Estudo
A solidão e o isolamento social podem tornar-se num perigo para a saúde pública maior do que a obesidade, revela uma...

“Estar ligado a outros socialmente é amplamente considerado uma necessidade humana fundamental, crucial para o bem-estar e sobrevivência. Exemplos extremos mostram que crianças institucionalizadas que não têm contacto humano não se desenvolvem e muitas vezes morrem”, apontou Julianne Holt-Lunstad, professora de psicologia da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos.

De acordo com a investigadora, prova disso está no facto de o isolamento social e o confinamento social serem usados como forma de punição.

Para ilustrar o impacto do isolamento social e da solidão no risco de morte prematura, a psicóloga apresentou dados de duas análises. A primeira envolveu 148 estudos, nos quais participaram mais de 300 mil pessoas e revelou que uma maior relação social está associada a uma redução em 50% no risco de morte prematura.

Por outro lado, a segunda análise, que envolveu 70 estudos e mais de 3,4 milhões de pessoas, não só norte-americanos, mas também europeus, asiáticos e australianos, avaliou o papel que o isolamento social, a solidão ou o viver sozinho podem ter na mortalidade.

Os investigadores descobriram que estes três fatores têm igual efeito no risco de morte prematura e que um deles tinha igual ou superior efeito ao de outros fatores de risco, como a obesidade.

“Há uma forte evidência de que o isolamento social e a solidão aumentam o risco da mortalidade prematura, e a magnitude do risco ultrapassa a de muitos indicadores de saúde”, apontou Holt-Lunstad.

A investigadora alertou que com o aumento da idade média da população, o efeito na saúde pública “só deverá aumentar”.

“De facto, a realidade em muitos países sugere que estamos perante uma epidemia de solidão. O desafio que agora se coloca é o de que é que podemos fazer contra isso”, acrescentou.

A investigadora recomendou que seja dada maior prioridade, tanto em pesquisas como em recursos, para enfrentar esta ameaça à saúde pública a nível individual.

Nesse sentido, sugeriu um maior enfoque no treino das capacidades sociais das crianças nas escolas e que os médicos incluam as conexões sociais no momento da triagem médica.

Por outro lado, alertou que todas as pessoas se devem preparar para uma aposentação social, mas também financeira, já que muitos dos laços sociais estão relacionados com o local de trabalho.

Proteção Civil
As regiões do Algarve, do Norte e do Centro estão desde hoje, e por um período de 72 horas, em risco muito elevado a máximo de...

Analisada a situação meteorológica definida pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que prevê tempo quente e seco e uma intensificação do vento nas próximas 72 horas, a ANPC determinou que “os índices de risco de incêndio irão manter-se nas classes de ‘muito elevado’ a “máximo” nas regiões do Algarve e nas regiões do Norte e Centro, com exceção do litoral”.

Em função da previsão meteorológica de tempo quente e seco e vento moderado existem “condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios florestais”, refere o comunicado.

As temperaturas máximas deverão variar entre os 36-40.ºC, nos distritos de Castelo Branco, Portalegre, Évora, Beja e Faro, e entre os 30-35.ºC, nos distritos de Bragança, Braga, Vila Real, Viseu, Guarda, Coimbra, Santarém e Lisboa.

Entre sábado e segunda-feira, segundo o IPMA, o vento soprará moderado (até 30 km/h) de quadrante Norte/Noroeste, moderado a forte (até 45 km/h) no litoral oeste e nas terras altas, por vezes com rajadas até 65 km/h, em especial durante a tarde.

Os valores de humidade relativa serão de 20-30% nas regiões do interior do Continente, numa faixa que pode estender-se até ao litoral na região Sul, com recuperação noturna na generalidade do território (mais de 75%), exceto no distrito de Faro (35-65%), durante a noite de sexta-feira para sábado.

Administração Regional de Saúde
A região Centro possui 1,72 milhões de pessoas com médico de família, cerca de 98% do total de utentes inscritos nas unidades...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) sustenta que o aumento do número de utentes com médico de família decorre do investimento realizado "na área dos recursos humanos durante 2016 e 2017" que se refletiu, igualmente, no total de consultas realizadas, que também aumentou.

"Com um total de 983 médicos de Medicina Geral e Familiar, as unidades de saúde têm vindo a realizar mais consultas: perto de seis milhões em 2016, o que representou um crescimento de 03% relativamente ao ano anterior", adianta.

Na nota, o presidente da ARSC, José Tereso, afirma que no Serviço Nacional de Saúde os cuidados de saúde primários "são, por definição, o suporte de proximidade do cidadão" e, deste modo, "justificam a atenção permanente da administração, com um investimento a nível de recursos humanos, da requalificação de instalações e reorganização".

"A ARSC, no seguimento e implementação das medidas constantes do programa do Governo para a Saúde, prosseguirá focada na melhoria contínua dos cuidados de saúde primários na região Centro no sentido de garantir serviços eficazes, que apoiem o cidadão e zelem pela sua própria saúde", sublinha José Tereso.

Ao nível das infraestruturas, a ARSC diz estar a prosseguir em 2017 "em estreita colaboração com as câmaras municipais da região" com a realização de obras de construção, remodelação e ampliação de instalações na área dos cuidados de saúde primários, num investimento superior a 4,6 milhões de euros.

Adianta, por outro lado, que existem "vários projetos" em execução com finalização agendada para os próximos dois anos, "ascendendo a mais de 10 milhões de euros" de investimento.

Em 2016, lembra a administração regional, a entrada em funcionamento de três novos centros de saúde e quatro unidades de saúde configuraram um "significativo reforço na acessibilidade dos utentes a melhores cuidados de saúde primários na região Centro, num investimento superior a cinco milhões de euros".

Ainda de acordo com a ARSC, em 2017 iniciaram a atividade três novas unidades de saúde familiar (USF), "o que elevou para cerca de 700 mil o número de utentes inscritos em USF na região", estando prevista, até final do ano, a abertura de outras cinco.

Já as Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) - instaladas nos centros de saúde, servindo o município onde se inserem e desenvolvendo "uma atividade em proximidade com a comunidade no âmbito da prevenção da doença e da educação para a saúde" - são atualmente 56 e asseguram "a cobertura de mais de 1,5 milhões de habitantes, cerca de 88% da população da região Centro".

