Júlia, atualmente no serviço de Neonatologia do São João, é o 100º bebé prematuro a receber leite humano
Com cerca de 395 litros de leite humano recebido, o Banco de Leite Humano do Norte (BLHN), sediado no Hospital Universitário de...

“Estes 100 bebés, que beneficiaram das imensas vantagens deste «ouro líquido», estiveram hospitalizados em diversas instituições de saúde do Norte do país, tendo, assim, sido plenamente cumprido o desígnio do BLHN de proporcionar este alimento único a todos os bebés que dele beneficiem, independentemente da instituição hospitalar da região Norte onde se encontrem hospitalizados.”, explica Henrique Soares, diretor do serviço de Neonatologia do São João.

O BLHN já proporcionou uma dieta de leite humano de dadora pasteurizado a recém-nascidos admitidos nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais da ULS Matosinhos, da ULS Santo António - Centro Materno-Infantil do Norte, da ULS Gaia/Espinho, da ULS Tâmega e Sousa, da ULS Alto Ave e da ULS Trás-os-Montes e Alto Douro, além da própria Unidade de Cuidados Intensivos de Neonatologia da ULS São João.

“Cumpre, na celebração deste marco, reconhecer a dedicação de uma equipa muito motivada que tornou este feito possível e, acima de tudo, homenagear as dadoras que têm honrado esta equipa, pela confiança que nela depositam ao lhe confiar esse bem precioso que é o seu leite.”, acrescenta o responsável.

Tendo em conta que apenas 1 em cada 3 mães de bebés extremamente prematuros consegue manter a lactação suficiente para satisfazer as necessidades do bebé, os restantes lactentes beneficiam da ingestão de leite humano de dadoras. O leite humano de dadora pasteurizado é totalmente adequado às necessidades nutricionais específicas dos bebés prematuros, com comprovada eficiência na progressão alimentar e na diminuição de complicações digestivas graves e de infeções.

As dadoras têm o suporte de uma equipa dedicada de profissionais que as orientam no processo de extração, o qual ocorre no conforto de suas casas e onde o leite é recolhido. Para ser elegível, a dadora deve ser lactante, estar nos primeiros 6 meses após o nascimento do seu bebé e apresentar leite excedente – para que a doação não prejudique a amamentação do seu bebé.

O Banco de Leite Humano do Norte nasceu em setembro de 2022, com instalações e equipamentos altamente diferenciados e inovadores no país e com o propósito de disponibilizar, com toda a segurança, o melhor alimento para os bebés mais frágeis internados em Unidades de Neonatologia do Norte do país.

 
Dia 24 de abril assinala-se o Dia Mundial da Consciencialização para esta patologia
Assinala-se a 24 de abril o Dia Mundial da Consciencialização para a Rinossinusite Crónica com Polipose Nasal, “patologia que...

“Os sintomas de rinossinusite (espirros, lacrimejo, comichão intensa a nível nasal/ocular, obstrução nasal, perda de olfato, rinorreia e pressão na face) são sintomas incomodativos que, muitas vezes, têm impacto também na audição, no sono e se associam a limitações sociais e ocupacionais, absentismo laboral ou escolar. Adicionalmente, a necessidade de terapêuticas médicas a longo prazo, a necessidade de tratamento cirúrgico e as mudanças nos hábitos e no estilo de vida também impactam negativamente os aspetos físicos, emocionais e sociais da vida dos doentes”, referem Graça Loureiro e Joana Cosme, imunoalergologistas e responsáveis do Grupo de Interesse de Rinite/Rinossinusite da SPAIC. É ainda preciso considerar os custos diretos e indiretos que esta doença assume e que são “decorrentes da necessidade de consultas não programadas,  corticoterapia sistémica e múltiplas intervenções cirúrgicas”.

Neste contexto, a SPAIC associa-se a esta efeméride dedicando o programa da sua 23.ª Reunião da Primavera, que vai decorrer amanhã, 20 de abril, no Hotel NH Dona Inês, em Coimbra, à rinite e à rinossinusite. Para as especialistas, a escolha deste tema assume toda a pertinência uma vez que ambas as patologias “são muito prevalentes e com um elevado impacto na vida dos doentes”. Estudos epidemiológicos nacionais revelaram uma prevalência de rinite de 33,6% e de sinusite de 27%, “daí que seja comum dizer-se que cerca de um terço dos portugueses sofrem destas patologias”, esclarecem.

No que diz respeito ao programa do evento, de acordo com a organização, ao longo do dia vão ser contempladas as diferentes vertentes temáticas da patologia nasossinusal que é central na prática da Imunoalergologia e, simultaneamente, exemplo de multidisciplinaridade. “A abordagem da rinite de difícil controlo, os dados nacionais da rinossinusite crónica com polipose nasal e a fundamentação das diferentes abordagens terapêuticas e seu enquadramento interdisciplinar, são exemplo dos temas em discussão”, referem as imunoalergologistas.

A associação ao Dia Mundial da Conscientização para a Rinossinusite Crónica com Polipose Nasal decorre também com a inclusão no programa desta reunião da Conferência EUFOREA (European Forum for Research and Education in Allergy and Airway Diseases). 

Saiba mais sobre a 23.ª Reunião da Primavera aqui.

 
Opinião
Ao redor do modesto público que já conhece a realidade das termas, começa uma cacofonia de vozes ind

Curiosa e despertada pelas histórias, fui experimentar a umas termas, não importa quais…. Podem ser apenas paredes e meras banheiras ou marquesas, sendo a água a sua unicidade. Permaneço imóvel numa banheira de água parada… Receio que os detalhes do testemunho sobre as propriedades terapêuticas das águas minerais, se desvaneçam da minha mente se eu me mover. Como refere Fernando Pessoa, “Há tanta suavidade em nada se dizer e tudo se entender”. Fecho os olhos, as minhas células vibram e esqueço as horas… aqui é “um lugar com tempo para tudo”. Na sala de repouso observo as pessoas a partir apressadamente, e questiono-me como podem voltar à sua rotina com tanta facilidade? Será que compreenderam a importância do termalismo como eu? Será que perceberam que esta prática ancestral pode ser a chave para uma vida mais saudável e equilibrada? Será que sabem que o termalismo pode ser a cura para não adoecer?

A sensação de comunicar termalismo toma conta de mim. O que será do termalismo? Será que conseguimos comunicar eficazmente os seus benefícios à sociedade? Na reflexão, percebo que o futuro do termalismo e, consequentemente, da saúde e do bem-estar, parece incerto… No entanto, uma luz de esperança brilha no horizonte, alimentada pela convicção de que a união entre tradição e a ciência pode abrir novos caminhos para um futuro mais saudável e equilibrado.

Determinada em contribuir para a valorização e progresso do termalismo, mantenho viva a esperança de que o termalismo continuará a ser uma fonte de cura e bem-estar para as gerações futuras e por isso vos escrevo.

A procura pela melhoria da qualidade de vida e a tendência global do inevitável envelhecimento, contribui para o crescimento do turismo de saúde e bem-estar. Paralelamente, as áreas da saúde, do turismo e do desenvolvimento regional têm sido alvo de estudo, mas maioritariamente de forma independente e desconexa, perdendo-se a oportunidade de valorização das sinergias associadas. Numa geração em que a inteligência artificial, os medicamentos e a inovação ganham destaque, é fácil esquecer o poder regenerador que reside nas profundezas da terra, nas águas minerais naturais. É hora de lembrar, de comunicar os benefícios do termalismo. A cura para não adoecer está mais próxima do que imaginamos…

A colaboração intersectorial, unindo saúde, turismo e desenvolvimento regional numa abordagem integrada é urgente. O termalismo combina na perfeição a saúde e o bem-estar, sendo um importante elo de ligação. Nos últimos anos, têm sido realizados vários estudos que refletem a mudança de paradigma, quer na gestão dos estabelecimentos termais, quer no perfil do seu utilizador. A necessidade de associar à vertente médica, as dimensões de qualidade de vida e de bem-estar, na linha do que é o conceito global e contemporâneo de saúde é evidente. Esta perspetiva interdisciplinar é essencial para abordar os diversos pilares do termalismo, desde o impacto na saúde pública e bem-estar psicológico das comunidades até à sustentabilidade ambiental.

Na vertente saúde e bem-estar, o termalismo está fortemente alinhado com as tendências globais de promoção da saúde e bem-estar, valorizando não apenas os benefícios dos tratamentos termais na cura e na prevenção, mas também o seu impacto psicológico positivo, associado ao relaxamento e à conexão com a natureza. As termas recorrem a práticas de turismo e saúde sustentáveis, alinhadas com as diretrizes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da agenda 2030, nomeadamente no Objetivo 3 – Saúde de Qualidade.

