7,4% da população adulta sofre destes distúrbios
Quando não estamos bem, quando há sintomas que persistem sem que se consiga perceber porquê, a nossa saúde mais parece um...

É para dar um nome a estes problemas que a Merck, em conjunto com a SPEDM e a Associação das Doenças da Tiroide, realiza um rastreio para ajudar a encontrar a peça em falta no puzzle da saúde. No dia 27 de maio, entre as 10h e as 17h00, o CascaiShopping recebe uma ação de rastreios onde, além do teste TSH que permite identificar pessoas em risco de hipotiroidismo, se pretende partilhar informação sobre os sinais e sintomas desta doença, para aumentar a sensibilização e a literacia em saúde.

De entre os distúrbios da tiroide mais frequentes, o destaque vai para o hipotiroidismo, “uma das doenças endocrinológicas mais comuns, que é mais prevalente em caucasianos e mulheres (5 a 8 vezes mais do que em homens)” e que se manifesta através de um conjunto de sintomas que se podem confundir com os de outras doenças. “Podemos referir a intolerância ao frio, redução da sudorese, cansaço, letargia, sonolência, anorexia, mialgias ou dores musculares, dores articulares; depressão, perturbação mnésica ou alterações da memória, obstipação, visão turva, diminuição do número de ciclos menstruais anuais ou até ausência de fluxo menstrual, síndrome do túnel cárpico, perda capilar (no couro cabeludo, axilar, púbico)”, explica Paula Freitas.

Pelo que, acrescenta, “obviamente é recomendado que em qualquer pessoa com sintomas compatíveis com doença tiroideia, mesmo que algo inespecíficos, seja efetuada uma avaliação laboratorial”. Ou seja, a consulta a um médico é essencial na presença destes e de outros sintomas, que podem traduzir a existência de hipotiroidismo, hipertiroidismo, nódulos na tiroide ou qualquer outra disfunção nesta glândula, para que possa ter início o tratamento. Até porque, refere a especialista, “o não diagnóstico significa que as pessoas com a doença e com critérios para tratamento não estão a ser tratadas. A disfunção tiroideia pode ter impacto em todos os órgãos e sistemas do organismo, e o não tratamento tem obviamente impacto na «quantidade» e qualidade de vida. Dado que cerca de 4 a 6,5% dos nódulos da tiroide podem ser malignos, o não tratamento também poderá impactar na quantidade e qualidade de vida das pessoas, sobretudo naqueles com tumores de maior risco”.

 
Coolsculpting pode reduzir até 50% de gordura localizada
A redução de gordura localizada tem sido uma busca incessante para muitos que desejam melhorar sua a

Enquanto a lipoaspiração tradicional tem sido uma opção eficaz, muitos procuram alternativas menos invasivas. É aqui que entra o Coolsculpting, também conhecido como “Lipoaspiração Não Invasiva”, um procedimento inovador, desenvolvido por cientistas da Harvard Medical School, que promete a redução de vários centímetros de gordura, sem a necessidade de cirurgia.

 

Mas afinal, o que é Coolsculpting e como funciona? 

Este tratamento inovador tem por base a criolipólise, que congela e destrói as células de gordura, permitindo que o corpo as elimine naturalmente ao longo das semanas seguintes ao tratamento. O resultado? Uma redução visível de volume e contornos mais definidos, sem a necessidade de uma cirurgia invasiva.

Esta técnica foi inicialmente desenvolvida a partir de observações de que as células de gordura são mais suscetíveis ao frio do que outros tecidos circundantes. Assim, a aplicação de temperaturas muito baixas de forma controlada, em áreas específicas do corpo, pode danificar seletivamente as células de gordura, levando-as a serem eliminadas gradualmente pelo organismo.

Quais as grandes vantagens do Coolsculpting face a outros tratamentos para redução de gordura localizada?

Uma das principais vantagens do Coolsculpting é a sua eficácia comprovada na redução de gordura localizada, com resultados visíveis após apenas 1 sessão na maioria dos casos. Isso contrasta com outros métodos que, na maior parte das vezes, requerem múltiplos tratamentos para alcançar resultados semelhantes.

Outra das grandes vantagens do Coolsculpting é que as células de gordura são definitivamente eliminadas e não voltam a desenvolver-se novas na zona de tratamento. 

Além disso, o procedimento é não invasivo e indolor, não deixando quaisquer cicatrizes na área tratada.

Quando começará a ver os resultados?

Embora seja possível notar a redução de volume nas semanas seguintes ao tratamento, o resultado final geralmente manifesta-se entre 3 a 4 meses após a sessão. Este período permite que o corpo elimine completamente as células de gordura tratadas, revelando assim os contornos mais definidos.

Conheça mais casos em Coolsculpting Antes e Depois.

Que profissional realiza o tratamento na Living Clinic?

Este tratamento é realizado pela especialista Diana Vieira, coordenadora dos procedimentos não invasivos da Living Clinic. A Diana dedicou os seus últimos anos exclusivamente ao Coolsculpting, tendo recebido o título Allergan Certified Specialist.  É hoje uma das especialistas portuguesas com mais experiência nesta área.

O tratamento é seguro?

O Coolsculpting, cuja marca é detida pelo laboratório Allergan, na Califórnia, foi o único tratamento de criolipólise aprovado pela FDA nos Estados Unidos e já contou, mundialmente, com cerca de oito milhões de tratamentos. A percentagem de complicações provocadas por este equipamento estima-se em 0,027%, o que representa um risco incomparavelmente inferior aos equipamentos mais vulgares de criolipólise.

O tratamento tem apenas algumas contraindicações, que poderão ser consultadas na página de Coolsculpting da Living Clinic.

Sobre a Living Clinic

A Living Clinic é uma clínica de cirurgia plástica e medicina estética no Porto, que faz parte do grupo Eurico de Almeida Saúde, um grupo de raiz familiar com mais de 50 anos de existência. Com soluções de vanguarda, a Living Clinic alia procedimentos cirúrgicos com tratamentos não invasivos para oferecer sempre os melhores resultados, com a maior segurança.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Podcast vai desvendar mistérios e esclarecer dúvidas sobre os cancros de sangue
A luta contra as doenças hematológicas tem agora um novo aliado com o lançamento do novo podcast ‘O Sangue que há em nós’ da...

“Os três primeiros episódios, já disponíveis, marcam o início deste novo e ambicioso projeto da APCL. Com esta iniciativa pretendemos aumentar o conhecimento sobre as doenças hematológicas e criar empatia e compreensão perante as condições desafiadoras enfrentadas por doentes, familiares e cuidadores”, refere Manuel Abecasis, Presidente da APCL.

Com uma duração média de 20 minutos, cada episódio conta com uma entrevista conduzida pela jornalista Teresa Bizarro. Os episódios vão abordar diversos ângulos dos cancros de sangue, para oferecer uma visão abrangente e esclarecedora sobre as condições complexas inerentes. Os três primeiros episódios já estão disponíveis no Spotify, iTunes, Google Podcasts, assim como no website e canal de YouTube da APCL. Com um novo episódio programado para ser lançado todas as quartas-feiras, o podcast ‘O Sangue que há em nós’ vai contar com um total de 32 episódios.

