Dia Mundial de Combate à Obesidade | 11 de outubro
Continua a existir a ideia de que tratamento cirúrgico da obesidade é o caminho mais fácil. Um mito, garante Rodrigo Oliveira,...

Por ocasião do Dia Mundial de Combate à Obesidade, que se assinala a 11 de outubro, o especialista chama a atenção para a necessidade de esclarecer a população sobre o tema, deitando por terra esta e outras ideias preconcebidas e erradas.

“Esse paradigma ainda existe, sobretudo em países onde há algum atraso no que diz respeito às cirurgias”, esclarece o especialista. “Há ainda muita gente que pensa: eu vou ficar gordo, mas depois opero e resolvo o problema. Não é isto. É que, tal como sabemos hoje, os problemas de peso têm muito a ver com questões metabólicas. O que significa que o facto só de operar não adianta”, acrescenta, reforçando que é aqui que entra o acompanhamento especializado, essencial para uma intervenção bem-sucedida.

Outra ideia que se tem mantido é a de que a intervenção cirúrgica como tratamento da obesidade é o ‘fim da linha’, ou seja, a última alternativa, a que os doentes recorrem depois de terem tentado outras opções, como as dietas. “Mas a questão não é esta”, refere o Prof. Doutor Rodrigo Oliveira, que insiste na necessidade de “uma avaliação metabólica ao doente”, como a que é feita no Hospital da Cruz Vermelha, “que determina se ele é candidato ou não à cirurgia. O doente não tem que fazer um tratamento e depois operar. Até porque esses tratamentos não resolvem nada quando a doença metabólica tem uma componente genética”.

Porque as cirurgias são, hoje, muito divulgadas, subsiste a ideia de que são agressivas, “de que podem pôr em risco a vida do doente, causar défice de vitaminas e por aí fora”. Mais uma vez, uma ideia errada, assegura o especialista que, em setembro, foi o primeiro português a realizar uma cirurgia ao vivo no congresso da Federação Internacional para a Cirurgia de Obesidade e Distúrbios Metabólicos (IFSO), que se realizou no Dubai, onde deu a conhecer algumas das inovações nesta área, já utilizadas no Hospital da Cruz Vermelha.

É importante também acabar com a ideia de que a cirurgia é uma opção. “A cirurgia bariátrica, hoje metabólica, não é uma opção, ela é uma indicação médica. Não estamos a falar de algo do género da cirurgia plástica, em que a pessoa, se não está satisfeita, pode mudar. Quando o doente começa a perceber as doenças que tem e o final de vida que vai ter, ele percebe que a cirurgia é algo que tem de fazer.”

São muitas e diferentes as indicações para as intervenções cirúrgicas, assim como são também diferentes as opções ao dispor do doente, umas mais invasivas do que outras. Mas ao contrário do que ainda muitos pensam, “só com a avaliação metabólica é que eu vou saber qual a melhor técnica indicada para aquele caso. O que resultou num amigo ou familiar, pode não ser adequado para outros”.

Muito importante é ainda, segundo Rodrigo Oliveira, informar os doentes que a cirurgia não é isolada. “À cirurgia tem de se seguir o acompanhamento da equipa multidisciplinar, nomeadamente de endocrinologia e a nutrição”. De acordo com o especialista, “a cirurgia não é uma técnica que reduz o estômago e, por conta disso, a pessoa come menos e vai emagrecer”. O que acontece, explica, é que “há uma alteração metabólica. Ao longo de dois anos, o doente perde peso, até chegar a um ponto em que fica estável. Durante esse período de dois anos ele tem de ser acompanhado pela equipa multidisciplinar por causa das alterações metabólicas”.

Oftalmologista consegue despistar múltiplas doenças
O que é que a diabetes, hipertensão arterial, doenças do sangue ou doenças reumatológicas têm a ver com os olhos? Muita coisa,...

“O olho é uma porta aberta para a observação de muitas doenças gerais. Pelas suas características, pelo facto de ser transparente, torna-se um local privilegiado para observar muitas doenças e fazer diagnósticos de uma forma simples”, refere o especialista que, a propósito do Dia Mundial da Visão, que se assinala a 11 de outubro, reforça a importância de uma consulta regular ao oftalmologista. “Não são apenas os problemas oculares que os oftalmologistas conseguem identificar. Há muitas doenças, umas mais raras, outras mais comuns, que uma ida a estes especialistas permite identificar e de uma forma precoce.”

A diabetes é uma das doenças que tem manifestações oftalmológicas, assim como a hipertensão arterial e que o oftalmologista consegue identificar através de um exame atento. Mas não são as únicas. Também as doenças reumatológicas, desde a artrite reumatoide até ao lúpus, podem ter sintomas e sinais que atingem o sistema visual. Do olho seco à vermelhidão, passando pela diminuição da acuidade visual, os sintomas podem não ter origem nos olhos, mas manifestar-se nestes. “Por vezes, basta apenas um exame oftalmológico para perceber que existe um problema de ordem sistémica, nomeadamente tumores intracranianos, sendo assim urgente a consulta a um neurologista/neurocirurgião.”

Da lista de doenças que o oftalmologista consegue diagnosticar fazem também parte algumas doenças hematológicas, doenças infecciosas, doenças autoimunes, que deixam marcas no sistema visual. “Por vezes, é ao nível do olho que surgem os primeiros sinais de uma doença sistémica. E são esses sinais que o oftalmologista, o único especialista da visão com uma sólida formação médica, consegue identificar”, refere o especialista, que deixa o conselho: “É importante a consulta regular a um oftalmologista não só porque pode ajudar a diagnosticar as doenças oculares, algumas das quais, como o glaucoma e as cataratas que, quando detetadas precocemente, podem evitar desfechos negativos (a cegueira), mas também porque as alterações que muitas doenças sistémicas provocam ao nível visual permitem levantar as primeiras suspeitas sobre um problema que pode vir a ser grave.”

 

OMS
As alterações climáticas vão causar mais 250 mil mortos todos os anos entre 2030 e 2050 em todo o mundo, devido a má nutrição,...

