Revela estudo publicado na revista Science
De acordo com um estudo publicado, hoje, na prestigiada revista Science, a biodiversidade global diminuiu entre 2 e 11% ao...

O artigo científico Global trends and scenarios for terrestrial biodiversity and ecosystem services from 1900 to 2050 – o maior estudo com recurso a modelos climáticos realizado até à data – foi liderado pelo Centro Alemão de Investigação Integrativa da Biodiversidade (iDiv) e pela Universidade Martin Luther de Halle-Wittenberg (MLU), e contou com a participação de vários investigadores portugueses, entre eles o docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), Carlos Guerra.

A Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre a Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas (IPBES) considera que as mudanças no uso do solo são uma das principais causas para a perda de biodiversidade. No entanto, os cientistas dividem-se quanto à dimensão desse declínio nas últimas décadas. 

Para melhor responder à questão, a equipa de investigação utilizou modelos climáticos para calcular os impactos das alterações da utilização dos solos na biodiversidade global ao longo do século XX, concluindo que terá havido um declínio entre 2 e 11%, intervalo que abrange quatro indicadores de biodiversidade calculados por sete modelos diferentes. Os cientistas compararam treze modelos para calcularem o impacto das mudanças na utilização dos solos e das alterações climáticas em quatro indicadores de biodiversidade diferentes, e em nove serviços de ecossistemas. 

"A inclusão de todas as regiões do mundo no nosso modelo permitiu preencher diversas lacunas e rebater as críticas de outras abordagens que trabalham com dados parciais e potencialmente enviesados", refere o primeiro autor do estudo, responsável pelo grupo de investigação do iDiv e do MLU e investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, Henrique Pereira. "Todas as abordagens têm os seus prós e contras, mas achamos que a nossa metodologia de modelação apresenta uma estimativa mais exaustiva das tendências globais da biodiversidade", acrescenta. 

Recorrendo a outro conjunto de cinco modelos, os investigadores calcularam também o impacto simultâneo das alterações do uso do solo nos chamados serviços dos ecossistemas, ou seja, os benefícios que a natureza disponibiliza aos seres humanos. No século passado, verificou-se um aumento massivo dos serviços de aprovisionamento, como a produção de alimentos e de madeira. Em contrapartida, os serviços de regulação, como a polinização, a fixação de azoto ou o sequestro de carbono, tiveram uma diminuição moderada. Os investigadores analisaram também a potencial dinâmica de evolução da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas. Para estas projeções, integraram nos seus cálculos as alterações climáticas como um fator crescente e determinante das alterações na biodiversidade.

Os resultados do estudo indicam que as alterações climáticas vão ter um impacto negativo acrescido tanto na biodiversidade, como nos serviços dos ecossistemas. Embora as mudanças na utilização dos solos continuem a assumir um papel relevante, as alterações climáticas tenderão a tornar-se na principal causa da perda de biodiversidade até à primeira metade deste século. 

A equipa avaliou três cenários amplamente utilizados, desde um cenário de desenvolvimento sustentável até um de emissões elevadas de gases com efeito de estufa. Em todos os cenários, a conjugação do impacto das alterações do uso do solo e das alterações climáticas resulta numa perda de biodiversidade em todas as regiões do mundo, existindo, no entanto, variantes significativas entre regiões, modelos e cenários. Para o docente da UC, Carlos Guerra, “este estudo ilustra de forma muito clara os impactos que resultam das ações humanas sobre o planeta e sobre a biodiversidade da qual nós dependemos e a dimensão das alterações que estão a ocorrer um pouco por todo o mundo”. 

"O objetivo dos cenários a longo prazo não é prever o que vai acontecer, mas sim identificar alternativas para conseguirmos evitar os cenários menos desejáveis, e sabermos escolher aqueles que tenham impactos positivos”, avança a investigadora da Universidade de York e coautora do artigo, Inês Martins. “São processos que dependem das decisões que tomamos diariamente", acrescenta.

Os autores salientam ainda que mesmo o cenário de "desenvolvimento sustentável” avaliado não recorre a todas as medidas passíveis de serem implementadas para a proteção da biodiversidade nas próximas décadas, como por exemplo, a produção de bioenergia. Apesar de a produção de bioenergia ser uma componente fundamental no cenário de sustentabilidade, podendo ajudar a mitigar o impacto das alterações climáticas, pode, no entanto, levar também à redução da diversidade de habitats. Nenhum dos cenários avaliados considerou medidas para aumentar a eficácia e a cobertura das áreas protegidas ou o rewilding [‘renaturalização’] em larga escala.

"A avaliação do impacto de políticas concretas para a biodiversidade ajuda a identificar medidas mais eficazes para salvaguardar e promover a biodiversidade e os serviços dos ecossistemas", afirmam os investigadores. "Haverá certamente imprecisões de modelação", acrescentam. "Ainda assim, os nossos resultados mostram claramente que as políticas atuais são insuficientes para atingir os objetivos internacionais em matéria de biodiversidade. Precisamos de esforços renovados para fazer progressos contra um dos maiores problemas do mundo, que é a perda da biodiversidade provocada pela ação humana", rematam os cientistas.

O artigo científico está disponível em https://doi.org/10.1126/science.adn3441

 
Opinião
O linfoma cutâneo não afeta apenas o corpo, mas também a saúde emocional e a vida íntima dos casais.

É importante que os casais abordem estes desafios com uma comunicação aberta e honesta. A pessoa com linfoma cutâneo precisa de se sentir segura para expressar suas necessidades e limitações em relação ao contato físico, explicando ao seu parceiro quando se sente confortável e quando prefere evitar o toque devido à dor ou desconforto causado pela doença. É essencial que o parceiro demonstre compreensão, empatia e apoio, reconhecendo que o amor e a intimidade vão muito para além do contacto físico tentando encontrar outras formas de se ligar emocionalmente.

Além disso, é importante que o casal esteja ciente das possíveis flutuações na libido e desejo sexual da pessoa com linfoma cutâneo, que podem ser influenciadas pelo desconforto físico, preocupações com a aparência e preocupações com a saúde. É fundamental que ambos os parceiros estejam abertos ao diálogo e dispostos a adaptar-se às necessidades e limitações um do outro, promovendo assim uma relação saudável e afetuosa, mesmo diante dos desafios impostos pela doença.

