Podologista alerta
Manuel Azevedo Portela, presidente da Associação Portuguesa de Podologia, alerta que com o avançar da idade é preciso estar...

De acordo com um estudo recente realizado pela Associação Portuguesa de Podologia (APP), 85% da população com idade superior a 35 anos, apresenta alguma alteração nos pés, escreve o Sapo.

As calosidades, os joanetes e as onicopatias (infeções nas unhas) são as alterações mais comuns nos pés. Manuel Azevedo Portela, presidente da Associação Portuguesa de Podologia (APP) salienta que "o sexo feminino é o que mais sofre com problemas nesta zona do corpo tão subvalorizada. Após os 60 anos de idade, regista-se uma prevalência de 70% das doenças osteoarticulares nos pés".

O especialista alerta que os pés tendem a alongar e a alargar à medida que envelhecemos. "Temos de estar conscientes dessa alteração e adaptar o tamanho do calçado com o passar dos anos, para evitar deformações nos dedos o prevenir os dolorosos e inestéticos calos. É a partir dos 50 anos que começam a surgir as primeiras queixas de problemas nos pés. Para evitar esta situação, há quem recomende a utilização de calçado com um tamanho superior ao pé, em cerca de 2 cm", acrescenta o presidente da APP e professor adjunto do Instituto Politécnico de Saúde do Norte (IPSN-CESPU).

Manuel Azevedo Portela salienta que atualmente "são doze os hospitais públicos nacionais que têm consulta de podologia. A contratação de podologistas no Serviço Nacional de Saúde está direcionada para o pé diabético, mas é necessário que a consulta seja transversal, de forma a garantir que todos os doentes possam usufruir de tratamentos podológicos especializados", frisa.

Neste contexto, o pé diabético é a patologia mais complicada, sendo a principal causa de amputação da extremidade inferior. Estima-se que 15% dos doentes diabéticos desenvolvem úlceras nos membros inferiores ao longo dos anos e que 85% das amputações são provocadas por esse tipo lesões.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Sete regiões do continente apresentam hoje risco ‘extremo’ de exposição à radiação ultravioleta, enquanto o resto do país está...

De acordo com o Instituto, em risco ‘extremo’ estão as regiões de Beja, Bragança, Évora, Guarda, Penhas Douradas, Portalegre e Funchal (Madeira).

Para as regiões com risco ‘extremo’, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda que se evite o mais possível a exposição ao sol.

As regiões de Braga, Porto, Vila Real, Viseu, Aveiro, Beja, Castelo Branco, Faro, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Porto Santo (Madeira) e Ponta Delgada (ilha de São Miguel, Açores), Angra do Heroísmo (Terceira) e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores) e Horta (Faial) estão com níveis ‘muito elevados’.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral oeste a sul do Cabo Carvoeiro até meio da manhã e tornando-se muito nublado no litoral oeste a partir do fim da tarde e aumento temporário de nebulosidade durante a tarde nas regiões do interior Norte, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros e trovoada.

A previsão aponta ainda para vento em geral fraco do quadrante leste, soprando moderado no Algarve até ao início da tarde e nas terras altas, rodando para o quadrante oeste a partir do início da tarde, neblina matinal em alguns locais do litoral Centro e Sul e descida da temperatura máxima no litoral das regiões Norte e Centro e na região Sul.

Para a Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha, possibilidade de ocorrência de aguaceiros nas vertentes norte e terras altas e vento fraco a moderado de norte.

Nos Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos na madrugada e início da manhã e vento noroeste fraco a bonançoso.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 18 e 30 graus Celsius, no Porto entre 16 e 29, em Vila Real entre 18 e 34, em Viseu entre 16 e 32, em Bragança entre 16 e 34, em Coimbra entre 17 e 33, na Guarda entre 19 e 30, em Castelo Branco entre 19 e 35, em Santarém entre 17 e 36, em Portalegre entre 19 e 25, em Évora entre 17 e 36, em Beja entre 19 e 34, em Faro entre 19 e 34, no Funchal entre 20 e 25, em Ponta Delgada e na Horta entre 18 e 24 e em Santa Cruz das Flores entre 18 e 22.

Incêndios
O diretor-geral da Saúde, Francisco George, disse que os médicos, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais estão a ajudar...

“Não queremos que as pessoas esqueçam junho de 2017. É preciso mobilizar energias para construir a esperança” em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e demais concelhos devastados pelos fogos que deflagraram no dia 17 e que provocaram 64 mortos, adiantou Francisco George.

Falando aos jornalistas, nos Paços do Concelho de Pedrógão, no final de reunião com autarcas, profissionais de saúde e outros responsáveis, o diretor-geral da Saúde realçou o trabalho dos psicólogos e psiquiatras, entre outros, no apoio às populações nas últimas duas semanas.

Também no dia 17, durante a tragédia, a resposta do Centro de Saúde de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, “foi magnífica”, sublinhou.

Na reunião, participaram o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, José Tereso, e a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa, além do presidente da Câmara Municipal, Valdemar Alves, entre outros.

“Foi uma muito importante reunião de coordenação, no sentido de evitar duplicações” nesta área, afirmou Francisco George, ao recordar que uma unidade móvel de saúde “tem percorrido todas as aldeias” dos três municípios mais atingidos pela catástrofe, de que resultaram pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.

No Porto
Nos dias 7 e 8 de julho, o Hotel Crowne Plaza, no Porto, recebe a 2ª Conferência de Valor da Associação Portuguesa de...

A 2ª Conferência de Valor é presidida por Pedro Esteves, administrador hospitalar, atualmente na Administração Regional de Saúde do Norte, que fará a abertura da conferência, seguindo-se a palestra de Sally Lewis, do País de Gales que vem falar sobre “Como assegurar a adoção de cuidados de saúde baseados em valor”. Após esta palestra segue-se o Porto de Honra. O jantar de trabalho vai contar com a presença do Senhor Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, Gerry O’Dwyer, Presidente da Associação Europeia de Administradores Hospitalares e Alexandre Lourenço, Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH).