Além disso, de acordo com o despacho 8899/2019 de 07 de outubro, o termalismo encontra-se também alinhado com o Plano Nacional de Saúde e na vertente médica e de gestão da saúde, pode contribuir para o tratamento e prevenção de patologias crónicas, bem como para uma eventual redução da despesa para o Serviço Nacional de Saúde e para os cidadãos, nomeadamente em termos da prestação de cuidados de saúde evitáveis e dos custos com a prescrição de meios complementares de diagnóstico e terapêutica e de medicamentos.

Ao auscultar as pessoas envolvidas no termalismo sabemos que o termalismo faz bem, sabemos que existem utilizadores que frequentam as termas há mais de 30 anos porque sentem melhorias na sua condição física e redução na medicação, mas não chega. A literatura científica demonstra que o termalismo pode desempenhar um papel crucial na prevenção de doenças crónicas, visto que as águas minerais naturais possuem compostos que, ao serem absorvidos pelo corpo, podem melhorar a circulação sanguínea, reduzir processos inflamatórios e fortalecer o sistema imunológico. A existência de evidências científicas de que a água mineral natural é benéfica no tratamento de patologias associadas aos diferentes sistemas: músculo-esquelético; respiratório; gastrointestinal; cardiovascular; neurológico, incluindo o sistema neurovegetativo; dermatológico e até perturbações psiquiátricas abre novos caminhos na ciência. Estes efeitos biológicos não apenas contribuem para a manutenção da saúde, mas também auxiliam na prevenção de patologias diversas. A abordagem do termalismo não se limita aos benefícios físicos, simultaneamente, motivam ao bem-estar psicológico que é igualmente importante na prevenção de doenças. A serenidade e o relaxamento proporcionados pelo ambiente das estâncias termais são elementos chave na redução do stress e na promoção da saúde mental. Este aspeto holístico do termalismo, que engloba tanto o corpo quanto a mente, é fundamental para uma abordagem preventiva de saúde.

Contudo, é imperativo destacar que o termalismo não deve substituir tratamentos médicos convencionais, mas sim complementá-los. A integração do termalismo em programas de prevenção de saúde requer uma abordagem multidisciplinar e o reconhecimento da comunidade médica. Neste sentido, a colaboração entre médicos, terapeutas e investigadores é essencial para maximizar os benefícios do termalismo.

Na vertente da sustentabilidade, é também, preciso dar a conhecer medidas que demonstram que o uso dos recursos termais é efetuado de maneira sustentável, como são o caso dos projetos District heating das Termas de Chaves e de São Pedro do Sul. Os projetos representam uma iniciativa inovadora na gestão sustentável de recursos energéticos e no aproveitamento de fontes renováveis para aquecimento urbano. Ao utilizar as águas termais como fonte de energia térmica, estes projetos visam reduzir a dependência de combustíveis fósseis e mitigar as emissões de carbono associadas ao aquecimento de edifícios municipais e hoteleiros na área envolvente. Esta abordagem sustentável contribui, também, para a eficiência energética e para a redução dos custos de energia para os utilizadores finais.

Do ponto de vista socioeconómico, as termas no âmbito da promoção do turismo de saúde e bem-estar também têm o potencial de transformar significativamente a economia local. Este impacto inclui a criação de empregos, a atração de investimentos, o incentivo de vitalidade nas economias locais, particularmente pertinentes para as áreas do interior que enfrentam desafios como a desertificação e a estagnação económica.

Apesar dos inúmeros benefícios do termalismo, ainda enfrenta desafios significativos. Há a questão da perceção pública, muitas pessoas ainda veem o termalismo como um luxo indulgente, em vez de uma parte legítima, complementar e eficaz para a saúde. O Termalismo não é para velhos! O Termalismo não é caro! O Termalismo é autêntico e precisa ser visto como uma nova forma de estar na vida. O termalismo baseia-se na utilização das propriedades terapêuticas das águas, que são ricas em minerais e outros compostos que se acredita terem efeitos benéficos para o corpo humano. As águas que caíram há milénios são as que hoje nos confortam nas termas, oferecendo uma conexão intemporal com os poderes terapêuticos da natureza. O que distingue positivamente o termalismo relativamente a outros produtos é a água mineral natural, que pode ser, ainda mais, potenciado se lhe acrescentarmos outros valores.

Nas últimas décadas, a oferta tem vindo a assistir a um desenvolvimento significativo em Portugal, conseguindo atingir um público muito diversificado. Atualmente, temos mais de 40 estâncias termais ativas pelo país, a facilidade de acesso hoje, permite que a distância deixe de ser uma barreira, mas antes uma oportunidade para as frequentar. É a unicidade das águas distribuídas pelo território que começa a atrair pessoas de todo o país e além-fronteiras. As termas começam, finalmente, a ser vistas como tratamentos naturais para uma variedade de condições de saúde, seja na prevenção, no tratamento ou simplesmente pelo lazer.

A par desta evolução, consolidam-se passos relevantes para as políticas de saúde pública, nomeadamente, na fixação da comparticipação dos tratamentos termais. A demonstração da eficácia do termalismo como um complemento aos métodos tradicionais de tratamento e cuidados de saúde começa a ser uma realidade. Para além disso, a integração das termas nos Conselhos Municipais de Saúde, fortalecem o sistema de saúde local, através de uma abordagem mais holística, preventiva, descentralizada e sustentável da saúde, enquanto contribui para comunidades mais saudáveis e felizes. A tranquilidade e o ambiente sereno das estâncias termais podem ajudar a reduzir o stress e promover o bem-estar emocional.

Em conclusão, o termalismo apresenta-se como uma abordagem promissora na prevenção de doenças. A conjugação dos seus benefícios físicos e psicológicos, aliada à crescente evidência científica dos seus efeitos preventivos, destaca o potencial desta prática milenar. Contudo, a sua eficácia enquanto ferramenta de prevenção de saúde depende da colaboração entre a prática tradicional, a investigação científica, o governo, bem como do compromisso com a sustentabilidade dos recursos naturais e da sua comunicação à sociedade. O termalismo não é apenas uma cura para não adoecer, é uma ponte entre o passado e o futuro da medicina preventiva.

A intenção é voltar a colocar o termalismo na chamada “Idade de ouro”. Para o efeito é preciso pensar globalmente, agir localmente e contribuir para combater a perceção pública. Estas não são meras frases de efeito, são apenas alguns dos princípios que têm inspirado o meu trabalho e que partilho hoje com a comunidade.

Num mundo onde a saúde é cada vez mais preciosa e o bem-estar é cada vez mais fugaz, o termalismo oferece uma luz de esperança, uma nova forma de estar na vida, com a promessa de cura e renovação para todos aqueles que procuram uma vida mais plena, saudável e um bem-estar duradouro.


Autora Vera Antunes - Técnica Superior na Universidade da Beira Interior
Investigadora nas áreas da Comunicação Estratégica e Termalismo | LabCom
Sócia da GIROH
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Mestrado combina investigação, ensino e prática clínica
A Escola Superior de Saúde de Santarém iniciou a 1.ª edição do Mestrado em Enfermagem de Reabilitação, em associação com a...

Um projeto conjunto que reforça a formação na área da enfermagem de reabilitação e dá resposta às mais recentes orientações da Ordem dos Enfermeiros no que se refere às competências especificas e comuns de um enfermeiro especialista.

“Esta parceria é fundamental para o desenvolvimento de programas de mestrado que atendam às necessidades de formação neste domínio específico”, enquadrou o Presidente do Instituto Politécnico de Santarém, João Miguel Raimundo Peres Moutão, aquando a sessão de abertura do mestrado. Seguiu-se a assinatura do acordo de cooperação com a presença dos Diretores das instituições parceiras, que compartilham o compromisso da excelência do ensino na saúde.

Este mestrado oferecerá uma formação diferenciadora, combinando investigação, ensino e prática clínica. Para além de conferir o grau de mestre, possibilita a aquisição de uma especialização de natureza profissional em Enfermagem de Reabilitação para o mestrando pelas opões de estágio de natureza profissional I e II.

Mais informações sobre o Mestrado em Enfermagem de Reabilitação aqui:  https://www.ipsantarem.pt/

 
Opinião
Dezanove de Abril, Dia Mundial do Fígado.

