Especialista alerta
Escolher o calçado adequado para cada tipo de pé é meio caminho andado para evitar lesões e usufruir de todos os benefícios da...

"Mais importante que as inúmeras caraterísticas individuais que o calçado deve ter, desde a cor, design, tamanho, formato e marca, há dois aspetos que são fundamentais na hora de escolher o melhor calçado, falamos do peso do desportista e do tipo de piso onde se vai praticar desporto", revela Nuno Côrte-Real.

E acrescenta: "O peso da pessoa é um fator de extrema importância, na medida em que a corrida multiplica o impacto do peso do corpo entre três a seis vezes. Por exemplo, num indivíduo de 60 quilos, o calçado terá de suportar um impacto mínimo de 180 quilos, multiplicado pelo número de quilómetros feitos pela pessoa. Um reforço de dez por cento nos elementos amortecedores, caraterística muito importante a ter em conta já que absorve o impacto inicial, onde se exerce a maior pressão, reduz em cerca de 20 quilos a força no impacto de uma pessoa de 70 quilos".

"O tipo de piso é outro aspeto fundamental mas nem sempre é possível que as pessoas comprem vários tipos de calçado de acordo com o tipo de piso. Deve ser considerado o piso que se utiliza com mais frequência e recomenda-se o calçado com maior tração para a terra batida, com maior capacidade de amortecimento na corrida em alcatrão e, se o local escolhido for a praia, que permita amortecer o impacto na areia", alerta o especialista.

A corrida ou caminhada são atividades aconselhadas a todo o tipo de pessoas independentemente do aporte físico e da idade.

Estes exercícios promovem a melhoria da condição física, ajudam a manter o peso ideal, diminuem os níveis de stress e ansiedade e ajudam a prevenir doenças cardiovasculares. No entanto deve sempre consultar o seu médico antes de iniciar uma atividade desportiva.

SNS
Pelo menos um psicólogo na liderança clínica dos centros de saúde e serviços de nutrição em todos os hospitais são algumas das...

É necessário um reforço dos psicólogos nos cuidados de saúde primários e mais trabalho em equipa, com alargamento de consultas e outras intervenções na área de psicologia que devem dar prioridade a situações de depressão e ansiedade.

Esta é uma das recomendações do grupo de trabalho que organizou uma proposta de prestação de cuidados nesta área no SNS, que está em discussão pública até ao final do mês. O dia 31 de agosto é também o prazo final para a entrega de contributos em torno da proposta da criação de serviços de nutrição em todas as instituições do SNS, desta feita uma proposta da Ordem dos Nutricionistas acolhida pelo ministério da Saúde.

Estas são duas áreas distintas na organização dos serviços de saúde pública que prometem, assim, desenvolvimentos nos próximos meses.

O grupo de trabalho mandatado em novembro do ano passado para estudar a oferta de psicologia no SNS propõe mesmo que a liderança clínica dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) passe a incluir um elemento da equipa de psicologia, “para articulação e planeamento estratégico integrado da intervenção psicológica de proximidade.” Parte da análise do grupo de peritos consistiu num inquérito feito em maio junto dos psicólogos do SNS e que contou com 241 respostas, uma taxa de adesão de 26,1% tendo em conta os 917 psicólogos do SNS. Ainda assim, as respostas sugerem que a maioria dos profissionais considera que o plano de atividades de psicologia nos cuidados primários face aos recursos existentes poderia estar melhor adaptado, situação que se repete nos hospitais. E embora tenham uma visão positiva do trabalho, alguns profissionais consideram que falta colaboração e mais meios para acompanhamento de estágios nas instituições. Uma proposta dos peritos é uma quota anual para acolher psicólogos estagiários no SNS. O relatório revela ainda que as perturbações de ansiedade são as situações mais acompanhadas pelos psicólogos, mas destacam-se ainda situações de luto, vítimas de violência doméstica e perturbações bipolares, frisando-se a necessidade de trabalho na comunidade, incluindo consultas psicológicas no domicílio para apoio a acontecimentos da vida, adesão a medicamentos e autocuidados.

No campo da nutrição, a proposta da Ordem procura responder melhor a uma realidade nacional em que 50% da população sofre de excesso de peso e 11,7% da população tem diabetes, ao mesmo tempo que até 14,9% dos doentes chegam aos hospitais em estado de desnutrição. Os nutricionistas defendem que o serviço de nutrição deverá ser autónomo, dependente do diretor clínico, com competências variadas consoante o tipo de instituição. Poderão estudar, por exemplo, os desequilíbrios alimentares geradores de doença na comunidade e intervir ao nível da saúde pública. Nos hospitais, propõem-se consultas de nutrição associadas a diferentes especialidades ou participar no planeamento do fornecimento de refeições.

Crianças
O alerta já tinha sido feito por uma especialista norte-americana na área da psicologia. Um novo estudo da Concordia University...