Este podcast representa um passo importante na jornada para uma melhor compreensão e apoio para aqueles afetados por doenças do sangue. A APCL espera que este podcast não só contribua para a literacia da população, mas também inspire a comunidade a juntar-se à luta contra estas condições desafiadoras.

 
Joana Marques, enfermeira especialista em Saúde Infantil e Pediatria, deixa o alerta
Estima-se que cerca de 40% dos pais reportem problemas de sono no primeiro ano de vida da criança. É perante esta realidade que...

“Sabe-se que, em Portugal, a maior parte das crianças não consegue completar o tempo de sono recomendado para a sua idade. Os problemas de sono iniciados na infância e, muitas vezes arrastados até à idade adulta, são já considerados um problema de Saúde Pública, influenciando não só a saúde física, como a mental”, refere Joana Marques.

Na opinião da especialista, existem três principais fatores que demonstram a realidade de o sono ainda ser considerado “um parente pobre da Saúde”:

Em primeiro lugar, “a inexistência de cursos de preparação para a parentalidade que abordem o tema do sono do bebé - e os que abordam, pouco aprofundam o que realmente é importante saber sobre o que é esperado nos primeiros meses de vida e as estratégias a adotar para promover um bom sono”.

Outro aspeto relevante apontado por Joana Marques é a falta de formação sobre este tema dos profissionais de saúde e de educação que acompanham as crianças (como médicos, enfermeiros, professores e educadores de infância). “Quando verificamos os conteúdos dos cursos base destes profissionais é preocupante perceber que são lançados no mercado de trabalho com pouco ou nenhum conhecimento sobre sono infantil. Como conseguem estes profissionais ajudar e orientar os pais para bons hábitos de sono desde os primeiros meses de vida quando não têm formação nessa área?”, questiona a especialista.

Por último, a existência de “uma negligência clara face às necessidades das crianças nas escolas no que se refere ao sono”. Para a enfermeira, existe uma “contradição entre a Saúde e a Educação nas escolas. Se, por um lado, se exige cada vez mais das crianças e cada vez mais cedo - não só em termos no desempenho escolar, como desportivo - por outro lado, a ciência é clara quando informa que uma criança que não dorme bem, não está (tão) disponível para a aprendizagem, tem menos atenção, compromisso da memória e do sistema imunitário (favorecendo o aparecimento de doenças). Qualquer mãe ou pai conhece o quadro de um filho que ‘saltou’ uma sesta, agora pensemos qual a disponibilidade para a aprendizagem ou brincadeira que uma criança de três ou quatro anos tem no período da tarde, se precisa de fazer a sesta e não a faz?!” Perante esta realidade, Joana Marques considera que “o Ministério da Educação (ainda) não sabe o impacto da privação de sono na saúde e aprendizagem, pois acredito que no dia em que essa informação lhes chegar, vão querer o melhor para as nossas crianças - e o melhor é promover a cultura do sono nas nossas escolas, algo que, que neste momento, não existe!”

Para a enfermeira, é fundamental que se adotem estratégias promotoras e protetoras do sono desde os primeiros meses de vida, sendo este um indicador de saúde e de qualidade de vida. “As estratégias existem e é importante falar sobre elas com os pais e com a população em geral. Considero que a prevenção é a chave para um sono saudável e para uma família física e emocionalmente equilibrada. Não tenho dúvidas de que quando o sono for visto como saúde e não como uma doença ou problema a Sociedade muda”.

 
+Longevidade recomenda a inclusão de mais vacinas para adultos no PNV
A despesa com doenças que podem ser prevenidas através da vacinação na idade adulta ascendem a centenas de milhões de euros em...

Desenvolvida pelos investigadores Henrique Vasconcelos e José Miguel Diniz com o apoio de Julian Perelman, a análise teve como objetivo quantificar o impacto económico para o sistema de saúde e para a sociedade decorrentes de infeção, em idade adulta, provocadas por um conjunto de doenças para as quais existem vacinas disponíveis. Na falta de evidência recente para o contexto nacional, foi feita uma estimativa baseada na extrapolação direta dos custos quantificados em vários países da UE (Itália, França, Bélgica, Espanha), assumindo uma proporcionalidade da despesa em saúde. Nesta simulação, estima-se que em Portugal sejam gastos mais de 245 milhões de euros com custos de hospitalização, ambulatório e perdas de produtividade associados à gripe, ao herpes zoster, ao vírus sincicial respiratório (VSR), à doença pneumocócica e ao vírus do papiloma humano (HPV). Todas estas, juntamente com a COVID-19, têm em comum o facto de serem doenças preveníveis por vacinação na idade adulta.

No entanto, existem doenças que ainda não têm qualquer resposta ao nível do Programa Nacional de Vacinação (PNV), como é o caso do Vírus Sincicial Respiratório, da Doença Pneumocócica e do Herpes Zoster que representam mais de 55 milhões de euros para o país.

Perante os dados apresentados, e tendo em consideração as perspetivas de evolução demográfica (uma população mais envelhecida) e epidemiológica (uma sociedade mais globalizada, com menos barreiras de circulação, mas também com crescente prevalência de doenças crónicas) em Portugal, os especialistas que compõem o think tank +Longevidade reconhecem a necessidade de melhorar a resposta preventiva destas doenças, através de uma atualização do PNV para incluir mais vacinas dirigidas a adultos e reforçar a narrativa de sensibilização dirigida especificamente a este grupo populacional.

Atualmente, o Programa Nacional de Vacinação tem 12 vacinas, das quais 11 são dirigidas a crianças e apenas 3 – COVID-19, tétano e difteria (Td), e tétano, difteria e tosse convulsa (Tdpa) – são destinadas à população adulta. Uma realidade que, de acordo com Francisco George, presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública e chairman do projeto +Longevidade, “contrasta com países em muito semelhantes ao nosso, como França e Espanha, onde existe uma estratégia clara para a vacinação do adulto”. É fundamental por isso, acrescenta, “reconhecermos que o contexto de envelhecimento crescente em Portugal traz consigo um maior risco de perda de anos de vida saudáveis, que pode e dever ser combatido com o reforço do calendário de vacinação no adulto, através da inclusão de outras soluções vacinais capazes de reduzir o impacto destas patologias na saúde da população e na resposta e disponibilidade do sistema de saúde”.

Luís Filipe Pereira, Economista, ex-Ministro da Saúde e um dos especialistas que integra este think tank, refere que “A iniciativa +Longevidade é muito importante, porque a vacinação no adulto pode prevenir várias doenças num país que tende a ser cada vez mais envelhecido – atualmente o quarto mais envelhecido em todo o mundo, e com tendência para agravar-se. É importante que haja esta percepção pública e que se defina um calendário de vacinação para a população adulta, que deve passar primeiro por uma decisão técnica e depois para uma decisão política. Prevenir será sempre mais importante do que tratar e, neste campo, a vacinação cumpre um papel muito importante”.