As consequências para a saúde pública das alterações climáticas vão estar precisamente hoje em discussão num seminário promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que pretende debater as ações para mitigar os riscos e para preparar os novos desafios.

O seminário conta com uma apresentação do especialista em clima Filipe Duarte Santos e com comentários de Alexandre Tavares, investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

Segundo o INSA, este seminário visa contribuir para o debate sobre as consequências para a saúde pública das alterações climáticas, “constituindo uma plataforma onde os vários setores da sociedade possam contribuir” para se adotarem medidas que ajudem a minorar o impacto das alterações climáticas na saúde pública em Portugal.

Além da mortalidade estimada pela OMS, segundo dados deste ano, os custos diretos na saúde com os danos provocados pelas alterações climáticas vão situar-se nos dois a quatro mil milhões de dólares (1.700 milhões a 3.500 milhões de euros) por ano a partir de 2030.

 

Em causa está segurança dos doentes e profissionais
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) vão reunir-se...

Num comunicado conjunto divulgado, a SPMI e a APMGF dizem estar preocupadas com a chegada do inverno, sustentando que, "o recurso dos portugueses às urgências hospitalares é o dobro da média dos Países da OCDE" - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.

“Nos últimos anos, tem-se vindo a acentuar a tendência do recurso ao serviço de urgência hospitalar, em detrimento da procura dos cuidados primários de saúde. Esta procura crescente faz com que as urgências hospitalares estejam sempre a trabalhar nos limites da eficiência e leva à ocorrência de múltiplas horas de espera no atendimento", alerta, no comunicado, João Araújo Correia, presidente da SPMI.

Segundo o especialista, esta situação "ultrapassa, em muito, as recomendações da Triagem de Manchester, comprometendo a segurança dos doentes e dos profissionais".

“Era bom que houvesse a coragem política para fazer a publicitação de um circuito obrigatório para o doente agudo não emergente, que indicasse a necessidade do recurso primário ao Centro de Saúde, sendo garantido, o acesso fácil em horário alargado”, defende.

Considera ainda que “também são necessárias alterações significativas no financiamento dos Hospitais e dos Centros de Saúde, dando incentivos diferenciados ao tratamento do doente agudo, de acordo com a missão natural de cada um".

As duas entidades esperam que, desta reunião conjunta, possa ser produzido um documento consensual, a ser divulgado publicamente, e enviado ao Ministério da Saúde, à Direção-Geral da Saúde e às Administrações Regionais de Saúde.

A SPMI considera que o incremento das relações entre a Medicina Interna e a Medicina Geral e Familiar “é uma condição fundamental para haver reais melhorias na eficiência do Serviço Nacional de Saúde”.

Nesta linha de cooperação, em março de 2018, a SPMI e a APMGF assinaram um memorando de intenções, que elenca muitas áreas de cooperação entre as duas especialidades, e abre a possibilidade da realização de consensos, que possam servir de base aos decisores políticos.

 

Investigadora morreu aos 93 anos
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prestou ontem homenagem pública a Odette Santos-Ferreira e apresentou as...

A ex-presidente da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida Odette Santos-Ferreira, que foi pioneira na investigação da doença em Portugal, morreu hoje, aos 93 anos, disse à Lusa fonte oficial da Ordem dos Farmacêuticos.

"O Presidente da República apresenta as mais sentidas condolências à família e amigos e presta pública homenagem à Professora Odette Santos-Ferreira, enaltecendo um percurso notável e que foi pioneiro na investigação e na academia", pode ler-se numa nota na página oficial da Presidência da República.

A professora, destacou Marcelo Rebelo de Sousa, "teve um o papel fundamental na investigação sobre a sida em Portugal e no estrangeiro".

"Esse trabalho, que a levou à identificação do HIV de tipo 2, foi, porventura, o marco mais conhecido dum percurso longo, persistente e notável de serviço à ciência e à comunidade", elogiou.

É precisamente esse percurso que, "em nome do país e dos portugueses, o Presidente da República lembra, considerando que "fica como referência para a Ciência e a Saúde em Portugal".

Em fevereiro deste ano, Odette Santos-Ferreira foi condecorada por Marcelo Rebelo de Sousa numa cerimónia reservada, tendo recebido a grã-cruz da Ordem da Instrução Pública.

No princípio dos anos de 1980, Odette Santos-Ferreira caracterizou os primeiros casos de infeção por VIH em doentes originários da Guiné-Bissau com um quadro clínico de imunodeficiência, tendo identificado um grupo de amostras com um comportamento anormal face ao método de diagnóstico usado e que constituiu o ponto de partida para a descoberta do VIH do tipo 2.

Prossegue as investigações durante essa década, nomeadamente no Instituto Pasteur de Paris, autoridade de renome mundial na matéria, que acabaram por conduzir à descoberta do VIH do tipo 2.

Odette Santos-Ferreira foi coordenadora da Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA, cargo que exerceu de 1992 a 2000, por nomeação do ministro da Saúde, tendo desenvolvido inúmeros projetos com impacto significativo na prevenção e disseminação da doença.

O projeto da sua autoria de maior impacto nacional e internacional foi a troca de seringa nas farmácias, denominado "Diz não a uma seringa em segunda mão", que teve como finalidade diminuir o risco de transmissão do VIH e de outras doenças transmissíveis (hepatitie B e C) à população toxicodependente por via endovenosa.

Este projeto foi considerado pela Comissão Europeia o melhor projeto apresentado por um país europeu, não só pela inovação, mas por ter sido possível desenvolvê-lo em todo o território nacional.

 

Crianças estavam institucionalizadas
Os cerca de 30 jovens ontem assistidos em Castelo do Neiva, Viana do Castelo, devido ao que se presume ter sido uma intoxicação...

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Castelo de Neiva, Paulo Torres, explicou que o Colégio de São Caetano, da Congregação Irmãos de La Salle, que acolhe crianças órfãs em Braga, detém naquela freguesia um edifício que regulamente acolhe grupos de jovens.

De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo, o alerta foi dado pelas 07:40, sendo que os bombeiros foram acionados cerca das 08:05.

Fonte dos Bombeiros Municipais de Viana do Castelo disse à Lusa que, dos 30 jovens afetados, "metade tiveram de receber assistência hospitalar, por precaução".

