Abertura prevista para 2020
A Fundação Champalimaud recebeu 50 milhões de euros da família dos fundadores da Danone para a construção de um centro de...

O novo centro será construído no terreno situado ao lado do atual edifício da Champalimaud, em Lisboa, e a sua abertura está prevista para outubro de 2020, dez anos depois da inauguração do “Centro Champalimaud para o Desconhecido”.

Segundo a Fundação, “é a primeira vez que uma família estrangeira confia a uma instituição filantrópica portuguesa uma responsabilidade desta natureza”.

A doação de 50 milhões de euros foi feita por Mauricio Botton Carasso e a mulher, Charlotte Botton, familiares dos fundadores da empresa Danone, fundada em Espanha em 1919. Mauricio Botton Carasso é considerado um dos homens mais ricos de Espanha.

Mauricio Botton Carasso, nascido em França, é da terceira geração da família de judeus sefarditas, sendo neto de Isaac Carasso, fundador da Danone, de acordo com informação fornecida pela Fundação Champalimaud.

A família de origem grega foi para Barcelona durante a I Guerra Mundial, no entanto, vários elementos da família tiveram de fugir mais tarde ao antissemitismo nazi.

O futuro centro de investigação e tratamento do cancro do pâncreas deverá chamar-se centro “Botton-Champalimaud.

O cancro do pâncreas é atualmente responsável pela morte de cerca de 1.300 pessoas em Portugal e mais de 330 mil pessoas no mundo.

A incidência do cancro do pâncreas tem vindo a aumentar, surgindo todos os anos perto de 280 mil novos casos a nível mundial.

Atualmente, o cancro do pâncreas é a quinta causa mais frequente de morte por cancro, prevendo alguns especialistas que passe a ser a quarta causa dentro de cerca de uma década.

 

Dar resposta a carências
A Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) quer que seja prevista a criação de comissões prévias de avaliação e...

"É indispensável que seja prevista, nas áreas da educação e da saúde, uma Comissão Prévia de Avaliação e Validação, individualizada e concreta, entre cada município e o Governo, antes da operacionalização da transferência de competências", defendeu hoje o presidente da ANMP, Manuel Machado, em conferência de imprensa realizada em Coimbra.

A comissão prévia, que os municípios defendem que deve ficar prevista nos diplomas setoriais destas duas áreas, terá como funções a análise dos dados e elementos, nomeadamente relativos às instalações, equipamentos, recursos humanos e recursos financeiros destinados a cada município, explicou.

Para a ANMP, a existência das comissões prévias nas áreas da educação e da saúde "é indispensável", defendendo que cada município deve dispor, de forma antecipada, "de informação fidedigna relativa às competências que lhe são transferidas, pois só assim se garantirá uma transferência de competências sólida e rigorosa", vincou.

Manuel Machado considerou que esta medida será essencial por forma a responder a situações e carências diversas em diferentes municípios portugueses.

Usando o caso de Coimbra, município que lidera, o presidente da ANMP explicou que há escolas com "excelentes infraestruturas e um excelente trabalho educativo", como é o caso da Escola Secundária Dona Maria, e outras com uma "carência enorme" na área das infraestruturas, como é o caso da Escola Secundária José Falcão.

"O que pretendemos é que, nos diplomas setoriais respetivos, seja criada uma comissão prévia que garanta que os objetivos de interesse nacional são alcançados, ao mesmo tempo que os interesses de cada município são respeitados", frisou.

Na educação, a ANMP aceita um montante transitório, no que diz respeito às verbas para intervenções de conservação e pequenas reparações, com o compromisso de, "no prazo de um ano, ser revista a fórmula do seu financiamento".

Já para os investimentos em novas infraestruturas e em grandes reparações, os municípios portugueses exigem ao Governo "que tal competência seja efetivada mediante assinatura de contrato-programa, a celebrar entre Ministério da Educação e respetivo município", afirmou Manuel Machado.

De acordo com o presidente da ANMP, dos 22 diplomas setoriais da descentralização de competências para as autarquias, 12 estão já consolidados.

 

Primeira terapia genética
O Prémio António Champalimaud de Visão, no valor de um milhão de euros, foi atribuído este ano a sete investigadores que...

O prémio foi atribuído ao investigador norte-americano Michael Redmond, que descobriu uma terapia genética para a amaurose congénita de Leber, uma forma de cegueira infantil, e à equipa que a desenvolveu, formada por Jean Bennett, Albert Maguire, Robin Ali, James Bainbridge, Samuel Jacobson e William Hauswirth.

Segundo a organização, a descoberta constitui a primeira terapia genética que consegue curar uma doença hereditária e abre caminho para o desenvolvimento de terapias genéticas para tratamento de doenças hereditárias.

O trabalho baseou-se na clonagem de um gene e pelo reconhecimento do seu papel no metabolismo da vitamina A para a visão. Essa clonagem permitiu a reposição do gene no olho, o que restaura a visão.

"Estamos a fazer uma coisa muito simples chamada terapia genética”, explicaram dois dos investigadores premiados em entrevista à agência Lusa.

Parceiros de laboratório e casados há muitos anos, os norte-americanos Jean Bennett e Albert Maguire referiram que a ideia é “muito simples”, mas “são precisos muitos passos para fazer com que funcione”.

