Brexit
A vitória do 'Brexit', a saída do Reino Unido da UE, mergulhou os 890 funcionários da Agência Europeia dos...

"A primeira mudança depois do referendo foi o humor das pessoas. Primeiro, uma tristeza generalizada e depois a tomada de consciência de que iam provavelmente acontecer profundas alterações", explicou o professor de microbiologia italiano, na chefia da EMA desde novembro de 2011.

Desde que foi criada em 1995, a agência aprovou 1.100 medicamentos, incluindo 82 em 2016, entre os quais 17 contra o cancro, 14 contra infeções e nove para doenças cardiovasculares.

A agência trabalha como "uma cadeia de produção" sofisticada com um total de "três mil peritos que devem intervir exatamente no momento certo" para a certificação dos novos medicamentos, que deve ser feita no prazo de 201 dias, disse à agência noticiosa France Presse (AFP).

Farmacêuticos, farmacologistas, biólogos, médicos ou bioquímicos estão encarregados de avaliar cientificamente os pedidos de autorização de comercialização de novos medicamentos na UE e garantir que todos os fármacos disponíveis no mercado europeu são seguros e eficazes.

Depois do referendo, em julho passado, saíram oito funcionários que desempenhavam "funções-chave na agência, lamentou Guido Rasi, apesar de explicar que estas saídas decorreram ainda nos 5% dos movimentos anuais habituais para a EMA.

"Estamos a tentar avaliar o número máximo de peritos que podemos perder. O limiar crítico seria de 20%", considerou.

À exceção de Malta e do Luxemburgo, todas as nacionalidades da UE estão representadas na agência. Os franceses formam o maior contingente, com 112 elementos.

Os britânicos, 59 pessoas, "são os que estão mais preocupados", uma vez que o seu destino "faz parte das negociações" do 'Brexit', afirmou.

Qualquer agência europeia deve também estar instalada em solo da UE, o que torna inevitável a saída do Reino Unido, mas o destino da EMA continua a ser desconhecido.

"Tanto quanto sei, a escolha vai caber ao Conselho Europeu, portanto aos primeiros-ministros, que vão decidir também o momento da mudança", disse, sublinhando "não ter qualquer certeza" sobre quando acontecerá.

Várias cidades manifestaram já interesse em receber a EMA, como Lyon, Lille, Milão, Granada ou Barcelona.

"De momento, a nossa opção preferida era saber agora ou o mais depressa possível e ter tempo suficiente para fazer uma mudança sem perturbar a agência", sublinhou o responsável, esperando que "seja tido em conta aquilo que é essencial para funcionar".

"O meu maior medo é ser confrontado com uma decisão tardia, pouco tempo para fazer a mudança, para uma cidade sem acessibilidades satisfatórias e onde o ambiente não seja compatível com a vida dos funcionários", resumiu.

Guido Rasi lamentou a perda de um "sentimento de universalidade", até aqui presente entre os funcionários da agência.

Em Portugal
A taxa de incidência de paralisia cerebral avaliada aos cinco anos de idade mostrou uma redução significativa ao longo dos...

Segundo o relatório da Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral aos 5 anos de Idade, que avalia crianças nascidas entre 2001 e 2007, a taxa de incidência passou de 2,01 em mil no primeiro ano estudado para 1,22 em mil no último.

Mesmo tendo em conta que possa haver uma subnotificação de casos nos anos mais recentes, o documento, que hoje é apresentado publicamente em Lisboa, sublinha que “parece haver uma redução significativa da incidência acumulada ao longo dos sete anos”.

A taxa mais elevada foi registada em 2001, mas foi semelhante ao que se verificou em 2002, 2003 e 2005. Em 2004, 2006 e 2007 foi estatisticamente inferior mas houve claramente uma subnotificação de casos.

Contudo, a variação da taxa de incidência acumulada de paralisia cerebral aos cinco anos por triénios mostra uma redução significativa.

Além disso, o relatório identificou ainda uma diminuição da ocorrência de paralisia cerebral entre os prematuros nascidos com mais de 28 semanas de gestação.

A prematuridade está associada fortemente a maior risco de paralisia. O risco aumenta quase 4,6 vezes nos nascidos prematuros com menos de 32 semanas de gestação, 45 vezes nos que nascem entre as 28 e 31 semanas e 70 vezes nas crianças nascidas com menos de 28 semanas.

Contudo, no período de sete anos analisados houve uma redução significativa da taxa de incidência de paralisa cerebral nos prematuros, exceto nos que nasceram com menos de 28 semanas de gestação.

Portugal foi o primeiro país europeu a contar com um programa de vigilância da paralisia cerebral de dimensão nacional, em funcionamento há 10 anos.

Segundo o registo, entre 2001 e 2007 nasceram no país 1.187 crianças com paralisia cerebral, o que dá uma taxa de incidência média de 1,55 casos em mil nados vivos.

A paralisia cerebral continua a ser a deficiência motora mais frequente na infância. A sua prevalência é estimada em 1,7 por mil nados vivos no conjunto de 15 países europeus. Estima-se ainda que 17 milhões de pessoas no mundo tenham paralisia cerebral.

Após auditoria
A Entidade Reguladora da Saúde garantiu hoje que está a analisar e a implementar as recomendações do Tribunal de Contas, que...

No seu relatório de auditoria às contas de 2015 da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), o Tribunal "emite um juízo desfavorável sobre a fiabilidade das demonstrações financeiras" e considera que "não refletem de forma verdadeira e apropriada a situação económica, financeira e patrimonial" da entidade.

O Tribunal encontrou insuficiências no sistema de controlo interno, nomeadamente quanto ao registo e controlo da receita e do património.