O Projeto +Longevidade é um think thank dedicado à vacinação no adulto, que visa refletir sobre o papel reforçado que as vacinas podem desempenhar enquanto vetor de promoção da saúde ao longo da vida e, em particular, na promoção de um envelhecimento ativo e saudável e o que pode Portugal fazer para proporcionar mais e melhor qualidade de vida, através de um reforço da prevenção primária, à sua população mais vulnerável. A iniciativa da NOVA Center for Global Health da NOVA IMS, que conta com o apoio da GSK, reúne um conjunto multidisciplinar de especialistas de vários segmentos do ecossistema de saúde para debater os desafios, explorar as oportunidades e construir um caminho de futuro para uma agenda de ações que possa sensibilizar para os ganhos em saúde que a vacinação em idade adulta representa na sociedade portuguesa. Os resultados deste think tank serão conhecidos em setembro.

 
Petição do Sindicato dos Enfermeiros – SE foi entregue na Assembleia da República
O Sindicato dos Enfermeiros -SE entregou na Assembleia da República uma petição com mais de 15 mil assinaturas, exigindo o...

Depois de em 2023 ter entregado uma petição com mais de 30 mil assinaturas, a maior de sempre na área da Saúde, o Sindicato dos Enfermeiros espera que “finalmente o Governo e os deputados portugueses reconheçam todo o risco associado à nossa profissão e o desgaste constante a que estamos sujeitos no nosso dia a dia”, explica Pedro Costa, presidente do SE.

Na legislatura passada, interrompida a meio com a demissão do primeiro-ministro, Pedro Costa recorda que “o Parlamento criou um grupo de trabalho para avaliar esta nossa reivindicação”. “A verdade é que durante cerca de cinco anos não se conheceu qualquer trabalho visível deste grupo nem as conclusões a que tenham eventualmente chegado e que deveriam ter sido entregues na Assembleia da República até dezembro de 2023”, recorda.

Para Eduardo Bernardino, dirigente do Sindicato dos Enfermeiro e primeiro subscritor desta petição, “não faz sentido continuar a adiar mais esta decisão”. “Voltar a remeter o tema para um grupo de trabalho que estude a eventual aplicação desta medida a um conjunto de profissões é apenas mais uma desculpa para voltar a adiar esta matéria”, frisa.

A verdade é que, recorda Pedro Costa, “os enfermeiros estão sujeitos a uma pressão muito grande, exercem uma profissão com elevada complexidade e na qual têm de lidar de forma constante com a doença e até mesmo a morte, além de toda a dificuldade que é lidar com os doentes e a família em momentos de extrema fragilidade”. Adicionalmente, salienta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, “é crescente o número de horas extraordinárias que os enfermeiros têm de fazer todos os meses, muitas vezes sem sequer conseguirem usufruir dos dias de descanso obrigatório por lei”.

“Pratica-se um horário de trabalho 24h/24h, sob a forma de turnos diurnos e noturnos, e com consequências físicas e emocionais”, sustenta o presidente do SE. Que recorda que “está comprovado, desde 2016, que um em cada cinco enfermeiros se sente em exaustão emocional, a qual se agravou ainda mais com a pandemia”.

“Os enfermeiros estão exaustos e desmotivados com toda uma exigência diária que não se reflete, desde logo, nas condições remuneratórias”, acrescenta Pedro Costa. O presidente do Sindicato dos Enfermeiros espera, por isso, que os deputados reconheçam a urgência de a enfermagem ser considerada uma profissão de alto risco e desgaste rápido, alterando, deste modo, a idade mínima da reforma.

 
Comportamento
A família representa a principal estrutura organizadora no desenvolvimento infantil.

A parentalidade positiva é considerada um comportamento parental baseado no superior interesse da criança, garantindo a satisfação das suas necessidades e a sua capacitação. Esta foca-se na compreensão do comportamento das crianças, na validação das suas emoções, bem como na promoção de um vínculo seguro e de uma comunicação saudável entre pais e filhos. Desta forma, a parentalidade positiva defende que não é necessário recorrer a nenhum tipo de punição (e.g., física), mas sim ao estabelecimento de regras e limites ao comportamento das crianças de forma a permitir o seu pleno desenvolvimento (Recomendação 19 do Conselho da Europa, 2006).

As investigações na área da parentalidade positiva têm revelado que a utilização da punição física apresenta um impacto negativo na autoestima das crianças e surge associada a problemas de saúde mental a longo prazo (e.g., Perturbações de Ansiedade; Perturbações Depressivas; Schavarem & Toni, 2019). Importa compreender que quando a criança é submetida à violência isso pode desencadear uma resposta de medo e conduzir a dificuldades de vinculação e de relacionamento. Sabe-se também que esta tende a aprender ao observar os comportamentos dos adultos ao seu redor e, por isso, com a utilização da punição física, aprende que é legítimo recorrer à violência quando está frustrada, zangada e/ou é contrariada. Tal pode levar a uma maior probabilidade de repetir o comportamento no futuro. Para além disso, ao atuar desta maneira, o adulto apenas está a demonstrar que não é capaz de se autocontrolar, transmitindo à criança uma mensagem contraditória acerca de como lidar com as emoções e com os conflitos de forma saudável e construtiva. Assim, a punição física pode até funcionar para parar um comportamento (i.e., porque leva ao medo), mas, a longo prazo, as crianças tendem a tornar-se mais agressivas. Isso ocorre porque estas aprendem que a violência é a resposta mais adequada e aceitável para a resolução de problemas e para a modificação dos comportamentos das pessoas ao seu redor.

A literatura tem também demonstrado a existência de um número significativo de pais que apresentam dificuldades na imposição de regras e limites, acabando por se tornar permissivos. Em alguns casos, acaba mesmo por existir uma distorção de papéis, onde os menores assumem um papel dominante e têm o poder de dar ordens aos adultos que, por sua vez, respondem de forma positiva aos pedidos (i.e., possivelmente para evitar frustrações ou estados de tristeza nos filhos; Sampaio et al., 2011). No entanto, é importante que a criança tenha conhecimento do que é esperado de si e tenha orientações concretas acerca do que é ou não aceitável em termos comportamentais. Quando a disciplina é apresentada como um momento de aprendizagem conjugada com a afetividade, as crianças tendem a possuir uma maior satisfação e motivação no cumprimento das regras e dos limites definidos pelos adultos.

Em suma, torna-se possível compreender a importância da existência de programas ao nível da parentalidade positiva, de modo a ajudar os pais a adquirirem recursos e estratégias que promovam interações positivas entre eles e os seus filhos. O investimento nesta área poderia contribuir para a prevenção de futuras problemáticas no desenvolvimento infantil. Além disso, é na infância que o ser humano se molda como pessoa e tudo aquilo que ocorre nesta fase desenvolvimental não se limita apenas a este período, mas estende-se até à idade adulta.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Entre 20 a 40% das mulheres em idade reprodutiva têm miomas
A Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) estima que os miomas uterinos apresentem uma prevalência de 20 a 40% nas mulheres...

Atualmente, existe maior literacia sobre doenças de ginecologia oncológica - como o cancro do ovário, do colo do útero e da mama, que já são alvo de ampla cobertura mediática e de campanhas de sensibilização - e as mulheres estão mais informadas sobre questões ginecológicas comuns, como infeções vaginais, irregularidades menstruais e contraceção. No entanto, ainda existem lacunas e desafios sobre patologias benignas igualmente importantes - como os miomas, a endometriose, os quistos do ovário e o prolapso uterino – que permanecem frequentemente na sombra, embora sejam doenças que afetam, gravemente, a qualidade de vida das mulheres.

