Primeira sessão dia 28 de maio
A Escola Superior de Enfermagem do Porto vai realizar, ao longo do ano de 2024, tertúlias com pessoas que têm ideias ou...

A primeira edição desta atividade decorre no dia 28 de maio, pelas 21:00 horas, no Auditório Celeste Gomes Marques da ESEP-Sede. Esta tertúlia conta com a presença do Doutor Manuel Carvalho da Silva e incidirá sobre a Reorganização do Mundo Globalizado: Dimensões da “Nova” Questão Social.

Organizado em parceria com a Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem do Porto, este evento vai ser conduzido pelo docente da ESEP, Abel Paiva.

Manuel Carvalho da Silva foi operário eletricista, planificador de trabalho, sindicalista, coordenador e secretário-geral da CGTP-Intersindical Nacional entre 1986 e 2012. Licenciado e doutorado em Sociologia pelo ISCTE-IUL, é Diretor e Coordenador do Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social. Foi Professor Catedrático convidado da Universidade Lusófona, Vice-Presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho, coordenador do Observatório Sobre Crises e Alternativas e do polo de Lisboa do CES da Universidade de Coimbra e também membro do Conselho Técnico Científico da Escola de Saúde do Alcoitão. Tem ampla participação no debate público e académico. É autor dos livros “Acção social – transformação e desenvolvimento”, “Agir contra a corrente – reflexões de um sindicalista” e “Trabalho e sindicalismo em tempo de Globalização – reflexões e propostas”.

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias, limitadas aos lugares disponíveis.

Todas as informações disponíveis em https://i-d.esenf.pt/ouvir-o-pensamento/

 
Com orientação tutorial clínica em três Unidades Locais de Saúde (ULS)
O Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) informou hoje que a proposta da...

Esta proposta envolve ensino na UA e orientação tutorial clínica em três Unidades Locais de Saúde (ULS): ULS Região de Aveiro, ULS Entre-Douro-e-Vouga e ULS Gaia/Espinho, no âmbito do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance.

O relatório da Comissão de Avaliação Externa (CAE) afirma que "a missão, a visão e os objetivos do Mestrado Integrado em Medicina estão claramente definidos e assentam num programa moderno estruturado em torno de um currículo em espiral centrado no aluno".

Mantém, também, que "o programa está alinhado com os resultados de aprendizagem pretendidos e é adequado à aquisição de competências exigidas para um médico".

A CAE considera ainda que "a lista de tutores (já comprometidos) nos estágios de orientação tutorial clínica é impressionante".

Quanto à investigação, a CAE considera que "o programa é apoiado pela evidência de múltiplos projetos e atividades de investigação ativa (nacionais e internacionais) em curso nas áreas das ciências médicas e clínicas na UA e no Centro Académico Clínico".

Finalmente, a CAE considera também que "as infraestruturas físicas e os equipamentos disponíveis na UA são adequados para suportar as unidades curriculares".

 
Dia Nacional da Luta Contra a Obesidade assinala-se a 18 de maio
Enveredar pela jornada de perda de peso, quando o objetivo é combater quadros de excesso de peso e o

Deste modo, quando estamos perante um doente que apresente gordura em excesso, muitas vezes encontramos um aparelho locomotor em sobrecarga. Além disso, o próprio peso corporal pode tornar-se uma condicionante para a pessoa voltar a executar exercício físico, como é o caso da corrida.

Se tem obesidade e pretende perder peso é crucial que tenha prudência antes de voltar a correr, para não exercer sobrecarga articular na região dos joelhos, onde a quantidade de carga exercida pode equivaler três vezes o peso da pessoa. Por exemplo, alguém que pese 100 quilos irá receber uma carga de pressão equivalente a 300-500 quilos nas pernas.

Assim sendo, nos casos de obesidade não é recomendado fazer corridas nas fases iniciais deste processo de mudança, mas sim priorizar as alterações nos hábitos alimentares e manter-se ativo através de exercícios de baixo impacto, aeróbicos e de fortalecimento muscular, como é o caso da bicicleta estática. Deve ainda optar por superfícies e calçados que minimizem os efeitos do peso. 

Por este motivo, torna-se evidente a necessidade de proceder à realização de uma consulta médica antes de começar a alterar o estilo de vida e práticas desportivas. Além disso, não pode ser descurada a importância de realizar exames mais detalhados, pois é comum que este tipo de doentes apresente risco aumentado de eventos cardíacos devido a doenças que habitualmente acompanham a obesidade, como a hipertensão arterial, a diabetes tipo II e a aumento de gordura no sangue (dislipidemia).

Neste Dia Nacional da Luta Contra a Obesidade, celebrado este ano a 18 de maio, tenha presente que gerir o seu peso e recuperar a saúde do corpo são objetivos que não devem ser precipitados, mas sim ajustados às características individuais e indicações dos profissionais de saúde e do desporto. Lembre-se que um atleta nunca conseguiu correr uma maratona em um dia. Combater a obesidade é uma jornada contínua.

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“VIAS VERDES – Uma corrida contra o Tempo! Identificar, Diagnosticar e Tratar!”
As I Jornada Multidisciplinares do Serviço de Urgência da ULS Cova da Beira, que tiveram lugar no passado sábado, 11 de maio, e...

Sob o lema “VIAS VERDES – Uma corrida contra o Tempo! Identificar, Diagnosticar e Tratar!”, o Programa Científico, desta primeira edição, enfatizou a importância dos circuitos e sistemas, destacando o trabalho interprofissional e multidisciplinar.

Contaram com a presença de profissionais experientes em diversas áreas e campos de atuação, proporcionando assim uma perspectiva global e integradora, através da qual foram debatidos os componentes essenciais dos cuidados pré, intra e inter-hospitalares e identificados os pontos de melhoria, para garantir uma abordagem mais célere e estruturada, que minimize o impacto da mortalidade e morbilidade.