A mesma fonte adiantou que a intoxicação alimentar terá sido causada pela jardineira servida no jantar de sábado.

"O INEM deslocou-se ao local e fez a triagem às vítimas, tendo determinado que dos cerca de 30 jovens, 15 teriam de ser transportados ao hospital", adiantou.

Ao local compareceram os bombeiros voluntários e municipais de Viana do Castelo, a Cruz Vermelha e a GNR, num total de 16 operacionais e oito viaturas.

Alternativa aos fármacos
Investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade do Chile estão a trabalhar numa vacina para as alergias...

O objetivo da equipa liderada por Leandro Carreño é a formulação de uma vacina que permita inibir a resposta do organismo a essas alergias, cuja propagação duplicou nos últimos 50 anos e poderá afetar 30% da população mundial durante este século, explicaram os responsáveis à EFE.

O aumento destas alergias deve-se a vários fatores, como a poluição e o aumento das medidas de higiene, que, apesar de terem permitido controlar infeções graves, levaram a uma “falta de treino” do sistema imunitário durante a infância.

“Hoje vemos que temos estações menos marcadas e que as pessoas são alérgicas todo o ano”, assinala Carreño, que procura uma alternativa aos fármacos atualmente disponíveis, os anti-histamínicos e a imunoterapia.

Através da intervenção das designadas células Natural Killer T (NKT), um tipo de linfócito da imunidade inata – aquela que é gerada mais rapidamente pelo organismo para responder a ameaças –, os investigadores procuram modificar a resposta imunológica do organismo.

“[Estas células] comandam todas as respostas imunes do organismo, e acreditamos que se forem ativadas previamente de uma forma específica por determinados compostos, ao detetar a alergia, a sua resposta não será combatê-la, mas tolerá-la”, explicou Carreño.

A investigação está numa fase inicial, antes de a terapia ser testada em animais para depois avançar para uma fase clínica de estudo.

 

Radioterapia
O Hospital de São João, no Porto, assegurou que “nenhum doente ficou sem tratamento” de radioterapia e que “os tempos de...

“Foram assegurados os tratamentos e os tempos para tratamento de radioterapia dos doentes do Centro Hospitalar de São João (CHUSJ) através de protocolo de colaboração com o IPO-Porto e, sempre que necessário, com contratos de externalização para prestadores privados. Desta forma, nenhum doente ficou sem tratamento e os tempos de resposta adequados foram garantidos”, garantiu o Conselho de Administração numa nota de imprensa.

O ‘São João’ afirma estar em fase “final” a certificação do novo “acelerador linear” para o tratamento de radioterapia a doentes com cancro, cujo contrato “foi estabelecido em outubro de 2017”, pelo que se espera que “entre em funcionamento muito em breve”.

O jornal Público avançou que o Hospital de “São João tem máquina para tratar cancro parada há meses” por “falta de licença”.

Segundo o diário, o “Laboratório de Proteção e Segurança Radiológica diz que o processo de licenciamento se arrastou porque a unidade de saúde não pagou a tempo”.

O CHUSJ esclarece que, durante o processo de certificação por aquele laboratório, iniciado em outubro de 2017, se “verificou uma divergência de análise de execução de contrato, que motivou que o pagamento da segunda de três tranches ocorresse mais tarde do que o planeado”.

“A fatura da terceira tranche foi recebida pelo CHUSJ em 14 de setembro de 2018 e feito o pagamento em 02 de outubro de 2018”, descreve a unidade de saúde.

O Centro Hospitalar acrescenta que “recebeu na quinta-feira aprovação e o certificado de inspeção do laboratório, o que permitiu que nesse mesmo dia fosse enviado todo o processo para a Direção-Geral da Saúde, entidade a quem compete a aprovação final”.

“Espera-se assim que o novo acelerador linear do CHUSJ entre em funcionamento muito em breve”, diz.

De acordo com o centro hospitalar, “o processo de instalação, programação e licenciamento de um novo acelerador linear é um processo moroso, carecendo de emissão de certificação pelo Laboratório de Proteção e Segurança Radiológica e da Direção Geral da Saúde”.

“O contrato com o referido Laboratório foi estabelecido em outubro de 2017”, acrescenta.

O CHUSJ explica que “identificou uma deficiente resposta interna em tratamento de radioterapia e desenvolveu, em 2017, os processos inerentes à instalação de um novo acelerador linear de forma a capacitar esta resposta”.

Universidade do Porto
O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), que é finalista da edição de 2018 dos prémios europeus RegioStars, é um ...

Para albergar este "superlaboratório" com mais de mil trabalhadores, a Universidade do Porto construiu de raiz, no polo universitário da Asprela, um edifício de 18 mil metros quadrados, inaugurado em maio de 2016 e que acolhe três instituições: Instituto de Biologia Molecular e Celular, Instituto Nacional de Engenharia Biomédica e Instituto de Patologia e Imunologia Molecular.

O I3S está entre os finalistas dos prémios RegioStars 2018, um galardão com o qual a Comissão Europeia distingue projetos inovadores e de boas práticas de desenvolvimento regional, apoiados por fundos europeus. O vencedor será conhecido na terça-feira, numa cerimónia que terá lugar em Bruxelas, onde decorre a Semana Europeia das Regiões e das Cidades.

Assumindo-se como o maior instituto de investigação em saúde de Portugal, cujo principal trunfo é precisamente a integração dos três centros científicos, num total de cerca de 50 grupos de investigação, o i3S produziu, em 2017, mais de 600 publicações para revistas internacionais, tendo obtido resultados "comparáveis aos melhores da Europa".

De acordo com informação disponibilizada à Lusa, nas plataformas científicas do i3S encontram-se "valências únicas no país que permitem abordagens desde a escala do átomo até à do organismo".

Estas valências permitem "a realização de estudos completos que possibilitam um conhecimento aprofundado e alargado dos processos em estudo nas áreas da Biologia Estrutural, Bioquímica, Biologia Celular, Imunologia, Oncobiologia, Neurociências, Medicina Regenerativa, Bioengenharia, Modelos Pré-clínicos e Análise de Imagem".