É importante que o casal procure apoio profissional, se necessário. Um psicólogo pode ajudar a facilitar a comunicação, fornecer orientações sobre estratégias e oferecer suporte emocional durante este período. Com paciência, compreensão e trabalho em equipa, é possível superar os obstáculos à intimidade e manter um relacionamento forte e saudável.

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Odontopediatria
A Odontopediatra Cátia Carvalho Silva revela quatro mitos sobre a saúde oral dos mais pequeninos e d

Mito 1: A 1ª consulta de medicina dentária da criança deve ser realizada aos 6 anos de idade

A 1ª consulta deve ser realizada, com o odontopediatra, quando erupciona o primeiro dente “de leite” ou até o bebé completar o primeiro ano de vida. Esta consulta é essencialmente de âmbito preventivo, na qual são abordados os cuidados de higiene oral a adotar, hábitos alimentares, a utilização da chupeta, do biberão, a sucção do dedo, entre outros hábitos. A face, a cavidade oral do bebé e as funções como respiração, sucção e deglutição são também avaliadas.

Mito 2: A pasta dentífrica deve ser escolhida de acordo com a idade indicada na embalagem

A idade indicada na embalagem não deve ser “o critério” usado para a escolha da pasta dentífrica. Os pais devem consultar sempre com atenção os rótulos da embalagem e confirmar os ppm (partes por milhão) de flúor presentes, mediante a recomendação do Odontopediatra. Geralmente, são recomendadas pastas com 1000 ppm de flúor em crianças desde o nascimento do primeiro dente até aos 6 anos de idade (salvaguardo que entre os 2 e os 6 anos, a criança pode apresentar condições especiais de risco que exijam uma concentração superior a 1000 ppm) e pastas com 1450 ppm de flúor em crianças com mais de 6 anos de idade.

Mito 3: As crianças não precisam de utilizar fio dentário

O fio dentário deve começar a ser utilizado assim que um dente “de leite” estiver em contacto lateralmente com o dente “vizinho”. Mesmo quando é realizada uma escovagem dentária adequada, as cerdas da escova não conseguem eliminar corretamente os resíduos alimentares que ficam retidos e se acumulam nos espaços entre os dentes. Por isso, idealmente, todos os dias, à noite, antes da escovagem dentária, os pais devem aplicar o fio dentário, ou supervisionar a sua utilização, mediante a idade da criança.

Mito 4: Os colares de âmbar são uma boa opção para aliviar o desconforto dos primeiros dentes

A erupção dos primeiros dentes está, frequentemente, associada a dor e desconforto nos bebés. Muitas vezes, para o alívio destes sintomas, os pais optam por utilizar os populares colares de âmbar. No entanto, não o devem fazer! Por um lado, não existe evidência científica de que existam benefícios para as crianças ao utilizarem estes colares, por outro lado, existe uma grande convergência de opiniões, relativamente aos riscos da sua utilização para a segurança do bebé, nomeadamente, pelo aumento da possibilidade de estrangulamento ou de asfixia. Por isso, os pais devem deixar de lado esta opção, substituindo-a, por exemplo, pela utilização de mordedores.

 
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Projeto financiado pela Câmara Municipal de Lisboa promovido pela Mundo a Sorrir
Ao longo dos últimos seis anos, o Centro de Apoio à Saúde Oral (C.A.S.O.) de Lisboa, promovido pela Mundo A Sorrir numa...

André Sousa, coordenador do projeto, destaca a significativa contribuição das atividades desenvolvidas pelo C.A.S.O. na vida das pessoas. "Para além da assistência médico-dentária, também promovemos sessões de prevenção e literacia em saúde junto das crianças, capacitamos cuidadores formais e informais, e realizamos rastreios orais, em parceria com a rede local de Lisboa", afirma.

O C.A.S.O., projeto pioneiro, assente na convicção de que a saúde oral é um direito humano fundamental, surgiu há 15 anos na cidade do Porto e foi replicado em Lisboa em abril de 2018. A sua equipa multidisciplinar, composta por profissionais de diversas áreas, permite apoiar os beneficiários não só nos cuidados dentários, mas também nos aspetos psicossociais, contribuindo assim para a sua inclusão social, empregabilidade e autoestima.

Durante os últimos seis anos, este projeto inovador respondeu às necessidades de saúde oral com a realização de 5.100 consultas, incluindo 12.180 tratamentos, e proporcionou 1.355 atendimentos psicossociais. Apenas no último ano, foram realizadas 105 ações de rastreios orais junto da população em situação de sem-abrigo, assim como ações de sensibilização para crianças do 1º ciclo, abrangendo um total de mais de 400 beneficiários.

Carlos, utente do C.A.S.O., concluiu recentemente o seu tratamento e expressa a sua alegria: "Este projeto mudou a minha vida. Aconselho-o a todas as pessoas! Estou muito feliz. Sempre pensei que, com esta idade, já não fosse possível ter um sorriso bonito, mas agora tudo mudou. Hoje posso falar e sorrir para as outras pessoas sem sentir vergonha."

Para fazer face ao número de pedidos de ajuda, a Mundo A Sorrir apela aos contribuintes a doação de 0,5% do seu IRS, de forma a apoiar estas pessoas mais fragilizadas. Ao preencher a sua declaração de IRS, escolha a Mundo A Sorrir. Sem custos adicionais para si e sem afetar o valor do seu reembolso. Simplesmente, na secção 11 da declaração do IRS, no campo 1101, selecione “Instituições particulares de solidariedade social” e insira o nosso NIF 507 399 200.

 
 
 
27 de setembro
A iniciativa “Desafios em Patologia da Tiroide”, que estava inicialmente agendada para o mês de maio, sofreu uma atualização...

Direcionado para a classe médica, o evento conta com apoio da Lilly Portugal e vai contemplar várias temáticas associadas ao tema da tiroide.

