26 de setembro
O Núcleo de Estudos de Doenças do Fígado (NEDF) da SPMI, e a Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) acabam de...

O modelo permanecerá o mesmo das anteriores edições, com 13 módulos transmitidos mensalmente online em formato de webinar ao vivo, acompanhados da disponibilização de conteúdos e avaliações.

Suzana Calretas, diretora da escola por parte da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), destaca a oferta de formação de qualidade em Hepatologia para iniciantes e profissionais já envolvidos na área. "O objetivo último será sempre o de prestar os melhores cuidados aos nossos doentes", afirmou, ressaltando a importância de acompanhar o desenvolvimento do conhecimento nestas matérias.

Já Arsénio Santos, presidente da APEF e diretor da escola deseja que “à semelhança das anteriores, a 3.ª Edição da Escola Anual Virtual de Hepatologia seja um contributo de qualidade para a formação de muitos dos que querem dedicar-se ao estudo do fígado e ao tratamento dos doentes hepáticos”.

O programa da Escola Anual Virtual de Hepatologia é composto por um total de 13 sessões. Doença hepática autoimune, hepatites víricas, doença hepática associada ao álcool, tumores hepáticos, ACLF e transplante hepático, DILI e falência hepática aguda, cuidados paliativos em hepatologia, doença vascular hepática são alguns dos temas que compõem o programa formativo.

Com o sucesso das edições anteriores como base, a terceira edição da Escola Anual Virtual de Hepatologia promete continuar a oferecer uma experiência educacional enriquecedora e atualizada na área da Hepatologia.

Mais informações em - https://www.spmi.pt/escola-anual-virtual-de-hepatologia-2024/

 
Para organizações sem fins lucrativos e instituições académicas
A Novo Nordisk acaba de lançar, em parceria com a C40 Cities, o Healthy Cities Challenge, uma iniciativa que desafia...

A saúde é, em grande medida, determinada pelo meio ambiente onde as populações vivem. Os grandes centros urbanos – onde vivem dois terços da população mundial – enfrentam inúmeros desafios que conduzem, frequentemente, a opções alimentares desadequadas, poluição atmosférica, sedentarismo, isolamento social e ausência de contacto com a natureza e ambientes saudáveis

O Healthy Cities Challenge vem desafiar organizações sem fins lucrativos e instituições académicas a encontrar respostas para estes desafios. As candidaturas podem ser submetidas até dia 10 de junho, através da plataforma online.

As três melhores ideias serão conhecidas em outubro e premiadas com uma bolsa de 100.000 dólares, cerca de 92.000 euros, atribuída pela Novo Nordisk. Para uma melhor adequação dos projetos às realidades locais, o Healthy Cities Challenge valoriza as ideias que envolvam, em parceria, câmaras municipais e/ou outras instituições de base local.

“O ambiente onde vivemos tem implicações significativas na nossa saúde e qualidade de vida, pelo que é essencial tornar mais fácil e simples fazer escolhas mais saudáveis. Sabendo que, em Portugal, existem diversas organizações e projetos notáveis que defendem e promovem o acesso equitativo a oportunidades de vida saudável no espaço urbano, queremos fazer chegar esta iniciativa a todos, para que tenham a oportunidade de beneficiar, não só do incentivo e apoio, mas também de uma rede de conhecimento e partilha de experiências, a nível global”, refere Paula Barriga, Diretora Geral da Novo Nordisk em Portugal.

Lisboa integra, desde 2019, o programa agora denominado Cities for Better Health, uma rede que junta mais de 45 cidades em todo o mundo, que promove o acesso equitativo a oportunidades de vida saudável em espaço urbano, abordando fatores de risco modificáveis como os hábitos alimentares e o sedentarismo. Explora, ainda, modelos de financiamento sustentáveis que promovam a continuidade das intervenções a longo prazo.

 
Unidade disponibiliza mais de 20 especialidades médicas
A Unisana Hospitais acaba de criar uma unidade especializada em Saúde Mental e Psiquiatria. Localizada no Unisana Hospital do...

O serviço de Saúde Mental e Psiquiatria da Unisana Hospitais vai tratar casos de depressão, ansiedade, burnout, alcoolismo e outras adições, entre outras situações de saúde mental e psiquiatria. Para tal, conta com infraestruturas dedicadas, como consultórios, salas de terapia ocupacional e espaços de educação, de relaxamento, sala de convívio, bem como com 16 camas para situações de internamento.

Eduardo Moniz, CEO da Unisana Hospitais, afirma: “A abertura da unidade de Saúde Mental e Psiquiatria em Torres Vedras representa o primeiro significativo investimento do grupo sob a marca Unisana Hospitais na saúde mental e demonstra a nossa continuada preocupação com as pessoas e a comunidade em que estamos inseridos. O tema da saúde mental está na ordem do dia, pretendendo a Unisana, com esta unidade, contribuir para a solução. Investimos numa equipa e em instalações dedicadas, de forma a respondermos às necessidades dos doentes, em especial da região da Grande Lisboa e das zonas centro e sul do país”.

A nova unidade vem reforçar a oferta do grupo, que conta com 5 hospitais e clínicas em todo o país. No último ano, as unidades sob gestão do grupo Unisana Hospitais realizaram cerca de 130 mil consultas, 362 mil exames e cerca de cinco mil cirurgias, registando uma faturação agregada superior a 26 milhões de euros. O grupo apresenta, atualmente, uma capacidade instalada de 10 salas de bloco operatório, 79 gabinetes de consulta e 173 camas de internamento.

Unisana disponibiliza oferta alargada de cuidados médicos em Torres Vedras

O Unisana Hospital do Oeste Soerad, em Torres Vedras, permite aos seus clientes beneficiar de mais de 20 especialidades médico-cirúrgicas e serviços, entre os quais cirurgia, atendimento permanente 24 horas, internamento, consultas de especialidade, unidade de exames endoscópicos de gastro, imagiologia, medicina física e de reabilitação e cuidados continuados. O hospital apresenta infraestruturas modernas e equipadas, com 4 salas de operação (+ 1 de pequena cirurgia), 20 salas de consulta e 100 camas de internamento.

A Unisana Hospitais está comprometida com uma prestação de cuidados de saúde à escala humana: próxima de seus clientes das comunidades que serve, onde médicos e outros profissionais se possam identificar com uma maior personalização, colaborando com as entidades locais e com todos os stakeholders.

O Unisana Hospital do Oeste Soerad acolhe clientes de toda a região Oeste, estendendo agora, com a inauguração da nova unidade de Saúde Mental e Psiquiatria, a sua área de influência geográfica. Os fatores distintivos da nova unidade permitem responder às necessidades de doentes de todo o país, especialmente nas áreas da Grande Lisboa e das zonas centro e sul do país.

Grupo nacional com identidade local

A marca Unisana Hospitais reúne os investimentos realizados pela Atena Equity Partners e pela 3T Portugal, os quais incluem três hospitais localizados em Almada, Torres Vedras e Porto (neste último caso, em sociedade com HLine e em parceria com a Venerável Irmandade da Nossa Senhora da Lapa) e duas clínicas em Santarém.