Estas plataformas científicas "integram variadíssimas tecnologias, desde a determinação da estrutura molecular com resolução atómica por difração de raios X, passando pela genómica, proteómica, microscopia ótica avançada, microscopia eletrónica de transmissão e histologia, até à experimentação em diversos modelos animais como o rato, o ratinho ou o embrião de galinha", refere o i3S.

O instituto dispõe de "tecnologias únicas no país", como a produção de todo o tipo de proteínas para investigação e desenvolvimento; técnicas de rastreio de alto rendimento utilizando a aquisição de imagens de microscopia que permitem responder ao desafio cada vez mais crescente de avaliar grande número de parâmetros de forma a definir, testar e validar novas estratégias terapêuticas; diferentes técnicas para o estudo das interações entre macromoléculas mediante métodos biofísicos e de microscopia; e técnicas de imagem não invasivas aplicadas em estudos pré-clínicos que permitem a redução na utilização de animais de experimentação.

A construção do edifício que alberga o i3S teve início em 2013, com o lançamento oficial da primeira pedra a 04 de abril desse ano, tendo ficado concluída com a instalação de todos os grupos de investigação em dezembro de 2015.

Portugal tem quatro projetos entre os 21 finalistas dos RegioStars, dois do Norte e dois do Centro.

O I3S e o Centro de Negócios e Serviços Partilhados do Fundão concorrem na categoria de apoio à transição industrial inteligente, o projeto Kastelo na área de melhor acesso a serviços públicos e o Museu da Vista Alegre na categoria de investimento no património cultural.

Portugal está ainda representado no projeto internacional ClimACT, um consórcio de nove instituições europeias liderado pelo Instituto Superior Técnico, de Lisboa, que pretende apoiar a transição para uma economia de baixo carbono em escolas nacionais, mas também de Espanha, França e Gibraltar.

Instituição integra a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
A Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos Pediátricos Kastelo, em Matosinhos, que é finalista da edição de 2018 dos...

Criada pela Associação Nomeiodonada, uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), o Kastelo nasceu para apoiar crianças com doenças crónicas que somavam meses nos hospitais do Porto em cuidados intensivos neonatais e pediátricos e as suas famílias.

Este projeto tem como filosofia "Dar Vida Aos Dias" e procura disponibilizar às crianças o acesso a terapias diárias e a variados profissionais de saúde.

O projeto Kastelo está entre os finalistas dos prémios RegioStars 2018, um galardão com o qual a Comissão Europeia distingue projetos inovadores e de boas práticas de desenvolvimento regional, apoiados por fundos europeus. O vencedor será conhecido na terça-feira, numa cerimónia que terá lugar em Bruxelas, onde decorre a Semana Europeia das Regiões e das Cidades.

A diretora do Kastelo, Teresa Fraga, explicou à Lusa que este projeto quer "aumentar a vida dos dias das crianças", numa unidade "que não pode ter uma filosofia hospitalar, em que estas ficam nos quartos, mas antes onde desfrutam de um ambiente familiar, assim lhes prolongando a vida pela qualidade que lhes é oferecida".

Composta por 18 enfermarias com capacidade de 12 quartos duplos e seis individuais, esta unidade já apoiou, desde junho de 2016, altura em que foi inaugurada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mais de 65 crianças, em regime de internamento e ambulatório.

O Kastelo, primeira unidade de cuidados continuados pediátricos da Península Ibérica, disponibiliza um T3 e um quarto com capacidade para três pessoas do mesmo sexo para acolher os familiares das crianças.

A 23 de agosto, o Kastelo inaugurou um parque aquático com equipamentos adaptados a crianças com mobilidade física muito reduzida, um equipamento único na Europa e o segundo a nível mundial, depois de em 2017 ter inaugurado um semelhante no Texas, nos Estados Unidos da América.

Além de ajudar na reabilitação e estimulação sensorial, o parque, que teve um investimento de 140 mil euros, consegue proporcionar "experiências únicas e devolver sorrisos" a estas crianças que, de outro modo, não poderiam usufruir desta experiência, contou Teresa Fraga.

Este ano, o Kastelo passou a integrar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

Esta unidade foi distinguida em 2017 com o Prémio O Norte Somos Nós, na categoria NORTE Inclusão, pela humanização do serviço prestado e capacidade de assegurar conforto e qualidade de vida aos seus utentes, a maioria em estado terminal.

As instalações do Kastelo situam-se num antigo solar que pertenceu ao Centro Hospitalar do Porto e que foi oferecido pelo antigo presidente do Conselho de Administração, Sollari Allegro.

Dado a necessidade de obras profundas de adaptação da casa às necessidades das crianças integradas nos cuidados continuados e paliativos, além do apoio dos fundos comunitários, a empreitada contou com a ajuda da Câmara Municipal de Matosinhos e da sociedade civil.

Portugal tem quatro projetos entre os 21 finalistas dos RegioStars, dois do Norte e dois do Centro.

O i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde e o Centro de Negócios e Serviços Partilhados do Fundão concorrem na categoria de apoio à transição industrial inteligente, o projeto Kastelo na área de melhor acesso a serviços públicos e o Museu da Vista Alegre na categoria de investimento no património cultural.

Portugal está ainda representado no projeto internacional ClimACT, um consórcio de nove instituições europeias liderado pelo Instituto Superior Técnico, de Lisboa, que pretende apoiar a transição para uma economia de baixo carbono em escolas nacionais, mas também de Espanha, França e Gibraltar.

Prémios Europeus Regiostars
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) disse à Lusa que é "muito positivo e...

"Esta nomeação é muito relevante do ponto de vista da região, porque traduz o reconhecimento de duas das muitas instituições que cá existem e que, cada uma nas suas áreas, prestam um serviço essencial e de grande relevância", afirmou Fernando Freire de Sousa.

A Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos para Crianças Kastelo, em Matosinhos, e o i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, no Porto, são finalistas da edição de 2018 dos Prémios Europeus Regiostars.