A terapia consiste basicamente em “substituir um gene danificado por um gene normal”, afirmou Albert Maguire, adiantando que a equipa conseguiu “usar um vírus, que não causa nenhuma doença, para levar o gene normal às células nervosas”.

Com isto, pessoas que nasceram cegas “passam a conseguir andar de bicicleta, andar sozinhas, sair à rua à noite, coisas que anteriormente não conseguiam fazer”, sublinhou.

As doenças hereditárias da retina são uma das principais causas de cegueira em idade ativa e a segunda principal causa de cegueira em crianças na Europa, nos Estados Unidos e grande parte da Ásia.

“O que nós fizemos foi pegar numa cópia do gene e colocar no sítio onde estava o [gene] doente, permitindo que as células funcionassem normalmente”, avançou Jean Bennet.

“Isto é importante, não só porque vai ajudar as pessoas com esta doença em particular, mas também [porque] é um passo fundamental para tratar outros tipos de cegueira e outras doenças genéticas”, defendeu.

Comprovada a eficácia do tratamento, o tratamento está a ser implementado em seis centros de excelência nos Estados Unidos, segundo os dois investigadores, ambos docentes da Universidade de Medicina da Pensilvânia e médicos do Hospital de Crianças em Filadélfia, nos EUA.

“Acreditamos que [o tratamento] vai estar disponível na Europa em breve e no resto do mundo, assim que os organismos reguladores o aprovarem”, concluíram.

Lançado pela Fundação Champalimaud em 2006, o Prémio António Champalimaud de Visão é considerado o maior do mundo na área.

Nos anos ímpares, o prémio reconhece investigações inovadoras para combate à cegueira e doenças de visão, principalmente em países em vias de desenvolvimento.

Nos anos pares, como é o caso de 2018, o prémio é atribuído a pesquisas científicas de grande alcance na área da visão.

O júri integra cientistas e personalidades internacionais, tendo, este ano, sido composto pelo Nobel da Medicina em 1987, Susumu Tonegawa, pelo presidente da Academia Internacional de Oftalmologia, Gullapalli Rao, o diretor do Instituto norte-americano dos Olhos, Paul Sieving, os oftalmologistas Alfred Sommer e José Cunha-Vaz, os neurocientistas Carla Shatz e Mark Bear, o neurologista Joshua Sanes, o ex-presidente da Comissão Europeia Jacques Delors, a ativista dos direitos humanos moçambicana Graça Machel e o economista Armatya Sem.

 

Iniciativa é da Ordem dos médicos
O Governo português vai apoiar a proposta da Ordem dos Médicos de elevar a relação médico-doente a património imaterial da...

“Fomos confrontados positivamente com a proposta de que a relação médico-doente seja considerada pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – património imaterial da humanidade. Naturalmente, achamos que é uma ideia que honrará o país e que fará, do ponto de vista internacional, justiça àquilo que é uma das relações historicamente mais importantes, que é a relação médio-doente”, afirmou o ministro Adalberto Campos Fernandes.

O ministro, que falava aos jornalistas em Lisboa à margem da assinatura de um protocolo, disse que o Governo vai trabalhar com o bastonário da Ordem dos Médicos, tendo “abertura para acolher esta iniciativa”.

Questionado pelos jornalistas, Adalberto Campos Fernandes não deu mais detalhes sobre a forma como o Governo pretende apoiar esta iniciativa.

Em novembro do ano passado, o bastonário Miguel Guimarães tinha anunciado a sua pretensão de ir às Nações Unidas alertar para a importância da relação médico-doente, que a Ordem pretende ver elevada a património imaterial da humanidade pela UNESCO.

A ideia de candidatar a relação médico-doente a património imaterial da humanidade partiu inicialmente da ordem dos médicos de Espanha e conta contou desde logo com o “forte apoio” dos médicos portugueses, segundo Miguel Guimarães.

“A Ordem dos Médicos portuguesa está a apoiar fortemente esta proposta e vamos tentar ir um pouco mais longe, tendo programada uma reunião nas Nações Unidos, com o secretário-geral para lhe falarmos da questão da relação médico-doente”, afirmou o bastonário em novembro.

Para o bastonário dos médicos portugueses, a questão fundamental é “a humanização dos cuidados de saúde”, salvaguardando a segurança clínica dos doentes e dos próprios médicos.

“No dia em que [a relação médicos-doente] for reconhecida, estamos a dar uma importância a essa relação que não tem tido para os governos dos vários países”, considera Miguel Guimarães.

Literacia na saúde
Todos os portugueses vão poder, a partir de janeiro, aceder de forma gratuita a plataformas digitais internacionais com...

O Ministério e a Ordem assinaram hoje um protocolo que visa a disponibilização ‘online’ e gratuita de sistemas de “apoio à decisão clínica internacionalmente reconhecidos como estando baseados na melhor e mais relevante evidência científica”.

O ministro da Saúde entende que este é um passo na “luta entre médicos e o ‘Dr. Google’”, uma “luta que não vai parar”, numa referência a informação não validada cientificamente pesquisada na internet.

“Damos um passo na batalha do conhecimento contra a ignorância, daquilo que é a realidade científica contra a informação desvirtuada (…). É um combate ao charlatanismo”, afirmou Adalberto Campos Fernandes, na cerimónia de assinatura do protocolo, que decorreu na Ordem dos Médicos, em Lisboa.

