Encontro decorre em Lisboa dia 20 de junho
No próximo dia 20 de junho, a Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH), juntamente com a Sociedad Española de...

Neste espaço de discussão, abordar-se-á, durante a manhã, o regulamento de avaliação das tecnologias de saúde, o empoderamento dos doentes no processo de tomada de decisão, as melhores práticas farmacêuticas em ensaios clínicos e o acesso a medicamentos inovadores.

“Esta é uma reunião que prima pela troca de experiências e vivências, não só nacionais, como também internacionais, graças à presença dos nossos colegas de Espanha. Tal resulta num riquíssimo momento de formação e networking”, refere Patrícia Cavaco, presidente da APFH. Para a associação, “este é um evento de extrema relevância para o estreitamento de relações com a SEFH, contudo, os verdadeiros beneficiados são os participantes, que têm oportunidade de se atualizar com alguns dos experts de referência em cada uma das temáticas”.

O programa continuará à tarde, com uma sessão dedicada à gestão de escassez de stock, seguida de um painel de discussão em torno da otimização de recursos no contexto da Farmácia Hospitalar. “Estes são dois assuntos que estão na ordem do dia, pois é recorrente ouvirmos falar da escassez de recursos, materiais e humanos, nos hospitais. Cabe-nos a nós perceber que estratégias podemos implementar para melhorar as condições nos nossos locais de trabalho”, refere a também farmacêutica na Unidade Local de Saúde de Lisboa Ocidental/Hospital São Francisco Xavier.

A reunião terminará com um webinar, patrocinado pela Takeda, sobre o futuro da avaliação das tecnologias de saúde em Portugal.

O 3.º Fórum Ibérico contará com a presença da Dr.ª Cecilia Martínez Fernández-Llamazares, presidente da SEFH, e do Prof. Hélder Mota Filipe, bastonário da Ordem dos Farmacêuticos.

Farmacêutica mantém trajetória de crescimento
A LEO Pharma, empresa farmacêutica especializada em Dermatologia médica, terminou o ano de 2023 com vendas líquidas no valor de...

“Os resultados financeiros referentes a 2023 confirmam o crescimento da nossa companhia e que o nosso processo de transformação tem-nos permitido superar as expectativas de mercado”, refere Juan Fran Cuello de Oro, Diretor Geral da LEO Pharma Ibéria.

“Este crescimento sustentado reflete o posicionamento da LEO Pharma como uma empresa de referência no âmbito da Dermatologia médica, demonstrando o nosso compromisso com os doentes, com os dermatologistas e com a sociedade”, acrescenta.  

A LEO Pharma Ibéria, da qual Portugal é parte integrante, é um dos mercados prioritários para a companhia na Europa. A filial ibérica registou um crescimento de 6,9% e uma faturação de 118,1 milhões de euros em 2023.

Foco em Dermatologia médica  

As doenças de pele podem ser muito graves e crónicas. A Dermatologia médica é uma das áreas terapêuticas mais atrativas e que mais cresce em todo o mundo. Em Portugal, tal não é exceção, e a área de BioDerma registou um crescimento de 25,9% face a 2022. A LEO Pharma é o único laboratório farmacêutico com uma ampla experiência em Dermatologia médica que cobre todo o espectro de gravidade das doenças de pele, de moderadas a graves.

“Na LEO Pharma procuramos dar resposta às necessidades de milhões de doentes que vivem com doenças de pele, disponibilizando tratamentos que cobrem todo o espectro de gravidade destas patologias, melhorando a sua qualidade de vida. Estamos comprometidos em fazer chegar a inovação em Dermatologia a todos os doentes com patologias de pele, nomeadamente com psoríase e dermatite atópica”, acrescenta Juan Fran Cuello de Oro.  

Sessões online decorrem a 5 e 12 de junho
Devido à sua prematuridade e sensibilidade, o recém-nascido exige muitos cuidados e atenção por parte dos pais. Neste sentido,...

A primeira sessão, no dia 5 de junho, pelas 18h00, foca-se no conforto e bem-estar do bebé e conta com a presença da terapeuta ocupacional e instrutora de massagem infantil da Fisiokids, Rita Cruz, que vai demonstrar várias técnicas de massagem ao bebé, capazes de lhe proporcionar uma sensação de relaxamento e, assim, ajudar a reduzir o choro ou a digerir e aliviar as cólicas.

Já a médica dentista e autora do blog Dente a Dente, Inês Guerra Pereira, vai partilhar com os pais as melhores dicas para manterem os dentinhos do seu filho saudáveis.

Ainda neste dia, a personal trainer, Sandra Sousa, vai dar uma aula às grávidas presentes,  com os exercícios físicos que devem ser feitos no terceiro trimestre, para garantir a máxima segurança.

Já no dia 12 de junho, pelas 18h00, as enfermeiras especialistas em saúde infantil e pediatria da Aventura do Cuidar, Ana Gaspar e Diana Calaia, vão ajudar os pais a prevenir assaduras no rabinho do bebé, com a partilha das melhores dicas para a muda da fralda, como a utilização de toalhitas que não contêm álcool, assim como a aplicação de um creme para isolar, proteger e acalmar a pele irritada.

A posição no berço, a temperatura e a roupa que o bebé tem vestida serão alguns dos fatores que Teresa Coutinho, enfermeira especialista em saúde materna e obstétrica e mentora do projeto @APOIOPARENTAL.TERESA, vai abordar junto dos pais para promover o sono seguro no bebé.

Ambas as sessões contam também com a participação da Crioestaminal, sendo que a conselheira em células estaminais, Joana Gomes, irá abordar a importância e as aplicações terapêuticas das células estaminais do sangue do cordão umbilical.

 
Grupo vai poder alargar a sua oferta
O Grupo Ageas Portugal celebrou contrato de compra e venda de ações para a aquisição de 100% do capital social da OneStone –...

O setor da Saúde, representado através da marca Médis, é um dos eixos estratégicos de crescimento e criação de valor do Grupo Ageas Portugal. Este é mais um investimento com vista a reforçar a posição da Médis nesta área.

"A aquisição da rede One Clinics é mais uma prova do nosso compromisso em desenvolver um ecossistema de saúde robusto, com a garantia de elevada qualidade e a personalização que merece cada um dos nossos Clientes.”, afirma Eduardo Consiglieri Pedroso, Chief Healthcare Ecosystem Officer do Grupo Ageas Portugal. “Estamos confiantes de que a aquisição será fundamental para evoluirmos enquanto Serviço Pessoal de Saúde e estamos muito entusiasmados por continuar a investir no futuro da saúde em Portugal”, conclui o responsável.

