Associação Dignitude
Cerca de 60 municípios já aderiram ao programa de dispensa gratuita de medicamentos para doentes crónicos carenciados da...

Depois de a associação ter em janeiro estabelecido uma parceria com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, são já cerca de 60 os que aderiram ao programa Abem - Rede Solidária do Medicamento, disse a presidente do conselho geral e de supervisão da Associação Dignitude, Maria de Belém Roseira.

“Cobrimos todo o Portugal continental e regiões autónomas e há apenas dois distritos onde nenhum ainda assinou formalmente”, acrescentou.

O programa, lançado há dois anos para ajudar pessoas com doenças crónicas na compra de medicamentos, tem quatro mil beneficiários e, com o envolvimento das farmácias e dos municípios, o objetivo “é chegar ao final do ano com 25 mil”, em todos os concelhos do país.

Maria de Belém Roseira detalhou que 50% dos beneficiários são pessoas em idade ativa, 25% são crianças e os outros 25% são idosos.

A responsável explicou que o programa “pretende evitar que as pessoas tenham de escolher entre comer e comprar medicamentos, salvaguardando sempre a dignidade da pessoa”, já que na adesão ao programa lhes é entregue um cartão para aviar a medicação “sem exibir a sua situação de pobreza”, que apenas fica no conhecimento do farmacêutico.

Maria de Belém Roseira falava após uma parceria estabelecida com os municípios da Lourinhã (distrito de Lisboa) e de Peniche (distrito de Leiria), que passaram a aderir ao programa.

Em janeiro, o programa Abem venceu o prémio António Sérgio, na categoria de Inovação e Sustentabilidade.

A Associação Dignitude foi criada em novembro de 2015 pela Associação Nacional de Farmácias, Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, Cáritas e Plataforma Saúde em Diálogo e resulta de várias parcerias instituídas com entidades a nível local, autarquias, instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e outras instituições da área social.

Investigador
O investigador Wolfgang Merkt, um dos oradores convidados para um evento sobre Inteligência Artificial que arranca hoje, no...

A robótica humanoide é "um campo muito desafiador, que requer um pensamento fora da caixa. Ter uma forma humanoide presente quando se desenvolvem robôs para operar no ambiente construído para seres humanos, é, frequentemente, a opção mais versátil e adaptável", frisou.

Wolfgang Merkt, que colabora com a NASA na criação do robô humanoide Valkyrie, falava à agência Lusa a propósito da 12.ª edição do Encontro Nacional de Estudantes de Informática (ENEI), evento organizado por estudantes do ensino superior e que decorre até segunda-feira, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

De acordo com o também estudante de doutoramento na Universidade de Edimburgo (Reino Unido), a Inteligência Artificial permite resolver problemas para os quais “era muito difícil formular uma solução, recorrendo somente a um programa de computador”, criando ferramentas com potencial de salvar vidas ou de auxiliar na economia dos recursos.

Contudo, apesar dos avanços já conseguidos, a tomada de decisão autónoma por parte dos dispositivos e robôs é um dos desafios atuais, com os estudos a incidirem cada vez mais nessa área.

"Outro perigo pode surgir pela falta de diversidade dos dados utilizados por estas tecnologias, com alguns exemplos a aparecer em sistemas de policiamento preditivo", acrescentou Wolfgang Merkt, que defende a importância da ética na Inteligência Artificial.

Questionado sobre a automação industrial, um dos focos da sua apresentação no INEI, contou que o caminho passa pelos sistemas colaborativos, nos quais humanos e robôs "trabalham de mãos dadas".

Esses sistemas colaborativos, continuou, têm a vantagem de serem "muito mais flexíveis, produtivos e fáceis de implantar" que os robôs industriais tradicionais, combinando "a destreza humana e a precisão e capacidade de repetição robótica".

Já na recuperação de desastres, também por si abordada durante o evento, destacou os veículos aéreos autónomos (como drones), "cruciais para fornecer aos socorristas uma rápida visão geral da situação e obter, por exemplo, os remédios necessários para as vítimas".

Na exploração espacial, salientou, a tecnologia desenvolvida para suportar a exigência de longos períodos de operação autónoma durante as missões, que desafiam a capacidade limitada do ser humano em assumir o controle, devido à baixa largura de banda de transmissão de dados e aos atrasos na transmissão de informação.

Wolfgang Merkt está a trabalhar com a NASA na construção do Valkyrie, um robô humanoide "único", cujo desenvolvimento permite estudar a locomoção e a recuperação do equilíbrio (que pode ajudar na reabilitação médica de pacientes com AVC) e a manipulação (permitindo a manipulação de grãos finos em aplicações perigosas).

"Muitas habilidades tidas como garantidas enquanto humanos, são muito desafiadoras para um robô realizar. Desde a capacidade de manter o equilíbrio, de atravessar terrenos irregulares, de responder a mudanças e de lidar com pisos escorregadios, até ações que envolvam uma manipulação hábil, como girar uma caneta entre os dedos", referiu.

Na edição deste ano, o ENEI aborda o impacto da Segurança Informática e da Inteligência Artificial na vida quotidiana das pessoas e das empresas, contando atividades - como palestras e workshops - e mais de 40 oradores nacionais e estrangeiros, promovendo ainda atividades de aproximação entre os estudantes e as empresas.

 

Assembleia da República
O parlamento aprovou hoje projetos de resolução de BE, PCP e PAN para o reforço das políticas públicas de combate e tratamento...

O texto do BE recomendava ao Governo, no seu ponto n.º 4, a promoção, "em conjunto com os municípios e outras entidades”, da “implementação das salas de consumo assistido, serviços de ‘drugchecking’ (verificação da qualidade das substâncias) e políticas de redução de riscos nas prisões". Este ponto foi rejeitado por PSD, CDS-PP, PCP e PEV.