As quatro plataformas têm como principal objetivo fornecer informação aos profissionais de saúde, nomeadamente aos médicos, que permita uma tomada de decisão clínica mais informada e baseada na melhor evidência científica.

Mas passarão a estar disponíveis também a todos os cidadãos, a partir de janeiro, embora ainda esteja por definir a forma de acesso, se através do portal do Serviço Nacional de Saúde, da Ordem dos Médicos ou de outra forma.

Apesar de serem plataforma internacionais com informação em inglês, haverá tradução de alguns conteúdos para português, de forma a poder facilitar a compreensão da população.

Quanto aos custos de disponibilizar acesso gratuito a estas plataformas a todos os profissionais de saúde e restantes cidadãos, o ministro referiu que “há uma neutralidade de custos”, uma vez que serão consolidados contratos com as plataformas que estavam dispersos por vários hospitais.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, referiu que caberá à Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) assegurar o acesso de todos os portugueses a estas plataformas.

Também quanto aos custos, o bastonário indicou que estão a ser integrados “num pacote único” vários contratos que havia nos hospitais.

“Não sei exatamente os custos, mas permite, mais ou menos pelo mesmo valor, dar acesso a estas plataformas a todos os portugueses”, afirmou aos jornalistas Miguel Guimarães.

O bastonário, que considerou a assinatura deste protocolo como um “momento histórico”, disse que o objetivo é que os cidadãos passem a ter acesso a ferramentas “que são seguras e oferecem garantias de qualidade em termos científicos” ao nível da informação de saúde.

“Combate a publicidade enganoso e muitas das coisas que não têm evidência científica. Dá mais informação aos doentes e às pessoas”, considerou.

O bastonário lembra ainda que “a medicina evolui muito rapidamente”, sendo necessário “que os médicos tenham o apoio à decisão médica através destas plataformas”.

Segundo Miguel Guimarães, estas plataformas permitem também que os médicos possam fazer a formação profissional contínua, com acesso, de modo gratuito, a planos de formação.

Os quatro sistemas de apoio à decisão clínica - BMJ Best Practice, Cochrane Library, DynaMed Plus e UpToDate - estarão acessíveis a partir de janeiro a todos os portugueses que possam aceder à internet, pretendendo-se que a disponibilização desta informação possa servir para “aumentar consideravelmente e de modo sustentado a literacia de cidadãos, dos doentes e dos seus familiares”.

Assistência médica
A Unidade de Saúde Familiar (USF) Novos Horizontes, constituída no Centro de Saúde de Porto de Mós, no distrito de Leiria, já...

A unidade dá resposta assistencial nas freguesias de Juncal, Calvaria de Cima e Pedreiras, num total de 9.500 utentes, refere uma nota da Administração Regional da Saúde do Centro (ARSC) enviada à agência Lusa.

A USF Novos Horizontes é a oitava unidade do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral e integra seis médicos, seis enfermeiros e cinco assistentes técnicos, num total de 17 profissionais.

Como unidade multipolar, a USF funciona no Juncal todos os dias úteis, das 08:00 às 20:00, e em Calvaria de Cima garante atendimento das 08:30 às 13:00 e das 14:00 às 16:30, exceto às quintas e sextas-feiras, dias em que encerra às 13:00.

Em Pedreiras, o atendimento é assegurado todos os dias úteis das 08:30 às 13:00 e das 14:00 às 16:30, com exceção da sexta-feira, em que fecha às 13:00.

No período de encerramento dos polos secundários (Calvaria de Cima e Pereiras), o atendimento dos utentes é assegurado no Juncal.

A ARSC informa que como alternativas assistenciais para o período em que a USF está encerrada, os utentes podem sempre contar com o SNS 24 (808 24 24 24) e com a consulta aberta do Centro de Saúde de Porto de Mós (aos sábados, domingos e feriados das 08:00 às 20:00).

"A abertura de mais uma nova USF traduz um reforço na prestação de cuidados de saúde de proximidade às populações locais, atingindo-se um total de 72 USF ativas na área de influência da ARSC", refere a nota de imprensa.

 

Propostas
O comissário europeu para a Saúde, Vytenis Andriukaitis, reiterou hoje a necessidade de “uma abordagem concertada e estratégica...

“A vacinação é um ato de solidariedade e precisamos de uma abordagem concertada e estratégica para lutar contra a renitência às vacinas e para melhorar a taxa de vacinação na UE e nos países vizinhos. Na realidade, as doenças infecciosas não param nas fronteiras”, vincou.

Vytenis Andriukaitis congratulou-se pelo lançamento da Ação Comum europeia sobre vacinação, que terá lugar hoje em Paris, considerando que aquela “ajudará a salvar vidas na Europa, particularmente aquelas dos grupos mais vulneráveis, como as crianças”.

Lançada em 2018, esta Ação Comum é coordenada pela França e essencialmente financiada por um programa de Saúde da UE, com um orçamento de 3,5 milhões de euros para três anos, com um orçamento global de 5,8 milhões de euros.

O objetivo desta ação é partilhar conhecimentos que permitam reforçar as respostas nacionais aos desafios da vacinação e favorecer uma cooperação comunitária duradoura contra “doenças evitáveis pela vacinação”.

Em 26 de abril, a Comissão Europeia recomendou o desenvolvimento de planos nacionais ou regionais de vacinação, com uma meta comum de cobertura de 95%, contra o sarampo e a criação, até 2020, de um programa de vacinas comum na UE.

