Coleção de produtos solidários
As famílias das crianças em tratamento no Hospital São João (HSJ) e Instituto Português de Oncologia (IPO) no Porto vão...

Em conferência de imprensa na casa daquela fundação, no Porto, os membros da parceria, que inclui a Makenotes, anunciaram hoje a criação dos sete produtos "100% amigos ambiente", cuja venda vai ajudar as famílias alojadas naquele equipamento, durante o período dos tratamentos das crianças.

Inaugurada a 20 de novembro de 2013, a casa apoia famílias de "crianças recém-nascidas e até aos 18 anos" de todo o país que estejam a ser tratadas no HSJ e no IPO do Porto e "cuja permanência em 2017 foi de 22 dias, mas que pode estender-se até seis meses", revelou Gonçalo Barata, diretor executivo da Fundação.

A casa tem capacidade para acolher 12 famílias, referenciadas pelos serviços de Ação Social dos hospitais, sendo que em 2018 a fundação apoiou no âmbito dos três projetos mais de 350 agregados, revelou o diretor executivo.

Nércia Roman, moçambicana, mãe de uma menina em tratamento a um neuroblastoma [tumor comum entre os lactentes] e que entrou na casa em fevereiro de 2017, destacou hoje, durante a apresentação, a "grande satisfação por ter um local onde ficar, perto do IPO do Porto, que não fosse apenas um quarto de hospital".

Encaminhada então para a casa pela "assistente Social do IPO" e onde permanece por a filha "ter de continuar com os tratamentos", sublinhou a importância da permanência por "estar num outro país, num outro continente".

"Isto é um parque infantil, aqui podem continuar a ser crianças", concluiu.

A casa do Porto conta em 2018 com 70 voluntários, sendo que o apoio irá ser alargado às famílias das crianças em tratamento no HSJ e IPO do Porto que não tenham conseguido alojamento.

A diretora comercial da Makenotes, Ana Cardoso, explicou que parte do valor da venda (entre um e dois euros) dos sete produtos - blocos de notas, estojos, porta-moedas, porta-chaves, entre outros - reverte a favor da fundação", apelando às pessoas "para que adquiram presentes solidários".

Enfatizando "tratar-se de uma campanha nacional", Gonçalo Barata precisou que os proveitos serão aplicados nos três projetos da fundação em Portugal.

Durante a campanha, os bonecos “Maria e Pedro”, embaixadores da Fundação, irão representar um pouco por todo o país “as crianças que diariamente" são apoiadas pela instituição.

Opinião
Nos últimos anos têm sido feitas várias abordagens ao tratamento da doença de Alzheimer através de t

A Doença de Alzheimer é caracterizada por um distúrbio neurodegenerativo  associado a uma morte gradual neuronal, perda de memória e demência e é considerada pela medicina uma das doenças cerebrais  mais obscuras e intratáveis à luz dos conhecimentos atuais.

Nos últimos anos têm sido feitas várias abordagens ao tratamento desta doença através de terapias celulares com células estaminais em modelos animais com resultados muito encorajadores.

Em 2000, aproximadamente 4,5 milhões de norte-americanos sofriam da Doença de Alzheimer. Contudo, é expectável que em 2050 esse número suba para 13,2 milhões de pessoas afetadas por esta terrível doença. Assim, os doentes de Alzheimer serão um dos maiores desafios em termos de saúde pública pois consumirão uma percentagem significativa de recursos financeiros destinado à saúde.

Hoje em dia estão registados no site clinicaltrials.gov cerca de 18 ensaios clínicos com uso de células estaminais para tratamento da Doença de Alzheimer. Alguns desses ensaios utilizam células estaminais mesenquimais, obtidas através do sangue e tecido do cordão umbilical com grupo de controlo. Estes ensaios são de fase I e II e visam garantir a segurança e eficácia da terapia.

O principal estudo está a ser levado a cabo na Coreia do Sul, no Samsung Medical Center, em Seul. O estudo consiste na administração de Neurostem®, um preparado de células estaminais mesenquimais derivadas do sangue do cordão umbilical, comparando com os resultados do grupo placebo de forma a obter-se resultados mais robustos. Neste ensaio estão envolvidos cerca de 45 doentes, a quem será administrado o Neurostem® aos 12, 24 e 36 meses. Este estudo teve início em maio de 2017 e termina em dezembro de 2021. O objetivo é fazer uma avaliação primária utilizando uma escala de aferição do estado cognitivo dos doentes com Doença de Alzheimer, mas que também utilizará concomitantemente outros indicadores, como sejam avaliações comportamentais, imagiológicas e analíticas.

Para além deste estudo estão também registados no site clinicaltrials.gov outros ensaios clínicos a decorrer nos E.U.A., nomeadamente no University of Miami Miller School of Medicine, Flórida, e na University of Califórnia, Irvine Medical Center.

Tratam-se de estudos ainda numa fase muito embrionária, mas que representam pequenos passos na tentativa de encontrar cura para esta doença devastadora não só para o doente como para todo o núcleo familiar e cuidadores.