Os restantes pontos da resolução bloquista foram aprovados, tal como os dois projetos do PAN e o do PCP, embora com a oposição ou abstenção de PSD e CDS-PP.

O PAN defendia a criação de "uma resposta pública especializada e eficaz de intervenção em comportamentos aditivos e dependências" e a reformulação das condições de atribuição de apoio financeiro pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) a entidades promotoras de projetos de redução de riscos e minimização de danos".

Tal como o PAN, os comunistas recomendavam ao executivo "uma entidade, com autonomia administrativa e financeira, que tenha como missão a coordenação, o planeamento, a investigação e a intervenção no combate à toxicodependência, ao alcoolismo e a outras dependências".

Antes da votação, no debate em sessão plenária, BE, PCP e PAN pediram respostas públicas e o reforço do investimento para o setor, sendo acompanhados pelo PS, embora apenas relativamente aos "princípios" defendidos.

A deputada socialista Elza Pais destacou o facto de Portugal ter sido "uma referência mundial" pela sua "visão humanista" desta problemática, algo sublinhando também pelo bloquista Moisés Ferreira, que defendeu a descriminalização do consumo e a prevenção e tratamento, "em vez do proibicionismo", com vista à "redução do consumo, dos riscos e doenças associadas", numa "lógica da saúde e menos policial".

O parlamentar do BE insistiu ainda na necessidade das salas de consumo assistido e do "drug checking" (verificação da qualidade das substâncias).

PS, BE, PCP e PAN criticaram o Governo PSD/CDS-PP pela extinção do antigo Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) e o "desmantelamento", "desinvestimento" e "fragmentação" das soluções entretanto encontradas.

"Em 2012, o IDT foi extinto como consequência da criação do SICAD, tendo gerado este novo modelo inúmeras críticas, deu origem a uma fragmentação do modelo de intervenção, assistindo-se a assimetrias regionais", condenou o deputado único do PAN, André Silva, lamentando a atual "situação de ingovernabilidade".

A deputada do PCP Carla Cruz defendeu a recuperação da "entidade destruída por PSD/CDS e que o Governo do PS tarda em fazer", assim como a "contratação de profissionais, o apoio aos utentes nas deslocações e a recuperação de infraestruturas", algo que, reconheceu, "não se faz de um dia para o outro", mas que é necessário para "romper com a política de direita".

Pelo PSD, Laura Magalhães criticou as iniciativas em causa por serem de partidos que apoiam o Governo do PS, ironizando: "que rica união de facto temos aqui".

"Estes projetos não parece que respondam às necessidades, o atual modelo tem potencialidades que ainda não foram exploradas", disse.

A deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto considerou que “as políticas que devem ser adotadas e estimuladas devem ser multissetoriais, integradas e de proximidade, com apoio de qualidade ao indivíduo e sua família e acesso a tratamentos para aqueles que realmente deles necessitam".

Isabel Galriça Neto lembrou também que o seu partido apresentou uma proposta em sede orçamental para o investimento nas atuais estruturas, mas que foi chumbada por PS, BE e PCP, que criticam o executivo, mas "viabilizam as suas ações à segunda, quarta e sexta".

 

Sociedade Portuguesa de Diabetologia
A Sociedade Portuguesa de Diabetologia deixa o alerta: há várias regiões do país que se estão a ressentir nos seus programas de...

“É absolutamente premente a nomeação de um diretor para o Programa Nacional para a Diabetes, que prossiga a sua implantação e o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde dedicados à diabetes”, destaca o Memorando de Vilamoura 2018, documento que reúne as conclusões de quem participou no 3.º Encontro das Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes (UCFD), que decorreu em Vilamoura.

Este documento, que visa apresentar os anseios e as vontades das UCFD às entidades competentes, foi enviado à Diretora-Geral da Saúde com conhecimento do Secretário de Estado adjunto do Ministério da Saúde e do Ministro da Saúde no dia 12 de março, assinado pelos Coordenadores Regionais do Programa da Diabetes das ARSs do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo e do Algarve, bem como pelo Dr. Rui Duarte, presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), entidade organizadora deste Encontro. Até ao momento, os coordenadores regionais da diabetes nas ARSs e a SPD não obtiveram resposta.

O Programa Nacional para a Diabetes (PND) da Direção-Geral da Saúde está sem diretor desde dia 1 de janeiro de 2018. Os efeitos desta falta de direção a nível nacional notam-se uma vez que nem todas as UCFD estão a andar à mesma velocidade no que toca às estratégias de tratamento/acompanhamento das pessoas com diabetes, bem como nos esforços de diagnóstico e prevenção. Os rastreios de retinopatia diabética, por exemplo, não estão organizados a nível nacional de forma eficaz, o que se reflete na forma como esta doença é tratada e gerida no SNS.

O Despacho Nº 3052/2013 do Gabinete de Secretário de Estado Adjunto do Ministério da Saúde de 18 de fevereiro de 2013 determinou a criação de Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes (UCFD), consultas autónomas de diabetes nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS) e as Unidades Integradas da Diabetes (UID), nos hospitais. 

De acordo com dados do Observatório Nacional da Diabetes (OND), a diabetes é uma das principais causas de morte em Portugal. Outro dado a ter em conta é o facto do risco de Doença Cardiovascular (DCV) em pessoas com diabetes mellitus (DM) duplicar comparativamente à população não diabética. As doenças cardiovasculares estão associadas a um impacto económico significativo, uma vez que levam a mais internamentos hospitalares e a maiores custos com o tratamento das comorbilidades da diabetes tipo 2, sendo responsáveis pela maioria da despesa em saúde com a diabetes.

