APDP partilha cinco recomendações para o verão
Verão é sinónimo de dias mais longos, rotinas alteradas, temperaturas elevadas, idas à praia ou atividades ao ar livre. No...

“No verão, com as temperaturas mais elevadas, é necessário manter uma rotina de controlo da doença, especialmente para as crianças que veem o seu dia a dia alterado devido ao fim das aulas. Por isso, é fundamental seguir alguns cuidados durante esta época.”, alerta João Filipe Raposo, Diretor Clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP).

A APDP alerta para os cuidados a ter e recomenda cinco estratégias importantes para ajudar os pais das crianças com diabetes tipo 1 a manterem uma rotina, mesmo durante as férias:

  • A hidratação é fundamental: O risco de desidratação no verão cresce significativamente, por isso, é crucial beber bastante água ao longo do dia. As bebidas açucaradas devem ser evitadas, pois podem aumentar rapidamente os níveis de glicose no sangue. Uma boa prática é ter sempre uma garrafa de água por perto;
  • Cuidados com a insulina: Durante o verão, é importante ter atenção ao armazenamento da insulina, pois é sensível ao calor e pode perder a sua eficácia se estiver exposta a temperaturas elevadas. É recomendado armazenar a insulina em locais frescos e, se necessário, utilizar bolsas térmicas para transportá-la. Além disso, deve evitar deixar o medicamento em carros ou ambientes muito quentes;
  • Aumentar a frequência da monitorização da glicemia: A mudança da rotina no verão pode alterar a forma como o corpo metaboliza a glicose, tornando-o mais suscetível a hipoglicemias ou hiperglicemias. Por isso, é aconselhável monitorizar os níveis de glicose com mais frequência. Atividades físicas ao ar livre, como natação, caminhadas ou jogos, podem causar oscilações nos níveis de glicose, exigindo ajustes nas doses de insulina;
  • Escolhas alimentares saudáveis: É muito importante aproveitar aquilo que o verão oferece a nível de variedade de frutas frescas e refeições leves. Lanches saudáveis, como iogurte natural, nozes e saladas frescas, são boas opções para manter a energia e a glicemia estáveis ao longo do dia;
  • Cuidados com a pele: Durante o verão é fundamental aplicar protetor solar de proteção máxima e evitar a exposição ao sol durante muitas horas.

Com a inclusão destas recomendações no dia a dia, a diversão e o tempo de qualidade não vão faltar.

Mitos e verdades
Nos últimos anos, a luz azul tem sido um tópico amplamente discutido, especialmente com o aumento do

O Que é a Luz Azul?

A luz azul é uma parte do espectro de luz visível, com comprimentos de onda que variam entre 380 e 485 nanómetros. Ela é encontrada naturalmente na luz solar e artificialmente em dispositivos digitais e lâmpadas LED. Existem dois tipos de luz azul: a luz azul-turquesa, que tem benefícios para a saúde, e a luz azul-violeta, que pode ser prejudicial em grandes quantidades.

Mito 1: Toda Luz Azul é Perigosa

Uma ideia comum é que toda a luz azul é prejudicial. No entanto, isso não é verdade. A luz azul-turquesa desempenha um papel vital na regulação do nosso ciclo circadiano, o relógio biológico que controla os padrões de sono e vigília. Além disso, esta luz ajuda a melhorar o humor e a função cognitiva.

Verdade 1: Excesso de Luz Azul Pode Causar Fadiga Ocular Digital

A fadiga ocular digital é um problema real que resulta do uso prolongado de dispositivos digitais. Sintomas incluem olhos secos, visão turva, dores de cabeça e cansaço ocular. A luz azul, emitida em grandes quantidades por esses dispositivos, pode contribuir para essa fadiga. A regra 20-20-20 (olhar para algo a 20 pés (6 metros de distância) durante 20 segundos a cada 20 minutos) pode ajudar a aliviar esses sintomas.

Mito 2: A Luz Azul Causa Danos Irreversíveis à Retina

Há um medo generalizado de que a luz azul cause danos irreversíveis à retina e leve à degeneração macular. Estudos científicos não encontraram evidências conclusivas de que a exposição à luz azul dos dispositivos digitais cause danos oculares permanentes. No entanto, a exposição prolongada a qualquer tipo de luz intensa pode ser prejudicial aos olhos, incluindo a luz azul.

Verdade 2: A Luz Azul Pode Afetar o Sono

A exposição à luz azul à noite pode interferir na produção de melatonina, a hormona responsável pelo sono. Isso pode resultar em dificuldades para adormecer e em não se ter uma boa qualidade de sono. Reduzir o uso de dispositivos digitais antes de dormir ou usar filtros de luz azul pode ajudar a mitigar esses efeitos.

Mito 3: Óculos com Filtro de Luz Azul São Necessários para Todos

Embora os óculos com filtro de luz azul possam ser benéficos para algumas pessoas, especialmente aquelas que passam muitas horas diante de dispositivos eletrónicos com leds, eles não são necessários para todos. Os benefícios desses óculos ainda são um tema de debate entre os especialistas. Para muitas pessoas, ajustes simples no comportamento, como pausas frequentes e o uso de configurações de luz noturna nos dispositivos, podem ser suficientes.

Verdade 3: Luz Natural é Importante para a Saúde Ocular

Passar tempo ao ar livre sob luz natural é benéfico para a saúde ocular. Estudos indicam que a exposição à luz natural pode reduzir o risco de desenvolver miopia em crianças e adolescentes. A luz solar contém uma quantidade equilibrada de luz azul-turquesa, que é essencial para a saúde geral dos olhos.