Criado em 2009, o Grupo One Clinics é uma referência no mercado nacional com foco na melhoria da qualidade de vida de todos os que precisam de cuidados de saúde de reabilitação. O Grupo é constituído por uma rede de 14 clínicas com presença no centro e sul de Portugal, e conta com uma equipa experiente, qualificada e multidisciplinar de profissionais de saúde.

O processo de integração das clínicas One Clinics no Grupo Ageas Portugal será progressivo e sem interrupções: através da garantia de que os Clientes continuam a receber o mesmo nível de atenção e cuidado; de que todos os Colaboradores do Grupo One Clinics serão mantidos; e que a operação se mantém em curso com Pacientes e Parceiros Comerciais.

A conclusão desta transação está prevista para o terceiro trimestre deste ano e está ainda sujeita à prévia aprovação da Autoridade da Concorrência.

Parceria facilita acesso às soluções da EAD pelos associados da ANF
A EAD, Empresa de Arquivo de Documentação, assinou hoje um protocolo de parceria com a ANF – Associação Nacional das Farmácias....

Com esta colaboração, os associados da ANF poderão usufruir de condições especiais nas soluções integradas de gestão documental prestadas pela EAD, beneficiando de um serviço personalizado e adaptado às suas necessidades específicas, designadamente no serviço de Custódia de Arquivo e de Reciclagem Segura de Arquivo e Documentação. Estes permitem garantir aos associados da ANF manter os dados que necessitam arquivar com total garantia de segurança e confidencialidade, bem como, quando se aplica, reciclar documentação seguindo também processos rigorosamente seguros, contribuindo assim para a redução da pegada ecológica das empresas.

 Além disso, os associados da ANF terão acesso a informação, veiculada por esta, sobre várias temáticas desenvolvidas pela EAD, nomeadamente sobre as melhores práticas e inovações na área de gestão documental. Esta parceria contribuirá para que os associados da ANF se mantenham na vanguarda da tecnologia, com ferramentas avançadas de documentação para aumentar a eficiência operacional das suas farmácias. Ao promover a adoção de soluções de gestão documental, a EAD contribui para a modernização do setor, oferecendo suporte contínuo e expertise especializada para garantir a plena satisfação dos seus clientes.

 O CEO da EAD, Paulo Veiga, expressou entusiasmo com a nova parceria: "Estamos muito satisfeitos por estabelecer esta colaboração com a ANF. Acreditamos que as nossas soluções integradas de gestão documental serão de grande benefício para os associados da ANF, ajudando-os a melhorar a eficiência e a segurança na gestão da informação. Esta parceria reforça o nosso compromisso de oferecer serviços de excelência e inovadores ao setor das farmácias."

Valor permite ajudar 90 pessoas com dificuldades
A campanha solidária “Dê Troco a Quem Precisa”, promovida pela Associação Dignitude entre 20 e 29 de maio, angariou 14 837,13...

Durante a campanha, os portugueses foram convidados a doar o troco das suas compras em cerca de 600 farmácias de todo o país. O valor angariado irá permitir que o Programa abem: continue a ajudar pessoas carenciadas a acederem aos medicamentos de que precisam.

O programa já ajudou 37 166 beneficiários, gerando mudanças positivas substanciais através da melhoria da sua condição de saúde e da qualidade de vida.

“Todos os cêntimos contam. Por isso, só temos a agradecer pela generosidade dos portugueses durante mais uma campanha ‘Dê troco a quem precisa’. Graças aos donativos recolhidos vamos ajudar famílias em situação de vulnerabilidade a acederem aos medicamentos de que precisam para viver com qualidade de vida”, sublinha Maria João Toscano, diretora executiva da Associação Dignitude.

A qualquer momento é possível apoiar o Programa abem: através de MB WAY (932 440 068) ou por transferência bancária para o IBAN PT50 0036 0000 9910 5914 8992 7.

A Associação Dignitude, promotora do Programa abem:, emite recibos de donativo no âmbito do Estatuto de Benefícios Fiscais. Para tal, os doadores devem enviar comprovativo de transferência, nome e NIF para [email protected].

Medicina Estética
As estrias são causadas pelo estiramento excessivo da pele e pela rutura das fibras de colágeno e el

Existem 3 tipos de estrias: - estrias vermelhas; - estrias roxas; - estrias brancas. As estrias vermelhas são estrias em estádio inicial na pele, ou seja, são recentes, muito visíveis e sua coloração está associada à rutura de capilares sanguíneos. As estrias roxas estão em estágio intermediário. As estrias brancas são mais atróficas e antigas, apresentando essa coloração devido a uma perda da melanina que ocorre nesses tecidos.

Os tratamentos mais eficazes para tratar estrias são o Plasma Rico em Plaquetas combinado com microneedling, o Laser CO2, Radiofrequência Microfracionada e endolift. 

O Plasma Rico em Plaquetas usa as propriedades regenerativas dos fatores de crescimento do próprio sangue para promover a regeneração do colagénio, elastina e ácido hialurónico. 

A combinação com microneedling permite potenciar a regeneração cutânea através de micropunções. É necessário realizar entre 3-5 sessões com uma periodicidade de 1 mês entre cada sessão. 

O laser CO2 é uma tecnologia inovadora e altamente eficaz para o tratamento de estrias. Ele atua estimulando a produção de colagénio na pele, promovendo a regeneração celular e melhorando a textura e a aparência das estrias. São necessárias 3-5 sessões, 1 mês entre cada sessão. 

A radiofrequência microfracionada permite a combinação da técnica de radiofrequência com microagulhamento permitindo potenciar a regeneração do colagénio e melhorando seja as estrias brancas seja as vermelhas. 

Em estrias mais profundas e difíceis de tratar, o laser subdérmico ou endolift, permite uma estimulação das camadas profundas melhorando a atrofia cutânea e a flacidez associada.

Os cremes antiestrias que encontramos na farmácia hidratam e preparam a pele para evitar novas estrias, além de ajudarem com os ativos pro-colagénio para tratamentos minimamente invasivos no consultório. Mas não eliminam as estrias. Ajudam a melhorar a qualidade da pele, uniformizando a sua superfície. 

