Direção-Geral da Agricultura
Os ovos identificados na Holanda com um pesticida tóxico não estão à venda em Portugal, segundo adiantou fonte da Direção-Geral...

Na passada quinta-feira, as autoridades holandesas advertiram de que, em alguns lotes de ovos, a quantidade do pesticida era superior aos limites e poderia representar um perigo para a saúde dos consumidores.

Trata-se do Fipronil que é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “moderadamente tóxico” para o homem. O uso deste pesticida é expressamente proibido em animais destinados ao consumo humano.

Questionado, este organismo do Ministério da Agricultura afirmou que a distribuição de “os ovos em causa, cujos lotes foram de imediato identificados, restringe-se aos seguintes países: Holanda, Bélgica, Alemanha, França, Itália, Polónia e Dinamarca.

Na segunda-feira, a União Europeia (UE) notificou as autoridades de segurança alimentar no Reino Unido, França, Suécia e Suíça sobre a eventual entrada naqueles territórios de lotes de ovos contaminados com um pesticida tóxico.

A Comissão Europeia decidiu avançar com esta medida preventiva depois da Holanda e da Alemanha terem notificado durante o fim de semana passado o Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais (RASFF) da UE.

Na sequência deste alerta, e como medida de precaução, várias cadeias de supermercados na Holanda, Alemanha e na Bélgica decidiram retirar das prateleiras certas remessas de ovos.

Segundo a Direção-Geral da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (DGAV), Portugal tem uma taxa de aprovisionamento de ovos de 140%.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores apresentam hoje um risco ‘muito elevado’ de...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todas as regiões de Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e Açores apresentam hoje um risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ (Ponta Delgada, ilha de São Miguel) de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado', o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

Quanto ao estado do tempo, o IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando temporariamente de sudoeste no sotavento algarvio durante a tarde, sendo moderado a forte com rajadas até 75 quilómetros por hora no litoral oeste, em especial durante a tarde.

Nas terras altas, prevê-se vento moderado a forte do quadrante norte com rajadas até 80 quilómetros por hora, em especial até ao meio da manhã e a partir do final da tarde.

A previsão aponta ainda para uma pequena descida de temperatura nas regiões do interior e no Algarve.

Na Madeira, céu geralmente pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade nas vertentes norte da ilha e no Porto Santo e vento moderado a forte de nordeste, com rajadas até 80 quilómetros por hora nos extremos leste e oeste.

Para os Açores a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos na madrugada e manhã e vento bonançoso a moderado, sendo fresco com rajadas da ordem dos 55 quilómetros por hora no grupo ocidental (ilhas Flores e Corvo).

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 16 e 26 graus celsius, no Porto entre 13 e 23, em Braga entre 12 e 26, em Viana do castelo entre 13 e 23, em Vila Real entre 12 e 26, em Viseu entre 11 e 26, em Bragança entre 10 e 26, na Guarda entre 10 e 23, em Aveiro entre 15 e 22, em Coimbra entre 12 e 25, em Castelo Branco entre 14 e 31, em Portalegre entre 13 e 29, em Leiria entre 14 e 23, em Santarém entre 15 e 29, em Évora entre 13 e 32, em Beja entre 13 e 32, em Setúbal 15 e 29 e em Faro entre 19 e 32.

No Funchal, as temperaturas vão variar entre 21 e 28, em Ponta Delgada e em Angra do Heroísmo entre 19 e 25 e em Santa Cruz das Flores entre 21 e 25.

Certificado CE
A Agência Espanhola do Medicamento requereu a retirada do mercado do método contracetivo “Essure”, por este não dispor...

A Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (AEMPS) foi informada pela empresa Bayer Hispania da suspensão temporária do certificado CE a este produto, emitido pelo Organismo Notificado Irlandês.

A suspensão do certificado tem efeitos desde o dia 03 de agosto e por um período de 90 dias, até 02 de novembro.

Muitos produtos só podem ser vendidos na União Europeia se ostentarem a marcação CE, que certifica que os mesmos foram avaliados e cumprem os requisitos da UE em matéria de segurança, saúde e proteção do ambiente.

Numa nota emitida na segunda-feira, a AEMPS explica que o "Essure" é um anticoncecional permanente e que atua de forma mecânica, provocando uma reação de corpo estranho que produz a oclusão da trompa.

Na mesma nota, a agência espanhola refere que por não ter atualmente o certificado CE em vigor, foi requerida a sua retirada do mercado.

Segundo a Agência Espanhola do Medicamento, os dados do estudo epidemiológico francês, de 19 de abril de 2017, que teve em conta os resultados de um estudo epidemiológico de mais de 100.000 mulheres, não questionam a relação benefício/ risco do "Essure" implante, e que, por isso, não é apropriado aconselhar a remoção do dispositivo.

A 22 de fevereiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil, suspendeu o contracetivo sistema "Essure", apontando como potenciais riscos associados ao dispositivo “alterações no sangramento menstrual, gravidez indesejada, dor crónica, perfuração e migração do dispositivo, alergia e sensibilidade ou reações do tipo imune”.

Estudo
As imagens que as pessoas publicam nas redes sociais podem indicar se estão tristes ou alegres e mesmo detetar uma depressão,...

Investigadores de duas universidades norte-americanas concluíram que o tipo de fotografias que as pessoas colocam na rede social Instagram podem indicar uma depressão e permitir, através de uma aplicação, a detetar a doença.

“Isto leva a um novo método para detetar precocemente uma depressão e outras doenças mentais emergentes”, disse Chris Danforth, professor da Universidade de Vermont, que liderou o estudo com Andrew Reece, da Universidade de Harvard. Os dois garantem que o algoritmo pode detetar mais rapidamente a depressão do que o diagnóstico clínico.

E indicam, segundo o trabalho hoje publicado no jornal EPJ Data Science, que a taxa de deteção de 70% dos computadores é mais fiável que o sucesso de 42% dos casos por parte dos médicos de medicina geral.