No segundo dia, após a abertura proferida por Alexandre Lourenço inicia-se a Sessão I “Desafio: A Sustentabilidade do Sistema de Saúde”, moderada por Fernando Regateiro, do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. Segue-se a exposição de Rafael Bengoa, Codiretor do Instituto de Saúde e Estratégia de Bilbao, especialista em sustentabilidade dos sistemas de saúde, que nos chega para falar sobre como “Salvar o Sistema de Saúde”.

A sessão II “Oportunidade: Modelos para a eliminação do desperdício e sistemas de custeio” vai ter como moderadora Ana Escoval, Presidente do Centro Hospitalar de Lisboa Central e como orador principal, Andrea Masina, Diretor-Geral do Grupo Villa Maria, em Itália, cuja apresentação mostra a sua perspetiva, “Integrando o processo logístico e assistencial de cuidados”, à qual se segue um momento de discussão.

Após o almoço, a sessão III “Oportunidades: Novos modelos de gestão para assegurar sustentabilidade” vai ter como moderador António Dias Alves, Presidente do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e como convidado principal, proveniente da Hungria, Miklós Szócska, perito da Organização Mundial de Saúde e especialista em gestão da mudança dos sistemas de saúde, já foi ministro da saúde da Hungria e vem apresentar a “Gestão da mudança para a sustentabilidade dos sistemas de saúde.” 

Investigação
Uma equipa internacional liderada por um investigador da Universidade de Évora, Anthony Burke, produziu com sucesso novas...

“Fabricámos várias moléculas e algumas delas foram testadas em alvos biológicos de doença de Alzheimer, contra uma enzima que é implicada na doença”, disse Anthony Burke, do Centro de Química de Évora da Universidade de Évora (CQE-UÉ).

Segundo o investigador, estas moléculas criadas no laboratório do CQE-UÉ “inibem o funcionamento das enzimas responsáveis pela degradação de um neurotransmissor que é essencial para o cérebro e para os neurónios”.

“O neurotransmissor chama-se acetilcolina (ACh) e é muito bom para o cérebro. O problema é que os doentes com Alzheimer têm uma deficiência deste neurotransmissor, que tem a ver com o funcionamento da memória e que provoca, depois, a degradação dos neurónios”, realçou.

As moléculas produzidas na UÉ, ao inibirem o funcionamento da enzima colinesterase (ChE), que destrói a acetilcolina, são eficazes para o tratamento da doença de Alzheimer, de acordo com a equipa de investigação.

“Estas moléculas não servem para curar a doença, mas podem combater sintomas do Alzheimer. São eficazes para que o doente possa obter um alívio dos seus sintomas”, frisou Anthony Burke.

O Alzheimer é uma doença neurológica crónica que provoca uma deterioração progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas, explicou a UÉ.

O projeto de investigação, financiado por fundos comunitários através do anterior programa operacional do Alentejo, o InAlentejo, envolveu uma equipa formada por especialistas em química sintética, medicinal, computacional, bioquímica, farmacêutica e tecnologia de química de fluxo contínuo.

Em colaboração com Instituto Max Planck, de Potsdam, na Alemanha, os investigadores, de acordo com a UÉ, produziram novas moléculas quirais, isto é, que apresentam apenas na sua composição o ingrediente ativo benéfico.

São, assim, “mais seguras para o organismo humano”, disse Anthony Burke, salientando que, atualmente, no mercado, “existem poucos fármacos para doentes de Alzheimer” e “apenas um que também inibe a mesma enzima responsável pela degradação do neurotransmissor”.

Mas, apesar desse outro fármaco, frisou o investigador irlandês da Universidade de Évora, a molécula criada no Centro de Química da academia alentejana “é nova e é inovadora”.

“Já a testámos em ratinhos e verificámos que conseguiu ser absorvida pelo organismo e pelo cérebro, com bons resultados”, congratulou-se.

A UÉ, revelou, possui, pois, “o princípio ativo para um fármaco final” e já “patenteou a molécula em Portugal”, detendo também “uma patente internacional para um catalisador responsável para a síntese da molécula, ou seja, para o processo de fabrico do fármaco”.

As moléculas foram obtidas com recurso a um catalisador “verde” (organocatalisador), igualmente desenvolvido na UÉ, que permite produzir fármacos isentos de metais prejudiciais ao doente, explicou a universidade.

Segundo Anthony Burke, a equipa gostaria de “continuar a desenvolver este projeto”, mas “o financiamento já acabou”, pelo que o objetivo é, agora, despertar o interesse da indústria farmacêutica.

“Esse é o nosso grande objetivo, que uma indústria farmacêutica se interesse e que continue este trabalho, porque acho que temos alguma coisa interessante em mãos”, argumentou.

O investigador admitiu que “ainda se está longe da fase de ensaios clínicos, em humanos”, mas o facto de as moléculas terem sido submetidas "com sucesso aos testes preliminares, nos ratinhos de laboratório", indicam que um futuro fármaco pode ser benéfico para os doentes.

“Pode, eventualmente, ser um melhor e mais eficaz fármaco do que as soluções que já existem no mercado. E pode também vir a ser mais barato”, afirmou.

Exposição solar segura
Para muitos, verão é sinónimo de praia, sol e calor.
Mulher na praia a aplicar protetor solar

Durante o verão, a radiação solar incide com mais intensidade sobre a Terra, aumentando o risco de queimaduras, cancro cutâneo e outros problemas de pele. No entanto, não é só na praia que estamos expostos à radiação e, mesmo quando não está calor, os raios UV podem ser prejudiciais.

De acordo com a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, que todos os anos lança o alerta, o cancro de pele pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade, embora seja mais frequente após os 50 anos de idade ou em pessoas que tenham tido uma exposição prolongada ao sol.

O risco aumenta se tiver pele clara ou se for propenso a queimaduras solares (sobretudo, se as tiver sofrido na infância).

Deste modo, os especialistas aconselham a uma exposição solar segura, procurando a sombra, sempre que possível, e evitando o sol de verão no meio do dia. Crianças e pessoas de pele mais clara devem evitar a exposição solar entre as 11 e as  17 horas.