O grupo pretende, a prazo, consolidar uma rede nacional, de identidade local, em colaboração e complementaridade com os setores público, segurador e social, para levar cuidados de saúde de qualidade a um número crescente de portugueses. Tem uma oferta alargada de cuidados de saúde hospitalar, desde consultas e exames até cirurgias e internamento, contando com uma equipa médica experiente e reconhecida nas suas áreas de especialidade.

A equipa da Unisana Hospitais conta com a colaboração de mais de 360 médicos, além de enfermeiros e outros profissionais de saúde dedicados. O grupo oferece uma vasta gama de cuidados de saúde de ambulatório, disponibilizando consultas, exames de diagnóstico e terapêutica das mais diversas especialidades médicas e cirúrgicas. Nas unidades hospitalares, disponibiliza ainda cuidados de saúde como atendimento urgente e atendimento permanente, para além de cirurgia e internamento. 

 
Ciclo de eventos online “Career Paths in Science” realiza-se a 21 de maio e 18 de junho
A The Non-Conformist Scientist (NCS), uma organização sem fins lucrativos criada por cientistas e para cientistas, vai...

Nos dias 21 de maio e 18 de junho, esta plataforma online pioneira irá promover a reflexão sobre os diferentes rumos que uma carreira em ciência pode seguir e demonstrar que as capacidades, adquiridas ao longo de uma formação científica, são versáteis e podem ser aplicadas em diversos contextos.

Cada sessão contará com oradores de distintas áreas profissionais, que irão partilhar a sua experiência e percursos académico e profissional. Assim, uma vez que os estudantes geralmente não têm acesso a informação sobre carreiras científicas alternativas, pretende-se explorar o dia-a-dia de cada vertente, principais desafios, oportunidades e outros temas que despertem a curiosidade dos participantes e dos oradores.

Ana Cadete, fundadora da organização, afirma que “um dos pilares da missão da NCS é empoderar e orientar os profissionais de ciência em todo o mundo, com uma comunidade de mulheres unida e disposta a ajudar”. Acrescenta ainda que “estes eventos são o espelho disso mesmo, onde através da partilha de experiências em diversas áreas, será possível demonstrar a diversidade das carreiras científicas alternativas à típica carreia académica. Este webinar destina-se, particularmente, a alunos de mestrado, doutoramento e pós-doutoramento, os quais pretendemos orientar para a sua próxima etapa profissional. Um doutoramento é subvalorizado e, como tal, queremos ajudar os cientistas em início de carreira a perceber que mais valias têm e em que trabalhos as podem aplicar”.

Em algum ponto da sua formação doutoral, a maioria dos alunos encontrar-se-á na encruzilhada mais comum de uma carreira científica: academia ou indústria? Apesar da academia continuar a reter muitos investigadores que ambicionam um dia ter o seu grupo de investigação, a verdade é que a indústria está cada vez mais competitiva, apresentando uma possibilidade de carreira científica dinâmica e com investigação cada vez mais inovadora. Para os indecisos, os curiosos e todos os que querem aprender sobre ambas as vertentes, na sessão de dia 21 de maio, às 19h de Portugal, serão exploradas as áreas de Academia, com a Dra. Ina Huppertz (Group Leader, Max Planck Institute for Biology of Ageing); Indústria com a Dra. Samantha Sarrett (Senior Director, Eli Lilly), e, por fim, de Transição Académica e Indústria, com a coach de carreiras Lauren Celano (cofundadora e CEO da Propel Careers).

Para aceder ao webinar “Career Paths in Science”: https://streamyard.com/watch/bfKQFj7U7kAd

 
A amiloidose hereditária por transtirretina (hATTR) é uma doença multissistémica, hereditária, progressiva
Com base num novo estudo, publicado na BMJ Open, estas recomendações, elaboradas por um painel internacional de representantes...

A Alnylam Pharmaceuticals anunciou as primeiras recomendações publicadas na BMJ (British Medical Journal) Open[i] para cuidados holísticos centrados no doente e na família para pessoas que vivem com amiloidose hereditária por transtirretina, também conhecida como hATTR*.

Nestas recomendações, o painel apela ao diagnóstico e iniciação do tratamento precoce e a cuidados multidisciplinares coordenados, assim como a um diálogo aberto entre os profissionais de saúde e os doentes para apoiar a tomada de decisões partilhada e monitorização consistente da progressão da doença. As recomendações também destacam a importância de um plano de cuidados personalizado e orientado para a família incluindo o tratamento auxiliar para permitir que os doentes preservem a sua independência e qualidade de vida.

"A amiloidose hereditária por transtirretina (hATTR) é uma doença multissistémica, hereditária, progressivamente debilitante e muitas vezes fatal. A sua complexidade e gravidade implica que todos os aspetos da vida de uma pessoa são afetados," disse Teresa Coelho, membro do Painel de Consenso Primário e coordenadora da Unidade Corino de Andrade do Centro Hospitalar Universitário de Santo António, "Estas recomendações dão aos profissionais de saúde um novo modelo de cuidados que podem ter um impacto significativo sobre a qualidade de vida de um doente. Devemos começar a pensar para lá do tratamento dos sintomas dos doentes e pensar noutros serviços de cuidados de saúde auxiliares que podem ajudar com os aspetos físicos, psicológicos, sociais e espirituais de viver com esta doença."

As recomendações publicadas na BMJ Open foram desenvolvidas por um painel de especialistas de representantes dos doentes e profissionais de saúde, o Painel de Consenso Primário e validado por um painel Delphi Internacional. Este painel foi o primeiro a reconhecer o valor da comunidade de doentes na defesa das necessidades das pessoas afetadas por esta doença rara e apela a uma alteração na atual abordagem à gestão da doença.

Com o apoio da Alnylam, o painel desenvolveu 50 recomendações que foram testadas através de um painel Delphi Internacional de 122 profissionais de saúde (PdS) e representantes do grupo de defesa dos interesses dos doentes, provenientes de 27 países. A comunidade internacional de PdS e defensores dos interesses dos doentes aprovou 98% das recomendações e estas focaram-se em sete áreas fundamentais destinadas a melhorar os cuidados aos doentes: diagnóstico e acesso a tratamento precoces, monitorização da doença e organização de cuidados, manutenção da saúde física e mental, cuidados centrados na família e o apoio aos prestadores de cuidados, diálogo entre HCP e doente e tomada de decisões partilhada, acesso ao apoio social da comunidade e apoio espiritual e redes sociais.

A Associação Portuguesa de Paramiloidose também participou no desenvolvimento e avaliação das recomendações, sendo que, segundo a Direção Nacional desta Associação, “os resultados de estudo são muito importantes para a gestão desta patologia, em particular no que respeita à abordagem relativa aos tratamentos, os quais representaram um contributo muito relevante para a melhoria da qualidade de vida dos nossos doentes”.