As crianças estão a ver muita televisão, o que acaba por comprometer o seu rendimento escolar. A tese é defendida por uma nova investigação da Concordia University, no Quebeque, no Canadá. Nos casos de famílias com baixos rendimentos, o problema tende a ser maior. «Ainda que se tratem de conteúdos de qualidade, é preciso monitorizar a quantidade total [de tempo que consagram à televisão]», adverte Caroline Fitzpatrick.

«Essa atividade rouba tempo a outras [que ajudam ao desenvolvimento da criança]», afirma a investigadora, coautora da pesquisa. A teoria é também subscrita por Lynne Murray. A professora de psicologia do desenvolvimento, autora do livro «Psychocoly of babies», diz mesmo que as crianças com menos de dois anos não vejam televisão, tal como a Academia Americana de Pediatria aconselha.

Segundo esta especialista, as crianças que veem muita televisão ficam com um vocabulário mais pobre e apresentam um rendimento escolar pior. A diferença é que, para Lynne Murray, ao contrário de Caroline Fitzpatrick, esta situação não varia de acordo com a classe social. Além disso, pode levar as crianças a interagir pouco com os irmãos e com os pais e a deixar de brincar com os jogos tradicionais.

Incêndios
A Direção Geral da Saúde (DGS) alertou para os riscos associados à exposição ao fumo causado pelos incêndios florestais, que...

“O fumo proveniente dos incêndios possui elevados níveis de partículas e toxinas que podem ter efeitos nocivos a nível respiratório, cardiovascular e oftalmológico, entre outros. Os principais sintomas incluem irritação nos olhos, nariz e garganta, tosse persistente, sensação de falta de ar, dor ou aperto no peito e fadiga”, escreve a DGS numa nota informativa.

A Direção Geral da Saúde recomenda que se evite a exposição ao fumo, devendo as pessoas manterem-se em casa, com janelas e portas fechadas, em ambiente fresco, e se possível ligarem o ar condicionado para fazer a circulação do ar.

“Evitar atividades ao ar livre, evitar a utilização de fontes de combustão dentro de casa (aparelhos a gás ou lenha, tabaco, velas, incenso, entre outros) e utilizar máscara/respirador (N95) sempre que a exposição for inevitável” são outras medidas aconselhadas.

A DGS pede igualmente que as pessoas mantenham a medicação habitual “se tiverem doenças associadas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)”, que se mantenham informadas, hidratadas e em locais frescos.

Para mais informações, a DGS pede que se ligue para o SNS 24 (808 24 24 24) ou consulte o ‘site’ do serviço www.dgs.pt, lembrando que em caso de emergência deve ser chamado o 112.

Estudo
Um grupo de cientistas acredita ter descoberto uma forma para voltar a fazer o cabelo crescer.

Um estudo realizado por vários investigadores da Universidade da Califrónia em ratos mostrou que o aumento da produção de lactase - enzima que catalisa a hidrólise da lactose em glicose e galactose - acelera geneticamente as células-tronco nos folículos capilares dormentes, fazendo com que estes voltem a crescer.

Os cientistas acreditam que esta descoberta pode originar a criação de novos medicamentos para ajudar as pessoas que sofrem, por exemplo, de alopecia ou calvície.

De acordo com o Daily Mail, que cita Willim Lowry, professor de biologia molecular na UCLA, e principal autor do estudo, "Antes disto, ninguém sabia que aumentar ou diminuir a lactase teria um efeito nas células-tronco do folículo piloso. Assim que vimos como a alteração da produção de lactase nos ratos influenciou o crescimento do cabelo, isso levou-nos a procurar medicamentos que potencialmente poderiam ser aplicados à pele e ter o mesmo efeito".

A equipa de investigadores, para já, ainda só descobriu duas drogas experimentais que, quando aplicadas na pele dos ratos, têm este efeito de fazer os pelos crescer.

Contudo, ainda serão necessários mais estudos para comprovar esta influência da lactase em humanos.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Cirurgias
O Instituto de Apoio à Criança (IAC) congratulou-se hoje com a possibilidade de os pais poderem acompanhar os filhos até aos 18...

Este direito foi instituído num despacho do secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo, publicado em Diário da República em 02 de agosto, que também é aplicado a pessoas adultas com deficiência ou em situação de dependência.

Num comunicado hoje divulgado, o IAC aplaude esta medida, afirmando que que vai ao encontro do que o instituto defende há 30 anos, designadamente no que respeita ao “direito à assistência médica e aos cuidados de saúde necessários e adequados às crianças”.

Fernando Araújo refere no despacho que “a ansiedade da criança ou jovem e da família tendem a diminuir quando existe suporte emocional no pré-operatório, sendo este importante quer por razões humanitárias e de desenvolvimento, quer porque aumenta a cooperação com a equipa de saúde, quer ainda porque reduz a angústia ao acordar e assim os problemas de comportamento no pós-operatório”.

O IAC apoia esta posição e sublinha que “para a criança, a hospitalização significa a separação da família, a rotura com as suas atividades diárias, doença e tratamentos, ou seja, sofrimento e dor”.