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência que existe e representa 60 a 70% de todos os cados de demência. De acordo com os dados da Alzheimer Europe, estima-se que existam entre 130 e 132 mil pessoas com Alzheimer em Portugal.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Hoje assinala-se o Dia Mundial do Animal
Ao longo do tempo, o cão desempenhou e desenvolveu várias funções que implicavam a realização de ati

Mundialmente existem vários desportos de ar livre que se praticam com cães, nos quais é fundamental o binómio homem-cão. A escolha do tipo de desporto deve ser orientada de acordo com as capacidades, habilidades e espírito competitivo de cada cão. Cabe ao homem a responsabilidade de o treinar adequadamente, seguindo determinadas regras éticas, especialmente no que diz respeito à raça, utilizando métodos com reforço positivo e rejeitando técnicas que utilizem a força ou que utilizem instrumentos de treino e incentivo inadequados.

O cão, levado ao limite, coloca a sua vida em risco para salvar um ser humano. Existem várias histórias memoráveis de salvamentos feitos por cães. Os cães de busca e salvamento trabalham em vários tipos de cenário: na neve, na montanha ou na água. Tendem a conseguir chegar onde é muito difícil o acesso aos humanos e colocam em funcionamento o que aprenderam durante a sua formação. Têm de ter uma total confiança no seu treinador, utilizando a sua capacidade olfativa e a sua capacidade de sobrevivência em situações limite. As autoridades policiais e fronteiriças utilizam muitas vezes estas aptidões, nas suas operações.

A lealdade e dedicação de um cão permitem que trabalhem, substituindo algumas deficiências humanas. O cão de assistência define-se como um importante auxílio para pessoas com deficiência, abrangendo os cães-guia para cegos, os cães para surdos e os cães de serviço em que estes últimos são os cães para auxiliar pessoas com deficiência mental, orgânica ou motora. A utilização de cães de assistência contribui decisivamente para a autonomia, autossuficiência e independência das pessoas com deficiências, bem como para a sua integração e participação na sociedade.

Independentemente do tipo de trabalho que realizem, todos, têm por base, uma relação forte e harmoniosa entre o homem e o cão. Deve-se reconhecer atentamente a capacidade do cão e deve-se assumir a responsabilidade de adequar o nível de exigência do trabalho ou do desporto às condições físicas e de saúde do animal.

É um privilégio para o homem ter o prazer de conviver com um animal com o poder de aprendizagem e dedicação do cão. Para mim, a nobreza que estes animais demonstram, inspiram-me e fazem-me sentir ainda mais orgulhosa de ser Veterinária!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Serviço restabelecido
A avaria na central elétrica que condicionou o funcionamento dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) desde a noite...

Segundo disse a mesma fonte à Lusa, apesar da avaria elétrica, os CODU atenderam sempre as chamadas de emergência "com recurso ao plano de contingência" definido na quarta-feira à noite.

Uma avaria elétrica condicionou desde as 23:20 de quarta-feira o funcionamento dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes, o que obrigou o Instituto Nacional de Emergência Médica a ativar o plano de contingência da linha de emergência 112.

“No sentido de poder continuar a garantir o trabalho regular dos CODU, e enquanto a empresa corrige a avaria, o INEM ativou no imediato o seu plano de contingência, solicitando aos centros operacionais 112 que o encaminhamento das chamadas referentes a situações de saúde fosse realizado para os telemóveis de reserva disponíveis nos CODU para utilização neste tipo de situações, garantindo deste modo a continuidade do funcionamento dos CODU”, explicou o INEM num comunicado enviado à agência Lusa na quarta-feira.

“Todas as situações referentes a aconselhamento têm à sua disposição o número do centro de contacto do Serviço Nacional de Saúde, através do 808 24 24 24, o que permitirá que aos CODU cheguem apenas chamadas de verdadeiras emergências médicas”, acrescentava a nota.

 

Ativado plano de contingência
Uma avaria na central elétrica às 23:20 de quarta-feira “está a condicionar” o funcionamento dos Centros de Orientação de...

“No sentido de poder continuar a garantir o trabalho regular dos CODU, e enquanto a empresa corrige a avaria, o INEM ativou no imediato o seu plano de contingência, solicitando aos centros operacionais 112 que o encaminhamento das chamadas referentes a situações de saúde fosse realizado para os telemóveis de reserva disponíveis nos CODU para utilização neste tipo de situações, garantindo deste modo a continuidade do funcionamento dos CODU”, explica o Instituto Nacional de Emergência Médica, em comunicado enviado à agência Lusa.

O INEM diz estar a “desenvolver todos os esforços no sentido de garantir a resolução célere desta situação, de modo a repor o funcionamento das suas centrais médicas”, e apela "à colaboração dos cidadãos, solicitando que liguem para o Número Europeu de Emergência – 112 -, apenas em caso de emergência médica”.

“Todas as situações referentes a aconselhamento têm à sua disposição o número do centro de contacto do Serviço Nacional de Saúde, através do 808 24 24 24, o que permitirá que aos CODU cheguem apenas chamadas de verdadeiras emergências médicas”, acrescenta a nota.

Em comunicado enviado na noite de quarta-feira, a Associação de Proteção e Socorro (APROSOC) dava conta de que o sistema informático que gere o CODU estava em baixo.

“Acaba de chegar ao nosso conhecimento que o sistema informático que gere também as telecomunicações do CODU – INEM avariou às 23:18, tendo alegadamente somente cerca de 20 minutos mais tarde sido implementada a alternativa de transferência das chamadas 112 para telemóveis, ou seja, durante cerca de 20 minutos a população de Portugal continental esteve sem acesso ao serviço de emergência médica”, refere um comunicado da APROSOC.