Hidratação com ingredientes naturais e extratos vegetais é um dos principais requisitos nos cremes anti estrias. É fundamental que um creme antiestrias contenha ácidos para fazer remodelação de colagénio. Ácido retinóico, glicólico, tricloroacético, mandélico e salicílico são os mais utilizados. 

Em termos de tecnologias de ponta podemos referir o endolift e os lasers fracionados.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
3.º edição do maior prémio nacional de investigação na área da nefrologia
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL), em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN), encontra-se...

Este prémio, atribuído anualmente, tem como objetivo incentivar a realização de estudos clínicos e avaliações epidemiológicas na área da Insuficiência Renal Crónica, com particular relevância no âmbito da prevenção e da melhoria de cuidados da doença renal crónica.

“Com esta iniciativa pretendemos contribuir para aumentar o conhecimento científico sobre a doença renal crónica em Portugal, as suas causas e a população abrangida, tendo em conta a elevada incidência e prevalência de doentes com esta doença, sobretudo nos estádios mais avançados, e a ausência de investigações clínicas e estudos epidemiológicos relevantes nesta área”, avança Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL.

Os trabalhos candidatos ao Prémio ANADIAL-SPN podem ser: a) análises interinas de estudos epidemiológicos em curso (desde que estas análises estivessem previstas no desenho do estudo e os resultados sejam relevantes); b) trabalhos já terminados, ou projetos de investigação em fase de arranque.

O projeto vencedor, avaliado por um júri composto por 6 elementos, recebe um prémio no valor de 10 mil euros.

A doença renal crónica é uma doença provocada pela deterioração lenta e irreversível da função renal. Como consequência da perda de função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). São várias as doenças que podem provocar lesões nos rins e provocar a insuficiência renal crónica, nomeadamente a hipertensão arterial, a diabetes mellitus, as glomerulonefrites crónicas e algumas doenças hereditárias. Nas fases mais avançadas os portadores desta doença necessitam de realizar regularmente um tratamento de substituição da função renal que poderá ser a hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal.

Para mais informações, consulte o Regulamento disponível em www.anadial.pt

Curso confere diploma com acreditação europeia
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) vai promover um curso ibérico para obtenção de diploma em...

Para Bruno Santiago, presidente da SPPCV: “Este curso disponibiliza conteúdos formativos adaptados à realidade ibérica, conta com a participação de formadores experientes dedicados ao tratamento das doenças da coluna vertebral e tem equivalência científica com o diploma europeu da Eurospine. Destacamos ainda a qualidade do treino prático, essencial para a especialização em coluna, mais completo do que o oferecido pela sociedade europeia”.

Os módulos 1, 2, 4 e 6 vão realizar-se em Portugal, em julho, enquanto os módulos 3 e 5 têm lugar em Espanha, em novembro. Cada módulo dedica-se a uma ou mais áreas especificas das ciências e patologias da coluna vertebral, oferecendo, no seu conjunto, uma visão global do estado da arte em cirurgia da coluna. Para a obtenção do diploma europeu os participantes precisam finalizar os 6 módulos do curso. Os módulos “portugueses” foram considerados “Compliant” pelo CSV - Conference Vetting System for Ethical MedTech. Todos os módulos foram submetidos ao Conselho Europeu de Acreditação para Educação Médica Continuada (EACCME) para atribuição de créditos CME´s.

O programa e inscrições pode ser consultado em: https://sppcv.org/spanish-portuguese-spine-societies-course-diploma-2024/

Estudo da atividade, despesa, dívida e qualidade
Nunca a sustentabilidade do SNS esteve tão em baixo desde que foi criado o Índice de Saúde Sustentável, estudo desenvolvido há...

Esta queda na sustentabilidade do SNS é explicada pelo significativo aumento da despesa (7%) que não foi acompanhado pelo igual aumento da atividade (1,3%), resultando numa queda da produtividade. A produtividade, que contabiliza o número de doentes padrão por cada milhão de euros em despesa, tem vindo a decrescer substancialmente ao longo dos anos, registando agora o valor mais baixo da última década. Em 2015 o número de doentes padrão por cada milhão de euros era de 272, número que em 2023 ficou pelos 202.

A acessibilidade técnica e percecionada, que avalia o acesso aos cuidados de saúde, estão em queda face a 2022, ainda que marginal, com 49.7 e 64.3 pontos respetivamente, constituindo uma das maiores fragilidades do SNS. Olhando para as restantes dimensões que compõem o índice de sustentabilidade, a qualidade percecionada dos utentes (72.4 pontos) tem estado estabilizada desde 2019 e a qualidade técnica diminui ligeiramente face a 2022 (66.5 pontos). Como ponto positivo, é de realçar a evolução da dívida com uma redução de 23% da dívida vencida.

"Olhando para todas as dimensões que compõe o índice de sustentabilidade, temos uma qualidade que se mantém estabilizada, uma acessibilidade com uma pequena tendência de queda, uma redução positiva da dívida vencida e uma despesa que aumenta a um ritmo mais acelerado que a atividade. Tudo considerado, o resultado é uma redução do índice de sustentabilidade”, explica Pedro Simões Coelho, professor da NOVA-IMS e coordenador do Índice de Saúde Sustentável. “O SNS tem tratado cada vez mais pessoas ao longo da última década, mas o aumento da despesa tem sido significativamente superior ao aumento da atividade, resultando numa quebra da produtividade. São, no entanto, de sublinhar como aspetos mais positivos a elevada perceção dos portugueses sobre a eficácia do SNS, que reforça a tendência de crescimento, os elevados níveis de confiança no SNS e a muito elevada apreciação sobre a qualidade dos profissionais de saúde”, acrescenta.

Quase metade dos portugueses (48%) faltou pelo menos um dia ao trabalho devido a questões relacionadas com saúde. A prestação de cuidados de saúde através do SNS permitiu evitar a ausência laboral de 2 dias, o que se traduziu numa poupança de mil milhões de euros. Permitiu, ainda, evitar 7,1 dias de trabalho perdidos em produtividade, resultando numa poupança de 3,4 mil milhões de euros. No total, o SNS permitiu uma poupança global de 4,4 mil milhões de euros (impacto por via dos salários). Considerando o impacto dessa poupança por via dos salários e a relação entre a produtividade/remuneração do trabalho (valores referência do INE), é possível determinar que os cuidados concedidos pelo SNS permitiram um retorno para a economia de 6,6 mil milhões de euros.

