Curso de Medicina
O bastonário da Ordem dos Médicos defendeu hoje a adequação do 'numerus clausus' para medicina “às capacidades...

Miguel Guimarães pronunciou-se, desta forma, sobre o final do concurso de acesso a uma especialidade médica, o qual deixou de fora 347 médicos que não conseguiram ter acesso a uma especialidade por falta de vaga.

Segundo nota da Ordem dos Médicos, este organismo “apresentou o maior mapa de capacidades formativas de sempre (1.761 capacidades formativas)”.

O bastonário considera que “a criação de um grupo de médicos sem especialidade é prejudicial para os médicos e suas famílias, que veem defraudadas as suas expectativas, para o Estado português, que investe milhões de euros na sua formação sem a devida continuidade, e para o sistema de saúde, que pode ser afetado pela diminuição da qualidade da Medicina com prejuízo para os doentes”.

A Ordem dos Médicos manifesta-se “profundamente preocupada com esta situação e já o manifestou de forma reiterada aos ministros da saúde e da educação”, lê-se na nota.

Miguel Guimarães considera mesmo que “não é possível, com o capital humano e as condições de trabalho atuais, manter a qualidade da formação dos nossos jovens especialistas, uma das melhores a nível internacional, e simultaneamente conseguir vagas para todos os candidatos”.

“É imperioso que se corrijam as deficiências existentes atualmente no Serviço Nacional de Saúde (SNS), quer em capital humano quer em estruturas físicas, equipamentos, materiais e dispositivos, e simultaneamente se melhorem as condições de trabalho”, adianta Miguel Guimarães.

Para o bastonário, “a contratação dos médicos em falta no SNS permitiria aumentar de forma significativa as idoneidades e capacidades formativas e consequentemente o número de vagas”.

“Atualmente, o SNS tem uma relação de menos de dois especialistas para um interno, o que demonstra de forma objetiva a completa saturação do sistema em termos de formação”.

A Ordem defende ainda que o Ministério da Saúde crie “as condições necessárias, nomeadamente ao nível da carreira médica, para que seja possível aumentar a capacidade de formação no sector público e no sector privado”.

Hoje, o ministro da Saúde anunciou na Comissão Parlamentar de Saúde a abertura do concurso para assistentes graduados seniores e consultores, classificação que a tutela acredita motivar os profissionais mais velhos e com maior formação para permanecerem no SNS.

Para o ministro, os concursos deverão ser abertos até setembro e deverão evitar “o que está a acontecer”, que é a saída de médicos para o setor privado, as reformas e a emigração destes profissionais.

A medida deverá ter, segundo o governante, outra consequência: levar a Ordem dos Médicos a ponderar o alargamento das vagas para a sua especialização, tendo em conta que este ano voltaram a ser insuficientes, deixando de fora 347 jovens clínicos.

Góis
O incêndio que lavra desde sábado em Góis provocou 18 feridos, todos eles ligeiros, disse aos jornalistas o comandante das...

Num ponto de situação feito às 15:00, no posto de comando junto à aldeia de Cadafaz, Carlos Tavares explicou que houve "16 intoxicações pontuais por fumo", resolvidas no posto do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) instalado em Góis. Também um popular e um bombeiro tiveram de ser transportados para hospitais, tendo o último sofrido uma entorse no pé.

No que respeita aos intoxicados, a maior parte deles são civis que estavam a sentir "algumas dificuldades respiratórias".

"Os civis já estavam retirados [das aldeias evacuadas] e estavam quer em Góis quer em Pampilhosa da Serra e necessitavam de assistência porque são pessoas com alguma idade", referiu.

Carlos Tavares informou ainda que só regressaram a casa habitantes de três aldeias: Sobral Bendito, Cabreira e Cadafaz.

"As pessoas estão bem, estão a ser assistidas quer pelo gabinete de ação social de Pampilhosa da Serra, quer de Góis, e não vamos arriscar enquanto houver instabilidade no terreno que provoque grandes reativações", afirmou.

Segundo o responsável, se no final do dia houver condições, estas pessoas "vão regressar tranquilamente a casa".

Ao todo são 150 as pessoas deslocadas das suas aldeias, quer em Pampilhosa da Serra quer em Góis, que estão aos cuidados da ação social dos respetivos municípios.

Cerca das 15:00 o incêndio de Góis mantinha duas frentes ativas com alguns reacendimentos, "que arrancam com violência porque está muito calor e algum vento a ajudar".

"Temos uma frente perto do posto de comando, viradas à Pampilhosa da Serra, e outra mais pequena virada também ao concelho de Pampilhosa da Serra, mas mais a sul, na zona de Amoreira", disse.

O objetivo continua a ser "dominar o incêndio até final do dia".

Pedrógão Grande
Centenas de voluntários e centenas de toneladas de bens oferecidos transformaram o quartel de bombeiros de Pedrógão Grande numa...

"Recebemos aqui muitas ofertas, não vou nomear nenhuma pessoa em especial", disse Carlos David, presidente da direção dos Bombeiros de Pedrógão Grande, agradecendo a enorme quantidade de bens, cujas toneladas "vão superar os três dígitos".

"Nós, bombeiros, não queremos nada para nós, queremos é acudir às pessoas que estão em sofrimento, às famílias que perderam familiares. Os bombeiros sentem esse peso", diz, acrescentando: "Nós também estamos em sofrimento".

A quantidade de ofertas tem sido "fantástica" e superou as expectativas. "Estamos também a colaborar com as instituições e solidariedade social aqui à volta", que "estão de portas abertas a acolher" as pessoas retiradas das aldeias, explica Carlos David, salientando: "Estamos a trabalhar diretamente com eles para lhes fazer chegar todos os bens de que necessitam".

No entanto, admite que ainda existem problemas. "É evidente que sei que há bombeiros no terreno que não comeram", mas "nós não conseguimos chegar" a todo o lado e "são zonas muito difíceis de acesso".

Do quartel, cujas garagens ficaram transformadas num imenso centro logístico de refeições, sandes, com dezenas de paletes com águas, leite, pão, fruta, sumos, roupa e outros bens, saíram produtos para alimentar e acudir a bombeiros e populações dos concelhos vizinhos, incluindo Góis, onde lavra um outro incêndio de grandes dimensões.

A mão-de-obra improvisada é composta por voluntários de vários pontos do país e tudo o que é oferecido é acondicionado, promete o presidente da direção dos bombeiros.