Estas jornadas incentivaram a reflexão sobre as Vias Verdes existentes, incluindo a melhor forma de sistematizar os circuitos e proporcionar a melhor resposta à Via Verde do Acidente Vascular Cerebral, à Via Verde Coronária, à Via Verde Trauma e à Via Verde Sépsis. Além disso, representaram uma oportunidade para discutir a necessidade de criação de novas Vias Verdes.

Foram distinguidos com primeiro e segundo lugar no concurso de pósteres os trabalhos, (1º lugar) “Via Verde HTA – Encaminhar para mais rápido Controlar”, da autoria de Cláudia Mingote, Miguel Castelo-Branco Sousa, Manuel Carvalho Rodrigues, Cristina Lourenço e Maria Judite Saraiva; (2º lugar) “Via Verde Fratura do Colo do Fémur: Utopia ou Necessidade” da autoria de Manuel Freitas, Isabel Dias, Milene Gata e Cátia Pinto.

 
Saúde Mental
Nos últimos anos tem aumentado o interesse científico e clínico sobre a saúde mental e especificidad

O interesse pela saúde mental de pessoas LGBTQIA+ tem aumentado nas últimas décadas acompanhando os avanços e reconhecimentos legais e sociais. As maiores referências internacionais na saúde (Associação Americana de Psicologia e Organização Mundial da Saúde) são perentórias: a orientação sexual e a identidade de género não configuram nenhuma patologia. Neste sentido, as pessoas investigadoras e clínicas têm-se focado nos fenómenos associados às vivências queer.

O que explica que estas pessoas apresentem piores indicadores de saúde quando comparadas com pessoas heterossexuais e cisgénero? Diversos fenómenos já foram identificados, habitualmente descritos como processos de stresse minoritário, que esclarecem os desafios adicionais e específicos que estas pessoas vivenciam. Os modelos de compreensão destes fenómenos mais recentes incluem tanto a perspetiva social como evolucionária.

Se por um lado a violência e a discriminação interpessoal (expressa ou velada) traduzem o estigma social ainda prevalente, outros processos mais internos (cognitivo-emocionais) decorrentes também afetam a saúde mental. Por exemplo, a antecipação do estigma (expetativas de rejeição), maior sensibilidade à rejeição (deteção mais rápida e pouco eficaz de possíveis pistas de rejeição acompanhadas de uma reação/resposta mais intensa), e o estigma internalizado (conhecido por homo/bi/transfobia internalizada). Por outro lado, o reconhecimento de que somos seres sociais e de que, evolucionariamente, precisamos de sentir conexões emocionalmente seguras com as outras pessoas, aceitação e pertença. A constante falta desta sensação – comum em pessoas LGBTQIA+ - também impacta negativamente a saúde mental. Em conjunto, estes processos ajudam a compreender comportamentos de ocultação da orientação sexual e/ou identidade de género e o isolamento social.

As Terapias Cognitivo-Comportamentais são uma abordagem psicológica baseada na evidência que abrange técnicas cognitivas, emocionais e comportamentais e que se adequam aos fenómenos específicos de pessoas LGBTQIA+. As intervenções cognitivo-comportamentais afirmativas têm-se mostrado eficazes na redução da psicopatologia e promoção do bem-estar nesta população. Por exemplo, estratégias baseadas na psicoeducação cognições-emoções-comportamento, na assertividade, na resiliência, na atenção-plena, na aceitação e na autocompaixão continuam a estratégias a considerar na intervenção individual com estas pessoas.

O livro Manual de Intervenção Psicológica com Pessoas LGBTQIA+: Uma perspetiva individual, familiar e comunitária (Coordenação Jorge Gato, Editora PACTOR) detalha estes fenómenos, justifica a adequação das Terapias Cognitivo-Comportamentais, e exemplifica algumas intervenções no capítulo 2 (Modelos de Compreensão e Intervenção Psicológica Individual com Pessoas LGBTQIA+). Reconhecendo a necessidade de intervenção e o reconhecimento da diversidade sexual e de género, os restantes capítulos alargam a abordagem familiar e comunitária.

 
Daniel Seabra
Psicólogo Clínico reconhecido pela Ordem dos Psicólogos Portugueses (C.P.: 21077) e formador nas áreas da Diversidade Sexual e de Género; Participou ainda em alguns projetos relacionados com as pessoas LGBTQIA+ e suas especificidades; Coautor do livro Manual de Intervenção Psicológica com Pessoas LGBTQIA+ (2024). PACTOR

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial da Hipertensão | 17 de maio
O aumento da esperança média de vida, inegavelmente uma das maiores concretizações da sociedade mode

A pressão arterial pode ser definida como a força que o sangue exerce na parede das artérias. A hipertensão arterial (HTA) ocorre quando o fluxo sanguíneo exerce demasiada “força” ou pressão nas artérias. Define-se pelo registo de valores, para a pressão arterial sistólica, superiores ou iguais a 140 mmHg e/ou para a pressão arterial diastólica, superiores ou iguais a 90 mmHg, em mais do que uma avaliação. A longo prazo, pode causar pequenas lesões nas artérias resultando em zonas de maior fragilidade que podem sofrer rotura e resultar numa hemorragia intracerebral, assim como promover a formação de placas de aterosclerose ou mesmo a formação de coágulos sanguíneos. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a HTA afeta cerca de 40% da população adulta. Destes, menos de metade está medicada com medicamentos anti-hipertensores e estima-se que só cerca de 11% tenham a HTA controlada.