Pela primeira vez, o estudo analisou a perceção dos cidadãos em relação aos ensaios clínicos. A maioria dos portugueses (79%) admite já ter ouvido falar de ensaios clínicos e 74% têm uma opinião positiva sobre os mesmos. Questionados sobre se estariam dispostos a participar num ensaio clínico, a grande maioria ponderaria essa hipótese: 28% responderam “sim” e 50,5% “talvez”, sendo o estado de saúde o fator que mais influenciaria a decisão. A Internet seria a primeira fonte de informação para saber mais sobre ensaios clínicos, sendo os riscos e benefícios e os potenciais efeitos secundários considerados como as informações mais relevantes a que os inquiridos gostariam de ter acesso antes de concordar participar num ensaio clínico.

A maioria dos portugueses (74%) considera o seu estado de saúde atual “bom” ou “muito bom”, uma percentagem idêntica à registada no ano anterior. Globalmente, numa escala de 0 a 100, os inquiridos avaliam o seu atual estado de saúde com uma nota de 75,3. Se a este valor fosse retirado o contributo do SNS, o indicador ficaria apenas pelos 65,9 pontos, o que demonstra o forte contributo que SNS tem no estado de saúde dos portugueses.

Na ótica dos utentes, os profissionais de saúde e a qualidade da informação fornecida pelos mesmos continuam a ser o ponto forte do SNS e que merece ser valorizado. Os tempos de espera, nas unidades de saúde e entre marcação e a realização de atos médicos, constituem os principais pontos fracos.

Iniciada em 2014, a parceria entre a biofarmacêutica AbbVie e a NOVA IMS resultou na criação do primeiro índice capaz de quantificar a sustentabilidade do SNS, através da análise de dimensões como a atividade, a despesa, a dívida e a qualidade (técnica e percecionada). O estudo “Índice de Saúde Sustentável” procura ainda compreender os contributos económicos e não económicos do SNS, conhecer o impacto dos custos de utilização do sistema no nível de utilização do mesmo e identificar pontos fortes e fracos do SNS, bem como possíveis áreas prioritárias de atuação.

IPO Lisboa vai receber um apoio de 30.700 euros
A campanha de reciclagem “Todos Pelo IPO”, dinamizada pelo Electrão em parceria com o Instituto Português de Oncologia de...

Nesta segunda edição da campanha, que tem como embaixador o conhecido apresentador de televisão Fernando Mendes, foram recolhidas 293 toneladas de pilhas, baterias e equipamentos elétricos usados, um aumento de 88% face ao ano anterior e que permite a entrega de um apoio de 30.700 euros ao IPO Lisboa para aquisição de equipamento médico e reforço da qualidade da prestação de cuidados de saúde.

156 empresas, instituições e autarquias mobilizaram-se de forma massiva para reunir pilhas, baterias e equipamentos elétricos usados para contribuir para esta campanha solidária.  Os grandes eletrodomésticos, recolhidos pelo Electrão porta-a-porta na Área Metropolitana de Lisboa, também foram contabilizados para os resultados da campanha, durante o período em que decorreu a iniciativa.

Em 2022, durante a primeira edição da campanha, foram recolhidas 156 toneladas de pilhas, baterias e equipamentos elétricos usados com a colaboração de 265 empresas, que dinamizaram várias ações no âmbito das suas políticas de responsabilidade social e ambiental.

As pilhas, baterias e equipamentos elétricos usados que não são corretamente encaminhados para reciclagem constituem um problema grave para o ambiente e para a saúde humana, já que, à medida que se degradam, vão poluindo o ar, o solo e a água pela libertação de componentes tóxicos nocivos. Devem ser, por isso, encaminhados para reciclagem em unidades especializadas para o efeito.

“Neste ano especial, em que o IPO comemorou o seu centenário, o Electrão promoveu com muito orgulho mais uma edição desta campanha de reciclagem que alcançou resultados notáveis e reforçou o nosso compromisso com a sustentabilidade e saúde pública. Encaminhar corretamente para reciclagem as pilhas, baterias e equipamentos elétricos é contribuir para a proteção do ambiente e cuidar da saúde de todos numa dimensão mais ampla”, sublinha o Diretor-Geral de Equipamentos Elétricos e Pilhas e Baterias, Ricardo Furtado.

“Esta campanha é muito importante porque, além dos benefícios óbvios para a Saúde Pública e ambiente, pelo correto encaminhamento destes materiais para reciclagem, ainda vem ajudar o IPO Lisboa na sua missão: melhorar a qualidade da atividade assistencial, através deste donativo que agora encaminharemos para adquirir um sistema de dermatoscopia digital computorizado, essencial ao diagnóstico do cancro de pele”, concretiza a Presidente do Conselho de Administração do IPO Lisboa, Eva Falcão.

Este dispositivo médico permite o registo fotográfico em alta resolução das lesões pigmentadas da pele, através de lente fotográfica e dermatoscópio, organizadas e arquivadas em computador. Aliado a técnicas de inteligência artificial e à experiência do médico, é uma mais-valia importante para o diagnóstico precoce, aumentando também o potencial de cura.

Temperaturas ambiente extremas contribuem para a mortalidade na diabetes, reforça APDP
A propósito do Dia Mundial do Ambiente, que se assinala anualmente a 5 de junho, a Associação Protectora dos Diabéticos de...

“Num momento dominado pela discussão sobre as alterações climáticas a nível global e o efeito destas na vida das pessoas, é crucial olharmos para o seu real impacto quando relacionadas com a diabetes. Desta forma, poderemos contribuir para a discussão de intervenções a nível pessoal, comunitário, governamental e político que ajudem a mitigar o crescente risco global para a saúde pública causado pelos fatores ambientais”, explica Rogério Ribeiro, investigador da APDP.

Segundo a Federação Internacional de Diabetes, cerca de 10,5% dos adultos em todo o mundo, mais de 500 milhões de pessoas, vivem com diabetes tipo 2, e quase metade não sabem que têm a doença. Até 2045, estima-se que 783 milhões de pessoas terão diabetes tipo 2. Em causa estão fatores como hábitos sedentários, alimentação pobre em nutrientes e a exposição crónica a poluentes no ar, no solo e na água, existindo fortes evidências de que a poluição do ar é de longe o fator de risco ambiental mais dominante para a saúde em geral e é responsável por mais de 9 milhões de mortes anuais em todo o mundo.