A proposta inclui também a possibilidade de ser desenvolvido um cartão de vacinação comum na UE, que pode ser partilhado por via eletrónica, e o estabelecimento de um sistema europeu de partilha de informações para recolher conhecimentos e desenvolver orientações para um programa central de vacinação até 2020, com doses e idades que os Estados-Membros da UE concordem que são comuns a todos os países.

Bruxelas propõe ainda a introdução de controlos de rotina do estatuto vacinal e oportunidades regulares de vacinação em diferentes fases da vida, por exemplo, nas escolas e nos locais de trabalho.

A Comissão Europeia quer ainda que seja criado um portal europeu de informações sobre a vacinação até 2019, para fornecer elementos de prova objetivos, transparentes e atualizados sobre os benefícios e a segurança das vacinas.

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Saúde Sexual
Atualmente, a saúde sexual é amplamente entendida como um estado de bem-estar físico, emocional soci

O desenvolvimento total da sexualidade depende da satisfação de necessidades humanas básicas tais como o desejo de contato, a intimidade, a expressão emocional, o prazer, o carinho e o amor. O alcance deste patamar de saúde sexual, promotora de bem-estar e felicidade, é um direito de todo o ser humano.

No entanto, é aqui que surgem grande parte dos problemas. Nem sempre o ser humano consegue viver a sexualidade de forma livre, prazerosa, sem preconceito e isenta de qualquer coerção social ou discriminação.

A psicoterapia tem um papel fundamental na compreensão do pensamento e do comportamento humano, enquanto bloqueadores de uma vida sexual saudável e promotora de bem-estar psicológico.

Os casos que recorrem mais frequentemente à psicoterapia são a disfunção eréctil, o vaginismo, a ejaculação precoce e a ausência de libido e de prazer. São várias as causas que podem estar na origem destes e de outros problemas sexuais. Não excluindo a presença de causas biológicas, as causas psicossociais (individuais ou relacionais) são de enorme relevância e podem ser solucionadas com recurso à psicoterapia.

A saúde mental do indivíduo, bem como a forma como se relaciona com o outro, é essencial para uma vida sexual saudável e plena. Por isso, quando estamos na presença de pessoas que sofrem de perturbações psicológicas como depressão, ansiedade ou stress, estamos perante fatores que condicionam e bloqueiam a vivência da sua sexualidade. A função da psicoterapia é perceber o que está na origem do problema e trabalhar com a pessoa no sentido de desenvolver estratégias adaptativas que façam face ao mesmo.

Existem ainda questões educacionais, culturais, crenças e mitos que influenciam a sexualidade e que devem ser desmistificados e esclarecidos por especialistas.

Os fatores relacionais, como problemas entre o casal ou comunicação deficiente, são pontos que beneficiam igualmente de intervenção psicoterapêutica. Os problemas entre o casal podem causar frustração, preocupação, stress, entre outros sentimentos que iram interferir no desejo e na resposta sexual. Uma comunicação deficiente ou ausente pode também causar desconforto entre o casal. Referimo-nos não só à dificuldade em falar sobre questões ligadas à sexualidade, mas também em questões relacionadas com o quotidiano.

Facilmente percebemos que os problemas de libido sexual e/ou disfunção sexual, estão muitas vezes relacionados com pensamentos e comportamentos que condicionam a nossa mente e a nossa ação. Por isso, é importante que as pessoas explorem, junto de especialistas, todas as causas que possam estar na origem do que as impede de viver a sexualidade de forma saudável e plena.

A saúde sexual, na sua forma mais abrangente, não pode ser descuidada porque é um dos fundamentos para o bem-estar do ser humano.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Os dados chegam-nos do Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, onde foi apresentado um estudo que dá conta que comer...

Para perceberem como é que o consumo de chocolate afeta a saúde do coração, os investigadores analisaram cinco estudos diferentes que envolveram mais de meio milhão de adultos, uns que ingeriam chocolate e outros que não comiam nenhuma quantidade.

Os resultados mostraram que consumir até três barras de chocolate por mês pode reduzir em 23% o risco de insuficiência cardíaca, em relação aos que não ingeriam chocolate.

De acordo com Chayakrit Krittanawong, autor principal do estudo, diz que os flavonoides - nutrientes facilmente encontrados em diversos alimentos de origem vegetal - presentes no chocolate são benéficos para a saúde, já que estão associados à redução das inflamações e ao aumento do colesterol bom.

Segundo o investigador, o consumo de flavonoides também pode ajudar a aumentar os níveis de óxido nítrico no corpo, aumentando o fluxo sanguíneo e, consequentemente, melhorando a circulação.

"Diria que o consumo moderado de chocolate amargo é bom para a saúde", afirma o pesquisador. Mas é importante ficar mesmo por estas quantidades, já que a pesquisa mostrou, também, que comer chocolate em excesso pode levar a um aumento de 17% do risco de insuficiência cardíaca.

Os investigadores dizem que são necessárias, no futuro, mais pesquisas para perceber melhor a relação entre a ingestão de chocolate e a saúde do coração e todos os benefícios e contrapartidas que o seu consumo pode ter.

 

 

Estudo mostra potencial
Segundo a OMS, todos os anos nascem cerca de 15 milhões de bebés prematuros. Em Portugal, a taxa de prematuridade ronda os 8%.