Esta é, ainda, a altura de intensificar o uso do protetor solar, que deve ser aplicado diariamente, e não apenas nos momentos de lazer. 

Os produtos com fator de proteção solar (FPS) 30, ou superior, são recomendados para uso diário e também para a exposição mais prolongada ao sol.

Estes devem proteger contra os raios UVA e contra os raios UVB e devem ser aplicados uniformemente, em todas as partes de corpo, incluindo mãos, orelhas, nuca e pés, 30 minutos antes da exposição solar, para que a pele os absorva, renovando a sua aplicação de duas em duas horas ou após o banho.

É igualmente importante proteger as cicatrizes, especialmente as recentes, que podem ficar escuras e desenvolver lesões se expostas ao Sol.

Além do protetor solar, no verão é importante usar chapéu e roupas de algodão em todas as atividades ao ar livre. Tecidos sintéticos, como o nylon, bloqueiam apenas 30% da radiação UV.

“Para as crianças, sempre que possível procurar roupas com proteção UV”, aconselha a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo.

Quanto aos hábitos diários, no que diz respeito à higiene e alimentação, há alguns cuidados a ter.

As temperaturas mais quentes exigem hidratação redobrada, por dentro e por fora. Portanto, deve aumentar a ingestão de líquidos no verão e abusando da água ou  de sumo de frutas.

Deve apostar no consumo de frutas e legumes com alto teor de água e fibras, e em alimentos pobres em hidratos de carbono, que ajudam na hidratação do corpo, previnem doenças e adiam os sinais do envelhecimento.

Cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba, ricos em carotenos, são alimento que apresentam uma importante ação antioxidante ajudando na prevenção de danos.

Deve aplicar, todos os dias, um bom creme hidratante para ajudar a manter a quantidade adequada de água na pele; e no banho, recomenda-se que use sabonetes compatíveis com o seu tipo de pele (porém, sem nuca exagerar!).

A temperatura da água deve ser fria ou morna para evitar o ressequimento da pele.

Esteja atento a lesões cutâneas suspeitas

A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo aconselha a que examine, uma vez por mês, a pele para verificar se apresenta qualquer “alteração ou mancha” suspeita.

O exame deverá incidir sobre todo o corpo, parte anterior e parte posterior, com particular atenção nas áreas expostas ao sol.

Para tal, deve colocar-se em frente a um espelho de corpo inteiro, com um espelho de mão para ajudar a verificar as áreas mais difíceis, e procurar sinais que:

  1. sofreram alguma alteração de tamanho, cor e/ou forma;
  2. apresentam um aspeto diferente dos restantes;
  3. são assimétricos ou apresentam um rebordo irregular;
  4. são asperos ou escamosos;
  5. dão vontade de coçar;
  6. sangram ou libertam líquido;
  7. têm um aspeto rosado ou apresentam várias cores;
  8. parecem uma pequena ferida que não cicatriza.

Em qualquer um dos casos, deve procurar o médico assim que suspeite de alguma alteração.

Segundo a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, o cancro da pele pode ser tratado, sobretudo, se for diagnosticado precocemente.


Quando diagnosticado precocemente, o cancro de pele pode ser tratado.
Faça o auto-exame todos os meses. 

As 4 principais lesões cutâneas suspeitas:

Melanoma

É o tipo menos frequente de cancro da pele, mas também o mais agressivo.

Ao contrário dos outros tipos, mais comuns em idosos, o Melanoma pode afetar pessoas de qualquer idade.

Apresenta-se como um “sinal” muito escuro, que desenvolveu bordos irregulares ou cores diferentes ao longo do tempo, ou como uma “protuberância de crescimento rápido, rosa ou avermelhada”.

Pode surgir de um “nevo” atípico que se modificou ou como uma lesão recente, sobretudo em pele como muitos nevos (sinais) ou lentigos (manchas solares parecidas com sardas) ou em pele com antecedentes de queimaduras solares.

Pode difundir-se rapidamente sob a forma de metástases, sendo necessário o seu tratamento cirúrgico imediato.

Carcinoma Basocelular

É o tipo mais comum de cancro de pele e também o menos perigoso. Apresenta-se, habitualemente, como um nódulo elevado, da cor da pele, com bordos brilhantes e aspeto perolado; uma mancha ou ferida que não cicatriza ou como uma protuberância ligeiramente dura e rugosa que cresce lentamente ao longo do tempo. Se não for tratado pode invadir tecidos mais profundos.

Carcinoma Espinocelular

Este é o segundo tipo de cancro de pele mais comum. Rosto, couro cabeludo e dorso das mãos são as áreas mais afetadas por estas lesões, uma vez que são as que mais expostas estão à radiação solar.

Apresenta-se como um nódulo duro que pode crescer rapidamente e tornar-se ulcerado e exsudativo.

De acordo com a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, o carcinoma espinocelular pode difundir-se rapidamente para os gânglios e provocar metástases, em especial, em lesões mais avançadas localizadas nos lábios, orelhas, mãos e pés, ou em indíviduos imunodeprimidos.

Queratose actínica

Apresentando-se como manchas vermelho-acastanhadas escamosas e rugosas, estas lesões acometem a população mais idosa atingindo, sobretudo, as zonas da pele mais exposta ao sol: rosto, orelhas, dorso das mãos e couro cabeludo.

Tratam-se de lesões pré-cancerosas que, em 10-15% dos casos, podem evoluir para carcinomas espinocelular.

Devem ser tratadas a fim de prevenir a sua progressão.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um estudo desenvolvido no Porto mostra que as crianças mais baixas e com menos gordura e músculo desenvolvem um padrão postural...

Os resultados do estudo, desenvolvido pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), indicam ainda que as crianças com o padrão postural retificado apresentam um esqueleto menos resistente - menor conteúdo mineral e menor densidade mineral óssea - do que aquelas que têm um padrão postural de curvaturas aumentadas.

Esta investigação tinha como objetivo demonstrar a existência de uma associação entre as propriedades físicas do osso e o desenvolvimento de diferentes tipos de postura, bem como o papel das quantidades de gordura e de músculo corporais nessa relação.