Uma revisão publicada recentemente na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology, revela que um estudo sobre a Carga Global de Doenças estimou que um quinto dos casos de diabetes tipo 2 a nível mundial é atribuível à exposição crónica a partículas em suspensão com um diâmetro de 2,5 μm ou menos.

Atualmente, 99% da população mundial reside em zonas onde os níveis de poluição atmosférica estão acima das atuais diretrizes de qualidade do ar da OMS. “Existe, por isso, uma preocupação crescente relativamente aos fatores comuns da poluição atmosférica e das alterações climáticas e uma necessidade premente de compreender a ligação entre a poluição atmosférica e as doenças cardiometabólicas, de forma a delinearmos uma estratégia para lidar com este fator de risco evitável”, acrescenta o investigador.

“Além disto, a interação da diabetes com o ambiente vai ainda mais longe. Tem sido evidente na literatura científica dos últimos anos que as amplitudes térmicas extremas influenciam também a mortalidade das pessoas com diabetes”, acrescenta, rematando: “Por exemplo, foi observado que 3% das mortes de pessoas com diabetes e doença renal crónica em Portugal foram causadas pelas temperaturas extremas, tendo as temperaturas baixas um efeito mais prejudicial nos anos de vida perdidos”.

Evento RITMO junta atividades de exercício físico, palestras, workshops, alimentação e arte
A 3.ª edição do evento RITMO, promovido em parceria pela Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) e pela Escola...

O tema do aniversário da ESALD é “One Health”: promoção da saúde integral de pessoas, ambientes e animais. Por este motivo, a SPLS junta-se às comemorações do 76.º aniversário da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco, em resposta ao desafio lançado pela Vice-Presidente da SPLS, Mariana Fonseca, ex-aluna desta instituição, e pela Presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida.  

O evento vai contar com diversas atividades de forma a promover a literacia em saúde. Suporte Básico de Vida, rastreios médicos, higiene oral, alimentação saudável, atividade física e arte são alguns dos temas em destaque neste encontro, à semelhança dos anteriores. 

Para a Presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida, “o RITMO em Castelo Branco, dentro das comemorações da ESALD, é um marco relevante também para a SPLS, que aposta nas intervenções comunitárias a partir de organizações impulsionadoras da literacia em saúde”, diz. “Parabenizo, por isso, a escola e, em particular, a Professora Rute Crisóstomo, Diretora da ESALD, e a Professora Veronika Kozlova, sua subdiretora”. 

Segundo a organização, estão previstas cerca de 500 pessoas, desde crianças à população sénior, assim como a participação de associações locais e grupos particulares. O programa RITMO proporciona aos participantes uma intervenção comunitária destinada a promover a saúde e o bem-estar de forma holística, com integração de movimento, atividade física, alimentação saudável, literacia para a saúde, conexão social e ambiental. 

Mariana Fonseca, Vice-Presidente da SPLS, reforça a importância do RITMO em Castelo Branco, afirmando que é "crucial que diferentes municípios continuem dinâmicos e proativos perante a construção de eventos como o RITMO, que garantem a promoção da saúde e prevenção da doença através da conexão social". 

“Como diretora da ESALD, sinto-me profundamente grata pela oportunidade de colaborar nesta iniciativa que tanto contribui para o desenvolvimento integral da nossa comunidade académica e para o fortalecimento dos laços entre saúde, educação e sociedade”, diz a Diretora da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, Rute Crisóstomo. 

“O programa procura oferecer uma experiência sensorial mais abrangente da saúde e do bem-estar, que seja motivadora da aprendizagem contínua e da literacia para a saúde. Participar no RITMO é beneficiar de uma abordagem científica e holística voltada para a promoção da saúde e do bem-estar", conclui a presidente da SPLS. 

O evento RITMO insere-se no Programa “Literacia faz bem à saúde”, da SPLS, sendo organizado apenas por profissionais de saúde que apelam aos estilos de vida saudável, alimentação, atividade física, bem-estar físico e psicológico. O programa completo pode ser consultado aqui.

Opinião
De acordo com o Regulamento das competências específicas do enfermeiro especialista em Enfermagem de

Neste âmbito, impõe-se uma questão que seja norteadora de uma breve reflexão: Como se situa atualmente a Enfermagem de Reabilitação em Portugal, e quais os desafios para o futuro?

Para se desenvolver a questão formulada, optou-se por fazer um exercício reflexivo e que é traduzido numa breve análise SWOT.

Como forças, apontam-se: uma experiência acumulada desde 18 de Outubro de 1965, data de início do primeiro curso de especialização em Enfermagem de Reabilitação, em Alcoitão; um corpo de conhecimentos técnico-científicos autónomo; definição de competências específicas devidamente regulamentadas; e o seu papel de autorregulação.

Como fraquezas, apontam-se: investigação em Enfermagem de Reabilitação ainda relativamente reduzida; necessidade de melhoria na estruturação das equipas de Enfermagem; número de publicações científicas ainda reduzido, e concretamente em áreas específicas, como a Reabilitação Respiratória; a necessidade de melhoria na certificação de locais de ensino clínico.

Como oportunidades, apontam-se: novas áreas de especialidade; desenvolvimento tecnológico; existências de centros e unidades de investigação em Enfermagem, e de redes colaborativas internacionais de investigação; idoneidade formativa de locais de ensino clínico; e concretização de parcerias internacionais.

Como ameaças, apontam-se: apropriação de áreas de Enfermagem de Reabilitação por outros profissionais da área da saúde, existentes ou eventualmente a existir no futuro; constrangimentos profissionais; constrangimentos económicos; e constrangimentos políticos.

Adicionalmente, importa clarificar todo um conjunto de elementos que se traduzem em desafios para a Enfermagem de Reabilitação em Portugal. Estes mesmos desafios devem ser entendidos pelos enfermeiros especialistas de Enfermagem de Reabilitação essencialmente como oportunidades, vislumbrando-se assim um caráter positivista e relevante para o seu futuro.