Para a investigação, os responsáveis pediram a ajuda de voluntários, que compartilharam o seu Instagram e o historial de saúde mental. Recolheram 43.950 fotografias de 166 pessoas, metade das quais disseram ter estado clinicamente deprimidas nos últimos três anos.

Analisando as fotografias, utilizando informação psicológica sobre a preferência das pessoas pelo brilho, cor e sombra, os investigadores concluíram que pessoas mais deprimidas tendiam a publicar fotografias em média mais melancólicas, mais escuras e com menos qualidade do que as publicadas por pessoas saudáveis.

E também descobriram que pessoas saudáveis usavam filtros que dão às fotografias um tom mais quente e brilhante. Nas pessoas deprimidas o filtro mais popular é o que faz as fotografias ficarem a preto e branco.

“Por outras palavras, as pessoas que sofrem de depressão têm mais tendência para escolher um filtro que literalmente tira a cor das imagens que querem partilhar”, disseram os investigadores.

Faces nas fotografias partilhadas também são um indicador. De acordo com o estudo as pessoas deprimidas são mais propensas a publicar fotografias com caras, mas por norma com menos caras do que as que publica o grupo considerado saudável. Entendem os responsáveis que menos rostos podem indicar que as pessoas deprimidas interagem menos.

O estudo incluiu a análise das fotografias por parte de voluntários, dizendo se pertenciam a pessoas deprimidas ou não, mas os resultados não foram tão eficazes como os do modelo estatístico testado pelo computador.

Os investigadores entendem que este tipo de aplicação tem o potencial de ajudar as pessoas no início da doença mental, evitando diagnósticos falsos, e apoiar uma deteção precoce, especialmente para os que não têm acesso a especialistas.

Estudo
Investigadores testaram em ratos e porcos uma nanotecnologia capaz de substituir órgãos com lesões, ao 'entregar'...

A nova tecnologia, desenvolvida por cientistas da universidade norte-americana de Ohio, pode ser usada para reparar ou regenerar tecidos, incluindo órgãos, vasos sanguíneos e células nervosas.

No estudo, cujos resultados foram publicados na revista científica Nature Nanotechnology, a equipa conseguiu reprogramar células da pele para se tornarem células do sistema vascular em patas de porco gravemente feridas e com falta de circulação sanguínea.

Ao fim de uma semana, apareceram na pata do animal vasos sanguíneos funcionais. Duas semanas depois, a pata ficou curada.

Numa outra experiência, a equipa reprogramou células da pele 'in vivo' em células nervosas, que foram injetadas no cérebro de ratos para ajudá-los a recuperar de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A tecnologia foi desenhada para 'entregar', através de um 'chip', novo material genético (ADN e ARN) a células adultas e convertê-las em outro tipo de células.

A nova informação genética é distribuída no organismo quando o 'chip', colocado momentaneamente sobre a pele, é 'ativado', em menos de um segundo, com uma pequena descarga elétrica.

A equipa científica tenciona testar a nanotecnologia em humanos em 2018.

Saúde Mental na Gravidez e Puerpério
Durante a gravidez e o período pós-parto a mulher passa por mudanças biológicas, psicológicas e soci

Para além de todas as alterações que este processo biológico envolve, estar à espera de um bébé, habitualmente, constitui um fator de stress para a grávida. “Para a mulher não é só o corpo que muda. Durante este período, muda também um conjuntos de representaçãoes que a mulher tem sobre si mesma, sobre o bebé e o seu parceiro”, começam por explicar o psiquiatra Diogo Telles Correia e a especialista em ginecologia e obstetrícia Maria do Céu Santo, ambos coordenadores do manual “Saúde Mental na Gravidez e Puerpério” publicado pela editora LIDEL.

Neste quadro de mudança, durante o perído pré e pós-parto, podem surgir algumas perturbações psquiátricas que requerem tratamento especializado.

Do conjunto de perturbações psiquiátricas registadas, as perturbações de ansiedade e a depressão são as mais frequentes, estimando-se que esta última possa atingir cerca de 30%  das mulheres no pós-parto.  “Durante a gravidez pode atingir 12 a 13%. No entanto, sabe-se que, em cerca de 65% dos casos, estas depressões não são diagnosticadas”, esclarece Diogo Telles Correia.

Entre as causas da pertubação depressiva major encontram-se a genética da própria grávida, ou seja, a propensão  hereditária para o desenvolvimento de  perturbações psiquiátricas, e as alterações hormonais a que está sujeita durante e após a gravidez.

“Existem alguns estudos que se debruçam sobre as consequências das perturbações depressivas e de ansiedade graves durante a gravidez. Alguns deles demonstram que pode haver influência no desenvolvimento e bem-estar do bebé. No pós-parto, é também referido que o processo de relação/vinculação do bebé com a mãe pode ser influenciado por estas situações”, revela Maria do Céu Santo justificando, deste modo, a necessidade quer de um diagnóstico precoce quer de tratamento especializado. “Quanto antes for diagnosticada menos consequências terá”, acrescenta.

A verdade é que, de acordo com alguns estudos, as crianças de mães com depressão pós-parto são descritas como mais ansiosas e menos felizes.

No entanto, importa referir que nem todos os estados de melancolia, que surgem nesta fase da vida, implicam a existência de pertubação psiquiátrica. “Por vezes, há sintomas ligeiros depressivos ou ansiosos no pós-parto que não constituem uma perturbação propriamente dita”, afirma o psiquiatra. 


Irritabilidade, choro frequente, falta de energia ou motivação, ansiedade e desinteresse sexual são alguns dos sintomas de depressão 

O chamado «Baby Blues» ou «Blues pós-parto”, que se caracteriza por um período de maior tristeza, ansiedade, irritabilidade, surge geralmente nas primeiras duas semanas do pós-parto e não dura mais de um mês. “Caso aumente a sua gravidade, quer em termos temporais quer em termos de intensidade dos sintomas, é fundamental o tratamento psiquiátrico especializado”, aconselham os especialistas.