O trabalho de divulgação pública dos sintomas de AVC permitiu uma melhoria no seu reconhecimento e chegada aos serviços de urgência. Aliados aos avanços recentes no tratamento do AVC isquémico e ao tratamento efetivo dos fatores de risco vasculares (onde se inclui a HTA), estes fatores provavelmente contribuíram para a redução do número de anos de vida saudável perdidos após um AVC na ordem dos 39%, entre 1990 e 2021, de acordo com o Global Burden of Disease 2021. O AVC continua, entre as doenças neurológicas, a ser o “campeão” mundial de anos de vida saudável perdidos (ou DALYs, de disability-adjusted life years) e, de acordo com a mesma fonte, 84% desta perda poderia ser prevenida se houvesse uma redução da exposição aos fatores de risco.

Entre estes, a HTA é o fator modificável número 1. Contribuem para o aumento do risco a inatividade física, a obesidade, o consumo elevado de álcool e a dieta rica em sal. Por isso, a melhor prevenção consiste em manter uma dieta saudável e reduzir ao mínimo o consumo de sal, manter um peso saudável e praticar exercício físico regular, assim como evitar manter níveis elevados de stress e não fumar.

Lembre-se que a HTA não condiciona sintomas (ou quando o faz podem ser inespecíficos, como por exemplo tonturas) e, por isso, muitas pessoas têm HTA e não sabem. Por este motivo é importante verificar periodicamente a sua pressão arterial. Se lhe for diagnosticada uma HTA, cumpre as recomendações e tome a medicação anti-hipertensora que lhe for prescrita. Lembre-se que só poderá haver uma efetiva redução do risco se mantiver a pressão arterial controlada. Para isso, é muito importante cumprir as recomendações do seu médico/enfermeiro e manter vigilância periódica.

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Distinção da EASO
A European Association for the Study of Obesity (EASO) acaba de reconhecer a Unidade da Obesidade do Hospital CUF Santarém pela...

Com a distinção da EASO, a Unidade da Obesidade do Hospital CUF Santarém passa a fazer parte de um restrito número de entidades acreditadas, tendo agora a oportunidade de integrar estudos com o objetivo de desenvolver orientações transversais para toda a Europa, em matéria de obesidade.

Sónia Gonçalves, Coordenadora da Unidade da Obesidade do Hospital CUF Santarém, explica que “a obesidade é um preocupante problema de saúde pública. Hoje, cerca de 68% dos portugueses têm excesso de peso e 29% têm obesidade, números que continuarão a aumentar nos próximos anos. Sendo esta uma doença associada a complicações tão graves como cancro, diabetes, doenças respiratórias, cardiovasculares, musculoesqueléticas, gastrointestinais, renais, depressão e demência, é fundamental não a desvalorizar e prestar o devido apoio aos doentes”. 

A especialista em Medicina Interna da CUF evidencia que “a acreditação da European Association for the Study of Obesity vem certificar a excelência do trabalho dos profissionais da Unidade da Obesidade do Hospital CUF Santarém, em prol da saúde das pessoas.”

A Unidade de Obesidade do Hospital CUF Santarém dispõe de uma equipa multidisciplinar, com profissionais de diferentes áreas e especialidades envolvidas na avaliação, tratamento e acompanhamento das pessoas com obesidade, entre as quais: Gastrenterologia, Medicina Interna, Cardiologia, Pneumologia, Nutrição, Psicologia, Medicina Física e Reabilitação, Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica e Reconstrutiva. O objetivo é prestar um acompanhamento individualizado e personalizado às características de cada doente.

Revela estudo da Mayo Clinic
A gastrectomia vertical laparoscópica promove uma perda de peso relativamente rápida, reduz os problemas de saúde relacionados...

Os doentes com insuficiência renal crónica avançada e obesidade grave não são muitas vezes adequados para um transplante de rim, mas, de acordo com um estudo publicado na Mayo Clinic Proceedings, a gastrectomia vertical pode ajudar os doentes de alto risco a cumprir os critérios de transplante. Os resultados também mostram que o procedimento cirúrgico de perda de peso reduziu os riscos cardiovasculares, incluindo a diabetes e a hipertensão.

"Em investigações anteriores, descobrimos que as abordagens conservadoras de perda de peso não resultam adequadamente numa perda de peso significativa em doentes com doença renal crónica avançada", explica a Dra. Aleksandra Kukla, nefrologista de transplantes da Mayo Clinic e primeira autora do estudo. "Estas novas descobertas apoiam a importância da gastrectomia cirúrgica para pacientes com doença renal crónica avançada em estágio 4-5D para melhorar a saúde geral e o acesso ao transplante renal".

O estudo retrospetivo envolveu 104 pacientes com insuficiência renal crónica avançada e obesidade que foram tratados na Clínica Mayo entre 2020 e 2023. Cinquenta e quatro pacientes foram submetidos a gastrectomia vertical laparoscópica, o procedimento cirúrgico de perda de peso mais frequentemente realizado em pacientes que procuram transplante renal, e 50 pacientes optaram por uma abordagem não cirúrgica de perda de peso.

A gastrectomia vertical reduziu o tempo necessário para os doentes serem incluídos nas listas de espera para transplante renal. Também melhorou a probabilidade de os doentes receberem um transplante, com 37% dos que foram submetidos a gastrectomia vertical a receberem um transplante no prazo de 18 meses, em comparação com 10% na coorte não cirúrgica.

O risco de complicações pós-cirúrgicas foi baixo e a taxa de hospitalizações e infecções nos doentes submetidos a gastrectomia vertical foi semelhante à da coorte não cirúrgica.

A terapia eficaz para a obesidade em pacientes com doença renal crónica avançada está pouco estudada, em parte porque o Índice de Massa Corporal (IMC) é frequentemente considerado benéfico em pacientes que recebem diálise renal. "No passado, o tratamento da obesidade nesta população limitava-se a opções não cirúrgicas", afirma o Dr. Tayyab Diwan, cirurgião de transplantes da Mayo Clinic e coautor do estudo.

É necessária mais investigação sobre o momento ideal da cirurgia para os candidatos a transplante renal, explica o Dr. Diwan.

