Opinião
A população global está a envelhecer e o número de condutores com declínio de capacidades associadas

A condução é uma atividade complexa, que requer capacidades cognitivas, motoras e o controlo do comportamento. Com o avanço da idade ou surgimento de determinadas doenças, essas capacidades podem ser afetadas e aumentar o risco de acidente. É por isso reconhecida a necessidade de avaliar condutores com idade avançada ou doença neurológica como Parkinson, Alzheimer, acidente vascular cerebral, traumatismo cranioencefálico, esclerose múltipla, entre outras, bem como com patologia psiquiátrica.

Quando existem dúvidas sobre a aptidão para a condução, é possível solicitar uma avaliação especializada, baseada em testes que examinam capacidades como a atenção, perceção visual, a coordenação e a velocidade motora. A partir de resultados objetivos é elaborado um parecer sobre a condução, podendo recomendar a condução sem alterações, indicar restrições (ex., na velocidade, raio de condução) ou adaptações no veículo, ou até a suspensão da condução.

Quando os desempenhos evidenciam compromisso significativo nas capacidades e envolvem um potencial risco na condução, é recomendada a suspensão da condução. Esse resultado pode ter impacto psicológico negativo no condutor e requer sensibilidade acrescida na sua comunicação. É importante permitir a expressão e validar as emoções da pessoa e clarificar porque é que o declínio de capacidades aumenta a vulnerabilidade e o risco, e que deixar de conduzir é uma estratégia para proteger a sua segurança. Há ainda situações em que a alteração do estado mental não é evidente para o próprio, o que dificulta a conversação sobre a necessidade de restringir a condução. Estes doentes requerem uma atenção especial porque podem representar um risco acrescido para a segurança rodoviária, por falta de autocrítica sobre as suas limitações ou excessiva confiança nas suas capacidades.

Esta consulta de avaliação pode ser solicitada por qualquer condutor, familiar, cuidador ou profissional de saúde, permitindo uma avaliação especializada e independente da aptidão para a condução, suportada em desempenhos objetivos. Favorece a consciência crítica do condutor sobre as capacidades e permite desembaraçar familiares e cuidadores da responsabilidade de confrontar o condutor com medidas restritivas. Finalmente, promove uma reflexão conjunta e tomadas de decisão para assegurar uma mobilidade com maior segurança.

Sessões de treino de Aptidão para a condução podem estimular as capacidades cognitivas e psicomotoras

Quando existe compromisso nas capacidades e potencial de recuperação, é possível realizar sessões de treino da aptidão para a condução, que visam estimular as capacidades cognitivas e psicomotoras relacionadas com a condução, e ajudar na aquisição de estratégias para uma maior segurança. As aptidões específicas que as pessoas devem possuir para conduzir em segurança encontram-se diferenciadas em 3 domínios: o domínio cognitivo, que inclui a atenção, perceção, estimação de movimento e memória; o domínio psicomotor que envolve vários tipos de coordenação e reações motoras; e, o domínio psicossocial relacionado com as atitudes, o comportamento e as emoções. Desta forma é possível aspirar a conseguir retomar ou manter a condução com autonomia e segurança.

Existem várias situações em que deve ser marcado um treino de aptidão para a condução. Na presença de condição neurológica, intervenção neurocirúrgica ou lesão física que possa afetar a condução; quando um médico ou terapeuta têm dúvidas relacionadas com alterações funcionais e a capacidade para conduzir; quando familiares ou cuidadores manifestem preocupações sobre a condução do doente, nomeadamente por comportamento imprudente e/ou envolvimento em situações de risco e/ou acidentes e quando um condutor tenha experienciado evento traumático na condução, manifeste receio de conduzir ou após um período significativo sem prática de condução. Um condutor pode, também, beneficiar deste tipo de estimulação na sequência de recomendação de restrições ou adaptações, ou de restringir ou suspender a condução após avaliação da aptidão para conduzir.

Este treino consiste na realização de tarefas cognitivas e psicomotoras com grau de dificuldade crescente, adaptadas à situação em causa. Em casos específicos incluirá a prática em contexto de condução real. As sessões têm a duração de 50 minutos, sendo o número de sessões definido em função das capacidades e do progresso dos desempenhos atingidos. O veículo utilizado é o apresentado pelo condutor com requisitos de circulação, incluindo seguro válido.

Dra. Inês Ferreira e Dr. Alberto Maurício - Psicólogos do CNS - Campus Neurológico
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vídeo ensina de forma divertida os principais sintomas de AVC e apela à ação rápida
A campanha Fast Heroes acaba de lançar o videoclipe ‘Dança pela Vida’ com o propósito de sensibilizar a população para os...

Com a participação de crianças provenientes de mais de 20 países, o videoclipe mostra-as a dançar ao som da canção da iniciativa, mostrando orgulhosamente o que aprenderam e que poderá ajudá-los a salvar vidas. 

“Apesar da prevalência do AVC, a investigação mostra que este é um tema sobre o qual ninguém quer falar. Esta situação faz com que educar a nossa geração de baby boomers [pessoas nascidas entre 1945 e 1964], que corre maior risco de vir a sofrer um AVC, seja um grande desafio”, afirma Jan Van Der Merwe, da Angels Initiative, que lidera a campanha FAST Heroes. “Mas com quem é que este grupo etário interage muito? Os seus netos. E devido à ligação especial que existe, é mais provável que recebam mensagens positivas através deles. Por isso, procurámos tirar partido desta relação para causar um impacto positivo. Juntos podemos salvar o mundo, um avô de cada vez", remata.  

A campanha com a temática dos super-heróis educa as crianças relativamente aos três principais sinais de AVC: um lado da face que subitamente começa a descair, um braço que de repente fica sem força e uma boca de deixa de conseguir articular palavras. Além disto, alerta para a importância de chamar imediatamente uma ambulância através do 112. 

"Um em cada quatro de nós terá um AVC durante a sua vida, pelo que se trata de uma questão importante que afeta a população. A nível mundial, o AVC é a segunda principal causa de morte e a terceira principal causa de incapacidade. Felizmente, pode ser tratado de forma eficaz, mas apenas se o doente tiver uma rápida assistência. O desafio é que a maioria das pessoas que sofrem um AVC não se apercebem de que estão a ter um até ser demasiado tarde", afirma Sheila Martins, Professora de Neurologia e Presidente da Organização Mundial do AVC.  