Quanto a fatores de risco, os antecedentes pessoais (história passada de depressão) ou familiares (por exemplo, mãe com depressão pré e pós-parto) ou o suporte social estão entre os aspetos a ter em atenção. Sabe-se, por exemplo, que mães com um bom suporte familiar têm uma menor probabilidade de virem a desenvolver depressão.

“O tratamento da depressão durante a gravidez e pós-parto pode ser feito com recurso a psicoterapia (apoio psicológico) e/ou medicação. Nos casos mais importantes costuma ser necessário medicação”, explica Diogo Telles Correia acrescentando que o mesmo acontece em relação às perturbações de ansiedade.

No que diz respeito ao tratamento farmacológico, é importante reforçar que “há medicações muito eficazes e seguras para serem tomadas durante a gravidez e mesmo no período de aleitamento pós parto”. “Daí que eu costume dizer que as consequências de não tratar uma depressão, ou ansiedades graves, podem ser muito superiores àquelas que surgem nas mães tratadas com medicação psiquiátrica apropriada”, afirma o especialista em psiquiatria. 

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Cientistas identificaram mais de cem genes considerados imprescindíveis para que tratamentos contra o cancro baseados na...

Uma equipa do Instituto Nacional do Cancro dos Estados Unidos usou a técnica de edição genética CRISPR/Cas9 para desativar de maneira seletiva certos genes em células de melanoma maligno (cancro da pele).

A partir desta técnica, com a qual foram apagados os genes humanos capazes de codificar proteínas e avaliada a eficácia dos linfócitos T (células imunitárias), os investigadores identificaram mais de cem genes que podem jogar um papel fundamental no mecanismo que permite eliminar tumores através da imunoterapia.

"Existe um enorme interesse na imunoterapia contra o cancro, especialmente para doentes com metástases [novos tumores que se formaram a partir de um outro]. A resposta à imunoterapia pode ser fantástica, mas temos que compreender por que alguns doentes não respondem", refere, citado pela agência Efe, o coordenador da equipa de investigação, Nicholas Restifo.

Os efeitos da imunoterapia devem-se à ação dos linfócitos T, que podem reconhecer e matar tumores. Contudo, algumas células cancerígenas resistem a estas células imunitárias, pelo que os cientistas começaram a procurar genes que permitam ativar o mecanismo de destruição de tumores.

O grupo de trabalho do Instituto Nacional do Cancro analisou os componentes genéticos essenciais para que as células cancerígenas não desenvolvam resistência ao tratamento após uma primeira resposta positiva.

Segurança alimentar
A União Europeia notificou hoje as autoridades de segurança alimentar no Reino Unido, França, Suécia e Suíça sobre a eventual...

A Comissão Europeia decidiu avançar com esta medida preventiva depois da Holanda e da Alemanha terem notificado durante o fim de semana passado o Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais (RASFF) da União Europeia (UE).

Na semana passada, o organismo holandês responsável pela segurança alimentar e sanitária (NVWA) lançou um alerta alimentar por suspeita de contaminação de ovos com Fipronil, um pesticida utilizado para eliminar ácaros e insetos.

Em grandes quantidades, o Fipronil é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “moderadamente tóxico” para o homem. O uso deste pesticida é expressamente proibido em animais destinados ao consumo humano.

Na sequência deste alerta, e como medida de precaução, várias cadeias de supermercados na Holanda, Alemanha e na Bélgica decidiram retirar das prateleiras certas remessas de ovos.

Segundo a porta-voz da Comissão Europeia, Anna-Kaisa Itkonen, a decisão do executivo comunitário de notificar as autoridades britânicas, francesas, suecas e suíças teve como objetivo a partilha de informações sobre este caso, mas também potenciar os processos de verificação e de controlo nestes mercados em concreto.

Anna-Kaisa Itkonen frisou que a medida de hoje é meramente preventiva e não significa que lotes de ovos contaminados com Fipronil tenham entrado nestes países.

Entretanto, as autoridades holandesas e belgas estão a investigar a utilização fraudulenta do Fipronil e a tentar perceber como este pesticida terá entrado em contacto com os ovos.

Na Holanda, responsáveis por explorações avícolas poderão ter de abater milhões de galinhas contaminadas com o pesticida tóxico e cerca de 180 explorações foram já encerradas.

O governo de Haia prometeu entretanto um plano de ajuda de emergência, uma vez que o setor estima prejuízos na ordem “dos vários milhões de euros”.

Na Bélgica, as autoridades prometem “total transparência” na investigação deste caso. No território belga, 57 sociedades, que representam 86 explorações avícolas (um quarto das explorações belgas), são suspeitas de terem indícios da utilização de Fipronil.

As autoridades belgas já tinham avisado a 20 de julho os parceiros europeus, depois de ter detetado Fipronil numa remessa de ovos, e a Holanda fez o mesmo no dia 28.

No entanto, só na passada quinta-feira, 03 de agosto, é que as autoridades holandesas advertiram de que, em alguns lotes de ovos, a quantidade do pesticida era superior aos limites e poderia representar um perigo para a saúde dos consumidores.

Em França, o Ministério da Agricultura disse no sábado que o país não estava “preocupado” com o caso, mas existem registos que uma exploração avícola em Pas-de-Calais (norte) está encerrada preventivamente desde o passado dia 28 de julho.

Pedrógão Grande
O secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, disse hoje que está a ser feito um reforço da resposta nos cuidados...

Fernando Araújo sublinhou que está a ser feito um reforço na resposta nos concelhos mais afetados pelo incêndio, sendo que alguns dos profissionais de saúde já chegaram e a contratação de outros já foi aprovada.