 

Sarampo
O número de casos confirmados de sarampo subiu para 68, mais dois casos do que na quinta-feira, segundo o mais recente balanço...

Até ao momento, a Direção-Geral da Saúde (DGS) tem registados 68 casos confirmados, havendo 32 em investigação, com a maioria dos casos a ter ligação ao Hospital de Santo António, no Porto.

De todos os que até ao momento contraíram a doença, 19 encontram-se curados e 49 estão ainda doentes, mas não há ninguém internado.

A DGS recorda que o vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes e até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.

Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois de a pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal.

Existe vacina contra o sarampo no Programa Nacional de Vacinação, que deve ser administrada aos 12 meses e cinco anos.

Os profissionais de saúde devem ter as duas doses da vacina independentemente da sua idade.

Segundo dados avançados na quinta-feira pelo Ministério da Saúde, dois terços dos casos positivos de sarampo do atual surto são de profissionais de saúde com as duas doses necessárias da vacina.

 

Ministério da Saúde
As Administrações Regionais de Saúde vão passar a definir o número máximo de horas de prestação de serviços a contratar, assim...

O despacho, que será publicado hoje em Diário da República, recorda a “necessidade de promover a redução do recurso à prestação de serviços, durante o ano de 2018”.

Com este objetivo, cada Administração Regional de Saúde (ARS) “define o número máximo de horas a contratar neste regime, bem como o encargo global com as mesmas, a ser regionalmente distribuído por todos os serviços ou estabelecimentos de saúde integrados no Serviço Nacional de Saúde, com a natureza de entidade pública empresarial, da respetiva circunscrição territorial”.

O despacho determina ainda que o valor por hora de referência para a contratação de serviços médicos é de 22 euros para os médicos não especialistas e 26 euros para os médicos especialistas, tal como já acontecia.

Contudo, estes valores podem ser ultrapassados em relação aos médicos especialistas e até ao limite máximo de 29,21 euros, “desde que esteja em causa estabelecimento de saúde que, para a especialidade correspondente (…) tenha sido identificado como situado em zona qualificada como carenciada”.

“Excecionalmente e quando comprovada a impossibilidade de aquisição de serviços médicos seja suscetível de impedir a prestação de cuidados de saúde imprescindíveis e inadiáveis”, estes valores “podem ser temporariamente ultrapassados, por despacho do conselho diretivo da ARS territorialmente competente”.

O despacho determina ainda que estes contratos devem, obrigatoriamente, ser registados na aplicação “RHV” (recursos humanos e vencimentos) e ser objeto de publicitação nos sítios da internet das entidades contratantes, com indicação expressa quer do número de horas semanais e/ou mensalmente contratualizadas quer do valor/hora de referência praticado.

 

A Endomarcha 2018, realiza-se no Algarve, no dia 24 de março às 15h
A endometriose afeta 1 em cada 10 mulheres no mundo e é uma das principais causas de infertilidade feminina. Uma das...

Março é o mês da endometriose; 31 dias em que se divulga informação sobre uma doença dolorosa, desconhecida e cujo o diagnóstico na maior parte dos casos, tarda em chegar. Ter dores menstruais fortíssimas, dor durante as relações sexuais, dor pélvica crónica, dor ao urinar ou evacuar, pequenas perdas de sangue antes ou entre o período, não é normal. Se apresenta alguns destes sintomas de maneira recorrente deve procurar a ajuda de um especialista.

A Mónica Rijo é uma das lutadoras que partilha a sua história para ajudar as mulheres que passam pela mesma situação a saber que podem ser mães apesar da endometriose.

A Mónica passou mais de 10 anos da sua vida a queixar-se de cólicas menstruais fortíssimas e nenhum médico desconfiou que pudesse ter endometriose. “Ter dores é normal” foi o que ouviu repetidamente ao longo de vários anos da sua vida. E por querer dizer bem alto a toda a gente que ter dores não é normal, é que a Mónica partilha a sua história com todas as mulheres neste mês da endometriose. Quer mostrar-lhes como é importante procurar um especialista, o quanto antes, quando se tem algum dos sintomas acima descritos.

Quase aos 30 anos, quando queria engravidar e não conseguia inscreveu-se para a consulta de infertilidade num hospital público. Esperou quase um ano pela consulta, e depois passou mais um ano até à laparoscopia. Foi após a cirurgia que os médicos lhe explicaram que o motivo da infertilidade era a endometriose.

Recorda o enorme vazio que sentiu. O seu pensamento foi: “E agora? Que doença é esta? O que é que eu vou fazer?” Mas a vontade da Mónica em fazer crescer a família era tão grande que rapidamente se tornou uma causa familiar. “A minha mãe sempre me apoiou, aliás foi ela através das suas longas pesquisas na internet que me falou da existência da endometriose e que possivelmente pelos sintomas que descrevia eu teria esta doença. O meu marido também sempre me ajudou, aliás a nossa relação saiu mais fortalecida de todo este processo”, conta Mónica com a emoção própria de quem nunca desistiu de um sonho, apesar de ter vivido períodos em que pensou que não teria forças para suportar tanta dor, em que se questionou “porquê eu?”, em que chorou dias e noites sem fim!

Após o diagnóstico Mónica entrou numa lista de espera, superior a dois anos, para tratamento de fertilidade. Durante este período fez coitos programados (consiste em induzir a ovulação com comprimidos ou injeções, monitorizar o crescimento folicular e programar a relação sexual) mas sem sucesso.

