No Dia do Médico em Portugal
No âmbito do Dia do Médico, celebrado a 18 de junho em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT)...

Desde a sua fundação, a SPOT tem trabalhado na formação, investigação e desenvolvimento científico e tecnológico na área da Ortopedia e Traumatologia. Assim, a instituição do Dia Nacional do Ortopedista, já celebrado em vários países como Espanha (20 de maio), Brasil (19 de setembro) e Argentina (8 de maio), permitirá realçar a importância desta especialidade, não só pela promoção da saúde, bem-estar e qualidade de vida dos indivíduos, como também pelo seu impacto económico e social” afirma João Gamelas, Presidente da SPOT.

Para ser discutida no parlamento, a petição requer 7.500 assinaturas, pelo que a SPOT apela a que todos se juntem à causa, contribuindo, assim, para a valorização e visibilidade da profissão de ortopedista no país, reconhecendo o seu impacto positivo na saúde e na sociedade.

Para apoiar a causa, deverá assinar a petição disponível em http://participacao.parlamento.pt/initiatives/4219.

 
Desafios e Adaptações
A deficiência auditiva refere-se à perda total ou parcial da capacidade de ouvir.

Ambas as deficiências têm impactos significativos na vida diária das pessoas, influenciando a forma como interagem com o ambiente ao seu redor e com os outros. A coexistência dessas deficiências adiciona complexidade aos desafios enfrentados, requerendo abordagens inclusivas e estratégias específicas para promover a participação plena na sociedade.

O propósito deste artigo é explorar a complexa relação entre deficiência auditiva e visual, com foco na coexistência dessas condições, conhecida como surdocegueira. Além de abordar as causas subjacentes, o artigo visa analisar as implicações significativas que essa combinação pode ter na vida diária, na comunicação, na mobilidade e na participação social.

Ao examinar a intersecção dessas deficiências, pretendemos destacar os desafios enfrentados por indivíduos surdo-cegos, proporcionando insights sobre estratégias adaptativas e a necessidade de abordagens inclusivas na sociedade. A compreensão dessas implicações é fundamental para promover ambientes mais acessíveis e para informar iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.

Este artigo busca não apenas fornecer uma visão abrangente das complexidades da surdocegueira, mas também inspirar a reflexão sobre as formas como a sociedade pode se adaptar e oferecer suporte eficaz a fim de garantir a plena participação e inclusão de indivíduos que enfrentam a intersecção desafiadora entre a deficiência auditiva e visual.

Causas e Condições Associadas:

A surdocegueira, caracterizada pela coexistência de deficiência auditiva e visual, pode ter causas variadas. Abordar essas causas é crucial para compreender a complexidade dessa condição. Aqui estão algumas das possíveis causas:

1. Condições Genéticas:

  • Mutações genéticas podem resultar em síndromes ou condições que afectam tanto a audição quanto a visão. Exemplos incluem a síndrome de Usher e a síndrome de Waardenburg.

2. Complicações durante a Gravidez e Parto:

  • Factores como infecções durante a gravidez, exposição a toxinas, complicações durante o parto ou prematuridade podem contribuir para a surdocegueira.

3. Doenças Congénitas e Adquiridas:

  • Algumas doenças congénitas, como a rubéola, podem causar surdocegueira.
  • Infecções, como a meningite, podem levar à perda auditiva e visual quando ocorrem em estágios críticos do desenvolvimento.

4. Degeneração Sensorial Relacionada à Idade:

  • O envelhecimento pode resultar em perda auditiva e visual progressiva, especialmente em casos de degeneração macular e presbiacusia.

5. Traumas e Lesões:

  • Lesões na cabeça, acidentes ou trauma físico podem causar danos simultâneos aos órgãos auditivos e visuais.

6. Condições Neurodegenerativas:

  • Algumas condições neurodegenerativas, como a síndrome de Alport ou a doença de Refsum, podem afectar múltiplos sistemas sensoriais.

7. Síndromes Associadas:

  • Algumas síndromes, como a síndrome de CHARGE, apresentam uma combinação de deficiências sensoriais, incluindo audição e visão.

A compreensão das causas da surdocegueira é fundamental para aprimorar estratégias preventivas, diagnóstico precoce e intervenções terapêuticas. Além disso, reconhecer a diversidade de origens dessa condição é essencial para adaptar abordagens de suporte e inclusão, considerando as necessidades específicas de cada indivíduo afetado pela coexistência de deficiência auditiva e visual.

Desafios Diários:

A surdocegueira apresenta uma série de desafios únicos que impactam diversos aspectos da vida diária, comunicação, mobilidade e interacção social para aqueles que vivenciam a coexistência de deficiência auditiva e visual. Alguns dos desafios mais significativos incluem:

1. Comunicação Limitada:

  • Dificuldade em compreender informações verbais sem a capacidade de ouvir e ver simultaneamente.
  • Dependência de métodos táteis, linguagem de sinais tátil ou comunicação gestual para se expressar e entender.

2. Mobilidade Restrita:

  • Obstáculos na navegação e orientação devido à falta de informações visuais e auditivas.
  • Necessidade de apoio de guias, bengalas longas ou cães-guia para se locomover de forma segura.

3. Acesso Limitado à Informação:

  • Dificuldade em acessar informações visuais e auditivas, como gráficos, vídeos e apresentações.
  • Dependência de tecnologias assistivas, como leitores de tela táteis e dispositivos braille, para obter informações escritas.

4. Isolamento Social:

  • Desafios na participação em actividades sociais devido às barreiras na comunicação e interacção.
  • Necessidade de consciencialização e adaptação por parte da comunidade para promover a inclusão social.

5. Educação Especializada:

  • Demandas por métodos educacionais adaptados que considerem as limitações auditivas e visuais.
  • Necessidade de profissionais treinados para apoiar o desenvolvimento cognitivo e académico.

6. Desafios no Emprego:

  • Obstáculos na obtenção e manutenção do emprego devido a requisitos específicos do ambiente de trabalho.
  • Adaptações necessárias para garantir a acessibilidade no ambiente profissional.

7. Estigma e Percepções Sociais:

  • Possibilidade de enfrentar estigmatização devido a atitudes e percepções equivocadas sobre a capacidade e independência dessas pessoas.
  • Educação e conscientização necessárias para promover uma compreensão mais abrangente e inclusiva.

A abordagem eficaz desses desafios requer não apenas adaptações tecnológicas e ambientais, mas também uma mudança cultural e social para criar ambientes que reconheçam e apoiem as necessidades específicas daqueles com surdocegueira.

Estratégias de Adaptação, Reabilitação e Comunicação:

1. Linguagem Tátil e Comunicação Gestual:

  • Alfabeto Tátil e Braille: Utilização do alfabeto braille para leitura e escrita tátil.
  • Sinais Táteis: Desenvolvimento de sinais táteis personalizados para facilitar a comunicação gestual.

2. Comunicação Gestual Adaptada:

  • Linguagem de Sinais Tátil: Uso de variações táteis da linguagem de sinais para comunicação.
  • Gestos Ampliados: Adaptação de gestos visuais para uma escala tátil compreensível.

3. Tecnologias Assistivas e Reabilitação:

  • Leitores de Ecrã Táteis: Dispositivos que convertem informações visuais em estímulos táteis.
  • Sistemas de Comunicação Tátil-Assistiva: Softwares e dispositivos que facilitam a comunicação através de estímulos táteis.
  • Reabilitação Auditiva e Visual Integrada: Treino conjunto para otimizar o uso de próteses e implantes auditivos.