Os resultados de um recente estudo em modelo animal sublinham o potencial das células estaminais mesenquimais (MSC) do sangue do cordão umbilical como protetoras das lesões na substância branca cerebral, por diminuírem lesões secundárias e promoverem a reparação e regeneração de algumas áreas afetadas.

O défice de fornecimento de oxigénio e sangue (hipóxia-isquémia) provocado pela lesão cerebral induz a inflamação do tecido cerebral e a invasão do mesmo por células do sistema imunitário. O grupo de investigadores que conduziu o referido estudo verificou que, após o tratamento com MSC do sangue do cordão umbilical, ocorreu uma diminuição do estado inflamatório da substância branca cerebral e da quantidade de células do sistema imunitário no cérebro, estabilizando a resposta imunológica. Além disso, observou-se ainda um aumento das células responsáveis pela reparação do tecido nervoso e da produção de mielina.

Segundo Cátia Dourado, Bioquímica no Departamento de I&D da Crioestaminal, “As células estaminais mesenquimais poderão vir a ser uma nova estratégia para o tratamento deste tipo de lesões, uma vez que apresentam propriedades anti‑inflamatórias, imunoreguladoras e de reparação neuronal. Apesar da potencialidade desta nova estratégia terapêutica, mais estudos serão necessários para melhor entender os mecanismos de interação entre as MSC do sangue do cordão umbilical e as células do sistema imunitário, interação esta responsável pelo efeito favorável deste potencial tratamento”.

No cérebro e na espinal medula existe uma “massa” denominada substância branca que é composta por células com função de suporte e nutrição dos neurónios, e por prolongamentos de neurónios revestidos com uma substância isolante (mielina) que aumenta a velocidade de transmissão dos impulsos nervosos. Esta “massa” é responsável pela transmissão de mensagens entre diferentes regiões cerebrais e, geralmente, entre a 26ª e a 34ª semana de gestação encontra-se mais sensível. Por esta razão, os prematuros apresentam um elevado risco de lesão cerebral, particularmente da substância branca, que pode ocorrer durante a gravidez, no parto ou depois do nascimento.

Entre os principais fatores associados a estas lesões encontram-se a prematuridade, a inflamação, a hipóxia-isquémia, e as consequências que daí podem advir incluem problemas neurológicos, défices de desenvolvimento cognitivo, físico e comportamental ou, em casos mais graves, paralisia cerebral. A complexidade desta patologia, aliada à fragilidade extrema dos prematuros, torna difícil a prevenção e o tratamento das lesões da substância branca.

Apesar da descida da temperatura
Quatro distritos do continente e o arquipélago da Madeira apresentam hoje um risco muito elevado de exposição à radiação...

Em risco muito elevado estão os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Évora, no continente e o arquipélago da Madeira

Segundo o IPMA, em risco elevado de exposição à radiação UV estão os distritos Vila Real, Bragança, Viseu, Coimbra, Beja e Faro, no continente, e as ilhas S. Miguel, Terceira, Flores e Faial, no arquipélago dos Açores.

Os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Leiria Lisboa e Setúbal estão com níveis moderados e Santarém apresenta risco baixo.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol.

O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje nas regiões do Norte e Centro do continente períodos de céu muito nublado, apresentando-se muito nublado até final da manhã no litoral, onde há possibilidade de ocorrência de chuvisco em alguns locais.

Estão também previstas condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros e trovoada, que poderão ser localmente fortes e ocasionalmente sob a forma de granizo, em especial no interior e a partir da tarde.

A previsão aponta ainda para vento em geral fraco, soprando moderado de nordeste nas terras altas até início da manhã e neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais e pequena descida de temperatura nas regiões do interior.

Na região Sul prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se muito nublado até final da manhã no litoral, onde há possibilidade de ocorrência de chuvisco em alguns locais.

Está também previsto vento fraco a moderado predominando de sudoeste, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais e pequena descida da temperatura mínima.

As temperaturas mínimas no continente vão variar entre os 14 graus (em Bragança, Guarda, Viseu e Portalegre) e os 19 (em Faro) e as máximas entre os 23 (em Aveiro e Viana do Castelo) e os 30 (em Beja).

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e zonas montanhosas até ao início da manhã e vento fraco a moderado do quadrante norte.

No Funchal as temperaturas vão oscilar entre os 21 e os 26 graus.

O IPMA prevê para as ilhas das Flores e Corvo (grupo ocidental) períodos de céu muito nublado com abertas e vento leste moderado, tornando-se bonançoso.

Para as ilhas Graciosa, Terceira, S. Jorge, Pico e Faial (grupo central) prevê-se céu muito nublado com abertas, possibilidade de aguaceiros fracos e vento nordeste moderado, tornando-se fraco para o fim do dia.

O IPMA prevê ainda para as ilhas de S. Miguel e Santa Maria (grupo oriental) períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos especialmente na madrugada e manhã e vento nordeste bonançoso a moderado.

Em Santa Cruz das Flores, na Horta, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada as temperaturas vão oscilar entre os 19 e os 25 graus Celsius.

 

 

Receitas apoiam Unidade de Transplante de Medula
“O que de verdade importa” é o título de um filme solidário que já apoiou centros de oncologia de vários países e que vai...