Dia Mundial da Doença Inflamatória
A inflamação é caraterizada por ser uma parte normal do processo de cura quando o corpo sofre uma le

Segundo uma revisão da literatura científica conduzida por investigadores do National Institute of Environmental Health Sciences demonstrou que o ambiente também desempenha um papel na inflamação, que está associada a doenças como: Doenças autoimunes, como artrite reumatóide; Doenças cardiovasculares, como hipertensão e doenças cardíacas; Distúrbios gastrointestinais, como doença inflamatória intestinal, doença de Crohn e colite ulcerosa; Doenças pulmonares, como asma; entre outras. Desta forma, existem vários fatores e patologias que contribuem para o desenvolvimento de alterações inflamatórias podendo levar ao desenvolvimento de inflamação crónica.

Qual a ligação entre o cordão umbilical e a inflamação?

O cordão umbilical é uma fonte rica em células estaminais que, atualmente, podem ajudar a tratar cancro, doenças do sangue e condições inflamatórias. Aliás, as células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical apresentam características promissoras, como baixa imunogenicidade, capacidade de migração para locais de inflamação e propriedades imunomodulatórias, o que tem despertado um interesse relevante nas comunidades científicas e médicas.

As células estaminais mesenquimais derivadas do cordão umbilical revelaram seu papel fundamental na regulação imunológica, oferecendo perspetivas terapêuticas promissoras para doenças imunológicas e inflamatórias. Inúmeros estudos têm sido conduzidos para estudar o papel das células estaminais na inflamação. Por exemplo, Audrey Cras e a sua equipa de investigadores tentaram perceber e explorar as propriedades terapêuticas encontradas nas células estaminais do tecido cordão umbilical de forma a criar um produto de terapia avançada para tratar doenças imunes e inflamatórias. Este estudo foi publicado em 2021 na revista científica Stem Cell Research & Therapy, onde usaram células estaminais que foram isoladas a partir tecido do cordão umbilical. Estas células foram estimuladas com IFNγ e TNFα. Após este processo as células foram avaliadas em várias características como por exemplo: a proliferação, o imunofenótipo, a expressão de marcadores de ativação e a inibição da proliferação de células T. Os resultados foram muito promissores uma vez que as células estaminais mesenquimais diminuíram significativamente o ambiente inflamatório, permitindo assim desenvolver um produto de terapia avançada experimental baseado em células estaminais de tecido do cordão umbilical autorizado para uso clínico. Os resultados deste estudo demonstraram que um ambiente inflamatório preserva as propriedades biológicas das células estaminais com uma melhoria em suas funções imunomoduladoras.

Podemos perceber que com o aumento do conhecimento sobre as células estaminais do tecido do cordão umbilical, que normalmente são descartadas à nascença, que estas células apresentam características que as diferenciam e as potenciam para serem utilizadas em diversas frentes na melhoria de sintomas de várias doenças, podendo atrasar a sua evolução e/ou agressividade. Com isto, é, de facto, pertinente pensar duas vezes sobre a temática/decisão de criopreservar ou descartar as células do cordão umbilical.

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Sara Cerdas, médica e eurodeputada do Partido Socialista (PS) é a convidada do primeiro episódio
Para assinalar o Dia Nacional da Obesidade, a Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) lança o podcast “Conta,...

Todos os meses, os pequenos entrevistadores vão conversar com médicos, pediatras, nutricionistas, psicólogos, investigadores, jornalistas, políticos e outros especialistas que trabalham diariamente para dar resposta à obesidade infantil e promover saúde junto das crianças em Portugal. 

O primeiro episódio estreia já amanhã, 17 de maio, sexta-feira, e terá como convidada Sara Cerdas, médica e eurodeputada do Partido Socialista (PS), para falar sobre o papel que a União Europeia pode ter na resposta à obesidade infantil em Portugal e nos restantes estados membros.

Para acompanhar no site www.apcoi.pt ou em qualquer aplicação de podcast.

Revela estudo na geração mais jovem do setor da saúde
Mais de um terço da geração mais jovem do setor da saúde afirma ter já presenciado discriminação de género no local de trabalho...

A análise feita pela GFK/Metris, que é hoje apresentada em Lisboa, foi realizada no final do ano passado e teve por base 500 questionários feitos a mulheres e homens até aos 45 anos que trabalham na área da saúde, respeitando a proporção de género dos profissionais deste setor.

São 34% os inquiridos que dizem ter já assistido a discriminação de género no local em que trabalham. Acesso ao emprego, acesso à liderança e progressão na carreira são os casos mais citados.

Quando questionados sobre se já sentiram discriminação de género no trabalho, o número reduz ligeiramente, para 27%. As mulheres são quem mais sentiu: 35% afirmam ter sido sujeitas a discriminação, comparativamente com 15% dos homens.

Os dados oficiais mostram que 75% da força de trabalho na saúde são mulheres, mas menos de 40% das líderes são do sexo feminino.

Perante este dado, a jovem geração da saúde entende que uma das principais razões para a falta de igualdade na liderança no setor se prende com “os preconceitos relacionados com o papel da mulher na família vs trabalho”.

Apesar de ser factual a falta de paridade nas lideranças na saúde, este não é dos piores setores em termos de igualdade, segundo a visão dos inquiridos. É na liderança na política e no setor empresarial que esta jovem geração entende que há menor igualdade de género.

Ainda sobre lideranças, só 28% das mulheres assumem que gostariam de exercer um cargo de chefia, em comparação com 38% dos homens. 

E em que medida consideram que o género tem impacto na escolha de vir ou não a assumir uma liderança? São 22% as mulheres que respondem que sim, percentagem que desce para apenas 6% no caso dos homens.

O estudo mostra que os homens têm genericamente uma visão mais benevolente sobre o panorama da igualdade de género em Portugal.