Para além de testar o nível de concordância para cada recomendação, o inquérito pedia aos participantes para avaliarem o grau atual de implementação para cada recomendação na sua instituição ou nas práticas padrão. A maioria dos PdS considera que certas recomendações relativas à intervenção e diagnóstico precoces, testes e aconselhamento genéticos, apoio nutricional e cuidados personalizados prestados em centros especializados devem fazer parte das práticas padrão. No entanto, a maioria das recomendações foi considerada alcançável com os recursos atualmente disponíveis e muitas foram consideradas alcançáveis apenas com fundos adicionais e a reorganização dos cuidados. As conclusões destacam a necessidade de mais debate e orientação sobre como desenvolver serviços para lidar com as necessidades complexas daqueles que são afetados por esta doença rara.

"A publicação destas recomendações oferece um plano para apoiar as pessoas afetadas pela amiloidose hATTR, incluindo as suas famílias e cuidadores," disse Rui Bento, Diretor do Departamento Médico da Alnylam Portugal. "A colaboração de todas as partes da comunidade vai ser a chave para uma melhoria das práticas clínicas. A Alnylam está totalmente empenhada em apoiar estes esforços e em trabalhar com os profissionais de saúde e com os representantes dos doentes para acelerar uma abordagem mais holística aos cuidados aos doentes."

Este estudo, bem como as apresentações e publicações que dele resultam, foram financiados pela Alnylam Pharmaceuticals. O apoio à documentação médica foi prestado pela Lumanity, uma agência de comunicações médicas.

Estudo elaborado pelo Produto do Ano
À medida que a tecnologia avança e fica cada vez mais desenvolvida, o mercado e as necessidades dos consumidores tornam-se cada...

Segundo a pesquisa efetuada, 69% dos consumidores acredita que, atualmente, o setor farmacêutico já está suficiente inovador. Contudo, nos próximos cinco anos, os inquiridos esperam também ver mudanças e avanços nos produtos disponíveis na farmácia, sendo que 33% deseja o desenvolvimento de tratamentos revolucionários, 32% um maior foco na prevenção de doenças, 19% o aumento da acessibilidade global aos medicamentos e 15% a personalização avançada com base em dados genéticos.

A par destas transformações, os entrevistados revelam ainda que gostariam de ver outras inovações no desenvolvimento dos produtos farmacêuticos, nomeadamente menos efeitos colaterais (69%), tratamentos mais eficazes (63%), maior acessibilidade financeira (58%), abordagens personalizadas com base no perfil genético (32%) e tecnologias de administração mais avançadas como, por exemplo, nanotecnologia (23%).

No que diz respeito à integração de tecnologias, tais como a inteligência artificial (IA) e telemedicina nestes produtos, 69% dos consumidores considera que essa adição é benéfica.

Quando questionados sobre a utilização de dispositivos de skincare com IA para otimizar a sua rotina de cuidados faciais, 70% dos inquiridos afirma que usaria um produto com essas características. Adicionalmente, 61% diz que tem interesse em produtos capilares que promovam a saúde do couro cabeludo com tecnologia probiótica.

“Através deste estudo podemos perceber que o futuro da indústria farmacêutica passa pela inovação, personalização e acessibilidade. Sabemos que os avanços tecnológicos levam a melhorias nos produtos, mas também nos trazem consumidores cada vez mais exigentes e queremos que os portugueses saibam quais os produtos que se destacam em cada setor para fazerem compras mais informadas.” refere José Borralho, CEO do Product of the Year Portugal.

Este estudo contou com uma amostra de 690 participantes, dos quais 367 eram do sexo feminino, 321 do sexo masculino e 2 não binário. Relativamente à faixa etária, 41% dos inquiridos tinha entre 35 a 44 anos, 24% entre os 26 e 34, 28% acima dos 45 anos e, por fim, 6% tinha uma idade compreendida entre 18 e 25 anos. Quanto à distribuição geográfica, a maioria dos entrevistados reside na Grande Lisboa (37%), seguindo-se o Centro (21%), o Norte (17%), o Grande Porto (16%), o Algarve (4%), Ilhas (2%) e Alentejo (1%).

Terceira edição explora a relação entre a comunicação e a enfermagem
As Jornadas Internacionais de Enfermagem da ESSATLA – Escola Superior de Saúde Atlântica estão de volta para mais uma edição,...

O painel conta com oradores nacionais e internacionais, incluindo enfermeiros, psicólogos ou investigadores de diversas instituições e entidades. Da lista de convidados internacionais, destaque para a presença de Fabiana Faleiros, da Universidade de São Paulo, com uma apresentação focada no tema da escolarização das pessoas com deficiência, propondo ações para a inclusão, apoio, autonomia e saúde destes estudantes. As estratégias de gestão de luto para profissionais de saúde serão o objeto do contributo de Begoña Garcia para a conferência. A docente da Universidade de Huelva vai propor, desta forma, o diálogo sobre aquele que é um desafio diário para a maioria dos profissionais e, por esse motivo, um importante tema de reflexão para estudantes e recém-formados. 

A mesa-redonda “Para além das palavras”, que pretende abordar a comunicação com pessoas com deficiência ou dificuldades intelectuais e desenvolvimentais, é a primeira de três que terão lugar ao longo do dia. A promoção da saúde mental e os desafios associados ao cuidado de pessoas com doença mental grave serão também discutidos, com o mote “Labirintos da mente”. Já a sessão “Cuidar de quem cuida” terá, como fio condutor, a compaixão enquanto “ingrediente” essencial para cuidar, propondo ainda o debate sobre temas como o luto e, porque o termo “cuidador” não se limita aos profissionais de saúde, o acompanhamento dos pais de crianças em situação paliativa.

As III Jornadas Internacionais de Enfermagem da ESSATLA são gratuitas e abertas a todos os interessados, mediante inscrição, que já pode ser realizada por e-mail ([email protected]). No âmbito do evento, é ainda possível, até 12 de maio, a submissão de comunicações livres, sendo premiada a melhor Comunicação Livre e E-Poster. Mais informações disponíveis em: essatla.pt/iii-jornadas-enfermagem-essatla/

Arranca no próximo ano letivo em horário diurno
A Universidade Europeia lança, no próximo ano letivo, uma nova licenciatura em Ciências da Nutrição, que aposta num modelo de...

Com início previsto para setembro, o Ciclo de Estudos de Ciências da Nutrição, da recém-criada Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Europeia, visa concretizar uma oferta educativa inovadora, assente num plano de estudos integrado e transdisciplinar, baseada na simulação de casos reais, desde o início da licenciatura. A coordenação é da responsabilidade da Professora Alexandra Bento, antiga bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

“No final do ciclo de estudos, o licenciado poderá compreender, apreender e integrar os conhecimentos nucleares das ciências da saúde com os conhecimentos específicos das ciências da nutrição, adquirindo os conhecimentos necessários para aplicar nas várias áreas de atuação profissional do nutricionista”, afirma Alexandra Bento.

Uma das principais apostas desta licenciatura é o modelo de estudo inovador da nutrição ao longo do ciclo de vida – da grávida, ao bebé, à criança, adolescente, adulto e idoso – abordando as necessidades nutricionais e a terapêutica em diferentes patologias. Este tópico reflete-se, essencialmente, nas várias unidades curriculares (UC’s) do plano de estudos. O programa prevê 43 UC obrigatórias, visando formação nas áreas de atuação do nutricionista, seis UC opcionais, permitindo direcionar a formação para interesses e aptidões do estudante, e um semestre de estágio curricular.