De acordo com o membro do executivo, há reforço de médicos de família, enfermeiros, bem como fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e técnicos de serviços sociais.

Para o secretário de Estado, as equipas multidisciplinares que vão para a zona mais afetada têm de ficar na região "durante muito tempo", face aos problemas que poderão surgir nos próximos tempos.

"Temos uma população idosa com vários problemas de saúde, como diabetes, hipertensão, problemas respiratórios e cardíacos", cuja situação acabou por ser agravada com o incêndio, sendo que se tem de dar "uma resposta local a esses problemas para se evitar que [as pessoas] tenham de ir para grandes cidades para receber apoio", frisou.

Segundo o membro do Governo, o reforço é feito "à medida das necessidades".

"Quando esta mediatização passar, vamos continuar no terreno a identificar problemas e respostas para os mesmos", sublinhou, considerando que as equipas vão manter-se no local "durante o tempo necessário".

Para Fernando Araújo, a resposta na saúde mental "é o maior desafio".

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos e só foi dado como extinto uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.

Pedrógão Grande
O Governo vai nomear uma comissão de acompanhamento de saúde mental para garantir uma "visão integrada" na resposta...

A comissão de acompanhamento, liderada pelo presidente do Conselho Nacional de Saúde Mental, António Leuschner, vai ser nomeada na terça-feira e pretende garantir "uma visão integrada" da resposta nesta área da saúde para os familiares das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande, que causou pelo menos 64 mortos, anunciou hoje Fernando Araújo.

O membro do executivo sublinhou que há familiares de vítimas, "em vários pontos do país, a serem acompanhados por equipas diferentes", seja de hospitais ou de unidades de cuidados de saúde primários.

A comissão vai permitir avaliar e ter uma "noção clara" da resposta dada "a todos os familiares das vítimas em qualquer ponto do país", podendo ainda ser harmonizada essa resposta, "em termos de abordagem das várias equipas", explanou Fernando Araújo, que falava aos jornalistas após uma reunião na Câmara de Pedrógão Grande com autarcas dos concelhos afetados, familiares de vítimas e várias entidades de saúde locais.

Segundo o secretário de Estado, a comissão vai integrar psiquiatras, pedopsiquiatras, enfermeiros, psicólogos e técnicos de serviço social.

Fernando Araújo realçou que pretende que o incêndio de Pedrógão Grande sirva também para se "montar uma resposta a longo prazo e para o futuro", em caso de calamidades semelhantes.

O objetivo passa por aproveitar a experiência para delinear um plano estratégico a seguir em "catástrofes futuras", acrescentou.

De acordo com o membro do Governo, as reuniões de acompanhamento vão continuar, por forma a garantir "canais de ligação mais fáceis" com as autarquias e com os familiares das vítimas.

Secretário de Estado
O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, disse hoje, no Funchal, que o sistema nacional de saúde está &quot...

"Qualquer português que regresse da Venezuela, que tenha as suas origens na Madeira e que não encontre resposta no sistema de saúde regional (por exemplo, questões ligadas à hemodiálise e oncologia), o sistema de saúde nacional está totalmente de portas abertas para garantir tratamento e acompanhamento a estes cidadãos", afirmou.

José Luís Carneiro falava aos jornalistas antes da sessão de abertura do Fórum Madeira Global 2017, um encontro organizado pelo Governo Regional da Madeira, com o objetivo de reforçar a ligação entre as diversas comunidades madeirenses espalhadas pelo mundo, que decorre hoje no Funchal.

O governante explicou que a área "mais complexa" em termos de apoio aos emigrantes, na Madeira, é a da saúde, devido à sobrecarga no sistema regional, isto numa altura em que as autoridades estimaram que cerca de 4.000 cidadãos já regressaram à região, motivados pela instabilidade política, social e económica que se vive na Venezuela.

José Luís Carneiro realçou que, para além de garantir o tratamento de doentes ao nível nacional, o Governo está também a acionar linhas de apoio à aquisição de medicamentos, em articulação com as estruturas consular e associativa.

O secretário de Estado vincou, por outro lado, que foram tomadas outras medidas de auxílio aos emigrantes, entre as quais se conta o reforço dos meios consulares, para garantir um tratamento especial aos cidadãos indocumentados.

"Decidimos também criar um conjunto de 150 bolsas de estudo relacionadas com o ensino da língua portuguesa e com a formação e aquisição de competências em língua portuguesa", disse José Luís Carneiro.

O Governo da República vai, ainda, "ajustar" os termos jurídicos do programa habitacional PROHABITA, de modo a que os emigrantes tenham acesso a casas que o Instituto Nacional de Habitação dispõe na Madeira.

"Foi também decidido que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras procurará criar um posto avançado junto dos serviços consulares em Caracas, tendo em vista que aqueles que querem sair possam vir devidamente documentados e certificados", revelou José Luís Carneiro.

“Dê sangue. Fica-lhe bem.”
Numa parceria de seis anos, que já ultrapassou os 500 dadores inscritos, o MAR Shopping Matosinhos e o Instituto Português do...

Como tem sido habitual, no verão as dádivas de sangue tendem a registar uma quebra. Além das deslocações para férias, que pode implicar um maior número de acidentes, há também empresas e instituições fechadas, o que torna mais difícil ter pessoas concentradas nos seus locais de dádivas.

Para Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto “por norma o verão é uma altura especialmente sensível para as dádivas de sangue, com as férias a serem sinónimo de uma diminuição nas doações, enquanto as necessidades aumentam.” A responsável acrescenta ainda “não podemos esquecer que as doenças não tiram férias e, portanto, precisamos dos nossos dadores todos os dias.”