Mais de um terço dos inquiridos do sexo masculino considera que em Portugal há igualdade de oportunidades de género em cargos de liderança, ideia que é partilhada por apenas 11% das mulheres.

Diferença semelhante regista-se quando se pergunta se há igualdade de género de forma geral em Portugal: 41% dos homens respondem afirmativamente, quando apenas 14% das mulheres dizem que sim.

Num ponto há grande unanimidade, com 80% da jovem geração da saúde a concordar que é muito importante que a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres seja um objetivo de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas.

O estudo tentou também perceber quais as caraterísticas que a geração mais jovem da saúde valoriza numa ou num líder e de que forma o género impacta a perceção sobre as caraterísticas da liderança.

A empatia/foco nas pessoas e a resolução de conflitos surgem como as caraterísticas mais evidenciadas, independentemente do género.

Mulheres e homens concordam na avaliação feita às caraterísticas com melhor desempenho nas mulheres líderes: criatividade, competências de comunicação e empatia/foco nas pessoas. 

Contrariamente, no caso das competências dos homens quando são líderes, há maior divisão de opiniões entre mulheres e homens. Os homens entendem que são melhores na orientação para a solução e na assertividade, enquanto as mulheres destacam especialmente o empreendedorismo e as competências digitais dos líderes masculinos.

Lançamento no Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia
O novo manual, cujo lançamento decorrá no dia em que se celebra o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia,...

No espectro europeu, Portugal é um dos países mais bem classificado no que diz respeito à defesa e inclusão dos direitos das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais (LGBTI). Segundo o ranking anual da ILGA Europa, que avalia os direitos LGBTQIA+, de acordo com uma escala de 0% (violações graves de direitos humanos) a 100% (igualdade total, respeito máximo pelos direitos humanos), o país lusitano encontra-se no 10º lugar, num relatório que abrange um total de 49 países.

No entanto, o preconceito e a discriminação com a comunidade LGBTQIA+ ainda é uma realidade presente na vida quotidiana de muitas pessoas com identidades sexuais e de género minorizadas, tendo um impacto significativo no seu bem-estar.

“De acordo com os dados recolhidos pelo inquérito da FRA , 40% das pessoas LGBTQIA+ portuguesas sentiram-se discriminadas em razão das suas características sexuais, orientação sexual ou identidade de género em pelo menos uma área da sua vida no ano anterior”, revela Jorge Gato, no Capítulo 1 deste manual. 

No dia em que se celebra o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia (17 de maio), a editora Pactor apresenta o livro “Manual de Intervenção Psicológica com Pessoas LGBTQIA+ - Uma Perspetiva Individual, Familiar e Comunitária”, que conta com a coordenação de Jorge Gato, Investigador no Centro de Psicologia da Universidade do Porto e prefácio de Anne Marie Fontaine, Professora Emérita da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto.

“A riqueza das informações apresentadas e o leque de estratégias de intervenção, já experimentadas por profissionais experientes, constituem um recurso inestimável para quem intervém junto de populações com identidades sexuais e de género minorizadas. Pode também ser de grande utilidade para intervir noutras formas de discriminação ainda prevalentes na nossa sociedade. Esta obra contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva e acolhedora, onde cada pessoa possa integrar-se, sem renunciar à expressão da sua singularidade", escreve Anne Marie Fontaine no Prefácio.

Este livro nasceu da necessidade de criar um manual que abordasse a intervenção psicológica com a população LGBTQIA+, visto que, em Portugal, há uma escassez de obras sobre essa temática. Ao longo de seis capítulos, cada um desenvolvido por diferentes profissionais da área, é apresentado o estado da arte relativo a modelos de compreensão e intervenção com estas pessoas, a nível individual, familiar e comunitário, em diversos contextos e fases do seu ciclo vital.

Os modelos propostos são afirmativos das identidades LGBTQIA+, problematizando e agindo quer sobre o preconceito e a discriminação, quer sobre os seus efeitos. Cada capítulo apresenta um conjunto de sugestões de recursos e materiais de intervenção, sendo complementado com uma entrevista a uma pessoa especialista de renome internacional em estudos LGBTQIA+, entre elas, Niki Petrocchi, Luana Cunha Ferreira, Fiona Tasker, Stephen Russell, Ignacio Pichardo.

Este manual destina-se a profissionais e estudantes de psicologia, educação, serviço social e sociologia, a todas as pessoas que intervêm com a população LGBTQIA+ e, finalmente, à própria comunidade LGBTQIA+ e pessoas aliadas.

Está ainda prevista a apresentação do Projeto “EY2H — European Youth to Health
A Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) vai reunir os candidatos ao Parlamento Europeu para debater o futuro da...

Dirigida a todos, independentemente da idade ou da área de formação ou atuação profissional, esta iniciativa assume-se como uma ação para a promoção da cidadania europeia, com o objetivo de consciencializar para uma democracia mais participada e para a importância da UE e das instituições europeias no dia a dia de todos os cidadãos. 

“Somos a primeira geração que nasceu e viveu toda a sua vida enquanto cidadãos europeus. Crescemos na Europa e beneficiamos de um forte desenvolvimento económico e social, que importa assinalar”, refere Duarte Pinto, Vogal da Direção da APJF responsável pela área internacional. “Viver a Europa significa que assumimos a responsabilidade de conhecer e eleger os nossos representantes”. 

O evento vai contar ainda com uma conferência inicial dedicada aos contemporâneos da União Europeia nos próximos anos. No final, está prevista a apresentação do Projeto “EY2H — European Youth to Health”, uma iniciativa criada pela APJF que visa capacitar os jovens profissionais de saúde para o envolvimento e participação ativa na definição de políticas públicas da UE que respondam aos desafios da área da saúde e do desenvolvimento económico, social e ambiental. 