Para obtenção dos dados, foram analisadas 1.138 raparigas e 1.260 rapazes, com sete anos de idade, pertencentes à Geração XXI - projeto iniciado em 2005, que acompanha o crescimento e o desenvolvimento de mais de oito mil crianças nascidas em hospitais públicos da Área Metropolitana do Porto.

De acordo com o investigador do ISPUP Fábio Araújo, não é "absolutamente claro" qual desses padrões é o "mais favorável", do ponto de vista clínico, principalmente em crianças onde muito pouco se sabe sobre o papel destas tipologias posturais relativamente aos sintomas musculoesqueléticos.

No entanto, tendo em conta unicamente as conclusões deste estudo, é possível defender que, relativamente à promoção das propriedades físicas do osso desde a infância, a postura de curvaturas aumentadas parece sem mais favorável e a mais indicada.

Para prevenir o aparecimento de uma postura retificada ou, então, promover ligeiramente o aumento das curvaturas da coluna, nos casos em que possa ser necessário, Fábio Araújo indica que pode-se recomendar um aumento de peso, mas apenas nas crianças que apresentem, efetivamente, peso baixo.

Nestes casos, a criança pode também ser avaliada por especialistas de reeducação postural, como fisioterapeutas, para alongar a musculatura que se apresente ligeiramente encurtada e, assim, potenciar um aumento das curvaturas da coluna, dentro dos limites fisiológicos que terá de ser adaptado a cada criança.

Segundo Fábio Araújo, nos casos de perfil postural de curvaturas aumentadas, existe uma relação "particularmente forte" entre a postura e as propriedades físicas do osso, verificando-se uma potenciação destas duas vertentes através de mecanismos de sustentação da posição de pé.

Como as crianças com este perfil têm mais peso, "necessitam de fazer mais força para o suportar contra a gravidade, o que faz com que as vértebras sejam comprimidas" e esse "stresse mecânico" promova a formação de mais tecido ósseo, "traduzindo-se em alterações da orientação vertebral" e formando "uma postura com curvaturas aumentadas", explicou.

Sabe-se, agora, que se o osso for afetado, o mesmo acontece com a postura, o que pode levar a problemas musculoesqueléticos, como o desenvolvimento de dores nas costas, esclareceu o investigador.

"Se alterarmos a postura, poderemos conseguir influenciar a forma como o osso se desenvolve, o que pode ser importante para tratar problemas como a osteoporose", concluiu.

Esta investigação, coordenada pela investigadora do ISPUP Raquel Lucas e da qual fazem ainda parte Ana Martins, Nuno Alegrete e Laura Howe, deu origem a um artigo que foi publicado recentemente no versão 'online' da revista "The Spine Journal".

Oncologia
O Instituto Português de Oncologia do Porto vai começar a efetuar um teste aos genes dos tumores extraídos da mama, para...

O coordenador da Clínica de Mama do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO-Porto), Joaquim Abreu de Sousa, disse que este teste genómico (ou assinatura genética), que estará disponível a partir de 17 julho, estuda 50 genes associados ao cancro da mama, determinando, para além do grau de agressividade do tumor, a forma como este se vai comportar.

De acordo com o médico, normalmente, para verificar esses indicadores, são utilizados os fatores de prognóstico clássico, como o tamanho do tumor, o número de gânglios e o grau de diferenciação celular, entre outros, o que, com este teste, passará a ser muito mais fiável.

Para Joaquim Abreu de Sousa, a mais-valia da assinatura genética é enorme, visto que representa um ponto de viragem no entendimento da doença, permitindo tratar os doentes de forma altamente especializada e individualizada, sendo os diagnósticos e as terapêuticas desenhadas em função das características individuais de cada um.

Na última década, foi administrada "muita terapêutica adjuvante" (quimioterapia) a doentes com cancro da mama, estimando-se que, em cerca de dois terços desses pacientes, os resultados teriam sido praticamente os mesmos caso isso não tivesse acontecido, explicou.

A assinatura genética "vai evitar o sub e o sobretratamento dos doentes", referiu o médico, visto que somente serão selecionados para a quimioterapia aqueles em que se verifique que existe vantagem na terapêutica.

O tratamento direcionado vai possibilitar ainda "uma redução na despesa relacionada com os custos diretos da quimioterapia e com efeitos adversos associados", indicou Joaquim Abreu de Sousa, acrescentando tratar-se da passagem da medicina de medida única para a medicina personalizada.

Para além disso, são efetuados nos hospitais locais, pelo seu 'staff', sem necessidade de enviar a amostra do tumor para outros laboratórios analisarem a assinatura genética, como acontecia com os testes da primeira geração, que foram efetuadas no início dos anos 2000.

O coordenador indicou ainda que o teste genómico estuda os genes do tumor, associados à proliferação e à resposta imune, por exemplo, que permitem predizer qual o risco (baixo, intermédio ou alto) de o tumor voltar a aparecer e a criar metástases, diferenciando-se do teste genético, que avalia, nos genes do doente, se existe risco de este vir a desenvolver cancro.

Segundo um comunicado do IPO-Porto hoje divulgado, vários organismos internacionais, nomeadamente o 'National Cancer Institute' (líder na investigação em oncologia nos Estados Unidos), enfatizam o valor do diagnóstico molecular para reduzir o tratamento com quimioterapia de doentes com cancro da mama.

Os resultados deste estudo vão ser apresentados ainda hoje, pelas 16:30, no auditório principal do IPO-Porto.

Estudo
Bastou um aumento de apenas 0,5 graus Celsius na temperatura média global para que as ondas de calor e as chuvas torrenciais se...

Os investigadores compararam dois períodos (1960-1979 e 1991-2010), entre os quais a temperatura média aumentou 0,5 graus Celsius.

Entre ambos os períodos, a intensidade das precipitações extremas aumentou 10% em um quarto do território mundial. E as secas prolongaram-se por uma semana a mais em metade das regiões, segundo o estudo publicado na revista científica Nature Climate Change.