Na nota, que tem como destinatários os grupos parlamentares, e assinada pelo presidente da APROSOC, João Paulo Saraiva Amaral da Encarnação, recorda que “esta situação não é inédita”, acrescentando que a “alternativa de recurso implementada é arcaica, morosa e improficiente”.

O comunicado refere ainda que, pelas 00:21 de hoje, “os registos são feitos à maneira antiga com papel e caneta, com constrangimentos agravados pela escassez de operadores de CODU”.

O atendimento passou, segundo a APROSOC, “a regional e a central 112 redireciona as chamadas para os números de telemóvel atribuídos a cada operador”.

Em audiência
A Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios alertou para a “perigosidade” destes profissionais perderem o...

“Com a perda do vínculo à DGAV vamos perder a independência e isenção que temos. Se o médico veterinário municipal não tiver vínculo salarial à DGAV, perde o vínculo funcional, vamos deixar de ser encarados como técnicos independentes”, afirmou Ricardo Lobo, membro da direção da Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios (ANVETEM).

O dirigente falava numa audiência na Comissão de Agricultura e Mar, no parlamento, em Lisboa, tendo alertado os deputados para a “permeabilidade” a que está sujeito o poder local face às pressões, nomeadamente no que diz respeito às inspeções sanitárias na indústria alimentar.

Para Ricardo Lobo, as “competências de decisão e controlo nunca deviam ser transferidas para os municípios”.

A audiência foi requerida em 25 de março pela ANVETEM a propósito dos projetos de lei do CDS-PP, PAN e PCP, aprovados na generalidade em 09 de fevereiro, que visam alterar a carreira de médico veterinário municipal.

Os projetos, aprovados por maioria, na generalidade, preveem que os veterinários deixem de ser pagos, em parte, pela DGAV como até aqui e passem a receber o ordenado por inteiro das câmaras municipais.

“Os veterinários, não sendo pagos em parte pela DGAV, deixam de ser oficiais, passam a ser só dos municípios. Com a necessidade de fiscalizar as indústrias e sem a isenção conferida pela DGAV, basta ter como exemplo o que se passa no licenciamento de obras [construção civil] para se perceber que as coisas podem não correr bem aos municípios”, acrescentou.

O deputado do Bloco de Esquerda (BE) Carlos Matias mostrou-se preocupado com a segurança sanitária animal, afirmando que esta é “mais uma enorme trapalhada do processo de descentralização”.

“O processo de descentralização põe em causa a segurança sanitária animal. É só pensarmos na pressão que uma grande empresa faz sobre uma autarquia. É extremamente grave”, considerou Carlos Matias.

Consensual entre todos os deputados presentes - PS, CDS-PP, PSD, PCP e BE - foi o facto de ser necessário criar mecanismos que garantam a “isenção dos veterinários” para que a “segurança sanitária animal não seja comprometida”.

Qualidade do ar
A fábrica AZPO disse não ter dúvida de que o ar em Fortes, no Alentejo, é bom e não põe em perigo a saúde pública, contrariando...

A fábrica de extração de óleo de bagaço de azeitona, que está situada perto da aldeia de Fortes, no concelho de Ferreira do Alentejo, distrito de Beja, tem sido acusada de poluir aquela povoação e está com laboração suspensa desde junho por ordem do IAPMEI por ter cometido "infrações graves".

Um estudo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), feito entre 01 de junho e 12 de julho, a pedido da Câmara de Ferreira do Alentejo, concluiu que a qualidade do ar em Fortes foi má e "violou todos os valores de segurança e risco" em 14 dias de medição.

Em declarações hoje à agência Lusa, fonte oficial da AZPO - Azeites de Portugal disse que a fábrica "desconhece por completo qualquer estudo efetuado" pela APA sobre a qualidade do ar em Fortes.

No entanto, disse, a AZPO "não deixa de chamar a atenção" para o facto de "dados referenciados" no estudo "apresentarem valores idênticos durante os dias de laboração da fábrica e durante os dias em que a fábrica esteve parada e sem qualquer atividade".

A fonte lembrou que a AZPO encomendou, a "uma entidade independente e reconhecida", um estudo para avaliar a qualidade do ar junto de Fortes e que foi feito entre os passados dias 23 de maio e 10 julho.

Segundo as conclusões do estudo encomendado pela AZPO e já "entregue às entidades competentes", disse a fonte, em nenhum dos dias abrangidos "os parâmetros medidos alcançaram os limites previstos na lei, não deixando, por isso, qualquer dúvida de que a qualidade do ar que foi analisada é boa e não coloca de alguma forma a saúde pública em perigo".

A fonte lembrou que a AZPO fez "um ambicioso investimento de 1,2 milhões de euros", que "vai permitir à fábrica trabalhar nas melhores condições exigidas" pela indústria de extração de óleo de bagaço de azeitona.

Segundo conclusões do estudo da APA, em 14 dias de medição de partículas atmosféricas PM10, que são elementos de poluição atmosférica, "o valor do Índice da Qualidade do Ar atribuído no recetor é classificado de Mau e viola todos os valores de segurança e de risco atribuídos pela legislação europeia e pela Organização Mundial de Saúde".

O estudo evidenciou que "a poluição medida no recetor é proveniente" da AZPO e é "esclarecedora e evidente" a "dimensão do impacto negativo na qualidade do ar do domínio público" quando a fábrica estava a funcionar e até ao fecho temporário.

Quebra do sigilo da identidade do dador é um problema
O ex-presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida Eurico Reis saudou as iniciativas legislativas para...