Da parte da manhã, o foco será nos “Desafios em patologia tiroideia benigna” e nas várias temáticas relacionados com a mesma, nomeadamente fármacos, genética, doença aguda, emergências tiroideias e terapêuticas minimamente invasivas na patologia nodular benigna da tiroide.

De tarde, o evento incidirá sobre os “Desafios em patologia tiroideia maligna” que trata a debate vários temas de interesse: “Carcinomas da tiroide de baixo risco: Vigiar? Operar? I131?”; “Carcinomas medulares da tiroide: Genética, diagnostico e tratamento dos casos avançados”; “Carcinomas pouco diferenciados ou anaplásicos: Da biologia molecular ao tratamento dirigido”; e “Linfadenectomias quando e como”.

 
Com percurso de 25 anos na indústria farmacêutica
A BIAL, empresa biofarmacêutica centenária focada na inovação, anunciou a nomeação de Pierluigi Antonelli, atual membro do...

Para Antonio Horta-Osorio, Chairman da BIAL, "Pierluigi Antonelli desenvolveu uma carreira notável no setor farmacêutico e da saúde. É uma grande satisfação poder contar com a sua presença no Conselho de Administração da BIAL, com a certeza de que iremos beneficiar da sua vasta experiência, reforçando ainda mais as competências do Conselho com um profundo conhecimento do mercado”.

Pierluigi Antonelli refere que "depois de muitos anos em posições de liderança em algumas das maiores empresas do setor, para mim é claro o caminho notável que a BIAL alcançou nos seus 100 anos de história. Esta empresa representa, claramente, resiliência, estratégia e investigação. É com grande satisfação e sentido de desafio que aceitei integrar o Conselho de Administração da BIAL, e estou entusiasmado por poder contribuir para o avanço científico contínuo da empresa e trazer medicamentos inovadores ao mercado".

Pierluigi Antonelli tem um percurso de 25 anos na indústria farmacêutica, com experiência nos setores das Biociências, Biológico e de Medicamentos Genéricos. No seu cargo anterior, foi CEO da Angelini Pharma, tendo ocupado funções de liderança em empresas como a Novartis Oncology, a Sandoz, Merck & Co e a Bristol-Myers Squibb, quer nos Estados Unidos, quer na Europa.

Pierluigi Antonelli possui concluiu um MBA na Kellogg School of Management, nos Estados Unidos, e é licenciado em Economia pela Libera Università Internazionale degli Studi Sociali, de Itália.

26 a 28 de abril no Altice Fórum Braga
A Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço promove o 71.º Congresso Nacional, entre os dias...

A Widex estará presente com palestras e apresentações conduzidas por especialistas em audição sobre três temas:

Implantes Cochlear (representantes da marca Cochlear em Portugal) – uma solução a longo prazo para pessoas com perda de audição moderada a profunda. Os microfones do processador de som captam os sons e o processador converte-os em informação digital, esta informação é transferida para o implante que envia sinais elétricos para a cóclea. As fibras do nervo auditivo, na cóclea, captam os sinais e enviam-nos para o cérebro, dando a sensação de som.

Implantes Osteo-integrados – através do sistema Baha, uma solução que aproveita a capacidade natural de audição através de condução óssea e reencaminha o som. Nos casos em que o ouvido médio ou externo esteja bloqueado ou danificado, este sistema envia som através do osso, estimulando o ouvido interno de forma natural, em vez de enviar o som através da zona obstruída.

Smart RIC – o mais recente lançamento da Widex, um aparelho auditivo que permite aos utilizadores concentrarem-se nas vozes e nos sons que desejam ouvir ao mesmo tempo que reduz o ruído de fundo, respondendo assim à filosofia da Widex “O Som Mais Natural do Mercado”. Este dispositivo combina tecnologia avançada com um design inovador, proporcionando mais qualidade sonora, liberdade e conforto no dia a dia para quem vive com perda auditiva.

Um dos simpósios será conduzido, virtualmente, por Francis Kuk que trabalha na Widex nos Estados Unidos da América desde dezembro de 1996. Obteve um doutoramento na Universidade de Iowa e antes de se juntar à Widex ocupou cargos de investigação e de docente, na Universidade de Iowa e na Universidade de Illinois-Chicago.

“Na Widex acreditamos numa visão clínica e multidisciplinar da Reabilitação Auditiva e a participação neste Congresso é uma excelente oportunidade para demonstrarmos à comunidade Médica ORL a eficácia dos nossos protocolos audiológicos e a mais recente tecnologia de aparelhos auditivos. Trabalhamos diariamente para ver reconhecido o valor da nossa prática clínica e para que a Widex seja um parceiro de confiança tanto para os médicos otorrinolaringologistas, como para os seus doentes. Procuramos ter sempre uma resposta para cada perda auditiva – seja com os dispositivos médicos não cirúrgicos (como os aparelhos auditivos) ou com dispositivos médicos cirúrgicos – como os implantes osteointegrado e cocleares.” afirma João Ferrão – Diretor de Audiologia da Widex.

Ao longo destes dois dias a Widex marcará presença no maior evento a nível nacional de otorrinolaringologia, destacando o investimento e aposta constante em investigação que permitem oferecer soluções inovadoras às pessoas que vivem com perda auditiva e querem ouvir todos os sons o mais naturalmente possível. 

 
Sociedade Portuguesa de Pneumologia alerta para o desconhecimento da DPOC
Mais de 70% dos portugueses nunca ouviram falar da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), apesar de ser a terceira causa de...

"É alarmante que a DPOC, uma doença tão grave e, na maioria das vezes, altamente incapacitante, seja tão pouco conhecida entre a população portuguesa", afirma António Morais, presidente da SPP. "Adicionalmente, é preocupante não existir uma noção clara da prevalência em Portugal. Acreditamos, assim, que é fundamental um maior investimento em campanhas de informação e sensibilização, de forma a que as pessoas possam identificar os sintomas e procurar ajuda médica atempadamente".