Estes elementos prendem-se com o desenvolvimento de novos modelos e abordagens de cuidados, potenciadores da promoção da autogestão e da telesaúde, a participação e envolvimento dos enfermeiros especialistas de Reabilitação no desenvolvimento e planeamento nas políticas de saúde, e o reconhecimento da sua experiência, dos seus conhecimentos e das suas competências, valorizando-se assim o seu papel central nas equipas e nas instituições de saúde. Destaca-se ainda a necessidade de uma maior e melhor divulgação e disseminação de práticas clínicas efetivas em resultados de saúde, e inovadoras na promoção da saúde das comunidades, assim como um maior investimento na melhoria das condições de trabalho, formação e desenvolvimento profissional.

Em conclusão, a Enfermagem de Reabilitação em Portugal enfrenta todo um conjunto de desafios e oportunidades, que exigem a adoção de uma abordagem estratégica e inovadora. Mas ao transformar os desafios em oportunidades, a Enfermagem de Reabilitação seguramente poderá continuar a evoluir e a contribuir significativamente para a melhoria da saúde e da qualidade de vida das pessoas, reafirmando o seu papel indispensável no sistema nacional de saúde.

Referências:

Regulamento n.º 392/2019 - Regulamento das competências específicas do enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Crianças temem as alterações climáticas
Desenvolvido no âmbito do programa educativo ‘O MARE vai à Escola’, um estudo recente do MARE – Centro de Ciências do Mar e do...

De acordo com os investigadores envolvidos no estudo, a ansiedade relativamente a temas como as alterações climáticas surge como consequência, não só da informação recebida por estas crianças na escola, como também do contacto com os media e das conversas com familiares e amigos.

“As crianças são o futuro, mas também o presente. É necessário apoiá-las, disponibilizar informação adaptada às suas capacidades cognitivas e fornecer conhecimento, tendo sempre a preocupação de não exacerbar as suas dúvidas e ansiedades. A isso chamamos esperança construtiva, um conceito que está relacionado com o envolvimento ambiental positivo e que parece desempenhar um importante papel motivacional entre os mais novos”, começa por explicar Zara Teixeira, autora principal do estudo, e investigadora do MARE do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra.

Segundo a informação recolhida pelos investigadores do MARE, as crianças acreditam ter consciência da gravidade de problemas como as alterações climáticas e demonstram interesse no seu impacto, o que levanta questões sobre o rumo das iniciativas de educação e comunicação nesta área – se não forem ensinadas de forma correta, as alterações climáticas podem revelar-se uma ameaça psicológica pela ansiedade que causam e pelo declínio do bem-estar mental nos jovens.

“Vemos a educação climática, e a promoção de esperança construtiva, como fundamentais, não só na promoção do envolvimento pró-ambiental, mas também na neutralização das emoções negativas”, continua Zara Teixeira, para quem a educação climática “deve incluir uma forte dimensão de esperança e recorrer à implementação de estratégias que permitam aos alunos mudar de perspetiva e confiar em atores sociais, aumentando a consciência, o sentimento de partilha de responsabilidade e a crença de que estas alterações podem ser mitigadas através da transformação de comportamentos”.

O que “sabem” vs. o que querem saber

O estudo concluiu, ainda, que em iniciativas futuras se devem espelhar as experiências e a realidade das crianças, mas também alargar os campos do conhecimento. Isto porque, apesar de declararem conhecer o conceito de alterações climáticas, as crianças não se mostraram capazes de especificar tópicos que gostassem de aprender sobre esta temática. Se, por um lado, as crianças foram bastante específicas nos temas sobre os quais acreditam ter algum conhecimento (a maioria relacionados com as consequências, as causas e o conceito de alterações climáticas), por outro lado, declararam que gostariam de saber mais sobre como, o quê, quando e porquê ocorrem estas mudanças.

Convidados a detalhar os tópicos sobre os quais gostariam de adquirir conhecimento, as crianças apontaram temas que já haviam revelado conhecer (poluição, relação com os seres vivos, alterações no gelo marinho), o que pode ser um indicativo de que o seu conhecimento sobre as alterações climáticas não é suficiente para solicitar aprendizagem sobre questões específicas para além daquelas sobre as quais já parecem ter alguma informação.

O estudo concluiu, assim, que embora os conhecimentos e interesses prévios devam ser tidos em conta na conceção de iniciativas de comunicação científica em contextos educativos (como forma de motivar para o tema), as soluções a levar para as salas de aula devem basear-se em iniciativas que alarguem campos de conhecimento e introduzam abordagens inovadoras que permitam compreender a complexidade do tema.

O que sabem, afinal, as crianças sobre alterações climáticas?

Os alunos estudados mostraram-se conscientes do fenómeno das alterações climáticas e reconheceram as suas causas antropogénicas, bem como as suas consequências, quer para o homem, quer para o ambiente. No entanto, tiveram dificuldade em identificar estratégias para as combater, mas mostraram particular interesse em aprender mais sobre elas.

Da mesma forma, os alunos demonstraram um grande interesse em compreender quão grave podem vir a ser as alterações climáticas e em aprender sobre como, onde, quando e porque ocorrem (contexto).

Temas como as alterações do gelo marinho, a poluição e os efeitos nos seres vivos estão entre os mais populares, os mesmos sobre os quais as crianças gostariam de adquirir conhecimento.

O que é ‘O MARE vai à Escola’?

O MARE-Centro de Ciências do Mar e do Ambiente tem, desde 2015, um programa educativo direcionado aos ciclos da escolaridade obrigatória. Composto por atividades internas, incluídas nas aulas, e externas, desenvolvidas fora da escola através de atividades educativas informais, ‘O MARE vai à Escola’ foi um dos primeiros programas do género em Portugal. Totalmente desenvolvido e liderado por investigadores, entre 2015 e 2019 chegou a mais de 40 mil alunos de 358 escolas, abrangendo temas como a sobrepesca, o lixo marinho, a biotecnologia, a biodiversidade marinha e as alterações climáticas. Foi essa a comunidade analisada no presente estudo.

Exposição inaugura a 6 de junho
O Museu da Farmácia celebra, dia 6 de junho, os 80 anos do Dia D, juntando um painel de oradores que contarão de viva-voz as...