A licenciatura em Ciências da Nutrição segue o Modelo Académico da Universidad Europea e, por isso, prevê um currículo integrado, transdisciplinar, assim como unidades curriculares orientadas por competências. Além disso, contará com práticas laboratoriais em instalações tecnológicas de vanguarda como o Laboratório de Nutrição, que inclui o Laboratório de Composição Corporal e a Kitchen Lab, e o Laboratório de Simulação Clínica, com atores e práticas externa em ambientes profissionais.

Inclui unidades curriculares do plano de estudo organizadas por itinerários de conhecimento, com foco na investigação e ainda na dimensão social, comportamental, humana e comunitária. Por último, a realização de estágio curricular, no último semestre, no qual o estudante terá contacto real e prático com as principais áreas de atuação do nutricionista, sempre sob orientação local e académica.

A licenciatura em Ciências da Saúde tem a duração de quatro anos e será lecionada em regime diurno e presencial.

Doente fala sobre importância de controlar a doença
Diagnosticada com asma grave aos 20 anos, Catarina Canas Mendes conta, no podcast Vidas, como foi a sua jornada até conseguir...

O novo episódio do podcast Vidas, dedicado a dar voz às pessoas que vivem com doença, é lançado hoje, a propósito do Dia Mundial da Asma, nos canais do Youtube e do Spotify, e centra-se numa conversa sobre a importância da sensibilização da doença para um melhor controlo dos sintomas ao longo da vida. Um tema que vai ao encontro do mote escolhido pela Global Iniative for Asthma (GINA) ² para assinalar esta data.

A asma é uma doença respiratória crónica subdiagnosticada e subtratada, que afeta crianças, jovens e adultos. Atualmente, 700 mil portugueses³ vivem com a doença e metade não tem a doença controlada, o que afeta as suas atividades diárias e conduz a uma pior qualidade de vida². Mais do que uma simples dificuldade respiratória, a asma é uma doença frequente e potencialmente grave com um impacto profundo na vida das pessoas.

Estima-se que entre 5 a 10% destes doentes sofrem de uma forma mais grave e debilitante da doença, denominada asma grave, o equivalente entre 20 a 30 mil portugueses⁴. Este é o caso da Catarina, que vive com a doença há cerca de 16 anos.

“Sempre fui uma pessoa muito saudável até aos 20 anos e comecei a estranhar as crises de falta de ar e as dificuldades respiratórias. (…) Tenho a sorte de ter pais médicos. Eu estava informada e estava alerta para o que era a asma. Além disso, o meu pai é asmático. Portanto, eu já tinha alguma informação sobre a doença, mas claro que é totalmente diferente começar a viver com ela", conta Catarina Canas Mendes, Doente com asma grave.

Catarina admite que inicialmente não fez as adaptações necessárias por não encarar a doença com a devida seriedade, acabando por normalizar os sintomas que impactavam o seu dia-a-dia. “Habituamo-nos a viver com os sintomas e deixamos de perceber que há alternativas e formas de controlar a doença”, explica Catarina, assegurando que esta perceção mudou com o tempo e com o agravamento dos sintomas. Recentemente, começou a ganhar consciência da complexidade da doença e, por isso, alerta que “é muito importante, assim que os sintomas começam a aparecer, sermos capazes de atuar”.

“Nós habituamo-nos a viver dessa forma, nós habituamo-nos a viver com os sintomas. Já nem sabemos viver de outra forma. Por exemplo, eu só desde há seis meses para cá é que recuperei o olfato, que já não tinha há 10 anos. E isto mudou a minha vida outra vez. Voltar outra vez a cheirar foi, realmente, uma coisa muito positiva, mas eu já estava habituada a viver sem essa capacidade. Portanto, eu acho que nós nos habituamos a viver com os sintomas e deixamos de perceber que há outra alternativa e que temos de lutar por ela.”

Com uma história de resiliência, Catarina revela como foi o processo para assumir o controlo da doença e como passou 10 anos sem conseguir sentir cheiros devido à perda de olfato causada pela asma. É quando se torna mãe que a vida ganha outra cor para Catarina, mas chega também o peso da responsabilidade de cuidar de uma criança. Os sintomas agravaram na segunda gravidez, acabando por perder alguns momentos únicos, como sentir o cheiro do seu bebé.

Foi aí que a forma de encarar a doença mudou e a procura pela melhor forma de a controlar e gerir se intensificou. Catarina conseguiu, através do acompanhamento médico e devido tratamento, recuperar qualidade de vida e, hoje, alerta para a importância do aumento da literacia em saúde e da disciplina dos doentes em relação à adesão terapêutica.

O podcast Vidas, que conta agora com oito episódios, é o primeiro podcast português a focar-se exclusivamente em entrevistas a doentes e aos seus familiares para que estes possam partilhar as suas histórias. Neste último episódio alerta para a importância da literacia em saúde, de forma a capacitar os doentes para um melhor controlo da asma.

 
Dia Mundial da Asma
Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Asma vale a pena relembrar alguns dados e conceitos im

Como qualquer doença crónica, pode causar limitação de atividade profissional e física dos atingidos, apresentando períodos de agudização que às vezes requerem avaliação médica urgente e podem ser fatais. Constitui por isso uma importante causa de morte, incluindo em jovens, sendo que 96% dos casos ocorrem em países pobres/em desenvolvimento.

Em termos de sintomas, os doentes queixam-se de chiadeira, falta de ar, dor no peito e/ou tosse. Estes sintomas são consequência das alterações que ocorrem na via aérea onde existe uma inflamação crónica responsável pelo espessamento da parede dos brônquios com “aperto” dos mesmos e aumento da produção de muco. Estes sintomas podem variar em intensidade e frequência ao longo da vida, apresentando períodos de agravamento (exacerbações).

A boa notícia nesta doença é que a doença pode ser devidamente controlada e tratada. O tratamento base assenta nos corticoides inalados que diminuem a gravidade e frequência dos sintomas e das exacerbações.

São objetivos de um bom controlo da asma:

  • não ter sintomas de dia ou de noite
  • não necessitar de medicação em SOS
  • ter uma vida produtiva e fisicamente ativa
  • evitar agudizações sérias
  • ter testes respiratórios normais

Para se atingirem estes objetivos devemos:

Evitar causas de exacerbação/agravamento dos sintomas. São causas de exacerbação as viroses (é importante aderir às vacinas do COVID e Influenza); os alergénios (pó, pólen, fungos); tabaco (evitar exposição passiva ou ativa); stress. Alguns medicamentos desencadeiam crises de asma, como é o caso da aspirina ou dos anti-inflamatórios não esteroides que devem por isso ser evitados.

O exercício físico deve ser encorajado, embora possa agravar sintomas caso não haja um bom controlo prévio da asma. Existem estratégias médicas definidas para estes doentes que podem, por exemplo, usar o seu inalador antes de iniciar a atividade desportiva.

Identificar doenças que podem estar associadas à asma: a rinite, rinosinusite crónica, doença do refluxo gastro-esofágica, obesidade, apneia do sono, depressão e ansiedade são as doenças mais frequentemente associadas a esta doença e que devem ser tratadas.