Em paralelo começou a pesquisar e através da Associação Portuguesa de Fertilidade descobriu o IVI Lisboa. Persistia o sonho: “Ser mãe era o meu maior sonho. Queria ter três filhos”. E decidiu marcar uma consulta no IVI.  “Perante o meu historial o Dr. Sérgio Soares, recomendou-me ir a uma consulta com o Dr. António Setúbal, um especialista muito conceituado para saber qual a opinião do médico sobre o estado da minha endometriose. E assim o fiz. Depois de vários exames fui operada pela segunda vez. O meu corpo ficou “limpinho” e precisava de fazer o tratamento de fertilidade o quanto antes para ter maior sucesso”.

E foi no IVI que iniciou o tratamento tendo feito uma fertilização in vitro com recurso à técnica de ICSI e engravidou do seu primeiro filho que se chama Tiago, e que hoje já tem 7 anos. “O Tiago nasceu de cesariana, mesmo tendo engravidado 4 meses após a cirurgia a bexiga já estava colada ao útero”. “Nos primeiros 3 anos após o nascimento do meu Tiago eu ainda chorava de alegria e beliscava-me para saber se era mesmo verdade, se seria mesmo meu! O sonho tornou-se realidade, no entanto o sofrimento pela infertilidade é algo que fica para a vida e nunca se esquece. Vai ficar para sempre gravado na minha memória o momento em que o Dr. António Setúbal, após o nascimento do Tiago, me foi visitar ao quarto e pegou no Tiago com a sua mão enorme, coloco-o no ar e disse-me “valeu ou não valeu a pena?”, recorda Mónica visivelmente emocionada.

Dois anos mais tarde Mónica faz nova tentativa de gravidez, mas falha. Nada a faz desistir e três meses depois volta a fazer mais uma transferência embrionária e engravida da pequena Mariana, hoje com 4 anos de vida.

À medida que Mónica vai contando a sua história nota-se um brilho especial nos olhos quando fala dos filhos. “Ter dois filhos e logo um casalinho que tanta gente ambiciona é maravilhoso. Adoro os meus filhos, são eles que dão sentido à nossa vida!”

Recorda o tempo que passou em tratamento de fertilidade com um misto de emoções, acreditava que ia dar certo, mas tinha momentos em que sentia menos ânimo e confiança.

A todas as mulheres que têm endometriose e que sonham ser mães, a Mónica deixa uma mensagem de esperança: “eu consegui, e vocês também vão conseguir”. Têm é que estar acompanhadas pelos melhores, e tanto há bons especialistas em endometriose, como em procriação medicamente assistida.

Como a Mónica a endometriose afeta milhões de mulheres em todo o mundo (calcula-se que 1 em cada 10 mulheres tenha estes sintomas). É uma doença crónica, que além das dores intensas que provoca, que podem chegar a ser invalidantes, é uma das principais causas de infertilidade, explica Susana Fonseca, Presidente da Associação Portuguesa de Mulheres com Endometriose a MulherEndo.

“Entre 30 a 50% das mulheres que o grupo IVI recebe nas suas clínicas têm problemas de endometriose, o que converte a doença na terceira causa de infertilidade feminina. A procriação medicamente assistida tem respostas para as mulheres que precisam de conciliar a doença com a maternidade, seja numa perspetiva preventiva, através da vitrificação de óvulos ou para ajudar a engravidar com recurso a tratamentos de fertilidade. Além disso, sabe-se que é importante as mulheres com endometriose engravidarem, porque além de conseguirem realizar o sonho da maternidade, a própria gravidez tem benefícios para a doença, já que alguns níveis de endometriose se curam ou se reduzem durante o período em que o ovário permanece inativo”, explica o Dr. Sérgio Soares, diretor do IVI Lisboa.

A endometriose em números

- Afeta 15% das mulheres portuguesas em idade fértil

- O diagnóstico na maior parte dos casos surge entre os 25 e os 35 anos de idade

- Calcula-se que nos casos de endometriose a taxa de gravidez natural por ciclo é menor a 2% - nas mulheres que não têm a doença esta taxa situa-se nos 20%.

Uma das iniciativas mundiais para dar a conhecer a doença é a realização da Endomarcha. Em Portugal é organizada pela Associação MulherEndo, em parceria com a Free Challenge e com a InfraQuinta, realiza-se no Algarve no próximo dia 24 de março às 15h. As inscrições são obrigatórias e podem ser feitas no site da associação http://mulherendo.pt/marcha2018/.

No México
Dois gémeos siameses unidos pelo tórax e o abdómen foram separados com êxito e estão a recuperar de forma satisfatória quase...

O nascimento dos siameses ocorreu a 15 de dezembro de 2017, por meio de uma cesariana programada, e 41 dias depois, realizou-se a cirurgia de separação, num hospital de León, no estado mexicano central de Guanajuato.

Os médicos detetaram que os meninos estavam unidos pelo tórax e o abdómen às 26 semanas de gestação, numa consulta regular da mãe, de 32 anos.

Uma equipa multidisciplinar de cirurgiões, anestesistas e enfermeiras participou na operação, que durou quase seis horas, indicou o Instituto Mexicano da Segurança Social (IMSS) em comunicado.

Após algum tempo nos cuidados intensivos, os bebés tiveram alta, e a 02 de março, numa consulta de controlo, os médicos concluíram que estão ambos saudáveis, pesando cada um mais de três quilos.

 

Estudo
Quase dois terços dos enfermeiros têm uma perceção negativa da sua saúde mental e mais de sete em cada dez consideram que...

O estudo que avalia as perceções dos enfermeiros quanto à saúde mental foi realizado no ano passado e contou com uma amostra de 1.264 profissionais, de acordo com um resumo do estudo, que hoje será apresentado em Lisboa.