“Estes fatores manifestam-se de diferentes formas e podem ser geradores de ansiedade, pelo que se considera como prioritário a humanização dos serviços de atendimento à criança”, defende no comunicado.

Para o IAC, o “direito aos melhores cuidados é um direito fundamental para o desenvolvimento integral e harmonioso da Criança”.

A este propósito, o instituto lembra que publicou, em 1998, a Carta da Criança Hospitalizada, que reafirma os direitos da criança hospitalizada e expressa “os princípios universalmente aceites”, como “o internamento como último recurso” ou “o acompanhamento pelos pais ou seus substitutos dia e noite”.

O dever de informar as crianças e os pais sobre qualquer tratamento, para os incentivar à participação, decisão e colaboração dos cuidados, e o dever da equipa de saúde responder às necessidades psicológicas e emocionais das crianças e das famílias são outros princípios expressos na carta.

O despacho determina que as instituições hospitalares que realizam intervenções cirúrgicas a crianças e jovens devem implementar as medidas necessárias até 31 de dezembro, para permitir o acompanhamento familiar da criança ou jovem.

Alimentos frescos e saudáveis
Uma tecnologia para conservar os alimentos sem recurso a tratamento térmico nem substâncias químicas foi desenvolvida por...

A finalidade desta tecnologia é "produzir de alimentos mais frescos e saudáveis, que sejam benignos tanto para a saúde como para o ambiente", disse à Lusa o investigador Norton Komora, da Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica, do Porto, uma das entidades responsáveis pelo projeto.

Para além disso, com este projeto, pretende-se responder "às novas tendências biológicas e ao perfil cada vez mais ‘conscious consumer’ (consumidor consciente) a nível mundial", indicou.

De acordo com o investigador, muitos dos alimentos processados são submetidos a tratamentos com altas temperaturas (alguns acima dos 70 graus centígrados), como a pasteurização, com o propósito de reduzir ou eliminar a carga microbiana potencialmente nociva à saúde dos consumidores, garantindo a sua segurança alimentar.

No entanto, apesar de a aplicação do calor proporcionar um "alimento seguro", esta tem "um impacto negativo nas características associadas à sua frescura e sabor".

A tecnologia, desenvolvida no âmbito do projeto Bio-Cold Pasteurization, promove a inativação microbiana através da utilização sinérgica de agentes antimicrobianos naturais e alta pressão, a uma temperatura máxima de 20 graus centígrados.

Numa primeira fase, explicou o investigador, os agentes antimicrobianos naturais são incorporados nos alimentos, sendo depois embalados e submetidos a condições mínimas de alta pressão e temperatura de refrigeração.

A tecnologia, que demorou cerca de dois anos a ser desenvolvida, pode ser aplicada a uma vasta gama de alimentos, "diferenciando-se pela sua capacidade de gerar uma multiplicidade de ‘cocktails' de agentes antimicrobianos, formulados à medida, que levam à inativação de diversos agentes patogénicos em diferentes tipos de alimentos", acrescentou Norton Komora.

A ideia para este projeto surgiu da necessidade de atingir a ausência de bactérias patogénicas em alimentos tradicionais que não podem sofrer processamento térmico, pois perdem as suas principais características, como é o caso dos queijos de leite cru, dos produtos de charcutaria frescos e fermentados e dos mariscos.

Para além de Norton Komora participam no projeto os investigadores Cláudia Maciel, Paula Teixeira e Sónia Marília Castro, da ESB, e Jorge Saraiva, do Departamento de Química da Universidade de Aveiro.

O Bio-Cold Pasteurization foi um dos dois projetos premiados, em julho, na primeira edição do Biotech_agrifood Innovation, um concurso da ESB que visa contribuir para a valorização de resultados de investigação no setor agroalimentar.

Investigadores revelam
O cheiro do plástico quando colonizado por bactérias e algas no mar leva os peixes a confundi-los com alimento e a ingeri-los,...

Muitas espécies de peixes engolem restos de plástico, lembram investigadores da Universidade da Califórnia e do Aquarium da baía de São Francisco, num estudo publicado numa revista britânica de ciência.

A ingestão de plásticos pode ser fatal e leva a uma acumulação de substâncias tóxicas ao longo da cadeia alimentar, quando os predadores se alimentam de presas que ingeriram plásticos.

Os cientistas estudaram as reações de um cardume de anchovas na Califórnia ('engraulis mordax') – que se alimentam normalmente de zooplâncton - face a uma mistura contendo partes específicas de plásticos e outra contendo restos de plásticos cobertos de algas.

"Os cardumes de anchovas reagiram ao cheiro de plástico aproximando-se mais", constataram os investigadores. Os resultados "são semelhantes" aos obtidos quando estes peixes estão na presença de alimento ou são confrontados com o cheiro de alimento, explicam.

Erro sensorial

Em compensação, as anchovas não reagiram bem aos restos limpos dos plásticos, o que constitui, de acordo com os cientistas, "a primeira prova experimental de que as anchovas adultas usam o olfato para encontrar comida" e de que a "assinatura química" adquirida pelos plásticos quando cobertos com seres próprios do mar pode levar os cardumes a considerá-los como comida.

