleito do Bureau do CDBI de 1996 a 2000 e de 2004 a 2008. Entre 1997 e 2008 ocupou o cargo de presidente do Working Party on The Protection of the Human Embryo and Foetus (CDBI CO-GT3).

Daniel Serrão foi ainda membro do Conselho Científico das Ciências da Saúde do Instituto Nacional de Investigação Científica (INIC) desde 1980 até à sua extinção pelo Decreto-Lei 188/92, ou seja, durante 12 anos.

Ocupou os cargos de presidente da Comissão de Fomento da Investigação em Cuidados de Saúde, do Ministério da Saúde, desde 1991 até 2008, de presidente do Conselho de Ética da Saúde do Hospital da Ordem da Trindade e de presidente do Conselho Médico da Médis.

Daniel Serrão foi ainda conselheiro do papa, por ser membro da Academia Pontifícia para a Vida.

Durante dez anos fez parte do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV).

Desempenhou igualmente os cargos de orientador de 17 dissertações de Mestrado em Bioética dos cursos da Faculdade de Medicina, Instituto de Bioética e Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa (UCP) de Braga e de professor nos Mestrados de Bioética da UCP.

Recebeu vários prémios ao longo da vida, um dos quais o Prémio Pfizer, com que foi distinguido em 1958, 1961 e 1971, e o Prémio Nacional de Saúde, atribuído pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em 2010.

Daniel Serrão foi ainda agraciado com a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos (2002), a Medalha Serviços Distintos do Ministério da Saúde grau Ouro e a Medalha de Mérito Militar do Ministério da Defesa.

Em 2008 recebeu do então Presidente da República Cavaco Silva a Grã Cruz da Ordem Militar de Santiago de Espada.

Devido a problemas respiratórios
O médico português Daniel Serrão morreu na madrugada de ontem, aos 88 anos, vítima de problemas respiratórios decorrentes ainda...

O velório decorreu na Igreja da Lapa, e o funeral realiza-se hoje, saindo da mesma Igreja, disse o filho Manuel Serrão.

A morte de Daniel Serrão decorre dos problemas de saúde, sobretudo de natureza respiratória, com que ficou desde que foi atropelado, há mais de dois anos, e dos quais “nunca mais recuperou”, acrescentou.

Manuel Serrão manifestou ainda o desejo de que seja “respeitada a natureza privada dos atos fúnebres”.

Procriação Medicamente Assistida
O diretor do Banco Público de Gâmetas defendeu que a proposta de lei aprovada para alterar a utilização de técnicas de...

“O que tem sido feito, e trabalhado com o secretário de Estado de uma maneira muito empenhada, é no sentido de aumentar a capacidade instalada no Sistema Nacional de Saúde para fazer face (…) a um previsível aumento da procura [de gâmetas]”, afirmou Caldas Afonso, responsável por este banco público sediado no Centro Materno Infantil do Norte, que pertence ao Centro Hospitalar do Porto.

O diretor do Banco Público de Gâmetas reagia desta forma às críticas feitas pelo PSD que acusou o executivo de favorecer centros privados e criticou todo o processo de regulamentação das leis que alargaram o acesso à procriação medicamente assistida.

“O que tem sido feito é um esforço muito grande no sentido de aumentar a capacidade instalada, dando condições com um aumento significativo em termos de financiamento”, acrescentou.

Caldas Afonso destacou que este “é um processo moroso”, nomeadamente no que diz respeito a “conseguir encontrar dadoras femininas”.

Realçou porém que “tem sido feito um esforço enorme para que, dentro do sistema público, se possa garantir” uma resposta “em tempo útil” a uma procura que se prevê aumentar.

Assinalando que “não é pela questão económica que as pessoas se prontificam a poderem ser dadoras, mas por um sentido de responsabilidade social”, o responsável adiantou que “se irá iniciar no mês de janeiro” uma campanha para promover o aumento do número de doações de gâmetas.

O secretário de Estado adjunto e da Saúde anunciou mais financiamento e mais locais de recolha de gâmetas, e uma campanha de sensibilização para dadores, que aumente a acessibilidade à procriação medicamente assistida.

As técnicas de procriação medicamente assistida foram alargadas no ano passado a todas as mulheres, independentemente do estado civil e orientação sexual, e a gestação de substituição passou a ser permitida em caso de infertilidade.

O parlamento aprovou também uma proposta de lei que determina que embriões, espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico que tenham sido congelados antes de 2006 podem vir a ser descongelados e eliminados se assim determinar o diretor do centro de procriação medicamente assistida.

Juventude Cruz Vermelha
É no âmbito da conferência final do projeto Play4Change que a Juventude Cruz Vermelha Portuguesa apresenta, no próximo dia 11...