4. Próteses e Implantes Auditivos:

  • Treino Auditivo Tátil: Adaptação para reconhecer e interpretar estímulos auditivos recebidos por meio de próteses e implantes.
  • Integração de Estímulos Sensoriais: Coordenar informações táteis e auditivas para uma percepção mais completa.

5. Comunicação Multissensorial:

  • Integração de Estímulos: Combinação de estímulos táteis, gestuais e auditivos para otimizar a comunicação.
  • Treino Multissensorial: Desenvolvimento de habilidades para interpretar informações a partir de diferentes estímulos sensoriais.

6. Orientação e Mobilidade:

  • Treino com Cães-Guia: Uso de cães treinados para auxiliar na mobilidade e na navegação.
  • Bengalas Longas e Guias Humanos: Ferramentas e auxílios humanos para orientação em ambientes diversos.

7. Reabilitação Especializada:

  • Equipe Multidisciplinar: Envolvimento de profissionais como terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e especialistas em reabilitação.
  • Programas Personalizados: Desenvolvimento de programas adaptados às necessidades específicas de cada indivíduo.

8. Acessibilidade Digital:

  • Softwares de Acessibilidade: Uso de softwares que convertem informações visuais em formatos acessíveis.
  • Desenvolvimento de Conteúdo Acessível: Garantia de que conteúdos digitais sejam acessíveis através de múltiplos modos sensoriais.

A implementação dessas estratégias visa oferecer suporte holístico, capacitando indivíduos com deficiência auditiva e visual a enfrentar desafios diários e a participar plenamente na sociedade.

O Papel da Tecnologia Assistiva:

1. Leitores de Ecrã Táteis:

  • Descrição: Dispositivos que convertem informações visuais em estímulos táteis, possibilitando a leitura de textos e gráficos.
  • Exemplo: TactileView, que transforma diagramas e mapas em representações táteis.

2. Sistemas de Comunicação Tátil-Assistiva:

  1. Descrição: Softwares e dispositivos que facilitam a comunicação através de estímulos táteis, permitindo a troca de informações.
  2. Exemplo: Communicator 5, um sistema de comunicação alternativa que incorpora elementos táteis.

3. Softwares de Reconhecimento de Voz e Linguagem de Sinais:

  • Descrição: Softwares que traduzem a linguagem de sinais ou comandos de voz em texto ou voz, facilitando a comunicação.
  • Exemplo: Google Live Transcribe, que converte fala em texto em tempo real.

4. Dispositivos de Sinalização Vibro-Tátil:

  • Descrição: Dispositivos que utilizam vibrações para transmitir informações, alertando sobre eventos ou notificações.
  • Exemplo: Wearable tech, como Smartwatches, que emitem vibrações para notificações.

5. Aplicações de Realidade Virtual e Aumentada:

  • Descrição: Ambientes virtuais que oferecem experiências sensoriais simuladas para compensar as limitações sensoriais.
  • Exemplo: Apps de realidade virtual para exploração de museus ou simulações educacionais.

6. Sistemas de Navegação Indoor:

  • Descrição: Aplicações que usam tecnologia de GPS e sensores para auxiliar na navegação em ambientes internos.
  • Exemplo: BlindSquare, um aplicativo que fornece informações de localização e orientação em tempo real.

7. Softwares de Reconhecimento de Objetos e Pessoas:

  • Descrição: Programas que identificam e descrevem objetos, rostos e cenas através de feedback auditivo ou tátil.
  • Exemplo: Seeing AI, um aplicativo que descreve o que está ao redor do usuário por meio da câmera do dispositivo.

8. Dispositivos Hápticos:

  • Descrição: Equipamentos que proporcionam feedback tátil, como luvas ou coletes, para transmitir informações sobre o ambiente.
  • Exemplo: Haptic Helpers, um dispositivo vestível que utiliza vibrações para indicar direções.

A tecnologia assistiva desempenha um papel crucial na melhoria da qualidade de vida para pessoas com deficiência auditiva e visual, proporcionando acesso a informações, comunicação eficiente e autonomia em diversas áreas da vida quotidiana.

Estudos de Caso (de Indivíduos):

1. Helen Keller:

  • Experiência: Helen Keller, cega e surda desde a infância, tornou-se uma renomada autora, palestrante e activista.
  • Conquistas: Superou as barreiras da comunicação, aprendeu a linguagem de sinais e braille, e dedicou sua vida à defesa dos direitos das pessoas com deficiência.

2. Haben Girma:

  • Experiência: Haben Girma, primeira pessoa surdo-cega a se formar em direito em Harvard, utiliza tecnologias assistivas e linguagem de sinais tátil.
  • Conquistas: Advogada e defensora da acessibilidade, Haben trabalha para garantir que as informações sejam acessíveis a todos.

3. John Bramblitt:

  • Experiência: John Bramblitt perdeu a visão devido a complicações de epilepsia, mas encontrou na pintura uma forma de expressão.
  • Conquistas: Artista visual premiado, John cria obras impressionantes, usando texturas e cores para transmitir emoções.

4. Christine Ha:

  • Experiência: Christine Ha, chef e vencedora do MasterChef EUA, perdeu a visão devido a uma doença auto-imune.
  • Conquistas: Demonstrou habilidades culinárias notáveis, destacando a capacidade de superar desafios e se destacar em um campo competitivo.

5. Tommy Edison:

  • Experiência: Tommy Edison, cego desde o nascimento, é um popular criador de conteúdo no YouTube que compartilha sua perspectiva única sobre o mundo.
  • Conquistas: Tornou-se uma figura inspiradora, oferecendo insights valiosos sobre a vida sem visão.

6. Marla Runyan:

  • Experiência: Marla Runyan, atleta olímpica, é cega desde a infância devido a uma condição degenerativa.
  • Conquistas: Competiu em várias Olimpíadas e Paralimpíadas, desafiando estereótipos sobre as capacidades de atletas com deficiência visual.

7. João Carlos Martins:

  • Experiência: João Carlos Martins, renomado pianista brasileiro, enfrentou a perda de parte dos movimentos das mãos e a cegueira em diferentes momentos de sua carreira.
  • Conquistas: Continua a se apresentar, adaptando-se às suas limitações físicas, e é um exemplo de resiliência na música clássica.

Estes estudos de caso destacam a diversidade de experiências, conquistas notáveis e a capacidade extraordinária de superar desafios enfrentados por indivíduos com deficiência auditiva e visual. Suas histórias inspiradoras ressaltam a importância da inclusão e da criação de ambientes que promovam a igualdade de oportunidades.

Perspectivas Futuras e Avanços Científicos:

1. Terapias Genéticas:

  • Pesquisas visam desenvolver terapias genéticas para corrigir mutações responsáveis por deficiências auditivas e visuais.

2. Implantes Neurais Avançados:

  • Desenvolvimento de implantes neurais mais sofisticados para restaurar a audição e visão, proporcionando maior clareza sensorial.

3. Inteligência Artificial e Visão Computacional:

  • Avanços em inteligência artificial e visão computacional para criar dispositivos capazes de interpretar e transmitir informações visuais de maneira mais eficiente.

4. Próteses Biónicas:

  • Pesquisas focadas em próteses biónicas que replicam funções sensoriais, oferecendo uma alternativa mais próxima da experiência natural.

5. Estimulação Cerebral Não Invasiva:

  • Exploração de técnicas não invasivas de estimulação cerebral para aprimorar a percepção auditiva e visual em indivíduos com deficiências.

6. Terapia de Células-Tronco:

  • Investigação de terapias baseadas em células-tronco para regenerar células auditivas e retinianas danificadas.

7. Tecnologias Vestíveis Integradas:

  • Desenvolvimento de tecnologias vestíveis que integram feedback tátil, auditivo e visual para uma experiência sensorial mais completa.