Estudo
Um estudo britânico defende que o RhinoChill, usado para evitar situações de hipotermia e danos permanentes após um ataque...

Um grupo de cientistas britânicos descobriu que o RhinoChill, um dispositivo usado para evitar situações de hipotermia e danos permanentes após um ataque cardíaco, desenvolvido no início da década de 2000, é eficaz contra as enxaquecas. Segundo o Journal of Headache and Pain, uma borrifadela do líquido frio que o aparelho distribui em cada narina tende a diminuir as dores de cabeça mais fortes.

Num estudo com 15 voluntários, os especialistas apuraram que seis deixaram de se queixar 20 minutos após a inalação. Sete confirmaram ter sentido um alívio parcial da dor. Os restantes dois admitiram não ter sentido qualquer alteração. O dispositivo está também a ser testado pela NASA, a agência espacial norte-americana, para evitar situações de hipotermia cerebral nos astronautas em missão no espaço.

O arrefecimento cerebral rápido dos pacientes durante os primeiros minutos após um ataque cardíaco pode potenciar a sobrevivência e diminuir o risco de danos neurológicos, que ocorrem quando o cérebro deixa de ser irrigado. Até agora, os investigadores não tinham conseguido fazê-lo de forma a que não afetasse o resto do corpo mas um novo equipamento veio solucionar o problema.

O RhinoChill é um dispositivo portátil desenvolvido nos EUA que arrefece o cérebro ao bombear um líquido refrigerante através do nariz. Assim, a temperatura corporal do paciente é reduzida para cerca de 33º C, sendo diminuído o risco de danos neurológicos. Apesar de exigir mais testes, o aparelho já demonstrou eficácia em 200 voluntários. Calcula-se que pode reduzir em 15% os danos permanentes.

1ª dentição
Os colares de âmbar voltaram a estar na moda em Portugal, alegadamente por diminuírem o desconforto dos primeiros dentes nos...

Não é difícil folhear uma revista de "imprensa cor-de-rosa" e encontrar imagens de crianças, filhas de famosos como Eric Olsen, Rachel Zoe ou Gisele Bündchen, a usarem colares de âmbar. Vendidos em lojas de pedras semipreciosas e na Internet, estes objetos chegam a custar 25 euros e são apresentados como um remédio homeopático tradicional para a dentição do bebé.

"O Âmbar do Báltico é conhecido por reduzir a acidez no corpo humano de uma forma totalmente natural. No bebé, o uso constante do colar ajuda a reduzir os sintomas mais comuns relacionados com a dentição, tais como: vermelhidão nas bochechas, gengivas inchadas, assaduras, febre, erupções cutâneas e febres", refere um dos sites que em Portugal comercializa estes artigos.

Para o pediatra Mário Cordeiro, além de não haver qualquer evidência científica de que ajudam a diminuir desconforto ou inflamação da dentição, os colares, de âmbar ou de outro material, não devem ser usados em crianças antes dos quatro ou cinco anos, pelo menos, por perigo de asfixia.

O médico questionou colegas norte-americanos para saber se conheciam estudos sobre o assunto, mas a resposta foi taxativa: "uma prática a abolir". "Mandaram-me para o departamento de Feitiçaria e Costumes Primitivos, onde me informaram que era uma prática antiga em algumas tribos, mas que não era minimamente eficaz, através de nenhum mecanismo fisiológico, para diminuir os problemas de dores e inflamação da dentição", relatou o médico numa entrevista à agência Lusa.

Dentição em formação

O pediatra explica que a idade da dentição, dos seis meses aos dois anos e meio, a criança mexe-se muito, mudando constantemente de posição e há o perigo de o colar se enganchar em qualquer obstáculo e estrangular a criança. "Não esquecer que no pescoço passam vasos sanguíneos essenciais. Não creio que um resquício de feitiçaria, misturado com moda e status social mereçam o risco de morte ou de asfixia grave", argumenta.

Também a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) considera que não é recomendado que as crianças pequenas andem com fios ou outras coisas à volta do pescoço. "Até os próprios fios da roupa foram proibidos para crianças, por perigo de acidentes de estrangulamento. Em crianças, bebés ou mesmo maiores não se quer nada à volta do pescoço", indicou Sandra Nascimento, da APSI.

SNS
O ritmo da dívida em atraso dos hospitais EPE tem vindo a aumentar desde o início do ano, registando em junho um crescimento de...

De acordo com dados do relatório síntese de execução orçamental de junho, as dívidas em atraso há mais de 90 dias dos hospitais com estatuto de Entidades Públicas Empresariais (EPE), não só mantêm a tendência de crescimento mensal que se tem vindo a registar há mais de um ano, com apenas algumas, raras, exceções, como tem vindo a crescer em valor, fixando-se no final de junho em 806 milhões de euros, mais 67 milhões do que o valor acumulado em maio e mais 125 milhões que em junho de 2016.