São mais de 60% os enfermeiros que assinalaram como negativa a perceção que têm da sua saúde mental, sendo que nove em cada 10 indicam mesmo que consideram sofrer de disfunção social.

Quase oito em cada dez enfermeiros consideram que sofrem de ansiedade e insónia e há mesmo 22% que referem ter a perceção de ter sintomatologia de depressão grave.

Entre os enfermeiros que fazem turnos, 90% consideram que não dormem o suficiente entre turnos de noite seguidos e há também quase 80% que não dormem o suficiente entre turnos de manhã seguidos.

Independentemente dos turnos, mesmo entre os profissionais que não os fazem, mais de 80% dos enfermeiros consideram que não dormem o suficiente.

No geral, mais de um terço dos enfermeiros participantes no estudo considera sofrer de pelo menos uma doença física ou mental. As perturbações ligadas ao humor e as de ansiedade representam cerca de um quinto das doenças assinaladas.

Quanto à perceção da saúde mental face às variáveis socioprofissionais, o estudo nota que exercer a profissão em hospitais está ligado com mais sintomas somáticos (como falta de energia ou cefaleias).

Ter formação especializada fica associado a melhor saúde mental, com menos sintomas.

Dos enfermeiros especialistas, os de saúde materna e obstétrica são os que assinalam uma pior saúde mental e os de psiquiatria os que percecionam de melhor forma a sua saúde.

Este estudo que é hoje apresentado foi realizado por um grupo de investigadores constituído por enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde mental, realizado na Escola de Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica.

 

Boletim polínico
Portugal continental vai, a partir de hoje, apresentar concentrações de pólenes elevadas na região sul, Lisboa e Setúbal e...

No boletim polínico da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), com as previsões de concentração de pólenes na atmosfera para a semana de 23 a 29 de março, as regiões de Castelo Branco (Beira Interior), Lisboa (Lisboa e Setúbal), Évora (Alentejo) e Portimão (Algarve) são indicadas como aquelas onde os níveis serão elevados.

Os pólenes têm origem, maioritariamente, em árvores como plátanos, ciprestes, carvalhos e pinheiros, e em plantas como a urtiga, a azeda e a parietária.

Nas restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, as concentrações de pólenes terão níveis baixos.

Na primavera acontece o pico da polinização, o que pode provocar alergias.

 

Investigador alerta
As instituições que acolhem idosos em Portugal estão em risco por falta de profissionais, alertou o investigador Ricardo...

Segundo o investigador, fundador e presidente da Associação Nacional e Gerontologia Social (ANGES), "a sobrecarga de trabalho e os baixos salários estão na origem de um problema que pode vir a afetar o funcionamento das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas".

"As respostas sociais para idosos como as conhecemos, e o tempo de ter 100 candidatos a concorrer a uma vaga de auxiliar para um lar, já pertence ao passado. Ou mudamos de perspetiva ou todos os que têm mais idade poderão não ter acesso aos serviços assistenciais de qualidade a que têm direito", salienta Ricardo Pocinho.

O presidente da ANGES salienta que, "atualmente, os idosos que integram este tipo de respostas são mais demenciados, têm menos mobilidade e alguns há muito que estão em isolamento social".

"Contudo, e com novas exigências na atuação, paga-se hoje à maioria dos trabalhadores deste setor o mesmo que auferiam quando ingressaram nas suas funções", refere o investigador, salientando que a "maioria não tem formação adequada e, dada a escassez de profissionais, este facto é pouco tido em conta".

Ligado às questões do envelhecimento há cerca de 10 anos e autor de mais de 200 artigos sobre a temática, Ricardo Pocinho não tem dúvidas de "que se está perto da rutura e os cuidados a idosos como se idealizam estão em risco".

O investigador considera que o assunto requer uma intervenção urgente e, nesse sentido, a ANGES vai pedir audiência ao Presidente da Republica.

"O nosso país assistiu à rápida multiplicação de estruturas para dar resposta ao envelhecimento populacional, mas não assegurou os necessários recursos humanos e a sua formação", sublinhou.

Para discutir o assunto, Ricardo Pocinho anunciou que a ANGES vai realizar, em Coimbra, entre 27 e 29 de maio, o Congresso Internacional Sobre Envelhecimento, com a participação de especialistas e de representantes de poder central, regional e local.

"Cuidador do próximo exige capacitação de si mesmo, caso contrário o sistema perigará e será preciso encontrar quem cuide dos cuidadores", alerta o investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento da Universidade Lusófona.

 

Fundação AFID Diferença
A Fundação AFID Diferença, que apoia jovens com deficiência, crianças e idosos no concelho da Amadora, realiza no próximo dia...

A conferência Arte Fora da Caixa” acontece no próximo dia 11 de abril das 14h30 às 17h30 na sede da Fundação AFID. O encontro contará com a atuação do grupo AFID Dance e terá como participantes nomes de relevo no panorama da dança numa conversa inclusiva.

A segunda edição do workshop “Arte Fora da Caixa” convida a todos a pensar na arte da dança como sendo algo para todos e com todos. Um espaço de discussão sobre a dança fora dela própria, mas observando-a a si mesma questionando o seu percurso, capacidades e benefícios. 

O evento contará a presença de Bruno Rodrigues, coreógrafo e diretor artístico da AFIDANCE, da Dr.ª Joana Santos, psicomotricista, das professoras Doutora Paula Lebre e da Doutora Elisabete Monteiro, docentes em Licenciatura em Dança e Reabilitação Psicomotora pela Faculdade de Motricidade Humana em Lisboa e de Diana Bastos, bailarina, escritora e coreógrafa.