"Temos material que está armazenado em câmaras frigorifica" e "se não consumimos fazemos a passagem dos bens para as instituições" que distribuem às pessoas.

"Nós não deixamos estragar nada. As frutas estão armazenadas em frio" e a "nossa preocupação é não deixar estragar nada", promete Carlos David, acrescentando: "Os donativos que nos estão a dar estão todos a ser bem empregues".

Defronte do quartel, está a cozinha de campanha dos fuzileiros para alimentar os operacionais e todos os que procuram uma comida quente.

Filipe Afonso é cabo e um dos responsáveis da equipa de 15 pessoas, entre cozinheiros e ajudantes. "Tem sido um bocado de trabalho mas é gratificante ao mesmo tempo", diz.

A expectativa era servir 1.500 refeições diárias, mas o número chega às 2.500. "Tivemos de reforçar e pedir mais bens. Vamos servir o que for preciso", explica.

Especialistas alertam
É preciso prevenir, mas também é importante saber reagir e apoiar os familiares e amigos das vítimas, alertam especialistas.

O bastonário da Ordem dos Psicólogos defendeu na terça-feira que a recuperação emocional das vítimas de catástrofes, como o incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, exige uma intervenção "num tempo muito curto" após a tragédia.

"São experiências muito marcantes", que podem "deixar problemas para o futuro" e contribuir para a existência de perturbações de carácter psicopatológico, como depressão, uso de substâncias ou stress pós-traumático, advertiu Francisco Miranda Rodrigues.

Para prevenir estas situações, é essencial uma intervenção "num tempo muito curto após a tragédia" para que haja "uma recuperação no futuro o mais adaptado possível", mas também é fundamental um acompanhamento a longo-prazo, escreve o jornal Público.

"É preciso antes de mais fazer uma estabilização inicial, nomeadamente a nível emocional", para reduzir os sintomas que as pessoas estão a sentir naquele momento, explicou o bastonário.

Também é "muito importante" apoiar, acalmar e dar a estas pessoas "uma sensação de maior segurança" e fazer "uma conexão à rede de suporte social".

Por vezes, também é preciso "treinar estas pessoas sobre como podem procurar ajuda e suporte". "Muitas destas pessoas, nomeadamente os idosos, estão muito mais habituados a cuidar dos outros e estas situações acabam por apelar para algo que não estão muito habituados, que é pedir ajuda", explicou Francisco Miranda Rodrigues.

O trabalho junto da comunidade também é essencial: "Quanto mais acreditarem que são capazes de lidar com as tarefas que agora têm pela frente, maior será a possibilidade de se readaptarem e se reabilitarem para uma nova fase e voltarem o melhor possível às suas vidas, que será necessariamente diferente".

Há estudos que indicam que por cada vítima física em situações de catástrofe existem quatro a dez com necessidade de intervenção psicológica, indicou.

O antropólogo Francisco Oneto Nunes afirmou que é surpreendente "a capacidade de recuperação e a vontade" das pessoas, havendo "renascimentos absolutamente notáveis". Contudo, há casos em que "infelizmente isso não acontecerá".

Para o investigador, o "fator decisivo" para as pessoas conseguirem "recuperar as suas vidas" e "processar e assimilar estes eventos" é o "tipo de apoio" que "poderão ou não beneficiar", um domínio que "é sempre mais problemático".

"Nós vimos nesta situação a quantidade de pessoas que enviou genuína e graciosamente alimentos, bebidas, mas é preciso muito mais", defendeu o investigador do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA) e do Departamento de Antropologia do ISCTE.

Além do apoio das entidades oficiais deve haver "estruturas capazes de apoiar as pessoas nestas situações" e que consigam "produzir ideias conducentes a uma política de gestão de território, a uma política de administração silvícola e florestal radicalmente diferente" da que existe atualmente.

"É preciso sair da lógica do culto desmesurado do dinheiro, do progresso, do crescimento como salvação para tudo, que depois no domínio da floresta tem esta consequência trágica que é quase como termos barris de pólvora prontos a explodir", salientou Oneto Nunes.

Para o investigador, "é urgente" mudar este paradigma para "prevenir estas desgraças". Mas, ao acontecerem, "as entidades públicas têm de assegurar que [as vítimas] vão ter "todos os apoios que vão necessitar", tanto formais, legais, jurídicos, mas também o apoio humano, a mão amiga, o apoio psicológico.

"Muitas destas pessoas não têm rigorosamente nada em termos materiais para se poderem levantar e poderem renascer. Muitas delas perderam tudo", elucidou.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos.

Diário da República
Doentes que fossem a consultas de cuidados paliativos só podiam estar isentos por motivos económicos. Portaria que altera esta...

Até agora, os doentes que precisassem de se deslocar a um hospital para uma consulta na área dos cuidados paliativos tinham de utilizar meios próprios ou de pagar o serviço às entidades responsáveis por fazer o transporte de doentes não urgentes em ambulância. A única exceção era para quem estivesse em situação de insuficiência económica. Uma nova portaria que será publicada nesta quarta-feira em Diário da República elimina esta barreira e assegura que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) passará a assegurar esta despesa.

“Há várias situações clínicas em que os doentes já tinham isenção do pagamento de transportes em ambulância para as consultas. Mas os doentes de cuidados paliativos não tinham diretamente isenção por isso”, explica ao jornal Público a presidente da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, Edna Gonçalves. A também diretora do Serviço de Cuidados Paliativos do Centro Hospitalar de S. João, no Porto, dá como exemplo o caso dos doentes com cancro, isentos do pagamento de transporte para as consultas de oncologia mas que tinham de pagar as deslocações para consultas de cuidados paliativos.

O principal objetivo desta mudança é “eliminar desigualdades” e garantir a igualdade no acesso ao SNS “através da implementação de medidas assentes na diferenciação positiva dos grupos mais vulneráveis e com necessidades específicas”, destaca a portaria a que o PÚBLICO teve acesso.

Edna Gonçalves diz que serão os próprios médicos a darem aos doentes um documento que garante esta isenção. Até agora o pedido tinha de ser feito através da assistente social e tinha apenas em consideração a condição económica dos doentes. A especialista lembra que o principal problema está nas faixas que ficavam de fora, mas perto dos limites definidos.