O EuropAlien consiste num jogo de estratégia, implementado ao longo de 10 sessões, tendo por base as 8 prioridades da Estratégia da União Europeia para a Juventude: Educação; Emprego; Criatividade e Empreendedorismo; Saúde e Desporto; Participação; Inclusão Social; Voluntariado; e Juventude no Mundo.

De acordo com o coordenador do projeto, Tiago Costa, da Juventude Cruz Vermelha, “os resultados decorrentes da implementação da ferramenta educativa criada no âmbito do projeto Play4Change, são uma clara evidência do impacto positivo que as metodologias de educação não-formal podem alcançar na intervenção com jovens vulneráveis, tendo por objetivo último a sua reinserção e inclusão social”.

A conferência final do projeto Play4Chance representa o culminar de um projeto que se desenvolve desde Setembro de 2015 nos Centros Educativos da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, com o objetivo de criar uma ferramenta pedagógica para a intervenção junto de jovens vulneráveis.

A nível nacional, este projeto contou com a parceria do Instituto Português do Desporto e Juventude, da Direção Geral da Reinserção e Serviços Prisionais e do programa Revive+ da Cruz Vermelha Portuguesa, e com o envolvimento da Haus den offen Tur (Alemanha) e Studio Progetto (Itália), organizações internacionais que também desenvolvem o seu trabalho com jovens vulneráveis.

Esta conferência final é uma iniciativa que conta com a presença de João Paulo Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João D’Oliveira Cóias, diretor dos Serviços de Justiça Juvenil da DGRSP, Pedro Soares, diretor da Agência Nacional do Programa Erasmus+ Juventude em Ação, e Luísa Malhó, diretora nacional do Programa Escolhas.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro acaba de lançar uma nova campanha, onde reforça a importância da Linha Cancro e as novidades...

Criada em 2008, a Linha de Apoio à Pessoa com Cancro tem como objetivo informar e apoiar os doentes e a sua família. Registando uma média de 2.000 chamadas e de 1.200 emails por ano, os profissionais da Linha respondem a questões relacionadas com a doença oncológica, os direitos dos doentes, apoio psicológico e apoio social. A Linha Cancro está disponível, durante a semana, das 9H00 às 18H00, através do número gratuito 800 100 100, pelo email [email protected] e, em alternativa, é também possível deixar as questões online, através do formulário no site da LPCC.

Em 2016, a Linha Cancro recebeu mais de 1.700 emails e mais de 1.500 chamadas, realizadas na maioria por mulheres (74%). Lisboa, Porto, Coimbra e Leiria continuam a ser os distritos que mais utilizam a Linha e, por norma, são os próprios doentes (51%) e os familiares / amigos (34%) que procuram apoio através deste serviço. As questões mais colocadas aos profissionais da Linha prendem-se com os direitos gerais da pessoa com cancro, ações de rastreio, informação sobre a doença, centros de tratamento e apoio psicológico. Em termos de patologia, muitos dos telefonemas e emails recebidos estão relacionados com o cancro da mama, estômago, cabeça e pescoço, melanoma e pulmão. Embora o número de chamadas e emails recebidos tenha diminuído relativamente a 2015, continua a verificar-se um pico de atividade em janeiro, nos meses de verão e no final do ano.

Universidade de Coimbra
Detlev Ganten, Presidente da M8 Alliance e da Cimeira Mundial de Saúde, vai receber o grau de Doutor Honoris Causa pela...

José Martins Nunes, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), será o Apresentante, estando os elogios a cargo de Catarina Resende de Oliveira (do Candidato) e Manuel Antunes (do Apresentante), Professores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), a Faculdade que propôs a atribuição do grau.

A FMUC sublinha que Detlev Ganten, especialista em Farmacologia e Medicina Molecular e uma das maiores autoridades mundiais na área da hipertensão, “foi um aliado decisivo” para o sucesso da candidatura do consórcio CHUC/UC à integração na M8 Alliance.

O “apoio entusiástico" do Professor Ganten foi essencial para que o consórcio CHUC/UC fosse "admitido por unanimidade na M8 Alliance, numa consagração da excelência da Universidade de Coimbra e do seu renome internacional na área do Ensino e da Saúde”, salienta a Faculdade, acrescentando que, ao longo do “exigente e complexo processo da candidatura à M8 Alliance, o professor Ganten demonstrou ser um exemplar amigo de Portugal, de Coimbra e da sua Universidade, honrando as relações bilaterais entre a Alemanha e Portugal e cimentando-as na área académica ao mais alto nível”.

UNESCO
A proposta de Declaração Universal da Igualdade de Género da UNESCO, subscrita por uma equipa liderada pelo especialista em...

Segundo Rui Nunes, trata-se de “uma declaração de pendor universal que toca diferentes domínios da igualdade entre homem e mulher em qualquer sociedade do planeta, independentemente do nível de desenvolvimento, sobretudo nas áreas de acesso à educação e também questões relacionadas com literacia em saúde”.