A DPOC é uma doença progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões, dificultando a respiração. Os principais fatores de risco são o tabagismo e a exposição a poluentes atmosféricos, como o fumo do tabaco passivo e o pó industrial. O desconhecimento sobre esta doença abrange não só os sintomas e fatores de risco, como também os métodos de diagnóstico e o seu impacto ao nível da mortalidade. Com uma prevalência estimada de cerca de 5,4% em Portugal e uma taxa de mortalidade significativa, a DPOC continua a ser uma ameaça silenciosa para a saúde pública.

Com uma taxa de mortalidade de cerca de 8,7 por 100.000 habitantes, a DPOC é uma doença respiratória crónica que pode limitar a capacidade das pessoas para realizar atividades diárias normais. Aparece, em 90% dos casos, em fumadores e foi responsável por mais de 2.600 óbitos em Portugal em 2020.

É crucial aumentar o conhecimento sobre a DPOC, a terceira causa de morte no mundo. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos doentes e reduzir o número de mortes. Para mais informações por favor consulte: https://www.sppneumologia.pt/saude-publica/dpoc

 
Opinião
A população global está a envelhecer e o número de condutores com declínio de capacidades associadas

A condução é uma atividade complexa, que requer capacidades cognitivas, motoras e o controlo do comportamento. Com o avanço da idade ou surgimento de determinadas doenças, essas capacidades podem ser afetadas e aumentar o risco de acidente. É por isso reconhecida a necessidade de avaliar condutores com idade avançada ou doença neurológica como Parkinson, Alzheimer, acidente vascular cerebral, traumatismo cranioencefálico, esclerose múltipla, entre outras, bem como com patologia psiquiátrica.

Quando existem dúvidas sobre a aptidão para a condução, é possível solicitar uma avaliação especializada, baseada em testes que examinam capacidades como a atenção, perceção visual, a coordenação e a velocidade motora. A partir de resultados objetivos é elaborado um parecer sobre a condução, podendo recomendar a condução sem alterações, indicar restrições (ex., na velocidade, raio de condução) ou adaptações no veículo, ou até a suspensão da condução.

Quando os desempenhos evidenciam compromisso significativo nas capacidades e envolvem um potencial risco na condução, é recomendada a suspensão da condução. Esse resultado pode ter impacto psicológico negativo no condutor e requer sensibilidade acrescida na sua comunicação. É importante permitir a expressão e validar as emoções da pessoa e clarificar porque é que o declínio de capacidades aumenta a vulnerabilidade e o risco, e que deixar de conduzir é uma estratégia para proteger a sua segurança. Há ainda situações em que a alteração do estado mental não é evidente para o próprio, o que dificulta a conversação sobre a necessidade de restringir a condução. Estes doentes requerem uma atenção especial porque podem representar um risco acrescido para a segurança rodoviária, por falta de autocrítica sobre as suas limitações ou excessiva confiança nas suas capacidades.

Esta consulta de avaliação pode ser solicitada por qualquer condutor, familiar, cuidador ou profissional de saúde, permitindo uma avaliação especializada e independente da aptidão para a condução, suportada em desempenhos objetivos. Favorece a consciência crítica do condutor sobre as capacidades e permite desembaraçar familiares e cuidadores da responsabilidade de confrontar o condutor com medidas restritivas. Finalmente, promove uma reflexão conjunta e tomadas de decisão para assegurar uma mobilidade com maior segurança.

Sessões de treino de Aptidão para a condução podem estimular as capacidades cognitivas e psicomotoras

Quando existe compromisso nas capacidades e potencial de recuperação, é possível realizar sessões de treino da aptidão para a condução, que visam estimular as capacidades cognitivas e psicomotoras relacionadas com a condução, e ajudar na aquisição de estratégias para uma maior segurança. As aptidões específicas que as pessoas devem possuir para conduzir em segurança encontram-se diferenciadas em 3 domínios: o domínio cognitivo, que inclui a atenção, perceção, estimação de movimento e memória; o domínio psicomotor que envolve vários tipos de coordenação e reações motoras; e, o domínio psicossocial relacionado com as atitudes, o comportamento e as emoções. Desta forma é possível aspirar a conseguir retomar ou manter a condução com autonomia e segurança.

Existem várias situações em que deve ser marcado um treino de aptidão para a condução. Na presença de condição neurológica, intervenção neurocirúrgica ou lesão física que possa afetar a condução; quando um médico ou terapeuta têm dúvidas relacionadas com alterações funcionais e a capacidade para conduzir; quando familiares ou cuidadores manifestem preocupações sobre a condução do doente, nomeadamente por comportamento imprudente e/ou envolvimento em situações de risco e/ou acidentes e quando um condutor tenha experienciado evento traumático na condução, manifeste receio de conduzir ou após um período significativo sem prática de condução. Um condutor pode, também, beneficiar deste tipo de estimulação na sequência de recomendação de restrições ou adaptações, ou de restringir ou suspender a condução após avaliação da aptidão para conduzir.

Este treino consiste na realização de tarefas cognitivas e psicomotoras com grau de dificuldade crescente, adaptadas à situação em causa. Em casos específicos incluirá a prática em contexto de condução real. As sessões têm a duração de 50 minutos, sendo o número de sessões definido em função das capacidades e do progresso dos desempenhos atingidos. O veículo utilizado é o apresentado pelo condutor com requisitos de circulação, incluindo seguro válido.

Dra. Inês Ferreira e Dr. Alberto Maurício - Psicólogos do CNS - Campus Neurológico
Nota: 
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Vídeo ensina de forma divertida os principais sintomas de AVC e apela à ação rápida
A campanha Fast Heroes acaba de lançar o videoclipe ‘Dança pela Vida’ com o propósito de sensibilizar a população para os...

Com a participação de crianças provenientes de mais de 20 países, o videoclipe mostra-as a dançar ao som da canção da iniciativa, mostrando orgulhosamente o que aprenderam e que poderá ajudá-los a salvar vidas. 