Recentemente o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), João Paulo Almeida e Sousa lembrou que apesar das colheitas estarem “estáveis” é indispensável continuar a missão de sensibilizar para a necessidade de colheitas regulares de sangue, em particular nesta altura do ano. Sublinhou, ainda, o papel importante dos jovens, que têm dado “uma boa resposta”, estando a ser cumpridas “as metas de 10% para abaixo dos 25 anos e 20% entre os 25 e os 34 anos.”

Até ao final do ano, o MAR Shopping Matosinhos e o IPST reeditam esta iniciativa solidária, tendo programada mais uma colheita, desta vez a 5 de dezembro, visando antecipar o período crítico do Natal.

Instituto Politécnico de Leiria
Um projeto para a prevenção e tratamento de lesões da cartilagem e degeneração articular, liderado pelo Instituto Politécnico...

O projeto envolve também investigadores do Centro Hospitalar de Leiria e dos institutos politécnicos de Coimbra e de Santarém.

Com "forte componente tecnológica", com engenharia aplicada à saúde, o projeto 2Bio4Cartilage envolve o Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto (CDRSP) do Instituto Politécnico de Leiria, os serviços de Ortopedia 1 e 2 e o Centro de Investigação do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) e os politécnicos de Coimbra e de Santarém, num total de 17 investigadores, que vão trabalhar para tratar e prevenir a osteoartrite, segundo uma nota de imprensa do CHL.

Com uma duração de um ano e meio e financiamento do programa comunitário Portugal 2020 na ordem dos 150 mil euros, o projeto arranca em setembro e inclui um programa de intervenção integrado "para prevenção e tratamento de lesões da cartilagem e uma abordagem multidisciplinar ao problema da degeneração articular".

De acordo com o comunicado, o projeto "é composto por um programa de exercício físico para redução da dor e aumento da independência funcional dos doentes e a otimização da engenharia de biomateriais e bioprocessos para próteses articulares mais adequadas".

Investigador do CDRSP, que lidera o projeto na área da engenharia, Pedro Morouço, citado na nota de imprensa, explicou que "as doenças relacionadas com a cartilagem estão na lista de principais preocupações da Organização Mundial de Saúde, assumindo-se a prevenção da degeneração da cartilagem articular como uma importante questão de saúde para a qual existem poucas soluções eficazes".

Para a degeneração articular contribuem fatores como o "envelhecimento, a obesidade, deficiências nutricionais e a inatividade física, problemas primários para a sociedade portuguesa e que estão diretamente associados a grande número de doenças reumáticas", acrescentou o investigador.

"É obrigatório ter perspetivas e abordagens de intervenção integrada multidisciplinares e é, por isso, que o 2Bio4cartilage envolve as dimensões de prevenção e tratamento. O facto de incidir não só no desenvolvimento de uma solução de tratamento, mas também na prevenção da doença, além da experiência e âmbito das entidades envolvidas, conferiu ao projeto um elevado nível de excelência, que lhe valeu uma classificação de 4.79, em 5", revelou Pedro Morouço.

O coordenador do Centro de Investigação do CHL, João Morais, adiantou que "são cinco os projetos em consórcio com o Politécnico de Leiria aprovados, estando ainda em apreciação projetos conjuntos com outras entidades, um passo importante para a afirmação do CHL como entidade não empresarial do sistema de I&D".

O 2Bio4Cartilage tem ainda como objetivo a sensibilização do público para o problema da degeneração articular.

A osteoartrite é uma condição crónica que afeta mais de 250 milhões de pessoas em todo o mundo e tem um impacto significativo nos cuidados de saúde e na sociedade.

Segundo o estudo Global Burden of Disease, da Organização Mundial da Saúde, a osteoartrite do joelho é a 11.ª principal causa de deficiência e mostra uma tendência crescente. Esta doença pode danificar qualquer articulação no corpo humano e é mais comum nas articulações da anca, joelhos, mãos e coluna vertebral, refere ainda a nota.

Todos os anos, mais de 50 milhões de pessoas recorrem ao médico por causa de dor nas articulações, metade delas com problemas ao nível da cartilagem articular.

Projeto PathoWatch.med
Uma investigadora do Porto está a criar um programa para monitorizar mensalmente as superfícies das unidades de saúde, de forma...

"Os pacientes, quando dão entrada no ambiente hospitalar, transportam consigo diversos agentes patogénicos", deixando a sua "pegada microbiana" impressa nas superfícies por onde passam, disse a investigadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) Manuela Oliveira, responsável pelo projeto PathoWatch.med.

Essas superfícies, frisou, constituem uma "importante rota de transmissão" entre os pacientes, o pessoal médico e o de enfermagem, bem como entre os equipamentos e os sistemas de ventilação.

Neste programa serão monitorizadas as maçanetas das portas, as cabeceiras de camas, os tabuleiros cirúrgicos, os carrinhos de apoio de consumíveis e de medicação e as cortinas de separação de camas, da Unidade de Cuidados Intensivos, do Serviço de Recobro, da Pneumologia, da Urologia e do Bloco de Cirurgia, onde a prevalência de infeção é maior.

Tendo por base os obtidos, serão elaborados relatórios com medidas preventivas para redução da contaminação microbiológica dessas superfícies.

Manuela Oliveira pretende ainda desenvolver uma plataforma interativa para a visualização dos resultados e das referidas medidas por parte dos hospitais, que podem, no final de um ano de monitorização, receber a "Bandeira Azul", que atesta a segurança da unidade hospitalar.

Em Portugal, anualmente, "cerca de 10,6% dos utentes internados adquire uma a infeção hospitalar", situação que acarreta um custo médio 35 mil euros por doente e leva a 12 mortes por dia, número "sete vezes superior ao de vítimas de acidentes de viação", acrescentou a investigadora.

Segundo a OMS, muitas das medidas de prevenção e controlo da infeção são "simples e de baixo custo", como a limpeza apropriada das mãos e a aplicação correta de precauções básicas durante os procedimentos invasivos.