A temperatura do planeta já tinha subido 1ºC desde a era pré-industrial, escreve o Sapo. "Agora dispomos de observações reais que nos permitem determinar os impactos concretos do aquecimento", disse Carl-Friedrich Schleussner, investigador do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático, na Alemanha.

As mudanças climáticas, geradas pela combustão de combustíveis fósseis, surgiram com a industrialização, mas aceleraram-se nos últimos 50-60 anos. Entre os períodos estudados, foram registadas temperaturas às vezes 1ºC mais altas nos verões e 2,5ºC mais altas nos invernos.

A comunidade internacional adotou em dezembro de 2015, em Paris, um acordo para limitar o aquecimento abaixo de 2ºC em relação à era pré-industrial, e, se possível, a 1,5ºC. "Vemos claramente que uma diferença de 0,5ºC conta", afirmou Erich Fischer, da Escola Politécnica Federal de Zurique, coautor do estudo.

Estudo
Um estudo norte-americano da Universidade de Brigham Young defende que praticar exercício físico de forma intensiva durante,...

A investigação científica publicada no jornal científico "Preventive Medicine" e liderada por Larry Tucker analisou dados de mais de 5 mil adultos residentes nos Estados Unidos.

A investigação, escreve o Sapo, debruçou-se sobre os níveis de atividade física diária dos participantes. Em comunicado, os investigadores adiantam que o estudo comparou também o comprimento dos telómeros dos participantes, uma estrutura dos genes que está diretamente relacionada com o envelhecimento das células.

Ao analisar os níveis de atividade segundo quatro categorias - sedentária, baixa, moderada e alta -, os investigadores descobriram que, nas três primeiras, o comprimento destes estruturas eram praticamente semelhantes, ou seja, só os participantes que se empenharam em altos níveis de atividade física revelaram telómeros maiores. Essa diferença, significa, segundo os cientistas mais 9 anos de vida.

Os investigadores definiram níveis altos de intensidade física uma corrida de 30 minutos para as mulheres e de 40 para os homens, pelo menos cinco dias por semana. "Quem tem 40 anos, não significa que tenha 40 anos biologicamente. Todos conhecemos pessoas que parecem mais jovens. (...) Quanto mais ativos fisicamente formos, menos envelhecimento biológico ocorre no nosso organismo", comenta Tucker na referida nota da universidade.

Estudo
Componentes da levedura do pão podem ser a solução para evitar os efeitos tóxicos dos poluentes nas plantas e vegetais que...

A investigação, publicada na revista Scientific Reports, centrou-se em dois genes da levedura do pão que permitem às plantas e vegetais crescer rodeadas por poluentes que normalmente afetariam o seu crescimento, como metais pesados e elementos orgânicos libertados pela indústria, e restos de herbicidas e pesticidas agrícolas.

"As estratégias atuais para descontaminar os solos são muito dispendiosas e nem sempre muito eficazes. Uma solução pode estar na ‘Saccharomyces cerevisiae’, a espécie de levedura usada para fermentar o pão, a cerveja e o vinho", afirma Paula Duque, do Instituto Gulbenkian de Ciência.

Usando uma planta herbácea chamada ‘Arabidopsis thaliana’ em que inseriram cada um dos dois genes estudados, os investigadores verificaram que se tornou mais resistente a herbicidas, fungicidas e metais pesados, escreve o Sapo.

"Estes dois genes de leveduras produzem proteínas capazes de expelir moléculas das células. Assim, formulámos a hipótese de que poderiam desempenhar um papel semelhante em plantas, eliminando as moléculas tóxicas e permitindo um crescimento vegetal normal", afirmou a investigadora do Instituto Gulbenkian, que colaborou com colegas do Instituto Superior Técnico.

O próximo passo é repetir a experiência para compreender melhor como estas plantas desenvolvem resistência, para descobrir se os resultados se repetem em plantas de interesse agrícola. "Mas os resultados obtidos com genes da espécie de levedura utilizada na produção do pão ou da cerveja são verdadeiramente promissores para a resolução de um problema ambiental sério", de acordo com Paula Duque.

DECO
O alerta é da DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor. Há portugueses a comprar, através da internet,...

Só em 2016 mais de 460 mil unidades de medicamentos foram retidas, devolvidas ou destruídas no âmbito de um protocolo entre o Infarmed e a Autoridade Tributária e Aduaneira.

Os analgésicos são a classe de medicamentos mais comprada, alerta a DECO. "Os Estados Unidos é de onde vem a maior parte dos medicamentos. No caso dos medicamentos para a disfunção erétil, escreve o Sapo, as encomendas vêm sobretudo da Índia ou de Singapura. Os principais remetentes dos medicamentos para emagrecer são o Brasil, a Índia e a China", explica a Associação de Defesa do Consumidor.

Segundo este organismo, comprar medicamentos pela internet em sites não autorizados pode ser perigoso, porque "podem ser falsos, ter a composição alterada (outra substância ativa ou em quantidade insuficiente), conter ingredientes tóxicos, estar fora do prazo ou ter sido transportados sem precauções o que pode afetar a qualidade". "Como consequência, é possível que não produzam o efeito pretendido ou causem efeitos secundários inesperado", explica.

A DECO faz parte do projeto Fakeshare, que consiste em identificar e denunciar as páginas de internet que vendem medicamentos ilegais ou falsos. A página www.fakeshare.eu/pt/ está aberta a qualquer cidadão para consulta e para denúncias.

Em 2008, foi aprovada uma nova diretiva europeia sobre medicamentos contrafeitos que endureceu as medidas contra o tráfico de fármacos, ao aprovar mais controlo e inspeção sobre os produtores de princípios ativos, assim como mais exigências aos distribuidores para um registo mais apertado das suas atividades.

A partir deste mês
A origem do leite, queijo, requeijão, iogurte, manteiga ou nata passou a ser obrigatória nos rótulos a partir deste mês,...

O novo regime da composição, rotulagem e comercialização do leite e derivados, publicado em Diário da República em 09 de junho, especifica ainda que o leite com origem nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, “opcionalmente”, a seguir à menção do nome do país, pode ter também o nome da região autónoma.