A equipa de Rui Nunes, principal impulsionador da criação da figura do “Testamento Vital” em Portugal e atual coordenador mundial do Departamento de Investigação da Cátedra de Bioética na UNESCO, integra, entre outros, Francisca Rego, investigadora em Psicologia Clínica e Ciências Sociais, e Guilhermina Rego, igualmente professora da Faculdade de Medicina do Porto e vice-presidente da autarquia portuense.

Em entrevista recente, Rui Nunes explicou que “a existência de uma declaração destas não é apenas uma carta de princípios gerais, é algo que, caso seja aprovada, tem a possibilidade de moldar definitivamente a legislação, a prática e os costumes de diferentes países, incluindo Portugal”.

Por isso, defende que a existência desta declaração é “tão importante”, não para o presente, mas para o futuro porque “as sociedades à escala mundial teriam este referencial de atuação na implementação de políticas públicas na educação, na saúde, no planeamento familiar, na nomeação de cargos públicos e políticos, entre outras”.

“É essencial que se promovam valores como planeamento familiar e se avance para uma certa regulação ética mundial para questões que tem a ver com a integridade pessoal, que têm a ver, por exemplo, com a mutilação genital feminina, para que os direitos básicos das mulheres não sejam expressamente violados”, frisou.

Rui Nunes disse que esta proposta de declaração tem também a ver com as questões da igualdade de género no mundo laboral, na entrada das carreiras profissionais, na formação profissional, na ascensão na carreira e na ascensão aos lugares de topo nas carreiras profissionais.

A primeira versão da proposta da declaração, hoje enviada à Comissão Nacional da UNESCO, ficará durante três meses, em discussão internacional.

“Vamos receber os contributos dessas reflexões dos vários países e das várias culturas e civilizações e tencionamos em abril fazer uma proposta já mais formalizada aos órgãos competentes da UNESCO para que ao longo do ano possa ir a votação na Assembleia Geral”, salientou.

O objetivo é que este projeto nascido em Portugal seja concretizado em 2017, durante a administração da diretora geral da UNESCO, Irina Bokova.

“Que seja no mandato de uma mulher que uma declaração desta natureza seja discutida e aprovada pela Assembleia Geral da UNESCO”, sublinhou Rui Nunes.

Procriação medicamente assistida
O secretário de Estado adjunto e da Saúde anunciou mais financiamento e mais locais de recolha de gâmetas, e uma campanha de...

"Ainda este mês de janeiro será feito um despacho que vai estabelecer: locais de recolha adicionais para além dos existentes em Lisboa, Porto e Coimbra, vai prever financiamento específico para os bancos de gâmetas para aumentar a sua capacidade, vai prever uma avaliação sobre os benefícios que os próprios dadores podem ter e propor uma campanha de sensibilização para dadores", anunciou Fernando Araújo no parlamento.

As técnicas de procriação medicamente assistida foram alargadas no ano passado a todas as mulheres, independentemente do estado civil e orientação sexual, e a gestação de substituição passou a ser permitida em caso de infertilidade.

Fernando Araújo afirmou que "atualmente a acessibilidade ao banco de gâmetas é limitada", referindo que "nos últimos 4 anos não houve investimento sério" e comprometeu-se com o aumento da oferta.

"Queremos aumentar a acessibilidade ao banco de gâmetas e iremos fazer tudo para que tal aconteça", afirmou, sem avançar dados específicos sobre o financiamento e os locais de recolha que serão criados.

Fernando Araújo respondia aos deputados na Assembleia da República durante a discussão da proposta de lei que determina que embriões, espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico que tenham sido congelados antes de 2006 podem vir a ser descongelados e eliminados se assim determinar o diretor do centro de PMA.

A proposta de lei pretende evitar, de acordo com o Governo, "a indesejável eternização da sua conservação, sem que os mesmos sejam utilizados ou reclamados pelos seus beneficiários".

Universidade do Porto
Um artigo de investigadores da Universidade do Porto, publicado na revista “EuroHealth”, alerta para a falta de médicos de...

O artigo é da autoria do presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), Henrique Barros, e de Bernardo Gomes, médico de saúde pública na Administração Regional de Saúde do Norte.

Os especialistas abordam aspetos da organização dos serviços de saúde pública em Portugal e da sua força de trabalho.

O estudo lembra que, em 2013, trabalhavam na zona Norte do país cerca de 130 médicos de saúde pública, sendo que, para suprir as necessidades da região, seriam necessários na altura mais 40 profissionais.

Além disso, salientam os investigadores, “89,5% destes médicos tinham mais de 50 anos de idade”, o que, em seu entender, significa “uma ameaça à força de trabalho, em virtude da concentração do número de aposentações”.

A nível nacional, o número destes profissionais “diminuiu 24,4% entre 2002 e 2011”, salientam os investigadores, que citam um outro estudo.

Os autores referem que as alterações demográficas nos médicos de saúde pública, assim como a própria demografia da população, irão ser “fortes indutores de mudança nos serviços de saúde pública”.