8. Aprimoramentos em Neuro-próteses:

  • Pesquisas para melhorar a eficácia de neuro-próteses, permitindo uma comunicação mais direta entre o sistema nervoso e dispositivos externos.

9. Melhorias em Interfaces Cérebro-Computador:

  • Avanços nas interfaces cérebro-computador para traduzir sinais cerebrais em comandos que controlem dispositivos e próteses.

10. Pesquisas em Medicina Regenerativa:

  •  Estudos em medicina regenerativa visam reparar e regenerar órgãos sensoriais, proporcionando soluções duradouras para as deficiências.

O futuro para indivíduos com deficiência auditiva e visual é promissor, com a pesquisa científica avançando em diversas frentes. À medida que essas inovações se materializam, espera-se uma melhoria significativa na qualidade de vida e nas oportunidades de inclusão para essa comunidade.

Conclusão: Melhorando as Vidas de Pessoas com Deficiência Auditiva e Visual

Neste percurso, exploramos os desafios e triunfos de vidas impactadas pelas pessoas que sofrem da união das deficiências auditiva e visual. Desde estratégias adaptativas até avanços tecnológicos, ressaltamos a resiliência de indivíduos notáveis.

A convergência de deficiências auditivas e visuais exige esforços inclusivos, da educação ao ambiente social. Estudos de caso inspiradores evidenciam que, mesmo diante de obstáculos, é possível conquistar feitos extraordinários.

A revolução tecnológica, com leitores táteis a avanços em neuro-próteses, promete um futuro mais acessível. No entanto, a verdadeira transformação começa com consciencialização, inclusão e apoio contínuo.

Em síntese, ao construirmos uma sociedade que valoriza a diversidade, damos passos significativos para um futuro onde todos têm oportunidades iguais. A jornada rumo à igualdade é coletiva, e cada ato de compaixão molda um mundo mais acolhedor para todos.

*por opção do autor este artigo não foi escrito seguindo o Novo Acordo Ortográfico 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Miopia aumenta e surge em idades cada vez mais jovens
Estima-se que, até 2050, metade da população mundial sofra de miopia. Um nível crescente de evidências sugere que as...

Efetivamente, as crianças estão a tornar-se míopes em idades mais jovens, pelo que é importante monitorizar a saúde visual  das crianças e adotar medidas para prevenir e controlar a miopia desde cedo. Até porque, quanto maior o nível de miopia, maior o risco associado a condições como descolamento da retina e degeneração macular míope. Portanto, o rastreio e o cuidado adequado são essenciais para a saúde visual das crianças.

É com esta preocupação em mente que, nos dias 29 e 30 de junho, o MAR Shopping Matosinhos organiza um rastreio à miopia infantil. Entre as 11h00 e as 18h00, os técnicos da Opticália Premium estarão junto à saída da loja IKEA, piso 0, a monitorizar a saúde ocular das crianças.

A saúde da comunidade envolvente continua a ser uma prioridade do MAR Shopping Matosinhos, que periodicamente organiza rastreios em parceria com entidades especializadas públicas e privadas.

 
Professora Conceição Calhau deixa dicas para melhorar a saúde intestinal
“Não é exagero dizer que que o microbioma é um super-herói no nosso organismo. É vital para o desenvolvimento da imunidade e...

O microbioma é um órgão com um papel importante na saúde, contribuindo para a defesa do organismo através da modulação do sistema imunitário, prevenindo a colonização por microrganismos patogénicos e promovendo a imuno-tolerância. É também crucial na digestão dos alimentos, em particular da fibra, facilitando a absorção de minerais, como o magnésio, o cálcio e o ferro, e tem ainda a capacidade de sintetizar aminoácidos e algumas vitaminas, como a vitamina K e o folato. Paralelamente, alguns estudos identificam uma relação entre a microbiota e o cérebro, podendo estar associado a mudanças de humor e até sintomas depressivos.

Assim, o grupo de profissionais de Nutrição e Metabolismo da NOVA Medical School, coordenado pela professora Conceição Calhau, deixa os seguintes conselhos para melhorar a microbiota intestinal:

  • Reforçar a ingestão de fibra: A fibra é fundamental para a saúde intestinal, uma vez que serve de alimento às bactérias “boas” para o organismo. Alimentos como frutas, hortícolas, cereais integrais e leguminosas (grão, feijão, lentilhas) são excelentes fontes de fibra. “Antes de aumentar a ingestão de fibras, é recomendável consultar um nutricionista para ajustar a quantidade de acordo com as suas necessidades específicas e evitar desconforto gastrointestinal”, sublinha Conceição Calhau.
  • Probióticos e alimentos fermentados: Probióticos são micro-organismos vivos que trazem inúmeros benefícios para a saúde, tendo como função ajudar a manter a microbiota intestinal equilibrada. Alimentos fermentados como iogurte, kefir ou kombucha são ricos em probióticos, sendo essencial discutir com um nutricionista qual a melhor solução para a sua condição.
  • Evitar o açúcar e os alimentos ultraprocessados: O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar pode desequilibrar a microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de bactérias prejudiciais ao organismo, devendo reduzir-se a ingestão deste tipo de alimentos.
  • Manter a hidratação: A adequada ingestão de água é crucial para o funcionamento do sistema digestivo e para a saúde intestinal. A água ajuda a regularizar o trânsito intestinal, evitando a obstipação. “A quantidade de água a ingerir para atingir as recomendações hídricas diárias deve ter em consideração fatores como o nível de atividade física e outras condições de saúde”, alerta a professora.
  • Vida ativa e prática de exercício físico: O exercício regular ajuda a melhorar a motilidade intestinal, promovendo uma melhoria na saúde gastrointestinal.

“Um nutricionista pode auxiliar na criação de um plano alimentar equilibrado e estruturado, potenciando um estilo de vida mais saudável e sustentável”, considera a professora.

Para além da alimentação e do exercício físico, Conceição Calhau destaca ainda o papel do ciclo do sono e gestão de stresse, enquanto fatores influenciadores não só no envelhecimento, como também na longevidade. “Há doenças que, ao contrário da obesidade, não se manifestam de uma forma tão visível, sendo fundamental ter cuidados redobrados”, sublinha.

A microbiota intestinal forma-se essencialmente nos primeiros anos de vida e dada a vulnerabilidade e a exposição que a própria fase denota, são vários os fatores que podem influenciar o desenvolvimento desta condição intrauterina – o tipo de parto, exposição ou não a antibióticos, o tipo de alimentação, o stresse, acontecimentos traumáticos, animais domésticos, o próprio ambiente em que o ser humano se encontra e o tipo de dieta que adota.

A investigadora desmistifica, ainda, alguns hábitos que se propagam no meio digital e que não beneficiam a saúde da microbiota. Saltar o pequeno-almoço, as receitas mágicas detox, os superalimentos e a privação de hidratos de carbono são alguns das informações nocivas que se alastram.

De forma a assinalar o Dia Mundial do Microbioma, a equipa de nutricionistas da NOVA Medical School vai realizar consultas a preço reduzido, até dia 28 de junho, com a primeira consulta – que inclui avaliação da composição corporal, a 25 euros.

Projeto AGEWISE recebe bolsa no valor de 25 mil euros
Uma equipa liderada pela investigadora Ana Santos Almeida, do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (CARE, iMM),...