Vejamos: o fígado é um dos maiores órgãos do corpo humano que executa múltiplas funções vitais. À semelhança de uma grande fábrica, no fígado produz, armazena, distribui e elimina um grande número de substâncias. Há que manter todos estes mecanismos a funcionar sem sobressaltos. Qualquer grão na engrenagem pode comprometer temporária ou irremediavelmente todo o sistema.

É do senso comum associar problemas de fígado ao consumo de álcool: verdadeiro! Esta é de facto uma das principais causas de doença hepática, nomeadamente cirrose. Contudo há outras causas a ter em conta. A ganhar importância crescente, temos a esteatose hepática vulgarmente conhecida por fígado gordo. Esta condição está associada a estilos de vida pouco saudáveis, nomeadamente maus hábitos alimentares, sedentarismo, excesso de peso, assim como à dislipidemia e à diabetes mal controlada. Sabia que o fígado gordo pode evoluir para cirrose mesmo sem ingestão de álcool? De referir ainda como causas importantes de doença hepática as hepatites pelos vírus da hepatite A, B, C, D  e E (sendo que a B e C são as que têm maior impacto em termos de saúde publica), as doenças autoimunes (sendo as principais a hepatite autoimune, a colangite biliar primaria e a colangite esclerosante primaria), as doenças metabólicas (como a hemocromatose e a doença de Wilson, doenças genéticas caracterizadas pela sobrecarga de ferro e cobre respetivamente) e a toxicidade hepática por fármacos e outros químicos. Uma agressão mantida ao fígado, independentemente da causa, vai provocar alterações que podem evoluir para cirrose. A cirrose predispõe ao desenvolvimento de cancro do fígado. As estatísticas mostram que a incidência de tumores malignos do fígado tem vindo aumentar de forma preocupante nos últimos anos.

Para além de condicionarem perda da qualidade de vida, as doenças do fígado são responsáveis por uma fatia significativa de consultas, internamentos e óbitos em todo o mundo. Portugal não é exceção.

Como mudar este panorama? Em primeiro lugar, através da prevenção: é fundamental a adoção de um estilo de vida saudável, com uma alimentação equilibrada, prática regular de exercício físico, controlo do peso e idealmente sem consumo de álcool; na ausência de imunidade, está disponível a vacina contra a hepatite A e hepatite B.  Em segundo lugar, através de um diagnostico precoce: doença hepática pode ser silenciosa até fases muito avançadas e os sintomas iniciais podem ser inespecíficos; é importante fazer uma vigilância regular nos cuidados de saúde primários; alterações nos exames complementares de rotina podem indiciar doença hepática, a esclarecer de seguida de forma mais direcionada. Diagnosticadas precocemente muitas patologias do foro hepático podem ser curadas ou controladas. Atualmente dispomos de tratamentos cada vez mais eficazes. Nas fases mais avançadas da doença, por ineficácia do tratamento ou por diagnóstico tardio, poderá haver indicação para um transplante de fígado. Sabia que em Portugal em 2022 foram realizados 202 transplantes hepáticos, o que colocou o nosso país no 8º lugar a nível mundial em número de transplantes por milhão de habitante?

Dia Mundial do Fígado sim! Aproveitemo-lo para aumentar a consciência sobre a importância deste órgão vital. Faça uma pausa e pense: há quanto tempo não faz uma visita ao seu medico de família? O que faz pela sua saúde e mais concretamente pela saúde do seu fígado?  É da sua responsabilidade mantê-lo saudável. Muitas doenças hepáticas são evitáveis. Tenha uma vida mais feliz mantendo um fígado feliz.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Uma vez por mês, o ‘Descomplicómetro’ vai partilhar dicas e abordar diversos temas
O Descomplica, do qual fazem parte um website e uma página de Instagram, e que se dedica a esclarecer temas relacionados com a...

Com a curadoria da especialista Patrícia Isidro Amaral, ao longo de seis episódios, uma vez por mês, o ‘Descomplicómetro’ vai partilhar dicas e abordar diversos temas como: ‘o momento de repensares o teu método contracetivo’, ‘a descoberta do método certo para cada mulher’ ou até mesmo sobre a preparação para a consulta.

“É um orgulho para a Bayer o projeto ‘Descomplica’ continuar a contribuir para a literacia das mulheres sobre os métodos contracetivos disponíveis. Na escolha do seu método contracetivo a mulher tem, sim, um papel e uma voz ativa na decisão, conjunta com o seu médico, sobre qual é a opção mais adequada para si. Esta decisão e escolha será fundamental, também, para garantir uma compliance à terapêutica.

Acreditamos que esta nova iniciativa é fundamental para dar voz aos problemas sobre saúde feminina e dar as ferramentas certas, para que, com motivação, consigam participar ativamente na escolha do método contracetivo que mais se adequa à sua vida. Ter o apoio da Drª Patrícia Isidro Amaral é um orgulho e um privilégio pois pretendemos apresentar conteúdo verdadeiramente informativo para que qualquer mulher possa conhecer os diversos métodos contracetivos, questionar-se se o seu é o mais indicado para si e promover uma consulta com o seu Médico de Família ou Ginecologista”, afirma Inês Fernandes, Brand Manager da área Saúde da Mulher na Bayer Portugal.

Se tem dúvidas sobre contraceção, só precisa de ligar o ‘descomplicómetro’ e esclarecer todas as dúvidas com Patrícia Isidro Amaral. Acompanhe os episódios do ‘Descomplicómetro’ em @descomplicapt, com o apoio da Bayer.

Com lançamento quinzenal, os seis episódios têm 25 minutos
O podcast “Por ti” que vem desmistificar e sensibilizar para a importância da prevenção do bem-estar mental entre crianças e...

Disponível no site da Zurich Portugal, a série conta com seis episódios conduzidos pela animadora de rádio Joana Cruz que entrevista especialistas e psicólogos, mas também professores e jovens para falar de bem-estar e da forma como este influencia e afeta o desempenho escolar.

O episódio que estreou esta semana, conta com a participação de Ana Rita Martins, Psicóloga Clínica e membro da Unidade de Psicologia Clínica Cognitivo-Comportamental da Universidade de Coimbra, e Carla Capítulo, Claims Governance & Quality Assurance Analyst da Zurich.

Este terceiro episódio explora o papel determinante que todos podemos assumir enquanto agentes de mudança na promoção do bem-estar mental e  junta-se aos dois já disponíveis: o primeiro, sob o título “Bem-estar mental e o caminho para a felicidade”, onde a Head of Sustainability and Talent da Zurich Portugal, Liliana Silva, e o Diretor-geral da Associação EPIS – Empresários Pela Inclusão Social, Diogo Simões Pereira, desmistificaram conceitos e destacaram o papel vital do  “Por ti - Programa de Promoção de Bem-estar Mental nas Escolas” nas comunidades escolares e o segundo episódio, intitulado “O que dizem os mais novos?”, onde dois jovens do 3.º ciclo do ensino básico, Esther e Manuel, partilharam a sua visão sobre bem-estar mental, depois de participarem no programa “Por ti”.

Estes episódios estão disponíveis nas principais plataformas de streaming: Apple Podcast, Google Podcast, Spotify e Youtube. Nos dias 1, 15 e 29 de maio, estreiam novos temas e conversas que irão continuar a desmistificar o bem-estar mental.

Programa de Promoção de Bem-estar Mental nas Escolas

O “Por ti - Programa de Promoção de Bem-estar Mental nas Escolas” tem como objetivo preparar melhor as comunidades escolares através do desenvolvimento de competências de regulação emocional que contribuam para estilos de vida mentalmente mais equilibrados. Está a ser implementado desde o ano letivo 2022/2023 e já impactou positivamente mais de 40 mil jovens, mais de 3500 professores e auxiliares e mais de 1200 famílias, de mais de 60 concelhos.

Em funcionamento um pouco por todo o país, este programa compreende duas fases de implementação. Na primeira fase realizam-se workshops psicoeducativos direcionados aos alunos, que procuram a consciencialização dos jovens para o bem-estar mental e a necessidade de estar alerta para entender diversos sinais e sintomas, quer nos próprios, quer nos outros. Na segunda fase, implementam-se programas de intervenção para dois grupos distintos: um para adolescentes e outro para professores. No caso dos adolescentes, o foco está na promoção de estratégias de regulação das emoções, enquanto que, para os professores, o objetivo passa pelo reforço das estratégias de regulação das emoções na perspetiva desta profissão, promovendo o recurso à regulação adaptativa das habilidades emocionais.

O sucesso da implementação do “Por ti” – financiado pela Z Zurich Foundation, gerido pela Zurich Portugal e implementado pela EPIS - Empresários Pela Inclusão Social em parceria com a Unidade de Psicologia Clínica Cognitivo - Comportamental (UPC³) da Universidade de Coimbra – foi determinante para o surgimento deste podcast, que pretende despertar consciências do público em geral, através da experiência e perspetiva dos diferentes convidados.