Segundo o relatório da auditoria, hoje divulgado, as receitas oriundas das taxas cobradas pela ERS aos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde têm sido "substancialmente superiores" aos custos operacionais.

Aliás, estas taxas originaram a acumulação de excedentes de tesouraria no total de 16,9 milhões de euros que seriam suficientes para financiar a atividade da ERS durante quase quatro anos.

Por isso, o Tribunal de Contas (TdC) recomenda aos ministérios da Saúde e das Finanças que promovam uma "eventual revisão dos critérios da contribuição regulatório e das taxas de registo".

A ERS cobra aos prestadores da saúde taxas de regulação e taxas de inscrição. Segundo a auditoria, as taxas de regulação originaram receitas de 6,6 milhões de euros e as taxas de inscrição 1,1 milhões.

A ERS recebeu este relatório no início de janeiro.

Relativamente ao conjunto de recomendações que o TdC fez à ERS, o regulador diz que o mesmo tem vindo a ser analisado e implementado.

“Manteremos uma relação de total cooperação institucional com o Tribunal de Contas, tal como temos feito ao longo de todo o processo”, lê-se na nota da ERS.

Tribunal de Contas
O Tribunal de Contas encontrou deficiências nas contas da Entidade Reguladora da Saúde e concluiu que as receitas provenientes...

No seu relatório de auditoria às contas de 2015 da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), o Tribunal "emite um juízo desfavorável sobre a fiabilidade das demonstrações financeiras" e considera que "não refletem de forma verdadeira e apropriada a situação económica, financeira e patrimonial" da entidade.

O Tribunal encontrou insuficiências no sistema de controlo interno, nomeadamente quanto ao registo e controlo da receita e do património.

Segundo o relatório da auditoria, hoje divulgado, as receitas oriundas das taxas cobradas pela ERS aos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde têm sido "substancialmente superiores" aos custos operacionais.

Aliás, estas taxas originaram a acumulação de excedentes de tesouraria no total de 16,9 milhões de euros que seriam suficientes para financiar a atividade da ERS durante quase quatro anos.

Por isso, o Tribunal de Contas (TdC) recomenda aos ministérios da Saúde e das Finanças que promovam uma "eventual revisão dos critérios da contribuição regulatória e das taxas de registo".

A ERS cobra aos prestadores da saúde taxas de regulação e taxas de inscrição. Segundo a auditoria, as taxas de regulação originaram receitas de 6,6 milhões de euros e as taxas de inscrição 1,1 milhões.

No seu contraditório ao TdC, a ERS explicou que o valor acumulado em excedente de tesouraria foi resultado da limitação da contratação de recursos humanos que foi imposta e refere que o número de trabalhadores se encontra manifestamente aquém das necessidades.

Argumenta ainda que quando a estrutura da entidade atingir a dimensão considerada necessária, os excedentes de tesouraria que se verificaram irão reduzir-se ou desaparecer.

O TdC recomendou ainda ao Governo que promova um esforço de acompanhamento da gestão da ERS.

O tribunal conclui também que o número de dirigentes por trabalhador na ERS era excessivo (um dirigente para cada 2,87 trabalhadores), o que supera em mais do dobro a média de trabalhadores por dirigentes das outras entidades reguladoras.

Este rácio entre dirigentes e trabalhadores foi resultado de uma reestruturação interna iniciada em 2013.

Foram encontradas ainda insuficiências no controlo da assiduidade, da pontualidade e do cumprimento do período de trabalho e na atribuição de apoios financeiros a trabalhadores.

O Tribunal registou também a utilização particular e indevida da viatura afeta ao presidente do conselho de administração.

Governo
O Governo vai comparticipar na totalidade os medicamentos para a hidradenite supurativa, uma doença inflamatória cutânea...

Segundo a portaria publicada hoje no Diário da República, o Governo sublinha a importância de garantir o acesso dos doentes com hidradenite supurativa - ou acne inversa - a medicamentos que visam melhorar a sua qualidade de vida e integração social, considerando existir “interesse público na atribuição da comparticipação a 100% a esses medicamentos”.

A hidradenite supurativa é uma doença inflamatória cutânea crónica caracterizada pelo aparecimento de áreas inflamadas de lesões dolorosas, nódulos inflamatórios, abcessos ou furúnculos, que surgem normalmente no local onde se encontram determinadas glândulas sudoríparas (apócrinas).

De acordo com a portaria, que entra em vigor na sexta-feira, os medicamentos podem apenas ser prescritos por dermatologistas em consultas especializadas no diagnóstico e tratamento da hidradenite supurativa e o médico deve mencionar expressamente o regime excecional previsto.

A dispensa dos medicamentos ao abrigo desta portaria é efetuada apenas através dos serviços farmacêuticos dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e só podem ser adquiridos pelas unidades hospitalares por preços unitários 7,5% inferiores aos praticados na data da entrada em vigor destas regras.

De acordo com a portaria, que em anexo tem a lista de medicamentos abrangidos, não há qualquer custo para o doente na dispensa destes medicamentos, sendo os respetivos encargos da responsabilidade do hospital onde o fármaco é prescrito, salvo se essa responsabilidade couber a qualquer subsistema de saúde, empresa seguradora ou outra entidade pública ou privada.

Proposta
Ideia é que estas intervenções só sejam permitidas quando se levante um bem fundamental como a salvaguarda da vida do recém...

O ministro adjunto Eduardo Cabrita anunciou na terça-feira na Assembleia da República que deverão ser proibidas à nascença cirurgias de determinação de sexo quando os órgãos genitais externos ou internos não estão bem definidos.