Até final de 2017, deverão entrar em funcionamento mais três UCC, acrescenta a ARSC.

Cancro
O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau disse hoje que o governo vai celebrar em breve um acordo com uma...

“Em breve iremos celebrar um acordo com uma fundação de doenças oncológicas em Portugal e, através desse acordo, podemos importar os conhecimentos dos mais avançados do ramo da oncologia para Macau e ter um intercâmbio, e também a contar com especialistas de renome que poderão vir prestar um serviço de apoio, não só para os cidadãos, como para formação”, disse Alexis Tam.

Segundo o canal português da TDM, que citou a Secretaria dos Assuntos Sociais e Cultura, o acordo vai ser assinado com a Fundação Champalimaud este ano. A informação não foi ainda confirmada.

A Fundação Champalimaud é uma instituição empenhada na formação pós-graduação em Medicina. Em 2012, o então secretário de Estado adjunto e da Saúde português Fernando Leal da Costa afirmou que já havia utentes do IPO em tratamento na Fundação Champalimaud e que "as coisas” estavam “a ser tratadas" para que esta instituição receba utentes do Serviço Nacional de Saúde.

Também em 2012, a fundação anunciou o lançamento de uma plataforma conjunta com o Mount Sinai Hospital, de Nova Iorque, para fazer investigação em cancro e a criação de uma escola para formação de profissionais em radioterapia de dose única.

Alexis Tam respondia na Assembleia Legislativa a uma interpelação do deputado Mak Soi Kun, na qual mencionava o cancro do pulmão como o tipo com “maior taxa de prevalência e mortalidade”.

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau disse que “a taxa relativa de sobrevivência do cancro do pulmão de cinco anos é bastante alta, nos 28%, perdendo apenas para a Inglaterra e Japão, mas superando outros países como EUA, Singapura, entre outros”.

Além disso, acrescentou que “os resultados terapêuticos obtidos são idênticos aos dos países desenvolvidos”, considerando que isso “reflete que o nível tecnológico de tratamento do cancro do pulmão já atingiu o nível internacional”.

Tam disse ainda que o hospital público de Macau conta atualmente com “oito pneumologistas e seis oncologistas oriundos de Macau, Portugal, interior da China e Taiwan”, o que considerou ser um “número suficiente para satisfazer as necessidades”.

Além destes especialistas, “há quatro médicos internos de pneumologia e cinco médicos internos de oncologia, sendo ainda reforçada a formação de acordo com as necessidades futuras”, acrescentou.

“A nível profissional, todos os pneumologistas têm recebido formação na área de diagnóstico do cancro do pulmão, e todos os oncologistas têm estudado e recebido formação no exterior através da participação regular em várias conferências científicas internacionais, havendo uma atualização dos conhecimentos para melhoria da qualidade dos tratamentos”, disse.

Estudo
Uma nova classe de medicamentos que detetam o "calcanhar de Aquiles" das células cancerígenas, pode melhorar...

Uma nova classe de medicamentos que detetam o “calcanhar de Aquiles” das células cancerígenas, podem ajudar no tratamento de combate ao cancro da mama, é a conclusão de um novo estudo publicado na Science Translational Medicine.

A equipa de investigadores do Instituto de Investigação Médica Walter and Eliza Hall encaram o avanço como uma mudança de paradigma, que pode melhorar significativamente os resultados para algumas formas mais agressivas de cancro da mama. Este novo composto (S63845), combinado com o ‘tratamento padrão’, bloqueia a proteína Mcl-1, que mantém vivas as células cancerígenas, escreve o Observador. Segundo James Whittle, co-autor do estudo, o bloqueio da proteína é crucial, pois esta “permite às células cancerígenas resistir à quimioterapia e a outros tratamentos anti-cancro”.

Verificou-se que o uso deste novo composto é mais eficaz nos cancros da mama ditos “triplo negativos” e HER2 positivo. Esta é a primeira vez que o composto S63845, desenvolvido pela empresa farmacêutica Servier, mostrou ser eficaz no tratamento do cancro de mama. Os resultados vão permitir que siga para investigação em ensaios clínicos.

A combinação do inibidor S63845 com terapias padrão foi muito mais eficaz do que qualquer tratamento. Estes podem ser tumores incrivelmente agressivos. Ver uma resposta à terapia combinada neste tipo de tumor é muito emocionante “, afirmou James Whittle.

O novo desenvolvimento foi possível graças ao apoio do Victorian Cancer Biobank e às amostras doadas por doentes com cancro da mama, que permitiram gerar um largo número de modelos em laboratório, que imitavam a forma como os tumores se comportavam e respondiam à terapia no paciente.

Os resultados são particularmente importantes para o “triplo negativo” porque, ao contrário de outros tipo de cancro da mama, este não viu melhorias substanciais no tratamento ou nos resultados dos pacientes nas últimas três décadas.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
O fim de semana vai ser marcado por céu pouco nublado ou limpo e temperaturas acima dos 35 graus Celsius nas regiões do...

De acordo com a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os próximos dias e até ao início da próxima semana vai predominar o céu pouco nublado ou limpo, prevendo-se apenas alguma nebulosidade nas regiões do norte e centro até meio da manhã.

“No que diz respeito às temperaturas, estamos a prever uma pequena descida da máxima no sábado, uma ligeira subida domingo e nova descida na segunda-feira, mas a partir de terça-feira vamos ter uma subida gradual dos valores das temperaturas”, disse.

As temperaturas mínimas, indicou Madalena Rodrigues, hoje e sábados ainda vão rondar os 20 graus Celsius, mas a depois a tendência é para descerem.

A meteorologista do IPMA lembrou que o IPMA emitiu ‘amarelo’ por causa de tempo quente para os distritos de Setúbal, Faro, Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco e Guarda até domingo.

“O aviso de Setúbal vai terminar durante o dia de hoje, Guarda e Faro no sábado e os restantes só terminam domingo. Até quarta-feira não se prevê a emissão de novos avisos de tempo quente, mas a partir de quarta sim em alguns distritos da região sul”, disse.