O Bloco de Esquerda entregou no Parlamento um projeto de alteração à lei da Procriação Medicamente Assistida (PMA), que pretende “ultrapassar a atual situação de suspensão de recurso à PMA heteróloga”, introduzindo alterações ao regime de confidencialidade e anonimato aplicável aos dadores.

O PSD também vai apresentar um projeto de lei de alteração à Lei da PMA e o PS também já indicou que está a elaborar uma proposta no sentido de tentar ultrapassar os constrangimentos causados pelo acórdão de 24 de abril do Tribunal Constitucional (TC) que considerou inconstitucionais algumas normas da lei da PMA, nomeadamente o anonimato dos dadores de gâmetas e a gestação de substituição.

Em declarações à agência Lusa, o juiz-desembargador Eurico Reis saudou estas iniciativas, nomeadamente o projeto do BE, que “foi o primeiro”, porque, afirmou, “desde o dia 24 de abril que a PMA em Portugal está virtualmente paralisada por causa do acórdão do Tribunal Constitucional e tinha que ser encontrada uma solução o mais rapidamente possível”.

“Percebo que talvez tenha sido impossível apresentar antes” as propostas por causa das férias e da preparação do orçamento do Estado, “mas a verdade é que quanto mais depressa os problemas gravíssimos criados pelo Tribunal Constitucional encontrem uma solução, melhor”, adiantou Eurico Reis, que se demitiu do cargo de presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) em sinal de protesto contra a decisão do TC.

Para o juiz-desembargador, o acórdão causou um problema para a gestação de substituição e “criou um problema ainda maior” com a “quebra do sigilo da identidade do dador”, que tem paralisado a procriação medicamente assistida.

“Foi uma decisão completamente de surpresa para a maior parte das pessoas e teve consequências desastrosas, não apenas para a atividade da PMA, mas para as pessoas que de um momento para o outro viram os seus projetos de vida completamente destruídos”, vincou.

Na sua opinião, o projeto de lei do BE, que pretende criar uma norma transitória para garantir a confidencialidade das dádivas de gâmetas ou embriões anteriores a 24 de abril e desde que utilizados num prazo máximo de cinco anos após a publicação da presente lei, está a assegurar o cumprimento da Constituição.

“Estamos obrigados a cumprir o acórdão do Tribunal Constitucional, apesar de, do meu ponto de vista, ele ter violado a Constituição, e daí o meu protesto, mas tínhamos que encontrar uma solução rapidamente no quadro da Constituição que resolvesse este problema” e o projeto do BE tem “esse caráter positivo”.

Quanto ao prazo de cinco anos para a utilização destas dádivas, Eurico Reis defendeu que devia ser alargado para 10 anos, porque "no final desse prazo não existe qualquer alternativa que não seja a destruição de embriões".

Disse ainda esperar que “os partidos tenham a coragem de pôr este problema em discussão na campanha eleitoral”, que troquem argumentos, fazendo “aquilo que não foi feito antes do acórdão”.

Eurico Reis alertou ainda para a necessidade de se resolver o problema da gestação de substituição. “É um problema humanamente muito grave e não podemos esquecê-lo”, porque “também causou a destruição dos planos de vida de muita gente.

A deputada social-democrata Ângela Guerra adiantou que o projeto do PSD se propõe resolver os problemas de casais em duas situações.

Uma das situações é a das pessoas que “têm processos clínicos em curso, em que há gâmetas e embriões doados, os processos foram iniciados e agora ficam suspensos com base na decisão do TC”, e a outra é os casos em que já foram feitas “doações anónimas, com a presunção do anonimato” e em que agora “os doadores não são contactáveis”, mas, ainda assim, “os processos estão muito evoluídos”, em que as crianças já nasceram ou estão para nascer, explicou a deputada.

Alentejo
Um rastreio à saúde visual realizado em oito concelhos do distrito de Évora permitiu identificar 47 crianças com problemas de...

O Rastreio da Saúde da Visão Infantil, implementado, em junho, no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Alentejo Central, já decorreu nos concelhos do Alandroal, Vila Viçosa, Borba, Estremoz, Arraiolos, Mora, Vendas Novas e Montemor-o-Novo.

Durante esta fase, rastrearam-se 258 crianças, com uma percentagem de adesão de 52%, tendo sido referenciadas 47 para a consulta e acompanhamento na especialidade de oftalmologia. O rastreio destina-se a todas as crianças com dois anos inscritas no ACES do Alentejo Central, sendo a sua participação gratuita e voluntária.

 

Origem no aumento de problemas de saúde
A Câmara de Moura, no Alentejo, vai lançar medidas para controlar a população de pombos na cidade, que tem vindo a aumentar e a...

"O aumento da população de pombos na cidade tem levado ao agravamento de uma série de problemas junto dos munícipes, nomeadamente problemas de saúde, degradação de edifícios, danos em viaturas, entupimentos, ruído e sujidade", indicou hoje o município de Moura, no distrito de Beja, num comunicado enviado à agência Lusa.

Para "minimizar os problemas", a autarquia explicou que tem desenvolvido contactos junto de várias entidades com responsabilidades na matéria "no sentido de ser encontrada, em conjunto, uma solução para o controlo da população de pombos" na cidade.

No entanto e "enquanto se aguarda por uma estratégia conjunta", a Câmara de Moura decidiu avançar "no imediato" com várias medidas para controlar a população de pombos.