A dívida total em atraso da Administração pública fixou-se em 1071 milhões de euros, mais 64 milhões face a maio último e 73 milhões comparativamente a junho de 2016, com a dívida da Saúde a crescer, só este ano, 193 milhões de euros.

A tendência de crescimento da dívida começou a acentuar-se em maio, mês em que o valor da dívida em atraso ascendia a 739 milhões de euros, mais 36 milhões de euros do que o valor acumulado em abril.

O aumento da trajetória de crescimento da dívida em atraso há mais de 90 dias por parte dos hospitais EPE, que teve em junho o crescimento mais acentuado, torna cada vez mais difícil o cumprimento do objetivo do ministro da Saúde, de chegar ao final do ano com um cenário igual, ou mesmo melhor, do que o registado no final de 2016.

Recorde-se que, em dezembro de 2015, os pagamentos em atraso dos hospitais EPE atingiram 451 milhões de euros, menos 93 milhões do que o valor calculado pela Direção Geral do Orçamento para dezembro de 2016.

A manter-se o ritmo de crescimento, que nos primeiros seis meses do ano foi 38,6 milhões de euros/mês, muito mais do que os 24,69 registados de janeiro a dezembro de 2016, o ano encerrará com o stock de dívida em atraso por parte dos hospitais EPE superior a 1000 milhões de euros, quase o dobro do valor em dívida no final de 2016.

Apenas uma regularização extraordinária das dívidas em atraso através da transferência de mais de cerca de 500 milhões de euros permitira a Adalberto Campos Fernandes cumprir a promessa de não agravamento do déficice do setor, algo que no ano passado só foi conseguido graças à injeção extraordinária de verbas para regularização de dívidas. Tal como o Jornal Económico noticiou há duas semanas, também a dívida total dos hospitais públicos às empresas farmacêuticas tem vindo a crescer, tendo registado 19,3% de acréscimo no primeiro semestre deste ano, face a dezembro de 2016, para 930,8 milhões de euros, o valor mais alto desde novembro de 2014. As contas são da APIFARMA, a associação que representa as empresas do setor, dão conta de que a dívida total subiu 20,8% quando comparados os valores verificados no final do primeiro semestre de 2017 com os dos primeiros seis meses do ano passado.

Já quando se analisa a dívida de cada um dos hospitais EPE, constata-se que o hospital “mais cumpridor” é o Magalhães Lemos, do Porto, que, de acordo com os dados mais recentes, acumula uma dívida total à Indústria Farmacêutica de cerca de 200 mil euros. No extremo oposto deste ranking figura, em posição destacada, o Centro Hospitalar de Lisboa Norte, que integra os Hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, com uma dívida total de 146 milhões de euros.

Contágio
Os Serviços de Saúde de Macau confirmaram, na quarta-feira, um sexto caso de febre de dengue importado, o que eleva para dez o...

O estado clínico da paciente, de 60 anos, “é considerado grave”, indicaram os Serviços de Saúde, em comunicado, dando conta de que a mulher chegou recentemente das Filipinas para visitar a família em Macau.

Estes casos somam-se a outros quatro em que a doença foi contraída localmente, um motivo de preocupação das autoridades, dado que desde 2014 só tinham sido sinalizados casos importados.

No ano passado, foram registados 11 casos de febre de dengue, todos importados.

O número crescente de casos de febre de dengue levou as autoridades de Macau a intensificarem, no início do mês, as medidas de prevenção e as ações de eliminação de mosquitos.

As operações de limpeza aumentaram de uma para duas vezes por semana, pelo menos durante 30 dias, para travar a proliferação dos mosquitos que transmitem a doença.

As autoridades de Macau manifestaram também preocupação relativamente à ocorrência antecipada de um elevado número de casos de febre de dengue na região. Habitualmente, a doença tem particular incidência entre abril e novembro.

Os Serviços de Saúde registaram ainda um caso importado de malária, o primeiro registado em Macau desde o início do ano.

O doente é um homem de 56 anos, com residência permanente no Congo.

Segurança Alimentar
O Governo da Coreia do Sul informou hoje ter detetado ovos contaminados com pesticidas nocivos, incluindo "fipronil",...

As autoridades sul-coreanas detetaram ovos contaminados com "fipronil" em cinco explorações, enquanto que noutras 18 foram encontrados "bifentrina" e outros pesticidas, indicou o Ministério da Agricultura.

Com estas são já 29 as explorações avícolas afetadas na Coreia do Sul, de acordo com dados da agência noticiosa sul-coreanaa Yonhap.

O "fipronil" é um pesticida usado para controlo de formigas, baratas e outros insetos e cujo uso está proibido em quintas avícolas. O inseticida "bifentrina" utiliza-se, por seu lado, em diversos cultivos agrícolas.

O Governo sul-coreano iniciou uma inspeção geral às 1.239 explorações avícolas registadas no país, depois de ter detetado, na terça-feira, "fipronil" em várias instalações.

As autoridades suspenderam temporariamente a venda de ovos nas principais lojas e supermercados do país para impedir que os ovos contaminados cheguem aos consumidores.