Quanto às temperaturas máximas, vão variar no fim de semana em alguns distritos do interior e Algarve entre os 30 e 38 graus.

“De destacar também que o vento vai intensificar no sul e nas terras altas moderado a forte, prevendo-se mesmo no sábado rajadas da ordem dos 70 quilómetros por hora.

Estudo
Investigadores do Porto comprovaram que um dos contaminantes presentes em alimentos ricos em gordura pode levar os indivíduos a...

O contaminante em causa, designado DDE, deriva do pesticida DDT, utilizado para matar o mosquito da malária, cujo uso foi proibido na Europa e nos Estados Unidos entre os anos 70 e os anos 80, segundo um comunicado do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) do Porto, instituição responsável pelo estudo.

Apesar de já não serem utilizados, esses poluentes - conhecidos por poluentes orgânicos persistentes (POPs) -, persistem no solo e na água, contaminando os alimentos que são hoje produzidos e consumidos e afetando, sobretudo, os alimentos ricos em gordura, como as carnes vermelhas, os laticínios e os peixes gordos".

Depois de ingeridos, têm uma ação similar a algumas das hormonas que o corpo humano produz naturalmente, alterando o equilíbrio hormonal e criando um maior risco de desenvolvimento de obesidade e de outros problemas de saúde, como diabetes, hipertensão, entre outros", lê-se no comunicado.

Esta investigação, realizada com animais, é o segundo estudo de um projeto que tem vindo a ser desenvolvido pelo CINTESIS desde 2010, em colaboração outros parceiros da área da ciência, com o objetivo de avaliar o risco para a saúde humana associado à exposição a contaminantes que persistem no ambiente.

Para saber quais os contaminantes que estão presentes nos humanos, a equipa realizou um primeiro estudo, entre 2010 e 2011, com amostras de tecido adiposo e sangue de indivíduos obesos que foram sujeitos a cirurgia bariátrica no Hospital de São João, do Porto.

Nessa amostra humana, foi possível "confirmar a presença dos contaminantes, mesmo daqueles cujo uso foi já há algumas décadas proibido em Portugal, como é o caso do inseticida DDT", bem como "diversos problemas metabólicos", explicou à Lusa o investigador do CINTESIS Diogo Pestana.

Esses dados, segundo indicou, levaram a concluir que existe uma associação entre a desregulação metabólica e a presença de poluentes no tecido adiposo (gordura), no entanto, só foi possível comprovar a relação no estudo com modelo animal, no qual participou a Universidade de Cambridge, do Reino Unido.

Os resultados do segundo estudo revelaram que os ratos submetidos à ingestão de contaminantes apresentaram maiores índices de hipertensão, diabetes, inflamação e dislipidemia, quando comparados com os ratos não sujeitos à ingestão de DDE.

Apesar de ser um resultado mais evidente nos ratos sujeitos a uma dieta obesogénica (que induz à obesidade), este padrão de agravamento observou-se também nos ratos que fizeram uma alimentação normal.

A líder da equipa de investigação em nutrição do CINTESIS, Conceição Calhau, defende que é necessário haver maior regulação política e literacia sobre nutrição, visto que, atualmente, não é possível definir recomendações precisas sobre padrões de consumo ideais, tendo em conta níveis de contaminação, devido à escassez de dados.

Os poluentes orgânicos persistentes "não são significativamente eliminados do nosso organismo, acumulando-se ao longo dos anos", referiu, acrescentando que estes "provêm de uma grande diversidade de fontes, o que faz com que estejamos constantemente expostos à sua ação, por via oral, inalada e transdérmica [através da pele]".

‘Aviso amarelo’
A Direção-Geral da Saúde recomenda a população que tome medidas de proteção contra o calor, face à previsão de temperaturas...

Em comunicado disponível hoje na página da Internet, a Direção-Geral da Saúde (DGS) alerta para o calor previsto para os próximos dias pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O IPMA colocou sob ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave de uma escala de quatro, os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Setúbal, Évora, Beja e Faro devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima até ao fim de semana.

O ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave, significa situação de risco para determinadas atividades dependentes das condições meteorológicas.

Assim, por causa do tempo quente, a DGS recomenda à população que adote várias medidas para se proteger do calor, principalmente as crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de atividade física e pessoas isoladas.

Como medidas de prevenção dos efeitos do calor, a DGS recomenda o aumento da ingestão de água ou sumos de fruta natural, sem açúcar, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, bem como “procurar ambientes frescos e arejados ou climatizados”.

Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas, utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovar a sua aplicação de duas em duas horas e após os banhos na praia ou piscina, são outras medidas recomendadas.

A DGS aconselha igualmente a população a usar “roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo”, chapéu de abas largas, óculos de sol e a evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente, desportivas e de lazer ao ar livre.

Para quem tem de viajar de carro, a DGS recomenda para o fazer nas horas de menor calor.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental e a ilha da Madeira apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todas as regiões do continente e a ilha da Madeira estão em risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

A ilha do Porto Santo está com risco ‘elevado’, a Horta, na ilha do Faial, Açores, está em risco ‘moderado’ e Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, e Santa Cruz das Flores, ilha das Flores, estão com níveis ‘baixos’.

Para as regiões com risco 'muito elevado', o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se muito nublado no litoral a norte do cabo Raso até meio da manhã, nebulosidade que poderá persistir em alguns locais da faixa costeira e possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral a norte do cabo Raso até ao início da manhã.

Está previsto também vento fraco a moderado predominando de noroeste, sendo temporariamente de sudoeste no sotavento algarvio durante a tarde, tornando-se moderado a partir da tarde, e por vezes forte com rajadas até 60 quilómetros por hora no litoral a sul do cabo Carvoeiro e nas terras altas do Centro e Sul.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do litoral Norte e Centro e pequena subida de temperatura nas regiões do interior e no Algarve.

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, apresentando-se geralmente pouco nublado nas vertentes sueste da ilha, períodos de chuva fraca ou chuvisco, mais prováveis na ilha de Porto Santo, nas vertentes norte e zonas montanhosas e até meio da manhã.