De acordo com a investigadora, “há estudos recentes que apontam para uma ligação entre a menopausa e a comunidade de milhares de milhões de microrganismos presentes no intestino e que desempenham um papel crucial na digestão, na função imunitária e no desenvolvimento cognitivo, contribuindo assim para a saúde em geral”. Além disso, sublinha, que o microbioma intestinal tem também uma função de destaque no processamento do estrogénio, o que afeta os níveis desta hormona no organismo da mulher, especialmente na menopausa. As escolhas de estilo de vida, incluindo a dieta, podem resultar numa mudança positiva do número e tipo de bactérias intestinais, potencialmente reduzindo o risco de doença nas mulheres pós-menopausa.

“O principal objetivo do AGEWISE é utilizar algoritmos de Inteligência Artificial para analisar dados biológicos e de estilo de vida, criando um perfil de risco personalizado para doenças relacionadas com a menopausa”, revela Ana Almeida. A investigadora lembra que “a menopausa é uma fase de grande importância na vida das mulheres, cuja diminuição dos níveis de estrogénio acarreta um risco acrescido de doenças crónicas, como as doenças cardíacas e o cancro”. Neste sentido, o que a equipa vai procurar, através da investigação, é melhorar a saúde das mulheres durante o envelhecimento, o que representa um passo crucial para descobertas inovadoras no apoio às mulheres durante a menopausa.

A investigação vencedora da 5.ª edição da Bolsa Nacional para Projetos de Investigação em Microbiota, atribuída pela Biocodex Microbiota Foundation, pretende revolucionar a deteção precoce e a gestão das doenças relacionadas com a menopausa através do desenvolvimento de ferramentas inovadoras de diagnóstico por Inteligência Artificial (IA) baseadas no microbioma intestinal.

 
Dia 26 de junho
O EGO - Especial Grávida Online, organizado pelas “Mamãs Sem Dúvidas” está de volta no próximo dia 26 de junho, das 21h às...

"Os Benefícios do Treino na Gravidez", apresentado pela Personal Trainer Joana Pereira, Especialista em Exercício na Gravidez e Pós-Parto, será a primeira intervenção da noite, através da partilha das vantagens e ferramentas necessárias para que as grávidas se mantenham ativas em segurança, contribuindo para o seu bem-estar e o do bebé.

De seguida, “Células Estaminais: Um Potencial de Cura" será a temática conduzida por Diana Santos, Formadora do Laboratório BebéVida. Serão discutidos os avanços científicos mais recentes nesta área, assim como as aplicações terapêuticas e como as famílias podem beneficiar do armazenamento das células estaminais do cordão umbilical, numa lógica preventiva.

Por fim, serão revelados "7 Truques para o Sono do Bebé", por Ana Maria Pereira, Terapeuta do Sono, que irá partilhar dicas práticas para estabelecer uma rotina de sono saudável, assim como esclarecer as questões mais comuns dos problemas de sono nos primeiros meses de vida.

Além das palestras, os participantes terão a oportunidade de concorrer a um cabaz especial, composto por diversos produtos úteis e de qualidade: um Peluche Babiage; uma Ecografia Emocional, um ​Kit travel Uriage e um ​MINILAND Intercomunicador Digital 3.5" Easy.

As inscrições para o evento já estão abertas e devem ser feitas em https://mamassemduvidas.pt/especial-gravida-online/

 
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia deixa o alerta
Com a chegada do verão, e do aumento da intensidade da luz solar e dos raios ultravioleta (UV), os c

Para evitar a ocorrência de problemas oculares a SPO deixa algumas recomendações que deve ter em consideração:

  • Óculos de sol: Para garantir uma maior proteção dos olhos é essencial o uso de óculos de sol com proteção UV, idealmente com 100% ou com a maior percentagem de proteção possível.
  • Tempo de exposição solar: Deve evitar-se a exposição solar entre as 12h00 e as 16h00, intervalo de horas em que a exposição aos raios UV é mais elevada do que nos outros períodos do dia.
  • Proteção para a cabeça: Os chapéus com abas ou palas são também uma ajuda na proteção dos olhos, uma vez que proporcionam uma barreira de sombra sobre a radiação solar direta que incide sobre os olhos.
  • Toma de medicação: Se está a fazer alguma medicação o cuidado deve ser ainda mais redobrado, uma vez que os seus olhos podem estar mais sensíveis à luz solar. São vários os medicamentos fotossensíveis, mas destacam-se entre os mais comuns os anti-histamínicos, antibióticos ou antidepressivos.
  • Exposição a agentes químicos: O cloro que é habitualmente utilizado na desinfeção da água das piscinas pode provocar lesões ao nível da superfície ocular pelo que o uso de óculos de natação nestes ambientes é aconselhável.

A presidente da SPO, Rita Flores, alerta ainda “No período do verão temos também, por vezes, a questão dos grãos de areia que podem provocar lesões consideráveis na superfície ocular. Caso permaneçam alojados no interior das pálpebras após a lavagem abundante com água ou soro fisiológico, ou persistam sintomas após a sua remoção, é aconselhável procurar a ajuda de um médico oftalmologista”.

A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta ainda que se deve procurar ajuda de um médico oftalmologista de imediato caso, após a exposição solar, sejam experienciados alguns destes sintomas:

  • Olhos vermelhos;
  • Visão enevoada;
  • Ardor;
  • Sensação de corpo estranho.
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 20 de junho
A Ordem dos Médicos promove amanhã, dia 20 de junho, entre as 19h00 e as 20h00, uma sessão online de debate sobre Medicina...

O debate conta com a presença do Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, da presidente do Colégio de MGF, Paula Broeiro, José Luís Biscaia, Médico de MGF, e de Rubina Correia, Diretora da clínica ULS Algarve, e Rui Macedo, Diretor clínico ULS de Braga, ambos Médicos de MGF.

O encontro vai ser conduzido pela médica Sofia Couto da Rocha.

Os cuidados de saúde primários (CSP) são o garante do acesso nos sistemas de saúde. Nos próximos cinco anos, 45% dos médicos de família atingirá a idade da reforma, colocando ainda maior pressão no SNS, um sistema com falta de planeamento e que não tem valorizado adequadamente a resposta da Medicina Geral e Familiar.

Com a anunciada reforma das Unidades Locais de Saúde, qual o papel dos CSP no sistema de saúde? Estará a função do médico de família salvaguardada nas ULS ou irá esta reforma condicionar a autonomia médica e a qualidade técnico-científica atingida nos últimos anos? Serão estas as medidas necessárias para atrair mais médicos de família e resolver o problema de todos os utentes? Ou há outro caminho para a Medicina Geral e Familiar?

A sessão poder ser acompanhada em https://www.youtube.com/@ordemdosmedicos1938.

1.ª edição da APIC Focus Meeting
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai dinamizar a primeira edição da APIC Focus Meeting, no dia 20...

“A APIC tem duas reuniões principais com periodicidade anual. A Reunião Anual da APIC, que procura abordar todos os temas da intervenção cardiovascular, e a Reunião VaP-APIC, que incide sobre a intervenção estrutural valvular. Apercebemo-nos de que existem temas específicos da Cardiologia de Intervenção que, por terem relevância atual científica e clínica, consideramos que beneficiarão de uma reunião dedicada. Assim, nasceu o conceito da “APIC Focus Meeting”, que pretende dar mais luz à discussão clínica de temas específicos da Cardiologia de Intervenção”, explica Pedro Jerónimo de Sousa, Membro da Comissão Organizadora.

E acrescenta: “Atualmente, a área da Cardiologia de Intervenção dispõe de vários dispositivos para realização de angioplastias, o que permite uma flexibilidade importante no planeamento e tratamento dos doentes coronários. Acreditamos que esta reunião será uma oportunidade única para o debate de conceitos, a partilha de conhecimentos e experiências, entre especialistas nacionais e internacionais, que tornarão esta primeira edição memorável”.