“A Arte Fora da Caixa é uma iniciativa de apresentação e reflexão da metodologia de intervenção social com pessoas com deficiência através da arte,” explica Juvenal Baltazar, Diretor da Ação Social da Fundação AFID Diferença.

“A AFID, desde a sua origem, tem elegido a arte como linguagem e metodologia de inclusão. Por isso, tem também aprofundado a sua prática juntamente com as universidades, as famílias, as pessoas com deficiência e os técnicos das outras organizações congéneres com estes workshops, pretendemos iniciar novas metodologias “fora da caixa”, que garantam o desenvolvimento e o cumprimento dos objetivos da nossa intervenção,” conclui.

A “Arte Fora da Caixa” marca o início do ciclo de conferências da Fundação AFID. A participação no evento é gratuita, mas com inscrição obrigatória.

Profissionais de saúde
A Bissaya Barreto Saúde da Fundação Bissaya Barreto, em Coimbra, vai iniciar uma Pós-Graduação em Programação Neuro Linguística...

Ao contrário da maioria dos cursos existentes em Portugal, cujos programas curriculares se focam no desenvolvimento de competências (hard-skills), esta Pós-Graduação pretende também que os participantes desenvolvam soft-skills, através de uma melhor compreensão dos processos inconscientes que comandam o comportamento humano e as competências. Os profissionais de saúde que lidam todos os dias com níveis de stress elevados, terão a oportunidade de adquirir estratégias para alterar e gerir estados emocionais, entre outras.

O curso vai ser lecionado por Sérgio Freitas e Fátima Oliveira, arranca no dia 20 de abril e funciona até outubro de 2018, às sextas e sábados, com um total de 195 horas. A inscrição tem um valor de 642€ + IVA e as propinas 994€ + IVA, divididas em quatro prestações. As inscrições estão abertas até ao dia 31 de março e, caso as vagas não sejam todas preenchidas, haverá uma segunda fase, de 1 a 18 de abril. Para concluir a Pós-Graduação, os participantes têm de comparecer em 90% das aulas.

Para inscrições ou pedidos de informação, os interessados podem utilizar os seguintes contactos: [email protected] ou +351 239 800 400.

 

Governo
A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, afirmou hoje que vai ser lançado este ano um programa de promoção das...

"Vamos construir um programa de promoção das termas em Portugal para voltar a conquistar os portugueses para as termas, para que os portugueses voltem a ter as termas quase como necessidades anuais", anunciou Ana Mendes Godinho, que falava em São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, um dos maiores pontos de atração termal do país.

Questionada, Ana Mendes Godinho referiu que o programa está a ser preparado e será lançado "ainda este ano, brevemente".

Depois de o Orçamento do Estado para 2018 prever o regresso dos reembolsos do Serviço Nacional de Saúde relativos a despesas com tratamentos em termas com prescrição médica, o Governo pretende, com "um programa integrado", que "as termas voltem a estar na mente dos portugueses, por um lado, mas também em termos de posicionamento internacional".

A secretária de Estado falava após a sessão de apresentação de vários projetos apoiados pelo Portugal 2020 e pelo programa Valorizar no concelho de São Pedro do Sul.

Durante o discurso, a governante sublinhou que as termas em Portugal "já tiveram um peso muito grande e precisavam de um novo fôlego", destacando este setor como "um produto chave", ainda para mais por grande parte localizar-se "no interior do país".

As termas "podem ser um produto âncora para a dinamização de várias regiões".

"Têm tudo para ser um produto de futuro", sublinhou.

Durante a sessão, o presidente da Câmara de São Pedro do Sul, Vitor Figueiredo, apresentou os vários projetos da autarquia para o concelho que foram recentemente aprovados no programa Valorizar.

O município vai investir 190 mil euros na acessibilidade turística dos claustros do Convento de São José, instalar ‘wifi’ gratuito (76 mil euros) e criar um percurso lúdico nas margens do Vouga para ligar as termas à Ecopista do Vouga, um projeto de 557 mil euros.

De acordo com o gabinete de imprensa da autarquia, os passadiços junto ao Vouga vão permitir ligar o troço existente da ecopista do Vouga à zona das termas.

"O projeto contempla a instalação de percursos ribeirinhos" entre o Gerós e o Carvalhedo, na margem esquerda do rio Vouga, e entre o parque de estacionamento e a EN16, na margem direita.

"Este percurso também prevê a ligação à ecopista no sentido para Vouzela com marcação de uma pista ciclável pelos arruamentos existentes e utilizando o túnel existente na variante das termas", acrescentou o gabinete de imprensa.

Para além dos projetos aprovados no programa Valorizar, foram ainda apresentados dois investimentos privados, ao abrigo do Portugal 2020, de qualificação do Hotel Vouga e do Grande Hotel Lisboa, para passarem de três estrelas para quatro, num investimento total "superior a oito milhões de euros", frisou Vitor Figueiredo.

 

Donativos
A Cruz Vermelha Portuguesa lançou hoje a “Linha CVP”, um serviço que presta informações sobre como fazer um donativo e como...

“À semelhança do que acontece com outras organizações humanitárias, a Cruz Vermelha Portuguesa necessita de mais donativos e implementou, para tal, um serviço muito fácil de memorizar com a garantia de total transparência”, adiantou o presidente da CVP.

No site da Cruz Vermelha Portuguesa “não só os donativos são discriminados como também o seu destino e utilização, incluindo os extratos bancários das respetivas contas”, explicou Francisco George.

Para facilitar o acesso à linha informativa, foi lançado hoje "um número de fácil acesso e memorização" - 212 222 222 -, através do qual “é possível obter todos os pormenores de como doar e como verificar o destino do respetivo donativo”, acrescentou.