O Kastelo é finalista na categoria "Criando um melhor acesso aos serviços públicos" e o I3S no "Apoio à transição industrial" por ser um "superlaboratório" que reuniu os investigadores dos três centros IBMC, o INEB e o IPATIMUP.

O presidente da CCDR-N referiu que são dois projetos diferentes, em áreas distintas, mas "ambos muito significativos e acarinhados" no Norte.

"Ficamos muito satisfeitos que sejam, agora, finalistas", vincou.

Fernando Freire de Sousa entendeu que estas duas instituições são "muito relevantes" para a região pelo serviço que prestam e que, ao serem reconhecidas pela União Europeia, estão a servir de exemplo às demais regiões europeias.

O Kastelo é um projeto que "toca a toda a gente", porque acompanha crianças com doenças crónicas e em estado muito grave, proporcionando-lhes "conforto e qualidade", referiu.

Falando numa "componente social importantíssima", o presidente da CCDR-N recordou que o Kastelo também apoia os familiares das crianças, sendo impossível não ser "acarinhado".

Já quanto ao i3S, Fernando Freire de Sousa afirmou que é uma instituição que "fala por si", nomeadamente na área da investigação do cancro e doenças neurológicas.

O presidente da CCDR-N lembrou que o instituto faz uma "investigação de topo", sendo um "emblema da região".

O Norte de Portugal já conseguiu o galardão para a região em 2015 com o projeto Eurocidade Chaves e Verín, em 2014 com o projeto Art on Chairs (Paredes) e em 2013 com o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC).

Os vencedores da edição de 2018 dos Regiostars serão conhecidos na terça-feira, durante a Semana Europeia das Regiões e Cidades.

Portugal tem quatro projetos entre os 21 finalistas, dois do Norte e dois do Centro.

O i3S e o Centro de Negócios e Serviços Partilhados do Fundão concorrem na categoria de apoio à transição industrial inteligente, o projeto Kastelo na área de melhor acesso a serviços públicos e o Museu da Vista Alegre na categoria de investimento no património cultural.

Portugal está ainda representado no projeto internacional ClimACT, um consórcio de nove instituições europeias liderado pelo Instituto Superior Técnico, de Lisboa, que pretende apoiar a transição para uma economia de baixo carbono em escolas nacionais, mas também de Espanha, França e Gibraltar.

Evento conta com mais de 150 profissionais
O Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira promove esta semana as Jornadas de Enfermagem "Cuidar o Doente Crítico -...

Abordagem integrada do doente crítico, doente crítico no pré-hospitalar; articulação das vias verdes na Madeira; organização e funcionamento dos Serviços de Urgência; doente crítico no pré-operatório, enfermagem avançada e situações específicas; reabilitação funcional e qualidade de vida e desafios futuros para os enfermeiros que cuidam do doente crítico serão algumas das áreas em discussão.

De acordo com uma nota enviada à comunicação social, as Jornadas de Enfermagem irão realizar-se entre quinta-feira e sábado, no auditório do Colégio dos Jesuítas, no Funchal.

As Jornadas de Enfermagem, que se realizam pela primeira vez, são organizadas pelo Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM, E.P.E.), através do Serviço de Urgência, Bloco Operatório e Serviço de Medicina Intensiva do Hospital Dr. Nélio Mendonça, em parceria com o Serviço de Emergência Médica Pré-hospitalar do Serviço Regional de Proteção Civil da Região Autónoma da Madeira.

Este evento técnico-científico irá reunir mais de 150 profissionais de saúde e tem como principais objetivos promover o debate e reflexão sobre a abordagem integrada do doente crítico nos diferentes serviços de saúde da Região Autónoma da Madeira, promover a partilha de experiências, estreitando laços de cooperação entre os diversos serviços, e divulgar resultados de estudos científicos no âmbito desta temática.

Os serviços de saúde da Madeira realçam que "os cuidados ao doente crítico exigem enormes desafios da equipa multidisciplinar" e que "as mudanças operadas em termos de complexidade dos problemas dos doentes e a permanente sofisticação dos meios de diagnóstico e terapêutica requerem dos enfermeiros que exercem a sua atividade profissional em unidades de emergência e urgência, bloco operatório e Cuidados Intensivos, uma constante atualização de conhecimentos".

O número de enfermeiros com competências acrescidas na área do doente em situação de doença critica - é referido na nota - tem vindo a aumentar, na região e no país, pelo que a abordagem integrada beneficia da união de esforços dos diversos serviços intervenientes no tratamento do doente crítico, sendo essencialmente os serviços de Emergência Médica pré-hospitalar, Serviço de Urgência, Bloco Operatório e Cuidados Intensivos, os que mais de perto cuidam deste tipo de doentes.

O primeiro dia das jornadas será dedicado à realização de três cursos pré jornadas "SBV - DAE", "Ventilação Não Invasiva" e "Princípios Fundamentais na Colocação de Mesas para Cirurgia".

Nos dias seguintes o programa das Jornadas irá contemplar diversas conferências e mesas redondas, com a participação de especialistas de "reconhecida experiência" nesta matéria.

Distinção
Uma equipa liderada pela médica lusodescendente Carla Dias foi distinguida com o Prémio Nacional de Gastroenterologia da...

"O prémio foi um reconhecimento pelo nosso trabalho sobre o tratamento endoscópico dos pólipos grandes com a técnica de citorredução em pacientes com Síndrome de Peutz-Jeghers (SPJ) complicados com obstrução intestinal", explicou.

Segundo Carla Dias, o trabalho que justificou o prémio atribuído pela Sociedade Venezuelana de Gastroenterologia, teve como base áreas de interesse da sua especialidade como a "endoscopia, diagnóstico e terapia, técnicas para o estudo do intestino delgado, vídeo-cápsula e enteroscopia por balão".

A equipa que realizou a investigação é composta ainda pelos médicos Jorge Landaeta, Virgínia Armas e Ornnella Tempestini e contou com o apoio da Policlínica Metropolitana, a Clínica Santiago de León e a GastroExpress.

Em declarações à Agência Lusa, Carla Dias explicou ainda que o dia a dia dos médicos na Venezuela "é de muito sacrifício" e envolve responsabilidades com doentes e também com colegas na fase da aprendizagem.