Não é uma decisão. É uma proposta que partiu da secretária da Igualdade, Catarina Marcelino, foi concertada com outros secretários de Estado e deverá passar pelo Conselho de Ministros antes de entrar na Assembleia da República. E uma reivindicação de diversas organizações, com destaque para a Ação Pela Identidade – API, criada precisamente para defender e estudar a diversidade de género e de características sexuais, incluindo a experiência das pessoas "trans" e intersexo, escreve o jornal Público.

Pessoas intersexo – como a supermodelo belga Hanne Gaby Odiele ou o ativista em Portugal Santiago d’Almeida Ferreira – são aquelas que não podem ser classificadas de acordo com as normas clínicas dos chamados corpos femininos e masculinos. Isto porque as suas características sexuais primárias, por exemplo, como a genitália (interior e exterior) e/ou a estrutura cromossómica e hormonal, não se coadunam com essa classificação. Hanne Gaby Odiele nasceu com testículos internos e sem útero e ovários. Em termos genéticos, é masculina: tem os cromossomas sexuais XY. Em criança, foram-lhe removidos os testículos. Agora, vai colaborar numa campanha contra tratamentos invasivos, sem o consentimento dos visados.

De acordo com a Lusa, o ministro-adjunto explicou que a ideia é serem criados protocolos médicos que permitam intervir e limitar a realização das cirurgias de determinação de sexo em crianças apenas a circunstâncias "em que exista um bem fundamental" em jogo, "designadamente a salvaguarda da vida do recém-nascido ou da criança intervencionada". "Estabelecendo como padrão a impossibilidade de intervenção", enfatizou, então, segundo a agência.

Há dois anos, o Comissário para os Direitos Humanos do Conselho da Europa, Nils Muižnieks, publicou um relatório em defesa dos direitos das pessoas intersexo. "É imperativo eliminar intervenções médicas desnecessárias realizadas em pessoas intersexo sem consentimento, e respeitar o direito das pessoas a não serem submetidas a tratamentos que visam atribuir-lhes um sexo", defendeu.

Português está a estudar
Uma equipa de investigadores, liderada pelo médico e investigador David Ângelo, vai realizar uma cirurgia inédita, em Portugal,...

"Neste estudo pré-clínico estão a ser usadas ovelhas Black Merino, tendo já sido realizados os primeiros testes em fevereiro de 2016. Após análise cuidada dos primeiros resultados, consolidou-se o conhecimento sobre a importância que o disco tem na prevenção de problemas articulares e deu-se seguimento à fase 2 do estudo. Nesta fase 2 vamos testar 3 biomateriais inteligentes. Um biomaterial é nacional e nos testes in-vitro parece ter propriedades regenerativas impressionantes, mas é preciso ter evidência desse comportamento in-vivo", revela David Ângelo em comunicado.

"Estou genuinamente otimista em relação aos resultados que vamos ter no início do próximo ano. Penso que, em 2018, se os resultados forem os previstos, haverá condições para começar a planear a primeira cirurgia em humano com este disco no Centro Hospitalar de Setúbal", afirma.

Esta investigação na área da medicina regenerativa, que chega à fase final em janeiro de 2017, já recebeu seis prestigiados prémios nacionais e internacionais, escreve o Sapo. "Estes prémios são um reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido. Existe o objetivo de alcançar algo de novo no mundo científico que possibilite um novo e eficaz tratamento aos doentes com disfunção da articulação temporomandibular grave".

David Ângelo reforça a importância do estudo: "mesmo não sabendo o resultado final, em cada congresso que apresentamos novos resultados, somos contactados por especialistas internacionais que ficam impressionados com este estudo e que já têm doentes candidatos para o potencial biodisco".

Disfunção mandibular afeta 30% da população portuguesa
A disfunção mandibular afeta cerca de 30% da população portuguesa e é a causa mais comum de dor orofacial de origem não-dentária. Os principais sintomas são a dor articular, que pode atingir o ouvido, a limitação na abertura da boca e estalidos na articulação

Em 2015, esta investigação contou com o apoio da Bolsa para Jovens Investigadores em Dor, atribuída pela Fundação Grünenthal.

Estudo
Algumas características da nossas personalidade podem estar relacionadas com a forma do cérebro, revela um estudo que mediu a...

"Os formatos dos nossos cérebros podem revelar dados surpreendentes sobre o nosso comportamento e os riscos que corremos de desenvolver distúrbios mentais", informa em comunicado a Universidade de Cambridge, uma das instituições envolvidas no estudo.

Para a investigação um grupo de psicólogos identificou cinco elementos básicos da personalidade: o nível de neurose, a extroversão, a abertura, a amabilidade e o excesso de escrúpulos.

Os investigadores analisaram 500 pessoas com idades entre os 22 e os 36 anos para observar as diferenças estruturais no córtex cerebral, escreve o Sapo.

Os especialistas mediram a espessura, a área e o número de pregas nos cérebros das diferentes pessoas. "Descobrimos que o nível de neurose (...) está relacionado com um córtex mais grosso e com uma área menor e com menos pregas em algumas regiões", comenta Roberta Riccelli, académica da Universidade Magna Graecia da Itália e coautora do estudo.

Inversamente, a abertura mental "foi associada a um córtex mais fino e a uma área maior e com mais pregas".

O estudo foi o primeiro a relacionar estes cinco traços com diferenças no formato do cérebro, disse Riccelli à agência de notícias France Presse.

Este é "um passo crucial para melhorar aquilo que sabemos sobre as doenças mentais", explicou a especialista. "Isto pode dar-nos a oportunidade de identificar de forma preventiva pessoas que têm um alto risco de desenvolver uma doença mental, o que tem implicações evidentes para uma intervenção rápida", afirmou.