“Apesar da prevalência do AVC, a investigação mostra que este é um tema sobre o qual ninguém quer falar. Esta situação faz com que educar a nossa geração de baby boomers [pessoas nascidas entre 1945 e 1964], que corre maior risco de vir a sofrer um AVC, seja um grande desafio”, afirma Jan Van Der Merwe, da Angels Initiative, que lidera a campanha FAST Heroes. “Mas com quem é que este grupo etário interage muito? Os seus netos. E devido à ligação especial que existe, é mais provável que recebam mensagens positivas através deles. Por isso, procurámos tirar partido desta relação para causar um impacto positivo. Juntos podemos salvar o mundo, um avô de cada vez", remata.  

A campanha com a temática dos super-heróis educa as crianças relativamente aos três principais sinais de AVC: um lado da face que subitamente começa a descair, um braço que de repente fica sem força e uma boca de deixa de conseguir articular palavras. Além disto, alerta para a importância de chamar imediatamente uma ambulância através do 112. 

"Um em cada quatro de nós terá um AVC durante a sua vida, pelo que se trata de uma questão importante que afeta a população. A nível mundial, o AVC é a segunda principal causa de morte e a terceira principal causa de incapacidade. Felizmente, pode ser tratado de forma eficaz, mas apenas se o doente tiver uma rápida assistência. O desafio é que a maioria das pessoas que sofrem um AVC não se apercebem de que estão a ter um até ser demasiado tarde", afirma Sheila Martins, Professora de Neurologia e Presidente da Organização Mundial do AVC.  

A iniciativa Fast Heroes utiliza as crianças como catalisadores para ajudar a aumentar a literacia sobre o AVC, tirando partido do seu entusiasmo pela aprendizagem e partilha. As crianças são ensinadas na escola e têm a missão de partilhar o que aprenderam com as suas famílias, especialmente com os avós. 

Algumas celebridades também apoiaram a iniciativa e deram o seu contributo no videoclipe, como o ator nomeado para um Óscar Sir Jonathan Pryce, o apresentador de televisão e YouTuber Joe Tasker e o radialista Chris Tarrant, ele próprio um sobrevivente de AVC. 

Para ver o vídeo e saber mais sobre os Heróis FAST, visite fastheroes.com.  

 
II Congresso de Cuidados Respiratórios/I Congresso Ibérico de Cuidados Respiratórios
Depois do sucesso da primeira edição, realizada no ano passado, vai decorrer, nos dias 9 e 10 de maio, no Porto, o II Congresso...

O mote para o evento é “Pontes de União” espelhando, nas palavras da presidente do Congresso, “o objetivo de estabelecer ligações entre profissionais de saúde de diversas áreas e promovendo a colaboração e a partilha de conhecimentos em cuidados respiratórios. Este lema representa a nossa missão de ultrapassar barreiras entre especialidades para a aprimorar a saúde respiratória”.

A integração de cuidados paliativos nos cuidados respiratórios, as inovações tecnológicas e a inteligência artificial, as intervenções adjuvantes aos cuidados respiratórios na abordagem do doente agudo e crónico e as patologias menos habitualmente discutidas, tal como as bronquiectasias e a síndrome de obesidade-hipoventilação, são alguns dos temas em destaque no programa deste ano. Carla Ribeiro afirma que, neste âmbito, “o programa foi concebido com a finalidade de abranger uma vasta gama de perspetivas, agregando especialistas de diferentes áreas dos cuidados respiratórios, tanto de médicos como de outros profissionais de saúde”.

No que diz respeito à submissão de trabalhos, a organização destaca terem recebido mais de 50, demonstrando, este número, “o envolvimento ativo da comunidade científica. Para além disso,  a diversidade das submissões reflete o sucesso da nossa abordagem multidisciplinar e a vitalidade da investigação em cuidados respiratórios”.

Carla Ribeiro antecipa que “os participantes podem esperar um evento enriquecedor, que lhes oferecerá não só acesso a novos conhecimentos e práticas, mas também oportunidades únicas de estabelecer ligações valiosas. Este congresso é uma celebração da evolução nacional na área dos cuidados respiratórios”.

 
Ação preventiva acontece no dia 27 de abril
Em colaboração com o Grupo Hospital Particular do Algarve, o MAR Shopping Algarve realizará uma iniciativa de rastreios...

Ana Antunes, diretora do MAR Shopping Algarve, enfatiza a relevância desta iniciativa, expressando: "Acreditamos que a saúde é um elemento fundamental para o bem-estar individual e coletivo e estamos profundamente comprometidos em promover uma cultura de bem-estar na nossa comunidade. Ao investirmos na avaliação nutricional e na consciencialização sobre hábitos saudáveis, estamos a contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais saudável e resiliente. Através destas ações, visamos capacitar os indivíduos a adotarem escolhas mais informadas e saudáveis, proporcionando-lhes as ferramentas necessárias para cuidarem melhor de si mesmos e dos que os rodeiam”.

Ao longo dos últimos anos, o projeto 'Agenda de Rastreios' do MAR Shopping Algarve tem desempenhado um papel vital na promoção da saúde e bem-estar dentro das comunidades locais. Este compromisso contínuo reforça a missão do Meeting Place em melhorar a qualidade de vida dos residentes, algo que, só em 2023, se refletiu num impacto positivo direto em mais de 900 pessoas.

Para participar nesta iniciativa é necessário efetuar uma marcação prévia, entrando em contacto através do número 302 063 457 ou enviando um e-mail para [email protected]. Esta marcação visa assegurar um atendimento eficiente e personalizado, proporcionando a cada participante uma experiência positiva e relevante para o seu bem-estar.

 
Obras de “Ossos em Foco” serão expostas em hospitais de referência
A Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM) anuncia que o prazo de candidatura para o concurso ...

Com o objetivo de colocar os “Ossos em Foco”, este concurso propõe que os candidatos criem uma peça de arte: uma pintura ou uma fotografia, e que nela seja retratado, de forma criativa, o testemunho na primeira pessoa da experiência vivida com a Osteoporose, abordando várias perspetivas: desde o impacto que a Osteoporose tem na qualidade de vida do doente, os cuidados a ter pelo cuidador informal, a relação do profissional de saúde em consultório, entre outras. As inscrições mantém-se agora abertas até ao final do mês de junho. O propósito destas obras, que serão exibidas em exposições a acordar no Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) e no Hospital de Santa Maria, do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, é de sensibilizar e consciencializar para esta doença silenciosa.

