Vacinação

Médicos acreditam que cancro do colo do útero tem os dias contados

A médica especialista da Organização Pan-Americana da Saúde Lúcia Helena de Oliveira diz que, se for alcançada uma taxa de 80% da vacinação contra o vírus do papiloma humano, o cancro do colo do útero será eliminado em 10 ou 15 anos.

Assim o garantiu a especialista brasileira em imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS). Lúcia Helena de Oliveira afirma que para eliminar este tipo de cancro nos próximos anos é necessário chegar a 80% da vacinação das meninas e adolescentes.

A especialista elogiou a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) ao considerá-la "eficaz e segura" e afirmou que deveria ser aplicada em meninas entre os 9 e os 14 anos, idade na qual, em média, se inicia a atividade sexual.

Segundo a brasileira, escreve o Sapo, a vacina está disponível desde 2006 e tem como objetivo prevenir o cancro do colo do útero, a segunda maior causa de morte nas mulheres na América Latina.

Esta região regista anualmente 80 mil casos de cancro do colo do útero, que mata cerca de 35 mil mulheres.

Em Portugal
Em Portugal, o cancro no útero é o mais comum, considerando os tumores do sistema reprodutor feminino; representa cerca de 6% de todos os cancros nas mulheres.

Todos os anos são diagnosticados cerca de mil novos casos de cancro do colo do útero em Portugal, sendo o país da Europa Ocidental com a taxa de incidência mais elevada deste tipo de cancro.

Nas últimas décadas, o número de casos de cancro do colo do útero diagnosticados anualmente tem vindo a diminuir, sobretudo pela sensibilização da importância do rastreio.

A importância de não esperar por sintomas
As alterações pré-cancerígenas e os cancros precoces do colo do útero não tendem a provocardor ou outros sintomas. É importante não esperar até surgirem dores para consultar o médico.

Quando a doença se agrava, a mulher pode apresentar um ou mais dos seguintes sintomas:

- Hemorragia vaginal anormal: entre períodos menstruais regulares; após relação sexual; períodos menstruais mais prolongados; hemorragias após menopausa;
- Aumento do corrimento vaginal;
- Dor pélvica;
- Dor durante as relações sexuais.

Porém, estes sintomas podem também dever-se a infeções ou outros problemas de saúde e só o médico está habilitado a fazer esta avaliação.

As mulheres que tenham algum destes sintomas devem informar o médico, para que seja possível diagnosticar e tratar atempadamente eventuais problemas.

Fonte: 
Sapo
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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