Em ginecologia, a deteção precoce é essencial para permitir um tratamento mais eficaz, o que se consegue, principalmente, através de exames ginecológicos regulares, que detetam tanto as patologias oncológicas, como as patologias benignas mais importantes.

De acordo com João Cavaco Gomes, Especialista em Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, “a regularidade dos exames ginecológicos depende sempre da idade e da história pessoal e familiar da mulher. Recomenda-se que uma primeira consulta de abordagem à saúde reprodutiva tenha lugar na adolescência. Depois, uma avaliação médica anual a partir dos 20 a 25 anos, ou mais cedo se a mulher for sexualmente ativa”.

Existem patologias ginecológicas benignas que têm uma incidência mais específica por faixa etária. As infeções ginecológicas são mais frequentes em mulheres mais jovens e sexualmente ativas. A endometriose e os miomas tendem a ser diagnosticados em mulheres em idade reprodutiva. Os sintomas de endometriose podem manifestar-se mais cedo, entre os 20 e 30 anos e os miomas tendencialmente mais tarde, especialmente depois dos 40 anos. Por outro lado, condições como a atrofia vaginal e o prolapso de órgãos pélvicos são mais comuns em mulheres mais velhas e após a menopausa.

Miomectomias e histerectomias: duas situações comuns

A incidência e prevalência de miomas aumentam com a idade, no período reprodutivo. Estima-se que depois dos 40 anos grande parte das mulheres terá miomas, uma condição que pode causar sintomas como hemorragia menstrual abundante - que pode mesmo originar anemia - dor pélvica e pressão na bexiga ou intestinos. A cirurgia para miomas uterinos é indicada quando os sintomas são graves e não adequadamente controlados com medicação, ao ponto de comprometerem, significativamente, a qualidade de vida da mulher ou a sua fertilidade. O sistema robótico da Vinci constitui uma alternativa cirúrgica minimamente invasiva e revolucionária para o tratamento de doenças ginecológicas benignas.

A intervenção cirúrgica para remoção dos miomas – miomectomia - tem a vantagem de preservar o útero.  João Cavaco Gomes destaca que: “esta cirurgia com o sistema robótico da Vinci apresenta benefícios por permitir maior amplitude e precisão de movimentos e melhor visualização e manobrabilidade, especialmente útil em casos de miomas grandes, múltiplos ou localizados em áreas difíceis de alcançar”.

Já a histerectomia é uma cirurgia para remoção do útero, com possibilidade de conservar os ovários, e é um tratamento definitivo. Geralmente, a complexidade da histerectomia é maior quando as mulheres apresentam condições ginecológicas mais graves, como endometriose profunda, adenomiose extensa, miomas múltiplos e grandes, cancro ginecológico ou com cirurgias prévias.  Cavaco Gomes salienta que “nos últimos anos, o perfil das doentes tem vindo a alterar-se, pelo facto de as mulheres adiarem o desejo reprodutivo para idades mais tardias, o que implica procurar uma abordagem inicial mais conservadora no tratamento das várias patologias uterinas”.

Quando a opção passa por uma cirurgia minimamente invasiva, João Cavaco Gomes considera que “ o sistema robótico da Vinci pode ser recomendado para histerectomias complexas em que a precisão e a habilidade cirúrgica são essenciais (como a cirurgia oncológica e a endometriose), quando é necessário operar em espaços menos acessíveis ou de visualização mais difícil - como em úteros volumosos ou deformados por miomas- e quando a dissecção e sutura se preveem mais complexas, como, por exemplo, no caso de se ter que corrigir também o prolapso vaginal”.

As principais vantagens da cirurgia assistida com o sistema robótico da Vinci incluem uma visão tridimensional magnificada até 10 vezes, movimentos precisos e de grande amplitude, maior ergonomia para o cirurgião e, simultaneamente, menor trauma tecidual, potenciando uma recuperação mais rápida e menos complicações.

João Cavaco Gomes acrescenta que “os resultados após uma histerectomia robótica geralmente incluem menor tempo de hospitalização, menos dor pós-operatória em comparação com as abordagens cirúrgicas tradicionais e um regresso mais rápido à vida normal”.

 
Com o apoio da Liga Portuguesa Contra o Cancro
“Cor inesperada a urinar? É algo que não deve ignorar” – É este o mote da campanha da Merck que decorre com o apoio da Liga...

O cancro da bexiga tornou-se o 9º tipo de cancro mais frequente em todo o mundo e as taxas de incidência e mortalidade que continuam a aumentar. Os dados da Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro (IARC) estimam que, em todo o mundo, 614.298 pessoas foram diagnosticadas com cancro da bexiga em 2022, o que configura um aumento de 7,1% face aos dados de 2020. No que diz respeito ao género, estimam-se 523.674 novos casos de cancro da bexiga em homens, o que o torna o 6º tipo de cancro mais comum entre os elementos do sexo masculino. Por cá, os dados da mesma fonte revelam que este foi o 4º tumor mais frequente entre os homens, com 2.660 novos casos, de um total de 3.517 em ambos os sexos.

Ainda que a investigação seja uma prioridade e faça avançar os tratamentos mais inovadores deste tipo de cancro, a Merck, com o apoio da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), acredita que o foco deve também recair sobre a sensibilização da população, para que esta possa identificar, de forma precoce, os sintomas do cancro da bexiga. Com este objetivo, juntaram-se numa campanha de sensibilização para o tema, que está em destaque no metropolitano do Porto e de Lisboa através dos monitores da rede MOP. 

A campanha explica que “Deve estar atento à cor da urina. Um dos sinais mais proeminentes do cancro da bexiga é a presença de sangue na urina, com uma variedade de colorações, incluindo vermelho, rosa, laranja ou acastanhado. Um sinal que não deve ser ignorado e deve levar a uma consulta com um médico”.

A deteção precoce do cancro da bexiga desempenha atualmente um papel vital na gestão bem-sucedida da doença. Quando os sintomas são reconhecidos e tratados precocemente, as opções terapêuticas, que são cada vez mais evoluídas, podem ser mais eficazes. E a prová-lo estão os números: estima-se que, quando diagnosticado precocemente, a taxa de sobrevivência do cancro da bexiga chegue aos 90%. 

De forma resumida, há 5 coisas que se deve saber sobre o cancro da bexiga:

  • Sangue na urina é o sinal mais comum.
  • Fumar é o maior fator de risco.
  • O cancro da bexiga é o 9º tipo de cancro mais comum.
  • O cancro da bexiga é mais comum nos homens, mas 1 em cada 4 doentes são mulheres.
  • Quando detetado precocemente, o cancro da bexiga tem uma elevada taxa de sobrevivência.
 
Marca teve mais de 250 mil consultas e uma taxa de eficácia acima dos 90%
Desde 2020, a plataforma de telemedicina da Médis, Médico Online Médis, já teve mais de 200 mil utilizações. Esta solução tem...