A colocação estratégica de cinco gaiolas com comedouros e bebedouros para capturar pombos e a instalação de um pombal para recolher as aves capturadas na cidade são algumas das medidas.

O município prevê também interromper periodicamente o fornecimento de água em fontanários públicos e lagos da cidade com o objetivo de deslocalizar e, desta forma, possibilitar a captura de pombos.

A autarquia vai ainda identificar os prédios devolutos existentes na cidade e notificar os respetivos proprietários para os vedarem com o objetivo de evitar a nidificação e a fixação de pombos no interior dos edifícios.

Além de implementar as medidas, a Câmara de Moura pede à população para colaborar, adotando vários comportamentos, como não alimentar pombos e limpar periodicamente telhados e algerozes das habitações para evitar a acumulação de dejetos e a fixação de pombos nos telhados.

O município também pede aos proprietários para terem "o cuidado" de manter as janelas dos respetivos imóveis "bem vedadas", especialmente as dos que não se encontrem habitados.

62% com medo de vir a ter a doença
Mais de metade (62%) das pessoas inquiridas num estudo internacional sobre Alzheimer admitiram está preocupada com a...

O estudo, realizado em 10 países, envolveu mais de 10 mil pessoas e revelou ainda que 62% dos inquiridos tem medo de desenvolver a doença e 60% acredita numa cura ainda durante a sua vida.

Os resultados do estudo mostram ainda que 91% das pessoas acredita que a solução para as doenças está na investigação médica e 78% revelaram estar dispostas a fazer um teste genético para avaliar o risco de desenvolvimento de Alzheimer.

 

Projeto para eliminação da doença
O Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM) tratou e curou 278 doentes com Hepatite C nos últimos quatro anos, num investimento de...

Os dados foram revelados durante a apresentação do projeto para a eliminação da Hepatite C no arquipélago até 2030, que decorreu no Hospital Central do Funchal.

"Temos constatado que a Madeira, em diversas e múltiplas áreas da saúde, tem sido inovadora porque os profissionais do Sistema de Saúde regional são, de facto, pessoas que, além da competência técnica, têm o sentido do risco e da inovação", disse o presidente do Governo Regional.

Miguel Albuquerque sublinhou que o SESARAM desenvolve "projetos de vanguarda" que ultrapassam o horizonte dos "mandatos políticos e das administrações", visando sempre "melhorar a qualidade de vida e a prestação de cuidados de saúde".

As estimativas oficiais indicam que cerca de 1.300 pessoas estão atualmente infetadas com Hepatite C na região autónoma e o projeto para eliminar a doença vai promover ações em meio hospitalar (consulta e urgência), nos centros de saúde, na Unidade de Tratamento da Toxicodependência, nas farmácias comunitárias, no Estabelecimento Prisional do Funchal, nas clínicas de diálise e na comunidade em geral.

"A grande aposta que temos de fazer é no sistema de saúde primário, onde vamos prevenir a doença e assegurar a qualidade de vida dos concidadãos", vincou Miguel Albuquerque, realçando a importância de definir mais estratégias neste sentido.

Estima-se que em Portugal faltarão diagnosticar ou tratar aproximadamente 80.000 infeções de Hepatite C, sendo que as estratégias de diagnóstico precoce atuais, baseadas no questionário oportunístico aplicado ao utente acerca dos comportamentos de risco, têm falhado na identificação de uma grande parcela dos infetados.

As autoridades madeirenses, contudo, classificam de "inovador" o novo projeto para eliminar a doença, realçando que o mesmo será desenvolvido em três fases, onde se incluem várias ações de educação para a saúde e medidas de controlo de risco, até ao tratamento individualizado.

Norma hoje emitida
A vacina da gripe vai este ano ser gratuita também para reclusos e guardas prisionais, bem como para pessoas com doença...

Segundo uma norma hoje emitida pela Direção-geral de Saúde (DGS), a vacinação contra a gripe mantém-se como gratuita no Serviço Nacional de Saúde e como “fortemente recomendada” para pessoas a partir dos 65 anos, para residentes em lares, doentes diabéticos, pessoas em diálise, pessoas com trissomia 21, em quimioterapia, com fibrose quística e ainda para bombeiros, entre outros grupos.

Na época gripal, cuja vacinação começa no dia 15 deste mês, a vacina será também gratuita para guardas prisionais e reclusos e para pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) independentemente da idade, grupos que não estavam incluídos nas épocas gripais anteriores.

Nos casos em que é gratuita, a vacina não necessita de receita médica e dispensa também pagamento de taxa moderadora.

A vacinação contra a gripe está “fortemente recomendada” para pessoas com mais de 65 anos, para grávidas, para doentes crónicos e profissionais de saúde. É ainda aconselhada a vacinação de pessoas entre os 60 e os 64 anos.

A vacina, que estará disponível a partir de dia 15 deste mês, deve ser administrada durante todo o outono/inverno e de preferência até final de dezembro, tendo o Serviço Nacional de Saúde 1,4 milhões de doses de vacinas para administrar.

Segundo a DGS, a vacinação vai começar cerca de duas semanas depois do que tem sido habitual para garantir uma “melhor e maior proteção durante o período da epidemia de gripe”, que em Portugal tem início habitualmente na segunda quinzena de dezembro.

Além de 1,4 milhões de doses adquiridas para o Serviço Nacional de Saúde, haverá também vacinas dispensadas nas farmácias através de prescrição médica, com uma comparticipação de 37%.