No dia a a dia, em casa, devemos:

  • evitar alcatifas e cortinas que acumulam pó
  • os tapetes devem ser frequentemente lavados
  • evitar humidade nas casas pela acumulação de fungos
  • evitar a presença de pelos de animais dentro de casa
  • não fumar dentro de casa
  • usar aspiradores com filtro HEPA para aspiração de pó
  • evitar ter a casa muito frio, uma vez que o frio pode provocar hiperreatividade das vias aérea

Por fim, mas não menos importante, todos os doentes devem ter um plano de ação combinado com o seu médico assistente. Nele, deve constar a medicação diária, a medicação a fazer em caso de agravamento e em que situações deverão recorrer ao serviço de urgência.

A mensagem final que quero passar é que embora seja uma doença que assusta é possível controlá-la e ter uma vida perfeitamente normal devendo para isso ser adotados estilos de vida saudáveis. As medidas que foram descritas anteriormente podem ajudar a atingir os objetivos de um bom controlo da asma, reduzindo por isso a morbilidade e a mortalidade associada à doença.

 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Universidade de Coimbra
Uma equipa de investigação, liderada pela Universidade de Coimbra (UC), conduziu um estudo para analisar a utilização de banda...

No artigo científico Comics in Science and Health Communication: Insights from Mutual Collaboration and Framing a Research Practice, publicado no International Journal of Qualitative Methods, a equipa interdisciplinar – que envolveu biólogos, ilustradores e sociólogos – apresenta as várias etapas a considerar no processo de produção de uma banda de desenhada para fins de sensibilização na área da saúde (como a adoção de comportamentos saudáveis ao longo da vida, desde a infância), explicando e exemplificando vários aspetos, que vão desde a discussão dos tópicos a destacar à criação das várias personagens e enredos.

O caso de estudo desta investigação foi a banda desenhada Um Fígado Equilibrado é Meio Caminho Andado! – criada pela mesma equipa de investigação em 2021 e editada pela Imprensa da Universidade de Coimbra – destinada à sensibilização para as doenças do fígado e para a prevenção e tratamento de patologias do metabolismo (como a diabetes ou a obesidade), transmitindo mensagens que incentivam a promoção de hábitos e estilos de vida saudáveis através de momentos de interação entre as várias personagens.

Ao longo do processo criativo, a equipa de investigação foi percebendo que “continuavam a ser pouco estudados e documentados processos e métodos associados à criação e impacto da banda desenhada na comunicação de ciência e saúde”, explicam os coordenadores do estudo Anabela Marisa Azul e João Ramalho-Santos, investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC).

Assim, os investigadores decidiram contribuir para colmatar esta lacuna, conduzindo uma investigação que “documenta etapas, abordagens e quadro teórico que acreditamos ser reproduzíveis noutros contextos de comunicação e de investigação”, avança a investigadora. Anabela Marisa Azul sublinha ainda que a banda desenhada “é um importante recurso didático e educativo para abordar e explicar temas complexos de ciência, sobretudo quando se procura dar voz a vários interlocutores, neste caso, pessoas com doença, profissionais de saúde, investigadores, com a mesma relevância”.

Neste estudo “é detalhada a abordagem participativa e interdisciplinar de investigação a partir da criação do desenho – estrutura e propósito –, que se espera que possa contribuir para melhorar a compreensão de conteúdos de ciência e saúde e para motivar para a mudança de comportamentos”, contextualiza o primeiro autor do estudo e estudante de doutoramento do CNC-UC, Rui Tavares.

Para tal, o artigo lança um modelo para o desenvolvimento de banda desenhada, reunindo métodos qualitativos (entrevistas e metodologias visuais, como esboço de diagramas científicos) e quantitativos (como questionários). “Partilhamos um quadro teórico, métodos visuais e o processo reflexivo entre os membros da equipa, que resultaram na criação do desenho”, explica Anabela Marisa Azul.

Entre as linhas orientadoras partilhadas pela equipa de investigação estão “a seleção de tópicos de ciência e saúde da temática a abordar como, por exemplo, mecanismos celulares do metabolismo e doença, a resistência à insulina ou os benefícios da dieta mediterrânica e da atividade física”, destaca a investigadora. Outra dimensão relevante é “a escolha das personagens, das ligações entre os diferentes atores e o ambiente”, acrescenta.

Outros aspetos incluem a persuasão e empatia a partir das personagens enquanto modelos de comportamentos, associando crenças, atitudes, intenções e autoeficácia. Neste caso, a banda desenhada teve em consideração um modelo positivo (por exemplo, uma pessoa com doença crónica que articula tratamento com hábitos saudáveis, como uma alimentação com consumo de legumes e frutas); um modelo antagonista (tal como uma personagem com doença que não adota um estilo de vida saudável), e um modelo proativo (por exemplo, uma criança inicialmente com um padrão não saudável que se entusiasma com a sua atitude em prol da saúde, consumindo legumes, ajudando nas rotinas de casa, brincando ao ar livre).

“As experiências entre equipa de investigação e as pessoas com doença contribuíram para a criação e evolução do desenho. A partir deste trabalho em rede conseguimos simplificar eventos celulares e metabólicos e incorporar hábitos e rotinas”, conclui a investigadora.

Esta investigação foi desenvolvida no âmbito dos projetos de doutoramento de Rui Tavares e Mireia Alemany i Pagès, estudantes do Programa Doutoral em Biologia Experimental e Biomedicina da UC, com orientação de João Ramalho-Santos (também docente do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC) e de Anabela Marisa Azul. Colaboraram no estudo a investigadora do Centro de Estudos Sociais, Sara Araújo, e o docente da Universidade de Tilburg (Países Baixos), Neil Cohn.

O estudo foi financiado por fundos nacionais, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e do Programa Operacional Regional do Centro (CENTRO 2020); e europeus, do Horizonte 2020 da União Europeia, da rede europeia de doutoramento do programa Marie Sklodowka-Curie Actions (MSCA) e do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020). O artigo científico está disponível em https://doi.org/10.1177/16094069231183118.

 
Candidaturas abertas até 15 de setembro
As candidaturas para a 6.ª edição da Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo estão abertas. Esta é uma iniciativa da...

Os projetos de investigação apresentados podem ser realizados por investigadores nacionais ou estrangeiros com exercício em instituições portuguesas, sendo encorajada a colaboração e parceria entre várias instituições, bem com a interdisciplinaridade. Todas as candidaturas devem ser enviadas para o seguinte e-mail: [email protected], até às 24 horas de dia 15 de setembro de 2024.

De acordo com Manuel Abecasis, presidente da APCL, «é com grande entusiasmo que lançamos esta 6.ª edição da Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo. As equipas de investigação têm demonstrado bastante interesse pelo que estamos expectantes em relação ao número de candidaturas que vamos receber, mas também em relação aos projetos. As edições anteriores têm elevado a fasquia, com projetos inovadores ao nível da investigação e do tratamento, com impacto nas necessidades não atendidas dos doentes».