A Osteoporose é uma doença tardiamente identificada, geralmente aquando da ocorrência de uma fratura, provocada por uma crescente fragilidade da densidade óssea. Como apresentam os dados do SCOPE 21 referentes a Portugal, em 2019 sucediam-se 194 fraturas de fragilidade por dia, contabilizando-se oito a cada hora, prevendo-se um aumento destes números no futuro. Além do impacto na qualidade de vida, esta patologia impacta também o doente e as entidades de saúde ao nível financeiro através de custos associados a incapacidade de longo prazo, a exames necessários a realizar em caso de fraturas incidentes e intervenção farmacológica. Esta é ainda uma patologia sobre a qual é pouco reconhecida a importância da prevenção e do acompanhamento pós-fratura, embora deva exigir o envolvimento de uma equipa multidisciplinar composta por especialidades como a reumatologia, medicina interna, ortopedia, ginecologia, endocrinologia, fisiatria, reabilitação, enfermagem e nutrição, sobre a qual falta a implementação de uma política nacional de combate à Osteoporose.

Neste âmbito, Carlos Vaz, presidente da Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas, considera que por ser tão “importante sensibilizar e alertar a população para o impacto drástico da Osteoporose na qualidade de vida dos mais de 800 mil portugueses já diagnosticados e evitar novos diagnósticos evitáveis, o prazo para candidaturas ao concurso “Ossos em Foco” estende-se até 30 de junho de 2024. Esperamos com isto motivar mais doentes, cuidadores informais e profissionais de saúde a partilhar a perspetiva de quem vive, lida ou conhece a doença, para, mais tarde, ser possível alertar para a temática através da exposição das peças em hospitais de referência das zonas Norte, Centro e Sul do País.”

Na divulgação do concurso envolvem-se ainda, enquanto parceiros da plataforma ossosfortes.pt, website onde é possível a submissão das candidaturas e acesso ao regulamento do concurso, a Associação Nacional contra a Osteoporose (APOROS), a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), a Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), a Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia (APPSREUMA), a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), Associação Portuguesa de Osteoporose (APO), com o apoio da Amgen Biofarmacêutica.

Para mais informações, consulte o regulamento e outros detalhes em https://ossosfortes.pt/concurso-ossos-em-foco/.

 
6 e 7 de maio
A Escola Superior de Enfermagem do Porto, em parceria com o CINTESIS@RISE, organiza o Congresso Internacional de Investigação...

O congresso conta com a participação de oradores nacionais e internacionais, que vão abordar e partilhar temas relacionados com a investigação. Com especial destaque para Henriques Martins, Consultor em Saúde Digital para a OMS, Filomena Cardoso, Membro da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, e Paulo Alves, Diretor da Escola de Enfermagem da Universidade Católica do Porto.

Com enfoque na investigação em enfermagem, este evento pretende ser um espaço de partilha de conhecimentos, experiências e evidências, resultantes da investigação, bem como promover a reflexão sobre desafios e novas oportunidades na forma como se concebe, planeia e desenvolve a investigação.

De acordo com Carlos Sequeira, Coordenador da Unidade de Investigação da ESEP e responsável pela Comissão Científica do congresso, o evento tem por objetivo “promover a articulação entre os investigadores da academia e da prática clínica, através da partilha de novas práticas pedagógicas e da discussão sobre resultados de investigação e novas metodologias de ensino/aprendizagem”.

O primeiro dia do congresso tem como propósito explorar os avanços e desafios no campo da inteligência artificial aplicada à enfermagem, destacando a importância da transformação digital na promoção de cuidados de saúde eficazes e centrados nas pessoas.

No segundo dia do congresso, pretende-se refletir sobre como essas evidências podem ser integradas de forma eficiente, proporcionando benefícios tangíveis às pessoas, aos profissionais e às instituições.

Este congresso representa, assim, uma oportunidade para estimular o diálogo e catalisar colaborações que impulsionem a enfermagem para o futuro, onde a inteligência artificial e a inovação desempenham papéis centrais na construção de um sistema de saúde mais eficiente, acessível e centrado nas pessoas.

Todas as informações disponíveis em https://nursid.esenf.pt/

 
Grupo multidisciplinar discute vacinação do adulto em Portugal
O NOVA Center for Global Health, laboratório de investigação aplicada da NOVA Information Management School (NOVA IMS), lança...

A iniciativa, que conta com o apoio da GSK, reúne um conjunto multidisciplinar de especialistas de vários segmentos do ecossistema de saúde – entre os quais Francisco George, presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública e chairman do projeto – para debater os desafios, explorar as oportunidades e construir um caminho de futuro para uma agenda de ações que possa sensibilizar para os ganhos em saúde que a vacinação em idade adulta representa na sociedade portuguesa.

Atualmente, segundo dados do INE, e com o aumento da esperança média de vida, os portugueses com 65 anos de idade têm a probabilidade de viver, em média, mais 20 anos. No entanto, dados mais recentes do Pordata demonstram que em 2022 cerca de 20% dos portugueses que morreram em Portugal não haviam completado os 70 anos de idade. Reconhecendo os desafios que a evolução gradual da esperança média de vida (a qual foi positivamente impactada pela vacinação) coloca ao nível dos anos de vida saudáveis, em especial pelo facto do risco para contrair determinadas doenças que podem ser prevenidas através da vacinação aumentar a partir dos 50 anos de idade – devido, em especial, ao próprio envelhecimento do sistema imunitário, um fenómeno designado de imunosenescência – o Projeto +Longevidade considera importante refletir sobre o alargamento e fortalecimento da agenda de políticas de saúde focadas na vacinação na população adulta, não apenas nas faixas etárias mais idosas, mas, sobretudo, na população adulta e ativa profissionalmente.