“Este é mais um contributo para a discussão sobre a organização dos serviços de saúde pública, frisando a urgência de um adequado planeamento e formação dos recursos humanos para os desafios futuros”, sublinha Bernardo Gomes.

O estudo “Public Health in Portugal: demography and organisation at the crossroads” foi publicado na revista “EuroHealth”.

Deputados estão divididos
Proposta alarga aos novos produtos do tabaco sem combustão as proibições de fumar que estão em vigor.

Os deputados do grupo de trabalho da Comissão Parlamentar de Saúde nomeados para avaliar a proposta de alteração à lei do tabaco estão divididos sobre a equiparação dos cigarros eletrónicos e novos produtos de tabaco sem combustão aos cigarros tradicionais, como estipula o projeto de diploma aprovado em Conselho de Ministros em Setembro e que se previa que entrasse em vigor já este mês.

Depois da introdução de imagens de choque nos maços de tabaco, em vigor desde Janeiro de 2016, a mais recente proposta de alteração da lei do tabaco prevê que sejam alargadas aos novos produtos do tabaco sem combustão as proibições de fumar que já estão em vigor e aquelas que vierem a ser aprovadas no futuro.

A proposta inclui no conceito de fumar os produtos do tabaco sem combustão que produzam aerossóis, vapores, gases ou partículas inaláveis. Os autores do projeto de lei alegam que não são conhecidos de forma robusta e cientificamente comprovada todos os efeitos que podem advir do consumo continuado destes novos produtos.

Mas a nova legislação tem que ser aprovada pela Assembleia da República e os parlamentares, que em Outubro remeteram para a comissão da especialidade (saúde) a proposta, pediram entretanto uma prorrogação de 60 dias para a poderem apreciar devidamente.

“Há deputados que concordam e outros que não concordam [com esta proposta]. Vamos ouvir especialistas para perceber se há evidências científicas em relações às semelhanças e diferenças [entre estes tipos de produtos] para que se possa legislar com segurança”, explicou ao jornal Público a socialista Elza Pais, que integra o grupo de trabalho. Nesta quinta-feira reunido pela segunda vez, o grupo já decidiu que vai ouvir não só especialistas nesta matéria mas também constitucionalistas, porque estão aqui em causa também questões que se prendem com direitos, liberdades e garantias, disse.

“Queremos fazer o melhor, de uma forma informada. Há todo um trabalho ao nível da redução de riscos e da prevenção que é central neste novo processo legislativo”, acentua Elza Pais, que defende que, ao equiparar os novos produtos aos cigarros tradicionais, se pode estar a “limitar um método de libertação” do tabagismo.

 

Mas esta não é a única proposta de alteração da lei do tabaco que está a dividir os deputados. Também a proibição de fumar ao ar livre a menos de cinco metros das portas e janelas de um grande número de espaços, como hospitais e escolas, além de uma série de espaços públicos utilizados por menores como jardins, suscita muitas dúvidas, como ficou patente durante o debate na generalidade, em Outubro. A proposta prevê multas entre 50 e 750 euros.

Gripe e frio
Na semana da passagem de ano verificou-se um número anormalmente elevado de óbitos.

A mortalidade por todas as causas disparou e está acima do que seria de esperar para esta altura do ano há já duas semanas consecutivas, apesar de a intensidade da epidemia de gripe ainda ser “moderada”. O boletim de vigilância epidemiológica divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (Insa) mostra que na semana da passagem de ano (26 de Dezembro a 1 de Janeiro) se verificou um número anormalmente elevado de óbitos.

Na semana anterior, já se tinha observado um excesso de mortalidade, um problema que os especialistas atribuem não apenas à epidemia de gripe e ao tipo de vírus que este Inverno está a predominar e é mais agressivo para os idosos, mas também ao frio que se tem feito sentir.

A culpa, de facto, não será apenas da epidemia de gripe: a taxa de incidência até baixou na última semana face à registada na anterior (foi de 63,8 casos por 100 mil habitantes contra 113,3 casos por 100 mil na semana do Natal). Os especialistas notam que o valor médio da temperatura mínima do ar ficou nos 2,2 ºC, um “valor muito inferior ao normal pela segunda semana consecutiva”, escreve o jornal Público.

A subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas, já tinha explicado ao jornal Público na semana passada que era "previsível que isto acontecesse" sublinhando que a epidemia de gripe está a ter padrões semelhantes aos observados no Inverno de 2014/2015, quando ocorreu um crescimento súbito da mortalidade em geral. O tipo de vírus da gripe que predomina este ano é de novo o A (H3N2), que afeta, sobretudo, idosos com doenças crónicas e que, por isso, tem um grande impacto na mortalidade. 