A iniciativa Fast Heroes utiliza as crianças como catalisadores para ajudar a aumentar a literacia sobre o AVC, tirando partido do seu entusiasmo pela aprendizagem e partilha. As crianças são ensinadas na escola e têm a missão de partilhar o que aprenderam com as suas famílias, especialmente com os avós. 

Algumas celebridades também apoiaram a iniciativa e deram o seu contributo no videoclipe, como o ator nomeado para um Óscar Sir Jonathan Pryce, o apresentador de televisão e YouTuber Joe Tasker e o radialista Chris Tarrant, ele próprio um sobrevivente de AVC. 

Para ver o vídeo e saber mais sobre os Heróis FAST, visite fastheroes.com.  

 
II Congresso de Cuidados Respiratórios/I Congresso Ibérico de Cuidados Respiratórios
Depois do sucesso da primeira edição, realizada no ano passado, vai decorrer, nos dias 9 e 10 de maio, no Porto, o II Congresso...

O mote para o evento é “Pontes de União” espelhando, nas palavras da presidente do Congresso, “o objetivo de estabelecer ligações entre profissionais de saúde de diversas áreas e promovendo a colaboração e a partilha de conhecimentos em cuidados respiratórios. Este lema representa a nossa missão de ultrapassar barreiras entre especialidades para a aprimorar a saúde respiratória”.

A integração de cuidados paliativos nos cuidados respiratórios, as inovações tecnológicas e a inteligência artificial, as intervenções adjuvantes aos cuidados respiratórios na abordagem do doente agudo e crónico e as patologias menos habitualmente discutidas, tal como as bronquiectasias e a síndrome de obesidade-hipoventilação, são alguns dos temas em destaque no programa deste ano. Carla Ribeiro afirma que, neste âmbito, “o programa foi concebido com a finalidade de abranger uma vasta gama de perspetivas, agregando especialistas de diferentes áreas dos cuidados respiratórios, tanto de médicos como de outros profissionais de saúde”.

No que diz respeito à submissão de trabalhos, a organização destaca terem recebido mais de 50, demonstrando, este número, “o envolvimento ativo da comunidade científica. Para além disso,  a diversidade das submissões reflete o sucesso da nossa abordagem multidisciplinar e a vitalidade da investigação em cuidados respiratórios”.

Carla Ribeiro antecipa que “os participantes podem esperar um evento enriquecedor, que lhes oferecerá não só acesso a novos conhecimentos e práticas, mas também oportunidades únicas de estabelecer ligações valiosas. Este congresso é uma celebração da evolução nacional na área dos cuidados respiratórios”.

 
Ação preventiva acontece no dia 27 de abril
Em colaboração com o Grupo Hospital Particular do Algarve, o MAR Shopping Algarve realizará uma iniciativa de rastreios...

Ana Antunes, diretora do MAR Shopping Algarve, enfatiza a relevância desta iniciativa, expressando: "Acreditamos que a saúde é um elemento fundamental para o bem-estar individual e coletivo e estamos profundamente comprometidos em promover uma cultura de bem-estar na nossa comunidade. Ao investirmos na avaliação nutricional e na consciencialização sobre hábitos saudáveis, estamos a contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais saudável e resiliente. Através destas ações, visamos capacitar os indivíduos a adotarem escolhas mais informadas e saudáveis, proporcionando-lhes as ferramentas necessárias para cuidarem melhor de si mesmos e dos que os rodeiam”.

Ao longo dos últimos anos, o projeto 'Agenda de Rastreios' do MAR Shopping Algarve tem desempenhado um papel vital na promoção da saúde e bem-estar dentro das comunidades locais. Este compromisso contínuo reforça a missão do Meeting Place em melhorar a qualidade de vida dos residentes, algo que, só em 2023, se refletiu num impacto positivo direto em mais de 900 pessoas.

Para participar nesta iniciativa é necessário efetuar uma marcação prévia, entrando em contacto através do número 302 063 457 ou enviando um e-mail para clinicaloule@grupohpa.com. Esta marcação visa assegurar um atendimento eficiente e personalizado, proporcionando a cada participante uma experiência positiva e relevante para o seu bem-estar.

 
Obras de “Ossos em Foco” serão expostas em hospitais de referência
A Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM) anuncia que o prazo de candidatura para o concurso ...

Com o objetivo de colocar os “Ossos em Foco”, este concurso propõe que os candidatos criem uma peça de arte: uma pintura ou uma fotografia, e que nela seja retratado, de forma criativa, o testemunho na primeira pessoa da experiência vivida com a Osteoporose, abordando várias perspetivas: desde o impacto que a Osteoporose tem na qualidade de vida do doente, os cuidados a ter pelo cuidador informal, a relação do profissional de saúde em consultório, entre outras. As inscrições mantém-se agora abertas até ao final do mês de junho. O propósito destas obras, que serão exibidas em exposições a acordar no Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) e no Hospital de Santa Maria, do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, é de sensibilizar e consciencializar para esta doença silenciosa.

A Osteoporose é uma doença tardiamente identificada, geralmente aquando da ocorrência de uma fratura, provocada por uma crescente fragilidade da densidade óssea. Como apresentam os dados do SCOPE 21 referentes a Portugal, em 2019 sucediam-se 194 fraturas de fragilidade por dia, contabilizando-se oito a cada hora, prevendo-se um aumento destes números no futuro. Além do impacto na qualidade de vida, esta patologia impacta também o doente e as entidades de saúde ao nível financeiro através de custos associados a incapacidade de longo prazo, a exames necessários a realizar em caso de fraturas incidentes e intervenção farmacológica. Esta é ainda uma patologia sobre a qual é pouco reconhecida a importância da prevenção e do acompanhamento pós-fratura, embora deva exigir o envolvimento de uma equipa multidisciplinar composta por especialidades como a reumatologia, medicina interna, ortopedia, ginecologia, endocrinologia, fisiatria, reabilitação, enfermagem e nutrição, sobre a qual falta a implementação de uma política nacional de combate à Osteoporose.

Neste âmbito, Carlos Vaz, presidente da Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas, considera que por ser tão “importante sensibilizar e alertar a população para o impacto drástico da Osteoporose na qualidade de vida dos mais de 800 mil portugueses já diagnosticados e evitar novos diagnósticos evitáveis, o prazo para candidaturas ao concurso “Ossos em Foco” estende-se até 30 de junho de 2024. Esperamos com isto motivar mais doentes, cuidadores informais e profissionais de saúde a partilhar a perspetiva de quem vive, lida ou conhece a doença, para, mais tarde, ser possível alertar para a temática através da exposição das peças em hospitais de referência das zonas Norte, Centro e Sul do País.”