 
Alerta é do Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses
O Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Francisco Miranda Rodrigues, defendeu ser necessário que as Unidades Locais...

O alerta do Bastonário surge depois de reuniões, terça e quarta-feira, com os coordenadores dos serviços de Psicologia das ULS do Norte e Sul do país. “Em vários pontos do país foram relatadas impossibilidades na contratação de psicólogos e de outros profissionais que as ULS necessitam com urgência. Há enormes carências”.

Francisco Miranda Rodrigues explica ainda que “estava previsto que, num curto espaço de tempo, fossem contratados mais de 100 psicólogos”. Para tal, recorda, “é necessário que sejam dadas condições às ULS para que possam contratar”. “Sem um quadro de referência aprovado a Direção Executiva do SNS não pode avançar com o trabalho em curso, pois continua sem autonomia necessária”, acrescentou.

“Era muito bom que, depois do trabalho feito durante o último ano de remoção de burocracias que impediam contratações céleres e que não valorizavam os actos do ponto de vista de financiamento do sistema para os contratarem, não se atrase a contratação de psicólogos para o Serviço Nacional de Saúde e, mais especificamente, para os Centros de Saúde”.

Está já agendada para Maio uma outra reunião com os coordenadores das ULS do Centro do país.

 
Tecnologia inovadora está a ser desenvolvida pela empresa Glooma, com sede em Braga
A SenseGlove é uma luva com sensores, que incorpora algoritmos de Inteligência Artificial (IA), e funciona como uma...

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, houve 2,3 milhões de mulheres diagnosticadas com cancro da mama e 685 mil mortes. A deteção precoce do deste tipo de cancro, o mais comum entre as mulheres, pode reduzir significativamente as taxas de mortalidade derivada desta doença a longo prazo.

Os métodos de triagem atuais não estão a funcionar: As variadas alterações na textura do tecido mamário, causadas por diversos fatores, causam incertezas na mulher, levando-as a não agir no momento certo. Não admira, que 35% dos cancros da mama não sejam detetados numa fase precoce, o que resulta em numerosos tratamentos agressivos, cirurgias mutilantes, ou mesmo morte, além do peso económico para pacientes, seguradoras de saúde e hospitais.

Foi com base nesta informação que a Glooma criou o SenseGlove, um dispositivo médico de pré-rastreio, doméstico e portátil, que, além de detetar alterações no tecido mamário, capacita as mulheres a compreenderem as suas mamas, permitindo-lhes agir mais rapidamente.

A SenseGlove, em conjunto com a app para o autoexame, complementa, mas não substitui consultas de rotina e exames de rastreio e diagnóstico.

Como funciona? Através da função de “Lembrete”, a tecnologia relembra às utilizadoras por e-mail ou notificações no telemóvel a realização do exame doméstico. Fornece ainda todas as informações relativas aos autoexames realizados ao longo do tempo, comparando os resultados e avaliando as alterações ao longo do tempo, para ser mais fácil a apresentação dos resultados ao médico.

Prova de conceito e validação clínica em 40 pacientes (homens e mulheres) com 88% de sucesso

Os sensores detetaram com precisão alterações em 88% das utilizações, com apenas 12% de taxa de falsos positivos, e alcançaram um registo sem falsos negativos, sem o algoritmo de IA e variáveis que afetam a textura do tecido mamário. Atualmente a Glooma já recolheu 236 pacientes e está a trabalhar com quatro hospitais portugueses.

Aliás, a empresa está já a distribuir os seus primeiros pilotos pagos, prevendo registar o produto na FDA no próximo ano, uma vez que o SenseGlove é um dispositivo médico de classe I nos Estados Unidos. Entretanto, e até ao fim deste ano, o plano é aumentar o número de pilotos pagos e terminar o desenvolvimento do produto.

O prémio atribuído pela ANI ao projeto SenseGlove através do programa BfK Awards consiste na “Árvore do Conhecimento” e no prémio pecuniário no valor de 2.500 euros. O troféu, a “Árvore do Conhecimento”, relaciona a arte com a tecnologia, expressando os valores da excelência científica e da relevância social e económica.

Desde 2017, a ANI já premiou cerca de 50 projetos e start-ups, nascidos da investigação académica, em concursos e prémios de inovação nacionais promovidos por entidades como Altice, Crédito Agrícola, BPI, Glintt, PortugalFoods e Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) através do programa BfK. Muitos deles são já símbolos da inovação nacional em Portugal e internacionalmente.

Sílvia Garcia, administradora da ANI, salienta “a grande importância do projeto para a sociedade. Cada vez mais em Portugal há uma transferência de conhecimento para a economia efetiva, cada vez mais a ciência é pensada para resolver os problemas sociais e económicos com que nos confrontamos e isso não podia ser mais positivo. É por esta inovação colaborativa que a ANI luta todos os dias.”

 
Iniciativa promovida pelo BPI e pela DayOne
A 7ª edição dos Prémios EmpreendeXXI (PEXXI) distinguiu a IPLEXMED, de Braga, como a startup mais inovadora do Norte e Centro...

A iniciativa é dinamizada pelo BPI em Portugal e pelo CaixaBank em Espanha, através da DayOne, a sua divisão especializada para empresas tecnológicas e seus investidores, e visa dar um impulso ao talento das startups de base tecnológica e digital que demonstrem capacidade de dar resposta aos desafios do amanhã.

A IPLEXMED desenvolve a nova geração de dispositivos de diagnóstico genético rápido, portátil e conectável de qualidade laboratorial para apoio à saúde. O objetivo é tornar o diagnóstico clínico rápido e acessível, tanto durante as consultas médicas como eventualmente nas casas dos pacientes, desse modo podem identificar infeções que, de outra forma, poderiam passar despercebidas.

A GREENMETRICS.AI está a impulsionar a inovação no domínio da adaptação às alterações climáticas e da sustentabilidade ambiental. Através da implementação de sensores inteligentes e análise de dados avançada, ajudam cidades e comunidades a respondam a mudanças extremas e a otimizar o uso de recursos naturais.

As duas empresas vão receber um prémio monetário de 6.000 euros, acesso a um programa de formação internacional ministrado pelo MIT de Boston (EUA) e mentoring especializado.

A Agência Nacional de Inovação (ANI), parceira dos PEXXI, distinguiu ainda a GLOOMA, através do programa Born from Knowledge (BfK), e um prémio monetário autónomo de 2.500 euros. A Glooma atua na área da monitorização da saúde mamária, tendo criado um dispositivo médico escalável, doméstico e portátil, que monitoriza e deteta anomalias na textura do tecido mamário, ao combinar sensores de pressão e inteligência artificial.

Candidatas vão competir em prémio ibérico para resolver desafios do amanhã

Os Prémios EmpreendeXXI foram lançados há 17 anos em Espanha pelo CaixaBank, através da DayOne.  Em 2017, a iniciativa foi alargada à participação portuguesa, através do BPI. A competição decorre nos dois países, em paralelo, no caso das categorias territoriais (2 zonas em Portugal e 17 em Espanha).

Todas as empresas candidatas (incluindo as vencedoras territoriais) concorrem ainda, a nível ibérico, aos 12 Prémios “Desafios do Amanhã” (com 6 categorias e 12 subcategorias), que vão distinguir as empresas que apresentem soluções para responder aos desafios futuros do planeta e da sociedade. As vencedoras destas categorias recebem um prémio de 12 mil euros. 

Serão ainda atribuídos dois prémios especiais de 9.000 euros cada. O Prémio de Sustentabilidade para a empresa mais sustentável de acordo com critérios ESG, e o Prémio Deeptech para a inovação tecnológica mais disruptiva.

Além dos prémios monetários, os vencedores vão ter acesso a um programa de acompanhamento e formação num hub de inovação de referência internacional e participar nos Investors Day EmpreendeXXI. Além disso, vão ter a possibilidade de participar no programa DayOne Open Innovation, para realizar uma prova de conceito ou piloto com o CaixaBank.

Prémios de referência para o ecossistema empreendedor

Os Prémios EmpreendeXXI são dirigidos a jovens start-ups (com menos de três anos) inovadoras e tecnológicas.  O CaixaBank e o BPI pretendem dar um impulso a estas jovens empresas com soluções para responder aos desafios do futuro, permitindo acelerar o seu processo de crescimento e expansão global.