Durante a manhã, juntam-se histórias e realidades bastante distintas desta operação militar que marca o início do fim da Segunda Guerra Mundial. Andrew Bailey, filho de um dos primeiros militares da marinha inglesa a colocar explosivos que permitiram o desembarque na Normandia, será um dos presentes no evento. A sessão contará, ainda, com Jacqueline Vangoidsenhoven, que estava em Bruxelas durante os dias da libertação e que se recorda de um soldado inglês que lhe ofereceu um chocolate, soldado esse que reencontrou anos depois no Algarve; Jean Buhot, que tinha pouco mais de cinco anos quando se deu o desembarque e se recorda do barulho dos canhões dos navios; e Monique Benveniste, uma das refugiadas que veio nos comboios de França para Portugal com um visto passado pelo diplomata português Aristides de Sousa Mendes.

Da parte da tarde terá lugar a conferência “Portugal e a Segunda Guerra Mundial – A visão de historiadores”, que dará palco a um momento de aprendizagem e reflexão do papel e da envolvência de Portugal neste conflito militar global, com a presença de José Barata Feyo, Cláudia Ninhos, Inês Fialho Brandão e Manuel Nascimento.

“As memórias sobre a Segunda Guerra Mundial chegam-nos normalmente através de documentários ou revistas. Esta é uma oportunidade ímpar de ouvir relatos reais de quem efetivamente fez parte da história”, sublinha João Neto, diretor do Museu da Farmácia.

O Museu da Farmácia irá também inaugurar uma exposição com peças nunca antes expostas, num momento de encontro com a história e que conta com uma mochila do Desembarque na Praia de Omaha, em 1944, a Farmácia da Enfermeira de Adolf Hitler, objetos dos campos de concentração de Auschitwz e Bunchenwald, e caixas de medicamentos do filme “O resgate do Soldado Ryan” e da série “Irmãos de Armas”.

A exposição estará patente a partir de 6 de junho, no Museu da Farmácia, em Lisboa, podendo ser visitada de segunda-feira a sábado entre as 10h00 e as 18h00.

Formação avançada, investigação e inovação
A Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP NOVA) e a consultora global de negócio e tecnologia NTT...

Além de fortalecer as boas relações já existentes entre a ENSP NOVA e a NTT DATA, esta parceria vem contribuir para a partilha de conhecimentos e o desenvolvimento de projetos conjuntos em áreas como inteligência artificial, análise de dados e cibersegurança, com foco na saúde.

“A inovação em saúde é um processo contínuo e cada vez mais rápido por imposição da transformação digital. O protocolo que agora estabelecemos tem como objetivo acrescentar valor à formação dos alunos da ENSP NOVA. Na NTT DATA, acreditamos no potencial da inteligência artificial e da análise de dados para modernizar os sistemas de saúde e otimizar resultados. Este protocolo contempla ainda o desenvolvimento de estágios, projetos de investigação aplicada e oportunidades de mentoria para os estudantes, bem como a criação de produtos de ensino conjuntos que atendam às necessidades do mercado e soluções de negócio que aumentem a articulação com a comunidade, nomeadamente em iniciativas de saúde pública”, afirma Ricardo Constantino, Partner e Head of Public Sector & Health da NTT DATA Portugal. “Este protocolo é também reflexo do nosso empenho em colaborar com as instituições académicas para aumentar o talento digital em Portugal”, conclui o responsável.

Para Sónia Dias, Diretora da ENSP NOVA, “esta parceria representa um marco significativo para a nossa Escola, reforçando o nosso compromisso com a inovação digital e a ciência de dados no setor da saúde. Na ENSP NOVA, estamos empenhados em desenvolver respostas eficazes para os desafios emergentes da saúde pública, procurando construir um futuro sustentável no qual a saúde e os sistemas de saúde promovam uma cultura de inovação, adaptabilidade, longevidade e inclusão”.

Veterinários apelam à prevenção através da vacinação
A leishmaniose canina é uma doença parasitária grave, causada por um parasita denominado leishmania, transmitido por um inseto...

“A leishmaniose é uma importante zoonose que afeta alguns dos nossos animais domésticos. É causada por um parasita protozoário, que é transmitido através da picada de um inseto (mosquito) vetor, o flebótomo. O cão é um dos principais hospedeiros reservatório do parasita e também um possível responsável pela transmissão da doença”, esclarece a Maria João Rodrigues, médica veterinária no AniCura CHV Porto Hospital Veterinário. Os flebótomos são insetos com cores entre o amarelo-claro e o castanho-escuro, com pilosidades e de pequeno tamanho que, ao contrário dos mosquitos comuns, não emitem zunido quando voam. Estes insetos mantêm-se ativos durante os meses mais quentes, normalmente, entre abril e setembro. Em anos mais quentes, a sua atividade pode prolongar-se entre março e novembro. “Os flebótomos estão ativos, sobretudo, entre o entardecer e o amanhecer e é durante este período que ocorre, normalmente, a transmissão do parasita da leishmaniose”, acrescenta a médica veterinária.

Por sua vez, o médico veterinário Ricardo Medeiros do AniCura Restelo Hospital Veterinário explica que “um dos sinais mais frequentes de leishmaniose canina é a perda de pelo, sobretudo em redor dos olhos, nariz, boca e orelhas. À medida que a doença progride, também se verifica a perda de peso no cão. Também pode ocorrer o desenvolvimento de dermatite ulcerativa (com feridas) que pode disseminar-se por toda a superfície corporal do cão”. Num estádio mais avançado da doença, pode desenvolver-se insuficiência renal crónica e, nesta fase, os cães começam a urinar mais vezes e a beber mais água.

Como prevenir a Leishmaniose

A prevenção é a melhor forma de reduzir o risco de desenvolver a doença, já que os tratamentos atualmente disponíveis não permitem curar a infeção de forma definitiva, podendo os animais apresentar recidivas passados meses ou anos. Neste sentido, os veterinários lembram a importância da vacinação contra a leishmaniose canina como forma de aumentar as defesas dos animais e reduzir o risco de desenvolver a doença. Segundo os profissionais, “a combinação da vacina com o repelente representa a proteção mais completa”. Além destas medidas, é aconselhável evitar os passeios, sobretudo entre o entardecer e o amanhecer, período de maior atividade dos flebótomos transmissores; assegurar o bom estado de saúde do animal para proteger o seu sistema imunitário, através de uma alimentação cuidada, da vacinação e da desparasitação regulares; realizar rastreios anuais para detetar precocemente a doença e, consequentemente, avançar para um tratamento mais eficaz.

Ricardo Medeiros incentiva os cuidadores “a procurarem aconselhamento sobre a leishmaniose e formas de prevenção junto do médico veterinário e a contactarem um profissional ao primeiro sinal de alerta de doença.”