Na divulgação do concurso envolvem-se ainda, enquanto parceiros da plataforma ossosfortes.pt, website onde é possível a submissão das candidaturas e acesso ao regulamento do concurso, a Associação Nacional contra a Osteoporose (APOROS), a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), a Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), a Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia (APPSREUMA), a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), Associação Portuguesa de Osteoporose (APO), com o apoio da Amgen Biofarmacêutica.

Para mais informações, consulte o regulamento e outros detalhes em https://ossosfortes.pt/concurso-ossos-em-foco/.

 
6 e 7 de maio
A Escola Superior de Enfermagem do Porto, em parceria com o CINTESIS@RISE, organiza o Congresso Internacional de Investigação...

O congresso conta com a participação de oradores nacionais e internacionais, que vão abordar e partilhar temas relacionados com a investigação. Com especial destaque para Henriques Martins, Consultor em Saúde Digital para a OMS, Filomena Cardoso, Membro da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, e Paulo Alves, Diretor da Escola de Enfermagem da Universidade Católica do Porto.

Com enfoque na investigação em enfermagem, este evento pretende ser um espaço de partilha de conhecimentos, experiências e evidências, resultantes da investigação, bem como promover a reflexão sobre desafios e novas oportunidades na forma como se concebe, planeia e desenvolve a investigação.

De acordo com Carlos Sequeira, Coordenador da Unidade de Investigação da ESEP e responsável pela Comissão Científica do congresso, o evento tem por objetivo “promover a articulação entre os investigadores da academia e da prática clínica, através da partilha de novas práticas pedagógicas e da discussão sobre resultados de investigação e novas metodologias de ensino/aprendizagem”.

O primeiro dia do congresso tem como propósito explorar os avanços e desafios no campo da inteligência artificial aplicada à enfermagem, destacando a importância da transformação digital na promoção de cuidados de saúde eficazes e centrados nas pessoas.

No segundo dia do congresso, pretende-se refletir sobre como essas evidências podem ser integradas de forma eficiente, proporcionando benefícios tangíveis às pessoas, aos profissionais e às instituições.

Este congresso representa, assim, uma oportunidade para estimular o diálogo e catalisar colaborações que impulsionem a enfermagem para o futuro, onde a inteligência artificial e a inovação desempenham papéis centrais na construção de um sistema de saúde mais eficiente, acessível e centrado nas pessoas.

Todas as informações disponíveis em https://nursid.esenf.pt/

 
Grupo multidisciplinar discute vacinação do adulto em Portugal
O NOVA Center for Global Health, laboratório de investigação aplicada da NOVA Information Management School (NOVA IMS), lança...

A iniciativa, que conta com o apoio da GSK, reúne um conjunto multidisciplinar de especialistas de vários segmentos do ecossistema de saúde – entre os quais Francisco George, presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública e chairman do projeto – para debater os desafios, explorar as oportunidades e construir um caminho de futuro para uma agenda de ações que possa sensibilizar para os ganhos em saúde que a vacinação em idade adulta representa na sociedade portuguesa.

Atualmente, segundo dados do INE, e com o aumento da esperança média de vida, os portugueses com 65 anos de idade têm a probabilidade de viver, em média, mais 20 anos. No entanto, dados mais recentes do Pordata demonstram que em 2022 cerca de 20% dos portugueses que morreram em Portugal não haviam completado os 70 anos de idade. Reconhecendo os desafios que a evolução gradual da esperança média de vida (a qual foi positivamente impactada pela vacinação) coloca ao nível dos anos de vida saudáveis, em especial pelo facto do risco para contrair determinadas doenças que podem ser prevenidas através da vacinação aumentar a partir dos 50 anos de idade – devido, em especial, ao próprio envelhecimento do sistema imunitário, um fenómeno designado de imunosenescência – o Projeto +Longevidade considera importante refletir sobre o alargamento e fortalecimento da agenda de políticas de saúde focadas na vacinação na população adulta, não apenas nas faixas etárias mais idosas, mas, sobretudo, na população adulta e ativa profissionalmente.

Henrique Lopes, Diretor do NOVA Center for Global Health, defende: “Na população adulta, onde assistimos a uma evolução da prevelência de doenças crónicas e uma progressiva deteriozação do sistema imunitário decorrente de uma maior longevidade, a vacinação cumpre um papel importante ao proteger o organismo de infeções que possam agravar as comorbilidades pré-existentes e potenciar o desenvolvimento de outras doenças, permitindo, por isso, mais proteção, menos carga de doença, mais qualidade de vida e, fundamentalmente, um envelhecimento mais saudável e ativo. É, por isso, fundamental considerar-se o reforço da vacinação da população adulta em doenças como o Tétano, Difteria, Tosse Convulsa, Gripe, Doença Pneumocócica, HPV, Herpes Zoster e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), acompanhando aliás a tendência que já identificamos em vários países europeus”.

Recomendações
Dores abdominais recorrentes, inchaço, obstipação e/ou diarreia.

Com elevado impacto na qualidade de vida, quer a nível físico como psicológico, a SII é uma doença ainda pouco conhecida, feito muitas vezes por exclusão de outras patologias. Os sintomas geralmente incluem dor abdominal, distensão abdominal, flatulência e obstipação ou diarreia, e a sua intensidade varia de pessoa para pessoa.

As causas da SII ainda não são claras para a comunidade científica. Há estudos que referem que o risco de desenvolver SII é cinco vezes superior após uma infeção (viral, por parasitas ou bacteriana). Outros sugerem que a alteração na comunicação intestino-cérebro pode ser causada por um desequilíbrio na microbiota (flora) intestinal, ou seja, disbiose. Neste campo, existem investigações que indicam que a disbiose é mesmo uma causa plausível de SII.

Existem recomendações que podem melhorar a qualidade de vida dos doentes, não só ao nível da alimentação, como na alteração de estilos de vida. Em abril, mês da consciencialização para a SII, deixamos 5 dicas para conviver melhor com esta patologia:

A alimentação é muito importante para quem vive com SII. É necessário excluir da dieta alimentos potencialmente mais propensos a dar origem a crises. Contudo, o estilo de vida e a exposição ao stress são também muito importantes na gestão diária da doença.