Têm "muitas despesas"
“São pessoas em situação de doença muito avançada e com muitas despesas com coisas como cadeiras de rodas, cuidadores e medicação. Com este pagamento têm menos uma preocupação. Nem todos têm carro próprio e mesmo quando têm nem sempre é possível ao cuidador colocar estas pessoas num carro”, acrescenta a presidente da comissão. O valor a pagar por transporte tinha em consideração o número de quilómetros. No caso do S. João, que recebe pessoas que percorrem mais de 100 quilómetros para ali chegar, o serviço de ambulância podia custar 100 euros.

“Havia quem se inibisse de vir à consulta por não poder ter esta despesa”, reconhece a médica, que não adiantou o número de pessoas que poderão ser beneficiadas pela medida ou a despesa para o SNS. Ainda assim, garantiu que são cada vez mais os doentes que precisam de consultas nesta área, muitos deles sem ser por doença oncológica.

Há um ano, o Ministério da Saúde já tinha feito algumas alterações nas regras de transporte não urgente de doentes. Os doentes em tratamentos prologados deixaram de ter de pagar por estas deslocações e deixou também de haver um número mínimo de deslocações para haver direito à comparticipação. Estas alterações foram feitas para todos os doentes, independentemente da condição económica.

Na mesma altura, a tutela decidiu acabar com os pagamentos para as pessoas com incapacidade igual ou superior a 60% e com insuficiência económica, mesmo quando o transporte é feito por razões sem ligação direta à doença que esteve na origem da incapacidade. Os doentes oncológicos ou transplantados, bem como insuficientes renais crónicos, passaram a estar também isentos desse pagamento, independentemente de o transporte se destinar à realização de atos clínicos inerentes à sua condição.

Este domingo
Mais de mil praticantes de yoga reúnem-se em Lisboa no próximo domingo para assinalar o Dia Internacional do Yoga e apelar à...

As comemorações deste ano do Dia Internacional do Yoga, que se assinala hoje, têm como lema “Sustentabilidade e Paz Mundial” e o seu ponto alto numa mega-aula de yoga, onde são esperados mais de mil praticantes de todo o país e de todas as idades.

O dia pretende invocar “o respeito pela vida e pela riqueza da diversidade étnica e cultural, a tolerância inter-religiosa, a sustentabilidade global justa, a ecologia e a salvaguarda dos ecossistemas, com o elevado objetivo de serem 24 horas sem derramamento de sangue em todo o planeta”, segundo a Confederação Portuguesa do Yoga, organizadora da iniciativa, a par da embaixada da Índia, da Câmara de Lisboa e da Confederação Europeia do Yoga.

Esta é a primeira vez em que o Dia Internacional do Yoga - assim consagrado em 2014 pelas Nações Unidas - é celebrado após a proclamação do yoga como Património Imaterial da Humanidade, pela Unesco, em dezembro do ano passado, escreve o Sapo.

A Confederação Portuguesa do Yoga – que tem, em Portugal, 44 centros de yoga (‘áshrama’) - foi a impulsionadora destas decisões, propondo à Índia, berço do yoga, mas também a Portugal, que intercedessem junto da ONU nesse sentido. “Durante muitos anos, pugnámos para que o yoga fosse mais visível, não só em Portugal, mas também na índia e no resto do mundo”, disse à Lusa o presidente das confederações portuguesa e europeia, Jorge Veiga e Castro, recordando que Portugal foi o primeiro país do mundo a assinalar o Dia Internacional do Yoga, desde 2002.

Um dos objetivos da celebração desta data é a rejeição da guerra, que é “uma solução insana, é sempre fratricida, feita entre irmãos do mesmo planeta”, considerou o responsável.

Por outro lado, pretendem promover a ecologia, rejeitando por completo o uso de plásticos. “Os plásticos matam o planeta. Temos de voltar aos vidros, aos sacos artesanais, de papel ou de pano. A sustentabilidade é muito importante. Temos de usar produtos que entrem na cadeia biológica de reciclagem do planeta”, defendeu Veiga e Castro.

No domingo, também a embaixadora da Índia em Lisboa, Nandini Singla – ela própria praticante de yoga - participará no encontro nacional.

“O yoga não é só exercício físico, mas uma prática holística, que une mente, corpo e espírito. O yoga acredita que o ser humano é um todo, não é apenas o corpo”, disse à Lusa a diplomata indiana.

A embaixadora sustenta que promover o yoga em Portugal é “um dos veículos que vai aproximar os povos” dos dois países.

Esta disciplina, sustentou, “só pode trazer coisas positivas para os portugueses: melhor saúde, melhor bem-estar, mais paz, mais calma e mais ‘ananda’ [palavra em hindi que significa felicidade extrema]”.

O yoga “faz-nos sentir em união com o mundo, com as pessoas à volta, com o cosmos”, disse Nandini Singla, comentando que o que se vê hoje na Europa é um “sentimento de alienação, a raiz de muitos dos problemas que as nossas sociedades estão a enfrentar nos dias de hoje”.

Além disso, esta prática não é exclusiva de qualquer religião, sublinhou.

“Muitas vezes, as pessoas acreditam erradamente que o yoga tem a ver com o hinduísmo, mas pessoas de todas as religiões praticam yoga, porque tem a ver com paz, bem-estar e saúde”, sustentou.

As comemorações do Dia Internacional do Yoga, que decorrem este ano pela primeira vez após a declaração desta prática como Património da Humanidade, arrancam hoje em Lisboa com uma sessão aberta na sede da comunidade hindu, ao final da tarde.

No sábado à tarde, decorrem palestras, com a participação de Miguel Claro, astrofotógrafo oficial da Reserva Dark Sky Alqueva, e de Marina Cortês, cosmóloga do Observatório de Edimburgo e vencedora do Buchalter Cosmology Prize, além de uma atuação do OMKÁRA - Coral Orquestra da Confederação Portuguesa do Yoga, no auditório da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa.

No domingo, são esperados mais de mil praticantes de yoga na pista de atletismo Professor Moniz Pereira, numa iniciativa em que participam também representantes de várias religiões.

Na sessão, que começa pelas 10:00, estão previstas intervenções da embaixadora Nandini Singla; do vereador do Desporto da Câmara Municipal de Lisboa, Jorge Máximo; do alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado; do presidente do Hindu Forum of Europe - Lakshmi Vyas; do vice-presidente da Comunidade Hindu de Portugal, Sunil Kumar, e do presidente da Confederação Portuguesa do Yoga, e ainda de responsáveis religiosos.

Além da aula, haverá ainda uma apresentação de ‘bhaja’, instrumento tradicional indiano, e do OMKÁRA, coral orquestra da confederação.