As receitas médicas específicas para a vacina da gripe passadas desde o dia 1 de julho terão validade até final do mês de dezembro.

A gripe é uma doença contagiosa e que geralmente se cura de forma espontânea. As complicações, quando surgem, ocorrem sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos.

A DGS considera a vacinação a melhor forma de prevenir as complicações graves e recomenda que as vacinas sejam administradas de preferência até final do ano.

 

Escoliose afeta entre 2 a 3% dos adolescentes
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) está a promover um vídeo de sensibilização sobre a escoliose...
Dia Mundial da Trombose assinala-se a 13 de outubro
Segundo a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostase (ISTH), anualmente, em todo o mundo, ocorrem cerca de dez milhões de...

Assinala-se a 13 de outubro o Dia Mundial da Trombose (World Thrombosis Day) e o Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT) volta a associar-se à comemoração deste dia que foi reconhecido pela primeira vez em 2014 pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostase (ISTH).

Para assinalar a data, o GESCAT acaba de lançar a campanha “APRENDA A IDENTIFICAR OS SINAIS E OS SINTOMAS DE UM TEV!” que tem como objetivo informar, sensibilizar e consciencializar a população, doentes oncológicos, profissionais de saúde e decisores políticos para as causas, fatores de risco, sinais e sintomas da trombose.

De acordo com a ISTH, uma em cada quatro pessoas em todo o mundo perde a vida diariamente devido a um TEV, números que reforçam a necessidade de aumentar a consciencialização da população para a principal causa de morte cardiovascular evitável. O Tromboembolismo Venoso (TEV) resulta da formação de coágulos de sangue nas veias ou artérias, levando ao seu entupimento e impedindo que o sangue circule. Esta situação pode levar à ocorrência da Trombose Venosa Profunda (TVP) ou da Embolia Pulmonar (EP), patologias de elevada gravidade e que constituem uma das três principais causas de morte cardiovascular no mundo: ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) e tromboembolismo venoso (TEV).

“Mesmo com os altos índices de mortalidade associados ao TEV, grande parte da população desconhece os problemas relacionados com esta patologia silenciosa. A população oncológica, devido à quimioterapia, radioterapia, hospitalização e imobilidade têm um risco acrescido de de desenvolver um TEV. Daí que um doente bem informado sobre a sua condição pode permitir maior sucesso nos tratamentos e garantir/exigir melhores cuidados durante a hospitalização. Para se tiver alguma dúvida com algum dos sintomas deve procurar ajuda junto do médico assistente” esclarece Sérgio Barroso, médico oncologista e presidente do GESCAT.

“O TEV pode afetar pessoas de todas as faixas etárias, raça e etnia, não havendo uma prevalência diferente da doença em função do sexo da pessoa. No entanto, existem diversos fatores de risco que contribuem fortemente para aumentar os riscos de formação de um coágulo nas veias levando ao seu entupimento e impedindo que o sangue circule normalmente. A hospitalização é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de trombose. Pacientes com mobilidade reduzida, devido ao repouso prolongado, ou com trauma vascular, em decorrência de cirurgias ou lesões graves, têm maior probabilidade de ter coágulos sanguíneos. Até 60% dos casos de TEV ocorrem durante a hospitalização ou dentro de 90 dias, no pós-alta. Também a idade superior a 60 anos, o histórico pessoal ou familiar de formação de coágulos sanguíneos, o cancro ou a quimioterapia e a utilização de anticoncecionais podem ser determinantes para a ocorrência de um TEV. E, tal como associados a grande parte das doenças, temos outros fatores de risco como a obesidade, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool que aumentam a probabilidade de sofrer um TEV” explica o médico oncologista.

A campanha “APRENDA A IDENTIFICAR OS SINAIS E OS SINTOMAS DE UM TEV!” é constituída por uma AÇÃO DE GUERRILHA, que se vai realizar nos dias 12 e 13 de Outubro em Lisboa, na qual uma equipa de Mascotes em forma de trombo e Promotores com T-Shirts alusivas ao Dia Mundial da Trombose vão estar a distribuir de folhetos informativos e balões azuis e vermelhos (cores das artérias) junto da população para que esta fique a saber mais sobre as causas, os sintomas e as formas de prevenção do Tromboembolismo Venoso (TEV).

Sendo o acesso aos cuidados de saúde fundamental, é importante que as pessoas estejam atentas à realidade desta doença e a prestar a devida atenção aos sinais do seu corpo. A trombose venosa profunda manifesta-se habitualmente através de um dos seguintes sintomas:

  • Inchaço no pé, tornozelo, perna ou braço (sensação de pele esticada), especialmente se ocorrer só num lado;
  • Dor, cãibra ou sensibilidade, frequentemente na barriga da perna;
  • Rubor ou descoloração evidente da perna ou do braço;
  • Perna quente ou com sensação de peso.

A embolia pulmonar acompanha-se de um dos seguintes sintomas:

  • Vertigens/tonturas;
  • Dificuldade inexplicável em respirar;
  • Batimento cardíaco irregular;
  • Dor no peito (especialmente quando respira profundamente);
  • Tosse com sangue.