"No entanto, tais medidas requerem a responsabilização do pessoal médico, de enfermagem e auxiliar, sendo necessário operar algumas mudanças comportamentais", declarou Manuela Oliveira.

Manuela Oliveira apontou a identificação e quantificação dos agentes microbianos que contribuem para o aparecimento das infeções hospitalares, a melhoria dos sistemas de vigilância a nível nacional e a educação e responsabilização do pessoal médico, de enfermagem e auxiliar, como algumas das principais soluções para minimizar o problema.

Com este projeto, concorreu à segunda edição do ASA - ANJE Startup Accelerator, sendo uma das dez finalistas que vai participar na iniciativa 'Born Global', que integra missões a Telavive (Israel), Silicon Valley (Estados Unidos) e Berlim (Alemanha).

O "PathoWatch.med" é ainda apoiado pelo RESOLVE, um programa de ignição do i3S que apoia ideias na área da saúde que auxilia a transferência de conhecimento científico e tecnológico de projetos inovadores na área da saúde, que estejam em estágio inicial.

Esta conquista vai permitir que a investigadora crie, durante o mês de agosto, uma empresa de prestação de serviços, coordenada por si, para implementar o projeto.

“Um Dia Pela Vida”
A iniciativa “Um Dia Pela Vida” decorreu em Ovar durante quase quatro meses. O objetivo foi “Homenagear os que venceram,...

A iniciativa “Um dia Pela Vida”, promovida pelo Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC-LPCC), arrancou formalmente a 8 de abril e terminou no dia 29 de julho com uma grande festa de encerramento. Durante quase quatro meses, 1019 voluntários mobilizaram perto de seis milhares de pessoas em mais de 112 atividades de sensibilização para a prevenção do cancro e de angariação de fundos, numa atmosfera de festa, com espetáculos, música, jogos e outras atividades. A comunidade de Ovar reuniu 69 equipas e conseguiu angariar 68.500 mil euros que serão aplicados no apoio a doentes oncológicos e na investigação do cancro.

Carlos Freire de Oliveira, no Encerramento do projeto “Um dia Pela Vida” em Ovar, considerou que “a comunidade ovarense se envolveu de forma verdadeiramente solidária”, constatando que os “objetivos foram francamente alcançados”.

O encerramento da iniciativa contou com uma grande festa de encerramento no dia 29 de julho que se prolongou durante a madrugada, com muita música e dança, espaços de convívio e entretenimento. Cerca de duas mil pessoas participaram em diversas atividades, como espetáculos, venda de artesanato e “comes e bebes”, com grande destaque para a “Volta dos Vencedores” e para a “Cerimónia das Luminárias", o ponto alto e mais simbólico da iniciativa.

Num percurso iluminado por milhares de luminárias colocadas dentro de sacos de papel, decorados com mensagens pessoais de quem as ofereceu ou com o nome das pessoas a quem são dedicadas, toda a comunidade foi convocada para uma caminhada simbólica ao longo de um percurso que significa não só os passos do doente oncológico após lhe ter sido diagnosticada a doença, como também o empenho de todos na luta contra o cancro.

“Um Dia Pela Vida” é uma iniciativa da Liga Portuguesa Contra o Cancro no âmbito de uma parceria com a American Cancer Society. Tem como principais objetivos mudar a atitude da comunidade face à doença, informar, sensibilizar e angariar fundos destinados às atividades de apoio ao doente oncológico e família, educação e prevenção do cancro.

Com “Um Dia Pela Vida”, a LPCC tem percorrido o país em iniciativas que juntam tanto quem quer celebrar a vida e voluntariamente se disponibiliza a desenvolver ações seja no local de trabalho, como junto dos amigos, nos grupos de que faz parte ou em sessões públicas; como quem quer recordar um familiar ou amigo que partiu ou  ainda estar presente e ajudar alguém que está neste preciso momento a combater a doença. Apela-se à natureza solidária das pessoas e através delas a um efetivo enraizamento na comunidade.

Em Portugal o “Um Dia Pela Vida” teve o seu início em Coruche em 2005 e, desde então, já teve lugar por todo o país, de Valença do Minho a Elvas, de Castelo Branco a Ílhavo. Pombal, Guarda e São Pedro do Sul, Marinha Grande foram os mais recentes concelhos da Região Centro que acolheram esta iniciativa.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Três distritos de Portugal continental e a costa sul da ilha da Madeira estão hoje sob ‘aviso amarelo’ devido ao tempo quente e...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o distrito de Faro e a costa sul da ilha da Madeira estão hoje sob ‘aviso amarelo’ devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima até às 21:00 de hoje.

O IPMA colocou também os distritos de Lisboa e Leiria sob ‘aviso amarelo’ devido à previsão de vento moderado a forte de norte/noroeste com rajadas da ordem dos 70 quilómetros por hora entre as 12:00 de hoje e as 21:00 de terça-feira.

Também a costa sul da ilha da Madeira está sob ‘aviso amarelo’ até ao final do dia de terça-feira devido ao vento forte com rajadas da ordem dos 80 quilómetros por hora no extremo leste.

O ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave, significa situação de risco para determinadas atividades dependentes das condições meteorológicas.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental e arquipélago da Madeira apresentam hoje um risco ‘muito elevado’ de exposição à...

Segundo o Instituto, também o arquipélago dos Açores apresenta hoje um risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV), com exceção de Santa Cruz das Flores, ilha das Flores, grupo ocidental, que está com níveis ‘moderados’.

Para as regiões com risco 'muito elevado', o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral a norte do Cabo Raso até final da manhã e vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando de sudoeste no sotavento algarvio durante a tarde, sendo moderado a forte com rajadas até 70 quilómetros por hora no litoral oeste, em especial durante a tarde.