Está também previsto vento moderado do quadrante norte, soprando moderado a forte e por vezes com rajadas até 60/70 quilómetros por hora nas zonas montanhosas e nos extremos leste e oeste da ilha da Madeira.

Nos Açores prevê-se céu geralmente muito nublado, períodos de chuva e aguaceiros e vento bonançoso a moderado.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 20 e 32 graus Celsius, no Porto entre 18 e 26, em Braga entre 16 e 31, em Viana do Castelo entre 17 e 26, em Vila Real entre 16 e 32, em Viseu entre 16 e 33, em Bragança entre 17 e 35, em Aveiro entre 20 e 25, em Coimbra entre 17 e 32, na Guarda entre 16 e 31, em Leiria entre 18 e 27, em Santarém entre 19 e 35, em Castelo Branco entre 20 e 39, em Portalegre entre 21 e 37, em Évora entre 19 e 39, em Beja entre 19 e 40, em Setúbal entre 20 e 35 e em Faro entre 24 e 36.

No Funchal as temperaturas vão variar entre 22 e 28, em Ponta Delgada entre 22 e 27, em Angra do Heroísmo entre 21 e 25 e em santa Cruz das Flores entre 19 e 25.

Dar mais resposta aos utentes
O Centro Hospitalar de Setúbal anunciou que está a preparar um plano de remodelação das suas instalações, que inclui a...

"De acordo com os estudos efetuados e sustentados numa rigorosa análise de custo-oportunidade foi aprovada pela tutela a construção de um novo edifício, para dar resposta aos utentes da área de influência desta instituição, já que a estrutura atual está obsoleta e sem margem para crescimento", refere o centro hospitalar em comunicado.

O centro hospitalar salienta que esta obra é encarada como uma oportunidade para posterior "relocalização de outras áreas assistenciais com otimização funcional dos edifícios existentes, já que comporta também um piso de estacionamento e dois pisos para afetação a outros serviços".

A par deste investimento estrutural prevê-se ainda a substituição e inovação de diverso equipamento médico, a remodelação da rede de ar condicionado, a remodelação da Unidade de Cuidados Especiais Neonatais e a centralização das técnicas de cardiologia.

O investimento em instalações e equipamentos representa um valor de 11 milhões de euros, a investir em dois anos, uma parte das quais cofinanciada por entidades externas (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Lisboa e Vale do Tejo - CCDRLVT).

"Para além deste investimento, o Centro Hospitalar de Setúbal continua a apostar no reforço do quadro de pessoal de forma a garantir uma resposta cada vez mais ajustada às necessidades da população", acrescenta.

Segurança alimentar
Os supermercados na Holanda e na Alemanha estão a retirar das prateleiras milhões de ovos suspeitos de estarem contaminados com...

Albert Heijn, a rede de supermercados mais importante da Holanda, “parou a comercialização de 14 tipos de ovos, seguindo as indicações” do organismo holandês responsável pela segurança alimentar e sanitária (NVWA), referiu, em declarações à agência noticiosa francesa France Presse (AFP), a porta-voz da cadeia de distribuição, Els van Dijk.

“Todos estes ovos serão devolvidos e destruídos”, prosseguiu a porta-voz, indicando que este caso é uma "situação inédita" na história da rede de supermercados holandesa.

De acordo com a AFP, várias redes de supermercados alemães, como as cadeias de distribuição Lidl ou Rewe, também deixaram de comercializar os ovos oriundos de várias explorações avícolas holandesas.

Segundo o sindicato holandês de criadores de aves, os prejuízos deste caso já somam “os vários milhões de euros”.

O NVWA lançou ontem um alerta alimentar por suspeita de contaminação de ovos com Fipronil, um pesticida utilizado para eliminar ácaros e insetos que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera tóxico para o uso humano.

O organismo holandês responsável pela segurança alimentar, que abriu entretanto uma investigação sobre o caso, afirmou que esperava terminar hoje todos os trabalhos de controlo em cerca de 180 explorações avícolas na Holanda que supostamente terão utilizado Fipronil.

Com base nestes trabalhos de controlo, o organismo ordenou o encerramento das primeiras explorações no passado dia 22 de julho.

A imprensa holandesa está a relatar que o NVWA deu informações contraditórias sobre este caso.

Num primeiro momento, o organismo disse que os níveis de pesticida utilizados não representavam um risco para a saúde pública, mas depois lançou um alerta sobre uma série específica de ovos, recomendou a sua retirada do mercado e aconselhou que estes produtos não deviam ser consumidos até novo aviso.

A par de serem comercializados na Holanda, o organismo confirmou que os produtos em questão eram exportados para a Alemanha.

Em Bruxelas, a União Europeia (UE) afirmou estar a acompanhar o caso e disse que a situação estava “sob controlo”.

“Estamos a acompanhar de perto os desenvolvimentos. As explorações foram identificadas e os ovos contaminados foram localizados e retirados do mercado, a situação está sob controlo”, declarou a porta-voz da Comissão Europeia, Anna-Kaisa Itkonen, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário.

Este caso também está a ter repercussões na Bélgica, onde a Agência Federal de Segurança Alimentar (AFSA) foi informada em junho passado sobre a existência de ovos contaminados com Fipronil.

A AFSA decidiu abrir uma investigação “em colaboração com o Ministério Público”, mas garantiu que nenhum ovo contaminado foi comercializado naquele país.

Medicina
Organizações internacionais, formadas por especialistas em genética, manifestaram-se hoje contra a edição de genes em óvulos e...

A posição consta numa declaração subscrita por 11 organizações da América do Norte (Estados Unidos e Canadá), da Ásia, de África e da Europa (em particular do Reino Unido).

A declaração é divulgada na revista especializada The American Journal of Human Genetics, um dia depois de uma outra publicação científica, a Nature, ter revelado os resultados de uma experiência com embriões humanos realizada por uma equipa internacional de investigadores, que corrigiu, pela primeira vez, uma mutação do gene responsável por uma doença cardíaca hereditária, a miocardiopatia hipertrófica, recorrendo ao sistema de edição genética CRISPR-Cas9.