A APIC Focus Meeting contará com a presença de especialistas de renome nacional e internacional, da área da Cardiologia de Intervenção, que participarão na apresentação de casos clínicos e palestras.

Para mais informações consulte o site: https://www.apic.pt/apic-focus-meeting/

 
“Do corpo à mente, ouvimos a tua saúde”
A Lusíadas Saúde regressou ao Rock in Rio como serviço médico oficial do festival, desta vez com uma resposta reforçada para...

Da saúde física à saúde mental, a estreita colaboração do grupo de saúde com os parceiros de segurança do evento garantiu uma resposta ágil, eficaz e totalmente integrada às necessidades dos festivaleiros.

Durante o primeiro fim de semana do festival, as cefaleias (relacionadas com a exposição solar e algum grau de desidratação), as feridas (decorrentes de quedas e calçado desadequado ao recinto) e as lesões osteoarticulares foram as ocorrências físicas diagnosticadas com maior frequência. Paralelamente, o serviço médico da Lusíadas Saúde proporcionou um apoio psicológico dedicado e personalizado junto dos festivaleiros que deste necessitaram, assegurando um ambiente tranquilo e seguro para todos.

Complementarmente, a Lusíadas Saúde distribuiu 10 mil pulseiras com o número de urgência médica, facilitando a deslocação imediata dos carros de apoio e/ou ambulâncias, que estiveram estrategicamente posicionados no recinto e responderam às necessidades do público.

O Hospital do Rock integra uma unidade clínica outdoor constituída por 12 equipas distribuídas pelo recinto – oito equipas de suporte básico de vida e quatro dedicadas ao suporte avançado de vida. Além disso, conta com infraestruturas de assistência fixas, incluindo um centro médico com gabinete de observação, sala de reanimação e uma área dedicada à imagiologia; um posto de saúde localizado atrás do palco principal que presta assistência a situações clínicas menos complexas.

A equipa de coordenação, mantendo-se a mesma das edições anteriores, ofereceu um elevado nível de organização e resposta, assegurando uma assistência médica rápida e eficaz aos festivaleiros no Parque Tejo. Esta equipa é composta por três profissionais do Grupo Lusíadas Saúde, uma médica e dois enfermeiros: Dr.ª Sofia Lourenço, Enf.º Rui Dias e Enf.º Bruno Matos.

“Os primeiros dois dias do evento decorreram com tranquilidade. Embora as ocorrências registadas, na sua grande maioria, não tenham sido consideradas graves, é importante reforçar algumas dicas básicas de prevenção e preparação para o próximo fim de semana. Por exemplo, prestar atenção aos cuidados de hidratação e proteção solar, bem como à utilização de vestuário e calçado adequados”, refere Rui Dias, enfermeiro coordenador do Rock In Rio e do Internamento Médico-Cirúrgico do Hospital Lusíadas Lisboa.

 
9º episódio do podcast Vidas é lançado hoje
O novo episódio do podcast Vidas, disponível nos canais do Youtube e do Spotify, dá a conhecer o testemunho de Madalena Beirão...

Madalena Beirão vive com estas duas condições desde criança e recorda o processo até chegar ao controlo dos sintomas. Revela que no início tinha a pele constantemente em crise, com feridas permanentes, às quais se somavam infeções respiratórias, que chegavam a ocorrer 5 a 6 vezes por ano, implicando a sua qualidade de vida a vários níveis.

“Eu vivi uma fase em que acreditava que este era um problema crónico que não tinha solução e, portanto, eu iria ter que viver naquele estado grave permanentemente, mas não é verdade. O facto é que consegui, através de procura continua de outras soluções, chegar a uma situação que me trouxe imensa qualidade de vida. Uma ideia que eu achei que poderia não existir. A mensagem de esperança é total: procurem informação, acompanhamento médico e tratamento", revela Madalena Beirão, doente com dermatite atópica e asma grave.

No podcast Vidas, admite existir uma Madalena “antes” e “depois” do tratamento, reforçando a transformação que viveu na sua qualidade de vida quando deixou de desvalorizar os sintomas da dermatite atópica e da asma grave associadas à inflamação tipo 2 e passou a conseguir controlá-los.

Cerca de 10% dos adultos com asma moderada a grave também têm dermatite atópica, causada pela Inflamação Tipo 2. Esta condição consiste numa resposta imunitária, hiperativa ou exagerada, que está subjacente a diferentes doenças “atópicas”, “alérgicas” e ou “eosinofílicas”.

A Dermatite Atópica (D.A.) é uma doença cutânea inflamatória crónica, que afeta entre 15 e 20% das crianças e entre 1 e 10% da população adulta. A sua incidência tem vindo a aumentar ao longo dos últimos 40 anos e, atualmente, estima-se que afete entre 15% a 20% da população pediátrica. Trata-se de uma doença muito comum, mais frequente em áreas urbanas, que está na origem de erupções cutâneas vermelhas visíveis ao longo da face, couro cabeludo, mãos, braços, pés e pernas, que causam muita comichão e desconforto. Já os sintomas da asma grave, como a tosse, pieira e/ou falta de ar podem levar a uma obstrução grave das vias respiratórias, conhecida como um ataque de asma.

Este episódio reforça a importância da literacia em saúde, porque com a procura da informação certa e com acompanhamento médico adequado existe a possibilidade de identificar um tratamento eficaz que proporcione uma melhor qualidade de vida para estes doentes.

O podcast Vidas, que conta agora com nove episódios, é o primeiro podcast português a focar-se exclusivamente em entrevistas a doentes e aos seus familiares para que estes possam partilhar as suas histórias.

 
Um dos tratamentos mais populares é a terapia com aligners transparentes
O perfil dos pacientes que visitam uma clínica dentária mudou nos últimos anos, com os pacientes a compreenderem melhor a...

João Cerejeira, médico dentista, especialista em Ortodontia, licenciado em Medicina Dentária pela Universidade do Porto, explica esta tendência e sublinha que a prevenção, a profilaxia e a melhoria estética são os principais motivos de consulta no seu consultório.

De facto, os pacientes de hoje estão mais informados sobre a importância da saúde oral e da sua prevenção; estão conscientes das potenciais consequências dos problemas dentários e da razão pela qual os check-ups regulares são fundamentais para evitar problemas.

“Atualmente, as consultas de observação e check-up dentário geral ocupam a primeira posição entre os pacientes que procuram a clínica pela primeira vez. A sua grande importância relaciona-se quer com o facto de possibilitarem enquadrar tratamentos ligados à reabilitação estética e funcional e ainda pelo carácter preventivo a que se associam”, afirma João Cerejeira.

A estética é também uma razão comum para consultar um dentista ou ortodontista e parece que os pacientes estão agora plenamente conscientes das várias formas de melhorar o seu sorriso com soluções de branqueamento, facetas dentárias ou colagem.

Neste sentido, um dos tratamentos mais solicitados pelos pacientes é a terapia com aligners transparentes, uma alternativa aos fios e brackets, que veio mudar o paradigma na medicina dentária com ótimos resultados clínicos, sem comprometer a vida diária do paciente. “Cada vez mais os pacientes elegem os alinhadores como método de escolha para o seu tratamento de ortodontia. Essa popularidade relaciona-se claramente com algumas vantagens que reconhecemos neste método, nomeadamente estarem associados a uma tecnologia mais moderna, não causarem a dor e desconforto que acontecia com os aparelhos fixos tradicionais, bem como pelo facto de permitirem menos visitas ao ortodontista, para além de serem mais discretos que os aparelhos fixos. A vantagem de possibilitar uma melhor higiene buco-dentária é também um fator a ter em conta na escolha de um tratamento com alinhadores”, acrescenta.