Nas terras altas, prevê-se vento moderado a forte do quadrante norte com rajadas até 70 km/h, em especial a partir do meio da tarde.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do litoral Norte e Centro, pequena descida da temperatura mínima no interior Norte e Centro e descida da temperatura máxima, exceto no Algarve.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha, vento moderado a forte de nordeste, com rajadas até 80 quilómetros por hora nos extremos leste e oeste e nas terras altas.

Para os Açores prevê-se céu geralmente muito nublado, períodos de chuva, que poderá ser forte durante a madrugada e manhã e vento bonançoso a moderado.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 17 e 26 graus Celsius, no Porto entre 14 e 22, em Braga entre 14 e 26, em Viana do Castelo entre 14 e 23, em Vila Real entre 14 e 26, em Viseu entre 12 e 25, em Bragança entre 14 e 29, na Guarda entre 11 e 26, em Coimbra entre 15 e 25, em Aveiro entre 15 e 22, em Castelo Branco entre 16 e 33, em Portalegre entre 14 e 30, em Leiria entre 15 e 23, em Évora entre 15 e 34, em Beja entre 15 e 35, em Setúbal entre 16 e 29 e em Faro entre 21 e 34.

No Funchal as temperaturas vão variar entre 21 e 29 graus Celsius. Nos Açores, em Ponta Delgada (São Miguel) vão oscilar entre 19 e 25, em Angra do Heroísmo (Terceira) entre 19 e 24 e em Santa Cruz das Flores (Flores) entre 22 e 25.

Instituto Português do mar e da Atmosfera
Vários concelhos do sotavento algarvio e das regiões do interior Norte e Centro de Portugal continental estão hoje em risco ...

Segundo o Instituto Português do mar e da Atmosfera (IPMA), em risco 'máximo' de incêndio estão vários concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Coimbra, Vila Real e Bragança.

O IPMA colocou ainda vários concelhos dos 18 distritos de Portugal continental em risco ‘elevado’ e ‘muito elevado’.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre o "reduzido" e o "máximo".

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Às 06:30, a Autoridade Nacional de Proteção Civil dava conta de 11 incêndios, nenhum de grandes dimensões, um em curso, um em resolução e nove em fase de conclusão.

O IPMA prevê céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral a norte do Cabo Raso até final da manhã e vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando de sudoeste no sotavento algarvio durante a tarde, sendo moderado a forte com rajadas até 70 quilómetros por hora no litoral oeste, em especial durante a tarde.

Nas terras altas, prevê-se vento moderado a forte do quadrante norte com rajadas até 70 km/h, em especial a partir do meio da tarde.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do litoral Norte e Centro, pequena descida da temperatura mínima no interior Norte e Centro e descida da temperatura máxima, exceto no Algarve.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 17 e 26 graus Celsius, no Porto entre 14 e 22, em Braga entre 14 e 26, em Viana do Castelo entre 14 e 23, em Vila Real entre 14 e 26, em Viseu entre 12 e 25, em Bragança entre 14 e 29, na Guarda entre 11 e 26, em Coimbra entre 15 e 25, em Aveiro entre 15 e 22, em Castelo Branco entre 16 e 33, em Portalegre entre 14 e 30, em Leiria entre 15 e 23, em Évora entre 15 e 34, em Beja entre 15 e 35, em Setúbal entre 16 e 29 e em Faro entre 21 e 34.

Sobrevivente escreve sobre cancro
Quando a minha família descobriu que eu tinha cancro, percebeu, imediatamente, duas coisas – que o c

Descobrir que se tem cancro nunca é fácil. No meu caso, tive uma reação bastante pacífica quando recebi a notícia porque não percebi que “estava chocada”. Aliás, não percebi que estava doente. Tinha apenas 13 anos e não estava muito atenta na consulta (estávamos nas urgências do hospital de Leiria) - já era muito tarde, tinha fome, tinha sono, tinha mais no que pensar. Sei, com isto, que desiludo um bocadinho as pessoas quando me perguntam: “como reagiste quando soubeste que tinhas cancro?”. Simplesmente, não reagi. Não reagi porque não percebi patavina do que se estava a passar.

Fiquei internada no hospital de Leiria e, uns dias depois, já estava “efetiva” no hospital de Coimbra. As férias em Leiria (onde estive apenas a soro e a beijinhos) terminaram e a coisa tornou-se séria e oficial: Linfoma não-hodgkin era o diagnóstico.

Entrei ainda sem perceber qual seria o meu papel. O que me estaria destinado. Entrei sem acreditar que teria de ficar. O enfermeiro disse-me que aquela ali era a minha cama e que a minha mãe teria de ir embora. Naquela noite, ela não poderia ficar comigo. Por mais que o enfermeiro me sorrisse e me mostrasse “a casa”, para que eu não tivesse tanto medo, estava muito assustada. As paredes, as cores, os cheiros…eram tão distantes. Tão frios. E eu estavam tão longe da minha casa.  

Tive de ficar. Vi a minha mãe ir embora (disse-me adeus quase sem voz porque a trazia travada na garganta), sentei-me na minha cama e percebi que as coisas tinham mudado. Para sempre.

Depois, foi como se de um filme se tratasse. Depressa, inacreditável, irreal. Eu fui acompanhando a história, muitas vezes sem me aperceber que estava dentro dela. Mas não haveria grande coisa a fazer – aceitar era a única coisa opção sensata (isso e desligar o telefone de casa, que tocava insanamente). Aquela era nossa nova realidade e nós seríamos incríveis a encará-la. Disso, também tínhamos a certeza.

Ao aceitarmos que a nossa vida tinha mudado, cada elemento da minha família, começou a agir como sabia. A minha mãe, sempre tão resiliente e forte, as minhas irmãs, despachadas e divertidas, o meu pai, emocional e frágil. Cada um foi o que soube ser e fez o que pode fazer.