Os cientistas abordaram um tema que tem inquietado filósofos e cientistas durante séculos: se as pessoas são produto da genética, da criação ou do ambiente.

O estudo publicado na revista Journal Social Cognitive and Affective Neuroscience, no entanto, não mostrou de forma conclusiva uma relação entre o formato do cérebro e tipo de personalidade, destacam os autores. "Não podemos responder à pergunta de quem veio primeiro, o ovo ou a galinha", disse Riccelli, destacando que a forma do cérebro é determinada pela genética e também por fatores ambientais.

Maioria não procura ajuda
Um estudo que entrevistou no Reino Unido sete mil mulheres sexualmente ativas entre os 16 e os 74 anos conclui que a...

No estudo os especialistas destacam que existem tratamentos eficazes para o problema, mas que a maioria das mulheres não procura ajuda por vergonha ou por considerarem o tema um tabu. E por isso, estão a evitar as relações sexuais, escreve a BBC.

A dispareunia caracteriza-se por dores durante a penetração geralmente associadas a problemas de secura vaginal, ansiedade e falta de prazer. No entanto, segundo o Sapo, existem outras razões físicas, psicológicas e emocionais que podem originar esta perturbação sexual.

A coordenadora do estudo, Kirstin Mitchell, diz que "entre as mulheres mais jovens, a dor pode estar relacionada com o facto de estarem a iniciar a vida sexual e a aceitar práticas que o parceiro deseja, mas que na verdade não as excitam", diz. "Ou ainda, podem ficar tensas porque o sexo é uma novidade e não se sentem 100% à vontade com o parceiro", completa.

Por outro lado, algumas doenças sexuais, que podem ser diagnosticadas e tratadas, também podem tornar o sexo doloroso. As mulheres na menopausa, por sua vez, podem sentir dor por causa da falta de lubrificação natural da vagina provocada pelo declínio dos níveis de estrogénio, uma hormona que normalmente mantém os tecidos húmidos e saudáveis.

O estudo, que envolveu os departamentos de ciências da saúde, ginecologia, psicologia e psiquiatria de cinco universidades britânicas, mostrou que as dores durante a relação sexual eram mais comuns entre as britânicas na faixa dos 50 e 60 anos e dos 16 e 24 anos.

Entre as que relataram dor durante o sexo (7,5%), um quarto sofre desse problema frequentemente ou sempre que teve relações nos últimos seis meses ou mais. Um terço destas mulheres disse que estava insatisfeita com a sua vida sexual.

Uma outra investigação, feita com 200 universitárias no Canadá, indica que metade das jovens considerou a sua primeira relação sexual dolorosa.

A médica britânica e coordenadora do estudo Kirstin Mitchell afirma que a educação sexual deveria preparar melhor as jovens para uma vida sexualmente ativa.

Os especialistas britânicos recomendam que qualquer pessoa que sinta dor durante ou depois do sexo deve procurar ajuda médica especializada. Se o problema tem origem emocional ou é consequência de ansiedade, um psicólogo ou terapeuta sexual também pode ajudar, afirmam.

Doença mata 12 pessoas por dia em Portugal
Portugal é o segundo país da Europa com maior prevalência da diabetes. A doença afeta mais de um milhão de portugueses e estima...

A doença periodontal – que afeta os tecidos que conferem suporte dentário desde a gengiva ao osso que envolve e suporta o dente - continua a não ser devidamente diagnosticada, nem dada a verdadeira importância ao seu impacto na saúde. O alerta é dos dentistas do Centro de Estudos da Mundo A Sorrir.

"No caso dos diabéticos o risco de infeção oral é maior do que na restante população, nomeadamente de doenças como gengivite, periodontite, cárie, problemas nas glândulas salivares ou de sensibilidade. No entanto, uma vez que atualmente a ligação entre a diabetes e a doença periodontal é ainda, por vezes, desvalorizada, o desafio é encontrar uma verdadeira e inovadora abordagem que envolva os profissionais de saúde, os doentes e um ecossistema diverso de transdisciplinaridade e que se traduza na mudança efetiva de comportamentos", indica fonte do centro.

O excesso de peso, o sedentarismo e a obesidade estão entre os principais fatores de risco para a diabetes, escreve o Sapo. A mudança de comportamentos assume contornos preocupantes quando, em Portugal, mais de metade da população tem excesso de peso - 6,18 milhões de pessoas (59,8%) – com uma prevalência mais acentuada nos homens (65%) do que nas mulheres (55%).

A obesidade apresenta uma prevalência de 22,1%, atingindo quase 2,3 milhões de portugueses, sendo que é mais esbatida a diferença entre homens (21,4%) e mulheres (22,8%). O sedentarismo ou falta de atividade física afetam 33,5% dos homens e 40,8% das mulheres, de acordo com o mesmo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Lisboa recebe simpósio
Para debater estas questões e encontrar soluções que possam ter impacto significativo na qualidade de vida da população, nomeadamente da população diabética e pré-diabética, numa ótica de prevenção, o C.E.M.A.S (Centro de Estudos da Mundo A Sorrir) promove, no dia 25 de março, na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, o II Simpósio, intitulado “Comportamentos: Diabetes e Saúde Oral”.

O programa inicial fará referência à associação bidirecional entre a diabetes e a Saúde Oral. Inicialmente, será feita uma abordagem pela perspetiva do médico endocrinologista João Filipe Raposo, seguida da perspetiva pelo lado da Saúde Oral pela periodontologista Susana Noronha. Este painel terá uma discussão moderada pelos professores Gil Alcoforado e o endocrinologista Luís Sobrinho.