Confederação Portuguesa do Yoga
A Confederação Portuguesa do Yoga defende a introdução desta prática nos currículos das escolas, disse o presidente, Jorge...

A confederação, que tem no país 44 centros de yoga (‘áshrama’), com milhares de alunos, tem realizado projetos e investigações em escolas portuguesas, obtendo “resultados excelentes”, afirmou o responsável da Confederação, em entrevista a propósito do Dia Internacional do Yoga, que se assinala hoje. Segundo o mestre de yoga, escreve o Sapo, a organização já propôs esta iniciativa aos governos de Portugal e da Índia, país de onde o yoga é originário.

Veiga e Castro referiu que as autoridades indianas “já estão a avançar” para a introdução do yoga no ensino e, nesse sentido, considerou “muito interessante” a visita, no início do ano, do primeiro-ministro português, António Costa, à Índia. No próximo sábado, o chefe do Governo indiano, Narendra Modi, visitará Portugal.

O ensino do yoga nas escolas é aquilo que a Confederação Portuguesa e a Confederação Europeia, ambas presididas por Veiga e Castro, chamam de "terceiro e quatro passos", depois de terem sido cumpridos os dois primeiros: a consagração, pelas Nações Unidas, do dia 21 de junho como Dia Internacional do Yoga, que aconteceu em dezembro de 2014, e a proclamação do yoga como Património Imaterial da Humanidade, pela Unesco, no final de 2016.

Ambas as iniciativas foram impulsionadas pela Confederação Portuguesa do Yoga, que desde 2002 organiza comemorações do Dia do Yoga, coincidindo com o solstício do verão, atraindo a Portugal os maiores mestres mundiais desta prática e responsáveis de diferentes religiões.

Também a embaixadora da Índia em Lisboa se afirma empenhada no ensino do yoga às crianças portuguesas. “Acredito firmemente que, se conseguirmos ensinar as crianças, elas poderão recorrer ao yoga quando têm situações stressantes”, disse a diplomata, Nandini Singla, que sublinhou que esta prática “não exige qualquer equipamento” e “pode fazer-se em qualquer lado”, permitindo “baixar o nível de stresse”.

No Porto
Investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto estão a desenvolver uma terapia para...

"Lesões na espinal medula afetam mais de 200 mil pacientes por ano à escala mundial", disseram os responsáveis pelo PROREGEN, indicando que, apesar do "progresso considerável" no que respeita aos procedimentos médicos, cirúrgicos e de reabilitação, "não existem tratamentos eficazes para a recuperação neurológica".

Nesse sentido, consideram "essencial" a identificação de terapias que promovam recrescimento do axónio (prolongamento do neurónio que estabelece a sua ligação a uma célula-alvo) e a reparação da medula, atuando em lesões do sistema nervoso e em doenças neurodegenerativas.

O objetivo é avaliar 'in vivo' (em ratos com lesão do nervo ciático ou com lesão medular) o potencial regenerativo da Profilin-1 (Pfn1), uma proteína que regula a dinâmica do esqueleto celular, ativa após lesão, etapa que terá início brevemente.

De acordo com os investigadores, resultados 'in vitro' demonstram já que a Pfn1 é promotora do crescimento do axónio, com efeitos "robustos e surpreendentes".

Caso seja bem-sucedido 'in vivo', esta terapia poderá ainda ter aplicações noutras doenças, nas quais a regeneração é necessária.

Este projeto, que está a ser desenvolvido há cerca de quatro anos, surge no âmbito do trabalho do grupo de Regeneração Nervosa do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), que utiliza diferentes modelos animais de lesão para identificar mecanismos e moléculas reguladoras do crescimento e regeneração axonal.

O PROREGEN foi um dos trabalhos apoiados pelo RESOLVE, um programa do i3S que apoia a transferência de conhecimento científico e tecnológico de projetos inovadores e promissores, em estágio inicial.

Serviço Nacional de Saúde
O ministro da Saúde anunciou hoje a abertura do concurso para assistentes graduados seniores e consultores, classificação que a...

Adalberto Campos Fernandes falava na Comissão Parlamentar da Saúde onde decorre uma audição sobre a política geral de saúde e outros assuntos de atualidade, como os jovens médicos que anualmente ficam sem acesso à formação especializada.

Para o ministro, os concursos deverão ser abertos até setembro e deverão evitar “o que está a acontecer”, que é a saída de médicos para o setor privado, as reformas e a emigração destes profissionais.

A medida deverá ter, segundo o governante, outra consequência: levar a Ordem dos Médicos a ponderar o alargamento das vagas para a sua especialização, tendo em conta que este ano voltaram a ser insuficientes, deixando de fora 347 jovens clínicos.

Sobre esta questão, Adalberto Campos Fernandes referiu que o Governo está “disponível para encontrar uma solução com todos os partidos políticos”.

O ministro voltou a defender uma auditoria, em conjunto com a Ordem dos Médicos, no sentido de avaliar se o país tem ou não na sua rede pública, privada e social alguma capacidade sobrante, com qualidade, a qual, a existir, poderia levar a Ordem a aumentar a capacidade formativa.

Por outro lado, preconizou que sejam as próprias universidades a refletir se o número de alunos que estão a formar garante a qualidade da sua formação.

Adalberto Campos Fernandes anunciou ainda que no próximo concurso para a formação específica dos médicos estarão indicadas as vagas que pressupõem incentivos a estes profissionais, com vista a colmatar a carência de clínicos em determinadas zonas do país, que incluem uma majoração de 40% do vencimento.

Sobre a falta de médicos, o responsável governamental referiu que esta é mais significativa nos especialistas com idades entre os 50 e os 60 anos, sublinhando que se encontram a trabalhar 314 clínicos aposentados no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Dia 1 de julho
O Hospital Lusíadas Lisboa, em parceria com a Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose (MulherEndo), vai...

A iniciativa começa com a visualização do filme “Endo What?”, um documentário que aborda questões relacionadas com a patologia, entre as quais o diagnóstico, opções de tratamento e impacto financeiro da doença, e termina com o esclarecimento de dúvidas das doentes pela voz de Fátima Faustino, responsável do Centro Especializado em Endometriose do Hospital Lusíadas Lisboa, que estará acompanhada de outros especialistas - Ana Isabel Belo (Unidade de Anatomia Patológica), Ângelo Ferreira (Unidade de Cirurgia Geral), António Marques (Unidade de Gastrenterologia), João Varregoso (Unidade de Urologia), Luís Vicente (Centro de Procriação Medicamente Assistida), Rui Farinha (Unidade de Urologia) e Sandra Sousa (Unidade de Imagiologia).