A marca de saúde do Grupo Ageas Portugal tem apostado na sua plataforma de medicina online, a qual possibilita a realização de uma consulta imediata, substituindo, na grande parte das vezes, a necessidade de outro tipo de consulta. A ser utilizada maioritariamente (59%) por jovens com menos de 35 anos, a Médis pretende alargar este serviço a outras faixas etárias, para que exista uma utilização mais massiva pela população no geral, estimando impactos muito positivos no alívio do sistema de saúde - segundo o Serviço Nacional de Saúde (SNS), em 2023, 42% dos atendimentos em urgência hospitalar foram considerados não urgentes, dados que comprovam a relevância desta tese.

"Há uma boa parte das deslocações às urgências dos hospitais que, na verdade, não são urgências e estão a pesar no bom funcionamento e na resposta do sistema. O Médico Online parece-nos uma ótima alternativa a estas situações não urgentes. É isso que nos dizem os números do Médico Online Médis, que tem uma de taxa de eficácia acima dos 90%, refere André Rufino, responsável do Ecossistema Saúde do Grupo Ageas Portugal. “A telemedicina é por isso uma solução que pode ser cada vez mais relevante, não apenas para a Médis, mas para todo o sistema nacional de saúde, contribuindo para a sustentabilidade e para a melhoria do acesso, da utilização dos recursos, da comodidade e da segurança dos utilizadores, alerta o responsável.

Mulheres e homens recorrem de forma equitativa a este serviço da Médis, com a idade média de utilização a rondar os 32 anos. Contudo, segundo a mesma fonte, as consultas de psicologia têm maior procura pelo género feminino, estando em linha com os dados revelados pelo estudo “Saúde da Mulher”, incluído no Projeto Saúdes (https://www.saudes.pt/pt/), que mostram que as mulheres têm, genericamente, mais questões de saúde mental do que os homens.

 
23 de maio
A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, vai marcar presença na sessão de abertura do 30º Congresso Nacional de Medicina Interna...

A sessão de abertura conta ainda com a presença de Víctor Herdeiro, Presidente da ACSS, Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, Lèlita Santos, Presidente da SPMI, Juana Carretero, Presidente da Sociedade Espanhola de Medicina Interna, Faustino Ferreira, Presidente do Colégio de Medicina Interna, Bruno Moita, da APAH, Ivo Oliveira, Presidente da ULSTMAD e, David Pimentel, vice-presidente da Câmara Municipal de Loulé.

“Numa altura em que existem temas de extrema importância para o sector da saúde, como o plano de emergência do SNS e o novo regime jurídico dos centros de responsabilidade integrado (CRI), é um privilégio reunir este conjunto importante de personalidades na reunião magna da Medicina Interna, especialidade essencial do SNS” afirma Fernando Salvador, Presidente do 30º CNMI.

O Diretor Geral da OMS, Tedros Ghebreyesus também participa nesta sessão de abertura com uma intervenção online tal como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A conferência de abertura estará a cargo de Maria de Belém, antiga ministra da Saúde e atual presidente do Conselho Geral da Fundação para a Saúde, e é dedicada ao tema “SNS: perspetivas atuais e futuras”.

A edição deste ano vai contar com a participação de diversos especialistas internacionais como, Frederico Guanais, chefe adjunto da Divisão de Saúde da OCDE, que vai abordar o tema “Acesso ao serviço de urgência em Portugal”, Rajiv Jalan, Diretor Científico da Fundação Europeia para o Estudo da Insuficiência Hepática Crónica, Dimitrios Boumpas, Chair das Guidelines da EULAR para o Lupus Eritematoso Sistémico, Kamran Abbasi, Editor-Chefe da BMJ, Raffaele Scala, primeiro autor das recentes guidelines sobre Oxigenoterapia de Alto Fluxo e Paul Stevens, Chair da Guidelines KDIGO, entre outros.

“A estes especialistas internacionais associamos outros de renome nacional. Esta junção permitirá alcançarmos um programa equilibrado, diversificado e pormenorizado. Esperemos alcançar todos os Internistas e Internos de Formação Especializada de Medicina Interna. A nossa diversidade e multiplicidade de conhecimento poderá trazer para junto de nós todos os restantes colegas que connosco trabalham em grupo, quer sejam: Cardiologistas, Pneumologistas, Nefrologistas, Hematologistas, Oncologistas e claro Médicos de Família. Juntos conseguiremos ter o maior Congresso Médico português onde serão abordados assuntos do interesse de todos”, conclui Fernando Salvador.

 
Conheça a relação entre esta glândula e os ouvidos
Este mês assinala-se o Dia Mundial da Tiroide (25 de maio) e é importante destacar a relação que exi

A tiroide é uma glândula endócrina que está localizada na zona do pescoço que desempenha um papel essencial na regulação de vários mecanismos fisiológicos, nomeadamente a frequência cardíaca, o metabolismo celular, o sistema digestivo, a regulação térmica, entre outros. No entanto, quando ocorre uma disfunção da tiroide, manifestada por condições como hipotiroidismo, hipertiroidismo, nódulos na tiroide, bócio ou cancro, pode impactar não apenas a saúde geral, mas também a audição.  

Estima-se que 1 milhão de portugueses tenha disfunções da tiroide e mais de 300 milhões de pessoas por toda a europa. 

Há estudos que já demonstraram que distúrbios da tiroide, como hipotiroidismo e hipertiroidismo, podem levar a problemas auditivos, incluindo zumbido nos ouvidos e perda de equilíbrio. É, por isso, fundamental estarmos mais atentos aos sinais do nosso corpo e tomarmos medidas para proteger a nossa saúde auditiva, especialmente se tivermos problemas de tiroide. Neste sentido, recomendamos os seguintes cuidados: 

  • Consulte um médico especialista – Caso tenha recebido o diagnóstico de distúrbios da tiroide, ou suspeita que possa ter problemas nesta glândula, consulte um médico especialista para fazer uma avaliação e recomendação do tratamento mais adequado, orientando-o sobre a melhor forma de gerir a sua condição clínica e quaisquer impactos que a mesma possa ter na sua audição. 
  • Realize exames auditivos com regularidade – Faça exames de audição regulares com um profissional de saúde auditiva, a fim de identificar alguma mudança que possa ocorrer devido a problemas de tiroide ou outras causas.
  • Mantenha um estilo de vida saudável – Adote hábitos saudáveis que promovam o seu bem-estar geral, incluindo uma dieta equilibrada, exercício físico regular e gestão de stress. Um estilo de vida saudável é um passo importante para ajudar na saúde da tiroide e na saúde auditiva. 
  • Evite a exposição a ruídos altos - A exposição prolongada a ruídos com volume muito alto pode ser prejudicial para a sua audição e causar danos permanentes. Portanto, sempre que ouvir música com auscultadores, ajuste o áudio para um nível seguro. Já em ambientes ruidosos, como concertos ou jogos de futebol, utilize protetores auditivos.
  • Siga o tratamento recomendado – Se o seu médico prescrever medicação, ou outros tratamentos para problemas da tiroide, siga as indicações dadas por ele cuidadosamente. Controlar a doença é essencial para ajudar a minimizar o impacto na saúde dos seus ouvidos. 
  • Esteja atento aos sintomas – Saiba reconhecer os sintomas ligados à sua audição, como o zumbido nos ouvidos ou a dificuldade em ouvir sons suaves, e caso se verifique fale com um médico especialista ou profissional de saúde auditiva. 
 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dados apresentados hoje
A 8.ª edição do Barómetro dos Internamentos Sociais (BIS), realizado pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares...