Este tipo de tratamento deve ser adaptado às necessidades e ao estado clínico de cada paciente. As novas tecnologias da medicina dentária digital com scanners intraorais, soluções de planeamento do tratamento, alinhadores feitos à medida e sistemas de cuidados virtuais para monitorizar o tratamento à distância são de grande ajuda para os profissionais alcançarem os melhores resultados nos seus pacientes.

Conscientes e capacitados, é assim que os pacientes de hoje podem ser definidos quando se trata de tratamento dentário. São proativos e consultam os seus médicos antes que algo de grave aconteça, estão cientes das várias técnicas e tratamentos disponíveis para melhorar o seu sorriso. E graças às tecnologias digitais, podem visualizar e compreender melhor as opções de tratamento, o que os torna mais empenhados durante o processo de tratamento. Um envolvimento a todos os níveis que só pode beneficiar a saúde oral de todos.

A BebéVida, banco de tecidos e células estaminais português, acaba de receber, pelo quarto ano consecutivo, o Estatuto...

A BebéVida tem-se destacado nos últimos anos pelo investimento no desenvolvimento de metodologias de processamento de tecido de cordão umbilical que permitem otimizar e melhorar o protocolo e pela intensa atividade de investigação e desenvolvimento. “A investigação e desenvolvimento está no ADN da BebéVida. É desígnio de todos nós a busca e aplicação das melhores práticas para melhorar a produtividade e a performance da empresa” afirma Luís Melo, administrador da empresa.

A estratégia de aposta na inovação e desenvolvimento da BebéVida levou a que o laboratório português obtivesse em 2017 a mais exigente acreditação internacional atribuída pela FACT - Foundation for Accreditation Cellular Therapy, e renovada em 2021, e mais recentemente obteve a acreditação da AABB - Association for Advancement of Blood and Biotherapies. “A BebéVida é o único Banco Privado da União Europeia e um dos poucos bancos de sangue e tecido do cordão umbilical do Mundo acreditados pelos dois mais exigentes órgãos de acreditação internacional nesta área”, conclui Luís Melo.

Atualmente as células estaminais do sangue do cordão umbilical podem tratar doenças como leucemias, linfomas, anemias, doenças hereditárias do sistema imunitário, doenças metabólicas hereditárias e oncológicas. Apresentam ainda resultados promissores no âmbito da medicina regenerativa, em doenças do foro cardíaco, Alzheimer e Parkinson.

O Estatuto INOVADORA COTEC é um selo de reputação que atesta a inovação das empresas e as ajuda a verem reconhecidos os seus ativos intangíveis, permitindo-lhes acederem a uma rede de parceiros que valoriza esta distinção. Atualmente existem 1.446 empresas dos mais diversos setores de atividade certificadas pela COTEC.

25 de junho
A Unidade Local de Saúde (ULS) Tâmega e Sousa, com o apoio da Associação Portuguesa para a Disfunção Pélvica e Incontinência ...

Organizado pela ULS Tâmega e Sousa, o encontro divide-se em quatro sessões principais  orientadas por vários especialistas na área da incontinência, com foco nas temáticas:

  • O papel do médico e do enfermeiro no acompanhamento da pessoa com incontinência;
  • O contributo da fisioterapia;
  • As práticas alimentares saudáveis na pessoa que vive com incontinência;
  • O impacto da doença na sexualidade;
  • O papel da APDPI no apoio à pessoa com (in) continência.

Carla Nunes, enfermeira da ULS-TS e responsável pela iniciativa, destaca que “A incontinência é um problema que afeta uma parte da população e é importante que as instituições de saúde façam a sua parte para que estes cidadãos possam melhorar sua a qualidade de vida, sem estigmas e sem preconceitos. Só assim devem ser abordadas questões de saúde como esta.”

Joana Oliveira, presidente da APDPI, acrescenta “Na APDPI trabalhamos diariamente para apoiar as pessoas diagnosticadas com incontinência e outras disfunções pélvicas. Quando uma pessoa é diagnosticada com incontinência, a sua vida dá uma volta inesperada. Muitos de nós, que vivemos com esta doença, carregamos muito mais do que mudas de roupa ou produtos de higiene. Carregamos também medos, vergonha e inseguranças. O nosso papel é ajudar a aliviar a carga emocional da doença e incentivar as pessoas a procurarem ajuda especializada para melhorar a sua qualidade de vida. Participar num evento como este da ULS Tâmega e Sousa faz parte do caminho que queremos percorrer de mãos dadas com as pessoas.”

Em Portugal, estima-se que existam cerca de 600 mil pessoas com incontinência urinária e entre  5 a 18% da população deve sofrer de algum tipo de incontinência fecal. Se quer saber mais sobre incontinência, participe gratuitamente no evento da ULS Tâmega de Sousa, inscrevendo-se em: https://chtamegasousa.pt/sfap/index.php?option=com_rsform&formId=289.

O programa completo deste encontro pode ser consultado aqui

Mergulhos podem causar lesões permanentes na coluna vertebral
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) está a promover a campanha de consciencialização intitulada “Há...

“Para prevenir as lesões na coluna recomendamos que verifique sempre a profundidade da água antes de mergulhar e que se mantenha sempre dentro da zona supervisionada, na praia e na piscina.  Evite comportamentos de risco como mergulhar de costas ou em corrida, e não beba bebidas alcoólicas antes de mergulhar.  No mar não se atire de cabeça, entre sempre primeiro a andar, e na piscina escolha o local onde vai mergulhar de acordo com a profundidade. Não corra em redor da piscina e respeite sempre a sinalização”, recomenda Bruno Santiago, neurocirurgião e presidente da SPPCV.

A campanha “Há saltos que podem mudar a tua vida!” vai ser promovida nas redes sociais da SPPCV, e nos suportes de comunicação das autarquias e entidades responsáveis pela supervisão das praias e piscinas, durante a época balnear deste ano.

As lesões na coluna derivadas de mergulhos ocorrem geralmente quando a cabeça bate no solo ou numa rocha. Além da baixa profundidade do local ou dos comportamentos de risco, estes acidentes podem estar relacionados com uma postura incorreta durante a execução do mergulho.

Os sinais e sintomas de lesão na coluna incluem: dor no local do traumatismo, eventualmente com irradiação aos membros, fraqueza ou incapacidade em mover os braços ou as pernas; formigueiros ou dormência nos membros. Por vezes surgem dores de cabeça ou tonturas se houver um traumatismo craniano associado. Nos casos mais graves pode mesmo ocorrer uma alteração do estado de consciência ou dificuldade em respirar.

Se presenciar um acidente e suspeitar de uma lesão da coluna deve contactar de imediato o 112 e chamar uma ambulância. Não deve mover a pessoa, uma vez que qualquer movimento numa coluna já danificada pode causar danos permanentes. A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) vai promover um curso ibérico para obtenção de diploma em cirurgia da coluna, com acreditação europeia, entre os dias 1 e 3 de julho em Lisboa. A iniciativa conta com a parceria da GEER - Sociedade Espanhola da Coluna Vertebral, sob a égide da Eurospine (Sociedade Europeia da Coluna).

Junho é o Mês de Sensibilização para a Saúde Masculina
A propósito do Mês de Sensibilização para a Saúde Masculina, a Astellas relembra que o Cancro da Próstata é a 2ª principal...

O cancro da próstata acontece devido a uma anomalia nas células glandulares, que se multiplicam descontroladamente e a um ritmo mais elevado. Por outro lado, as células velhas e doentes não morrem, acumulando-se no órgão, dando origem ao tumor. Esta que é a segunda principal causa de morte, por cancro, entre homens acima dos 50 anos de idade, estima-se que em 2020 tenha afetado 6.759 homens em Portugal. 