"Embora a edição do genoma [informação genética] da linha germinal [células que dão origem a células reprodutoras ou as próprias células reprodutoras] possa, teoricamente, ser usada para evitar que uma criança nasça com uma doença genética, o seu potencial uso levanta uma infinidade de questões científicas, éticas e políticas. Estas questões não podem ser respondidas só por cientistas, necessitam de ser debatidas pela sociedade", defende Derek Scholes, diretor para a Política Científica da Sociedade Americana de Genética Humana, uma das organizações que assinam a declaração.

As associações subscritoras consideram inapropriada a edição de genes da linha germinal que "culmine na gravidez humana", mas entendem que "não há motivos para proibir" a investigação clínica, e o financiamento público, da edição genética de embriões e células reprodutoras (óvulos e espermatozoides) 'in vitro' (fora do organismo), desde que feita com "supervisão e consentimento apropriados".

As organizações concordam que, antes de qualquer aplicação clínica futura da edição do genoma da linha germinal, deve haver "uma base de evidências que apoie o uso clínico" e uma "justificação ética".

Fumadores
A legislação que equipara os cigarros sem combustão e eletrónicos aos cigarros tradicionais e reforça a proibição de fumar em...

A nova legislação passa a abranger no conceito de fumar “os novos produtos do tabaco sem combustão que produzam aerossóis, vapores, gases ou partículas inaláveis” e reforça “as medidas a aplicar a estes novos produtos em matéria de exposição ao fumo ambiental, publicidade e promoção”.

Além dos locais onde já é proibido fumar, a legislação vem proibir que se fume "nos locais destinados a menores de 18 anos, nomeadamente infantários, creches e outros estabelecimentos de assistência infantil, lares de infância e juventude, centros de ocupação de tempos livres, colónias e campos de férias, parques infantis, e demais estabelecimentos similares".

A lei altera 17 artigos da atual legislação e junta dois novos que estabelecem que os serviços de saúde ocupacional devem promover nos locais de trabalho ações e programas de prevenção e controlo tabágico e apoiar trabalhadores que queiram deixar de fumar, bem como que os medicamentos para deixar de fumar devem ser progressivamente comparticipados.

O decreto-lei determina que, sempre que possível, devem ser definidos “espaços para fumar no exterior que garantam a devida proteção dos elementos climatéricos, bem como da imagem dos profissionais que os utilizam”.

Estabelece também a proibição de qualquer discriminação dos fumadores no âmbito das relações laborais, designadamente no que se refere à seleção e admissão, à cessação da relação laboral, ao salário ou a outros direitos e regalias”.

Relativamente ao fabricante e importadores, a lei refere que “sempre que sejam feitas menções de que um novo produto do tabaco é potencialmente menos nocivo do que outros, ou apresenta um risco reduzido para a saúde do consumidor”, estes devem apresentar “fundamentação científica” que o comprove.

Devem comprovar que o novo produto “reduz o risco de doenças relacionadas com o tabaco”, “não aumenta a atratividade, a toxicidade e o potencial de criação de dependência, bem como as propriedades cancerígenas, mutagénicas ou tóxicas para a reprodução, em comparação com os produtos do tabaco já existentes no mercado”.

Segundo a lei, a introdução de novos produtos do tabaco fica sujeita à autorização da Direção-Geral das Atividades Económicas, após parecer da Direção-Geral da Saúde.

A legislação foi Promulgado pelo Presidente da República no passado dia 14 de julho e aprovada a 01 de junho no Parlamento, com os votos favoráveis do PSD, PS e PAN, depois de um trabalho na especialidade, na comissão de Saúde, que alterou o diploma vindo do Ministério da Saúde.

Esta é a segunda alteração à lei do tabaco de 2007, que aprova normas para a proteção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco e medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo.

Estudo
Um estudo envolvendo instituições do Porto indica que 45% das crianças portuguesas com seis anos apresentam cáries dentárias, o...

"É necessário que as crianças até aos seis anos sejam observadas anualmente pelo dentista e que seja criado um modelo de cheque-dentista que permita realizar todos os tratamentos necessários nos dentes decíduos [temporários]", disse o investigador Paulo Melo, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), entidade envolvida no estudo.

Embora este número seja inferior ao registado 2006, altura em que rondava os 49%, existem ainda "grandes necessidades de tratamento", visto que uma percentagem de crianças desta idade e abaixo possuem cárie precoce de infância, "a forma mais grave de manifestação da cárie dentária", que se traduz pela destruição total dos dentes.

O estudo mostra também que 47% das crianças com 12 anos têm cáries dentárias, enquanto nos jovens com 18 anos esse número suba para 67,6%.

Esses valores são igualmente inferiores aos registados em 2006, no "II Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais", em que 56% das crianças com 12 anos e 72% dos jovens com 15 apresentavam a doença.

No estudo agora apresentado participaram 3.710 crianças e jovens com 6, 12 e 18 anos, de Portugal Continental e das regiões autónomas, que foram examinados pelos dentistas envolvidos no projeto e responderam a um questionário para obtenção de dados sociodemográficos e de hábitos de higiene oral e alimentares.

Esta investigação, desenvolvida no âmbito do "III Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais", tinha objetivo avaliar a prevalência e as necessidades de tratamentos dentários nas crianças e nos adolescentes portugueses, com o intuito de se delinearem programas estratégicos promotores da saúde oral junto destas populações.

Os especialistas constataram que o número médio de dentes atingido por cárie no grupo de jovens com 12 anos "é baixa" (1,18 dentes por criança), tendo sido já ultrapassado o objetivo para 2020 definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a prevalência da doença nesta idade, em que prevê que esse número esteja abaixo do 1,5.

Quanto aos adolescentes com 18 anos, o seu padrão de saúde oral revela níveis moderados de cárie, abaixo das expectativas dos investigadores.

Para o investigador, estes resultados mostram que a percentagem de crianças com cárie dentária tem vindo a diminuir de "forma muito expressiva", atingindo "níveis muito satisfatórios", particularmente nos indivíduos que têm beneficiado das atividades desenvolvidas no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO).