Os comportamentos sob as perspetivas da Higiene Oral, da Nutrição, estão em destaque no programa, ficando a cargo do higienista oral Mário Rui Araújo, do nutricionista José Camolas e, ainda, o tema da desabituação tabágica pela médica dentista Marta Resende.

“As mudanças comportamentais e a mais-valia da transdisciplinaridade” será um dos painéis de discussão alargado, que junta todos os oradores presentes durante o período da manhã, aos quais se juntará a participação do médico psiquiatra José Neves Cardoso. O II Simpósio terminará com a participação do médico Prof. José Manuel Silva (antigo Bastonário da Ordem dos Médicos) com o tema “Literacia para a Saúde”.

Projetos sobre autismo e antibióticos
João Morais-Cabral e Miguel Castelo-Branco são os vencedores da 2.ª edição do prémio FLAD Life Science 2020, o maior prémio...

Os vencedores das bolsas, cada uma de 400 mil euros, serão anunciados hoje à tarde, na sede da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), em Lisboa, numa cerimónia que conta com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O prémio distingue dois projetos científicos, um dedicado a investigação fundamental e outro orientado para a investigação aplicada, e vai permitir o seu desenvolvimento durante três ou quatro anos.

Na categoria de investigação fundamental, o premiado é João Morais-Cabral, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), da Universidade do Porto, com um projeto que pode conduzir ao desenvolvimento de antibióticos mais eficazes.

“O prémio vai permitir que o meu grupo (...) estude aspetos fundamentais dos mecanismos de captura de potássio em bactérias e explore a possibilidade de desenvolver novos compostos antibacterianos que afetem a captura de potássio”, explicou o cientista.

Morais-Cabral é licenciado em bioquímica pela Universidade do Porto, onde ensina, e tem um doutoramento na Universidade de Edimburgo, na Escócia, e estudos de pós-doutoramento nas universidades de Harvard e Rockefeller, nos EUA, e Leicester, no Reino Unido. Foi também professor assistente na universidade americana de Yale.

Miguel Castelo-Branco, do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), da Universidade de Coimbra, é o vencedor do prémio para investigação aplicada com um projeto sobre autismo.

Castelo-Branco acredita que “doenças como o autismo representam um enorme desafio para a sociedade”, mas que “continua a ser um mistério o que desencadeia as perturbações do comportamento em doenças deste espectro”.

“Neste projeto, tentamos testar de forma direta uma hipótese sobre a natureza dos distúrbios neurais no autismo e sobre o respetivo tratamento. A hipótese postula que há um desequilíbrio no balanço entre os mecanismos de excitação e inibição da atividade neuronal. O nosso projeto testa esta hipótese bem como possíveis formas de tratamento para corrigir este desequilíbrio”, explicou o cientista.

Miguel Castelo-Branco é licenciado em medicina pela Universidade de Coimbra, onde leciona, e realizou o seu doutoramento no Instituto Gulbenkian de Ciência. Continuou estudos na Alemanha e Holanda, onde deu aulas como professor auxiliar na Universidade de Maastricht, e regressou a Portugal como investigador e coordenador do Instituto Biomédico de Investigação da Luz e Imagem (IBILI).

O prémio da FLAD distingue trabalhos de investigação feitos em parceria com cientistas dos Estados Unidos. No caso da investigação sobre antibióticos, a parceria é realizada em parceria com Zhou Ming, da Universidade Baylor, no Texas; e no do autismo com Alcino Silva, da Universidade da Califórnia, Los Angeles.

O presidente da FLAD, Vasco Rato, disse que “este prémio procura contribuir para o crescimento da economia nacional a partir da internacionalização do conhecimento português”.

“É talvez um dos melhores exemplos de concretização dos principais objetivos da FLAD. Inscreve-se na missão que assumimos enquanto instituição portuguesa, privada e financeiramente autónoma: queremos contribuir para o desenvolvimento de Portugal, através do apoio financeiro e estratégico a projetos inovadores e do incentivo à cooperação entre a sociedade civil portuguesa e americana”, acrescentou o responsável.

O comité de avaliação que atribui as bolsas é liderado por Maria Manuel Mota, cientista que recebeu o Prémio Pessoa em 2013, acompanhada por Rui Costa, do Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud, e por Sangeeta Bhatia, da universidade americana Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Na sua primeira edição, o prémio distinguiu Hélder Maiato, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto (IBMC), e Ana Cristina Rego, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC).

Estudo
As pessoas deprimidas ou ansiosas podem ter uma maior probabilidade de morrer de certos tipos de cancro, segundo um estudo...

A análise do percurso de mais de 160.000 adultos em Inglaterra e no País de Gales mostrou que aqueles que se declararam como psicologicamente angustiados eram mais propensos a morrer de cancro, especialmente da próstata e do sistema digestivo (cólon, pâncreas e esófago), bem como de leucemia.

Os investigadores sublinham que se trata de uma observação estatística, o que não significa que exista uma relação de causa e efeito entre estado psicológico e cancro.

No entanto, aqueles resultados vêm juntar-se a numerosos indícios da existência de interações entre saúde física e saúde mental, refere o estudo.

Investigações já mostraram que os sintomas de depressão e ansiedade estão associados a um risco mais elevado de doença cardiovascular, mas as tentativas de encontrar ligações semelhantes entre estados mentais e cancro têm tido resultados mistos.

Participaram na investigação cientistas da University College de Londres, da Universidade de Edimburgo e da de Sidney, que analisaram 16 estudos de acompanhamento de populações a longo prazo (uma média de 10 anos), abrangendo 163.363 pessoas com mais de 16 anos.