Em prol do Dia Mundial da Trombose, celebrado no dia 13 de outubro, Sérgio Barroso, Presidente do GESCAT cita ainda as principais medidas que podem ajudar a prevenir a trombose, levando em consideração os fatores de risco:

  • Manter o peso;
  • Ter uma alimentação equilibrada;
  • Praticar exercício físico regularmente;
  • Não ficar muito tempo imobilizado;
  • Evitar permanecer muito tempo sentado sem se movimentar;
  • Evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, principalmente se associado ao cigarro e ao uso de anticoncecionais;
  • Após uma cirurgia, voltar a movimentar-se
  • Pacientes com história familiar devem ser orientados a usar meias elásticas e medicamentos.
Diz ministro
O ministro da Saúde admitiu hoje que Portugal está com um atraso de 10 anos no investimento em infraestruturas e equipamentos...

“Falta-nos muito investimento ainda. Estamos, um pouco por todo o país, finalmente, a ter intervenções nas infraestruturas e equipamentos. Estamos atrasados dez anos e temos muitos exemplos de como, dez anos depois, nos lamentamos do tempo perdido”, disse Adalberto Campos Fernandes durante uma intervenção na cerimónia, hoje em Lisboa, que lançou a estratégia da hospitalização domiciliária.

O ministro entende que o Governo está agora a fazer “a recuperação do investimento”, mas avisa que isso será sempre feito “num quadro de rigor das contas públicas”.

Como exemplos de investimentos em curso, Adalberto Campos Fernandes repetiu o que tem dito ao longos dos últimos meses: novo hospital central do Alentejo, hospital de Sintra, do Seixal, hospital da Madeira (com comparticipação do Governo central) e também o hospital de Lisboa Oriental.

Campos Fernandes tem também anunciado várias vezes 113 novos centros de saúde em lançamento ou em construção.

O Ministério da Saúde apresentou hoje em Lisboa a estratégia para a hospitalização domiciliária, que vai criar em mais de vinte hospitais públicos unidades que permitirão aos doentes que estariam internados recuperar de uma doença aguda em casa, mas recebendo cuidados hospitalares.

 

Projetos terão uma duração máxima de dois anos
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) anuncia a abertura do período de candidaturas à Bolsa de...

A bolsa, de periocidade anual, destina-se  a  financiar,  parcial  ou  totalmente,  o  melhor  projeto  de  investigação científica nesta área de estudo, atribuindo o montante de 5.000 euros ao trabalho vencedor.

Segundo o regulamento do concurso, os projetos terão uma duração máxima de dois anos iniciada no momento de atribuição da bolsa e terminada no momento em que seja entregue o relatório final em formato de artigo científico. De salientar que apenas serão admitidos projetos de trabalhos científicos a serem realizados, pelos menos parcialmente, em Instituições portuguesas.

O presidente da Direção da SPAVC, José Castro Lopes, explicou que, na avaliação dos trabalhos, “o júri terá em conta o interesse da candidatura, bem como o mérito científico dos candidatos e Instituições participantes, de acordo com uma grelha de avaliação com critérios bem definidos pela SPAVC”. Após divulgação da atribuição da  Bolsa, completou o especialista, “a Direção da SPAVC constitui-se em comissão de acompanhamento do trabalho, zelando pelo seu cumprimento de acordo com o projeto inicialmente apresentado”.

O regulamento avança ainda que os resultados finais do projeto deverão ser apresentados em reuniões da SPAVC e publicados, no prazo de dois anos, em revista nacional ou internacional de reconhecido mérito científico.

Incentivando a apresentação de candidaturas, Castro Lopes lembrou que “a investigação nesta área é extremamente necessária, uma vez que o AVC é a primeira causa de morte e invalidez de Portugal”, destacando ainda o papel da valorização científica na internacionalização dos trabalhos nacionais.

As candidaturas deverão ser apresentadas até ao dia 5 de janeiro de 2019 e fazer-se acompanhar de um descritivo pormenorizado do trabalho a realizar, enviadas por via eletrónica à Direção da SPAVC ([email protected]) em formulário disponível no website da SPAVC (www.spavc.org).

O vencedor da Bolsa será anunciado na sessão de encerramento do 13.º Congresso Português do AVC, agendado para os dias 31 de janeiro e 1 e 2 de fevereiro de 2019, no Porto.

E vai funcionar 24 horas por dia
O Hospital de Barcelos vai dispor de tomografia axial computorizada (TAC) a partir de meados de novembro, após um investimento...

Em declarações à Lusa, O presidente do conselho de administração daquela unidade hospitalar, Joaquim Barbosa, sublinhou que se trata de “uma necessidade e uma aspiração antigas”, que vai evitar a “emigração” de doentes para a realização de uma TAC.

“Durante a semana, as TAC são feitas numa clínica privada de Barcelos. Ao fim de semana, os doentes têm de ser transportados ao Hospital de Braga”, explicou.

O equipamento TAC no Hospital de Barcelos começou esta semana a ser instalado e vai funcionar 24 horas por dia.

Segundo Joaquim Barbosa, os utentes do Agrupamento de Centros de Saúde Barcelos/Esposende também vão poder realizar as TAC no hospital, ao abrigo de um protocolo que vai ser celebrado.

“É uma forma de rentabilizar o equipamento”, referiu.

O responsável acrescentou que o equipamento TAC irá permitir “ganhos de eficiência” ao garantir exames no próprio dia, evitando assim internamentos desnecessários.

“Éramos um dos poucos hospitais do país sem equipamento TAC, mas agora, felizmente, essa é uma situação com os dias contados”, rematou.

Fase experimental
A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) vai iniciar, em dezembro, um projeto-piloto de hospitalização domiciliária,...