O PNPSO engloba o programa cheque-dentista, aplicado a crianças e a adolescentes a partir de 2009, bem como medidas para promoção da saúde oral e prevenção das doenças orais nas escolas, que incluem a alimentação saudável e a escovagem e um projeto conjunto com as bibliotecas escolares, denominado SOBE (Saúde Oral Bibliotecas Escolares).

"A importância do programa cheque-dentista fica evidente ao constatar que quase dois terços dos dentes com cárie se encontram tratados, contrariamente ao que se verificava nos estudos nacionais de 2000 e 2006, realizados nas crianças e jovens de 6, 12 e 15 anos, e publicados pela Direção-Geral da Saúde (DGS)", referiu Paulo Melo.

O estudo, designado "Caries prevalence and treatment needs in young people in Portugal: the third national study", é também assinado pelos investigadores Rui Calado, Paulo Nogueira e Cristina Sousa Ferreira, da Direção Geral da Saúde, e foi publicado na revista "Community Dental Helth".

Sociedade Portuguesa de Pneumologia
Em pleno período de férias, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, através da Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do...

“Em época de verão, de viagens mais longas rumo às férias e de regresso de tantos emigrantes ao nosso país, consideramos fundamental recordar a importância de um sono reparador antes de viajar”, afirma a Dr.ª Susana Sousa, representante da Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

A campanha Não Conduza de Olhos Fechados visa alertar para os sinais de sonolência ao volante e reforçar o ensino de medidas de boa higiene do sono para uma viagem sem percalços. A Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono considera que, “tão importante como alertar para o perigo da condução sob efeito do álcool, de não cumprir as velocidades recomendadas ou de usar o telemóvel durante a condução, é chamar a atenção para o perigo da sonolência ao volante”.

Um estudo recente, que contou com a participação de 12.783 mil europeus, em 19 países, dos quais 1093 residiam em Portugal, concluiu que 23% dos participantes já tinham adormecido ao volante pelo menos uma vez nos últimos dois anos e 8% referiram ter tido um risco de acidente de viação como consequência de terem adormecido. Este estudo revelou ainda que 20% dos acidentes de viação estão relacionados com sonolência ao volante; que os homens têm quase o dobro do risco de adormecer ao volante do que as mulheres e que os indivíduos que conduzem maiores distâncias apresentaram maior risco de adormecer ao volante. Esse risco é três vezes superior nos indivíduos com alta probabilidade de apneia obstrutiva do sono.

Entre as diferentes causas que podem ser responsáveis pela sonolência ao volante, a Dr.ª Susana Sousa aponta, em primeiro lugar, os fatores comportamentais. “A privação do sono, ou seja, dormir menos que 7-9 horas, o trabalho excessivo por períodos prolongados, o trabalho por turnos e sem recuperação do sono nos períodos de descanso são causas frequentes de sonolência”, descreve. Segundo a pneumologista, “todos distúrbios do sono não tratados podem afetar a capacidade de alerta durante o dia e consequentemente, influenciar a capacidade para a condução”.

Os principais sinais de sonolência são:

- Bocejos frequentes
- Dificuldade de concentração
- Dificuldade em focar e manter os olhos abertos
- Sensação de sonhar acordado
- Reagir com mais lentidão
- Pensamentos desconexos
- Dificuldade em memorizar acontecimentos imediatamente anteriores

As medidas recomendadas para a prevenção da sonolência são:

- Dormir 7-9h de sono regularmente
- Não conduzir em caso de sonolência
- Reconhecer os sinais de sonolência ao volante*
- Parar o carro e dormir uma sesta 15-20 minutos em caso de se sentir com sono enquanto conduz
- Planear a viagem, programar o trabalho prévio à condução e considerar partilhar a tarefa de condução, em viagens longas.

Esta campanha pretende divulgar a mensagem, sobretudo, através das redes sociais. A parceria com as diversas entidades pretende potenciar a divulgação da mensagem e a partilha da mesma na população em geral. “Sendo uma temática que não se esgota, haverá espaço para outras iniciativas e outras formas de passar a palavra. Em suma, o mais importante é #naoconduzadeolhosfechados”, alertam as Dras Susana Sousa e Fátima Teixeira, pela Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono.

Pedrógão Grande
A Linha Nacional de Emergência Social vai disponibilizar novas funcionalidades para apoiar e encaminhar as populações afetadas...

O Governo adianta, em comunicado, que a linha, que funciona 24 horas por dias, através do número 144, “funcionará como ponto central de apoio e de encaminhamento” a estas populações.

Através das novas funcionalidades do serviço “será possível às populações afetadas pelos incêndios obter acompanhamento social, subsídios eventuais, encaminhamento para resposta social, prestações sociais ou apoios sociais específicos”, adianta.

As populações poderão ainda obter através deste serviço apoio psicológico e encaminhamento para cuidados de saúde, adianta o comunicado conjunto dos ministérios do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde e da Justiça.

Nesta linha é ainda possível encaminhar os interessados para procedimentos de registos relativos ao óbito, heranças e partilhas, renovação de documentos perdidos, certidões ou segunda via do documento único automóvel, e obtenção de informação sobre o cancelamento de veículos ardidos.

O Governo adianta que “estas medidas procuram dar continuidade às ações imediatamente tomadas pelos diferentes ministérios, para apoiar as populações afetadas pelos incêndios”.

O Governo relata ainda no comunicado o apoio prestado às populações no âmbito dos três ministérios.

“A partir da identificação dos veículos ardidos feita pelas autoridades competentes”, o ministério da Justiça desenvolveu “um mecanismo especial” para simplificar os atos relativos a veículos ardidos (automóveis, tratores ou maquinaria agrícola).

Este mecanismo dispensa procedimentos e taxas e possibilita o cancelamento oficioso de matrículas e registos destes veículos, sem necessidade de um pedido dos interessados e quaisquer deslocações às Conservatórias ou ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

“O envolvimento da Autoridade Tributária vem evitar que os titulares falecidos ou os familiares recebam notificações para liquidação do Imposto Único de Circulação”, explica o comunicado.

Através dos serviços de Segurança Social são atribuídos subsídios de caráter eventual, de concessão única ou de manutenção, de apoio às pessoas que se encontrem em situação de carência ou perda de rendimento e que necessitem de proceder a despesas necessárias à sua subsistência ou à aquisição de bens imediatos e inadiáveis.