  1. Fazer refeições regulares e comer devagar. Evitar saltar refeições ou ficar longos períodos sem comer.
  2. Cuidado com as bebidas. Ingerir água e evitar bebidas com cafeína. Beber pelo menos 8 copos de água diariamente e reduzir o consumo de café ou chá a três por dia. Evitar também o consumo de bebidas gaseificadas.
  3. Ajustar o consumo de fibras e evitar o açúcar e adoçantes. O ideal é recorrer a um nutricionista, que possa compreender que tipo de fibras e que respetivas quantidades devem ser ingeridas diariamente.
  4. Estilo de vida mais saudável e ativo. Praticar exercício físico de forma regular e abandonar um estilo de vida mais sedentário é também importante na gestão da doença.
  5. Controlo dos níveis de stress. O stress tem um papel muito importante na SII. Picos de stress e ansiedade podem exacerbar os sintomas e inclusivamente desencadear crises. É, por isso, fundamental, controlar os níveis de stress, recorrendo, por exemplo, a meditação ou terapia.

Na SII o exame clínico e as imagens estão normalmente normais.

 
Fontes:
Enck P, Aziz Q, Barbara G, et al. Irritable bowel syndrome. Nat Rev Dis Primers. 2016;2:16014
SNFGE. Syndrome de l’intestin irritable (SII) [Irritable bowel syndrome (IBS)]. June 2018. https://www.snfge.org/content/syndrome-de-lintestin-irritable-sii
CNPHGE.  Syndrome de l’intestin irritable [Irritable bowel syndrome]. https://www.cnp-hge.fr/syndrome-de-lintestin-irritable/
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Mestrado visa aumentar competências na interface da saúde animal, humana e do ambiente
O Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto foi a primeira escola de ensino superior em...

Este posicionamento da escola no reconhecimento da efetiva interdependência entre a saúde humana, saúde animal e saúde do ambiente, e as suas consequências, tem sido ao longo dos anos partilhada no ensino com os estudantes e em trabalhos de investigação.

“O ICBAS entende que é o momento de dar mais um passo no sentido da evolução do conhecimento do One Health e de uma forma ainda mais diferenciada. Neste sentido é criado um Mestrado, que vai possibilitar formar recursos humanos com capacidade para abordarem de uma forma multidisciplinar e transdisciplinar os problemas emergentes no contexto de sistemas de saúde que envolvem o meio ambiente, os animais e os humanos, mas também a vertente económica que é fundamental para assegurar a sustentabilidade dos ecosistemas de saúde”, salienta Henrique Cyrne Carvalho, diretor do ICBAS.

Para a diretora do One Health Master e professora no ICBAS, Luísa Valente, “este é um mestrado verdadeiramente transdisciplinar e isso é, por um lado, o que nos diferencia, mas também o que mais desafia, isto porque este mestrado prevê a possibilidade de juntar pessoas que vêm de ciclos de estudos em áreas muito distintas – das ciências sociais, da economia, da biologia. Ou seja, teremos certamente uma turma muito diversa, o que vai exigir a capacidade de propor a cada estudante um conjunto de unidades curriculares optativas às quais sejam capazes de dar resposta tendo em conta as suas competências”.

Este Mestrado combina conhecimentos e competências do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, cruzando as ciências da vida e da saúde com as sociais. Também a Câmara Municipal do Porto é um parceiro estratégico em diversas áreas, como são os exemplos do Pacto do Porto para o Clima, da promoção da qualidade e da sustentabilidade ambiental e o caminho para a neutralidade carbónica da cidade.

Face à emergência de problemas cada vez mais complexos no contexto dos sistemas de saúde “abordagens setoriais típicas do ensino tradicional não são suficientes”, segundo Álvaro Almeida, professor da FEP, pelo que “os estudantes irão compreender e integrar metodologias e perspetivas de análise de diferentes áreas de conhecimento, desenvolvendo capacidades de integração de conhecimentos, que permitirá, de forma única, identificar soluções para os problemas globais de saúde”.

O “One Health Master” passará a integrar a oferta formativa da Universidade do Porto a partir do ano letivo 2024/2025. 

Doença afeta 700 mil portugueses acima dos 50 anos
A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca - AADIC realiza no próximo dia 2 de maio, a partir das 21h, mais...

Este webinar vai contar com as intervenções do Dr. João Agostinho, Cardiologista Clínica de Insuficiência Cardíaca do Hospital Pulido Valente (ULS Santa Maria), do Dr. Jonathan dos Santos, Médico de Família MGF Instituto CUF Porto e da Enfª. Fátima Salazar, Enfermeira Clínica de Insuficiência Cardíaca do Hospital Pulido Valente (ULS Santa Maria). A Dra. Maria José Rebocho, cardiologista e membro do conselho técnico-científico da AADIC, será responsável pela moderação. Este evento, que tem transmissão exclusiva na página de Facebook e canal de Youtube da AADIC, conta com o apoio da Bial.

Os resultados do Estudo Porthos revelaram que mais de 700 mil portugueses com idade superior a 50 anos vivem com Insuficiência Cardíaca, sendo que 90 % não sabe que tem a síndrome. São dados preocupantes que levam a AADIC a reforçar ainda mais a sua missão de divulgar esta doença e os seus sintomas, sendo esse o ponto de partida para este webinar.

A iniciar a sessão, o Dr. João Agostinho irá explicar o que é a Insuficiência Cardíaca, quais os sinais de alerta e quando procurar o médico.

Após esta explicação, será a vez do Dr. Jonathan dos Santos falar sobre o diagnóstico nos cuidados primários e porque é tão importante o início precoce do tratamento.

Feito o diagnóstico e definido o tratamento, é fundamental o doente saber gerir a doença. Será neste ponto que irá centrar-se a intervenção da Enfª. Fátima Salazar sobre como gerir esta doença crónica, salientando a importância do apoio domiciliário.

No final da sessão, os oradores irão responder a todas as questões e dúvidas colocadas durante esta sessão pelos doentes, cuidadores, e o público em geral, que estiveram a assistir.

Efeito lifting imediato e duradouro
O tratamento com fios tensores é uma técnica inovadora e eficaz para rejuvenescimento facial e corpo

Durante o procedimento, são utilizados fios de sustentação especiais que são inseridos na pele para promover um efeito lifting imediato e duradouro. O material utilizado nesse procedimento é seguro, biocompatível e não representa riscos para a saúde. 