David Batty, o cientista da University College de Londres que conduziu o estudo, considerou que são necessárias mais investigações para confirmar a ligação e explicar as causas.

Estudo
Um novo tratamento experimental para a doença de Alzheimer revelou-se promissor após ensaios em ratos e macacos, segundo...

No tratamento foi usada uma molécula da 'família' dos oligonucleótidos, que afetam as instruções genéticas que permitem produzir a proteína 'tau'.

A molécula foi injetada no fluido cérebro-espinal de ratos e macacos de laboratório, possibilitando a redução da proteína 'tau', que nos doentes de Alzheimer se acumula de modo anormal no cérebro.

A proteína torna-se tóxica quando se concentra sob a forma de filamentos que destroem progressivamente os neurónios (células cerebrais), atingindo a memória.

Investigadores da universidade norte-americana Washington, em St. Louis, constataram que o novo tratamento pode não só reduzir a proteína 'tau', mas também reverter alguns dos danos neurológicos causados pelas agregações da proteína.

Para um dos autores do estudo, Timothy Miller, professor de neurologia, a molécula usada "tem um potencial terapêutico para os humanos".

Ensaios clínicos estão já a decorrer para testar a eficácia dos oligonucleótidos contra outras doenças neurológicas, como a de Huntington e a Esclerose Lateral Amiotrófica.

Para iniciar funções em julho
A Organização Mundial da Saúde designou os três candidatos que em maio vão tentar garantir o posto de diretor-geral desta...

Entre os cinco candidatos ao cargo, os 34 membros do Conselho executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), reunidos em Genebra, selecionaram os médicos Tedros Adhanom Ghebreyesus (Etiópia), David Nabarro (Reino Unido) e Sania Nishtar (Paquistão).

A escolha do futuro chefe da OMS será decidida pelos 194 países membros no decurso da Assembleia mundial da Saúde em maio, e assumirá as funções em 01 de julho.

A eliminação do professor Douste-Blazy, 64 anos, quatro vezes ministro (duas vezes da Saúde, da Cultura e dos Negócios Estrangeiros) está a ser considerada um revés para as autoridades francesas, que apostavam na sua candidatura.

Dos três finalistas, dois homens e uma mulher, o britânico David Nabarro, 67 anos, é considerado favorito, indica a agência noticiosa France-Presse (AFP).

No entanto, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros etíope, Tedros Adhanom, 51 anos, é apoiado pela União Africana. Reconhecido investigador sobre o paludismo, este também antigo ministro da Saúde pretende tornar-se no primeiro africano a dirigir a OMS.

Nabarro, diplomado em Medicina pela universidade de Oxford, exerce desde 1999 funções de responsabilidade nas Nações Unidas e na OMS. Entre agosto de 2014 e dezembro de 2015 foi o enviado especial da ONU para a luta contra o vírus Ébola.

A única mulher, a cardiologista paquistanesa Sania Nishtar, 53 anos, trabalha desde 2014 na OMS como copresidente da Comissão para combater a obesidade nas crianças. Em 2015, foi uma candidata preterida ao cargo de Alto-Comissário da ONU para os Refugiados (ACNUR).

“É uma eleição de uma enorme importância”, declarou à AFP Ashish Jha, diretor do Instituto de saúde mundial da universidade de Harvard.

“Existe verdadeiramente uma crise existencial na OMS”, acrescentou este coautor de um relatório de 2015 apelando a reformas radicais na agência.

A OMS é provavelmente a mais influente agência das Nações Unidas, ao coordenar as repostas às pandemias como o Ébola e o Zika, mas fixa igualmente normas para os sistemas de saúde nacionais, incluindo nos países ocidentais.

Margaret Chan (Hong Kong, China), a atual diretora-geral da OMS, cumpriu dois mandatos de cinco anos desde 2006. A sua presidência foi designadamente acusada de falta de transparência.

A OMS foi ainda criticada pela sua ausência de discernimento face à gravidade da crise do Ébola em 2014 na África ocidental, com um total de 11.000 mortos. Nenhum responsável foi sancionado.

No Porto
A Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal inaugura sábado, na delegação do Porto, o seu primeiro consultório oftalmológico...

"Só através de uma avaliação em oftalmologista é que as pessoas podem ter direito a aparelhos adaptados. Os hospitais não estão preparados para fazer essas avaliações e as consultas privadas são muito caras. Com este consultório, procuraremos chegar ao máximo de pessoas possível, praticando preços reduzidos", indicou a presidente da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal do Porto (ACAPO-Porto), Paula Costa.

As avaliações oftalmológicas realizadas neste consultório que é "pioneiro" em Portugal servirão para candidaturas a aparelhos como lupas ou telemóveis, mas a responsável frisou que o espaço também estará aberto à comunidade em geral para prestar vários serviços.

Para apetrechar o consultório, a ACAPO-Porto recorreu a materiais usados, uma vez que os novos são "muito caros", disse Paula Costa, estimando que o investimento tenha rondado cerca de 3.800 euros, "valor que sozinho não cobriria a compra de determinadas lâmpadas se fossem novas", vincou.

A presidente também destacou o apoio do Lions da Boavista, entidade que pagou a 100% os equipamentos e apelou a que "outros Lions ou associações beneméritas e solidárias ajudem as restantes delegações a abrir espaços semelhantes no país".

A ACAPO-Porto, que conta atualmente com cerca de 700 associados, vai testar a frequência de abertura do consultório, se uma ou dias vezes por mês ou semanalmente, conforme a afluência de pessoas mas Paula Costa acredita que a procura será "grande", revelando que existem já duas dezenas de consultas marcadas e outras tantas em lista de espera.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde divulgou um conjunto de medidas de proteção individual para os viajantes com destino ao Brasil,...