Em 2016, a Coreia do Sul foi obrigada a restringir a venda de ovos produzidos localmente, devido ao surto de gripe aviária, o que obrigou à importação de países como Austrália, Nova Zelândia, Dinamarca, Holanda, Tailândia e Espanha.

Até agora, o Executivo sul-coreano não deu conta de "fipronil" em ovos importados de outros países.

O pesticida "fipronil", de uso proibido em aves, gerou alarme na Europa, depois de ter sido divulgado que foi usado na Bélgica e na Holanda e de terem sido detetados produtos contaminados em 17 países.

Segundo especialistas, o "fipronil" representa um risco de intoxicação “muito improvável” para humanos que, tendo em conta os níveis máximos detetados na Bélgica e Holanda, teriam de consumir milhares de ovos contaminados ao longo da vida para sofrer efeitos adversos.

Teste de diagnóstico
Investigadores anunciaram terem desenvolvido um teste sanguíneo capaz de detetar precocemente vários tipos de cancro, ao...

O teste permitiu a uma equipa de cientistas dos Estados Unidos, da Holanda e da Dinamarca identificar com precisão, evitando resultados 'falsos positivos', mais de metade de uma amostra de 138 pessoas com cancro colorretal, da mama, do pulmão e do ovário numa fase relativamente inicial da doença.

Segundo o grupo de investigadores, o teste é uma novidade ao distinguir nas células sanguíneas entre alterações no ADN (material genético) provenientes de células cancerígenas e outras mutações genéticas que podem ser confundidas como biomarcadores do cancro.

As pessoas que poderiam, de acordo com a investigação, beneficiar mais com uma análise ao sangue deste tipo seriam os fumadores, que possuem risco acrescido de terem cancro do pulmão, e as mulheres com mutações genéticas hereditárias que estão na origem dos cancros da mama e do ovário.

"Este estudo mostra que identificar precocemente o cancro usando alterações do ADN no sangue é exequível e que o nosso método de sequência [de moléculas de ADN] de alta precisão é uma abordagem promissora", defendeu um dos cientistas, Victor Velculescu, professor de oncologia e patologia no Centro para o Cancro Johns Hopkins Kimmel, nos Estados Unidos, citado em comunicado pela Johns Hopkins Medicine, instituição de saúde norte-americana.

Para criarem o novo teste sanguíneo, Victor Velculescu e restante equipa utilizaram um tipo de sequenciação genómica (sequenciação de informação genética) que possibilita a correção direcionada no ADN.

O método de sequenciação permite descodificar 30 mil vezes cada código químico no ADN.

Para o seu estudo, os cientistas recolheram amostras de sangue e tecido tumoral de 200 doentes com cancro colorretal, da mama, do pulmão e do ovário em todas as fases da doença.

Posteriormente, procuraram no sangue por mutações em 58 genes associados a vários tipos de cancro. Ao todo, conseguiram detetar 86 de um total de 138 cancros em estádios I e II (fases iniciais).

Além disso, os investigadores realizaram a sequenciação genómica de tumores de 100 dos 200 doentes e descobriram que 82 pacientes tinham mutações genéticas relacionadas com as alterações no ADN detetadas no sangue.

Apesar dos resultados promissores, o teste sanguíneo, que pode ser usado em pessoas saudáveis, tem de ser validado com um número maior de pessoas, ressalva a equipa.

Em nenhuma das amostras de sangue de 44 pessoas saudáveis sujeitas ao teste foi detetada qualquer mutação genética derivada de células cancerígenas.

Restrições
A associação ambientalista Quercus congratulou-se hoje com a entrada em vigor da convenção que pretende restringir a...

A convenção de Minamata foi assinada e adotada em 2013 por 128 países e em maio passado foi validada formalmente após a ratificação por 50 países. Portugal ainda não é signatário do documento.

Minamata é o primeiro acordo ambiental multilateral da última década, diz a Quercus em comunicado, explicando que faz parte do “Grupo de Trabalho Mercúrio Zero” (organização internacional de 95 entidades de mais de 50 países), que há mais de uma década fala da necessidade de criar um acordo global como o que hoje entrou em vigor.

Lembra a Quercus no documento que o tratado “contem severas obrigações para os diferentes parceiros banirem a abertura de novas minas de exploração de mercúrio e encerrarem as minas em funcionamento”.

E inclui proibições de muitos produtos comuns e processos onde se usa o mercúrio, além de procurar reduzir o comércio e a redução da exposição da população, além de promover o armazenamento seguro da neurotoxina.

A Quercus lembra ainda que a primeira conferência entre os diferentes parceiros será entre 24 e 29 de setembro em Genebra, na Suíça, onde são esperados mais de 1.000 delegados e perto de 50 ministros.

Também hoje a associação ambientalista Zero já se tinha referido à convenção, apelando para que o Governo português a ratifique “rapidamente”.

O mercúrio é um metal líquido utilizado em instrumentos de medidas e em lâmpadas. Uma intoxicação por mercúrio pode levar à morte.