Em finais de abril, segundo o Sapo, quando o diploma foi aprovado pelo Conselho de Ministros, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, salientou o duplo objetivo do novo regime: “Dar mais informação aos consumidores para poderem fazer as suas escolhas com base em informação que não mereça dúvidas de legalidade e de credibilidade e, por outro lado, garantir com isso que os produtos portugueses possam ser reconhecidos como tal em qualquer parte do mundo".

Novas regras no caso do leite para lactentes
A rotulagem das fórmulas para lactentes (de substituição do leite humano, quando as mães não podem ou optam por não amamentar) não pode incluir imagens de lactentes (bebés que mamam), segundo o diploma, “nem de outras imagens ou textos suscetíveis de criar uma impressão falsamente positiva da utilização do produto, podendo conter representações gráficas que permitam a identificação fácil do produto e ilustrem o modo de preparação”.

O diploma proíbe também, nessas fórmulas de leite infantil, a utilização dos termos “adaptado”, “maternizado” ou “humanizado”, e exige no rótulo a afirmação da superioridade do aleitamento materno.

“Nos locais de venda direta ou indireta não pode haver publicidade, ofertas de amostras, nem qualquer outra prática de promoção de venda direta aos consumidores de fórmulas para lactentes no retalhista, como expositores especiais, cupões de desconto, bónus, campanhas especiais, venda a baixo preço ou vendas conjuntas”, lê-se no decreto-lei.

Quanto ao leite em pó e ao leite condensado, o diploma permite que ainda seja rotulado de acordo com as regras atuais até 31 de dezembro próximo, podendo continuar a ser comercializados com esse rótulo, mas os operadores podem adotar as novas regras de rotulagem.

Pedrógão Grande
Diversas instituições nacionais ligadas à saúde reúnem-se na terça-feira, em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, para ajudar a...

Na reunião que vai decorrer na terça-feira, às 10:00, na Câmara Municipal de Pedrógão Grande, será feito um diagnóstico "da situação para todas as entidades" com que a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) tem colaborado, "no sentido de verificar o apoio que cada uma das unidades nacionais possa dar à região", havendo também a perspetiva de se reforçarem "os meios já existentes no terreno", disse o presidente da administração regional, José Tereso.

Na reunião, vão estar representados a ARSC, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a Direção-Geral da Saúde, a Administração Central de Serviços de Saúde, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), o Infarmed, o Instituto Português do Sangue, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e o responsável pela reforma dos cuidados continuados integrados, acrescentou José Tereso.

Da reunião, deverá sair uma resposta reforçada no plano da saúde e que se prevê que esteja definida "para dois anos", afirmou o presidente da ARSC.

Segundo o responsável, a resposta "já está mais ou menos desenhada", sendo que vai contar com o contributo de diversas instituições ligadas à saúde para uma resposta "mais ao pormenor".

"Todas as estruturas superiores, dos vários setores, vão dar respostas mais rápidas", considerou José Tereso, sublinhando que se pretende, "mediante aquilo que está no terreno", que toda a população afetada "tenha uma resposta".

"Vamos tentar que não haja nenhuma pessoa que deixe de ser vista ou esclarecida", vincou o responsável, referindo que o SPMS já mostrou disponibilidade para reforçar a telemedicina e que o INSA vai avançar "com um programa específico de saúde ambiental" desenhado para estes casos.

José Tereso frisou ainda que todo o trabalho vai continuar a ser feito "em articulação permanente com as autarquias", com quem também contam para dar indicação de casos que vão detetando no terreno.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

A área destruída por estes incêndios na região Centro corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.

Ordem dos Médicos Dentistas
Um em cada cinco estudantes de medicina dentária nos cursos universitários em Portugal é estrangeiro, sobretudo de...

De acordo com o mais recente relatório “Números da Ordem”, relativo em 2016, de todas as faculdades, públicas e privadas, com cursos de medicina dentária são quase 20% os alunos estrangeiros.

São as faculdades privadas que têm maior volume de estrangeiros e, segundo o bastonário da Ordem dos Dentistas, este fenómeno deve-se muito à dificuldade que estudantes de algumas nacionalidades têm de entrar nos cursos nos seus países de origem, por haver maior restrição de vagas.

Dos 3.200 alunos inscritos em mestrado integrado de medicina dentária em Portugal, 20% são estrangeiros e, dessa fatia, 39% são franceses, 25% espanhóis e 23% italianos.

“Nesses países é mais difícil, devido à existência de ‘numerus clausus’ entrar em medicina dentária e muitos jovens dirigem-se para estudar em Portugal, onde a qualidade do ensino é reconhecido, o que é positivo. Estas pessoas voltam depois aos países de origem pela questão da empregabilidade, porque em Portugal não há as oportunidades em termos de trabalho que têm nos seus países”, comenta o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva.

Considerando este como num fenómeno relativamente novo, o representante dos médicos dentistas diz que é uma realidade que traz prestígio ao ensino superior e que ajuda a mitigar os médicos formados e que entram no mercado de trabalho português, uma vez que estes estudantes se dirigem aos países de origem no fim dos seus cursos.

“Esta é sem dúvida uma oportunidade a explorar pelas faculdades em Portugal, porque permite reduzir o número de alunos portugueses sem perda de receita. Seria uma forma de as instituições contribuírem para minimizar o problema flagrante de excesso de médicos dentistas”, refere a Ordem.

Os médicos dentistas têm alertado consecutivamente para o aumento anual de profissionais além do necessário ao país, defendendo que a Ordem seja consultada no processo de definição do número de vagas nas faculdades.

Só em 2016 entraram no mercado de trabalho 660 novos médicos dentistas.

Em dez anos
O número de médicos dentistas portugueses a emigrar e que não pretendem regressar quase duplicou em dez anos e continuam a sair...

O documento “Número da Ordem” relativo a 2016, mostra que só num ano aumentou em 19% o número de dentistas com inscrição suspensa na Ordem, sendo a emigração o principal motivo desta suspensão.