Quem ligar para este número, terá acesso a informação útil sobre como fazer um donativo de forma simples e, também, sobre os principais serviços da instituição.

Segundo Francisco George, os donativos serão aplicados, sobretudo, no programa “Mais feliz”, um projeto nacional de intervenção social junto das pessoas mais vulneráveis.

Este programa representa “um elevador social” que permite “aceder a patamares mais elevados com apoios da Cruz Vermelha e através de um microcrédito bancário, em a CVP é a garantia principal”, disse Francisco George.

A Cruz Vermelha Portuguesa é uma instituição humanitária não governamental de caráter voluntário e de interesse público, sem fins lucrativos.

 

Programa Nacional para a Tuberculose
Os casos de tuberculose demoram mais de cem dias, em média, a ser diagnosticados em Portugal desde o início dos sintomas e há...

Os dados foram hoje revelados pela responsável do Programa Nacional para a Tuberculose, Raquel Duarte, que aponta como uma das missões mais relevantes nesta área encurtar o tempo até ao diagnóstico da doença.

O relatório sobre a situação da tuberculose em Portugal que hoje foi apresentado em Lisboa define precisamente como objetivo “reduzir o atraso até ao diagnóstico”.

“As pessoas não valorizam as suas queixas e os seus sintomas”, alerta Raquel Duarte.

Tosse prolongada, expetoração, emagrecimento, cansaço, febrícula são alguns dos sintomas da doença, mas que acabam por ser desvalorizados e as pessoas retardam a procura de cuidados de saúde.

Aliás, segundo o relatório “Tuberculose em Portugal – Desafios e Estratégias 2018”, mais de metade dos casos de tuberculose pulmonar em 2017 tinha exame direto positivo, o que traz maior risco de transmitir a doença aos seus contactos.

Embora ainda apresente dos mais altos valores da Europa, Portugal registou nos últimos dez anos uma diminuição de cerca de 40% da taxa de notificação e de incidência da doença.

Nos últimos cinco anos, a taxa tem reduzido a um ritmo de 5% ao ano e desde 2015 que a taxa de incidência está abaixo dos 20 casos por 100 mil habitantes.

Os valores provisórios de 2017 apontam para uma taxa de incidência abaixo dos 16 por 100 mil habitantes.

A maior concentração de casos continua a registar-se nos distritos de Lisboa e do Porto.

A responsável do Programa Nacional para a Tuberculose mostra-se cautelosa quanto ao objetivo de atingir a eliminação da doença em 2030, que é aliás um objetivo mundial.

“Estamos a correr para esse objetivo, mas com muita cautela”, afirmou Raquel Duarte.

Uma vacina verdadeiramente eficaz para a tuberculose seria uma ajuda essencial, admite Raquel Duarte, até porque a atual vacina BCG não previne completamente a doença, embora evite as formas mais graves.

“Temos tido investigação e há algumas investigações promissoras. Mas não será para breve o aparecimento de uma nova vacina”, declara a especialista.

O secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Araújo, considera que Portugal “tem condições para erradicar a tuberculose” em 2030, uma expectativa apoiada na “redução sustentada de casos nos últimos anos”.

Fernando Araújo, que esteve na cerimónia de apresentação do relatório sobre a tuberculose, apontou igualmente para a necessidade de realizar diagnósticos mais precoces, entendendo que o dispositivo de saúde pública tem essa capacidade.

A tuberculose é uma doença infecciosa, que atinge geralmente o pulmão, e que pode ser transmitida de pessoa a pessoa através da tosse, por exemplo.

 

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica anunciou hoje que apreendeu mais de 25 mil toneladas de géneros alimentícios,...

A operação que se realizou na terça-feira, durante cerca de 30 horas, fiscalizou 1.878 operadores económicos, com o objetivo de controlar as condições higio-sanitárias de transporte, o controlo de temperatura, o acondicionamento e a rotulagem dos géneros alimentícios, bem como a documentação de acompanhamento dos mesmos.

De acordo com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), entre os géneros apreendidos encontram-se 23 toneladas de laranjas, que estavam a dar entrada em Portugal sem documentação de rastreabilidade, 900 quilogramas (Kg) de outras frutas, 400 Kg de frango e produtos congelados e foram ainda apreendidos cinco equipamentos de controlo de temperatura.

Por outro lado, foram também verificadas as mercadorias de bens não alimentares e a sua conformidade com a regulamentação aplicável.

“Como resultado da ação foi instaurado um processo crime por contrafação de vestuário desportivo, alusivo aos grandes clubes nacionais e 26 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações o incumprimento dos requisitos de higiene no transporte de produtos alimentares, o desrespeito por regulamentação de âmbito fitossanitário, a falta de rotulagem, a falta de controlo metrológico obrigatório, a falta de número de controlo veterinário […], o acondicionamento e transporte de pescado fresco, a temperatura não regulamentar e a falta de comunicação intracomunitária”, indicou, em comunicado, a ASAE.

 

Direção-Geral da Saúde
O número de crianças menores de seis anos com tuberculose aumentou em 2017, quando a doença reduziu em todos os outros grupos,...

“Assistimos a um aumento de casos de tuberculose nas crianças com idade menor ou igual a cinco anos, particularmente das formas graves da doença”, refere um relatório da DGS, hoje apresentado em Lisboa.

O documento recorda que em 2016 foi alterada a estratégica de vacinação com a vacina BCG, passando de se vacinar todas as crianças para uma vacinação seletiva.

“A manutenção desta estratégia exige que seja assegurada a identificação adequada das crianças que cumprem os critérios de elegibilidade para vacinação”, segundo o documento “Tuberculose em Portugal – Desafios e Estratégias 2018”.