O pico ainda não chegou
“O pico da gripe ainda não chegou, mas os principais afetados estão a ser os doentes mais idosos com co-morbilidades, este tipo de vírus está a revelar-se muito mais agressivo nos doentes mais velhos”, reforça Carlos Robalo Cordeiro, diretor do serviço de pneumologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

São, enumera, pessoas com doenças pulmonares, cardíacas, com diabetes. “Esta estirpe do vírus está claramente a comprometer os mais idosos. É por isso que os hospitais estão completamente sobrelotados”, lamenta o médico.

Voltando ao boletim do Insa, nas unidades de cuidados intensivos (UCI) que reportaram dados (22), a mortalidade aumentou. Desde o início da monitorização da época gripal, em Outubro, há agora registo de 11 mortes entre os 88 casos que obrigaram a internamento em unidades deste tipo nos hospitais.

Foi mesmo necessário acionar a reserva estratégica do antivírico zanamivir para tratar dois doentes.

Mais de 86% dos doentes internados nas UCI com complicações decorrentes da gripe (como pneumonias) tinham patologias crónicas e mais de 70% tinha idade superior a 64 anos.

Em toda a região europeia, 21 países davam nota de uma atividade gripal de baixa intensidade, enquanto 15 já estavam numa fase moderada e dois registavam uma fase de atividade elevada. A Finlândia reportou uma atividade muito elevada, o que indica uma "tendência crescente na região europeia". A esmagadora maioria dos vírus identificados e caracterizados era do subtipo A(H3N2).,

Este tipo de vírus foi, justamente, o que predominou no Inverno de 2014/2015 e também no Inverno de 2011/2012, anos em que se verificaram picos de mortalidade acima do esperado.

No primeiro caso, como mais tarde foi possível contabilizar (relatório do Programa Nacional de Vigilância da Gripe 2014/2015), registaram-se 5591 mortes acima do esperado para essa época do ano. O fenómeno verificou-se em todo o continente, à exceção do Algarve. Esse foi o Inverno com mais mortalidade em excesso observada a seguir ao de 1998/1999, em que os especialistas estimaram ter havido 8514 mortes acima do esperado, de acordo com os registos disponíveis.

Psiquiatra alerta
Psiquiatra Pedro Afonso defende que Portugal devia copiar o direito dos trabalhadores a ignorarem os pedidos das chefias fora...

As novas tecnologias criaram um novo tipo de esclavagismo entre os trabalhadores, cuja vida está cada vez mais contaminada pelo trabalho que lhes invade a casa, os fins-de-semana e as férias, via telemóvel ou correio eletrónico. Quem o afirma é o psiquiatra Pedro Afonso, por cujo consultório diz passarem “cada vez mais pessoas sem qualquer antecedente psiquiátrico que entram em depressão por causa da pressão laboral associada ao excesso de carga horária e a esta disponibilidade permanente”.

“Num estudo que fizemos em 2016 junto de um universo de 400 antigos alunos da escola de negócios [AESE Business School], concluímos que 53% trabalhavam em média 53 horas semanais. E 11% só conseguiam manter a sua atividade laboral porque estavam a fazer uso de psicofármacos, designadamente antidepressivos e ansiolíticos”, descreve o psiquiatra. Autor de um estudo sobre o impacto do excesso da carga horária laboral na saúde psíquica e familiar, Pedro Afonso aponta sintomas depressivos, ansiedade e perturbações do sono como consequências da pressão a que os trabalhadores são sujeitos, escreve o jornal Público.

“As novas tecnologias levaram a que o trabalho começasse a invadir a esfera pessoal e fizeram com que, ao trabalho cumprido presencialmente, se some um outro trabalho que não é contabilizado nem remunerado. As pessoas sentem-se sequestradas pela pressão laboral”, diagnostica, para avisar que é uma questão de tempo até que surjam problemas maiores: “os relacionados com a saúde física e psíquica e com o recurso aos psicofármacos mas também com conflitos conjugais graves e divórcios”.

O estudo da AESE abrangeu sobretudo gestores e outros cargos de chefia. Mas o burnout, que se caracteriza por elevados níveis de exaustão emocional, despersonalização ou perda de realização profissional, estende-se igualmente à classe médica: um estudo divulgado em Novembro, e feito a partir de um inquérito dirigido a mais de 40 mil médicos, concluía que dois em cada três apresentavam níveis de exaustão. E que a “epidemia” está espalhada por quase todas as profissões confirmava-o outro estudo que, em Janeiro de 2016, sustentava que os sintomas de esgotamento atingiam já 17,3% dos 5000 trabalhadores inquiridos pela Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional. Mais: 48% estavam “submetidos a situações com elevado potencial de desenvolver burnout”.