Além do BPI, os prémios contam com o apoio de várias empresas, áreas de negócio e divisões do Grupo CaixaBank: AgroBank, imagin, VidaCaixa, CaixaBank Séniors, MicroBank, CaixaBank Real Estate & Homes, CaixaBank Payments & Consumer, CaixaBank Hotels & Tourism, CaixaBank Hotels & Tourism, CaixaBank Food&Drinks, CaixaBank Tech, Sustentabilidade, Private Banking, Inovação e CaixaBank Dualiza.

Desde a sua criação, em 2007, o programa investiu 7,5 milhões de euros em prémios, que já beneficiaram mais de 465 empresas. Ao longo da sua história, participaram mais de 10.700 startups e estiveram envolvidos em comités e júris mais de 3.750 profissionais.

 
Médico dentista deixa recomendações
As bactérias da boca alimentam-se do que comemos.

O que acontece é que, quando o pH da boca baixa em função da acidez, ocorre a chamada desmineralização dos dentes.

Ao ingerirmos alimentos açucarados estamos a alimentar as bactérias da boca que produzem ácidos que podem dissolver lentamente o esmalte dos dentes, causando, desta forma a cárie dentária. Portanto, quanto mais alimentos açucarados ingerirmos durante o dia, mais expostos estamos aos ácidos causadores da cárie dentária.

Como minimizar os efeitos do açúcar na Saúde Oral?

No contexto da saúde oral, além do volume ingerido, deve-se ter em conta o tipo e a consistência dos alimentos escolhidos.

Entre os efeitos do açúcar na saúde oral, podemos destacar que o excesso de doces, principalmente aqueles mais processados e que aderem mais aos dentes (como chocolates, rebuçados, bolachas, etc.) são um fator que promove a maior formação da placa bacteriana (camada espessa esbranquiçada sobre os dentes, composta por saliva e partículas de alimentos presas que se acumulam na linha da gengiva). Se não for removida adequadamente com uma correta higiene oral pode facilitar o aparecimento de cáries, além de outras doenças, como a gengivite, inflamação nas gengivas que provoca dor, mau hálito e sangramento.

Desta forma, a escovagem é muito importante para eliminar diariamente a placa bacteriana e minimizar os efeitos do açúcar na boca e nos dentes. É essencial escovar sempre os dentes após as refeições, ou pelo menos, 2 vezes ao dia. Utilize uma escova de cerdas macias, arredondadas e de cabeça pequena para não magoar as gengivas, bochecha e língua.

Para complementar, deve usar-se o fio dentário para limpar onde a escova de dentes não consegue chegar. A escovagem deve ser realizada com movimentos corretos, para que seja mais eficiente na remoção da placa bacteriana. Para isso, uma consulta ao médico dentista é fundamental para tirar as dúvidas sobre a forma mais adequada de escovar os dentes bem como a utilização correta do fio dentário.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Workshop “GPS Amamentação” e curso “T.I.M.E. para Nascer”
A Clínica AlmadaCare, recentemente inaugurada, está comprometida em apoiar os futuros pais na preparação para a chegada dos...

O workshop "GPS Amamentação", especialmente destinado a mães de primeira viagem, foca-se em desmistificar os desafios da amamentação. Liderado pelas enfermeiras especialistas Cátia Lopes, Inês Pargana, Raquel Cordeiro e Sandra Seixinho, o workshop abordará temas vitais como a comparação entre leite materno e leite artificial, estratégias para fomentar a amamentação bem-sucedida e como enfrentar possíveis complicações.

“A Saúde Materno-Infantil tem extrema importância para a Clínica AlmadaCare e entendemos que esta seria, uma forma interessante de dar a conhecer os nossos serviços, contribuindo para que os formandos consigam adquirir competências diferenciadas para um dos momentos mais importantes das suas vidas”, justificam os responsáveis da Clínica.

Já o curso “T.I.M.E. para Nascer”, que decorre em dois módulos de 5 cinco horas cada, destaca-se como uma jornada completa e enriquecedora, guiada por uma equipa de enfermeiras especialistas: Cátia Lopes, Inês Pargana, Raquel Cordeiro. E que conta ainda com o apoio da Baby Planner Sandra, A Mãe Enfermeira. “São quatro enfermeiras com elevada experiência e especialização e que, temos a certeza, vão aportar às formações um elevado grau de conhecimento para todas os participantes”, explicam os responsáveis da clínica recentemente inaugurada.

O primeiro módulo, "Olá, Trabalho de Parto T.I.M.E.", realizar-se-á no dia 21 de abril. Nele, os participantes aprenderão a compreender os sinais de alerta, a elaborar um plano de parto personalizado, além de conhecer os cuidados com o períneo, as fases do trabalho de parto, técnicas de alívio da dor e muito mais. “Pretende-se, sobretudo, que as mães se sintam preparadas para um momento que se procura que flua com a maior tranquilidade possível, para que ambos os progenitores desfrutem do nascimento”.

O segundo módulo, "Olá, Bebé & Família T.I.M.E.", marcado para o dia 27 de abril, prepara os pais para os desafios iniciais da parentalidade, incluindo o sono e choro do bebé, os cuidados essenciais pós-nascimento e a identificação de sinais de alerta pós-alta.

Para a organização, participar no “T.I.M.E. para Nascer” transcende a mera aquisição de conhecimentos. “Esta experiência única proporciona momentos de preparação inesquecíveis, orientados por especialistas, que redefinirão o modo como se encara este capítulo extraordinário da vida humana”, sustenta a direção da Clínica AlmadaCare.

 
O que é e como se trata
Na semana em que Rafael Nadal, um dos melhores tenistas de sempre, voltou à competição para o ATP 50

O ténis é uma das modalidades desportivas mais populares que envolve movimentos explosivos e repetitivos por meio de vários passes e movimentos específicos que tornam os atletas mais suscetíveis a uma série de lesões. Adicionalmente, ao contrário dos restantes desportos, este não tem um limite de tempo pelo que cada partida poderá durar várias horas, exigindo centenas de movimentos curtos e explosivos de energia.

A Epicondilite Lateral, ou “tennis elbow”, é uma tendinopatia degenerativa pela execução de movimentos repetidos de supinação e pronação com extensão do cotovelo com principal lesão nos músculos extensores do punho, com grande percentagem no músculo curto extensor radial do carpo, caracterizada por uma dor localizada e aumento de sensibilidade na proeminência óssea do epicôndilo lateral que, em casos mais graves, pode irradiar para o antebraço e punho. Esta afeta cerca de 50% dos tenistas, variando com o nível de prática e a forma de execução da técnica nos movimentos.

A sobrecarga da articulação do cotovelo pode também estar relacionado com o tamanho e a qualidade do equipamento utilizado. O tamanho do cabo da raquete pode influenciar a forma como as forças são transmitidas uma vez que parece influenciar a preensão do tenista, ou seja, a utilização de um tamanho de cabo incorreto implica aumentar a força de preensão que, por sua vez, aumentará a transmissão de forças prejudiciais ao cotovelo.

A Fisioterapia é uma das estratégias conservadoras que tem mostrado grandes benefícios na intervenção desta patologia, nomeadamente, através da utilização de exercício terapêutico, englobando o fortalecimento e alongamentos das estruturas afetadas, utilização de meios físicos e técnicas terapia manual. A terapia farmacológica, sendo prescrita por um profissional médico, pode também ser um complemento importante para a diminuição da inflamação e efeito analgésico.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto “+ SaBe: + Saúde e Bem-estar”
O Politécnico de Coimbra viu aprovada, recentemente, uma candidatura ao Programa de Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior...

O projeto “+ SaBe: + Saúde e Bem-estar” vai ser financiado em 318.423,60€ pelo Programa de Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior. A candidatura resultou de um trabalho integrado de diversas áreas de intervenção da Instituição, nomeadamente, a Unidade de Saúde e Bem-Estar dos Serviços de Ação Social, o Serviço de Saúde Ocupacional e Ambiental e o Gabinete de Desporto.

Segundo Ana Ferreira, Vice-Presidente da Instituição, “a aprovação desta candidatura permitirá reforçar as valências do IPC, aumentando a capacidade de resposta às necessidades da comunidade académica, especialmente os estudantes, e a sinalização e acompanhamento adequado das pessoas que enfrentam desafios, frequentes e recorrentes no Ensino Superior, em termos de saúde mental”.