O número de dentistas com inscrição suspensa e anulada, portanto inativos, quase duplicou, passando de 689 em 2007 para 1.300 ano passado.

“Continua a aumentar a emigração de médicos dentistas. Verificamos que cada vez está mais consolidado este fenómeno da emigração. Colegas que se dirigiam para outros países, como França e Inglaterra, têm vindo a anular essa inscrição mostrando que não fazem tenções de voltar a exercer em Portugal pelo menos nos próximos tempos”, afirmou o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas.

Orlando Monteiro da Silva sublinha que a par destes profissionais há “muitos outros” que estão a exercer fora de Portugal mas que continuam por enquanto com inscrição ativa na Ordem.

“No surto emigratório que na medicina dentária se acentuou com a crise em 2007, 2008, 2009, o que verificamos é que este surto não teve retorno e as pessoas estão a ficar nos países por razões diversas, mas a empregabilidade atual da profissão em Portugal é uma questão crucial”, comentou.

Reino Unido e França são os principais países de destino dos médicos dentistas que emigram, com a Ordem a destacar que ainda é uma incógnita o que irá acontecer após a saída do Reino Unido da União Europeia.

Dos dados do documento “Números da Ordem”, constata-se ainda que o número de inscritos na Ordem continua a aumentar, estando nos 10.688 em 2016, um crescimento de 660 em relação ao ano anterior.

É um aumento acima das necessidades do país, sublinha o Orlando Monteiro da Silva.

“A emigração atingiu valores nunca vistos, mas não tem sido suficiente para diminuir o número de médicos a exercer em Portugal. Das universidades continuam a sair anualmente centenas de profissionais sem qualquer perspetiva de trabalho estável. Um problema que tem de ser resolvido pelos ministérios da Saúde e do Ensino Superior quanto à limitação de vagas”, afirmou o bastonário.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Seis distritos de Portugal continental estão hoje sob ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave de uma escala de quatro, devido ao...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal estão sob ‘aviso amarelo’ devido à persistência de valores elevados das temperaturas máximas.

Os distritos de Leiria, Coimbra, Lisboa, Santarém e Setúbal estão sob ‘aviso amarelo’ desde as 23:50 de domingo e até às 21:00 de hoje.

O distrito de Aveiro vai estar sob ‘aviso amarelo’ por causa do tempo quente entre as 09:00 de hoje e as 21:00 de terça-feira.

O ‘aviso amarelo’ é emitido sempre que há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para hoje no continente tempo quente com céu limpo, vento em geral fraco do quadrante leste, sendo moderado a forte nas terras altas até ao meio da manhã e a partir do final da tarde, soprando moderado de noroeste no litoral oeste durante a tarde e rodando para o quadrante sul a partir do final da tarde na região Sul.

Está ainda prevista uma subida de temperatura, em especial nas regiões Norte e Centro.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 20 e 36 graus Celsius, no Porto entre 19 e 35, em Vila Real entre 17 e 33, em Viseu entre 18 e 31, em Bragança entre 14 e 32, na Guarda entre 16 e 31, em Coimbra entre 20 e 36, em Castelo Branco entre 19 e 35, em Santarém entre 18 e 40, em Leiria entre 15 e 37, em Portalegre entre 23 e 35, em Évora entre 17 e 38, em Beja entre 17 e 38 e em Faro entre 20 e 32.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Dez regiões do continente apresentam hoje risco ‘extremo’ de exposição à radiação ultravioleta, enquanto o resto do país está...

De acordo com o Instituto, em risco ‘extremo’ estão as regiões de Braga, Bragança, Coimbra, Évora, Guarda, Penhas Douradas, Portalegre, Porto, Vila Real e Viseu.

Para as regiões com risco ‘extremo’, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda que se evite o mais possível a exposição ao sol.

As regiões de Aveiro, Beja, Castelo Branco, Faro, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Funchal e Porto Santo (Madeira) e Ponta Delgada (ilha de São Miguel, Açores) estão com níveis ‘muito elevados’.

Angra do Heroísmo (Terceira) e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores) estão com níveis ‘elevados’ e Horta (Faial) está com risco ‘baixo’.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente tempo quente com céu limpo, vento em geral fraco do quadrante leste, sendo moderado a forte nas terras altas até ao meio da manhã e a partir do final da tarde, soprando moderado de noroeste no litoral oeste durante a tarde e rodando para o quadrante sul a partir do final da tarde na região Sul.

Está ainda prevista uma subida de temperatura, em especial nas regiões Norte e Centro.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha e vento fraco a moderado do quadrante norte.

Para os Açores, o IPMA prevê céu muito nublado, com abertas para o fim do dia, períodos de chuva, passando a aguaceiros e vento fraco a moderado.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 20 e 36 graus Celsius, no Porto entre 19 e 35, em Vila Real entre 17 e 33, em Viseu entre 18 e 31, em Bragança entre 14 e 32, na Guarda entre 16 e 31, em Coimbra entre 20 e 36, em Castelo Branco entre 19 e 35, em Santarém entre 18 e 40, em Leiria entre 15 e 37, em Portalegre entre 23 e 35, em Évora entre 17 e 38, em Beja entre 17 e 38 e em Faro entre 20 e 32.

Incêndios
A Ordem dos Médicos Veterinários pede que a ajuda às populações das localidades afetadas pelos incêndios da região centro se...

“Esta ajuda aos animais de criação tem que se manter até à próxima primavera, que é quando volta a haver novamente pasto para eles comerem. Aquelas pessoas não têm capacidade económica para comprar alimentos para dar todos os dias aos animais até à próxima primavera”, alertou o bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), Jorge Cid.

O bastonário recordou que para muitos dos habitantes a sobrevivência passa pelos animais de criação, e que se não houver continuidade nas ajudas “o problema começa a ser outro”: o de os animais passarem fome e o de as pessoas não terem como se sustentar.

No decurso dos grandes incêndios das localidades de Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos, a OMV abriu uma conta solidária para ajudar os animais afetados pela catástrofe, e que esteve aberta a donativos até ao último dia de junho.