A inscrição é gratuita, mas obrigatória, e pode ser feita aqui. O evento é aberto e dirigido a todos os cidadãos, mas particularmente a profissionais de saúde. 

 
 
Inscrições já estão abertas
Depois do sucesso das primeiras duas edições, os Wellbeing Awards regressam em 2024, em parceria com a AON Portugal e a...

Esta iniciativa inovadora em Portugal tem como objetivo premiar as empresas que investem na Saúde, Bem-Estar e Felicidade dos seus colaboradores, dentro e fora do local de trabalho. Nesta terceira edição, os prémios são atribuídos, tal como nas anteriores, em três categorias diferentes, tendo em conta a dimensão das empresas: organizações com até 249 colaboradores; organizações que tenham de 250 a 1000 colaboradores; e organizações com mais de 1000 colaboradores. 

Existem também categorias independentes da dimensão: Best Mental/Emotional Health Strategy; Best Physical Wellbeing Strategy; Best Engagment and Communication in Wellbeing; Best Leadership and Culture Wellbeing Safest Psychological Workplace; e Best Musculoskeletal Health Program.

Para apurar os vencedores, o evento conta com um painel de jurados composto por pessoas de diferentes organizações, áreas corporativas e académicas. No final, os vencedores dos Wellbeing Awards recebem um selo de certificação Wellbeing Best Practices.

“Os Wellbeing Awards têm sido uma referência para as organizações que estão comprometidas em promover a Saúde, o Bem-Estar e a Felicidade dentro do local de trabalho. Num contexto global cada vez mais desafiante, estes prémios são muito importantes para reconhecer e homenagear estas organizações, estimulando uma cultura empresarial baseada nas pessoas”, afirma Tiago Santos, CEO da Workwell. “Ao longo destas três edições, os resultados têm sido positivos, com empresas a terem programas planeados e estruturados, mostrando que este é um tema sério e cada vez mais importante para as organizações.”

Nas primeiras edições, o Wellbeing Awards contou com a participação de mais de 200 organizações, dos mais diferentes setores de atividade e dimensões, entre elas: Deco Proteste, EDP, REN, RANDSTAD, Jerónimo Martins, NESTLE, Coverflex, Global Internacional Relocation, entre muitas outras. 

As inscrições estão disponíveis aqui.

 
Opinião
A obesidade é um problema de saúde pública global com proporções alarmantes em todo o mundo, sendo u

A obesidade não é apenas uma questão estética. É uma condição médica complexa que afeta múltiplos sistemas, incluindo o cérebro e restante sistema nervoso. Além de ser um fator de risco cardiovascular bem estabelecido no desenvolvimento de doença neurológica de origem vascular, a evolução no conhecimento científico tem revelado uma relação complexa e multifatorial entre a obesidade e doenças neurológicas, que ainda é objeto de estudo.

Diversos fatores fisiopatológicos são identificados como potenciais contribuintes. Um dos principais mecanismos, através dos quais a obesidade afeta o cérebro, é a promoção de um estado de inflamação crônica, que pode desencadear respostas neuroinflamatórias prejudiciais, contribuindo para a progressão de doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer, Parkinson e Esclerose Múltipla.

A resistência à insulina, uma característica comum da obesidade, não só aumenta o risco de Diabetes Mellitus tipo 2, mas, também, desempenha um papel crucial na patogénese de doenças neurológicas. A disfunção metabólica associada à resistência à insulina pode levar a desequilíbrios no metabolismo cerebral e ao acúmulo de proteínas tóxicas, características da doença de Alzheimer. Existe evidência que o risco de doença de Alzheimer nos obesos é duas vezes superior em comparação com indivíduos com peso normal.

Além dos aspetos metabólicos, a obesidade influencia negativamente o funcionamento do sistema nervoso central através de distúrbios do sono, como a apneia obstrutiva do sono, que estão associados a um maior risco de declínio cognitivo e demência. A privação crônica de sono interfere nos processos de consolidação da memória e pode agravar os sintomas de doenças neurológicas pré-existentes.

É importante destacar que a relação entre obesidade e doenças neurológicas é bidirecional. Ou seja, não apenas a obesidade aumenta o risco de desenvolver doenças neurológicas, como, por outro lado, certas condições neurológicas também podem contribuir para a obesidade, seja por diminuição na atividade física, por limitação na mobilidade, ou como consequência de efeitos secundários de medicamentos, entre outros.

Diante deste panorama preocupante, é imperativo adotar abordagens integradas e holísticas para prevenir e tratar tanto a obesidade, como as doenças neurológicas. Isso inclui intervenções que promovam a adoção de estilos de vida saudáveis, como dieta equilibrada e atividade física regular, além do tratamento de condições médicas subjacentes.

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16 de maio
No próximo dia 16 de maio, a The Non-Conformist Scientist (NCS), uma organização sem fins lucrativos criada por cientistas e...

Contando com a participação de especialistas nas diversas áreas onde a inovação científica está a transformar a saúde, o webinar irá abordar o tema da utilização de inteligência artificial na descoberta de novos medicamentos. Estes eventos decorrem em colaboração com a LisbonPH, uma empresa júnior sem fins lucrativos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.

Esta sessão contará com dois oradores que realizam investigação de ponta na temática a ser discutida, tanto a nível académico como industrial, e um moderador da mesma área de investigação. Assim, e porque a informação sobre terapias inovadoras na área da saúde está em constante evolução, pretende-se apresentar estes projetos, explorá-los e discuti-los com especialistas nacionais e internacionais de renome e, também, permitir que haja a partilha do conhecimento com investigadores, profissionais de saúde e todos os participantes interessados em aprender sobre estes temas.