Segundo Maria Gomes da Silva, presidente da SPH «é fundamental continuar a apostar na investigação nacional e o contributo desta bolsa para o desenvolvimento dos projetos distinguidos tem sido visível e muito importante. O mieloma múltiplo é uma patologia hemato-oncológica rara e até agora incurável, pelo que é muito relevante toda a investigação que possa contribuir para uma deteção atempada, um tratamento mais eficaz, um progresso na caracterização da doença e uma melhoria da qualidade de vida dos doentes. Acreditamos no verdadeiro impacto destes projetos.»

«A Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo vai na sua 6ª edição, uma longevidade que reflete a qualidade dos projetos que têm sido apresentados e o impacto que têm significado ao nível da investigação. Queremos continuar a contribuir para que novas soluções possam melhorar os cuidados prestados aos doentes com mieloma múltiplo, com impacto na gestão da sua doença e qualidade de vida», refere Tiago Amieiro, diretor-geral da Amgen Biofarmacêutica.

Todos os projetos submetidos serão avaliados por um júri idóneo, composto por peritos de reconhecido mérito em investigação científica e experiência profissional e/ou académica em hemato-oncologia em Portugal e/ou internacional, nomeado pela APCL e SPH. O regulamento da bolsa de investigação em Mieloma Múltiplo pode ser consultado nos sítios dos parceiros.

O Mieloma Múltiplo é a segunda neoplasia hematológica mais frequente em Portugal com cerca de 544 novos casos por ano. Esta patologia tem uma grande incidência a partir dos 50 anos e apresenta sintomas inespecíficos, por vezes desvalorizados, sendo o diagnóstico atempado fundamental para maximizar os resultados em saúde nestes doentes.

 
Dia 8 de maio
O Serviço de Saúde Ocupacional e Ambiental (sSOA) do Politécnico de Coimbra (IPC) realizará, no próximo dia 08 de maio, pelas...

O evento realiza-se no âmbito da comemoração do Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho, que se celebrou no passado dia 28 de abril e dará especial destaque à temática do ano, “As Alterações Climáticas no contexto da Segurança e Saúde no Trabalho". O (in)visível das alterações climáticas, impactes das alterações climáticas nas doenças transmitidas por vetores e na exposição a produtos químicos, a legislação laboral vs. alterações climáticas serão os principais temas abordados.

O Webinar inicia com a intervenção do presidente do IPC, Jorge Conde, contando com presenças como Ana Paula Rosa, gestora de Programas da Organização Internacional do Trabalho – Lisboa, Lúcia Simões Costa, pró-presidente do Politécnico de Coimbra, Susana Paixão, docente da Unidade Científico-Pedagógica de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra, e Vera Barreira, inspetora do Trabalho na Autoridade para as Condições do Trabalho – Centro Local do Mondego.

No final haverá lugar a um debate, moderado por Ana Ferreira, vice-presidente da Instituição e coordenadora do sSOA IPC. O acesso é aberto a qualquer pessoa que se inscreva previamente (inscrição gratuita) aqui.

 
No Ensino Superior
A Universidade Portucalense (UPT) lançou dois programas pioneiros destinados a apoiar os estudantes durante o seu percurso no...

O primeiro programa, intitulado "Acessibilidade, Cooperação e Conexões para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior", surge da necessidade de proporcionar apoio especializado aos estudantes que enfrentam desafios emocionais, sociais e académicos. 

Desenvolvido por uma equipa multidisciplinar composta por psicólogos, professores e outros profissionais de saúde, este programa oferece uma variedade de atividades destinadas a promover o bem-estar dos estudantes ao longo da sua jornada académica. 

Desde estratégias de prevenção até intervenções especializadas, o objetivo é proporcionar orientação e apoio oportunos, antecipando e respondendo às necessidades de estudantes em possíveis situações de risco.

Inspirado no modelo de resposta “stepped care”, o programa abrange estratégias de promoção, prevenção e intervenção para a saúde mental dos estudantes, garantindo intervenções preventivas personalizadas e adaptadas a necessidades específicas dos alunos da UPT, bem como oferecendo apoio remediativo para aqueles que enfrentam problemas de saúde mental mais graves.

O segundo projeto, denominado "+Sucesso@UPortucalense", tem como principal objetivo apoiar a integração académica dos novos estudantes, promovendo o seu sucesso escolar, por forma a reduzir o abandono no 1º ano do Ensino Superior. 

De acordo com a UPT, este projeto abrange quatro eixos de ação fundamentais, incluindo a promoção do apoio à integração académica, a capacitação docente em inovação pedagógica, a predição de situações de abandono e a monitorização do desenvolvimento, adaptação e sucesso dos estudantes. 

Todas as iniciativas propostas têm como foco central o estudante, colocando-o no centro dos processos de ensino-aprendizagem, orientação e aconselhamento, baseando-se numa abordagem que prioriza a personalização, colaboração e integração de tecnologia.

As diferentes iniciativas resultantes deste projeto encontram-se articuladas com as estruturas e órgãos de apoio ao estudante e ao desenvolvimento profissional docente já existentes na Universidade Portucalense, nomeadamente o Gabinete de Apoio ao Estudante (GAE), o Gabinete de Inovação Pedagógica (GIP), e o Conselho Pedagógico (CP).

Estes projetos surgem como resposta a candidaturas bem-sucedidas a programas promovidos pela Direção Geral do Ensino Superior (o Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior e o Programa Impulso Mais Digital) que cofinanciaram estes programas em cerca de 500.000€.

“Na Universidade Portucalense, assumimos um compromisso inequívoco com o bem-estar e o sucesso dos nossos estudantes. Estes dois projetos refletem essa dedicação em fornecer apoio abrangente e soluções inovadoras para os desafios enfrentados pelos nossos alunos e estamos confiantes de que irão contribuir significativamente para um ambiente de aprendizagem mais saudável, inclusivo e propício ao desenvolvimento pessoal e académico”, destaca Fernando Ramos, reitor da UPT.

 
Farmacêutica responde
As alergias provêm de uma resposta excessiva do sistema imunitário a substâncias que normalmente são

As alergias não são todas iguais, porque podem afetar diferentes órgãos e ter gravidades diferentes. Algumas reações podem ser fatais, nomeadamente a reação anafilática, que afeta a respiração e a função cardíaca.

As alergias alimentares mais comuns são à proteína do leite e do ovo e ao marisco. É ainda frequente a alergia a frutos secos, entre os quais o amendoim.

As alergias cutâneas podem ser originadas pelo contacto direto com o alérgeno, ou como uma manifestação difusa de uma alergia, como no caso das alergias alimentares. Nestes casos surgem eczemas, caracterizados por vermelhidão forte e com prurido.

A alergia ao pólen das gramíneas é muito comum. Este desencadeia um conjunto de reações como tosse, rinorreia (corrimento nasal), olhos lacrimejantes e pruriginosos e ocasiona um mal-estar geral designado de febre dos fenos.

A maioria dos tratamentos passam por reduzir ou impedir o contacto com o alérgeno e atenuar os sintomas. Para o tratamento podem ser usados comprimidos orais, para um tratamento mais generalizado; sprays ou gotas nasais; gotas oftálmicas ou cremes de aplicação direta na zona afetada.