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias e devem ser feitas no site www.lusiadas.pt até ao dia 29 de junho.

O Centro Especializado em Endometriose do Hospital Lusíadas Lisboa é composto por uma equipa multidisciplinar, com profissionais de saúde vocacionados para todas as vertentes da doença, desde o diagnóstico ao tratamento. 

Ações de sensibilização e formação
Decorreu no dia 19 de junho 2017, no Auditório do Hospital Pêro da Covilhã, o III Fórum de Obstetrícia e Ginecologia do CHCB....

Neste evento duplamente dedicado à segurança, além da realização de Conferências Técnicas, apresentação de Projetos desenvolvidos por profissionais de saúde e em curso nas Unidades Locais de Saúde e Centros Hospitalares com a valência da Maternidade, houve ainda lugar, no final da tarde, à realização de Workshops “ABC da Segurança - Como Transportar o Bebé no Automóvel” promovidos pela Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI).

Paralelamente ao programa científico, entre as 09h00 e as 12h00, equipas da PSP, GNR, Grupo PROVIDAS e Animactiva promoveram ateliers pedagógicos em prol do tema da segurança, para crianças dos 6 aos 10 anos, no átrio principal do Hospital Pêro da Covilhã.

“Apostar na Prevenção” foi o grande lema deste evento, subordinado a uma temática cuja importância se revela premente na atualidade, e que pese embora, as muitas campanhas de sensibilização, informação e educação realizadas, não se esgota nem no conteúdo nem na forma, mostrando que há ainda muito por fazer, especialmente no nosso país, onde os números oficiais estão longe de serem animadores.

Traumatismos, ferimentos e lesões resultantes de acidentes são a maior causa de morte e incapacidade infantil em quase todos os países desenvolvidos, pelo que, sem qualquer sombra de dúvida” vale mesmo a pena apostar na prevenção!

Tem sido também esta a estratégia do Centro Hospitalar Cova da Beira, tendo por base o trabalho, há muito realizado na comunidade, na rua e nas escolas, pelos profissionais de saúde afetos ao Projeto PROVIDAS em estreita colaboração com as Forças de Segurança da região.

Associação Nacional de Estudantes de Medicina
Mais de 340 médicos ficaram sem acesso à especialidade médica no concurso que terminou na terça-feira, um aumento de 63%...

A estes 347 médicos, de acordo com um comunicado da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM), juntam-se outros 266 clínicos que desistiram do concurso e que tentarão a candidatura no próximo ano, “agravando assim o problema da insuficiência de vagas para especialidade”.

A ANEM destaca a “forma harmoniosa” como decorreu o processo de escolha de vagas, a publicação atempada do calendário para a escolha da área de especialização e do mapa final de vagas, assim como a divulgação online e em tempo real das vagas disponíveis a concurso pela plataforma desenvolvida pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

No entanto, segundo Ana Rita Ramalho, presidente da ANEM, “as melhorias administrativas não poderão nunca mascarar os efeitos deletérios que advêm do desinvestimento na saúde que se verifica no nosso país”, que resultaram na suspensão da formação de 158 médicos em 2015, de 213 em 2016, de 347 médicos este ano.

A ANEM lamenta ainda que, apesar de a situação já constituir uma realidade em constante agravamento, “poucas ou nenhumas medidas tenham sido tomadas a curto, médio ou longo prazo para colocar um término à desintegração da formação médica”.

“A formação de um estudante de Medicina não se esgota no ensino pré-graduado, devendo ser completada no pós-graduado através do Internato Médico, conducente ao grau de especialista. A sua interrupção apresenta consequências nefastas para a qualidade da prestação dos cuidados de saúde praticados em Portugal”, reforça Ana Rita Ramalho.

O desafio, segundo a ANEM, está na necessidade de encontrar o equilíbrio entre o número de médicos com as qualificações desejadas, nas áreas geográficas em carência, para corresponder às necessidades, quer das populações, quer dos sistemas de saúde, ambos em constantes mudanças.

A Associação defende que este equilíbrio poderá ser alcançado com um verdadeiro planeamento em recursos humanos diferenciados, adequado às reais necessidades do país, sem o qual – segundo a ANEM – “incorremos no risco de perder um Serviço Nacional de Saúde forte e que, orgulhosamente, dizemos ser um dos melhores do mundo”.

“A ANEM rejeita a possibilidade de o médico indiferenciado passar a constituir a realidade do nosso Serviço Nacional de Saúde, não só por defraudar as legítimas expectativas dos médicos recém-graduados, mas sobretudo por comprometer a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, que é de todos e deve ser zelado por todo o cidadão português”, conclui.

Esclerose Lateral Amiotrófica
A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma síndrome neurodegenerativa progressiva e sem cura que afeta, s

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma síndrome neurodegenerativa que faz parte dum grande grupo de doenças do neurónio motor (também conhecida como Doença de Charcot ou Doença de Lou Gehrig).

É a terceira doença degenerativa do sistema nervoso mais frequente, atrás da demência e da doença de Parkinson, e a mais frequente das doenças do neurónio motor no adulto.

Afecta cerca de 2 pessoas por cada 100.000 por ano. É ligeiramente mais frequente em homens que em mulheres (3:2.4). O grupo etário mais afectado é dos 58 aos 63 anos, ou mais cedo se tratar de casos de ELA familiar (entre os 48-52 anos), ou na forma juvenil que ocorre antes dos 30 anos.

A célula (neurónio motor) que é responsável pela transmissão do impulso nervoso, do cérebro para os músculos, passando pela medula espinal, sofre degeneração e morre, resultando em um conjunto de manifestações (citadas abaixo). Apenas em 10% dos casos é possível identificar um factor genético hereditário, nos restantes 90% não se sabe qual é a causa da ELA.

Pode, portanto, apresentar-se de diversas maneiras, dependendo da região do corpo afectada inicialmente e o padrão de evolução.

As pessoas com esta condição podem apresentar fraqueza, atrofia dos músculos dos membros superiores e/ou inferiores, cãibra e fasciculações, sintomas bulbares (dificuldade em falar ou mastigar e engolir os alimentos), perda de peso, fraqueza dos músculos respiratórios que pode conduzir a insuficiência respiratória restritiva e subsequentemente a morte.