Os principais benefícios dos fios tensores incluem a melhoria da firmeza e elasticidade da pele, redução de rugas e linhas de expressão, e um contorno mais definido. Além disso, o tratamento com fios tensores é realizado de forma minimamente invasiva, sem provocar dor significativa, resultando em uma recuperação rápida e natural. 

Benefícios

Para homem e mulheres

  • Transformação da pele sem cirurgia ou agulhas
  • Rejuvenescimento suave, seguro e eficaz
  • Reduz de rugas e melhora a textura e firmeza da pele
  • Resultados incríveis, sem dor ou tempo de recuperação
  • Adequado para todos os tipos de pele - Estímulo da produção de colágeno pelos fios de sustentação ou fios tensores 
  • Aumento da autoestima com uma pele rejuvenescida

Resultados imediatos 

Com o tratamento de fios tensores, é possível obter resultados visíveis e satisfatórios, sem os riscos e desconfortos associados a procedimentos mais invasivos. A técnica é uma excelente opção para quem busca um aspeto mais jovem e revitalizados, não causa mudanças percetíveis ou indesejáveis nas linhas naturais da face, é um procedimento seguro e eficaz. 

É importante ressaltar que, como em qualquer procedimento estético, é fundamental procurar um profissional qualificado e experiente para realizar o tratamento com fios tensores, a fim de garantir resultados satisfatórios sem riscos. 

Além disso, é essencial seguir todas as orientações pós-tratamento fornecidas pelo profissional, a fim de garantir uma recuperação adequada e maximizar os benefícios do procedimento. É importante também ter expectativas realistas em relação aos resultados, pois cada pessoa responde de forma única ao tratamento. 

Em resumo, os fios tensores são uma opção interessante para quem deseja melhorar a aparência da pele de forma não invasiva e com resultados naturais. Para isso, consulte sempre um profissional qualificado para avaliar as suas necessidades e indicar o melhor tratamento para o seu caso.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Optometrista portuguesa
A Optometrista Micaela Reis está entre os premiados com o prémio Young Systems Leader, da Agência Internacional para a...

Embora esteja apenas a começar o seu percurso como defensora dos cuidados para a saúde da visão, tem um interesse especial nesta área e tem estado envolvida em vários projetos relacionados com a promoção dos cuidados para a saúde da visão integrados e centrados nas pessoas, com especial ênfase nas populações mais negligenciadas.

Desenvolveu e participou em um projeto idealizado e organizado para atender às necessidades de saúde da visão das pessoas que vivem em áreas mais carenciadas, bem como em um projeto, que ainda se encontra em desenvolvimento, relacionado com o acesso aos cuidados para a saúde da visão nos estabelecimentos prisionais, garantindo o acesso a cuidados para a saúde da visão com equidade, qualidade e eficácia.

É também uma das fundadoras e promotoras da APLO Jovem, a secção da APLO para estudantes de optometria. Tem o propósito de sensibilizar e desenvolver o espírito de missão a serviço da saúde da visão. Os seus principais objetivos são tornar a profissão de Optometrista mais reconhecida pelo público, sensibilizar sobre sua importância para a comunidade, incentivar e apoiar o desenvolvimento dos estudantes como defensores por meio da criação e disseminação de conteúdos de formação, bem como ajudar na integração nas diferentes profissões prestadores de cuidados para a saúde da visão.

Micaela Reis é Optometrista e concluiu o mestrado em Optometria e Ciências da Visão em 2014. Concluiu recentemente o Looking Towards the Future: Optometry Program in Advocacy and Leadership, pelo Conselho Mundial de Optometria, o Global Blindness: Planning and Managing Eye Care Services pela London School of Hygiene e Tropical Medicine e o Certificate Course in Community Eye Health pelo L V Prasad Eye Institute.

Micaela Reis é vice-presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), Entidade de Utilidade Pública, desde 2020.

No âmbito do Dia Europeu da Hormona, que se assinala a 24 de abril
As hormonas e o sistema endócrino influenciam o risco de desenvolvimento de obesidade, diabetes e cancro. Estão igualmente...

É urgente alocar recursos para o reforço e desenvolvimento das políticas de saúde na área da endocrinologia. Alterações no sistema endócrino contribuem para o desenvolvimento de doenças comuns como a obesidade, a diabetes ou cancro. A desregulação do sistema endócrino – rede constituída por várias glândulas que produzem diferentes hormonas – contribuiu também para mais de 400 doenças raras que afetam cerca de 30 milhões de europeus. Estas doenças apresentam um diagnóstico ainda tardio e são frequentemente crónicas e/ou fatais.

No Dia Europeu da Hormona, que se assinala a 24 de abril, a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) e outras associadas da Sociedade Europeia de Endocrinologia renovam o apelo à sensibilização para o papel vital das hormonas na prevenção de doenças raras e crónicas, e para a importância de colocar a saúde endócrina nas prioridades da agenda europeia.

Para a SPEDM, será “urgente que se reúnam conhecimentos e competências, a nível europeu, que impulsionem a inovação e a investigação, permitindo um diagnóstico célere destas doenças, o acesso a tratamentos inovadores e a igualdade na utilização de recursos em saúde. Um diagnóstico atempado pode realmente mudar vidas. Este deve ser um esforço conjunto, e também por isso reforçamos o apelo para que estas medidas de prevenção, sensibilização e tratamento sejam apoiadas e integradas nos sistemas nacionais de saúde em toda a Europa.”

No terceiro ano em que se assinala o Dia Europeu da Hormona, a Sociedade Europeia de Endocrinologia (ESE) e a Fundação Europeia das Hormonas e do Metabolismo (ESE Foundation) focam o seu apelo no impacto que ações simples poderão representar na melhoria da saúde global do indivíduo. Pela primeira vez no âmbito desta campanha, foi publicado um conjunto de 10 recomendações para uma boa saúde hormonal, entre elas: prevenir défices hormonais evitáveis (por exemplo: aumentar o consumo de salmão e sardinha que garantem um maior aporte de Vitamina D, ou o aporte alimentar de cálcio com consumo de iogurte ou amêndoas promovendo uma melhoria da saúde óssea). Será assim basilar a adopção de um estilo de vida saudável promovendo a redução à exposição de substâncias como os disruptores endócrinos (presentes em plásticos, por exemplo) e reconhecimento de sinais e sintomas iniciais de doenças endócrinas (como sede excessiva, ganho ou perda de peso não intencional, sensibilidade ao frio, entre outros).