Henrique Lopes, Diretor do NOVA Center for Global Health, defende: “Na população adulta, onde assistimos a uma evolução da prevelência de doenças crónicas e uma progressiva deteriozação do sistema imunitário decorrente de uma maior longevidade, a vacinação cumpre um papel importante ao proteger o organismo de infeções que possam agravar as comorbilidades pré-existentes e potenciar o desenvolvimento de outras doenças, permitindo, por isso, mais proteção, menos carga de doença, mais qualidade de vida e, fundamentalmente, um envelhecimento mais saudável e ativo. É, por isso, fundamental considerar-se o reforço da vacinação da população adulta em doenças como o Tétano, Difteria, Tosse Convulsa, Gripe, Doença Pneumocócica, HPV, Herpes Zoster e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), acompanhando aliás a tendência que já identificamos em vários países europeus”.

Recomendações
Dores abdominais recorrentes, inchaço, obstipação e/ou diarreia.

Com elevado impacto na qualidade de vida, quer a nível físico como psicológico, a SII é uma doença ainda pouco conhecida, feito muitas vezes por exclusão de outras patologias. Os sintomas geralmente incluem dor abdominal, distensão abdominal, flatulência e obstipação ou diarreia, e a sua intensidade varia de pessoa para pessoa.

As causas da SII ainda não são claras para a comunidade científica. Há estudos que referem que o risco de desenvolver SII é cinco vezes superior após uma infeção (viral, por parasitas ou bacteriana). Outros sugerem que a alteração na comunicação intestino-cérebro pode ser causada por um desequilíbrio na microbiota (flora) intestinal, ou seja, disbiose. Neste campo, existem investigações que indicam que a disbiose é mesmo uma causa plausível de SII.

Existem recomendações que podem melhorar a qualidade de vida dos doentes, não só ao nível da alimentação, como na alteração de estilos de vida. Em abril, mês da consciencialização para a SII, deixamos 5 dicas para conviver melhor com esta patologia:

A alimentação é muito importante para quem vive com SII. É necessário excluir da dieta alimentos potencialmente mais propensos a dar origem a crises. Contudo, o estilo de vida e a exposição ao stress são também muito importantes na gestão diária da doença.

  1. Fazer refeições regulares e comer devagar. Evitar saltar refeições ou ficar longos períodos sem comer.
  2. Cuidado com as bebidas. Ingerir água e evitar bebidas com cafeína. Beber pelo menos 8 copos de água diariamente e reduzir o consumo de café ou chá a três por dia. Evitar também o consumo de bebidas gaseificadas.
  3. Ajustar o consumo de fibras e evitar o açúcar e adoçantes. O ideal é recorrer a um nutricionista, que possa compreender que tipo de fibras e que respetivas quantidades devem ser ingeridas diariamente.
  4. Estilo de vida mais saudável e ativo. Praticar exercício físico de forma regular e abandonar um estilo de vida mais sedentário é também importante na gestão da doença.
  5. Controlo dos níveis de stress. O stress tem um papel muito importante na SII. Picos de stress e ansiedade podem exacerbar os sintomas e inclusivamente desencadear crises. É, por isso, fundamental, controlar os níveis de stress, recorrendo, por exemplo, a meditação ou terapia.

Na SII o exame clínico e as imagens estão normalmente normais.

 
Fontes:
Enck P, Aziz Q, Barbara G, et al. Irritable bowel syndrome. Nat Rev Dis Primers. 2016;2:16014
SNFGE. Syndrome de l’intestin irritable (SII) [Irritable bowel syndrome (IBS)]. June 2018. https://www.snfge.org/content/syndrome-de-lintestin-irritable-sii
CNPHGE.  Syndrome de l’intestin irritable [Irritable bowel syndrome]. https://www.cnp-hge.fr/syndrome-de-lintestin-irritable/
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Mestrado visa aumentar competências na interface da saúde animal, humana e do ambiente
O Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto foi a primeira escola de ensino superior em...

Este posicionamento da escola no reconhecimento da efetiva interdependência entre a saúde humana, saúde animal e saúde do ambiente, e as suas consequências, tem sido ao longo dos anos partilhada no ensino com os estudantes e em trabalhos de investigação.

“O ICBAS entende que é o momento de dar mais um passo no sentido da evolução do conhecimento do One Health e de uma forma ainda mais diferenciada. Neste sentido é criado um Mestrado, que vai possibilitar formar recursos humanos com capacidade para abordarem de uma forma multidisciplinar e transdisciplinar os problemas emergentes no contexto de sistemas de saúde que envolvem o meio ambiente, os animais e os humanos, mas também a vertente económica que é fundamental para assegurar a sustentabilidade dos ecosistemas de saúde”, salienta Henrique Cyrne Carvalho, diretor do ICBAS.

Para a diretora do One Health Master e professora no ICBAS, Luísa Valente, “este é um mestrado verdadeiramente transdisciplinar e isso é, por um lado, o que nos diferencia, mas também o que mais desafia, isto porque este mestrado prevê a possibilidade de juntar pessoas que vêm de ciclos de estudos em áreas muito distintas – das ciências sociais, da economia, da biologia. Ou seja, teremos certamente uma turma muito diversa, o que vai exigir a capacidade de propor a cada estudante um conjunto de unidades curriculares optativas às quais sejam capazes de dar resposta tendo em conta as suas competências”.

Este Mestrado combina conhecimentos e competências do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, cruzando as ciências da vida e da saúde com as sociais. Também a Câmara Municipal do Porto é um parceiro estratégico em diversas áreas, como são os exemplos do Pacto do Porto para o Clima, da promoção da qualidade e da sustentabilidade ambiental e o caminho para a neutralidade carbónica da cidade.

Face à emergência de problemas cada vez mais complexos no contexto dos sistemas de saúde “abordagens setoriais típicas do ensino tradicional não são suficientes”, segundo Álvaro Almeida, professor da FEP, pelo que “os estudantes irão compreender e integrar metodologias e perspetivas de análise de diferentes áreas de conhecimento, desenvolvendo capacidades de integração de conhecimentos, que permitirá, de forma única, identificar soluções para os problemas globais de saúde”.

O “One Health Master” passará a integrar a oferta formativa da Universidade do Porto a partir do ano letivo 2024/2025. 