Pacientes com ELA também podem demonstrar alterações cognitivas, tais como disfunções executivas, alterações de linguagem e memória, desmotivação, apatia e depressão.

Na presença de uma das alterações supracitadas o paciente afectado deverá procurar assistência médica especializada, um Neurologista.

O diagnóstico é clínico com base na história, início e evolução dos sintomas, história familiar se presente e achados do exame físico. O uso de estudos neurofisiológicos e genéticos, quando justificados, aumentam a sensibilidade diagnóstica.

A ELA é uma síndrome neurodegenerativa progressiva e sem cura, com uma taxa de sobrevivência após 30 meses do início dos sintomas de 50%. Apenas 20% dos pacientes chegam a sobreviver por 5 a 10 anos.

Idade avançada, disfunção dos músculos respiratórios e sintomas bulbares no início da doença são factores associados com mau prognóstico. Enquanto que idades mais jovens, disfunção inicial relacionada aos membros, e progressão lenta dos sintomas são factores independentes relacionados com maior tempo de sobrevivência.

Neste momento, o manuseio da ELA consiste em tratamento medicamentoso, que não pára mas atrasa a progressão da doença, como por exemplo o uso de um fármaco anti-glutamatérgico (Riluzole). Além deste também se prescreve medicação co-adjuvante como anti-oxidantes (vitamina C e E) e outros medicamentos que confiram alívio ao doente, como anti-espásticos, analgésicos, ansiolíticos, anti-depressivos, broncodilatadores e fluidificantes.

A reabilitação física (fisioterapia, hidrocinesoterapia e terapia ocupacional) tem também um papel importante na preservação do volume dos músculos e da amplitude dos movimentos das articulações.

Alguns pacientes também optam por realizar outros tratamentos como acupunctura, magnetoterapia, medicina quântica, homeopatia, osteopatia, terapia sacro-craniana, entre outras.

O tratamento da ELA é multidisciplinar, de suporte e paliativo. Portanto, o reconhecimento precoce desta condição e o início sem atraso do tratamento ajuda a aumentar a sobrevida e a qualidade de vida.

 

Bibliografia

Tard C, et al. Clinical features of amyotrophic lateral sclerosis and their prognostic value. Revue neurologique (2017), http://dx.doi.org/10.1016/j.neurol.2017.03.029

Ludolph A, et al. A revision of the El Escorial criteria (2015). http://Amyotroph Lateral Scler Frontotemporal Degener. 2015;16(5-6):291-2. doi: 10.3109/21678421.2015.1049183

Kiernan MC, Vucic S, Cheah BC, Turner MR, Eisen A, Hardiman O, et al. Amyotrophic lateral sclerosis. Lancet 2011;377:942–55.

Bensimon G, Lacomblez L, Delumeau JC, Bejuit R, Truffinet P, Meininger V. A study of riluzole in the treatment of advanced stage or elderly patients with amyotrophic lateral sclerosis. J Neurol. 2002;249:609–615.

Wijesekera, L. C., & Leigh, P. N. (2009). Amyotrophic lateral sclerosis. Orphanet Journal of Rare Diseases4, 3. http://doi.org/10.1186/1750-1172-4-3

Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica - Terapêuticas farmacológicas. Acedido a 28/05/2017 às 22h00. Disponível em: http://www.apela.pt/page/155/terapêuticas_farmacológicas

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Os distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Castelo Branco estão hoje estão hoje sob ‘aviso amarelo’ devido à persistência de...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Castelo Branco vão estar sob ‘aviso amarelo’ até às 21:00 de hoje.

O 'aviso amarelo', o terceiro menos grave de uma escala de três, indica situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Segundo o IPMA, as temperaturas vão descer hoje no continente entre 05 a 10 graus Celsius.

De acordo com o Instituto, a descida das temperaturas está associada a uma mudança na massa de ar, que tem tido um trajeto atual do interior do norte de África e que hoje tenderá a vir do mar e será mais fria e húmida.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Dez regiões do continente apresentam hoje risco ‘extremo’ de exposição à radiação ultravioleta, enquanto o resto do país está...

De acordo com o Instituto, em risco ‘extremo’ estão as regiões de Beja, Bragança, Évora, Guarda, Penhas Douradas, Portalegre, Santarém, Setúbal, Vila Real e Viseu.

As regiões de Viana do Castelo, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Leiria, Lisboa, Sines, Aveiro, Porto, Funchal (Madeira), Porto Santo (Madeira) Angra do Heroísmo (Terceira) e Horta (Faial) estão com níveis ‘muito elevados’.

Ponta Delgada (ilha de São Miguel, Açores) e Santa Cruz das Flores (lha das Flores, Açores) apresentam hoje risco ‘elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se geralmente muito nublado no litoral até meio da manhã, nebulosidade que poderá persistir ao longo do dia em alguns locais da faixa costeira a norte do Cabo da Roca.

Durante a tarde, a previsão aponta para um aumento temporário de nebulosidade no interior Norte e Centro.

Está também previsto vento fraco, tornando-se do quadrante oeste a partir do final da manhã e soprando temporariamente moderado durante a tarde, em especial no litoral. Nas terras altas, o vento será moderado do quadrante sul, rodando para oeste a partir do início da tarde.

O IPMA prevê ainda neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do litoral Norte e Centro e da região Sul, pequena descida da temperatura mínima nas regiões Centro e Sul e descida da máxima no litoral Norte e Centro e na região Sul, que será acentuada em alguns locais do litoral oeste.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 18 e 29, no Porto entre 17 e 25, em Vila Real entre 20 e 35, em Bragança entre 18 e 34, em Viseu entre 18 e 33, na Guarda entre 18 e 32, em Coimbra entre 18 e 32, em Leiria entre 16 e 27, em Castelo Branco entre 21 e 36, em Santarém entre 18 e 35, em Portalegre entre 20 e 35, em Évora entre 18 e 36, em Beja entre 17 e 35 e em Faro entre 20 e 26.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Mais de três dezenas de concelhos de onze distritos do continente, incluindo Leiria, Castelo Branco e Coimbra, afetados por...

De acordo com a página da Internet do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os concelhos de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e Góis e Penela, em Coimbra, afetados por incêndios de grandes dimensões estão hoje em risco ‘muito elevado’ de incêndio.

Vários concelhos, inclusive Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande (Leiria), Góis e Penela (Coimbra) e Sertã (Castelo Branco), afetados por incêndios que mobilizam quase três centenas de operacionais estão em risco ‘muito elevado’ de incêndio.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde, em Escalos Fundeiros, no concelho de Pedrógão Grande (Leiria), provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo o balanço mais recente.