Esta campanha também está a decorrer nas redes sociais com o hashtag #BecauseHormone Matter.

Universidade de Coimbra
Uma equipa de cientistas, liderada pela Universidade de Coimbra (UC), conseguiu gerar células estaminais humanas, a partir de...

No artigo científico Graft-derived neurons and bystander effects are maintained for six months after human iPSC-derived NESC transplantation in mice's cerebella – publicado na revista Scientific Report, do grupo Nature – a equipa de investigação “mostra ser possível criar células estaminais a partir de células extraídas de pessoas com doença de Machado-Joseph com potencial terapêutico”, explica a investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB), Liliana Mendonça.

“A nossa descoberta demonstra a viabilidade da aplicação de terapias personalizadas a pessoas portadoras desta doença, através da criação de células estaminais dos doentes que pretendemos tratar, o que se traduzirá numa maior aceitação do transplante”, acrescenta a também líder do estudo. As células estaminais têm enorme versatilidade, permitindo dar origem a células especializadas de vários tecidos e órgãos do corpo humano.

A doença de Machado-Joseph é uma patologia atualmente ainda sem tratamento, sendo o cerebelo uma das regiões do cérebro mais afetadas. Caracteriza-se pela extensa morte neuronal, dificuldades de coordenação motora, de deglutição e de articulação do discurso. “Tem uma grande prevalência nos Açores, especialmente na Ilha das Flores, que regista a maior incidência da doença a nível mundial”, destaca a investigadora da UC.

Para alcançar este resultado, a equipa de investigação criou células que demonstraram ter capacidade de originar neurónios em culturas celulares (conjunto de técnicas para testar o comportamento de células num ambiente artificial) e também em organóides cerebrais (tecidos gerados in vitro, ou seja, fora de organismos vivos, que simulam o neurodesenvolvimento humano funcionando como “mini-cérebros”).

Em simultâneo, “neste estudo observámos ainda que as células estaminais humanas sobreviveram até seis meses após transplante no cerebelo do modelo animal, tendo-se diferenciado em células da glia [células do sistema nervoso central que desempenham diversas funções, apoiando, nomeadamente, os neurónios] e neurónios”, avança Liliana Mendonça. Isto significa que estas células revelaram ter potencial para atuar positivamente no controlo de doenças neurodegenerativas.

Com esta investigação, a equipa procurou traçar novos caminhos para o desenvolvimento de tratamentos para uma doença rara e altamente incapacitante. “Existe uma elevada necessidade de desenvolver estratégias terapêuticas que possam tratar doenças neurodegenerativas, que, de forma robusta, melhorem a qualidade de vida dos doentes, contribuindo, assim, para reduzir os encargos de saúde dos sistemas de saúde e das famílias destes doentes”, sublinha a investigadora.

Este trabalho desenvolvido pela equipa do Grupo de Investigação de Terapias Génicas e Estaminais para o Cérebro do CNC-UC – coordenada pelo presidente do CNC-UC, coordenador do CIBB e docente da Faculdade de Farmácia da UC (FFUC), Luís Pereira de Almeida – está agora a ser aprofundado, nomeadamente para estudar de que forma é que estas células conseguem melhorar os problemas de coordenação motora da doença, com recurso a um modelo animal. Os cientistas vão também “desenvolver estratégias para melhorar a migração das células e, seguidamente, a sua diferenciação em neurónios cerebelares, após o seu transplante para o cérebro, algo que pode aumentar significativamente os efeitos terapêuticos destas células”, destaca a coordenadora da investigação.

Participaram também no estudo outros investigadores da Universidade de Coimbra: Luís Pereira de Almeida, Daniel Henriques (CNC-UC e CIBB), Vanessa Fernandes (CNC-UC), Ricardo Moreira (FFUC, CNC-UC e CIBB), João Brás (CNC-UC) e Sónia Duarte (CNC-UC e CIBB). A investigação contou ainda com a colaboração do investigador do Centro de Biomedicina de Sistemas do Luxemburgo, Jens C. Schwamborn.

O artigo científico está disponível em www.nature.com/articles/s41598-024-53542-x.

País lidera e coordena plano até 2026
Pela primeira vez, Portugal vai liderar um grupo de experts que irão monitorizar a implementação das medidas do Envelhecimento...

O grupo de trabalho foi proposto esta segunda-feira, na reunião da executiva do grupo permanente de envelhecimento da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE), em Roma.

Portugal vai liderar e coordenar a task-force até 2026. Durante este período, o grupo de trabalho vai definir e monitorizar os indicadores e medidas para o envelhecimento ativo e saudável a nível mundial.

Para Nuno Marques, coordenador nacional do Plano Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável e líder da task-force mundial, “trata-se de uma conquista extraordinária para o país, que demonstra a visão e importância nacional na temática do envelhecimento. Somos um dos poucos países com um plano efetivo para promover um envelhecimento ativo e saudável e, por isso, é com muito orgulho que damos o nosso contributo a nível mundial”.

O Plano Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável é uma agenda pioneira no nosso país, mas também em toda a Europa, que dá um impulso para uma transformação na nossa sociedade. O Plano assenta em 6 pilares e representa 135 atividades com compromissos. Além de responder às necessidades atuais, este Plano aposta muito na prevenção, na melhoria da qualidade de vida e na construção permanente de um envelhecimento ativo e saudáveis de todos os portugueses nas próximas décadas.

Até 2030, o número de pessoas com mais de 60 anos deverá aumentar em mais de um terço
A propósito da Semana Mundial da Imunização, assinalada entre os dias 24 e 30 de abril, a GSK reforça que é necessário parar de...

“Na GSK, acreditamos que a prevenção é o melhor remédio. Por isso mesmo, construímos um dos portfólios de vacinas mais amplos do mundo para ajudar a proteger as pessoas em todas as fases da vida, incluindo os adultos acima dos 60 anos. Prevenir doenças é a melhor forma de obter bons resultados em saúde e para o conseguir apostamos diariamente em três intervenções fundamentais: financiamento, facilitar o acesso e reforçar a perceção sobre o valor da vacinação de adultos”, explica Neuza Teixeira, Country Medical Director da GSK Portugal.   