“Isto está a tornar-se num estilo de vida que é completamente contrário ao bem-estar e à saúde das pessoas”, denuncia Pedro Afonso, contra a cultura instalada que leva a ficar mal visto o funcionário que se proponha cumprir o seu horário de trabalho. “É visto pelos seus pares e pelas chefias – é uma coação coletiva - como alguém que não veste a camisola". Para mostrar que a cultura do “presentismo” não é extensível a todos os países, Pedro Afonso aponta o caso de vários doentes que trabalham em multinacionais e que “quando foram deslocados para outros países e se propuseram continuar a trabalhar depois do horário, começaram a ser censurados, porque lá isso é visto como um comportamento anómalo”.

“Fala-se muito do trabalho escravo nos países em vias de desenvolvimento mas este é também um novo tipo de esclavagismo”, conclui, defendendo que Portugal deveria, à semelhança de Espanha, transpor as novas regras francesas.

Em Portugal não há notícias de suicídios diretamente imputáveis ao desgaste profissional, embora Pedro Afonso garanta que existam, “nomeadamente entre os elementos da PSP”. Mas mesmo os ocorridos em países como o Japão e a França não são justificação para se avançar com medidas deste tipo, na opinião de Miguel Pina Martins, da Science4You, uma empresa que produz e comercializa brinquedos educativos para crianças, e que passou dos 1,4 milhões de vendas em 2012 para os 11,3 milhões de 2015. “Os suicídios podem ser atribuídos ao trabalho como há pessoas que se suicidam porque tiveram um desgosto amoroso. E não é por isso que nós vamos  proibir o amor. Provavelmente, as pessoas que se suicidaram tinham um determinado perfil”, começa por relativizar.

À frente de uma empresa que emprega entre 350 a 400 funcionários em permanência, mas que nos picos de venda chega a ter mais de 750, Pina Martins diz que “há uma minoria de trabalhadores que têm isenção de horário e que não estão 24 horas por dia on mas se calhar estão dez ou onze”. Mas estes são trabalhadores e, em simultâneo, acionistas. “E neste sentido a responsabilidade que sentem é maior”, descreve, para concluir que, pela realidade que conhece de Espanha e Portugal, “o melhor seria deixar que sejam as empresas a encontrar o equilíbrio entre os interesses dos acionistas e a felicidade dos trabalhadores”. 

Estudo
Uma das causas da doença de Alzheimer é a formação de placas no cérebro, que continua a ser uma patologia misteriosa....

A doença de Alzheimer tem sido imparável e não há medicamentos capazes de a travar. O facto de vivermos cada vez mais tempo também contribui para o aumento dos casos. A doença surge na maioria das vezes depois dos 65 anos e é caracterizada por lapsos de memória, esquecimento de pessoas e lugares e perda progressiva de competências sociais e quotidianas. Por fim, os doentes tornam-se completamente dependentes de terceiros. Agora apurou-se que a estrutura molecular da proteína beta-amilóide, que se acumula em placas no cérebro dos doentes de Alzheimer, apresenta diferentes variações nos subtipos clínicos da doença.

Recuando até 1906, o médico alemão Alois Alzheimer (que deu o nome à doença) identificou as primeiras placas de beta-amilóide e de novelos de fibrilhas numa autópsia a um doente, escreve o jornal Público. Logo nesta altura se colocaram questões como: quantas placas e fibrilhas têm de se manifestar para provocar a doença?

Hoje sabemos que as placas de beta-amilóide surgem da acumulação da proteína beta-amilóide (que é solúvel) no cérebro, formando depósitos sólidos. É de salientar que esta acumulação, que surge nas imagens do tecido cerebral como uns borrões escuros, acontece fora das células e muito antes dos primeiros sinais da doença.

Também escuras, as fibrilhas assemelham-se a girinos e são formados pela proteína tau. Numa célula nervosa saudável, a proteína tau ajuda na formação de estruturas cilíndricas, chamadas “microtúbulos”, e que são essenciais para a comunicação entre os neurónios. Na doença de Alzheimer, a proteína tau deixa de funciona corretamente: separa-se dos microtúbulos e cria formas desorganizadas que obstruem os microtúbulos.

Não se sabe bem o que provoca estes dois processos – as placas de beta-amilóide e as fibrilhas da proteína tau –, apenas que estes dois tipos de depósitos levam à morte dos neurónios. Em exames de ressonância magnética de pessoas que ainda não apresentavam sintomas de Alzheimer já se tinha detectado a diminuição do córtex e do hipotálamo, o que são provas da morte celular.

Avancemos então até à edição desta semana da revista Nature. Nela, um grupo de cientistas coordenado por Robert Tycko, dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, publica a descoberta de que as diferenças entre vários subtipos de Alzheimer são visíveis na estrutura molecular das placas de beta-amilóide.

Para realizar o estudo, a equipa analisou 37 amostras de tecidos cerebrais de 18 pessoas. Entre os doentes estavam indivíduos com a forma típica da doença de Alzheimer, bem como de dois subtipos mais invulgares: um em que a doença progride muito rapidamente e a neurodegeneração ocorre em meses, e outro designado por “atrofia cortical posterior” e que é associado a perturbações visuais. As amostras foram observadas ao microscópio eletrónico de transmissão e em exames de ressonância magnética nuclear.