A AniCura, grupo de hospitais e clínicas de animais especializado em cuidados médico-veterinários para animais de companhia, acaba de lançar uma campanha de sensibilização para a leishmaniose destinada aos seus associados e aos cuidadores de cães. O objetivo da campanha, que decorre durante os meses de junho e julho, é promover a educação através da informação e sensibilizar para a importância da prevenção completa através da vacinação e do repelente.

Mais informação sobre leishmaniose canina em: www.anicura.pt/conselhos-de-saude/cao/conselhos-de-saude-para-cao/leishmaniose-canina/ 

Smeg, Abbott e Mgen financiam projeto de responsabilidade social
A NOVA Medical School vai disponibilizar 32 inscrições gratuitas para frequência do campo de férias Summer Medical School:...

Dirigidas a crianças entre os 6 e os 14 anos, a residir na região de Lisboa, estas bolsas serão atribuídas em conjunto com as empresas SMEG, Abbott e MGEN. O objetivo é promover a igualdade de acesso à educação em saúde, mas também capacitar e inspirar todas as crianças a adotarem estilos de vida saudáveis desde cedo, sem barreiras.

Este programa de verão da NOVA Medical School alia diversão à educação para boas práticas no que diz respeito aos estilos de vida, numa oportunidade inclusiva e acessível.

Ao longo do mês de julho, os participantes da Summer Medical School: lifestyle têm um acompanhamento personalizado, onde podem contar com apoio de nutricionistas, que se dedicam não só a induzir mudanças nos comportamentos alimentares, mas também a ensinar a prevenir doenças.

Os 32 participantes identificados por entidades ligadas ao setor social e associação de doentes vão poder participar numa das turmas deste campo de férias, que decorre integralmente numa escola médica.

"De acordo com os últimos dados, entre 2020 e 2050, estima-se que o nível de crescimento da obesidade infantil seja de 3,5%. Um estudo recente concluiu que crianças dos 7 aos 10 anos de meios socioeconómicos menos favorecidos já apresentam alterações biológicas que as podem colocar numa trajetória de saúde menos favorável ao longo da vida. Esta parceria reflete o compromisso partilhado com o futuro saudável de todas as crianças, independentemente do contexto onde estão inseridas. Procuramos não só promover a educação, mas também a saúde e o bem-estar destas crianças e o seu impacto junto das famílias", explica Conceição Calhau, subdiretora para a Extensão à Comunidade da NOVA Medical School.

A Bolsa Smeg permitirá que a Gebalis, possa identificar 10 crianças para frequentarem o programa, à semelhança do que aconteceu na edição anterior.

“Na Smeg, valorizamos a importância de um estilo de vida saudável, que inclui uma alimentação nutritiva e a prática regular de atividade física. Como estamos conscientes de que, infelizmente, esta não é a realidade de todas as famílias, sentimos ser nosso dever contribuir para que possam ter acesso a recursos e oportunidades que promovam estes hábitos. É para nós um orgulho associarmo-nos à Nova Medical School neste projeto desafiante e enriquecedor”, afirma Pedro Luz, Marketing Director da Smeg.

Já a Bolsa Abbott, permitirá que a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, possa identificar 12 crianças com diabetes, para frequentarem o programa com um acompanhamento personalizado.

Por fim, a bolsa MGEN permitirá que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa selecione 10 crianças, de várias instituições da região, para frequentarem o programa durante uma semana.

“A criação da Bolsa MGEN no âmbito da Summer Medical School: lifestyle está perfeitamente alinhada com o compromisso da MGEN em gerar um impacto positivo na sociedade, contribuindo, neste caso particular, para o desenvolvimento de crianças e jovens através da promoção de um estilo de vida saudável”, refere Maria Quaresma, Diretora do Departamento de Comunicação e Marketing da empresa.

A Summer Medical School: Lifestyle tem lugar durante o mês de julho e destina-se a crianças, entre os 6 e os 14 anos, e a jovens, entre os 15 e os 18 anos, sendo o programa adaptado em função da faixa etária. O campo de férias pretende mudar comportamentos, sob o mote “o lugar onde se aprende hoje a saúde de amanhã”.

Opinião
Descansar é essencial e ignorar esta necessidade vital pode provocar consequências graves na produti

O sono não é apenas um período de inatividade do organismo, mas um processo vital de restauração e renovação essencial para a saúde. Durante o sono, o organismo recupera energia, otimiza a função cognitiva, consolida a memória e procede à recuperação muscular. Ignorar a importância do sono significa pôr em causa as necessidades básicas e pode resultar em consequências graves para a saúde, com impacto direto em funções como o desempenho cognitivo e a produtividade.

O sono é orientado pela produção de melatonina, que acontece, sobretudo, a partir do período do final do dia, quando os estímulos luminosos começam a diminuir e o metabolismo começa a ficar mais lento. Por este motivo é tão importante, no momento de dormir, evitar a luminosidade, estímulos sonoros ou aromáticos que possam inverter esta tendência, acelerar o metabolismo e diminuir a produção de melatonina. A melatonina é produzida de forma natural pelo organismo, mais concretamente no cérebro, pela glândula pineal, que regula os ciclos circadianos.

Dado que o sono tem influência direta na atenção, perceção, memória, criatividade, tomada de decisão, resolução de problemas e tolerância à frustração, competências fundamentais para o sucesso profissional, o efeito da privação de sono pode influenciar negativamente a produtividade laboral.

Tal como outras funções e processos do organismo, a produção desta hormona diminui com a idade, mas não só. A diminuição da produção também pode estar associada a determinadas patologias. Noutros casos, pessoas com estilos de vida pouco rotineiros, como trabalhadores por turnos ou a exposição ao jet lag podem impactar a produção de melatonina. Por isso, apesar de ser uma hormona produzida naturalmente pelo organismo, é possível obter melatonina através de suplementos alimentares ou medicação prescrita por um profissional de saúde. A suplementação de melatonina ajuda a preparar as funções biológicas necessárias para dormir, sem causar habituação.

Para otimizar a produtividade, é fundamental priorizar a qualidade do sono. Isto envolve a preservação de uma rotina de sono consistente, minimizar estímulos no espaço destinado a dormir e adotar hábitos de sono saudáveis. Investir em estratégias para melhorar a qualidade do sono é investir diretamente no nosso próprio desempenho diário e na nossa saúde.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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