Tentámos, desde o início, que o cancro não fosse a nossa maior tragédia. Não poderia ser. Os meus pais não permitiriam que as nossas gargalhadas acabassem por ali e era preciso que a nossa vida não mudasse drasticamente. Continuei a frequentar a escola, continuei a falar pelos cotovelos, continuei a embirrar com as minhas irmãs, continuei a ser feliz, despenteada, desbocada e grata. As coisas mudaram sim, mas não necessariamente para pior.

A minha personalidade, apesar de já bastante vincada (e insuportável em algumas coisas) ainda estava a ser ajeitada, ajustada. Eu estava a crescer e o cancro era o meu educador principal. Cresci numa história de crescidos, cresci a brincar mas a saber falar de morte, cresci com sonhos mas sem fazer planos, cresci otimista mas a ter noção da efemeridade da vida. Cresci com pressa de tempo, a correr atrás do tempo.

Cresci e fiquei bem. Entrei em remissão da doença e os meus pais respiraram de alívio. Correção – e os meus pais, voltaram a respirar. Mas o pós-cancro, que se esperava ser mais fácil do que o vivenciar da doença, foi, aliás, o mais difícil de tudo. Em apenas um ano tinha acontecido tanta coisa que, ao percebermos que o pior já tinha passado, todos os medos, todas as dúvidas, todos os traumas, todas as perdas vivenciadas nessa fase, vieram ao de cima.

A médica disse que “já estava tudo bem” e foi aí que me permiti sofrer. Sei que esse sofrimento veio com um “atraso” mas ainda não tinha tido tempo para sentir. Ainda não tinha tempo para encaixar tantas transformações, tantas mudanças. E a adolescência batia-me à porta. A terrível adolescência que, vivida com um cancro à mistura, é mais difícil de compreender do que letra de médico.

O tempo passou. Continuei a procurar entender-me, fiz as pazes com o meu passado e afastei-me do mundo do cancro porque queria era viver. Mas em 2013, percebi que afinal não estava assim tão bem resolvida. Que ainda havia um trabalho a fazer. Que talvez tivesse um contributo a dar, ou não tivesse nada para dar, mas sim para aprender. Criei então o projeto Cancro com Humor onde, com a ajuda do humor, da descontração, da simplicidade, pus-me a falar de dor e de amor, com a mesma facilidade. Era preciso falar de cancro de outra maneira. Era preciso que deixássemos de tremer. Com a ajuda da escrita, da comunicação, comecei a contar a minha história e a partilhar a história dos outros, com a cabeça levantada e a gargalhada na voz. Era preciso rir disto. Era preciso falar sem medo mas sem nunca deixar de chorar. Era preciso exteriorizar. Lancei um livro, uma associação, uma banda desenhada, uma peça de teatro, lancei-me ao mundo. Comecei a dar palestras pelo país, a aceitar falar e escrever sobre cancro e onde a desmistificação era a palavra de ordem. Amei durante o Cancro com Humor. Fui cuidadora. Perdi para o cancro, também. Caí e levantei-me, vezes sem conta.

E em 2016 decidi escrever o segundo livro. Saiu agora. É um livro de autor, feito com uma maturidade e vulnerabilidade que ainda não tinha existido. Esta é uma Marine que olha para o cancro desde os 13 anos de idade mas que o vê fora de si. Nunca dentro. Não é dela, não o quer. Mas é preciso saber que ele está ali ainda para tanta gente e que é urgente saber que é possível ser feliz no caos.

Marine Antunes é autora dos livros Cancro com Humor e Cancro com Humor 2 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Organização Mundial da Saúde
A Arábia Saudita, envolvida militarmente na guerra no Iémen, prometeu disponibilizar 28,6 milhões de euros à Organização...

Um porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, Gregory Hartl, confirmou à agência noticiosa France Press “a assinatura de um acordo” nesse sentido e recordou que a organização está pronta a receber “todas as ofertas de Estados-membros destinadas a aliviar os sofrimentos do povo iemenita”.

A epidemia de cólera que atinge o Iémen já provocou cerca de 2.000 mortos. O comité internacional da Cruz Vermelha sublinhou em julho que a propagação é “consequência direta do conflito” que assola o país – que se agravou desde o início da intervenção militar da “coligação árabe” liderada pelos sauditas.

Na quinta-feira passada, o Governo saudita indicou em comunicado que a sua contribuição para a OMS de 33,7 milhões de dólares (28,6 milhões de euros) se integra “no compromisso” do reino para conter a propagação da cólera no Iémen, país onde intervém militarmente desde março de 2015.

Riade acrescentou que assinou um protocolo de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a infância (Unicef) no valor de 33 milhões de dólares (28 milhões de euros) para um projeto destinado a apoiar o setor da água e do saneamento básico, para “travar os vetores” de propagação da epidemia.

As ajudas financeiras, que envolvem acordos com a OMS e Unicef, foram anunciadas em junho pelo príncipe herdeiro saudita, Mohammed ben Salmane.

Na semana passada, o soberano do Dubai, Mohamed ben Rached al-Maktum, tinha anunciado uma contribuição de 10 milhões de dólares (8,4 milhões de euros) à OMS para combater a cólera no Iémen.

Desde 27 de abril, e segundo os últimos dados disponíveis, a OMS recenseou 436.000 casos suspeitos de cólera e 1.915 mortes.

O agravamento em março de 2015 na sequência da intervenção de uma coligação árabe, liderada pela Arábia Saudita, em apoio ao Presidente Abd Rabbo Mansour Hadi e com o objetivo de contrariar o avanço dos combatentes Huthi.

Aliados do ex-Presidente Ali Abdallah Saleh, os Huthi assumiram o controlo de vastas regiões do país, incluindo a capital Sanaa.

A ONU tem sugerido sistematicamente uma trégua para permitir a distribuição de ajuda humanitária, mas as mediações da organização e, pelo menos, sete declarações de cessar-fogo não tiveram sucesso até ao momento.

Páginas