É, por isso, crucial que a população tenha informação fidedigna para tomar decisões conscientes e informadas. O projeto ‘Próstata sem Tabus’ , que conta com o apoio da Associação de Investigação Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) e do Grupo Português Génito-Urinário, faculta informação desenvolvida por diversos especialistas, através de vídeos elucidativos sobre a doença.

A psicóloga Eloisa Fernandes, o urologista Frederico Teves e os oncologistas João Godinho, Catarina Santos e João Vasco Barreira são alguns dos especialistas envolvidos, que abordam temas como ‘Cuidar da Mente’, ‘Tratamentos Cirúrgicos no Cancro da Próstata’, ‘Estratégias para lidar com os efeitos secundários da hormonoterapia’, ‘Exercício Físico e Cancro da Próstata’ e ‘Risco Genético no Cancro da Próstata’.

Apesar de o Cancro da Próstata ser assintomático durante anos, é importante estar atento a alguns sintomas iniciais e perceber se são apenas alterações benignas, como é o caso da hiperplasia benigna da próstata. No entanto, caso existam sintomas como sangue na urina, incontinência urinária, jato urinário fraco, dor óssea e fraqueza muscular, perda de ereção, dor nas costas, ancas e peito, deverá consultar o seu médico rapidamente. 

Além dos sintomas é importante que haja consciência de que fatores como idade, histórico familiar, etnia, fatores ambientais, níveis hormonais e estilo de vida podem aumentar o risco de vir a sofrer de cancro da próstata. 

Para Filipe Ribeiro, Diretor Médico da Astellas Farma “disponibilizar conteúdos com informação relevante para a literacia da população sobre cancro da próstata, é fundamental para que possam ser reconhecidos os sintomas deste cancro que é atualmente mais letal para os homens do que o cancro da mama para as mulheres. O acesso à informação e prevenção é o caminho para não ser apanhado de surpresa”.

Rastreio do cancro do estômago seria custo-efetivo em Portugal
A implementação do rastreio do cancro do estômago com endoscopia digestiva associada à colonoscopia, de cinco em cinco anos,...

Vivemos num país com uma elevada incidência de cancro gástrico, um cancro com elevada letalidade, uma vez que, na maioria dos casos, é silencioso e diagnosticado em estádios avançados. A deteção precoce só é possível com o rastreio em pessoas sem sintomas e através da vigilância de indivíduos de risco”, afirma Diogo Libânio, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).

Como primeiro autor de um estudo publicado no European Journal of Gastroenterology & Hepatology, o investigador analisou a relação custo-efetividade do rastreio do cancro gástrico em três países europeus com diferentes incidências desta doença, bem como o impacto da utilização da inteligência artificial na custo-efetividade deste rastreio. Os países são Portugal (com uma incidência intermédia a elevada), Itália (com uma incidência intermédia) e Holanda (com uma incidência baixa).

“Verificámos que, em Portugal, com a incidência atual de cancro gástrico e os custos atuais, há três estratégias de rastreio que são custo-efetivas. Em Portugal e em Itália, a associação de endoscopia digestiva alta à colonoscopia a cada 5-10 anos é a estratégia mais adequada”, realça o professor da FMUP.

Portugal é considerado um país de incidência intermédia de cancro gástrico quando nos comparamos com outros países, com 11 casos por 100.000 habitantes. No entanto, se olharmos para a incidência bruta (não ajustada à idade), temos valores muito superiores (26/100.000), o que nos classificaria como um país de incidência elevada.

Os resultados deste trabalho mostram que, no nosso país, o rastreio permitiria reduzir a incidência de cancro gástrico de 2950 para 2065, sendo uma percentagem significativa destas neoplasias detetadas precocemente e tratáveis por métodos minimamente invasivos, bem como reduzir o número de mortes anuais por cancro gástrico de 2332 para 895. 

Neste estudo, foi também analisada a relação custo-efetividade do rastreio do cancro gástrico (com e sem utilização de inteligência artificial), utilizando dados de incidência de cancro gástrico e de custos dos cuidados de saúde de cada país.

“O nosso estudo mostra também que a Inteligência Artificial tornaria o rastreio mais custo-efetivo nos vários países, incluindo Portugal”, afirma. Para Diogo Libânio, “a incorporação da inteligência artificial na prática clínica pode ajudar na deteção de lesões precoces e na minimização de falsos negativos, especialmente em contextos em que haja pouco treino na deteção destas lesões”.

A inteligência artificial pode ainda “auxiliar no diagnóstico e caraterização de condições pré-malignas, permitindo uma melhor identificação de doentes em maior risco de cancro gástrico e que beneficiam de vigilância específica”. Do mesmo modo, a IA pode “diminuir a necessidade de biópsias”. 

O professor da FMUP lembra que existem “recomendações recentes da Comissão Europeia que estimulam a implementação de programas de rastreio de cancro gástrico” e diz que “devemos mover esforços e lutar pela sua implementação”.

Contudo, salienta que o rastreio é “apenas uma das armas” e que a prevenção deste cancro implica igualmente “pesquisar e tratar a Helicobacter pylori, não fumar, reduzir o consumo de sal, enchidos e fumados, aumentar o consumo de legumes e de fruta, perder peso, praticar exercício físico e evitar a obesidade”.

Além de Diogo Libânio, assinam o estudo Mário Dinis Ribeiro, também da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, CI-IPO@RISE - Laboratório Associado e membros do grupo de investigação PRECAM (IPO-Porto), Miguel Areia, do IPO de Coimbra, e investigadores da Universidade Sapienza, de Roma, da Universidade Humanitas, de Milão, e da Universidade de Erasmus, de Roterdão.

Dia Mundial de Consciência Sobre Doença Falciforme | 19 junho
A anemia falciforme é uma doença hereditária dos glóbulos vermelhos do sangue causada por uma mutaçã

A prevalência estimada de recém-nascidos com anemia falciforme em todo o mundo é de mais de 400 mil casos. É importante ressaltar que a prevalência varia de acordo com a região, sendo maior evidente na população afro-americana. Na Europa, a prevalência média de nascimento é de 1 a cada 2.300, embora isso varie entre os países.

Os métodos de diagnóstico utilizados para a anemia falciforme incluem a análise da hemoglobina.  Além disso, a triagem de portadores saudáveis, por meio de pesquisas familiares ou populacionais, auxilia na prevenção, mas requer aconselhamento genético prospetivo. O padrão de herança da anemia falciforme é autossómico recessivo. Para casais em risco, nos quais ambos os indivíduos são portadores de uma mutação causadora da doença, é recomendado oferecer aconselhamento genético. Esse aconselhamento visa informar sobre o risco de 25% de ter um filho afetado a cada gravidez. É importante que estes casais recebam orientações sobre as opções disponíveis, como o diagnóstico pré-natal, para tomar decisões informadas sobre sua saúde reprodutiva.

Opções terapêuticas disponíveis para pacientes com anemia falciforme

Atualmente, a única terapia que se traduz em cura para esta doença é o transplante com células estaminais formadoras de sangue de um dador saudável. Essas células estaminais podem ser provenientes da medula óssea, do sangue periférico ou do sangue do cordão umbilical. Os transplantes de células estaminais são cada vez mais considerados como primeira linha de tratamento para crianças e adultos jovens com a forma grave de anemia falciforme. Quando o dador das células estaminais é um irmão compatível, os resultados são excelentes, com uma taxa de sobrevivência livre da doença falciforme de cerca de 90%. Além disso, novas abordagens para transplantes estão sendo exploradas em ensaios clínicos para pacientes com anemia falciforme que não têm irmãos compatíveis. Outras opções terapêuticas incluem o tratamento de sintomas, transfusões de sangue e medicamentos para controlar a dor e prevenir complicações.