Segundo o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, as receitas vão apoiar as obras já em curso da nova Unidade de Transplante de Medula (UTM), orçadas num milhão de euros, e vão permitir aumentar o número de transplantes realizados, por ano, de 100 para 160.

“O que de verdade importa", que é apresentado hoje em conferência de imprensa no IPO Lisboa, que conta com a presença do realizador Paco Arango, e estreia nas salas de cinema a 13 de setembro, é um filme "100% positivo e solidário" que já foi exibido na Costa Rica, Brasil, Espanha, México, Colômbia, El Salvador, Panamá, Guatemala, Peru e Chile, onde foi visto por mais de 3,5 milhões de pessoas, tendo angariado no total quatro milhões de euros que foram doados pelo realizador a centros de oncologia.

A Unidade de Transplante de Medula do IPO Lisboa, a primeira a ser criada no país em 1987, é um centro altamente diferenciado e especializado na colheita e transplantação de células da medula, o único procedimento que permite tratar crianças e adultos com determinado tipo de leucemias e outras doenças graves do sangue e do sistema imunitário.

A atual unidade tem “sete quartos individuais, com cerca de sete metros quadrados cada, que proporcionam pouca privacidade a doentes e familiares”, refere o IPO, adiantando que, com esta estrutura, “o serviço não consegue realizar mais de 100 transplantes por ano, o que é manifestamente insuficiente atendendo ao aumento do número de novos doentes com indicação clínica para transplante de medula”.

Consequentemente, tem aumentado o tempo de espera para transplante e do número de doentes em lista de espera.

“A resolução destes problemas passa pelo aumento da capacidade de resposta da UTM, com a construção da nova unidade de internamento, que será aumentada para 12 quartos de isolamento, com “mais segurança e conforto para os doentes e melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde”.

Também o hospital de dia e a consulta do serviço terão o seu espaço aumentado e será reforçada também a equipa de transplantação com profissionais das diversas áreas.

“Com este investimento, conseguiremos melhorar a qualidade dos serviços prestados aos doentes, que passarão a ser transplantados e internados em instalações adequadas, com conforto e em segurança. Os ganhos de produção também serão significativos: a abertura de mais cinco camas permitirá a realização de mais cinco transplantes por mês, 60 por ano, o que aumenta imenso a capacidade de resposta do IPO Lisboa, sublinha a entidade.

Distinção
O Prémio António Champalimaud de Visão, no valor de um milhão de euros, vai ser hoje atribuído por um trabalho desenvolvido no...

No ano passado, o prémio foi atribuído às instituições internacionais Sightsavers e CBM, a primeira pelo seu programa de tratamento do tracoma, uma doença inflamatória crónica causada por uma bactéria que afeta pálpebras e córnea e cuja disseminação está associada à falta de cuidados de higiene, e a segunda pelo trabalho de prevenção da cegueira e promoção da qualidade de vida de deficientes nos países mais pobres.

Lançado pela Fundação Champalimaud em 2006, o Prémio António Champalimaud de Visão é considerado o maior do mundo na área. Em anos alternados, reconhece a investigação científica sobre doenças dos olhos e o trabalho de instituições na luta contra a cegueira, sobretudo em países subdesenvolvidos.

O júri integra cientistas e figuras públicas envolvidas na luta contra as causas e problemas dos países em vias de desenvolvimento.

A cerimónia de entrega do prémio conta com a presença do Presidente da República, Marcelo rebelo de Sousa.

 

 

Ministro responde
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse que a prioridade do Governo em relação a eventuais dívidas aos bombeiros...

A Liga dos Bombeiros Portugueses denunciou que as associações e corpos de bombeiros estão à beira da rutura financeira devido aos atrasos dos pagamentos do Ministério da Saúde, que rondam os 30 milhões de euros.

“Obviamente que a nossa prioridade é garantir que essas dívidas, a existirem, não assumem prazos para além daquilo que seja aceitável”, disse o ministro da Saúde aos jornalistas, à saía da sessão de abertura do 46.º Congresso da Sociedade Internacional de História da Medicina, respondendo desta forma à denúncia das dívidas aos corpos de bombeiros feita pela Liga dos Bombeiros Voluntários, acrescentando que a tutela vai “ver em detalhe quais são as entidades” e continuar a trabalhar.

Questionado sobre a intenção de reduzir as listas de espera na área da cirurgia da obesidade, pagando mais a hospitais e profissionais de saúde, Adalberto Campos Fernandes justificou a escolha desta área de intervenção com o facto de nos últimos anos esta não ter tido “as respostas adequadas” e por ser uma área “onde as pessoas [doentes] têm um grande sofrimento e precisam de respostas adequadas”.

Sem quantificar, o ministro disse que o objetivo é fechar o ano com números melhores do que em 2017, recorrendo a soluções como a passagem de doentes para os hospitais privados, sempre que os hospitais públicos não conseguirem dar resposta.

Também sem quantificar o investimento, Adalberto Campos Fernandes disse que os custos adicionais estão previstos nos contratos-programa com os hospitais e no Orçamento do Estado para este ano, estando o Governo já a trabalhar no orçamento de 2019, que “será seguramente reforçado”.