Por outro lado, sublinhou que uma das coisas que a caracterizam como filha de portugueses, são os valores transmitidos pelos pais.

"A disposição para o trabalho e a persistência até atingir as metas (...) qualidades importantes, que nos caracterizam e definem como lusodescendentes", disse.

Com 48 anos e quase 25 de carreira profissional, Carla Dias faz parte da junta diretiva da Associação de Médicos Lusodescendentes da Venezuela, que foi criada em 2003 com fins académicos e profissionais, e que está integrada por mais de 250 especialistas de 30 especialidades médicas, com trabalhos de investigação científica já publicados e reconhecidos nacional e internacionalmente.

Esta associação lidera atualmente a Rede Portuguesa de Assistência Médica e Social a luso venezuelanos afetados pela crise e que precisam de ajuda e assistência do Governo português.

Segundo Carla Dias, os "lusodescendentes são uma mais-valia para Portugal e poderiam contribuir para distintas atividades da vida portuguesa".

"Contamos com profissionais de rigor, reconhecidos internacionalmente, mas praticamente ignorados por Portugal e que poderiam ser a chave para solucionar diversas situações, em áreas como a saúde, para o qual bastaria simplesmente prestar atenção (facilitar) às equivalências", frisou.

Falando sobre a imagem que tem da terra dos seus pais, Portugal, diz que conheceu o país antes de entrar na Comunidade Económica Europeia, que "o país se desenvolveu, mas que às vezes projeta uma imagem de pequenino".

Consulta Pública
A Comissão Europeia lançou uma consulta pública para impor um máximo de dois gramas de gorduras ‘trans' por cada 100...

A proposta baseia-se em recentes estudos científicos que recomendam que a percentagem de gorduras ‘trans' presentes na alimentação quotidiana seja tão baixa quanto possível de modo a evitar riscos para a saúde.

Segundo Bruxelas – e apesar dos numerosos avisos das autoridades de saúde –, há países onde os níveis destas gorduras não baixam nos biscoitos, bolos e bolachas pré-embalados desde meados dos anos 2000.

Os interessados podem participar na consulta pública até ao dia 01 de novembro próximo.

As gorduras ‘trans' são um tipo de ácidos gordos insaturados que podem ser classificadas como ocorrendo naturalmente ou produzidas industrialmente.

As gorduras ‘trans' produzidas industrialmente formam-se quando óleos e gorduras são modificados através do uso de técnicas de processamento industrial.

O processo de hidrogenação parcial é o mecanismo primário usado na produção industrial de ácidos gordos ‘trans'.

Durante o processo, o óleo é endurecido, o que melhora o seu apelo comercial, melhorando o perfil sensorial e textura, e aumentando a vida útil e tolerância ao aquecimento repetido do produto.

 

Um casal apresentou queixa no Ministério Público depois de a mulher ter perdido o bebé com cerca de seis meses de gestação no...

O caso ocorreu na passada terça-feira e foi denunciado à agência Lusa por Alcides Mendes, o pai da criança, que apresentou queixa no Ministério Público da Amadora devido a alegada negligência do Serviço de Urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra).

Contactado pela Lusa, o hospital "lamentou o sucedido" e avançou que “decidiu abrir um inquérito interno para o integral esclarecimento da situação”.

Alcides Mendes contou que a mulher se sentiu mal, com muitas dores, por volta das 14:00 de terça-feira, tendo recorrido ao Serviço de Urgência de Obstetrícia e Ginecologia do hospital, onde chegou cerca das 16:30.

Fez a triagem e ficou à espera que fosse chamada pela enfermeira, o que aconteceu cerca das 18:40. “A enfermeira fez o CTG e os exames à minha esposa e ao bebé. Com dúvidas sobre se ela tinha de ficar em observação ligou a perguntar à enfermeira-chefe o que devia fazer e a mesma mandou a minha esposa cheia de dores para a sala de espera porque o caso dela não era urgente”, disse o pai do bebé.

"A minha mulher insistiu a dizer que estava com muitas dores, mas disseram-lhe para aguardar na sala de espera”, adiantou Alcides Mendes, que na altura estava a trabalhar, tendo chegado ao hospital cerca das 19:30, onde encontrou a mulher sentada numa cadeira sem se conseguir levantar.

Perante o desespero da mulher, Alcides Mendes foi pedir para uma médica a observar, mas a resposta foi, relatou, que “tinha que aguardar porque tinham muita gente na mesma situação”, decisão que não acatou.

“Entrei bruscamente com ela e as médicas disseram que estavam ocupadas e que tinha que esperar. Depois de muita insistência, uma médica foi fazer a ecografia e disse que o feto estava morto”, lamentou, contando que que a mulher teve que fazer uma cesariana de urgência porque “corria risco de vida”.

Alcides Mendes disse que tentou avançar com uma queixa no hospital, mas que não foi aceite, tendo sido aconselhado a apresentar queixa no Ministério Público, o que fez na quarta-feira de manhã no tribunal da Amadora.

 

Diz especialista
Estratégias simples para aliviar a dor nas crianças, como bolinhas de sabão ou o colo dos pais, devem ser usadas por todos os...

“A medicina está bastante evoluída, fazem-se tratamentos, intervenções com tecnologia bastante sofisticada, cada vez se curam mais e se diagnosticam mais as doenças, mas depois há determinados aspetos humanos e éticos que acabam por ficar um bocadinho esquecidos” como minorar a dor, disse em entrevista à agência Lusa Clara Abadesso, pediatra e coordenadora do Grupo de Dor da Criança e Adolescente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED).

Para Clara Abadesso, ainda se faz pouco nos serviços de saúde em relação ao que podia ser feito: “não quer dizer que não se trate a dor, mas, se calhar, não se estão a utilizar todas as estratégias que podem ser utilizadas e que está demonstrado que são eficazes”.

“É como se existisse um hiato entre o que evidência científica já demonstrou que é eficaz e que se pode fazer para controlar a dor e o que é feito na prática. É esse hiato que temos de reduzir e fazer desaparecer”, defendeu.