O projeto contempla 5 níveis de intervenção e diversas ações, entre as quais se destacam, por exemplo, a implementação e dinamização de um Programa de mentoria e formação entre pares, de sessões multidisciplinares e workshops de diversos âmbitos, realização de um diagnóstico relativo aos fatores de risco psicossocial entre os membros da comunidade académica do Politécnico de Coimbra, dinamização de sessões de Pilates e Yoga, promoção, difusão, implementação e acompanhamento de um modelo para a prática de ginástica postural para os membros da comunidade académica, criação e conservação de um circuito pedestre de manutenção física no Campus do IPC com estações que permitam a prática de exercício físico ao ar livre entre os membros da sua comunidade, dinamização de um Centro de Recursos Psicopedagógicos e de inclusão com técnicos qualificados e materiais, no âmbito do Programa de Apoio em Rede ao Estudante com Necessidades Educativas Específicas (PARENEE) da Instituição, reforço do número de consultas de psicologia e de psiquiatria dirigidas a estudantes e a outros membros da comunidade académica com diagnóstico de situações relacionadas com saúde mental, e formalização de protocolo com um Centro de competência psiquiátrica.

Ana Ferreira reforça que este “é um Projeto inclusivo, dirigindo-se a todos os estudantes, independentemente da sua origem, género, etnia ou qualquer outra característica; multidisciplinar, envolvendo profissionais das mais diversas áreas de intervenção para que possa acrescentar o máximo e melhor valor possível à vida de cada pessoa que seja possível impactar com o mesmo; e tem em vista uma atuação promotora da saúde mental e do bem-estar, agindo precocemente na identificação de fatores de risco, prevenindo o agravamento de situações de doença mental, ambicionando que cada indivíduo se torne cada vez mais resiliente, capaz de se autorregular emocionalmente, atingindo um melhor equilíbrio mental e emocional”.

 
Opinião | Dia Europeu dos Direitos dos Doentes
A doença é um facto inextrincável da vida. Já todos estivemos doentes, algum dia.

A doença muda a realidade da pessoa. O doente apresenta sintomas, sente as limitações inerentes, procura ajuda e confia nela. Sente incerteza. Assim como a esperança.

Se a doença é crónica, os sintomas, as limitações, a procura e a confiança na ajuda são ingredientes diários. A doença crónica é permanente, produzida por alterações irreversíveis no sistema orgânico, cria necessidades altamente variáveis e individualizadas, mas prolongadas no tempo. Exigirá uma formação especial do doente e/ou família para a gestão do quotidiano e longos períodos de supervisão e cuidados. E se, por definição, a doença crónica é aquela que não vai curar, então diariamente são renovadas a incerteza e a esperança num acto tão natural como navegar as marés. Passamos do estar doente para ser doente.

Há muitos anos, Margaret Mead (antropóloga) explicava perante uma classe de alunos qual era, na sua opinião, o primeiro traço da existência da civilização humana: a descoberta de um fóssil humano com um fémur partido… e cicatrizado. Na natureza, a grave limitação associada a um fémur partido é o equivalente a ficar exposto à fúria dos elementos, ser preza fácil para outros animais, não poder procurar alimento ou proteção. O fémur cicatrizado significa que alguém ficou, protegeu e nutriu. E esperou a cicatrização. Cuidou. Civilização é ajuda. O primeiro traço da Humanidade é o cuidar.

A propósito do Dia Europeu dos Direitos dos Doentes, mais do que repetir o decálogo dos direitos e deveres destes, urge redescobrir a humanidade no doente. Pois este era uma pessoa e agora é um doente. A pessoa doente continua a ser, na essência, a mesma pessoa. Humana. Ser humano é viver nos limites frágeis de um corpo que deve ser cuidado. O ser humano tem um valor único e irrepetível. Agimos pelo desejo de nos mantermos a mesma pessoa pelo maior tempo possível e o que somos não se esgote no passado e no presente e ultrapasse o limite da nossa existência.

Quando o meu fémur se parte (ou qualquer outra doença me bate à porta) tudo isto fica ameaçado. Sou vulnerável. Procuro ajuda. Preciso de quem me ouça no que sinto e me veja como a pessoa. Não sou uma consulta, um diagnóstico ou uma receita. Sou pessoa: doente, sim, mas pessoa. Humana. Mereço ser informado sobre a minha situação, dentro do que conseguir ouvir e perceber. Quero que me curem, ou me tratem se não houver cura. E se não houver cura nem tratamento, por favor, que me cuidem. Que não se esqueçam dos meus familiares que sofrem tanto ou mais do que eu. Confio que o profissional de saúde a quem recorrerei terá vontade de me ajudar, saberá ouvir-me o que me preocupa e que me abordará de forma respeitosa, discreta e reservará para os nossos encontros a informação que eu lhe confiar. Confio na sua diligência para apontar caminhos dentro do que é o seu conhecimento ou o conhecimento de outros profissionais para os quais me encaminhará. Reconheço-o como meu advogado para as minhas questões de saúde e que, para além de tratar, também me defende e educa. Sei que respeitará as minhas decisões, sendo elas conscientes e plenamente informadas, ainda que não sejam do seu acordo.

Hoje, como sempre, o desafio é que a pessoa, ainda que doente, nunca deixe de ser pessoa. Humana.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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Desde a atividade hormonal à alimentação, o stress, a herança genética e o próprio envelhecimento, s

Alopécia na adolescência

Nesta etapa repleta de alterações físicas e emocionais, a alopécia pode estar relacionada com diversos fatores, ainda que as alterações hormonais sejam a causa mais comum. É uma condição pouco frequente, mas pode acontecer devido a causas genéticas, a alterações hormonais, situações de stress, doenças como os fungos, má alimentação, uso de produtos capilares agressivos, ferramentas de calor ou penteados apertados.

Nestas idades a produção de andrógenos pode desempenhar um papel importante na alopécia, em particular na alopécia androgénica. Os andrógenos, como a testosterona, podem afetar o ciclo do crescimento do cabelo.

As alopécias mais comuns na adolescência são o eflúvio telógeno, a alopécia androgénica (tanto em rapazes como em raparigas, com causas hormonais e genéticas) e a alopécia areata

Como em qualquer idade, um diagnóstico certeiro é essencial para encontrar o tratamento mais adequado e alcançar resultados. Regra geral, poder-se-á ter de recorrer a tratamentos farmacológicos, no caso da alopécia areata. Também se pode optar por transplantes capilares nos casos mais severos, contudo na Insparya só são realizados a pacientes com mais de 18 anos.

Em todos estes casos, e para além do tratamento farmacológico, os tratamentos capilares são de grande ajuda. Estes incluem a mesoterapia capilar mesoHAir+ ou o ActivePlasma, aplicados separadamente ou em combinação para potenciar os seus efeitos, e é também uma boa ideia incluir na sua rotina diária um champô seborregulador, como o No Grease da Insparya, que ajuda a oxigenar a pele e o cabelo, eliminando o excesso de oleosidade que pode ser muito comum na adolescência.

Alopécia na idade adulta

Sem dúvida que, a alopécia androgénica é a forma mais comum de queda capilar nos adultos, tanto nas mulheres como nos homens, com diferentes abordagens consoante o grau de avanço. Mas existem também outras causas, para além da genética e das alterações hormonais que podem provocar a queda de cabelo nas pessoas adultas.

A alopécia androgénica manifesta-se normalmente por volta dos 40 anos, embora possa aparecer na população masculina a partir dos 20 anos e mais acentuadamente nas mulheres após a menopausa. Na origem deste problema estão, sobretudo, questões genéticas, embora os fatores hormonais possam também desempenhar um papel importante no seu desenvolvimento.

Nos homens, este é um problema que começa normalmente com um recuo da linha do cabelo e queda de cabelo na zona da coroa. Está relacionada com a sensibilidade genética masculina à di-hidrotestosterona (DHT). Nas mulheres, caracteriza-se por uma queda de cabelo difusa na parte superior da cabeça, sem um recuo nítido da linha do cabelo.

Outro tipo comum de alopécia em pessoas adultas é a alopécia areata, que afeta ambos os sexos. A queda de cabelo manifesta-se sob a forma de manchas no couro cabeludo, mas também noutras partes do corpo. Nos casos mais agudos, pode levar a uma alopécia total, com queda total de cabelo na cabeça, ou a uma alopécia universal, à qual se junta a queda de cabelo no resto do corpo.

Os tratamentos mais comuns para a alopécia androgénica na idade adulta contemplam o Minoxidil e o Finasteride, para travar a queda e estimular o crescimento capilar. O eflúvio telógeno também pode ser tratado identificando e tratando a causa subjacente, como o stress ou deficiências nutricionais.