Sobre o clima de tensão entre o Governo e os enfermeiros, o ministro recusou vir a dar “um passo maior do que a perna”

“Prometermos ou darmos aquilo que não podemos significa defraudar as expectativas e comprometer o futuro. Temos avançado muito nas diferentes profissões e continuaremos até ao último dia da legislatura a trabalhar e a negociar”, disse o responsável pela pasta da Saúde.

Sobre a aplicação das 35 horas semanais no setor da saúde, que em julho entrou numa segunda fase de implementação ao passar a abranger enfermeiros, assistentes e técnicos, o ministro não quis adiantar estimativas de custos da aplicação da medida, mas disse que estas estão a “ser cumpridas num quadro de estabilidade” e insistiu no rigor orçamental.

“Falar demais ou fazer muito ruído não ajuda à solução dos problemas. Temos que fazer o nosso trabalho com seriedade e serenidade. Portugal tem que passar este estigma que é o da insegurança e das falsas promessas, das ilusões fáceis”, disse.

Questionado sobre a necessidade de contratações decorrentes da aplicação das 35 horas semanais na saúde, o governante disse que desde julho estas continuam a decorrer e com normalidade.

 

À beira da rutura
A Liga dos Bombeiros Portugueses denunciou que as associações e corpos de bombeiros estão “à beira da rutura financeira” devido...

Em comunicado, a Liga dos Bombeiros adianta que “este sufoco financeiro, provocado pelo incumprimento do Ministério da Saúde dos pagamentos dos muitos serviços prestados no transporte de doentes, está a fragilizar a atividade dos bombeiros”.

Segundo a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), as associações e corpos de bombeiros estão, em muitos casos, sujeitas “a recorrer a financiamento bancário ou a protelar pagamentos aos seus fornecedores desequilibrando ainda mais a gestão das associações, já de si habitualmente precária”.

A LBP recorda que estes atrasos têm-se repetido nos últimos anos, tendo o presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares, solicitado hoje uma audiência ao primeiro-ministro, António Costa.

A LBP sustenta ainda que os bombeiros não vão deixar de procurar responder a todas as solicitações de socorro, mas esta “situação grave não deixa de poder fragilizar a sua atividade operacional”.

No comunicado, a LBP lamenta ainda que transferência fixa da Autoridade Nacional de Proteção Civil para as associações, habitualmente feita a 22 de cada mês, tenha neste momento um atraso de 14 dias.

 

ARS Norte
A Unidade de Saúde Familiar (USF) de Paredes entrou ontem em funcionamento e está dimensionada para atender 7.600 utentes,...

De acordo com um comunicado enviado à Lusa, a entrada em funcionamento da nova USF "permite que no concelho de Paredes não existam utentes sem equipa de saúde familiar".

"Esta USF, que está sediada em instalações devidamente requalificadas, vai dispor de uma equipa de saúde familiar composta por quatro médicos especialistas em medicina geral e familiar, quatro enfermeiros de família e três secretários clínicos, o que, desta forma, lhe permite atribuir equipa de saúde familiar a toda a população inscrita", lê-se no comunicado.

A USF de Paredes vai permitir a "vigilância, promoção da saúde e prevenção da doença nas diversas fases da vida, a saúde da mulher, a saúde do recém-nascido, da criança, do adolescente, do Adulto e do Idoso.

Cuidados em situação de doença aguda, acompanhamento clínico das situações de doença crónica e patologia múltipla, desenvolvimento do modelo de enfermeiro de família e cuidados no domicílio são outros serviços garantidos pelo equipamento que hoje entrou em funcionamento.

 

Ordem dos Psicólogos
Os centros de saúde em Portugal precisam de duplicar o número de psicólogos disponíveis, atualmente menos de 250, o que dá um...

No Dia Nacional do Psicólogo, que pela primeira vez hoje se assinala em Portugal, o bastonário da Ordem, Francisco Miranda Rodrigues, reconhece que tem sido feito um esforço para dotar os serviços públicos de mais profissionais, mas lembra que é preciso ir mais longe.

Na área dos cuidados de saúde primários há atualmente menos de 250 psicólogos, quando a Ordem indica que seria necessário o dobro “para ter uma cobertura que permitisse o trabalho adequado nos diversos programas preventivos”.

Na semana passada, o Ministério da Saúde lançou concursos para a contratação de mais 40 psicólogos para os centros de saúde, o que o bastonário saúda e considera mesmo “histórico”.

“Este concurso vai no sentido correto, é histórico. Acontece passado 20 anos do último concurso para o Serviço Nacional de Saúde ao nível destas carreiras. Mas demorou muito tempo e chega atrasado”, comentou Francisco Miranda Rodrigues à agência Lusa.

Apesar de o caminho seguido no SNS ser o correto, o representante dos psicólogos avisa que é necessário ir reforçando constante e continuamente estas contratações.

O bastonário lembra que são precisamente as pessoas mais vulneráveis que têm dificuldade em aceder a psicólogos, caso os serviços públicos não tenham esta oferta.

“Os desafios emergentes e os problemas sociais complexos que hoje a sociedade enfrenta, como as desigualdades, são situações onde os psicólogos podem dar um valioso e diferenciado contributo, porque são especialistas em comportamento e, através da sua ciência, podem aplicar soluções a benefícios das populações, que hoje em dia ainda ficam distantes por haver dificuldade de acesso a psicólogos, particularmente por parte das pessoas com menos recursos”, afirma o bastonário.