A nível do Ministério da Saúde está a ser prestado apoio psicológico nos três concelhos mais afetados.

As equipas de Saúde Pública estão a realizar um estudo que visa avaliar os efeitos na saúde da população exposta ao incêndio de Pedrógão.

Nos centros de saúde de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, os recursos humanos têm sido ajustados à procura.

Quanto aos doentes internados, o comunicado informa que cinco estão no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, dois no Hospital de Santa Maria, um no Hospital de S. João e outro no Hospital de La Fé, em Valência.

Hoje terá alta hospitalar a doente internada no Centro Hospitalar de Leiria com transferência programada para a Unidade de Cuidados Continuados de Figueiró dos Vinhos.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.

Programa Abem
O antigo secretário de Estado da Saúde José Martins Nunes vai presidir ao comité de “fundraising” (angariação de recursos) do...

O Programa Abem, rede solidária do medicamento, é o primeiro programa dinamizado pela Associação Dignitude, que tem sede em Coimbra e que pretende dar resposta aos problemas de acesso ao medicamento motivados pelo atual contexto socioeconómico.

Esta associação e o programa Abem ambicionam atingir 25 mil beneficiários até ao final do próximo ano e 50 mil até ao final de 2019.

"A adesão do professor Martins Nunes a este projeto enche-nos de orgulho e de esperança na realização do sonho de garantir a todos os portugueses o acesso integral aos medicamentos de que precisam, sendo nosso objetivo abranger 5.000 beneficiários até ao final do ano e 25.000 até ao final de 2018", disse Maria João Toscano, diretora executiva da Associação Dignitude.

Neste momento, o programa está a apoiar cerca de 2.500 pessoas carenciadas, referenciadas por 21 entidades, tendo garantido a aquisição de mais de 29 mil medicamentos.

Em declarações à agência Lusa, José Martins Nunes disse que "é um privilégio poder contribuir para o desenvolvimento de um projeto nacional assente na solidariedade para com os mais necessitados e na responsabilidade social da sociedade civil".

"Trata-se também de uma enorme responsabilidade por poder ajudar na implementação de um programa que tem como fundadores, entre outros, o antigo presidente da República Ramalho Eanes e os ex-ministros António Arnaut e Maria de Belém Roseira", sublinhou.

A criação da Associação Dignitude, em novembro de 2015, foi promovida pela Associação Nacional de Farmácias, Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, Cáritas e Plataforma Saúde em Diálogo e resulta de várias parcerias instituídas com entidades a nível local, autarquias, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e outras instituições da área social.

Além de Ramalho Eanes, António Arnaut e Maria de Belém Roseira, são embaixadores da associação os farmacêuticos Odette Ferreira, Francisco Carvalho Guerra, João Gonçalves da Silveira e João Cordeiro.

O advogado António Arnaut, um dos mentores do projeto, salientou que a Dignitude "nasceu da preocupação de muitas instituições e cidadãos, por verificarem que muitos doentes não tinham condições económicas para adquirir os medicamentos".

"Algumas associações e municípios procuram ajudar os doentes da sua área de influência, mas não havia nenhuma organização nacional que enfrentasse este problema social e tentasse uma solução global", frisou à Lusa o antigo ministro dos Assuntos Sociais, que criou o Serviço Nacional de Saúde.

"Foi neste espírito que nasceu a Dignitude, iniciativa de instituições ligadas ao fabrico e comércio de medicamentos e de cidadãos de várias sensibilidades preocupados com o facto de muitas pessoas sofrerem o dilema de escolher entre os alimentos e os medicamentos", acrescentou.

Os beneficiários do programa Abem têm acesso a medicamentos sem qualquer discriminação em relação à generalidade dos cidadãos, na mesma rede de farmácias, com a mesma qualidade, segurança e confidencialidade, garante a associação.

Todas as doações são integralmente aplicadas na aquisição de medicamentos para os cidadãos necessitados que são beneficiários e os custos logísticos e administrativos são suportados na totalidade pela Associação Nacional das Farmácias (ANF) e pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), fundadores da Associação, juntamente com a Cáritas Portuguesa e a Plataforma Saúde em Diálogo.

José Martins Nunes, médico, foi secretário de Estado da Saúde do XII Governo Constitucional e representante da Presidência do Conselho de Ministros na Comissão para Instalação do Observatório Europeu da Droga em 1994 e 1995. Foi, entre 2011 e 2017, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), cargo que acumulou com a direção clínica. Foi diretor do Serviço de Anestesiologia e coordenador do bloco operatório central dos Hospitais da Universidade de Coimbra até ser nomeado para presidente do CHUC.

É membro externo do Conselho Geral da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, curador da Fundação “A Comunidade Contra a Sida” e chefe de serviço de Anestesiologia do CHUC.

Estudo
Eletricidade, água, dióxido de carbono e micróbios: esta é a nova receita para combater a fome mundial. Criada por...

O projeto Food From Electricity recebeu recentemente uma nova contribuição que pode vir a revolucionar a forma como encaramos a produção de alimentos. Isto porque uma equipa de investigadores finlandeses conseguiu produzir proteína a partir de eletricidade. O estudo resultou da parceria entre a Universidade de Tecnologia de Lapeenranta (LUT) e o Centro de Investigação Técnica VTT da Finlândia, escreve o Observador.

A proteína pode ser produzida em qualquer lugar onde exista energia renovável como, por exemplo, a energia solar. Esta fase inicial de investigação pode marcar o caminho para uma futura solução de alimentar populações de países pobres. A mesma técnica poderá vir a aplicar-se na indústria de produção animal.

Na prática, todas as matérias-primas estão disponíveis no ar. No futuro, a tecnologia pode ser transportada, por exemplo, para desertos e outras áreas que são fortemente afetadas pela fome. Uma alternativa possível é utilizar um reator doméstico que permita ao consumidor produzir a proteína necessária”, explicou Juha-Pekka Pitkänen, investigador do VTT.

Para que o processo ocorra é necessário água, eletricidade, dióxido de carbono e micróbios. Depois de expor estas matérias-primas à eletrólise – técnica de decomposição por meio de corrente elétrica – num biorreator, forma-se um pó que consiste em mais de 50% de proteína e 25% de hidratos de carbono.