Com esta análise, os autores descobriram que uma determinada estrutura molecular que é dominante nas placas tanto nas amostras da forma típica de Alzheimer como nas da atrofia cortical posterior. Já nos pacientes em que a Alzheimer progride muito rapidamente observou-se que as placas têm uma estrutura molecular muito diferente entre si.

“As placas de beta-amilóide podem ter diferentes estruturas moleculares. Algumas têm sido caracterizadas em detalhe para o estudo de placas sintéticas. Descobrimos que a maior parte dos doentes de Alzheimer desenvolve estruturas específicas nos seus cérebros, e elas não são exatamente as mesmas das estruturas das placas sintéticas”, explica-nos Robert Tycko sobre os resultados deste estudo que considera “surpreendentes”. E salienta também que, nos pacientes da forma muito rápida de Alzheimer, as placas têm uma estrutura “muito heterogénea”.

Este estudo vem então reforçar a hipótese de que os diferentes subtipos clínicos da doença de Alzheimer podem ser definidos por diferenças na estrutura molecular das próprias placas de beta-amilóide. “Estes resultados podem contribuir para o desenvolvimento de melhores compostos químicos que permitam diagnosticar a doença nos tecidos cerebrais através de imagens, e possivelmente, evitar a formação de placas”, diz-nos Robert Tycko.  

Este estudo pode assim ser um contributo para o desenvolvimento de novos tratamentos. O número de pessoas com Alzheimer tem subido ao longo dos anos e, em 2015, havia 44 milhões de doentes de Alzheimer. De acordo com a organização Alzheimer’s Disease International, em 2050 o número de pessoas com demências quase triplicará para os 131,5 milhões e a maioria terá Alzheimer.

A equipa pensa agora na continuação do estudo: “Estamos interessados em observar doentes de diferentes categorias de Alzheimer – a forma típica, a atrofia cortical posterior e a forma de progressão rápida – para vermos se desenvolvem diferentes estruturas nas placas. Neste estudo, apenas encontrámos uma grande heterogeneidade nas estruturas das placas da forma de Alzheimer que progride muito rapidamente”, explica Robert Tycko. “Estudos adicionais com outros subtipos podem levar-nos a respostas mais definitivas.”

Estudo
Uma equipa de investigadores descobriu que a parte do cérebro humano que possibilita o reconhecimento de rostos continua a...

Segundo um estudo publicado na revista Science, os cientistas descobriram que a zona do cérebro que ajuda a reconhecer os rostos aumenta de tamanho de forma relativa nos adultos, enquanto a zona que ajuda a reconhecer os lugares se mantém igual.

Até agora acreditava-se que o desenvolvimento do cérebro implicava a eliminação de conexões entre neurónios que não são funcionais ou se usam pouco e não o crescimento.

A capacidade de reconhecer rostos melhora, segundo o Sapo, entre a infância e a idade adulta.

Uma equipa internacional de cientistas, liderada por Jesse Gómez, da Universidad de Stanford, nos Estados Unidos, decidiu investigar para compreender melhor a atividade cerebral que assegura o reconhecimento facial.

No estudo participaram 22 crianças, entre os cinco e os doze anos, e 25 adultos, entre os 22 e os 28 anos, a quem foram feitas ressonâncias magnéticas, para comparar os tecidos cerebrais dos diferentes indivíduos.

O objetivo era comparar os resultados de provas de reconhecimento de rostos e lugares com dados obtidos a partir das imagens das regiões do cérebro que se encarregam dessas funções, diz o estudo.

Ministério Público
A maioria dos suspeitos das agressões a um adolescente em Almada gravadas e postas a circular na internet tem menos de 16 anos...

Em nota publicada na sua página da internet, a Procuradoria da Comarca Lisboa (PCL) indica que, no início de novembro, na sequência de participação, o Ministério Público instaurou um inquérito que tem por objeto agressões sofridas por um jovem de 15 anos, em Almada (distrito de Setúbal).

“Tendo-se apurado, após identificação, que um dos suspeitos já terá 16 anos, sendo imputável penalmente, o inquérito prosseguirá quanto a este. Quanto aos restantes suspeitos, apurou-se que têm menos de 16 anos, pelo que o Ministério Público decidiu instaurar, relativamente a estes, um inquérito tutelar educativo no Tribunal de Família e Menores”, explica a PCL, frisando que este é o ponto de situação neste momento.

O Comando Distrital de Setúbal da PSP disse anteriormente à agência Lusa que foram identificados quatro jovens que aparecem a agredir outro adolescente de 15 anos num vídeo atualmente em circulação nas redes sociais.