Investigação
Uma equipa que integra investigadores da Universidade do Minho demonstrou que as hexahidroquinolinas, usadas em fármacos para...

Em declarações à agência Lusa, Pedro Ferreira, investigador do Instituto de Ciências da Vida e da Saúde da Universidade do Minho, explicou que o estudo, publicado na revista Nature Microbiology, concluiu ainda que aquele grupo de fármacos atua igualmente na transmissão de parasitas resistentes aos antimaláricos atualmente utilizados.

Evita-se assim a "transmissão de resistência" ao tratamento da malária, doença que mata mais de 200 mil pessoas por ano, acrescentou Pedro Ferreira, que faz parte do grupo liderado pela Columbia University Medical Center (Nova Iorque, Estados Unidos).

"A maior particularidade desta descoberta é a demonstração de que estes novos compostos têm uma dupla ação. Atuam não só nos parasitas que causam a doença, mas também na sua forma transmissiva, uma ação muito rara nos fármacos e daí a grande novidade para o combate à malária", apontou o investigador do Instituto de Ciências da Vida e da Saúde da Universidade do Minho.

Característica essa que, explanou, "faz com que na prática possa ser possível tratar a doença e ao mesmo tempo reduzir a prevalência do parasita através do bloqueio da passagem do parasita de pessoa para pessoa através do mosquito".

O investigador apontou que as hexahidroquinolinas atuam ainda a um outro nível: "Há atualmente um grande problema de resistência aos fármacos e se estes parasitas resistentes forem transmitidos a resistência propaga-se, é o que tem acontecido com os antimaláricos que existem, são funcionais durante algum tempo mas depois as formas resistentes são transmitidas e vão perdendo a eficácia", referiu.

"Por isso, a potencialidade é que, e isto tem que ser testado e estudado, haja uma grande redução em termos de transmissão de resistência com estes fármacos porque para além de matar o parasita mata a forma transmissiva quer do parasita normal quer do resistente", salientou.

Incêndios
A Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) alertou hoje para os “graves impactos” dos incêndios na “saúde respiratória” das...

Os incêndios florestais têm “graves impactos para o meio ambiente e para a saúde respiratória das populações”, sendo causa de inflamações na faringe, laringe, traqueia e brônquios, de infeções brônquicas e pulmonares e de “descompensação de doenças” como a asma, bronquiectasias e doença pulmonar obstrutiva crónica, afirmam os pneumologistas em comunicado.

Além de degradarem a fauna, a flora e os solos, os fogos são “fortemente poluentes, enviando para a atmosfera milhões de toneladas de gases com efeito de estufa” que têm “um marcado efeito nefasto sobre a saúde das populações”.

Segundo a FPP, este impacto faz-se sentir sobretudo nos grupos mais vulneráveis: os que combatem os incêndios, as crianças, os idosos, os doentes cardiovasculares e, principalmente, aqueles que sofrem de doenças respiratórias.

Para minimizar os riscos, os pneumologistas deixam alguns conselhos para quem estiver sujeito ao “ar poluído dos incêndios florestais”, rico em óxidos de carbono, compostos orgânicos voláteis e partículas respiráveis.

Assim, recomendem às pessoas que abandonem o local do incêndio e, em caso de não ser possível, que usem máscara ou um lenço humedecido.

Contudo, advertem, “as máscaras usadas para proteger do pó, não são eficazes para proteger” os “pulmões dos gases e de muitas das partículas finas do fumo”.

Os especialistas aconselham ainda a população para permanecer “o mais perto possível do solo, onde o calor e o fumo são menos intensos”, e a fechar as janelas e a calafetar as frinchas para evitar que o fumo entre na habitação.

Evitar permanecer ao ar livre, reduzir a atividade física, beber líquidos e não acender velas nem qualquer aparelho que funcione a gás ou a lenha, de modo a manter o nível de oxigénio dentro de casa o mais elevado possível, são outras medidas recomendadas.

A federação recomenda também às pessoas que tenham de atravessar de carro uma zona com fumo que mantenham as janelas e os ventiladores da viatura fechados e liguem o ar condicionado em modo de recirculação para evitar a entrada de ar exterior.

No caso de a pessoa estar sob tratamento respiratório deve “cumprir rigorosamente o esquema que lhe foi proposto pelo seu médico, sem esquecer a eventual medicação SOS”.

“Se a sua situação clínica se deteriorar, peça aos competentes serviços a sua evacuação para um hospital”, refere a Federação Portuguesa do Pulmão.

Investigação Médica
Investigadores do Porto estão a aproveitar espinhas e cartilagens de peixes para criar em sensores óticos que podem ser...

"Os ossos e as cartilagens do peixe são especialmente ricos em determinados biopolímeros [polímeros produzidos por seres vivos, como a celusose e o amido] denominados por glicosaminoglicanos (GAG)", disse à Lusa o investigador Manuel Augusto Azenha, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), entidade que lidera o projeto.

De acordo com o também professor da FCUP, os GAG são estruturas químicas flexíveis, capazes de adotar uma nova forma em função dos materiais ou susbstâncias com as quais entra em contacto, como é o caso dos poluentes ambientais e dos fármacos.