Jorge Cid disse ainda não ter números concretos sobre as verbas angariadas, mas parte será usada para pagar contas agora que a OMV entra também ela “no rescaldo” do incêndio.

Muitas das ajudas recebidas chegaram em forma de donativo, mas algumas empresas só tiveram capacidade financeira para oferecer metade do valor do material disponibilizado, outras nem isso.

Tudo isso são contas que a Ordem terá agora para pagar, “o problema seguinte”, como o referiu Jorge Cid, que frisou que a prioridade foi sempre fazer chegar a ajuda onde ela precisava.

Num esforço conjunto dos médicos veterinários, com “resultados históricos” em termos de solidariedade, Jorge Cid diz que, elogiando a disponibilidade de laboratórios e empresas, disse que “não faltou praticamente nenhum tratamento a qualquer animal”, nem alimentação.

“Com aquele aparato todo da fuga os animais ficaram todos para trás e a seguir não havia resposta nenhuma no terreno para dar, nomeadamente tratar os animais queimados e feridos, reunir os que tinham fugido, enterrar os mortos e alimentar os que estavam vivos”, resumiu o bastonário.

Em situação de catástrofe
A Ordem dos Médicos Veterinários quer que a Proteção Civil passe a integrar veterinários no âmbito de um plano de contingência...

As reuniões com o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural e com o Ministério da Administração Interna já estão pedidas e a expectativa do bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), Jorge Cid, é a de que aconteçam entre esta semana e a próxima.

A proposta surge na sequência dos grandes incêndios da região centro do território continental, que queimaram milhares de hectares em Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e outras localidades vizinhas, e que mataram também milhares de animais, de companhia e de agropecuária.

A resposta da OMV foi imediata, mas voluntária e baseada na boa-vontade dos profissionais, e das empresas por este contactadas, que deram resposta no meio de um cenário de “catástrofe e de pânico”. Jorge Cid, que espera que não haja “uma próxima vez”, quer que, se houver, haja também um plano.

“Fomos confrontados com uma falta de um plano que desse resposta imediata a estas situações. Vamos propor à tutela, ao Ministério da Agricultura e ao da Administração Interna, para além de haver uma petição em que os médicos veterinários pedem para integrar a Proteção Civil, para criar um plano para poder resposta”, disse o bastonário dos veterinários.

Jorge Cid disse ainda perceber que para a Autoridade Nacional de Proteção Civil, “a prioridade são as pessoas” mas defendeu que “tem que haver um plano paralelo, que inclua não só veterinários mas também engenheiros zootécnicos e outros profissionais, que possam ocupar-se da parte animal”.

“A Proteção Civil, que está preparada para acorrer a situações de catástrofe a nível humano, na parte animal não estava, sobretudo nesta zona, de minifúndio”, em que foi preciso acorrer a pequenas propriedades muito espalhadas, com poucos animais em cada uma, o que só foi possível devido ao conhecimento que os veterinários locais – municipais e dos serviços de saneamento – tinham da região, dos proprietários, e dos próprios animais, legalmente obrigados a um registo.

A resposta governamental chegou três dias depois do início dos fogos, consequência da “pouca agilidade” de uma “máquina burocrática” que respondeu “demasiado tarde” para permitir salvar todos os animais que, ainda assim, os veterinários conseguiram salvar no terreno, onde estiveram praticamente desde o início.

“Sentimos que não havia nada preparado. Se a OMV não tem avançado de imediato, logo no domingo, esses animais teriam morrido todos”, disse o bastonário.

Jorge Cid afirmou que, mais do que o sustento de muitas pessoas daquelas localidades, estes animais são, para a maioria, “uma espécie de complemento de vida”, e a sua razão de viver, alertando as autoridades para a necessidade de olharem para estes casos “para além dos números” e das questões financeiras.

“Aquela gente olhava para os seus animais com um carinho diferente das de zonas de grande densidade animal. São os seus animais, as suas ovelhas, as suas cabras, eram a maneira de as pessoas se sentirem úteis, vivas e de terem uma razão para viver. Isso é que as pessoas têm que pensar e é para isso que temos alertado as autoridades”, disse.

O primeiro passo que a OMV pretende dar é o da criação de um grupo de trabalho que defina aquilo que venha a ser o plano de contingência animal, mas este terá necessariamente que prever, segundo Jorge Cid, a disponibilização imediata de ajuda para animais e a definição de zonas de resgate e acolhimento, onde estes possam permanecer em segurança até haver condições para regressarem a casa.

É preciso também que se pense o transporte de animais – não só de companhia, mas também os de exploração e, eventualmente, de grande porte, supondo que um parque ou zoológico possa ser atingido por uma catástrofe – e, igualmente importante para os veterinários, um plano de recuperação e salvamento da fauna selvagem.

“Uma das coisas que tentámos fazer no terreno foi, depois de contactar uma empresa que nos forneceu cereais, pôr junto às orlas queimadas cereais para a fauna selvagem poder sobreviver, uma vez que ficou com a alimentação muito reduzida”, referiu Jorge Cid sobre o caso do incêndio de Pedrógão Grande.

Nestes incêndios, e em “tempo recorde”, disse Jorge Cid, os veterinários conseguiram reunir, contactando laboratórios e empresas de alimentação, não só os medicamentos e material necessário para tratar os animais feridos, como a alimentação que precisavam no imediato.

Foram reunidos e imediatamente deslocados para a região, depois de as empresas garantirem o transporte, uma tonelada de alimentação composta para animais de companhia, 60 toneladas de feno e 40 toneladas de ração para animais de exploração.

Sem isto, teriam morrido muitos mais, disse o bastonário, que estima que cerca de 1.500 animais de exploração tenham morrido nos incêndios, num universo de cerca de 4.000.

Sobre o plano de contingência, Jorge Cid diz não ter estimativas de custos, mas garante que sai mais caro não o ter.

“Não vamos pensar que somos um país rico e que vamos ter um plano altamente sofisticado, mas também não podemos estar completamente desfalcados. No meio-termo estará a virtude. É evidente que custará dinheiro, mas pouparia muito dinheiro”, disse.

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