Ana Cadete, fundadora da NCS, afirma que “a organização de webinars de caráter científico permite partilhar globalmente o que de melhor e mais inovador se está a fazer na saúde, promovendo o conhecimento científico nas suas diferentes áreas para toda a comunidade científica,”. Acrescenta ainda que “a transferência de conhecimento acelera a investigação e que a apresentação destas temáticas pela mão de especialistas acrescenta valor ao que está a ser debatido e discutido hoje, influenciando o que se vai investigar no futuro”.

 
ADEXO e APDP alertam para a importância do tratamento precoce da obesidade e da diabetes
A mudança na abordagem da obesidade, através de tratamentos eficazes e acessíveis, poderá ter um impacto no futuro com a...

Para assinalar o vigésimo aniversário da efeméride, a ADEXO, em parceria com a NOVA Medical School – Faculdade de Ciências Médicas, realiza a Cerimónia Oficial do Dia Nacional da Obesidade, entre as 10h e as 12h do dia 18 de maio, na Sala dos Actos da NOVA Medical School. A cerimónia, com abertura realizada pela apresentadora Vanessa Oliveira, será presidida pela Ministra da Saúde (sujeito a confirmação) e conta com uma sessão dedicada ao tema “Obesidade e Diabetes: um novo paradigma de abordagem”.

“A população em geral não vê a obesidade como uma doença, mas como resultado de um comportamento, e este estigma é a primeira barreira para o combate eficaz a esta patologia, que continua a ser uma das maiores pandemias mundiais.”, alerta Carolina Neves, endocrinologista na APDP, acrescentando: “A obesidade, tal como a diabetes, é uma doença crónica e complexa, e ambas têm uma relação intrínseca. A ausência de medidas de prevenção e a iniquidade de acesso aos tratamentos da obesidade contribui assim para aumentar a prevalência de diabetes”.

“Por isso mesmo, juntamo-nos para apelar às autoridades competentes para a facilitação do acesso aos tratamentos adequados. É urgente passarmos da política à ação e este tem de passar a ser o mote para conseguirmos alterar o padrão de abordagem ao tratamento e, consequentemente, os custos diretos associados ao excesso de peso e à obesidade, estimados em cerca de 1,2 mil milhões de euros, aproximadamente 0,6 % do PIB e 6 % das despesas de saúde.”, defende Carlos Oliveira, presidente da ADEXO.

“Os novos fármacos de tratamento da obesidade proporcionam perdas de peso que permitem reduzir significativamente o risco de desenvolver diabetes e, inclusivamente, a remissão da diabetes em indivíduos na fase inicial da doença através da redução de peso.”, remata a endocrinologista.

Em Portugal, segundo os dados mais recentes, existem cerca de 2 milhões de pessoas a viver com obesidade. Quando se somam as pessoas com excesso de peso, o total representa 67,6% da população portuguesa, um cenário com previsão para agravar devido aos atrasos na prevenção e no tratamento precoce. Além disso, a obesidade é uma doença crónica complexa e multifatorial que está na origem de mais de 200 doenças, entre as quais a diabetes.

A presença na Cerimónia do Dia Nacional da Obesidade é gratuita, mas carece de pré-confirmação para o email [email protected] ou por telemóvel (917 246 802).

 
“Proteção para além da gripe”
No próximo dia 28 de maio, realiza-se a 5.ª edição do Flu Summit dedicada ao tema “Proteção para além da gripe”, no Edifício...

Este evento, organizado pela Sanofi com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP), Sociedade Portuguesa de Saúde Publica (SPSP) e o Expresso como Media Partner, visa promover o debate de soluções para reduzir o impacto da gripe na morbilidade e mortalidade das populações, especialmente nas mais vulneráveis.

Com início marcado para as 14h30, o evento de acesso exclusivo a profissionais de saúde, conta com três Flu Talks, onde especialistas como Gustavo Tato Borges, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Joana Louro, Internista no Hospital Caldas da Rainha, ULS Oeste e Carlos Aguiar, Cardiologista do Hospital de Santa Cruz, ULS Lisboa Ocidental, vão aprofundar o tema da gripe enquanto  problema de Saúde Pública, assim como os riscos acrescidos desta infeção associados a condições de saúde, como a diabetes e as doenças cardiovasculares.

Seguem-se três mesas-redondas focadas nas recomendações e políticas de saúde que visam a prevenção da gripe em Portugal. A primeira, intitulada “Sociedades Médicas unidas na recomendação”, aborda o documento de consensos sobre a gripe apresentado por seis sociedades médicas, após um inverno marcado pelo aumento dos casos e mortalidade associada a esta infeção.

A questão “Gripe, O que nos diz a experiência em Portugal?” estará no centro do segundo debate Esta mesa-redonda, moderada por Carlos Robalo Cordeiro, Diretor do Serviço de Pneumologia da ULS de Coimbra, conta, entre outros, com as perspetivas de  Ricardo Mexia, médico de Saúde Pública e Epidemiologista do INSA; Gonçalo Sarmento, internista na ULS Entre Douro e Vouga; Bruna Ornelas de Gouveia, diretora regional da Saúde da Região Autónoma da Madeira e  Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias

Já a terceira mesa-redonda pretende destacar as “Políticas de Saúde com aposta na prevenção”. Entre os especialistas convidados, está o presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública, Francisco George, Ana João Sepúlveda, presidente da Associação Age Friendly Portugal; Joana Viveiros, Diretora Executiva da Plataforma Saúde em Diálogo e Filipe Froes, Pneumologista no Hospital Pulido Valente, ULSSM.

A gripe e as suas complicações são uma preocupação recorrente todos os invernos, quer ao nível do  impacto  na saúde dos portugueses, quer ao nível da sustentabilidade do Sistema de Saúde. Complicações como a pneumonia e exacerbação de condições médicas pré-existentes associadas à gripe podem levar a hospitalizações prolongadas e até mesmo ser fatais.