"Os GAG podem ser vistos como um fio", explicou o investigador, acrescentando que se esse fio "for atraído por uma substância, ele irá envolvê-la de uma maneira única, assumindo assim uma forma que dependerá do tamanho, geometria e outras características dessa substância".

A nova forma que o GAG adquire pode posteriormente ser "memorizada" e utilizada na construção de sensores óticos, que são dispositivos capazes de, em tempo real, indicar a presença e o teor daquela mesma substância, por exemplo, numa água natural ou num efluente industrial.

Os desperdícios utilizados no projeto são recolhidos na indústria pesqueira ou conserveira da região de Vigo, pelo Instituto de Investigações Marinhas (IIM-CSIC) de Vigo, um dos parceiros nesta investigação, responsável também pela extração e purificação dos GAG presentes nos desperdícios.

Tendo como data de conclusão junho de 2020, este projeto insere-se num plano de atividades do Centro Multipolar de Valorização de Recursos Marinhos, coordenado pela Universidade do Minho, é e liderado por investigadores da FCUP e do Centro de Investigação em Química da Universidade do Porto (CIQUP).

Para além do Instituto de Investigações Marinhas (IIM-CSIC), de Vigo, participa ainda no projeto a Sarspec, empresa portuguesa especializada em espectroscopia.

É financiado pelo POCTEP - Programa de cooperação transfronteiriça Espanha-Portugal.

Plano Nacional de Saúde Mental
Nos próximos dias, a extensão do Plano Nacional de Saúde Mental entra em discussão pública.

O Plano Nacional de Saúde Mental para 2020 pretende trazer a todos os hospitais centrais do país unidades de internamento psiquiátrico e serviços locais de saúde mental. A informação foi avançada pelo autor do relatório da Comissão Técnica de Acompanhamento da Reforma da Saúde Mental ao jornal Público.

Em entrevista ao diário, António Leuschner, membro da Comissão Técnica de Acompanhamento do programa, afirmou que “o desejável é que até 2020 todos os hospitais centrais tenham unidades de internamento [psiquiátrico] ”, acrescentando que essas unidades devem ter internamento de inimputáveis (pacientes que cometeram crimes).

Para se juntar à unidade forense no Hospital Sobral Cid e à do Hospital Júlio de Matos deverá ser criada a do Hospital Magalhães Lemos, no Porto, segundo explicou ao matutino o porta-voz do Plano Nacional de Saúde Mental para 2020.

Nos próximos dias, a extensão deste plano nacional de saúde entra em discussão pública. Apesar de o documento ter chegado com atraso à mesa do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, devido a um erro informático, o mesmo foi redigido em harmonia com o Plano Nacional de Saúde e tem em conta o Plano de Ação Global para a Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde e as Linhas de Ação Estratégica para a Saúde Mental e Bem-estar da União Europeia.

Infeções do trato respiratório
Assiste-se a uma mudança de tendência nas principais causas de morte em África.

O HIV/SIDA já não é a principal causa de morte no continente africano, mas a boa notícia não deve ser sobrevalorizada. A doença mantém-se no topo das principais causas de morte em África, mas agora em segundo lugar, quando antes se encontrava no primeiro.

A nova estatística de causas de morte em África, elaborada pela organização “Africa Check”, indica que no topo da lista estão as infecções do trato respiratório. As doenças mais comuns nesta categoria são a bronquite e a pneumonia, responsáveis por 16% da mortalidade de crianças abaixo dos cinco anos a nível global.

Em 2015 o vírus HIV/SIDA causou 760 mil mortes, quando em 2010 foram cerca de um milhão. A educação e prevenção da doença foram uma das razões para que esta tenha deixado de ser a principal causa de morte em África.

A terceira principal fonte de mortalidade no continente são as doenças diarreicas causadas por infecções virais, bacterianas e parasitárias. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças norte-americano, 88% das mortes desta categoria ocorrem por falta de condições sanitárias e por inexistência de água potável.

A quarta causa são os acidentes vasculares cerebrais (AVC). Nos últimos cinco anos os AVC aumentaram no continente africano, de 406.595 (4,4% das mortes totais em África) para 451.000 mortes (4,9%) em 2015, segundo a “Africa Check”.

A mudança de tendência da mortalidade para as causas de morte mais tradicionais, associadas aos países desenvolvidos, dever-se-á manter. Esta alteração provém do aumento da urbanização e de um melhor acesso a cuidados de saúde por parte das populações.

Relembre-se, porém, que em 2015 na África Ocidental, nomeadamente na Guiné, Libéria, Serra Leoa, Nigéria, Senegal e Mali, ocorreu um surto do vírus do ébola, causando milhares de mortes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) caracterizou o surto como epidemia e várias organizações não-governamentais, como, por exemplo, os Médicos Sem Fronteiras, estiveram no terreno a combater o surto do vírus. Em janeiro de 2016 o surto de ébola foi oficiamente dado como extinto.

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