Para além disso, em comparação à agricultura tradicional, “o método não exige uma temperatura certa, humidade, controlo de pragas ou um tipo específico de solo”, como refere Jero Ahola da LUT.

Estudo DEVOTE
Estudo DEVOTE permitiu concluir que uma insulina de nova geração ajuda a reduzir o risco cardiovascu

Um novo estudo internacional, publicado pela revista New England Journal of Medicine e apresentado, recentemente, no congresso da Associação Americana de Diabetes vem concluir que existe uma insulina de nova geração, a insulina degludec, pode ser uma boa opção de tratamento para os doentes com diabetes tipo 2, trazendo benefícios no risco de hipoglicemias (grande redução de níveis de glicose no sangue) graves e noturnas, sem aumento do risco cardiovascular.

A diabetes tipo 2 é uma doença associada a um estilo de vida pouco saudável relacionado com más escolhas alimentares, pouco saudáveis e variadas, bem como a uma atividade física pouco ou nada frequente.

Os doentes com este tipo de diabetes desenvolvem frequentemente complicações cardiovasculares e, consequência de algumas terapêuticas efetuadas, as hipoglicemias podem ser um problema impactante sobre a qualidade de vida. O risco cardiovascular nas pessoas com diabetes tipo 2 chega mesmo a duplicar, comparativamente a uma pessoa sem aquela doença.

As investigações têm sido desenvolvidas no sentido de se encontrarem mais e melhores opções que venham dar resposta aos atuais desafios da doença, razão pela qual também foi desenvolvido o estudo DEVOTE.

O estudo, que contou com a participação de mais de 7 mil doentes com uma média de idades de 65 anos, de mais de 20 países, concluiu que a nova opção terapêutica, insulina degludec, reduziu o risco de hipoglicemias graves em 27% bem como em 53% as hipoglicemias noturnas graves destes doentes. Também se comprovou que pode ser um tratamento seguro tendo em conta que não está associada a aumento dos eventos cardiovasculares, nomeadamente morte por causa cardiovascular, enfarte do miocárdio não-fatal e Acidente Vascular Cerebral (AVC) não fatal.

Estas potenciais complicações da doença podem ter um grande impacto social na vida do doente e seus familiares, mas também acarretam custos económicos de tratamento, hospitalização e impacto na vida profissional.

Esta insulina providencia duração de ação para além das 42 horas com um efeito estabilização sobre os níveis de glicose (sendo que as insulinas atualmente comercializadas, são de menor duração de ação). A insulina degludec permite uma maior flexibilidade na dosagem, no caso de o doente não conseguir tomar a insulina sempre à mesma hora, e reduz o risco de hipoglicemias graves em pessoas com diabetes tipo 2, sem que aumente o risco de eventos cardiovasculares.

Este estudo vem trazer uma boa novidade aos médicos e doentes com diabetes tipo 2, pois permite uma opção de tratamento eficaz e seguro para os casos em que este tratamento pode ser aplicado.

A diabetes tipo 2 tem registado um grande aumento em Portugal e no mundo, devido às alterações dos estilos de vida das pessoas no dia de hoje. O Observatório Nacional da Diabetes contabiliza 1,3 milhões de pessoas com diabetes em Portugal, entre os 20 e 79 anos de idade. Este número tem vindo a aumentar nos últimos anos, particularmente à custa do aumento de casos de diabetes tipo 2, colocando o nosso país acima da média europeia. Por estes motivos, esta é considerada uma das doenças pandémicas do século XXI e que necessita de uma reflexão séria, não só ao nível da prevenção mas, também, ao nível das opções de tratamento para estes doentes.

Professor José Silva Nunes
Médico endocrinologista do Centro Hospitalar de Lisboa Central

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Seis distritos de Portugal continental estão hoje sob ‘aviso amarelo’ devido à persistência de valores elevados da temperatura...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos de Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora, Beja e Faro vão estar sob ‘aviso amarelo’ devido ao tempo quente até às 15:00 de sábado.

Também o arquipélago da Madeira está entre as 09:00 de hoje e as 21:00 de sexta-feira sob ‘aviso amarelo’ devido ao tempo quente.

O ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave, significa situação de risco para determinadas atividades dependentes das condições meteorológicas.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se muito nublado no litoral oeste até meio da manhã, podendo essa nebulosidade persistir em alguns locais da faixa costeira a norte do Cabo Raso e possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral Norte até ao início da manhã.

A previsão aponta também para vento fraco a moderado predominando de noroeste com rajadas até 55 quilómetros por hora no litoral a sul do Cabo Carvoeiro, sendo moderado a forte nas terras altas com rajadas da ordem dos 70 quilómetros por horas, em especial nas regiões Centro e Sul.

Está também prevista neblina ou nevoeiro matinal, em especial no litoral Norte e Centro, subida da temperatura mínima, em especial na região Norte e pequena subida da temperatura máxima na região Sul.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha e vento fraco a moderado predominando de nordeste, soprando moderado a forte nas terras altas.

Para os Açores prevê-se céu geralmente muito nublado, períodos de chuva e vento bonançoso a moderado com rajadas até 55 quilómetros por hora.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 19 e 30 graus Celsius, no Porto entre 17 e 24, em Braga entre 16 e 27, em Viana do Castelo entre 16 e 23, em Vila Real entre 14 e 29, em Viseu entre 13 e 30, em Bragança entre 15 e 33, na Guarda 14 e 29, em Coimbra entre 16 e 30, em Aveiro entre 19 e 25, em Castelo Branco entre 17 e 36, em Portalegre entre 17 e 35, em Santarém entre 18 e 32, em Setúbal entre 18 e 33, em Leiria entre 17 e 27, em Évora entre 16 e 36, em Beja entre 14 e 36 e Faro entre 21 e 35.

No Funchal as temperaturas vão oscilar entre 20 e 26 graus Celsius, em Ponta Delgada entre 22 e 26, em Angra do Heroísmo entre 21 e 26 e em Santa Cruz das Flores entre 18 e 27.

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