No comunicado, assinado pelo diretor-geral Francisco George, são indicadas três medidas prioritárias para prevenir a picada de mosquitos, responsáveis pela transmissão da doença: marcação de uma Consulta do viajante pelo menos quatro semanas antes da partida, a vacinação contra a febre-amarela, se aplicável, e a adoção de um conjunto de precauções individuais.

Neste último caso, indica-se a aplicação de repelentes, proteção das crianças (carrinhos de bebé, berços) com redes mosquiteiras, opção por alojamento com ar condicionado ou, em alternativa, utilizar redes mosquiteiras, mesmo durante o dia, utilização de vestuário preferencialmente largo, ou diminuição da exposição corporal à picada (camisas de manga comprida, calças e calçado fechado).

No caso dos viajantes que apresentem sintomas sugestivos de infeção por febre-amarela (febre, calafrios, dores de cabeça intensas, dores musculares, fadiga, náuseas e vómitos), durante 14 dias após o regresso, aconselha-se o contacto com a Saúde 24 (808 24 24 24) ou uma consulta médica, referindo a viagem recente.

Para informações complementares, os interessados devem contactar os serviços da Consulta do viajante ou o médico assistente. Antes da viagem, a Direção-Geral da Saúde propõe a consulta do ‘site’ http://portalsaude.saude.gov.br/. sobre a evolução da situação no Brasil.

Em 13 de janeiro, o governador do Estado de Minas Gerais decretou uma Situação de Emergência Regional em Saúde Pública na sequência do surto de febre-amarela entretanto detetado.

De acordo com o comunicado da Direção-Geral da Saúde, até segunda-feira tinham sido notificados 391 casos em Minas Gerais, incluindo 83 óbitos. Também noutros estados foi registado um aumento do número de casos de febre-amarela, designadamente em Espírito Santo (19 casos, um óbito), Baía (seis casos) e São Paulo (três casos, três óbitos).

Estão em curso campanhas de vacinação nos estados afetados.

Sociedade Portuguesa das Adições Comportamentais e Tecnológicas
Especialistas em comportamentos aditivos criaram um projeto para ajudar pessoas com problemas de adição à internet, aos...

“Há cada vez mais uma preocupação entre os profissionais desta área” relativamente ao facto de se verificar “uma grande penetração das novas tecnologias” e “uma grande incidência de comportamentos excessivos na população”, adiantou o investigador português Halley Pontes, da Nothingham Trent University, no Reino Unido.

Foi a pensar nesta população com comportamentos aditivos que especialistas nacionais e internacionais decidiram criar a Sociedade Portuguesa das Adições Comportamentais e Tecnológicas (SPACT).

Halley Pontes explicou que a SPACT é “uma sociedade científica sem fins lucrativos” que pretende ajudar “pessoas que possam estar a sofrer com esses problemas”, uma tarefa que “se afigura urgente”.

Quem tiver problemas pode entrar em contacto com a SPACT, em www.spact.pt, para que um profissional a possa ajudar, explicou o investigador, autor de vários estudos sobre estes comportamentos.

“O nosso objetivo é assegurar que o público em geral tenha à sua disposição” uma “base de dados de pessoas qualificadas na área” para esclarecer “questões ou dúvidas relativamente a adições comportamentais específicas, como a adição à internet, a adição aos videojogos, adição ao sexo e às redes sociais online”, disse Halley Pontes.

Faz parte também dos objetivos da sociedade científica disseminar conhecimentos que possam contribuir para “a melhoria a nível da saúde física e mental de pessoas que sofram de comportamentos aditivos, bem como a redução do estigma social geralmente associado às adições”.

A SPACT está aberta a todos os psicólogos, psiquiatras e profissionais de saúde mental com formação e experiência suficientes na área dos comportamentos aditivos, mas também a finalistas dos cursos de Psicologia, Psiquiatria e áreas relevantes, que podem candidatar-se como “membro em formação”.

Halley Pontes destacou a importância da sociedade para combater o “grande fosso” que existe entre os profissionais que fazem trabalho clínico na área dos comportamentos aditivos e os investigadores.

“O objetivo é juntar os profissionais que tenham experiência significativa nessa área, para que todos possamos pensar sobre questões relacionadas com os comportamentos aditivos e de que modo é que poderemos ajudar as pessoas que sofram com estes problemas”, sublinhou.

11º Congresso Português do AVC
O congresso anual da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral integra um curso pós-congresso que este ano tem como...

Conforme explicam os coordenadores do Curso, Dr. Miguel Rodrigues e Dr.ª Carla Ferreira, “a fase aguda do AVC determina a capacidade de recuperação e reintegração na vida ativa”.

Nos últimos 25 anos, a grande melhoria na mortalidade e dependência dos doentes com AVC, deveu-se, entre outros fatores, a atitudes desencadeadas na fase aguda: o internamento em Unidades de AVC e as técnicas de reperfusão no AVC isquémico.

“É, pois, fundamental continuar a formar os profissionais de saúde no que sabemos que funciona e incentivar investigação permanente nesta área, para assim facilitar todo o trabalho de reabilitação e de prevenção secundária, que se irá prolongar”, alertam os especialistas de Neurologia.

No final do curso espera-se que os presentes tenham uma visão focada no AVC agudo que lhes permita, nos seus vários locais de trabalho, contribuir para o tratamento adequado e célere desta patologia, sublinham os especialistas. “Espera-se, assim, fomentar o desenvolvimento dos cuidados de fase aguda no AVC, uma das missões que a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC)  muito releva”.