Nos comprimidos orais são comumente utilizados anti-histamínicos, que impedem a atuação da histamina, e por isso há redução do edema, da comichão e vermelhidão. São preferidos os anti-histamínicos mais recentes que têm menos efeitos adversos, como a sonolência. Podem também ser usados fármacos que provocam vasoconstrição, mas que devem ser usados com precaução devido às várias contraindicações como o aumento da pressão arterial.

Nos sprays ou gotas nasais é habitual a utilização de vasoconstritores e de corticoides. Os primeiros têm uma ação rápida, no entanto, o seu uso prolongado pode causar “rebound”, ou seja, agravamento dos sintomas ou mesmo rinite medicamentosa. Os corticoides atuam como anti-inflamatórios locais e reduzem rapidamente os sintomas, atuam também na resposta imunitária e, por isso, podem ser utilizados durante vários dias, ou semanas, de acordo com indicação clínica. A higiene com águas do mar permite remover alérgenos do epitélio nasal, e quando enriquecidas em oligoelementos promovem um epitélio mais resistente aos alérgenos.

A nível oftálmico podem ser usados anti-inflamatórios e antialérgicos. Nas manifestações cutâneas são aplicados cremes, usualmente contendo corticoides e/ou anti-histamínicos. Deve também ser promovida uma boa hidratação da pele que permite manter a barreira hidrolipídica da pele.

Para prevenir as alergias devemos, em primeiro lugar, conhecê-las. Neste caso existem exames específicos que poderá realizar para conhecer as substâncias a que é alérgico. Algumas pessoas poderão ter indicação para realizar imunoterapia, através de vacinas personalizadas.

Para prevenção dos sintomas pode adotar estratégias como: manter as janelas de casa fechadas, substituir com frequência lençóis e fronha de almofada, aspirar frequentemente a casa, reduzir a humidade em casa e não expor desnecessariamente o nosso organismo a potenciais alérgenos, como fumo do tabaco.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Cláudia Adão, Diretora-Geral e psicóloga da Integral Saúde Mental, deixa o alerta
As novas realidades macroeconómicas do mundo globalizado que estão a transformar o mercado de trabalho. O contexto laboral é...

Cláudia Adão, Diretora-Geral e psicóloga da Integral Saúde Mental, alerta para a importância do “apoio em termos de saúde mental nas empresas e nas escolas não só olhando para a individualidade e capacidades de cada um mas, também, criando projetos integrados e completos de apoio aos alunos, e aos profissionais. A capacitação para a gestão emocional é crucial e será cada vez mais”.

As soft skills são características, atitudes e comportamentos que simplificam as interações em contexto laboral. São amplamente aplicáveis, e não se limitam a uma profissão ou a uma fase da vida. São competências transversais e desenvolvimentais, ou seja, são competências que se desenvolvem, estimulam e treinam ao longo da vida e que nos permitem viver melhor na relação com os outros seja em contexto pessoal, familiar, académico ou laboral. Assim, devem começar a ser promovidas o mais cedo possível a nível académico e depois, melhoradas, em contexto profissional.

Existe uma quantidade substancial de pesquisas que demonstram o impacto profundo que a aprendizagem social e emocional e as habilidades interpessoais têm, tanto no sucesso académico, como no sucesso laboral. De acordo com o Committee of Children (2019), quem alia o conhecimento à capacidade de construir relacionamentos de confiança, gerir melhor as suas emoções, ser empático, colaborar e comunicar bem, gerir o tempo e o stress, saber ouvir, resolver conflitos e apreciar a diversidade, terá melhores desempenhos no local de trabalho.

"É fundamental que as escolas integrem esta aprendizagem social e emocional. Só preparando as soft skills dos alunos, teremos profissionais mais qualificados e preparados", conclui. 

 
A ferramenta do índice corticolímbico recolhe dados 3D
Através de uma nova ferramenta que utiliza dados tridimensionais, os investigadores da Mayo Clinic descobriram uma série de...

A ferramenta do índice corticolímbico recolhe dados 3D de várias áreas do cérebro afetadas pela doença de Alzheimer, permitindo aos profissionais de saúde e aos investigadores compreender melhor as diferenças nas experiências das pessoas com a doença de Alzheimer.

A ferramenta classifica os casos de doença de Alzheimer em três subtipos, de acordo com a localização das alterações cerebrais. A investigação dá continuidade ao trabalho anterior da equipa, demonstrando como estas alterações afetam as pessoas de formas diferentes. A descoberta da patologia microscópica da doença poderá ajudar os investigadores a identificar biomarcadores que poderão ter impacto em futuros tratamentos e nos cuidados prestados aos doentes.

"A nossa equipa encontrou diferenças demográficas e clínicas notáveis entre o sexo, a idade de início dos sintomas e a taxa de declínio cognitivo", afirma a autora sénior Melissa E. Murray, neuropatologista translacional da Mayo Clinic, na Florida.

O índice corticolímbico atribui uma pontuação à localização dos emaranhados tóxicos das proteínas Tau que danificam as células nas regiões do cérebro associadas à doença de Alzheimer.  As diferenças na acumulação de emaranhados afetaram a progressão da doença.

A equipa analisou amostras de tecido cerebral de um grupo multiétnico de quase 1400 doentes com doença de Alzheimer, doadas entre 1991 e 2020. As amostras estão armazenadas no Banco de Cérebros da Mayo Clinic, resultante de uma parceria com a Iniciativa para a Doença de Alzheimer do estado da Florida. A população da amostra incluiu asiáticos, negros/afro-americanos, hispânicos/latino-americanos, nativos americanos e brancos não-hispânicos que receberam cuidados em clínicas de distúrbios de memória na Flórida e doaram os seus cérebros para a investigação.

Para verificar o valor clínico da ferramenta, os investigadores aprofundaram a análise dos participantes no estudo da Mayo Clinic que foram submetidos a neuroimagem enquanto estavam vivos. Em colaboração com uma equipa da Mayo Clinic liderada por Prashanthi Vemuri, os investigadores descobriram que os resultados do índice corticolímbico eram consistentes com as alterações no hipocampo detetadas por ressonância magnética (MRI) e com as alterações no córtex detetadas por tomografia por emissão de positrões de Tau (Tau-PET).

"Ao combinarmos os nossos conhecimentos nas áreas da neuropatologia, bioestatística, neurociência, neuroimagem e neurologia para abordar a doença de Alzheimer de todos os ângulos, fizemos avanços significativos na compreensão da forma como esta afecta o cérebro", explica Murray. "O índice corticolímbico é uma pontuação que pode encorajar uma mudança de paradigma no sentido de compreender a individualidade desta doença complexa e alargar a nossa perspetiva. Este estudo marca um passo significativo em direção a cuidados personalizados, oferecendo esperança de terapias futuras mais eficazes."

Os próximos passos da equipa de investigação consistirão em transpor as suas descobertas para a prática clínica, dando aos radiologistas e a outros médicos especialistas acesso à ferramenta do índice corticolímbico. Murray afirma que a ferramenta poderá ajudar os médicos a determinar a progressão da doença de Alzheimer nos doentes e a melhorar a sua gestão clínica. A equipa está também a planear mais investigação utilizando a ferramenta para identificar áreas do cérebro que são resistentes aos efeitos tóxicos da proteína Tau.