Pelas 04:45, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) registava 11 incêndios ativos, em cujo combate estavam envolvidos 2.559 operacionais, com o apoio de 880 veículos.

Assim, segundo o IPMA, em risco ‘máximo’ de incêndio estão os concelhos de Pampilhosa da Serra e Arganil, no distrito de Coimbra, Vila Velha de Ródão, Proença-a-Nova e Oleiros, Covilhã, Penamacor (Castelo Branco), Mação (Santarém), Sabugal, Guarda, Pinhel, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Trancoso, Figueira de Castelo Rodrigo, Meda e Vila Nova de Foz Coa (Guarda).

Ainda em risco ‘máximo de incêndio estão os concelhos de Alcoutim (Faro), Marvão, Gavião e Nisa (Portalegre), Sernancelhe, Penedono, Tabuaço, Vila Nova de Paiva, Tarouca (Viseu), Sabrosa, Alijó, Murça (Vila Real), Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Vila Flor, Mogadouro, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Bragança e Vimioso (Bragança).

O IPMA colocou também em risco muito elevado e elevado de incêndio vários concelhos dos 18 distritos de Portugal continental.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre ‘Reduzido’ e ‘Máximo’.

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se geralmente muito nublado no litoral até meio da manhã, nebulosidade que poderá persistir ao longo do dia em alguns locais da faixa costeira a norte do Cabo da Roca.

Durante a tarde, a previsão aponta para um aumento temporário de nebulosidade no interior Norte e Centro.

Está também previsto vento fraco, tornando-se do quadrante oeste a partir do final da manhã e soprando temporariamente moderado durante a tarde, em especial no litoral.

Nas terras altas, o vento será moderado do quadrante sul, rodando para oeste a partir do início da tarde.

O IPMA prevê ainda neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do litoral Norte e Centro e da região Sul, pequena descida da temperatura mínima nas regiões Centro e Sul e descida da máxima no litoral Norte e Centro e na região Sul, que será acentuada em alguns locais do litoral oeste.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 18 e 29, no Porto entre 17 e 25, em Vila Real entre 20 e 35, em Bragança entre 18 e 34, em Viseu entre 18 e 33, na Guarda entre 18 e 32, em Coimbra entre 18 e 32, em Leiria entre 16 e 27, em Castelo Branco entre 21 e 36, em Santarém entre 18 e 35, em Portalegre entre 20 e 35, em Évora entre 18 e 36, em Beja entre 17 e 35 e em Faro entre 20 e 26.

Pedrógão Grande
Mais de 200 médicos disponibilizaram-se para ajudar populações nos centros de saúde de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e...

O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Carlos Cortes, lançou o apelo na segunda-feira, nas redes sociais e através de um e-mail endereçado a nove mil médicos da região Centro, sendo que já "mais de 200 médicos" mostraram disponibilidade para prestar apoio no terreno, disse.

O pedido "de apoio urgente" surgiu na sequência do apelo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Pinhal Interior Norte e as respostas "vieram de todo o país, incluindo ilhas", de profissionais que "se dispõem a tudo o que for necessário", sublinhou Carlos Cortes.

O presidente da SRCOM acredita que a oferta de médicos para a região afetada pelo incêndio que começou no sábado, em Pedrógão Grande, "é muito superior em relação à necessidade", mas relatou que, neste momento, também Góis, no distrito de Coimbra, "pede médicos".

"Os médicos estão dispostos a fazer tudo", realçou, referindo que nos centros de saúde da zona surgem "situações mais urgentes de intoxicações, queimaduras ou stress", mas há que atender também a casos indiretamente relacionados com o incêndio.

"Numa área com muita gente idosa, com diferentes patologias, seja diabetes ou problemas cardiovasculares, os doentes estão todos a descompensar, porque deixaram de tomar a sua medicação", frisou Carlos Cortes, considerando que, em alguns casos, esses doentes poderão ter de ser transferidos para um hospital.

De acordo com o presidente da SRCOM, poderá ainda "haver um impacto na saúde mental", tendo constatado que também "vários colegas psiquiatras se disponibilizaram para ajudar estas populações, que vão necessitar desse apoio nos próximos tempos".

"Nunca pensei ter tantos médicos a oferecerem-se para ajudar em troca de absolutamente nada", concluiu.

Na segunda-feira, a Ordem dos Enfermeiros (OE) anunciou que mais de 400 enfermeiros responderam aos apelos para apoiar as vítimas dos incêndios que lavram no Centro do país, principalmente em Pedrógão Grande e em Góis.

Além de muitos desalojados, o incêndio que começou em Pedrógão Grande provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo o balanço oficial provisório.

Ministério da Administração Interna
Trinta e dois corpos já foram identificados pelo Instituto Nacional de Medicina Legal, sendo que nos restantes terão de ser...

Segundo a mesma fonte do Ministério da Administração Interna (MAI), os restantes corpos das vítimas mortais do incêndio que começou no sábado em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e provocou 64 óbitos, "são mais complexos", sendo necessário recorrer a técnicas de ADN para se determinar a sua identificação.

Em declarações, o especialista de medicina forense da Universidade de Coimbra, Duarte Nuno Vieira, explicou que os testes de ADN "são o último recurso".

"No caso de incêndio, os corpos tendem a ficar fortemente mutilados. No caso concreto das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande, alguns poderão estar "bastante carbonizados", o que "destrói completamente as feições e reduz o volume corporal dos cadáveres", explicou.

Segundo Duarte Nuno Vieira, nestes casos, poderão ser procurados outros elementos de identificação, "nomeadamente objetos pessoais, como brincos ou pulseiras, que tenham ficado agarrados ao corpo e que permitem alguma identificação".

No entanto, este esquema secundário, explicou, tem de ser confirmado "por métodos científicos", que podem passar pelo recurso às fichas dentárias das vítimas - que necessitam de estar atualizadas - ou ao ADN.

No caso de se recorrer a testes de ADN, os técnicos têm de proceder à recolha de "saliva ou uma gota de sangue das famílias" das vítimas para se poderem identificar os corpos, acrescentou.

As autópsias médico-legais decorrem no Instituto Nacional de Medicina Legal de Coimbra, para onde foram os 64 corpos resultantes do incêndio de grandes dimensões que começou no sábado, no interior norte do distrito de Leiria.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo um balanço divulgado hoje.