Os internamentos sociais, que em março deste ano representavam 11,1% do total de internamentos nos hospitais públicos, têm um custo anual que pode ultrapassar os 260 milhões de euros.

Considera-se internamento inapropriado todos os dias que um doente passa no hospital após alta clínica e não existe motivo de saúde que justifique a sua permanência em ambiente hospitalar.

Os internamentos inapropriados nas unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aumentaram este ano, assim como os custos associados a estes casos, que se explicam por atrasos, quer na admissão para a Rede Nacional de Cuidados Continuados (RNCCI), como na admissão para Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI).

Em março, estavam internadas de forma inapropriada nos hospitais portugueses 2164 pessoas, o que se traduz num aumento de 11% face ao ano anterior (1955 pessoas).

À data da recolha dos dados (20 de março de 2024), estes casos representavam 11,1% do total de internamentos nos hospitais nacionais, o denominado Índice de Inapropriação do Internamento, o que representa um aumento de 0,6 pp, cerca de 5,7%, face aos dados do anterior Barómetro.

Também à data da recolha dos dados, os internamentos sociais têm um custo de mais de 68 milhões de euros para o Estado, o que compara com cerca de 52 milhões de euros em março de 2023. Extrapolando este cenário para o conjunto do ano, os internamentos sociais inapropriados têm um impacto financeiro estimado superior a 260 milhões de euros.

Os dados da 8.ª edição do BIS dão conta de um total de 378.068 dias de internamento inapropriado (mais 13% face a 2023), um número que espelha o elevado impacto deste fenómeno no prolongamento da ocupação das camas em ambiente hospitalar e a elevada espera por respostas para admissão a RNCCI e ERPI. Ou seja, não só a lista de espera das pessoas que aguardam vaga em ERPI aumenta, como o tempo de espera também aumenta.

A falta de resposta da RNCCI é a principal causa do número de internamentos inapropriados em todas as regiões, sendo que no Centro representa 74% dos internamentos, seguindo o Algarve com 49% e Alentejo com 46%. A falta de resposta por parte das ERPI tem maior impacto nos internamentos inapropriados em Lisboa e Vale do Tejo, registando 68%, seguindo-se o Centro, com 40% e Algarve com 38%.

Lisboa e Vale do Tejo e o Norte são as regiões com maior número de internamentos inapropriados, representando 80% do total de internamentos inapropriados e 97% do respetivo total de dias.

Os dados desta edição do BIS revelam ainda que metade dos episódios e metade dos dias registados de internamentos inapropriados têm origem no serviço de Medicina Interna. O sexo masculino é o que regista mais dias de internamento inapropriado, com 60% dos episódios. Os idosos (pessoas com mais de 65 anos) continuam a registar não só o maior número de internamentos inapropriados (76%), como também ficam mais dias internados, após alta médica.

A 8.ª edição do Barómetro de Internamentos Sociais, desenvolvido pela APAH em parceria com a EY Portugal, contou com a participação de 29 unidades hospitalares do SNS, num total de mais de 20.000 camas, representando 90% do total do SNS.

Para Xavier Barreto, Presidente da APAH, “As sucessivas tentativas de resolução desta questão infelizmente não têm surtido o efeito desejado. Continuamos a ter uma parte significativa das camas ocupadas com internamentos inapropriados, o que prejudica seriamente a atividade de todos os hospitais.

Importa discutir o caminho a seguir, quer no âmbito do reforço das camas de retaguarda, como nancapacitação das famílias e da sociedade como um todo, para lidarem com uma população tendencialmente mais idosa e mais dependente. Falta, acima de tudo, uma articulação de respostas entre os sectores social e da saúde, que pense e articule as respostas com um todo.”

“O impacto dos internamentos inapropriados é enorme, sobrecarrega toda a estrutura e leva a um esgotamento dos recursos, muito mais acelerado. Nesse sentido, e porque é um tema não só de saúde pública mas também social, é necessário adotar uma abordagem consistente e multifacetada”, refere Miguel Amado, Partner, Government and Public Sector Leader da EY Portugal e responsável pelo estudo. Como? “Aumentando a disponibilidade de vagas em ERPSs e RNCCI e outras respostas sociais, garantindo respostas integradas e eficazes entre os diferentes setores e entidades, desburocratizando os processos administrativos e investindo na rede de suporte aos cuidadores (informais). Transversalmente a todas estas medidas, urge adequar a legislação às necessidades da realidade de uma população envelhecida e que visem a sua proteção. Nesta matéria, as empresas podem ser parte integrada da solução, contribuindo com o seu expertise e know-how e capacidade de resolução e promoção de melhores soluções”, acrescenta o responsável da EY Portugal.

 
Evento tem como embaixadores Mariana Peixoto e Sisley Dias
A primeira edição da Maratona da Maternidade do Algarve, organizada pela BebéVida em parceria com o Grupo HPA vai realizar-se,...

Esta iniciativa solidária consiste numa caminhada de três quilómetros que visa incentivar a natalidade e é dedicada a todas as grávidas e famílias da região do Algarve.

No momento da inscrição poderá adquirir o seu KIT participante no valor simbólico de três euros composto por uma mochila, t-shirt e diversas ofertas dos parceiros do evento. Por cada inscrição serão doados dois euros à APPC-CAV, que apoia grávidas e puérperas em situação de fragilidade nos concelhos de Faro, Olhão e Loulé. Todos os inscritos ficam ainda habilitados a receber um cabaz de ofertas no valor de 950 euros.

“O objetivo principal é reunir o maior número possível de grávidas, casais, familiares e amigos para celebrar a natalidade em Portugal numa altura em que os últimos dados oficiais indicam que Portugal superou em 2023, pelo segundo ano consecutivo, a barreira dos 80 mil nascimentos” refere Luís Melo, Administrador da Bebé Vida.

Para Ivone Lobo, Médica Obstetra e Diretora de Serviço de Obstetrícia no Hospital HPA Gambelas "o Grupo HPA sendo uma referência na área da obstetrícia e com a única maternidade privada do Algarve, não podia deixar de se associar a esta iniciativa que pretende ser um incentivo à natalidade e simultaneamente apoiar uma instituição como a APPC que efetua um trabalho de extrema importância."

As inscrições podem ser feitas em https://bebevida.com/product/maratona-maternidade-algarve/

 
Projeto da Unidade Local de Saúde da Cova da Beira
O projeto Ligados+com vai promover mais uma sessão, desta vez com foco especial na temática da ansiedade social. O evento,...

“Ansiedade social... esta ansiedade que não me deixa viver” terá assim lugar na Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade no Fundão, às 21H00, e conta com a preleção da pedopsiquiatra, Ana Margarida Moreira e da psicóloga clínica, Ana Carolina Santos.

O Projeto Ligados+Com da Unidade Local de Saúde da Cova da Beira promove estas sessões pedagógicas, com o objetivo de apoiar pais e encarregados de educação nas questões da parentalidade, destacando temáticas essenciais no crescimento e desenvolvimento dos mais novos.