Também na área da escola pública houve um reforço do número de psicólogos que é saudado e salientado pela Ordem, havendo atualmente cerca de mil psicólogos nos estabelecimentos de ensino público.

Portugal tem cerca de 20 mil psicólogos, sendo que apenas cerca de dois mil se encontram nos serviços públicos: perto de 460 nos hospitais do SNS, mais de 200 nos centros de saúde, cerca de mil nas escolas, 30 nas prisões e mais de 240 noutros contextos do SNS, como nos comportamentos aditivos.

Sobre a comemoração do primeiro Dia do Psicólogo, o bastonário da Ordem considera que é um passo simbólico, mas relevante, “no reconhecimento público da importância social da profissão e da aplicação das ciências psicológicas para o bem-estar dos portugueses, para a prevenção e desenvolvimento das pessoas, com vista a uma maior coesão social e desenvolvimento sustentável”.

Sistemas de apoio à decisão clínica acessíveis a todos
Amanhã, dia 4 de setembro, a Ordem dos Médicos e o Ministério da Saúde vão formalizar uma parceria para o apoio à decisão...

Com este protocolo de colaboração inovador, a Ordem dos Médicos visa a disponibilização online e gratuita de sistemas de apoio à decisão clínica internacionalmente reconhecidos como estando baseados na melhor e mais relevante evidência científica. Estes sistemas têm como principal objetivo fornecer informação aos profissionais de saúde, nomeadamente aos médicos, que permita uma tomada de decisão clínica mais informada e baseada na melhor evidência científica disponível à data.

Os quatro sistemas de apoio à decisão clínica - BMJ Best Practice, Cochrane Library, DynaMed Plus e UpToDate - estarão acessíveis por toda a sociedade civil, pretendendo-se que a disponibilização desta informação possa servir para aumentar consideravelmente e de modo sustentado a literacia de cidadãos, dos doentes e dos seus familiares.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, e o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, presidem à iniciativa.

 

Serviço volta a estar disponível
O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) informou que o acelerador linear retomou hoje o funcionamento e o...

O CHTMAD, com sede social em Vila Real, disse, em comunicado, que o acelerador linear, que se encontrava com problemas técnicos desde a semana passada, está "em pleno funcionamento desde hoje, tendo os doentes já iniciado ou retomado os tratamentos".

O serviço de radioncologia do centro hospitalar trata cerca de 68 doentes por dia, sendo deste equipamento considerado “imprescindível para prestar os cuidados de saúde necessários à população com patologia oncológica e indicação para radioterapia”.

“Apesar do sucedido, garantimos que todos os esforços foram feitos para que os tratamentos aos doentes fossem retomados com a maior brevidade possível”, salientou a administração do CHTMAD.

O problema técnico no acelerador linear foi detetado no decorrer de uma manutenção programada que começou a 23 de agosto. Na sexta-feira, deputados do PSD questionaram o Ministério da Saúde, através da Assembleia da República, sobre a avaria que parou o acelerador linear, e pediram esclarecimentos sobre a aquisição de um segundo acelerador para reforçar a unidade hospitalar.

Uma situação idêntica de avaria ocorreu em setembro de 2016.

Por isso mesmo, o PSD pretende saber se o Ministério das Finanças “já autorizou” a aquisição do segundo acelerador linear há muito reivindicado para o CHTMAD e “para quando está prevista a conclusão do processo de aquisição deste equipamento”, bem como “para quando está prevista a sua instalação e entrada em funcionamento”.

Em maio de 2017, em Vila Real, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, anunciou a aquisição de um novo acelerador linear para reforçar a unidade de radioterapia do centro oncológico do CHTMAD.

“Infelizmente, até à data, e tanto quanto sabemos, mais de um ano depois o Ministério das Finanças ainda não terá dado a indispensável autorização para que o longo e complexo processo de aquisição e instalação do equipamento seja iniciado”, lamentou o PSD.

O centro hospitalar, com sede social em Vila Real, tem reivindicado a aquisição de um segundo acelerador linear para reforçar a unidade de radioterapia do centro oncológico, um equipamento que pode custar cerca de cinco milhões de euros e que vai permitir introduzir novas técnicas de tratamento.

Projeto complementa SNS
Dezoito idosos de Idanha-a-Nova receberam consultas de cardiologia gratuitas no âmbito de uma parceria entre o município local...

"Estas foram as primeiras consultas de cardiologia em Idanha-a-Nova, no âmbito deste projeto, depois de também já terem sido realizadas consultas de dermatologia e de oftalmologia, incluindo 21 operações às cataratas sem custos para os utentes", explica em comunicado a Câmara de Idanha-a-Nova.

A ação decorreu no Centro de Saúde de Idanha-a-Nova e os utentes foram selecionados, em articulação com o Centro de Saúde, segundo critérios de prioridade clínica.

"Estas consultas gratuitas permitem complementar as áreas em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem menos capacidade de resposta, garantindo maior qualidade de vida aos habitantes do concelho", lê-se na nota.

As consultas foram prestadas por um médico de medicina interna e por uma médica cardiologista, com a realização de exames complementares, designadamente eletrocardiograma e ecocardiograma.

A Fundação Álvaro Carvalho, mentora deste projeto, tem desenvolvido a sua missão social, materializada na assistência médica a doentes no interior do país, nomeadamente especialidades em que há maiores carências.

 

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