Estima-se que o custo médio anual com internamentos associados à gripe para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) possa ser 3,9 vezes superior ao estimado. Ou seja, 15,2 milhões de euros vs 3,9 milhões de euros, sendo que 12,8 milhões de euros correspondem a custos com pessoas com 65 ou mais anos.

 
Médico explica
A gravidez e o parto são experiências transformadoras para o corpo da mulher, afetando-o de muitas f

Estes músculos são frequentemente afetados pela gravidez e pelo parto, alterando algumas das suas funções vitais. Isto pode incluir os mecanismos de continência fecal e urinária e o suporte das paredes vaginais e do útero. Um menor apoio pode levar ao prolapso, quando os órgãos se deslocam dentro da pélvis e alguns traumas nos músculos e nervos do pavimento pélvico podem resultar em sintomas de dor pélvica que ocorrem com ou sem relações sexuais.

De acordo com um especialista em obstetrícia da Mayo Clinic, Tarek Khalife, este são alguns dos fatores que podem afetar o  pavimento pélvico durante a gravidez e o parto: 

  • Alterações físicas -  Segundo o especialista, cerca de metade das mulheres grávidas apresenta sintomas de perturbações do pavimento pélvico mesmo antes do parto. "Durante a gravidez, as mulheres tendem a ganhar peso - não apenas o peso do bebé, mas também o peso da placenta, o aumento do volume de sangue e o aumento do útero. O peso extra aumenta a tensão sobre os músculos do pavimento pélvico, resultando num risco acrescido de incontinência urinária", explica. A obstipação é também muito comum durante a gravidez, especialmente no terceiro trimestre. "O peso do útero em crescimento e as alterações hormonais podem afetar a digestão, levando a uma passagem pouco frequente ou difícil das fezes. Qualquer tipo de esforço e stress pode enfraquecer ainda mais os músculos e os nervos do pavimento pélvico", adianta. 
  • Alterações hormonais -  O corpo também sofre alterações hormonais significativas durante a gravidez que afetam a saúde do pavimento pélvico, revela Tarek Khalife. "A placenta segrega a hormona relaxina para aumentar a flexibilidade dos ligamentos pélvicos e amolecer o colo do útero. Estas alterações são boas porque preparam o corpo para o dia do parto. No entanto, isto pode afrouxar a ligação entre os ossos pélvicos e levar a uma maior flexibilidade e instabilidade", comenta. 
  • Historial médico e profissional - De acordo com o médico, algumas mulheres são mais susceptíveis a perturbações do pavimento pélvico, e este risco aumenta com a gravidez. "As mulheres com um historial de obstipação crónica, doenças do tecido conjuntivo ou fumadoras têm um risco mais elevado. As mulheres obesas ou com um historial de levantamento frequente de pesos, seja no trabalho ou através de exercícios de musculação, também podem estar em maior risco", explica. 

Além destes fatores, o trabalho de parto e o momento do nascimento são considerados fatores de risco para as perturbações do pavimento pélvico. "O parto natural, em particular, é considerado o fator de risco mais significativo. Durante o parto, os músculos do pavimento pélvico sofrem um enorme stress, especialmente durante a segunda fase do trabalho de parto, quando as pacientes estão sempre a fazer força. Este risco aumenta com os partos cirúrgicos que utilizam extractores de vácuo ou fórceps", revela admitindo, no entanto que a entrada em "trabalho de parto antes de uma cesariana também aumenta o risco de perturbações do pavimento pélvico".

O especialista revela ainda que o pavimento pélvico de algumas mulheres é mais resistente e capaz de recuperar mais rapidamente, que outras. "Estudos mostram que quanto mais partos vaginais uma mulher tem, maior é a probabilidade de sofrer de disfunção do pavimento pélvico", sublinha. 

No entanto, "é importante lembrar que as perturbações do pavimento pélvico não são uma certeza durante a gravidez. Tal como as mulheres grávidas tomam vitaminas pré-natais e evitam o álcool para reduzir o risco de algumas doenças congénitas, podem ser  tomadas medidas preventivas para reduzir o risco de perturbações do pavimento pélvico". 

O exercício físico regular e uma alimentação saudável, por exemplo, são bons para o bebé e também para o pavimento pélvico. O especialista também recomenda "que considere a hipótese de frequentar aulas de parto antes do nascimento do seu filho". "Estas aulas tendem a incluir exercícios de alongamento e respiração para ajudar a coordenar o diafragma e os músculos do pavimento pélvico durante o parto. O ioga na gravidez e a massagem perineal podem ajudar a preparar o pavimento pélvico, melhorando a flexibilidade e a elasticidade dos tecidos, limitando o risco de lesões perineais durante o parto", explica adiantando ainda que, "quando feitos corretamente, os exercícios de Kegel fortalecem os músculos do pavimento pélvico". 

Sabia que quase das pessoas não realizam um Kegel corretamente na primeira vez? Tarek Khalife diz que um "fisioterapeuta pode ajudá-la a identificar os músculos corretos se não tiver a certeza ou tiver dúvidas".

Por fim, fale com o seu obstetra e com os seus médicos de confiança sobre as suas preocupações, recomenda. "Eles podem recomendar alongamentos e aulas para preparar o seu pavimento pélvico para o parto", conclui. 

 
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Nota: 
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15 e 29 de maio
Como a neurociência e a neuroética se posicionam em relação a temas de atualidade. Este é o ponto de partida da 3ª temporada do...

Este ciclo de seminários é gratuito, mas de inscrição obrigatório, realizando-se a em formato híbrido sempre às 15h30.

O objetivo destes ciclos, em que o público na sala ou online é convidado a participar, tem como objetivos informar/ educar para a saúde; desmistificar e apontar estratégias e soluções preventivas e de mitigação.

Mais informações: https://www.cespu.pt/noticias-e-eventos/2024/04/ciclo-de-seminarios-logicamente-a-semana-1-seminario-deus-espiritualidade-e-cerebro/

 

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