Segundo a comissária Maria do Céu, "a PSP já identificou e já ouviu os quatro jovens suspeitos das agressões, que ocorreram no dia 03 de novembro, em Almada, todos com cerca de 15 anos, e está a tentar identificar também todos os jovens que assistiam e que nada fizeram para tentar impedir as agressões".

De acordo com a comissária, que não especificou a data em que os jovens foram identificados, a PSP não foi chamada ao local quando ocorreram as agressões e só tomou conhecimento do caso na sequência de uma participação da mãe do jovem agredido.

A vítima foi violentamente espancada por outros jovens, enquanto um deles filmava as agressões, que agora estão a circular nas redes sociais na internet.

O inquérito corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Almada e, nesta investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela PSP.

Viajantes
O Instituto de Higiene e Medicina Tropical alertou que a malária, para um viajante não imune, “é sempre uma emergência médica”,...

O alerta surge na sequência de dois casos recentes em Portugal, e leva o instituto a recordar que o mosquito que transmite a malária por picada é considerado pela Organização Mundial de Saúde “o animal mais mortífero do planeta, responsável por 725 mil mortes por ano”.

“Em Portugal, registaram-se 1172 internamentos por malária entre 2010 e 2014. A consulta do viajante existe com o objetivo de ajudar a prevenir as doenças tropicais nos viajantes, com especial preocupação pela malária e tem eficácia comprovada, estando associada a uma menor taxa de morbilidade, bem como a formas menos graves da doença”, lê-se num comunicado do organismo.

O instituto da Universidade Nova de Lisboa lembra que “a responsabilidade pela suspeita clínica, diagnóstico e tratamento precoce da malária é partilhada pelo médico e pelo viajante”.

“Ao viajante compete a responsabilidade de, antes de viajar para zonas endémicas, obter informação sobre os riscos e formas de os prevenir, designadamente comparecendo a uma consulta do viajante. Ao médico, compete informar e sensibilizar sobre o risco, gravidade da doença e estratégias profiláticas. Isto inclui a sensibilização para sintomas que possam ocorrer durante e mesmo após a viagem e respetivas estratégias de atuação”, declara o Instituto de Higiene e Medicina Tropical.

Citado no comunicado do instituto, o diretor clínico da consulta do viajante relembra que qualquer doença febril que surja durante a viagem ou nos meses após o regresso pode ser uma manifestação de malária, e que deve ser motivo de observação médica urgente, sobretudo em pessoas não-imunes, ou seja, todas aquelas que não vivem em zonas endémicas da doença.

O instituto recorda que dispõe de “consulta pré-viagem e pós viagem (Medicina Tropical), providenciando ainda um acompanhamento ao viajante durante a viagem”, e salienta que todos os viajantes para zonas tropicais devem ir a uma consulta do viajante, ser vacinados se isso for prescrito pelo médico e cumprir a medicação profilática receitada.

No Alentejo
A região do Alentejo conta, desde hoje, com 103 novos médicos internos, metade deles distribuídos por 16 especialidades e os...

Segundo a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, os médicos internos foram colocados em diversas unidades de saúde das zonas de Évora, Beja e Portalegre, além do litoral alentejano, integrado no distrito de Setúbal.

Os 52 médicos que se encontram no Alentejo para o internato de ano comum, explicou a ARS, vão trabalhar nos quatro hospitais da região, em Évora, Beja, Portalegre e em Santiago do Cacém.

“Neste grupo, 39 escolheram o Alentejo como 1.ª ou 2.ª opção, nove tinham outras opções e quatro não referiram qualquer instituição para realizar o estágio e aceitaram as vagas do Alentejo”, pode ler-se no comunicado.

Quanto aos 51 médicos que vão efetuar o seu internato de especialidade, foram colocados no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), nas três unidades locais de saúde - Baixo Alentejo (ULSBA), Litoral Alentejano (ULSLA) e Norte Alentejano (ULSNA) - e no Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central.

Destes internos, destacou a ARS, 11 fizeram, previamente, o internato de ano comum em algum dos serviços de saúde da região Alentejo.

As boas-vindas aos novos médicos foram hoje dadas no HESE, em Évora, numa sessão promovida pela ARS Alentejo e transmitida, por videoconferência para as três unidades locais de saúde da região.

Todos os internatos, explicou a Administração Regional de Saúde, têm legislação específica e “os internos, ao fazerem o internato no Alentejo ou noutra zona do país, obedecem às mesmas regras”.

Neste processo formativo, sublinhou o mesmo organismo, “estão envolvidos muitos ‘atores’, para proporcionarem o melhor internato possível” aos clínicos.

Os internatos envolvem o Ministério da Saúde, Ordem dos Médicos, Conselho Nacional para o Internato Médico, Administração Central dos Serviços de Saúde, Comissão Regional do Internato Médico, coordenadores de Internato de Medicina Geral e Familiar e de Saúde Pública, diretores de Internatos Hospitalares e orientadores de Formação em todos os níveis de cuidados.

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