A alopécia areata, uma doença autoimune que provoca a perda súbita de manchas de cabelo, pode ser tratada com corticosteroides tópicos, injeções de esteroides ou terapias imunomoduladores. A alopécia de tração, causada por uma tensão constante sobre os folículos pilosos, pode ser tratada evitando penteados apertados e puxões, permitindo que o cabelo recupere com o tempo. Em alguns casos, podem ser utilizados tratamentos tópicos, suplementos vitamínicos e tratamentos capilares para fortalecer o cabelo e melhorar a sua saúde. Tudo isto sem perder de vista o facto de que a única forma definitiva de dizer adeus à alopécia é um transplante capilar.

Alopécia em pessoas de idade

A queda de cabelo nos idosos pode ser causada por doenças ou medicamentos, embora não se deva esquecer que a alopécia androgénica afeta até 80% dos homens ao longo da sua vida, e muito mais à medida que envelhecem. A perceção comum é que a queda de cabelo na velhice é um problema que afeta principalmente os homens. No entanto, estima-se que mais de 50% das mulheres com mais de 50 anos de idade irão registar uma visível queda de cabelo.

Uma queda de cabelo repentina na terceira idade pode ser um indício de uma condição subjacente mais séria que requere tratamento, como por exemplo, um sintoma de cancro. É crucial procurar assistência médica em caso de queda de cabelo súbdita em idade avançada para um diagnóstico e tratamento adequados. Assim, é importante identificar se existe uma deficiência de ferro, hipotiroidismo, diabetes ou uma má alimentação geral, ou ainda uma infeção fúngica do couro cabeludo. Existem também medicamentos comuns nas pessoas idosas que podem causar alopécia, como os antidepressivos, os tratamentos anticoagulantes, os utilizados para tratar a gota, bem como a quimioterapia ou a radioterapia.

No entanto, a alopécia androgénica é, sem dúvida, a mais comum nos homens e nas mulheres mais velhas. No entanto, não devemos esquecer que, à medida que envelhecemos, a produção de colagénio do organismo diminui, bem como o ritmo de renovação celular. Isto leva a uma diminuição da quantidade e da qualidade dos cabelos e favorece o aparecimento de cabelos brancos.

Como em qualquer outro momento da vida, o diagnóstico é a chave para eleger um tratamento eficaz. O tratamento farmacológico, com Minoxidil ou Finasteride são opções viáveis para opções viáveis para travar a alopécia nos idosos e melhorar significativamente a qualidade do cabelo natural. Mas é também uma boa ideia combiná-los com a mesoterapia capilar mesoHAir+, o ActivePlasma ou a fotobiomodulação, que ajudam a melhorar a queda de cabelo sem necessidade de medicação oral.

Mas será que um transplante capilar é aconselhável numa idade avançada? As medidas acima mencionadas são eficazes para reduzir a alopécia e melhorar a qualidade do cabelo ainda presente, mas não geram o crescimento de novos cabelos em áreas onde já houve perda de cabelo. Nestes casos, o único método para recuperar o cabelo nestas zonas é o transplante capilar, que em pessoas idosas com uma área dadora suficiente dá resultados muito bons. É um procedimento simples para o paciente, com uma recuperação rápida e nas clínicas Insparya é muito cómodo, uma vez que o número de horas de duração do procedimento foi significativamente reduzido.

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23 de abril, 21 de maio e 18 de junho
A The Non-Conformist Scientist (NCS), uma organização sem fins lucrativos criada por cientistas e para cientistas, vai...

Nos dias 23 de abril, 21 de maio e 18 de junho, esta plataforma online pioneira irá promover a reflexão sobre os diferentes rumos que uma carreira em ciência pode seguir e demonstrar que as capacidades, adquiridas ao longo de uma formação científica, são versáteis e podem ser aplicadas em diversos contextos.

Cada sessão contará com oradores de distintas áreas profissionais, que irão partilhar a sua experiência e percursos académico e profissional. Assim, uma vez que os estudantes geralmente não têm acesso a informação sobre carreiras científicas alternativas, pretende-se explorar o dia-a-dia de cada vertente, principais desafios, oportunidades e outros temas que despertem a curiosidade dos participantes e dos oradores.

Ana Cadete, fundadora da organização, afirma que “um dos pilares da missão da NCS é empoderar e orientar os profissionais de ciência em todo o mundo, com uma comunidade de mulheres unida e disposta a ajudar”. Acrescenta ainda que “estes eventos são o espelho disso mesmo, onde através da partilha de experiências em diversas áreas, será possível demonstrar a diversidade das carreiras científicas alternativas à típica carreia académica. Este webinar destina-se, particularmente, a alunos de mestrado, doutoramento e pós-doutoramento, os quais pretendemos orientar para a sua próxima etapa profissional. Um doutoramento é subvalorizado e, como tal, queremos ajudar os cientistas em início de carreira a perceber que mais valias têm e em que trabalhos as podem aplicar”.

Para abrir esta série de conversas, no dia 23 de abril, às 19h de Portugal, serão exploradas as áreas de Consultoria, com a Dra. Ana Rita Costa (Manager, Catenion), Medical Science Liaison, com Raquel Figueiredo (Pharming Group N.V), e, por fim, Medical Writing, com a Dra. Joana Fernandes (Principal Medical Writer Scientist at J&J Innovative Medicine).

Pode aceder ao webinar “Career Paths in Science” em https://streamyard.com/watch/GMV9egNW7vZC

Dando continuidade ao estudo “Saúde e bem-estar das mulheres” de 2022
Numa altura em que as desigualdades de género estão na ordem do dia, a Médis, via projeto Saúdes (www.saudes.pt), anuncia uma...

Em Portugal, cerca de um milhão e duzentas mil mulheres passam hoje pelo processo da Menopausa, o equivalente a 12% da população. É a maior de todas as fases da saúde da mulher, ocupando, em média, 40% das suas vidas. É, também, a fase em que mais sofrem: cerca de metade das mulheres assumem mal-estar nesta fase o que, comparando com o mal-estar exibido na puberdade (20% das mulheres) é um número 140% superior, e comparando com o mal-estar exibido na maternidade (12% das mulheres) é um número 300% superior.

“Vivemos numa Sociedade que não está preparada para falar abertamente sobre a Menopausa e até a esconde. Isto colide com a necessidade, que ouvimos da boca da maioria das mulheres com quem falámos, que vai precisamente em sentido contrário, ou seja, querem e precisam expor, sem tabus, sintomas, medos e anseios em relação ao tema”, alerta Maria Silveira, Responsável de Orquestração Estratégica, Ecossistema de Saúde Grupo Ageas Portugal. “A Menopausa não é uma doença, mas uma condição. Sendo diferente de mulher para mulher, existem tantas Menopausas quantas as mulheres, o que também dificulta. É por isso que ouvir estas mulheres, orientá-las e dar-lhes voz é, em si mesmo, um ótimo “medicamento”, além, claro, de um acompanhamento holístico (ginecologia, psicologia, nutrição, exercício físico). É precisamente nesse sentido que vai este estudo e toda a nossa atuação", conclui a responsável.

A pesquisa iniciou-se em 2022, com o estudo sobre a Saúde da Mulher, e foi aprofundada no tema da menopausa até março deste ano. Esta análise resultou numa profunda imersão, sendo que após ouvir centenas de mulheres, a Médis propõe uma nova “classificação” da Menopausa, que serve de complemento da existente, de base médica e científica (a qual divide a menopausa em três fases: peri-menopausa, menopausa, pós-menopausa). Na investigação Médis/Projeto Saúdes, tendo em conta a visão e os sentimentos das mulheres (a subjetividade), existem quatros “estados de alma” associados à Menopausa:

1) O Desconhecimento: a Menopausa é uma fase muito pouco valorizada e falada, não só pela Comunidade, mas também pelos Médicos e Profissionais de Saúde (as mulheres não se sentem à vontade para falar do tema, por falta de conhecimento e por se sentirem socialmente constrangidas para o abordarem). O falar-se pouco contribui para sublinhar o tabu e o medo que as mulheres sentem em relação à Menopausa.

2) Sofrimento: 72% das mulheres entre os 45 e os 60 anos vive num estado permanente de tensão e 50% afirma já ter tido um esgotamento ou depressão, dados que comprovam o sofrimento e a existência de uma relação entre a Menopausa e a saúde mental. Por outro lado, existem mais de 30 sintomas associados à Menopausa, com diferentes expressões e intensidades.