Como é que as células estaminais de sangue do cordão umbilical podem beneficiar pacientes com anemia falciforme?

As doações de células estaminais de cordão umbilical podem beneficiar pacientes com anemia falciforme uma vez que podem oferecer uma fonte de células estaminais saudáveis para transplantes. Essas células estaminais podem ser utilizadas na cura da através da substituindo as células doentes por células saudáveis. Isto é, quando um paciente com anemia falciforme recebe um transplante de células estaminais do cordão umbilical de um dador compatível, há a possibilidade de cura da doença, levando a uma vida livre dos sintomas e complicações associadas a esta doença.

O transplante de sangue do cordão umbilical apresenta algumas vantagens em comparação com o transplante de medula óssea. Uma das vantagens é que o sangue do cordão umbilical é mais facilmente acessível e menos propenso a causar rejeição ou outras complicações de transplante quando o dador e o recetor não são uma combinação perfeita. Ou seja, as complicações após a infusão do sangue do cordão umbilical são relativamente leves, com uma menor incidência de doença do enxerto contra o hospedeiro (GVHD) comparativamente ao transplante de medula óssea. Isto faz com que se possa pensar que uma unidade de sangue do cordão umbilical é compatível com mais pessoas do que uma unidade de medula óssea. Desta forma, é importante perceber que, em detrimento de rejeitar de descartar após o nascimento, as células estaminais de sangue cordão umbilical podem ser criopreservadas e mantidas em boa qualidade durante anos, representando assim uma importante opção terapêutica para pacientes com anemia falciforme.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Aula aberta decorre dia 21 de junho
Um desportista ou performer, independentemente da modalidade ou arte performativa, tem de desenvolver sólidas competências...

“A Pós-Graduação em Psicologia do Desporto e da Performance foi desenhada para desenvolver conhecimentos e competências específicas nos psicólogos, tornando-os mais capazes de realizar intervenção psicológica com os diferentes agentes - atletas, performers, treinadores, entre outros - destes contextos”, salienta Catarina Morais, uma das coordenadoras da nova Pós-graduação em Psicologia do Desporto e da Performance e docente da Faculdade de Educação e Psicologia. Carlos Fernandes, psicólogo do Desporto e também coordenador da nova formação, explica que “os Psicólogos do Desporto e da Performance trabalham com o objetivo central de desenvolver de forma integral o indivíduo, procurando melhorar o seu rendimento, bem-estar e competências psicológicas que se apresentem como relevantes para a obtenção de sucesso no contexto desportivo e/ou de performance,” acrescentando que “estes contextos exigem dos psicólogos competências de intervenção específicas.”

Esta nova aposta permite um elevado aprofundamento das temáticas e experiências trazidas pelos profissionais. Destinada exclusivamente a psicólogos, esta Pós-Graduação privilegia o trabalho realizado presencialmente, o qual assentará, sobretudo, em metodologias experienciais, para que, através de uma forte componente prática, os formandos possam desenvolver competências de atuação nestes contextos. Esta componente decorrerá em regime intensivo (sábados completos), com o “propósito de criar condições para a realização de exercícios de prática simulada e incrementar a experiência emocional associada às tarefas, como forma de potenciar a aprendizagem e retenção dos conhecimentos”, refere Catarina Morais.

Esta Pós-Graduação conta com um corpo docente com uma vasta experiência de intervenção em contextos de Desporto e Performance, apresentando ainda, como elemento diferenciador, o investimento no desenvolvimento de competências de intervenção nos próprios psicólogos, através de uma metodologia que convida o formando ao seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional, permitindo-lhe potenciar a sua capacidade de tomada de decisão, critério e coerência na intervenção.

A 21 de junho, a partir das 12h30, realiza-se uma aula aberta online sob o tema “O que nunca ninguém me disse sobre a psicologia do desporto e performance”, com a presença de Joana Cerqueira (Psicóloga do Futebol Clube do Porto) e Sérgio M. Vaz (Psicólogo do Sport Lisboa e Benfica) e Carlos Fernandes (Psicólogo do Desporto e Performance e um dos coordenadores da nova Pós-graduação). Um evento aberto ao público, mas sujeito a inscrição.

 
Publicação com foco na consciencialização do albinismo
O projeto Melba Care apresenta já no próximo dia 21 de junho a revista Inklusão, um projeto editorial que tem como mote a...

A apresentação irá decorrer na Sala Huíla, do Hotel Trópico, e conta com a presença dos responsáveis do Ministério da Ação Social. “Precisamos de envolver todos os parceiros, sejam eles governamentais, médicos ou sociais, para combater o estigma a que são sujeitas as pessoas com albinismo”, frisa a responsável da revista Inklusão. Ludemila Vaz Velho explica que, infelizmente, as pessoas com albinismo, sobretudo no continente africano, “continuam a ser olhadas com desconfiança, havendo ainda muitos mitos que contribuem para que tenham mais dificuldades na sua vida pessoal e profissional”.

A revista Inklusão, salienta a sua responsável, procura ser um contributo para desmistificar uma condição genética que deve ser encarada como algo quase normal. “E só dizemos quase porque é importante alertar as pessoas com albinismo que há um conjunto de cuidados especiais a que prestar atenção, nomeadamente no que se refere à visão e à proteção da exposição solar”, diz.

A apresentação do projeto conta com um painel de discussão sobre o “Albino Saudável”, com a participação de especialistas, médicos e psicólogos.

E, porque um dos objetivos principais do projeto é mesmo desmontar um conjunto de ideias feitas em torno desta condição genética, a sessão vai contar com um conjunto de depoimentos de pessoas com albinismo que superaram adversidades e que vão aproveitar o momento para partilhar as suas histórias e experiências. Um momento em que se pretende promover também a interação com o público, que terá a oportunidade de colocar as dúvidas ou mesmo compartilhar as suas próprias experiências.

O albinismo, recorde-se, é uma condição rara, não contagiosa e herdada geneticamente. Ocorre um pouco por todo o mundo, mas a sua incidência varia consoante a região do globo, tal como a forma como é visto pelas populações. Sobretudo no continente africano, e em Angola, mais particularmente, onde as pessoas com albinismo continuam a ser alvo de discriminação e perseguição. Em particular nas comunidades mais fechadas, onde os mitos tribais ainda têm um peso muito elevado na cultura local.

Também por isso, lamenta Ludemila Vaz Velho, “são frequentes os relatos de violação de mulheres albinas, por se acreditar que a prática de sexo com elas purifica o corpo e pode curar, por exemplo, o vírus do VIH/SIDA”. Associado a isso, é usual o rapto e o tráfico de mulheres para práticas sexuais. Tal como são significativos os registos de raptos de crianças albinas, as quais, após serem mortas, são esquartejadas e os seus órgãos vendidos no mercado negro, por valores elevadíssimos, por se acreditar que podem ser usados na prática de rituais mágicos com vista à purificação e cura de determinadas doenças.

“Há ainda imenso trabalho a fazer na desmistificação desta condição genética, na mudança de mentalidades e na consciencialização de que as pessoas com albinismo ‘apenas’ precisam de ter cuidados especiais ao nível da saúde, dado que, no resto, são pessoas perfeitamente normais”, frisa Ludemila Vaz Velho. A revista Inklusão surge, sublinha, “precisamente com o intuito de ser mais um contributo para este trabalho tão meritório de proteção das pessoas com albinismo” .

Páginas