Em 2017 foram notificados 32 casos de tuberculose em crianças até aos cinco anos, quatro desses casos com formas graves da doença. Os casos graves ocorreram todos em crianças não vacinadas e com menos de dois anos.

No ano anterior, em 2016, tinham sido registados dois casos de forma grave da doença.

Raquel Duarte, diretora do Programa Nacional para a Tuberculose, considera que este aumento é um sinal de que é necessário identificar melhor as crianças que são elegíveis para a vacinação.

A especialista continua a considerar que Portugal “tem condições epidemiológicas que permitem uma estratégia de vacinação seletiva” e não a universal que antes se verificava.

“Mas temos de se garantir que conseguimos identificar as crianças elegíveis”, insiste, em declarações, indicando que isso tem de ser feito a nível local, pelos cuidados de saúde, tendo muita atenção ao contacto com as grávidas e depois com os bebés.

Para Raquel Duarte é ainda necessário “um grande alerta junto dos profissionais”, até porque os jovens médicos já quase não estudam a tuberculose e os profissionais acabam muitas vezes por não estar despertos para a doença.

Por trás do aumento de casos em crianças pequenas, a especialista da Direção-geral da Saúde indica que pode estar o aumento do tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico, já que as pessoas infetadas vão transmitindo a doença aos mais próximos, sobretudo aos contactos mais vulneráveis, como crianças e imunodeprimidos.

Também a alteração da estratégia de vacinação pode ter contribuído, assume Raquel Duarte, por não se estarem a identificar todas as crianças elegíveis para a vacina BCG.

A vacina BCG, que estava até 2016 no Programa Nacional de Vacinação de forma universal para todos os bebés, não previne totalmente a doença, mas previne as formas mais graves. A partir de 2017 passaram a ser vacinadas apenas as crianças com fatores de risco individuais ou comunitários para a tuberculose.

A tuberculose é uma doença infecciosa, que atinge geralmente o pulmão, e que pode ser transmitida de pessoa a pessoa através da tosse, por exemplo. Entre os sintomas de tuberculose estão tosse, expetoração, emagrecimento, cansaço ou febrícula.

 

DGS
O número de casos confirmados de sarampo no surto que afeta Portugal subiu para 66, dos quais 55 ainda estão doentes e 11 foram...

Até às 19:00 de quarta-feira, registaram-se 66 casos confirmados, 94 casos negativos e 37 estão em investigação, segundo a mesma fonte.

Devido à doença estão ainda internados dois doentes, com “situação clínica estável”.

O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra.

Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea que caracteriza o sarampo.

Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea, tosse, conjuntivite e corrimento nasal.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda que as pessoas verifiquem os boletins de vacinas e que, caso seja necessário, se vacinem contra o sarampo, recordando tratar-se de “uma das doenças infecciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, principalmente em pessoas não vacinadas”.

No caso de pessoas vacinadas, “a doença pode, eventualmente, surgir, mas com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso”.

Menos de dois anos depois de Portugal ser reconhecido oficialmente como estando livre de sarampo, o país depara-se com o terceiro surto da doença no espaço de um ano.

Em 2016, Portugal recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) um diploma que oficializava o país como estando livre de sarampo, até porque os poucos casos registados nos últimos anos tinham sido contraídos noutros países.

Entre 2006 e 2014, Portugal tinha registado apenas 19 casos de sarampo, quase todos importados. Este ano e no ano passado já ultrapassou os casos registados em quase uma década.

Portugal teve dois surtos simultâneos em 2017, que infetaram quase 30 pessoas e levaram à morte de uma jovem de 17 anos.

O sarampo é uma doença grave, para a qual existe vacina, contudo, o Centro Europeu de Controlo de Doenças estima que haja uma elevada incidência de casos em crianças menores de um ano de idade, que ainda são muito novas para receber a primeira dose da vacina. Daí que reforce a importância de todos os outros grupos estarem vacinados de forma a que não apanhem nem transmitam a doença.

Segundo os dados de 2017, mais de 87% das pessoas que contraíram sarampo não estavam vacinadas.

 

Ministério da Saúde
Dois terços dos casos positivos de sarampo do atual surto são de profissionais de saúde com as duas doses necessárias da vacina...

O secretário de Estado adjunto da Saúde, Fernando Araújo, disse hoje aos jornalistas que não vê necessidade de tornar obrigatória a vacinação contra o sarampo, como chegou a sugerir o comissário europeu para a Saúde.

Vytenis Andriukaitis defendeu quarta-feira, em Bruxelas, a obrigatoriedade de vacinação para os profissionais de saúde e ainda a harmonização na União Europeia (UE) do calendário de imunizações para as crianças.

Fernando Araújo sublinha que as taxas de vacinação em Portugal são elevadas e que no norte, onde se regista o atual surto, atingem os 98%, sendo que o governante não conhece um único caso de um profissional de saúde que tenha recusado a vacinação.

De acordo com o secretário de Estado, dois terços dos casos deste surto são de profissionais com o plano vacinal completo.

Fernando Araújo lembrou que, nos casos das pessoas vacinadas, a doença pode manifestar-se, mas de forma ténue e a capacidade de a transmitir aos outros é muito reduzida.

Aliás, é por grande parte das pessoas estar vacinada que o secretário de Estado considera que o surto acabou por estar mais limitado à região norte.

Fernando Araújo falava à margem da cerimónia que assinala o Dia Mundial da Tuberculose, que é celebrado no sábado.

Na terça-feira, o número de casos de sarampo confirmados no atual surto em Portugal subiu para 62 e os casos suspeitos da doença ascendia a 168, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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