Os coordenadores do Curso, em nome da SPAVC, deixam o convite para participação a “todas as pessoas interessadas em cuidar dos doentes nesta fase, independentemente da categoria profissional, especialidade médica ou ano de formação específica”.

Consulte aqui o programa do Curso.

Inscrições através do e-mail [email protected]

De 1980 a 2013
Portugal registou perdas de 6,8 mil milhões de euros relacionadas com as consequências das alterações climáticas, entre 1980 e...

O trabalho "Alterações Climáticas, Impactos e Vulnerabilidades na Europa 2016" foi elaborado pela Agência Europeia do Ambiente (EEA, na sigla em inglês) e realça que o sul da Europa, com destaque para a península ibérica, vai ser mais atingido pelas mudanças do clima no futuro, mas já regista aumentos de situações extremas de calor, redução da precipitação e dos caudais dos rios, a que acresce o risco de secas severas, perdas na agricultura e na biodiversidade, assim como de fogos florestais.

Na análise económica dos efeitos das mudanças do clima, a EEA estima que os custos tenham atingido 6,783 mil milhões de euros, entre 1980 e 2013, dos quais somente 300 milhões, ou seja, 4%, estavam cobertos por seguros.

Aquele valor total representa 665 milhões de euros de perdas por cada português e 0,14% do Produto Interno Bruto (PIB).

No total da Europa, os custos relacionados com as alterações climáticas atingem 393 mil milhões de euros, com a Alemanha a liderar, ao chegar aos 78,7 mil milhões, ou mil milhões per capita, dos quais 44% estavam cobertos por seguros.

A Suíça é o país com um valor de custos mais elevado por cada cidadão - 2,517 mil milhões de euros - e o Reino Unido é aquele que apresenta a maior percentagem de perdas cobertas por seguros - 68%.

"As alterações climáticas vão continuar por muitas décadas no futuro" e a dimensão destas mudanças e dos seus impactos vão depender da concretização dos acordos globais para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, mas também de ser assegurado que foram adotadas as corretas políticas e estratégias para reduzir os riscos dos atuais e projetados fenómenos climáticos extremos, realça o diretor executivo da EEA, Hans Bruyninckx, citado no relatório.

Apesar de algumas regiões puderem apresentar impactos positivos, como a melhoria das condições para a agricultura no norte da Europa, a maior parte dos países e setores económicos "vão ser negativamente afetados", refere a EEA.

Ondas de calor mais frequentes e mudanças na distribuição das doenças infecciosas relacionadas com as condições do clima deverão aumentar os riscos para a saúde humana e para o bem-estar, outra área da vida dos europeus a ser afetada.

A península ibérica é referida no relatório como exemplo de região onde já se observam algumas mudanças, como a diminuição da precipitação, principalmente no centro de Portugal.

A erosão costeira já provocou "significativas perdas económicas, estragos ecológicos e problemas sociais", aponta ainda a EEA, dando mais uma vez o exemplo de Portugal, que "investiu 500 milhões de euros na reabilitação de dunas e de frente mar e na defesa" entre 1995 e 2003, entre Aveiro e Vagueira.

Em três anos
O núcleo da região Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro atribuiu 352 mil euros de apoio à investigação e formação na área...

Nos últimos três anos, foram atribuídos 352 mil euros, entre bolsas de investigação individuais e apoio direto ao Centro de Investigação em Meio Ambiente, Genética e Oncobiologia (CIMAGO) da Universidade de Coimbra, disse o presidente do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Carlos de Oliveira.

De acordo com o responsável, o apoio à investigação e formação é parte da missão da Liga, sendo que neste ano o núcleo regional pretende aumentar "significativamente" a verba de apoio à formação num montante total de 25 mil euros (foram atribuídos sete mil euros nos últimos três anos) e criar um prémio de mérito científico, no valor de dez mil euros, a anunciar.

Na quinta-feira, pelas 09:30, o núcleo promove uma sessão de divulgação das bolsas de investigação atribuídas nos últimos três anos, com a apresentação dos projetos apoiados e dos resultados daqueles que já estão terminados, contou Carlos de Oliveira.

Ao todo, são 14 bolseiros, doze no âmbito da bolsa de apoio a investigadores do CIMAGO e dois apoiados com Bolsas de Investigação em Oncologia Dr. Rocha Alves, referiu.

As bolsas, com um valor de cerca de dez mil euros anuais, duram um ano e "não obrigam à exclusividade de as pessoas não receberem mais nenhum ordenado", esclareceu Carlos de Oliveira.

Para além das bolsas individuais, o núcleo regional também apoiou anualmente, de forma direta, o CIMAGO, "que congrega o maior grupo de investigadores na área do cancro na zona centro", frisou.

A maioria dos projetos apoiados são desenvolvidos por não médicos, "na área da investigação básica e investigação translacional [aplicação no ser humano]".

As investigações translacionais centram-se "na pesquisa de novos mecanismos de biologia celular do cancro ou de aspetos epidemiológicos do cancro", sendo sobretudo "investigação laboratorial", referiu.

De acordo com o presidente do núcleo regional, na atribuição de bolsas dá-se preferência "à investigação translacional".

O núcleo promove o apoio à investigação desde "praticamente a sua fundação", há quase 50 anos, tendo esse mesmo apoio passado a ser mais estruturado a nível nacional a partir de 2010, esclareceu.

De acordo com Carlos de Oliveira, entre 2013 e 2015, a Liga e os seus núcleos regionais atribuíram um apoio total de 1,9 milhões de euros à investigação e formação.

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