Em simultâneo e no mesmo local, vai decorrer uma ação de treino em competências sociais para adolescentes dos 12 aos 16 anos de idade, intitulada "Vou fazer novamente... vou fazer diferente", dinamizada pela performer Adriana Pais, com formação em teatro e educação, e pela psicóloga clínica Maria Inês Figueiredo.

Ambas as iniciativas têm entrada livre, mas estão sujeitas a inscrição junto da Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade no Fundão. Para a atividade destinada aos adolescentes, as vagas são limitadas a 15 participantes. Esta é uma oportunidade única para adquirir conhecimentos valiosos e contribuir ativamente para o bem-estar das nossas crianças e jovens.

 
Feira inclui a 1ª edição do Congresso Internacional de Tecnologia e Terapia Ocupacional
A AJUTEC, uma das principais feiras de saúde, produtos de apoio e acessibilidade, está de volta à Exponor com o objetivo de...

Para esta edição, a organização do evento empenhou-se em garantir uma programação completa e diversas atividades formativas, de modo a formar os profissionais e fomentar a partilha de conhecimento. Um dos destaques será a realização da primeira edição do Congresso Internacional de Tecnologia e Terapia Ocupacional, organizado pela Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais (APTO). Esta conferência, que vai decorrer entre os dias 23 e 25 de maio, será uma plataforma de discussão e troca de conhecimento, reunindo especialistas e profissionais, alguns deles internacionais. 

A APTO concebeu um programa abrangente, com onze mesas temáticas, doze workshops e quatro palestras abertas ao público, destinadas a apoiar cuidadores e utentes por meio da inovação e da tecnologia. 

"Contaremos com 4 oradores internacionais de renome e 47 portugueses, todos eles reconhecidos pelo seu percurso e mérito profissional. Será um evento verdadeiramente diversificado no que diz respeito aos temas abordados e inovações apresentadas, bem como pela variedade de profissionais envolvidos, que inclui terapeutas ocupacionais, engenheiros de diversas áreas, terapeutas da fala e fisioterapeutas. Queremos garantir um evento inovador que fortaleça o trabalho em equipa multidisciplinar e apresente as mais recentes novidades e boas práticas em saúde, com recurso a produtos de apoio e tecnologias", explica Elisabete Roldão, Presidente da APTO.

A Ordem dos Enfermeiros também estará presente com a conferência “Tertúlias que (AJU)dam", agendada para 23 de maio. Durante este evento, vão ser abordados temas relevantes e de interesse para os profissionais de enfermagem. Desde a importância da prática de estilos de vida saudável, passando pela promoção de estratégias para a gestão dos problemas associados ao cuidador e utente, esta conferência vai abranger uma ampla gama de tópicos. Além disso, outras instituições vão aliar-se à AJUTEC para a criação de um programa completo, tais como o Grupo Associativo de Investigação em Feridas (GAIF), o Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), a  Associação Nacional de Gerontólogos (ANG) e a  Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Reabilitação (APER). Descubra o programa completo aqui

"Estamos especialmente entusiasmados por destacar atividades formativas e oportunidades de networking que tornam a AJUTEC um evento imperdível para todos os envolvidos no setor da saúde", refere Amélia Estevão, diretora de Marketing da Exponor.

A participação nestas atividades formativas é aberta a profissionais da saúde, estudantes, docentes e investigadores e público em geral. 

 
Dia 23 de maio
No próximo dia 23 de maio, às 14 horas, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) volta a debater os grandes...

Com moderação da radialista Sandra Torres, o debate conta com a presença de José Manuel Boavida, presidente da APDP, Raquel Coelho, pediatra, João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, e Paula Leitão, oftalmologista. Em cima da mesa estarão temas como o modelo de cuidados intermédios e de proximidade da Associação, as abordagens inovadoras na diabetes tipo 1, a perspetiva internacional e ainda Diabetes e Subvisão, uma realidade pouco abordada.

“Já com os 98 anos feitos, continuamos a celebrar este grande marco, desta vez através da segunda edição desta mesa-redonda. Cada vez mais perto dos 100 anos da APDP, a verdade é que continuamos a precisar de falar sobre esta doença sistémica que impacta a vida pessoal, social e económica de inúmeras famílias. Percorremos um longo caminho, é certo, mas o trabalho continua, e a APDP continuará ativa na luta pela adoção de políticas públicas que ajudem na prevenção da diabetes e no acompanhamento de pessoas que com ela vivem.”, explica José Manuel Boavida.

“A melhor compreensão da diabetes, e também a evolução do tratamento, tem permitido uma melhor qualidade de vida para todos os que vivem com diabetes e os seus familiares, e a APDP é a prova de que é possível garantir um bom acompanhamento. Importa agora mostrar o trabalho que temos feito ao longo dos anos, para que possa ser replicado.”, defende João Filipe Raposo.

Atualmente, a diabetes é uma das doenças mais prevalentes e uma das principais causas de morte em todo o mundo. Em Portugal, estima-se que cerca de 1,1 milhões de portugueses entre os 20 e os 79 anos tenham diabetes, 44% dos quais não diagnosticados.

 
Dia 24 de maio
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose e a...

Enquadrada na campanha de alerta “Na Rota do Colesterol”, esta iniciativa decorre no próximo dia 24 de maio, no MAR Shopping Matosinhos, entre as 10h e as 20h. O objetivo é alertar para a importância da monitorização dos valores de colesterol como método de prevenção para as doenças cardiovasculares, como o AVC e o enfarte do miocárdio, entre outras. Os participantes têm a possibilidade, através da utilização de óculos de realidade virtual, de observar os efeitos do colesterol no seu sistema circulatório.

De acordo com dados da Fundação Portuguesa de Cardiologia, referentes ao estudo nacional “Os Portugueses e o Colesterol 2023”, cerca de 74% dos portugueses desconhecem os seus níveis de colesterol, sendo esse desconhecimento mais acentuado nas camadas mais jovens. Como destaca Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, “morrem, em média, cerca de 80 pessoas por dia, devido a patologia cardiovascular. Só o enfarte do miocárdio mata, em média, mais de 12 pessoas por dia, e esta é uma doença muito associada aos fatores de risco, nomeadamente ao colesterol, que é a sua principal causa.  É por isso urgente que todos conheçam o seu corpo e os seus níveis de colesterol”.

Hélder Pereira, presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, alerta que “é fundamental que os portugueses tenham mais conhecimento sobre a sua saúde e compreendam a importância da prevenção das doenças cardiovasculares. O seu impacto na saúde individual e na sociedade é indiscutível”. É neste sentido que surge a campanha “Na Rota do Colesterol” com o objetivo de encorajar o conhecimento dos diferentes constituintes do colesterol e a prevenção da sua acumulação em prol da saúde cardiovascular, pelo bem-estar e melhoria da saúde dos portugueses.

Segundo Francisco Araújo, presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, “estima-se que a aterosclerose afete quase um milhão de portugueses e entre os seus fatores de risco o que está menos controlado é o colesterol, são por isso fundamentais ações de alerta e sensibilização para a população”. Nas palavras de Andreia Xavier, diretora técnica do Laboratório Dr. Joaquim Chaves Centro, “o rastreio ao colesterol é um ato simples e é, por isso, muito importante que as pessoas sejam agentes da sua própria saúde. É fundamental relembrar que a prevenção salva vidas, pelo que estas iniciativas são de extrema importância para a promoção da saúde da população”.