Atualmente, o mundo está a passar por mudanças demográficas significativas, com o envelhecimento da população a emergir como uma tendência dominante. Até 2030, espera-se que o número de pessoas com mais de 60 anos aumente em mais de um terço, para 1,4 mil milhões de pessoas, o que representa uma parte vital da nossa economia global. Além disto, os sistemas de saúde enfrentam enormes pressões e atrasos no tratamento, intensificados pela “tripla epidemia” de COVID-19, gripe sazonal e vírus sincicial respiratório (VSR) do passado inverno, juntamente com taxas crescentes de doenças crónicas em idades cada vez mais reduzidas.

Através da adoção de estratégias globais e personalizadas de imunização, os adultos podem continuar a ser participantes ativos e saudáveis ​​na sociedade – prolongando a qualidade de vida, a produtividade, as contribuições para as economias locais e reduzindo os custos dos cuidados de saúde adjacentes ao tratamento de doenças preveníveis. Ainda assim, e demasiadas vezes, os adultos perdem a oportunidade de vacinação, apesar de estarem cada vez mais suscetíveis ao declínio imunológico e a doenças infeciosas, e correrem maior risco de virem a desenvolver doenças crónicas.

“A Semana Mundial da Imunização continua a ser uma ótima oportunidade para trazer este tema para cima da mesa, porque há ainda um longo caminho a percorrer. É necessário sensibilizar decisores políticos, facilitando a acessibilidade à prevenção, mas também a população. Ao longo dos anos temos vindo a perceber que a falta de conhecimento que a população tem relativamente às várias doenças e vírus, como o VSR  e o vírus responsável pelo Herpes Zoster, por exemplo, tem sido um entrave no que diz respeito à vacinação dos adultos”, remata Neuza Teixeira.

A Semana Mundial da Imunização é uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), que este ano celebra os 50 anos do Programa Alargado de Imunização (PAI) – reconhecendo os esforços coletivos para salvar vidas através da redução de doenças preveníveis por vacinação, e apelando aos países para que aumentem os investimentos em programas de imunização para proteger as próximas gerações.  Enfatiza também a necessidade urgente de alcançar uma cobertura vacinal elevada e equitativa em todas as comunidades para prevenir surtos destas doenças agora e no futuro.

Obras já arrancaram e prevê-se estarem concluídas no fim de junho
As obras de expansão e requalificação do Serviço de Urgência Geral (SUG) do Hospital Garcia de Orta (HGO), da ULS Almada-Seixal...

Além do investimento em obra, o novo espaço será apetrechado com equipamentos novos num montante superior a 100 mil euros.

Espera-se que "o SUG se torne mais funcional, uma vez que o aumento da área e a sua requalificação permitirão redesenhar e aperfeiçoar circuitos existentes. Com 225 m2, 11 macas e 4 cadeirões, esta área será exclusiva para doentes triados com pulseira “laranja” que, atualmente, permanecem na Área de Observação Clínica conjuntamente com os doentes com pulseira “amarela”. Pela primeira vez na história do HGO, o SUG terá áreas separadas", avança o ULS em comunicado. 

Além do novo espaço, os recursos humanos também vão ser reforçados. "A nova “Sala Laranja” terá uma equipa de internistas dedicada, o que permitirá uma abordagem e um tratamento mais dirigidos, mais adequados e mais rápidos, encurtando os episódios de urgência, com clara vantagem para todos", pode ler-se

Segundo Teresa Machado Luciano, Presidente do Conselho de Administração da ULSAS, “trata-se de um investimento estruturante, com vista à melhoria da qualidade assistencial na nossa Urgência Geral, aumento da segurança e do conforto dos nossos utentes, contribuindo, também, para a humanização dos cuidados prestados. Não podemos esquecer, ainda, outra vertente fundamental que se prende com a melhoria das condições de trabalho dos nossos profissionais de saúde, a quem agradecemos o empenho diário, mesmo em condições mais desafiantes”

Durante as obras, o SUG mantem o normal funcionamento. No entanto, a unidade salienta a importância de, "antes do recurso ao SUG, contactar primeiro o SNS24 (808 24 24 24) ou, em situações de emergência, o 112."

Prevenir e tratar
De acordo com a American Heart Association, cerca de 3 milhões de americanos sofrem de uma doença ca

Mas o que é a fibrilhação auricular e como pode ser corrigida?

O ritmo cardíaco normal deve bater como um tambor constante. Na fibrilhação auricular, o ritmo do tambor torna-se caótico.

«É algo do género "tum-tum, tum-tum-tum, tum-tum-tum-tum". Então, o que acontece é que temos batimentos cardíacos mais rápidos ou mais curtos, tum-tum, ou mais longos, tum-tum-tum, tum. E isso altera a capacidade do coração de se encher para bombear sangue eficazmente», explica Christopher DeSimone, cardiologista da Mayo Clinic em Rochester, no Minnesota.

"O coração é como uma casa. Temos o andar de cima, o andar de baixo e a parte elétrica que fica por cima do coração. Esta funciona de forma coordenada para impulsionar o fluxo sanguíneo, conduzindo-o desde a parte superior, passando pelo seu centro e dirigindo-se para a parte inferior, antes de finalmente o expulsar na parte inferior, permitindo que o sangue siga o seu curso pelo corpo. É nas câmaras superiores do coração que se localiza o problema da fibrilhação auricular", acrescenta o especialista.

Os episódios de fibrilhação auricular podem ir e vir, ou podem ser persistentes. Normalmente, a fibrilhação auricular em si não representa um risco de vida. No entanto, é uma condição médica grave que necessita de tratamento adequado para evitar um AVC. 

Existem muitas causas para esta condição e é muito comum os doentes não saberem que têm fibrilhação auricular.

Os problemas com a estrutura do coração são a causa mais comum de fibrilhação auricular, onde se incluem: 

  • defeitos cardíacos congénitos;
  • síndrome do seio doente;
  • apneia obstrutiva do sono;
  • Ataque cardíaco; 
  • doença das válvulas cardíacas; 
  • pressão arterial elevada; 
  • doenças pulmonares, incluindo pneumonia; 
  • artérias estreitas ou bloqueadas, designadas por doença das artérias coronárias;
  • doenças da tiroide, como uma tiroide hiperativa; 
  • infeções por vírus.

No entanto, importa referir que algumas pessoas que sofrem de fibrilhação auricular não têm qualquer doença cardíaca ou lesão cardíaca conhecida. Há hábitos de vida que também podem desencadear episódios de fibrilhação auricular. Entre eles: 

  • consumo excessivo de álcool ou cafeína;
  • consumo de drogas; 
  • fumar; 
  • tomar medicamentos que contenham estimulantes, incluindo medicamentos para a constipação e alergias comprados sem receita médica.