Para sensibilizar os profissionais de saúde, os pais e a comunidade para esta problemática, a APED promoveu uma exposição sobre a Dor em Pediatria ("Desenhos da Minha Dor"), que foi inaugurada há um ano em Coimbra e está a circular por todos os hospitais do país. Neste momento está patente no Hospital Amadora-Sintra até quarta-feira e será também exposta na XVI Reunião Iberoamericana de dor e VI congresso da APED, que decorre de 11 a 13 de outubro em Lisboa.

A exposição, composta por 21 painéis, nasceu do concurso promovido pela APED desde 2005 “Vou desenhar a minha dor”, em que as crianças hospitalizadas são desafiadas a retratar a sua experiência de dor, e vai agora ser transformada num pequeno livro para ser distribuído nos serviços de saúde para a informação poder chegar mais longe.

“Tínhamos desenhos lindíssimos que retratam bem os aspetos multidimensionais do que é a experiência de dor, e são bem elucidativos e mostram que as crianças também sentem dor”, disse Clara Abadesso.

Até há pouco tempo, existia a ideia de que os bebés e sobretudo os prematuros não sentiam a dor como os adultos, porque o sistema nervoso ainda não estava completamente desenvolvido, mas “a investigação científica já demonstrou que é totalmente errado”.

Para o tratamento da dor, existem três tipos de estratégias: farmacológicas, físicas e psicológicas. “Uma criança que precisa de pôr um cateter, que precisa de fazer uma colheita de sangue, se estiver posicionada ao colo dos pais vai reagir de uma forma muito diferente do que se estiver numa maca a ser segurada por várias pessoas”, exemplificou.

Outras “estratégias muito simples” passam por deixar as crianças fazerem bolinhas de sabão, soprarem um moinho de vento ou aprenderem a respirar fundo para relaxar e libertar a tensão e a ansiedade, disse Clara Abadesso, defendendo que estas técnicas devem ser utilizadas porque vão “desviar o foco da criança em relação ao procedimento que lhe vai causar dor”.

A hipnose também pode ser aplicada através de alguns exercícios como a luva mágica ou incentivar a criança a viajar ao seu lugar favorito através do pensamento, para ela ir "experienciando" o que vê, o que cheira, o que sente e o que ouve.

“A criança está tão absorvida nessa experiência que acaba por entrar num estado de transe e as situações exteriores acabam por perder a importância”, contou.

Clara Abadesso está a desenvolver uma consulta de dor crónica pediátrica no Hospital Amadora-Sintra para ajudar as crianças e adolescentes que sofrem deste problema, que está ainda subdiagnosticado, subvalorizado e subtratado.

“Muitas vezes essas crianças andam perdidas entre várias consultas à procura de uma resposta para a sua dor”, lamentou.

Reação
O serviço que gere os sistemas informáticos do Ministério da Saúde escusa-se a comentar a forma como os médicos ou serviços de...

A Ordem dos Médicos avisou que está a agravar-se a “burocracia informática” que envolve a emissão de receitas médicas sem papel, considerando que está a ser prejudicado o tempo de consulta a dedicar ao doente.

Segundo o bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, os serviços do Ministério da Saúde responsáveis pela gestão dos sistemas informáticos emitiram uma circular na qual é solicitado aos médicos mais um procedimento a executar na emissão das receitas médicas que “faz perder muito tempo”.

Numa resposta enviada à agência Lusa, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) afirmam que, em julho, entrou em vigor uma nova circular referente ao uso dos sistemas informáticos, mas alega que o objetivo é "facultar informação rigorosa sobre os constrangimentos que impedem os médicos de usar o sistema eletrónico, em caso de falência", para garantir que os problemas são analisados e resolvidos.

"Relativamente à forma como os serviços se organizam para proceder à notificação de falhas informáticas, é um assunto interno sobre o qual a SPMS não comenta", acrescenta a resposta escrita.

A SPMS diz ainda que a lei estabelece que o uso de receita manual e em papel depende de condições verificáveis, como falência informática, inadaptação do médico aos sistemas ou um limite de 40 receitas por mês.

Em declarações à agência Lusa, o bastonário da OM explicou que é pedido aos médicos um “procedimento informático extra”, que passa por informar um ‘helpdesk’ sobre a falência do sistema informático para que seja gerado um número de código que devem incluir quando na receita manual quando não é possível passar uma receita eletrónica.

Quando há um problema informático que impossibilita passar uma receita eletrónica, os médicos estão a ser obrigados a colocar na receita manual um código numérico que é o indicador da falha informática, mas, segundo Miguel Guimarães, esse código nem sempre é fácil de encontrar, levando a que os médicos “percam muito tempo” a ligar para um ‘helpdesk’.

“Faz perder muito tempo. Às vezes pode levar uma, duas ou três horas. Isto é trabalho burocrático, não é trabalho médico”, sublinha o bastonário, considerando que “isto não é aceitável”.

Os dados oficiais da SPMS indicam que desde julho, quando entrou em vigor a circular criticada pela Ordem dos Médicos, se registaram 176 registos de indisponibilidade do sistema para um universo de mais de sete milhões de prescrições por via da plataforma eletrónica.

Bastonário
A Ordem dos Médicos avisa que está a agravar-se a “burocracia informática” que envolve a emissão de receitas médicas sem papel,...

Segundo o bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, os serviços do Ministério da Saúde responsáveis pela gestão dos sistemas informáticos emitiram uma circular na qual é solicitado aos médicos mais um procedimento a executar na emissão das receitas médicas.

É pedido aos médicos um “procedimento informático extra”, que passa por informar um ‘helpdesk’ sobre a falência do sistema informático para que seja gerado um número de código que devem incluir quando na receita manual quando não é possível passar uma receita eletrónica.

Segundo a Ordem, quando há um problema informático que impossibilita passar uma receita eletrónica, os médicos estão a ser obrigados a colocar na receita manual um código numérico que é o indicador da falha informática.

Em declarações à agência Lusa, o bastonário Miguel Guimarães explica que esse código nem sempre é fácil de encontrar, levando a que os médicos “percam muito tempo” a ligar para um ‘helpdesk’.