O fogo começou em Escalos Fundeiros, e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.

Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

Este incêndio já consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.

Estudo
O conhecimento sobre a infeção por VIH e a escolarização não evita comportamentos de risco nos homens que praticam sexo com...

“Ainda é expressivo o uso irregular do preservativo e não foram sinalizadas diferenças significativas entre o conhecimento e as práticas de risco”, revela a investigação “Infeção por VIH entre homens que fazem sexo com homens [HSH]: Fatores de risco e novas trajetórias de seropositividade”, coordenada por Isabel Dias, do Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e feita a pedido da Direção-Geral de Saúde (DGS) devido ao recrudescimento da infeção por VIH entre HSH, sobretudo entre os mais jovens.

Para a investigadora, na base “de um certo relaxamento dos comportamentos preventivos” está a “sensação de confiança no futuro clínico e nos progressos médicos”, que conferiu à infeção por VIH uma representação de “cronicidade”, retirando-lhe “a carga negativa associada a doenças terminais”.

O estudo, feito em parceria do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa e apresentado ontem à tarde na FLUP, trabalhou com uma amostra de 671 homens seguidos nos principais hospitais do país, 64,1% dos quais têm “idades entre os 18 e os 44 anos”.

Entre os inquiridos, 26,1% não usa preservativo, 39,7% usa, mas “de forma irregular” quando se relaciona com parceiros estáveis, ao passo que 25,6% tem a mesma atitude com parceiros ocasionais.

Isabel Dias destacou a “resiliente proporção de indivíduos que não usa sempre preservativo”, algo que “é mais prevalente nos casos de relações sexuais anais entre parceiros estáveis”.

Para os investigadores, os fatores conhecidos que melhor conseguem explicar as atitudes de risco são o “otimismo face às terapias e medicamentos disponíveis e a forma como se vivencia a noção de responsabilidade individual”.

A coordenadora da investigação notou ainda que o nível de conhecimento sobre o risco de transmissão e sobre os comportamentos preventivos dos inquiridos é “genericamente elevado” e que isso não se traduz em “diferenças relativamente aos comportamentos de risco”.

Entre os inquiridos, 33,4% tinham o ensino superior e 38,7% o ensino secundário, sendo que 45% se manifestou “muito bem informado” sobre o risco de infeção e atitudes preventivas, ao passo que 28% indicou estar “razoavelmente informado”.

Para a esmagadora maioria (92%) dos infetados, a transmissão deu-se por via sexual e mais de metade (53%) fez o teste de deteção do VIH “por iniciativa própria”.

Entre estes, “mais de um em cada três” (cerca de 36%) decidiu fazer o teste “por ter tido um comportamento de risco.

O estudo permitiu identificar “três perfis”: 20% declaram-se “inativos sexualmente” nos últimos seis meses, 38% dizem que, nesse período, se relacionaram “apenas com um parceiro estável” e a maioria (42%) reconhece manter “relações com pelo menos um parceiro ocasional, independentemente de estar ou não numa relação estável”.

A investigação concluiu que “um em cada três inquiridos se envolve com parceiros” sem conhecer o seu estatuto serológico (estado da infeção por VIH).

Quando está em causa um parceiro ocasional, o desconhecimento sobe para “três em cada quatro” inquiridos.

Por outro lado, 74% dizem que não revelam o seu estatuto serológico a parceiros ocasionais e 16% não o fazem com parceiros estáveis.

Mais de 34% dos inquiridos vivem sozinhos e 29,8% vivem “com o marido/companheiro”.

“O estado civil dominante é solteiro [78,7%], mas existem indivíduos que vivem sós, que vivem com a companheira, com familiares ou com o companheiro, numa multiplicidade de situações que coloca verdadeiros desafios”, observou Isabel Dias.

As redes sociais foram usadas por cerca de metade dos inquiridos (46%) para encontrar um parceiro sexual, sendo que 60% dizem fazê-lo para “encontrar um parceiro ocasional”.

Para “praticamente um em cada três inquiridos”, a Internet foi “a via de recrutamento do primeiro parceiro sexual”.

Agência Europeia de Medicamentos
O Governo português está apostado em apresentar “uma candidatura excelente” para acolher a sede da Agência do Medicamento e...

Margarida Marques falava aos jornalistas após participar numa sessão de trabalho do Conselho de Assuntos Gerais, no formato a 27 (sem o Reino Unido), para debater o procedimento a adotar e os critérios objetivos a serem tidos em conta para decidir a relocalização das duas agências da UE atualmente sediadas no Reino Unido.

Essas instituições são a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), à qual Portugal concorre, e a Autoridade Bancária Europeia (EBA).

Apontando que houve hoje um “profundo debate e cabe agora aos chefes de Estado e de Governo”, na cimeira da próxima quinta e sexta-feira em Bruxelas, “estabelecerem as regras finais”, a secretária de Estado disse ter ficado com a sensação de que Portugal tem possibilidades reais de bater a concorrência, que admitiu ser numerosa e forte.

“Fiquei com essa sensação. É uma competição muito renhida, há 20 ou 21 Estados-membros que estão interessados em receber a Agência Europeia do Medicamento. Os critérios que estão em cima da mesa são critérios que nós podemos respeitar e temos vantagens competitivas relativamente a outros Estados-membros”, disse, acrescentando que isso se aplica tanto a Lisboa como ao Porto.

Margarida Marques considerou que “Portugal tem várias vantagens”, incluindo uma “que é muitas vezes apresentada como uma desvantagem”, o facto de o país já ser sede de duas agências, pois, sustentou, “uma delas, o Observatório da Droga, é uma agência que trabalha em estreita colaboração com a Agência do Medicamento”.

“Estamos a construir uma candidatura que seja uma candidatura excelente, que se possa bater com as restantes candidaturas, e estamos a acompanhar em pormenor as candidaturas dos outros países estão a preparar”, concluiu.

Portugal é candidato a acolher a EMA, tendo no passado sábado o Governo anunciado a reabertura do processo de candidatura de forma a incluir também a cidade do Porto, que se junta assim a Lisboa, entre muitas outras cidades europeias candidatas a receber a agência.

Os "critérios definitivos" para a relocalização da EMA e da EBA, que vão deixar Londres por causa da saída do Reino Unido da União Europeia, serão definidos no Conselho Europeu que vai decorrer na quinta e sexta-feira em Bruxelas, devendo as candidaturas ser oficialmente apresentadas até final de julho, e a decisão final do Conselho tomada em outubro.

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