E quanto a sintomas?

"Por vezes, os doentes dizem-me que se sentem cansados", explica DeSimone. "Ficam com mais falta de ar. E sentem que estão a envelhecer. Têm a sensação de que já não são tão ativos. Mas, na verdade, o que estão a sentir é uma falta de bombeamento eficaz do sangue."

Entre os sintomas mais frequentes estão: 

  • sensação de batimento cardíaco acelerado, palpitante ou acelerado; 
  • dor no peito; 
  • tonturas; 
  • fadiga; 
  • redução da capacidade de fazer exercício;
  • falta de ar; 
  • fraqueza.

O tratamento é individualizado para cada doente, podendo incluir a utilização de medicação, a administração de choques elétricos no coração ou um procedimento chamado ablação por cateter.

Em matéria de prevenção, destacam-se alguns cuidados, como: 

  • controlar a tensão arterial elevada, o colesterol elevado e a diabetes; 
  • não fumar;
  • fazer uma dieta pobre em sal e gorduras saturadas; 
  • praticar exercício físico pelo menos 30 minutos por dia, na maioria dos dias da semana, a menos que a sua equipa de saúde não o recomende; 
  • dormir bem. Os adultos devem ter como objetivo dormir 7 a 9 horas por dia; 
  • manter um peso saudável; 
  • reduzir e gerir o stress.
 
Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
FMUL é a maior escola médica do país
A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) tem o orgulho de celebrar - hoje, no seu 113º aniversário - 7 décadas...

Tendo sido fundada a 22 de Abril de 1911, com base na Real Escola de Cirurgia de Lisboa datada de 24 de junho de 1825, a FMUL é a maior escola médica do país, com uma trajetória de 70 anos de excelência académica e contribuições significativas para a comunidade médica e científica em Portugal.

A sua origem traça-se até ao Hospital de Todos-os-Santos, fundado em 1504. Até à sua atual residência no Hospital Universitário Santa Maria, a jornada da FMUL é uma história de evolução contínua e compromisso com a qualidade da formação médica. Ao longo dos séculos, a instituição tem sido uma fonte de orgulho para a cidade de Lisboa, servindo como um farol de conhecimento e inovação na área da medicina.

"Estamos extremamente orgulhosos de celebrar este momento significativo na história da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa", afirma João Eurico Cabral da Fonseca, Diretor da instituição, "Ao longo dos anos, temos formado profissionais de saúde de excelência e contribuído para o avanço da medicina em Portugal e além-fronteiras. Este aniversário é uma oportunidade para reconhecermos o nosso passado histórico e olharmos com entusiasmo para o futuro, continuando a nossa missão de educação, investigação e de promoção da prestação de cuidados de saúde de qualidade".

No próximo ano, em 2025, a FMUL terá a honra de celebrar o bicentenário da sua origem como Real Escola Cirúrgica de Lisboa, um marco que sublinha o compromisso duradouro da instituição com a educação médica e a saúde da população portuguesa.

Hoje, a FMUL continua a liderar o caminho na formação de futuros médicos, investindo em instalações modernas, tecnologicamente avançadas, como os edifícios Egas Moniz e Reynaldo dos Santos e num novo campus em Torres Vedras. Além disso, a faculdade mantém uma estreita colaboração com o Hospital Universitário Santa Maria bem como outras estruturas hospitalares de referência na região de Lisboa, garantindo que os estudantes tenham acesso a uma educação prática de alta qualidade.

A FMUL reafirma o seu compromisso com a excelência, a inovação e o serviço à comunidade, à medida que celebra este marco histórico e mostra-se como uma instituição desejosa de dar continuidade à formação de líderes médicos do futuro e contribuir para uma sociedade mais saudável e próspera.

 
Júlia, atualmente no serviço de Neonatologia do São João, é o 100º bebé prematuro a receber leite humano
Com cerca de 395 litros de leite humano recebido, o Banco de Leite Humano do Norte (BLHN), sediado no Hospital Universitário de...

“Estes 100 bebés, que beneficiaram das imensas vantagens deste «ouro líquido», estiveram hospitalizados em diversas instituições de saúde do Norte do país, tendo, assim, sido plenamente cumprido o desígnio do BLHN de proporcionar este alimento único a todos os bebés que dele beneficiem, independentemente da instituição hospitalar da região Norte onde se encontrem hospitalizados.”, explica Henrique Soares, diretor do serviço de Neonatologia do São João.

O BLHN já proporcionou uma dieta de leite humano de dadora pasteurizado a recém-nascidos admitidos nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais da ULS Matosinhos, da ULS Santo António - Centro Materno-Infantil do Norte, da ULS Gaia/Espinho, da ULS Tâmega e Sousa, da ULS Alto Ave e da ULS Trás-os-Montes e Alto Douro, além da própria Unidade de Cuidados Intensivos de Neonatologia da ULS São João.

“Cumpre, na celebração deste marco, reconhecer a dedicação de uma equipa muito motivada que tornou este feito possível e, acima de tudo, homenagear as dadoras que têm honrado esta equipa, pela confiança que nela depositam ao lhe confiar esse bem precioso que é o seu leite.”, acrescenta o responsável.

Tendo em conta que apenas 1 em cada 3 mães de bebés extremamente prematuros consegue manter a lactação suficiente para satisfazer as necessidades do bebé, os restantes lactentes beneficiam da ingestão de leite humano de dadoras. O leite humano de dadora pasteurizado é totalmente adequado às necessidades nutricionais específicas dos bebés prematuros, com comprovada eficiência na progressão alimentar e na diminuição de complicações digestivas graves e de infeções.

As dadoras têm o suporte de uma equipa dedicada de profissionais que as orientam no processo de extração, o qual ocorre no conforto de suas casas e onde o leite é recolhido. Para ser elegível, a dadora deve ser lactante, estar nos primeiros 6 meses após o nascimento do seu bebé e apresentar leite excedente – para que a doação não prejudique a amamentação do seu bebé.

O Banco de Leite Humano do Norte nasceu em setembro de 2022, com instalações e equipamentos altamente diferenciados e inovadores no país e com o propósito de disponibilizar, com toda a segurança, o melhor alimento para os bebés mais frágeis internados em Unidades de Neonatologia do Norte do país.

 

Páginas