“Faz perder muito tempo. Às vezes pode levar uma, duas ou três horas. Isto é trabalho burocrático, não é trabalho médico”, sublinha o bastonário, indicando que já escreveu aos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) sobre este assunto, mas que ainda não recebeu qualquer resposta.

Miguel Guimarães não tem dúvidas de que “isto está a ter repercussões negativas na atividade médica”, apontando para uma excessiva burocratização informática que “prejudica o trabalho dos médicos e a relação médico/doente”.

“Isto não é aceitável. Isto é para cair. Não é forma de funcionamento”, afirma,

Os médicos entendem que as novas exigências na emissão de receitas médicas “complicam um processo burocrático e administrativo” que é já excessivo e “roubam tempo útil à observação do doente”, segundo a presidente do colégio de especialidade de medicina geral e familiar, Isabel Santos.

O bastonário considera até que “qualquer alteração nos sistemas informáticos” devia ser “acompanhada, no terreno, por médicos”, que experimentassem a sua viabilidade.

Sintomas, riscos, prevenção e tratamento
A tensão arterial é a medida da pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias durante a
Médico a medir a tensão arterial

O que provoca a Hipertensão Arterial?

Na maioria dos casos não tem nenhuma causa aparente, resultando na combinação de fatores hereditários, ambientais e erros no estilo de vida.

Quais os riscos?

A hipertensão arterial provoca lesões nos órgãos vitais, tais como o cérebro, o coração e os rins. Assim, a pessoa com hipertensão arterial tem um risco maior de desenvolver outros problemas de saúde, tais como: Acidente Vascular Cerebral (AVC); Enfarte do Miocárdio; Insuficiência Cardíaca e Insuficiência Renal.

Quais os sintomas?

Inicialmente, a hipertensão arterial não provoca quaisquer queixas ou alterações...é uma doença silenciosa!

Os sintomas mais frequentes são: dores de cabeça ou tonturas; palpitações ou dor no peito; zumbidos e alterações da visão.

Prevenção e tratamento

Existem muitos comportamentos e estilos de vida saudáveis que podemos adotar para prevenir ou ajudar a controlar a hipertensão arterial:

Reduzir o consumo de sal

A ingestão de sal em excesso leva ao aumento da tensão arterial:

● reduza gradualmente a quantidade de sal que usa ao confecionar os alimentos, usando como tempero alternativo o sumo de limão, laranja ou as ervas aromáticas;

● retire o saleiro da mesa;

● evite alimentos salgados como batatas fritas, chouriços, presunto ou enlatados.

Reduzir o excesso de peso

A obesidade contribui para o aumento da tensão arterial. Para perder peso deve associar-se uma dieta equilibrada (com menos gordura e mais verdura) à prática regular de exercício físico.

Praticar exercício físico

Exercício físico regular (por ex. 30 minutos de marcha por dia) ajudam a controlar a tensão arterial, fortalecendo o coração. Contribuem também para o alívio do stress e para uma melhoria do sono.

Reduzir o consumo de álcool

O consumo excessivo de álcool pode desencadear hipertensão arterial em alguns indivíduos. A moderação do consumo de álcool, evitando bebidas com elevado teor alcoólico, ajuda a controlar a tensão arterial.

Deixar de fumar

Fumar faz aumentar a tensão arterial e aumenta exponencialmente o risco de doenças cardiocerebrovasculares.

Tomar os medicamentos

Se sofre de hipertensão arterial e o seu médico lhe prescreveu medicamentos para a controlar, tome-os regularmente, seguindo atentamente as indicações. Mesmo que se sinta bem e tenha valores da tensão arterial controlados, não interrompa a medicação sem o conhecimento do seu enfermeiro e médico de família.

“A HIipertensão Arterial é um dos principais fatores de risco das doenças cardiocerebrovasculares, que são a principal causa de morte e incapacidade em Portugal.”

 

Tome a iniciativa: controle a sua tensão arterial!!!

Bibliografia: Texto elaborado a partir de publicações da Sociedade Portuguesa de Hipertensão: “7 dias do coração” (2013) e “Dia Europeu do Doente Coronário” (2012).

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Como surge e como se trata a Hipertensão?

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Cães e gatos
O grupo municipal do PAN entregou na Assembleia de Lisboa uma recomendação que visa criar uma campanha de esterilização de...

No documento, ao qual a agência Lusa teve acesso, o PAN nota que, com a entrada em vigor da lei que proíbe o abate de animais como medida de controlo da população, a esterilização e a adoção passam a ser privilegiadas.

Assim, o partido propõe “a realização anual de campanhas de esterilização de cães e gatos, nomeadamente de famílias em situação de carência económica ou que comprovadamente aufiram baixos rendimentos, e ainda para as associações de proteção animal com sede em Lisboa que não tenham capacidade para prestar cuidados médico-veterinários”.

O PAN pretende ainda “o reforço das campanhas de sensibilização e educação levadas a cabo pelo município, incentivando não apenas a adoção e a esterilização, como a observância de outros deveres, mas também a identificação eletrónica, o registo e os cuidados de saúde e bem-estar animal”.

A recomendação relembra que está em curso “um projeto tendente à necessária ampliação da Casa dos Animais de Lisboa”, mas defende que “a capacidade destes espaços não é inesgotável”, sendo por isso “necessário, por um lado, a realização de campanhas de sensibilização e educação da população, que promovam uma sociedade mais consciente e que não abandone e, por outro, que estas sejam acompanhadas das necessárias campanhas de esterilização, sobretudo dos animais de companhia da população mais vulnerável, contribuindo assim para evitar a reprodução descontrolada de animais de companhia”.

Citada numa nota enviada às redações, a deputada do PAN Inês de Sousa Real afirma que “a apresentação desta iniciativa coincide com o assinalar do Dia Mundial do Animal”, destacando a necessidade “de uma sociedade mais consciente acerca do impacto” que as decisões humanas “têm na vida dos animais”.

"Seja porque são detidos como animais de companhia ou independentemente da finalidade que lhes possamos querer atribuir, precisamos de uma sociedade mais consciente de que todos os animais são merecedores de respeito e de uma existência livre de sofrimento”, reitera a eleita do PAN.

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