A iniciativa dirige-se a toda a população, incluindo sobreviventes de enfarte do miocárdio, aos quais, derivado desta condição, é necessário advertir da alteração dos valores de colesterol considerados como “normais”. O colesterol tem um impacto que a grande maioria das pessoas ainda desconhece ou não controla, já que a sua acumulação é progressiva e assintomática.

Localizada no piso 0 do MAR Shopping Matosinhos, na ligação de um dos corredores com o Atrium e acesso à Loja IKEA, esta experiência diferenciadora e educacional promete, a partir da imersão de cada participante, levá-lo a “viajar” e a conhecer os efeitos do colesterol nas suas artérias. Trata-se de uma atividade de realidade virtual com partilha de mensagens de sensibilização e de prevenção associadas às doenças cardiovasculares e reforço da importância do acompanhamento médico regular e da adoção de estilos de vida saudáveis.

Nova era da ciência médica
Imagine um futuro em que os cuidados de saúde são adaptados especificamente a si, até às moléculas no interior das suas células...

No centro deste futuro estão as tecnologias "ómicas", que medem e analisam várias moléculas a diferentes níveis nos organismos, células e tecidos humanos, de onde provêm várias doenças.

Com base nesta ciência fundamental, o Centro de Medicina Personalizada da Mayo Clinic lançou uma nova estratégia "ómica" concebida para integrar a medicina de precisão na prática clínica diária.  A abordagem apoiará as Doenças Raras Ómicas, as Populações Ómicas, as Ómicas Funcionais e as Ómicas Digitais.

"Esta nova estratégia representa um salto monumental para uma nova era da ciência médica. Estes quatro pilares "ómicos" interligados ajudar-nos-ão a alargar o nosso impacto, a impulsionar os avanços na medicina individualizada e a redefinir os cuidados dos doentes", explica Konstantinos Lazaridis, diretor-executivo Carlson and Nelson Endowed do Centro para Medicina Personalizada da Mayo Clinic.

Nova era da ciência médica

Cada pilar das ómicas reúne peritos de várias especialidades médicas com tecnologias avançadas de inteligência artificial (IA) para investigar vários conjuntos de informações ómicas, incluindo a genómica (o estudo dos genes), a proteómica (o estudo das proteínas), a exposómica (o estudo das exposições ambientais), a metabolómica (o estudo dos processos metabólicos), a transcriptómica (o estudo das transcrições de ARN) e outros domínios ómicos.

A investigação sobre ómicas oferece possibilidades transformadoras para prever e diagnosticar doenças como as doenças crónicas, o envelhecimento, as doenças inflamatórias e o cancro, permitindo simultaneamente o desenvolvimento de tratamentos personalizados adaptados às características biológicas únicas de cada indivíduo.  

Doenças Raras Ómicas

No pilar Doenças Raras Ómicas, investigadores e médicos estão a trabalhar para melhorar os diagnósticos clínicos em departamentos de toda a instituição através de testes multiómicos. Estão a desenvolver um quadro de descoberta para acelerar o desenvolvimento de novas terapias para as pessoas com doenças raras - doenças que afetam menos de 200 000 pessoas. No total, existem mais de 7000 doenças raras conhecidas que afetam cerca de 25-30 milhões de pessoas nos EUA.

Populações Ómicas

O pilar Populações Ómicas visa tornar os testes genómicos universalmente acessíveis e integrados nos cuidados de saúde dos doentes, concentrando-se particularmente nas variantes genéticas acionáveis de várias doenças. Além disso, este pilar integra pontuações de risco poligénico nos exames clínicos, que avaliam a predisposição genética de uma pessoa para determinadas doenças com base em múltiplas variações genéticas.

Um dos pontos principais é o avanço da compreensão da multi-ómica, incluindo a forma como as exposições ambientais, combinadas com fatores genéticos, influenciam a doença e a resposta aos tratamentos.

Ómicas funcionais

O pilar das Ómicas funcionais dedica-se a racionalizar a investigação através do desenvolvimento de novos modelos para acelerar o ritmo da descoberta científica. Os elementos-chave deste pilar incluem a criação de laboratórios especializados para o cultivo de linhas celulares e o avanço de tecnologias como a epigenética e a sequenciação de ARN de uma só célula.

Estas tecnologias são importantes para estudar os mecanismos de ativação e desativação dos genes, bem como para analisar as funções das células individuais.

Além disso, este pilar investiga microrganismos com potenciais benefícios terapêuticos, aprova estratégias para a terapia genética e analisa a idade biológica e os indicadores de fragilidade do doente.

Ómicas digitais

O pilar das Ómicas Digitais está centrado em tornar a informação genómica mais acessível e viável para os profissionais de saúde, integrando-a diretamente nos registos médicos. Esta iniciativa envolve a criação de parcerias com líderes institucionais para estabelecer estruturas de gestão de dados e definições normalizadas para a informação sobre ómicas em toda a Mayo Clinic. Ao facilitar o acesso à informação multiómica, o pilar visa reduzir os obstáculos à investigação e promover a inovação.

Espera-se que a estratégia ómica inovadora do Centro, impulsionada pela IA e estruturada em torno de pilares fundamentais, melhore as doenças, os diagnósticos, os prognósticos e os tratamentos. Esta abordagem já está a fornecer um quadro para abordagens escaláveis destinadas a satisfazer as necessidades individuais dos doentes.

 
 
SPECS 2030
A Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de lançar a iniciativa SPECS 2030, inserida na Global SPECS Network que tem como...

Portugal pode e deve juntar forças com a rede global de participantes relevantes nesta iniciativa para abordar a falta de acesso a cuidados para a saúde da visão, quanto ao erro refrativo. 

“Em Portugal, mais de 6 milhões de pessoas experienciam limitações devidas ao erro refrativo e centenas de milhares esperam anos para receber os cuidados para a saúde da visão que tanto necessitam. O investimento de 1 euro em cuidados para a saúde da visão retorna 9 euros em produtividade. A visão é central na prestação de cuidados de saúde e só não vê isso, quem não quer ver” afirma Raúl de Sousa, Presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), Entidade de Utilidade Pública. 

O erro refrativo não corrigido é a principal causa de deficiência visual na população infantil e adulta. Globalmente, estima-se que apenas 36% das pessoas com deficiência visual ao longe devido a erro refrativo tenham acesso a óculos apropriados, enquanto mais de 800 milhões de pessoas têm uma deficiência de visão ao perto (presbiopia) que poderia ser abordada com óculos de leitura. 

A APLO apoia totalmente a SPECS 2030, tendo em conta que a deficiência visual e cegueira evitável por falta de acesso as consultas para a saúde da visão e aos óculos necessários para o erro refrativo continua a ser uma realidade em Portugal.  Para combater este problema, a APLO apela às entidades governativas e todos os intervenientes relevantes da área da Optometria para que contribuam para a promoção de medidas que assegurem que ninguém sofre destas condições por escassez de apoios e recursos.  

 

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