Doença afeta 700 mil portugueses acima dos 50 anos
A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca - AADIC realiza no próximo dia 2 de maio, a partir das 21h, mais...

Este webinar vai contar com as intervenções do Dr. João Agostinho, Cardiologista Clínica de Insuficiência Cardíaca do Hospital Pulido Valente (ULS Santa Maria), do Dr. Jonathan dos Santos, Médico de Família MGF Instituto CUF Porto e da Enfª. Fátima Salazar, Enfermeira Clínica de Insuficiência Cardíaca do Hospital Pulido Valente (ULS Santa Maria). A Dra. Maria José Rebocho, cardiologista e membro do conselho técnico-científico da AADIC, será responsável pela moderação. Este evento, que tem transmissão exclusiva na página de Facebook e canal de Youtube da AADIC, conta com o apoio da Bial.

Os resultados do Estudo Porthos revelaram que mais de 700 mil portugueses com idade superior a 50 anos vivem com Insuficiência Cardíaca, sendo que 90 % não sabe que tem a síndrome. São dados preocupantes que levam a AADIC a reforçar ainda mais a sua missão de divulgar esta doença e os seus sintomas, sendo esse o ponto de partida para este webinar.

A iniciar a sessão, o Dr. João Agostinho irá explicar o que é a Insuficiência Cardíaca, quais os sinais de alerta e quando procurar o médico.

Após esta explicação, será a vez do Dr. Jonathan dos Santos falar sobre o diagnóstico nos cuidados primários e porque é tão importante o início precoce do tratamento.

Feito o diagnóstico e definido o tratamento, é fundamental o doente saber gerir a doença. Será neste ponto que irá centrar-se a intervenção da Enfª. Fátima Salazar sobre como gerir esta doença crónica, salientando a importância do apoio domiciliário.

No final da sessão, os oradores irão responder a todas as questões e dúvidas colocadas durante esta sessão pelos doentes, cuidadores, e o público em geral, que estiveram a assistir.

Efeito lifting imediato e duradouro
O tratamento com fios tensores é uma técnica inovadora e eficaz para rejuvenescimento facial e corpo

Durante o procedimento, são utilizados fios de sustentação especiais que são inseridos na pele para promover um efeito lifting imediato e duradouro. O material utilizado nesse procedimento é seguro, biocompatível e não representa riscos para a saúde. 

Os principais benefícios dos fios tensores incluem a melhoria da firmeza e elasticidade da pele, redução de rugas e linhas de expressão, e um contorno mais definido. Além disso, o tratamento com fios tensores é realizado de forma minimamente invasiva, sem provocar dor significativa, resultando em uma recuperação rápida e natural. 

Benefícios

Para homem e mulheres

  • Transformação da pele sem cirurgia ou agulhas
  • Rejuvenescimento suave, seguro e eficaz
  • Reduz de rugas e melhora a textura e firmeza da pele
  • Resultados incríveis, sem dor ou tempo de recuperação
  • Adequado para todos os tipos de pele - Estímulo da produção de colágeno pelos fios de sustentação ou fios tensores 
  • Aumento da autoestima com uma pele rejuvenescida

Resultados imediatos 

Com o tratamento de fios tensores, é possível obter resultados visíveis e satisfatórios, sem os riscos e desconfortos associados a procedimentos mais invasivos. A técnica é uma excelente opção para quem busca um aspeto mais jovem e revitalizados, não causa mudanças percetíveis ou indesejáveis nas linhas naturais da face, é um procedimento seguro e eficaz. 

É importante ressaltar que, como em qualquer procedimento estético, é fundamental procurar um profissional qualificado e experiente para realizar o tratamento com fios tensores, a fim de garantir resultados satisfatórios sem riscos. 

Além disso, é essencial seguir todas as orientações pós-tratamento fornecidas pelo profissional, a fim de garantir uma recuperação adequada e maximizar os benefícios do procedimento. É importante também ter expectativas realistas em relação aos resultados, pois cada pessoa responde de forma única ao tratamento. 

Em resumo, os fios tensores são uma opção interessante para quem deseja melhorar a aparência da pele de forma não invasiva e com resultados naturais. Para isso, consulte sempre um profissional qualificado para avaliar as suas necessidades e indicar o melhor tratamento para o seu caso.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Optometrista portuguesa
A Optometrista Micaela Reis está entre os premiados com o prémio Young Systems Leader, da Agência Internacional para a...

Embora esteja apenas a começar o seu percurso como defensora dos cuidados para a saúde da visão, tem um interesse especial nesta área e tem estado envolvida em vários projetos relacionados com a promoção dos cuidados para a saúde da visão integrados e centrados nas pessoas, com especial ênfase nas populações mais negligenciadas.

Desenvolveu e participou em um projeto idealizado e organizado para atender às necessidades de saúde da visão das pessoas que vivem em áreas mais carenciadas, bem como em um projeto, que ainda se encontra em desenvolvimento, relacionado com o acesso aos cuidados para a saúde da visão nos estabelecimentos prisionais, garantindo o acesso a cuidados para a saúde da visão com equidade, qualidade e eficácia.

É também uma das fundadoras e promotoras da APLO Jovem, a secção da APLO para estudantes de optometria. Tem o propósito de sensibilizar e desenvolver o espírito de missão a serviço da saúde da visão. Os seus principais objetivos são tornar a profissão de Optometrista mais reconhecida pelo público, sensibilizar sobre sua importância para a comunidade, incentivar e apoiar o desenvolvimento dos estudantes como defensores por meio da criação e disseminação de conteúdos de formação, bem como ajudar na integração nas diferentes profissões prestadores de cuidados para a saúde da visão.

Micaela Reis é Optometrista e concluiu o mestrado em Optometria e Ciências da Visão em 2014. Concluiu recentemente o Looking Towards the Future: Optometry Program in Advocacy and Leadership, pelo Conselho Mundial de Optometria, o Global Blindness: Planning and Managing Eye Care Services pela London School of Hygiene e Tropical Medicine e o Certificate Course in Community Eye Health pelo L V Prasad Eye Institute.

Micaela Reis é vice-presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), Entidade de Utilidade Pública, desde 2020.

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