150 voluntários distribuídos por postos fixos e móveis
Centena e meia de voluntários da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) estão estrategicamente colocados em 17 postos, fixos e móveis,...

Em 2023, no âmbito das celebrações do 13 de maio, a CVP prestou apoio a 1072 peregrinos.

São 14 as delegações da CVP envolvidas na operação de 2024, estando algumas delas a acompanhar os peregrinos desde o seu ponto de partida até à chegada a Fátima. Outros estão em áreas onde o fluxo de pessoas é consideravelmente maior. Assim, a Cruz Vermelha estará com postos fixos em Águeda, Figueira da Foz, Marco de Canavezes, Oliveira de Azeméis, Ovar, Pombal, Santo Tirso (mapa anexo).

Junto ao recinto, em Fátima, nos dias das celebrações do 13 de maio, a CVP estará presente com um Posto Médico Avançado e dois postos de socorros. Este dispositivo está em articulação com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Foram também elaborados materiais de sensibilização para os Peregrinos que serão disponibilizados nas redes sociais e distribuídos nos Postos de Apoio, nomeadamente um projeto conjunto com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária que pretende alertar para os perigos na estrada, para que o trajeto até Fátima seja realizado em segurança.

Enquanto instituição integrante da Comissão de Apoio ao Peregrino, coordenada pelo Movimento Mensagem de Fátima, a CVP dinamizou uma ação de sensibilização, dirigida aos guias de peregrinos a pé, sob o tema “Chamados à Peregrinação com saúde”.

 
Associação pede mais investimento nos centros de PMA para combater desigualdades
A Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade), que representa as pessoas com problemas de fertilidade, recomenda ao...

Para este novo mandato, “as prioridades da procriação medicamente assistida continuam a ser as mesmas em quase uma década”, explica Cláudia Vieira, presidente da APFertilidade. A associação destaca que é preciso fomentar o investimento financeiro nas infraestruturas e equipamentos, reforçar os recursos humanos das equipas, criar unidades de fertilidade nos Açores, Algarve e/ou Alentejo de forma a combater a desigualdade da distribuição geográfica dos centros, bem como concluir a proposta de regulamentação para a gestação de substituição e aumentar a literacia em saúde reprodutiva junto da população.  

Segundo o programa eleitoral da Aliança Democrática, existe a promessa de reforçar o investimento nos centros públicos de PMA. A APFertilidade aplaude a iniciativa, mas deixa claro que “apenas acredita em medidas concretas”. A presidente acrescenta que, "enquanto não se assistir a melhorias significativas nesta área e ao respeito pelos direitos dos beneficiários do SNS, a APFertilidade continuará a pressionar o Governo e os grupos parlamentares a atuarem em conformidade com o que foi prometido na campanha eleitoral”.  

De forma a atenuar muitos dos problemas, Cláudia Vieira revela que “bastaria ao Governo seguir as recomendações descritas no relatório que resultou do grupo de trabalho sobre a procriação medicamente assistida, um dos documentos mais completos alguma vez redigidos sobre como melhorar o acesso à PMA e promover as doações ao Banco Público de Gâmetas”. No entanto, este dossiê “continua na gaveta três anos depois”.  

Um dos maiores desafios dos últimos anos continuam a ser os tempos de espera para tratamentos com recurso a doações feitas ao Banco Público de Gâmetas, que podem atingir os três anos. “Consideramos que deveria ocorrer, sempre que necessária, a aquisição de gâmetas (espermatozóides e óvulos) ao sistema privado, de forma a reduzir os tempos de espera para tratamentos com recurso a doações”, propõe a associação.  

Por todos estes motivos, “as pessoas que procuram a APFertilidade lamentam que, quando o Estado não consegue assumir o seu papel, não permita uma alternativa junto de parceiros privados e feche a porta aos que, sem capacidade económica, têm de lidar com o desfecho difícil de não terem filhos”, acrescenta a presidente desta associação, que conta já com 16 mil associados.  

Ainda sobre a gestação de substituição, que no passado teve votos contra do PSD e CDS, a APFertilidade admite “ter receio que a regulamentação da lei fique parada”. Cláudia Vieira garante que dá “o benefício da dúvida à ministra da Saúde para encontrar uma solução de regulamentação que responda às falhas encontradas no documento e apontadas por Marcelo Rebelo de Sousa”. Para muitas mulheres sem útero ou com problemas neste órgão, “a gestação de substituição é a única alternativa de cumprirem o sonho de constituírem uma família biológica”. 

 
Opinião
Como explicam Cobb e Mittler (2005), a doença mental é um conjunto de várias perturbações de ordem p

O Recovery na Saúde Mental

O conceito de Recovery tem como objetivo alcançar a saúde e bem-estar, independentemente do grau de sofrimento psíquico do indivíduo.

Requer uma mudança de paradigma no pensamento de patologia e doença para autodeterminação, histórias de vida, forças humanas, esperanças e sonhos e o apoio de pares. No entanto, o seu objetivo principal é a Esperança, a crença de que é possível a recuperação de uma vida significativa, apesar de ter um transtorno mental grave.

Colocar em ação o conceito de Recovery em saúde mental significa concentrar os cuidados no apoio e na construção da resiliência das pessoas com perturbações psíquicas, não apenas no tratamento ou controlo dos seus sintomas. O conceito de Recovery enfatiza que, embora as pessoas possam não ter controlo total dos sintomas, elas podem ter o controlo total das suas vidas.

Dados os resultados de um estudo onde foram acompanhadas pessoas com transtorno, em tratamento ou não, Vasconcelos (2017) concluiu que a maioria das pessoas tiveram uma melhora significativa na qualidade de vida, mas atingiram um patamar mais avançado quando há́ a participação em programas de educação, de trabalho, moradia, atenção psicossocial e programas de ajuda e suportes mútuos. Estes programas são considerados como organizadores mentais e sociais, que estimulam concretamente o usuário na procura ativa do aproveitamento e da oportunidade para atingir novos patamares de recuperação para dar conta das tarefas e responsabilidades.

Enuncia Nunes (1996) que uma perspetiva psicossocial da doença mental resulta da interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais. O surgimento e evolução desta doença dependem destes fatores: como predisposição para adoecer e da interação entre eles, entre outros. Não é possível analisar a doença mental e os seus impactos, as suas causas, isolando cada um destes fatores (biológico, psicológicos e sociais). Na prática eles não se encontram separados, eles caraterizam cada situação na totalidade.

Conforme sublinha Spadone (1998), o recovery emergiu como um novo paradigma na saúde mental e como uma visão orientadora dos sistemas e serviços de saúde mental. O conceito de recovery na área da saúde mental foi introduzido, no final da década de 80, pelas pessoas com experiência de doença mental, através dos relatos das suas histórias, experiências de luta, descoberta e mudanças pessoais. O Recovery é definido como um processo profundamente pessoal, de redescoberta de um novo sentimento de identidade, de autodeterminação e fortalecimento pessoal para viver, participar e contribuir para a comunidade.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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