Em causa está a estratégia para a hospitalização domiciliária, hoje lançada pelo Ministério da Saúde, a implementar no próximo ano em pelo menos 23 hospitais ou centros hospitalares, permitindo aos doentes que estariam internados recuperar de uma doença aguda em casa, mas recebendo cuidados hospitalares.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do conselho de administração da ULSAM, Frankelim Ramos explicou que, no distrito de Viana do Castelo, a medida terá uma "fase experimental", em dezembro, para que a partir de 2019, a hospitalização domiciliária seja implementada "com mais segurança".

Aquela unidade local de saúde integra os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, 13 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, servindo uma população residente superior a 250 mil pessoas. No total, a ULSAM emprega mais de 2.500 profissionais, entre eles cerca de 289 médicos e 644 enfermeiros.

A hospitalização domiciliária é uma prática recente em Portugal e está apenas desenvolvida em pleno num hospital. O Hospital Garcia de Orta foi o primeiro em Portugal a ter uma unidade de hospitalização domiciliária, um modelo usado em vários países e que traz vantagens, como evitar infeções hospitalares multirresistentes ou reduzir os custos de internamento.

Em Viana do Castelo, segundo Frankelim Ramos, aquela prática abrangerá, numa primeira fase, os doentes internados no serviço de medicina e, posteriormente, de cirurgia.

A medida "irá ser implementada numa área situada até cerca de 25 quilómetros da unidade hospitalar, para que seja garantido um controlo mais adequado de cada doente".

"A hospitalização domiciliária não poderá ser aplicada a todo o distrito de Viana do Castelo, do ponto de vista geográfico", especificou, e servirá como uma alternativa ao internamento convencional, mediante assistência contínua, tendo de ter a concordância do doente e da família.

As unidades de hospitalização domiciliária vão funcionar 24 horas por dia e todos os 365 dias do ano, "com apoio médico e de enfermagem em permanência" e prevenção à noite.

O doente que esteja hospitalizado no domicílio terá acesso aos medicamentos exatamente como se estivesse internado no hospital.

Estratégia para a hospitalização domiciliária apresentada hoje
O Ministério da Saúde assegura que os internamentos em casa a realizar pelos hospitais só serão feitos quando há garantias de...

O Governo apresentou hoje em Lisboa a estratégia para a hospitalização domiciliária, que vai criar em mais de vinte hospitais públicos unidades que permitirão aos doentes que estariam internados recuperar de uma doença aguda em casa, mas recebendo cuidados hospitalares.

À margem da cerimónia e em declarações aos jornalistas, o ministro da Saúde deu como exemplos de patologias que podem enquadrar-se nos internamentos em casa as pneumonias ou as insuficiências cardíacas.

Adalberto Campos Fernandes sublinhou que vai haver critérios clínicos definidos para as hospitalizações domiciliárias e que os doentes só serão internados em casa quando está garantida a segurança clínica.

Mais importante do que eventuais poupanças conseguidas com esta modalidade de internamentos é a “segurança clínica, o conforto dos doentes, a redução de internamentos inapropriados e prolongados e a redução das infeções hospitalares”, disse o ministro.

Aliás, para Campos Fernandes estes foram objetivos já atingidos no hospital Garcia de Orta, em Almada, o primeiro e por enquanto único no país a ter em pleno uma unidade de hospitalização domiciliária.

Hoje, foram 25 os hospitais a assinar com o Ministério da Saúde um compromisso para terem hospitalização domiciliária a funcionar durante o próximo ano. Até hoje de manhã o Ministério da Saúde dava conta de 23 hospitais a iniciar esta primeira fase do projeto, mas, entretanto, mais duas unidades se juntaram.

Na apresentação da estratégia para a hospitalização domiciliária, a secretária de Estado da Saúde, Rosa Valente Matos, considerou que este é “o caminho a seguir para aproximar os hospitais da comunidade”.

Lembrou ainda que quando se iniciou a cirurgia ambulatória surgiram algumas dúvidas, mas passou-se de uma taxa de 10% destas cirurgias em 2010 para 70% este ano.

Um despacho da secretária de Estado da Saúde, que será publicado hoje, refere a hospitalização domiciliária como “uma alternativa ao internamento convencional”, mas com assistência contínua, que permite reduzir complicações e infeções hospitalares, além de permitir gerir melhor as camas disponíveis para o tratamento de doentes agudos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Genericamente, a hospitalização domiciliária servirá como uma alternativa ao internamento convencional, mediante assistência contínua, tendo de ter a concordância do doente e da família.

De acordo com o despacho, a que a agência Lusa teve acesso, os hospitais que tiverem financiamento para constituir unidades de hospitalização domiciliária terão de assegurar a atividade assistencial até final de março de 2019.

As unidades de hospitalização domiciliária vão funcionar 24 horas por dia e todos os 365 dias do ano, “com apoio médico e de enfermagem em permanência” e prevenção à noite.

O doente que esteja hospitalizado no domicílio terá acesso aos medicamentos exatamente como se estivesse internado no hospital.

Até final deste ano, as administrações regionais de saúde devem apresentar um plano de alargamento das unidades de hospitalização domiciliária nos restantes hospitais e que deve ser executado até junho de 2019.

Caberá à Direção-geral da Saúde criar uma norma de orientação clínica que defina a lista de doenças tipicamente elegíveis para a hospitalização domiciliária e os critérios de inclusão ou exclusão de doentes.

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