3) Gestão: por ainda ser tabu a Menopausa não é esperada, pensada ou preparada (ao contrário da maternidade e da menstruação), o que aumenta a dificuldade na gestão da mesma. Segundo os dados da pesquisa Médis, 52% das mulheres menopáusicas afirmam preparação má ou mediana para lidar com esta fase de vida. Os afrontamentos (69%), dores nas articulações (49%), suores noturnos e/ou perturbações do sono (48%), ansiedade (45%), secura vaginal (42%) e diminuição da líbido (37%) são alguns dos desconfortos mais manifestados. A nível profissional, 65% das mulheres que se encontram nesta condição sentem discriminação no local de trabalho e 22% já pensou mudar ou abandonar o seu trabalho.

4) Libertação: esta é uma fase de que pouco se fala, mas que é preciso destacar. O processo tem um fim, ou seja, uma libertação. Embora se saiba que alguns dos sintomas podem durar mais de uma década, a maioria deles acaba por se desvanecer. Neste estudo, apenas 20% das mulheres dizem ter sintomas há mais de cinco anos. Esta mensagem de esperança e liberdade precisa, segundo o estudo, de chegar a todas as mulheres, pois todas passam, ou passarão, pelo processo.

Ao longo de toda a investigação foram feitos 707 inquéritos quantitativos a mulheres, 245 dos quais especificamente a mulheres em fase de Menopausa (45 - 60 anos). Fizeram-se ainda 33 entrevistas individuais aprofundadas e cinco reuniões de grupo com mulheres nesta fase, e ainda quatro conversas longas e exploratórias com Médicos e Profissionais de Saúde.

O tema da Saúde da Mulher é uma preocupação da Médis desde a sua origem, em 1996. Depois do lançamento do estudo da Saúde da Mulher, em 2022, onde se denunciavam as quatro bolsas de mal-estar e a normalização das mesmas e se apelou a um foco e ação da Sociedade neste tema, este novo aprofundamento da Menopausa tem como propósito servir de guia para uma ação conjunta, enquanto Sociedade. Para a Médis, é ouvindo e dando voz às mulheres – e respondendo a estes sentimentos e fases pelas quais inevitavelmente passam - que todos podem ser ajuda.

O evento de hoje contou com diversos porta-vozes de renome, entre eles Miguel Oliveira da Silva, Professor Catedrático, Ginecologista-obstetra e Coordenador Científico do estudo “Saúde e Bem-Estar das Mulheres – um Potencial a Alcançar” (2022; Projeto Saúdes); Mónica Rodrigues, Fundadora e Membro do Conselho da PWN; e ainda Cristina Mesquita, Fundadora da Comunidade de Saúde em Menopausa e da VIDAs Associação Portuguesa de Menopausa e Autora do livro “Descomplicar a Menopausa”.

Novo estudo revela as preferências de compra dos portugueses no setor de beleza e bem-estar
Nos últimos anos, a procura por produtos mais sustentáveis e inovadores tem aumentado, sobretudo devido à maior...

De acordo com um estudo realizado pelo Produto do Ano, sistema de avaliação mundial que distingue produtos que se destacam pela inovação, com o objetivo de compreender as tendências de consumo dos portugueses, 82% afirmou preferir produtos de marcas que adotam práticas sustentáveis e 50% já deixou de comprar produtos por não serem produzidos de forma sustentável. Além disso, 94% referiu ser importante que os produtos que consumo promovam a saúde e o bem-estar.

Adicionalmente, o Produto do Ano realizou um estudo focado no setor da beleza e do bem-estar, em que foi possível constatar que 93% dos consumidores considera importante a escolha de produtos de beleza naturais e sustentáveis na sua rotina diária. Para além de procurarem produtos mais amigos do ambiente, as pessoas querem experiências mais imersivas e interativas, sendo que 86% dos inquiridos expressou interesse em utilizar recursos de realidade aumentada ao comprar produtos de beleza e bem-estar online para poderem experimentar, virtualmente, antes da aquisição.

Relativamente a áreas mais específicas como os cuidados capilares, 96% dos entrevistados valoriza a oferta de variados produtos para diferentes tipos de cabelo e 84% refere ter interesse em produtos inovadores para fortalecimento e crescimento capilar.

No que concerne à saúde visual, 74% dos consumidores que usa óculos prefere lentes oftálmicas que incorporem tecnologias avançadas, como proteção contraluz azul ou lentes fotossensíveis. Quanto aos óculos em si, 36% está interessado em armações feitas com materiais reciclados e sustentáveis e 30% prefere armações com sensores inteligentes para monitorizar a exposição à luz azul ou solar.

Por fim, no setor dos suplementos alimentares, os entrevistados consideram a sua utilização importante para mim que os produtos que consumo promovam a saúde e o bem-estar através de personalização com testes genéticos para nutrição (27.54%), aplicações de acompanhamento para rastrear a ingestão diária (20.48%) e microencapsulação para libertação controlada de nutrientes ao longo do tempo (18.79%).

“Os resultados deste estudo confirmam o que temos observado no mercado: os consumidores estão cada vez mais interessados em produtos que ofereçam bons resultados, mas que, simultaneamente, estejam alinhados com as suas preocupações ambientais e de saúde. Nesse sentido, a indústria dos produtos de beleza deve continuar a tentar conjugar fatores como eficácia, sustentabilidade e inovação para continuar a atrair a atenção das pessoas e, ao mesmo tempo, terem um impacto positivo no meio ambiente.” salienta José Borralho, CEO do Product of the Year Portugal.

Este estudo contou com uma amostra de 630 participantes, dos quais 374 eram do sexo feminino, 255 do sexo masculino e 1 não binário. Relativamente à faixa etária, 28% dos inquiridos tinha entre 45 a 54 anos, 26% entre os 35 e 44, 18% entre os 26 e 34 e acima de 55 anos e, por fim, 10% tinha uma idade compreendida entre 18 e 25 anos. Quando à distribuição geográfica, a maioria dos entrevistados reside na Grande Lisboa (35%), seguindo-se o Centro (21%), o Norte (20%), o Grande Porto (14%), o Algarve e Alentejo (3%) e as Ilhas (4%).

Dia Mundial do Fígado assinala-se a 19 de abril
Estima-se que cerca de 8% a 10% dos portugueses tenham problemas do fígado.

O fígado é um órgão essencial do corpo humano, funcionando como centralizador da função digestiva, capaz de produzir e excretar a bílis e de metabolizar e armazenar parte dos nutrientes provenientes da absorção intestinal. A cada minuto, passam pelo fígado cerca de um a dois litros de sangue, representando 20% do consumo total de oxigénio do corpo humano. Até ao momento, não existem mecanismos artificiais de substituição eficazes para as funções hepáticas.

Este órgão desempenha inúmeras funções tais como a síntese de proteínas, enzimas e hormonas, o controlo dos níveis de glicose no sangue, a metabolização e excreção da bilirrubina e a metabolização e excreção de múltiplos compostos orgânicos endógenos (hormonas, proteínas, vitaminas) e exógenos (drogas/tóxicos, medicamentos).

À escala mundial, existem 1,5 mil milhões de pessoas com doenças hepáticas crónicas, que causam anualmente 2 milhões de mortes. A causa mais comum de doença hepática crónica é hoje em dia a doença hepática esteatósica (anteriormente conhecida como fígado gordo não alcoólico) mas as hepatites virais B e C são as maiores responsáveis pelas mortes relacionadas com doença do fígado que ocorrem no mundo. Contudo, em Portugal, o consumo excessivo de álcool é ainda o principal causador de morte por doença hepática.

As doenças hepáticas podem passar despercebidas porque o fígado não possui sensores de dor. Podem ser assintomáticas ao longo de anos ou acompanhar-se de sintomas inespecíficos, o que muitas vezes atrasa o diagnóstico. Enquanto isso acontece, a doença pode progredir, estando a evolução para quadros clínicos mais graves associada a problemas de saúde debilitantes, como a deterioração da função cerebral (encefalopatia hepática), hemorragias, pele e olhos com tonalidade amarela (icterícia), acumulação de líquido no interior da barriga (ascite), ou, até, cancro do fígado.

Mas é importante assinalar que mudanças simples no estilo de vida, como seguir uma dieta equilibrada, fazer exercício físico regular, rastreios regulares e a vacinação contra a hepatite B reduzem significativamente o risco de vir a ter uma doença hepática.

O Dia Mundial do Fígado, que se assinala anualmente a 19 de abril, tem por objetivo aumentar o conhecimento de todos nós sobre a saúde do fígado e sobre as possibilidades de prevenção das doenças hepáticas. A data é já sinalizada por um grande número de organizações internacionais, incluindo sociedades científicas e associações de doentes, que mobilizam esforços para consciencializar a população para a importância de cuidar da saúde do fígado, não só neste dia, mas durante todo o ano.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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