Conclusão

A luz azul tem efeitos complexos sobre a saúde ocular. Embora não haja necessidade de uma preocupação exacerbada, é importante estarmos cientes dos seus efeitos e tomar medidas para proteger os olhos, especialmente durante o uso prolongado de dispositivos digitais. Entender a diferença entre mitos e verdades sobre a luz azul ajuda a tomar decisões informadas para manter os olhos saudáveis. A prevenção, através de comportamentos equilibrados e o uso adequado de tecnologias, continua a ser a chave para uma visão saudável.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Médico de Saúde Pública leciona no Instituto Universitário desde 2023
Em preparação ativa para o arranque do ano letivo 24/25, a Atlântica – Instituto Universitário acaba de garantir a presença do...

Presente na oferta formativa do Instituto Universitário desde 2004, a licenciatura em Ciências da Nutrição procura responder a uma área em crescimento em Portugal, com a formação de profissionais capacitados para as mais variadas funções dentro do setor. O curso foi projetado segundo padrões europeus e internacionais, com o Referencial para a Formação Académica do Nutricionista, cumprindo igualmente os requisitos técnico-científicos exigidos pela Ordem dos Nutricionistas. À semelhança do ano letivo anterior, a licenciatura volta a contar com Ricardo Mexia para lecionar a disciplina de Epidemiologia Nutricional.

Já os alunos da licenciatura em Gestão em Saúde vão contar com a vasta experiência e conhecimento de Ricardo Mexia nas disciplinas de Saúde Pública e Epidemiologia, Políticas de Saúde, Seminário de Gestão e Seminário de Estágio. Pioneira em Portugal desde a sua criação, em 1997, a licenciatura em Gestão em Saúde da Atlântica tem como missão formar profissionais qualificados para atender, às cada vez mais crescentes, necessidades e desafios do setor de saúde. Com uma abordagem abrangente à gestão da saúde, o curso foca-se em áreas como análise estratégica e tendências no setor da saúde; sistemas de informação e meios complementares de diagnóstico, de terapêutica e dinâmicas; marketing em saúde e marketing farmacêutico; gestão de equipas em saúde, apoio à decisão e à gestão financeira; planeamento e avaliação de investimentos em saúde; entre outras.

"É com grande entusiasmo que volto a integrar o corpo docente da Atlântica para o ano letivo 24/25. A oportunidade de contribuir para a formação de futuros profissionais de saúde, tanto em Nutrição quanto em Gestão em Saúde, é um desafio que encaro com responsabilidade e compromisso," afirma Ricardo Mexia.

Recorde-se que as candidaturas aos vários cursos da Atlântica, nos quais se incluem as licenciaturas em Ciências da Nutrição e Gestão em Saúde, já se encontram abertas, estando atualmente a decorrer a segunda fase do regime geral (até 16 de agosto). A terceira e quarta fase do regime geral decorrem de 17 de agosto a 13 de setembro e de 14 de setembro a 9 de outubro de 2024, respetivamente. Já no que diz respeito ao regime para Maiores de 23, este encontra-se já na quinta fase, sendo possível submeter candidaturas até ao dia 6 de setembro de 2024. 

 
Opinião
Este meu artigo de opinião pretende realizar com o leitor uma partilha resultante de um exercício re

A Enfermagem de Reabilitação constitui-se uma área de intervenção especializada, que resulta de um corpo de conhecimentos e procedimentos de cariz técnico-científico, sendo direcionada à manutenção e promoção do bem-estar e da qualidade de vida das pessoas, assim como da recuperação da sua funcionalidade, da promoção do autocuidado, da prevenção de complicações e da maximização das capacidades.

Por conseguinte, o enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação concebe, implementa e monitoriza planos de enfermagem de reabilitação diferenciados, baseados nos problemas reais e potenciais das pessoas. O nível elevado de conhecimentos e experiência acrescida, permitem-lhe tomar decisões relativas à promoção da saúde, prevenção de complicações secundárias, tratamento e reabilitação, maximizando assim o potencial da pessoa.

Importa clarificar que a Mesa do Colégio de Especialidade de Enfermagem de Reabilitação tem assumido que a investigação representa uma linha estratégica de afirmação dos enfermeiros especialistas de Enfermagem de Reabilitação na prestação de cuidados de saúde mais seguros, efetivos e apropriados do ponto de vista sociocultural. E emanou recentemente um conjunto de linhas de investigação a serem abordadas por estes profissionais, por área diferenciadas, no futuro:

  • Ciclo Vital – investigação muito prioritária com adultos e prioritária para idosos;
  • Contexto de prestação de cuidados de Enfermagem de Reabilitação - investigação muito prioritária em hospitais e prioritária em cuidados de saúde primários;
  • Áreas de intervenção - investigação muito prioritária em reabilitação respiratória, reabilitação motora e autocuidado, e prioritária em deglutição e reabilitação cardíaca;
  • Outras áreas relevantes - investigação muito prioritária na avaliação da eficácia de intervenções e programas de Enfermagem de Reabilitação, e prioritária em instrumentos de avaliação, e avaliação do custo‐efetividade de intervenções e de programas de Enfermagem de Reabilitação.
 
Referências bibliográficas:
Colégio da especialidade de Enfermagem de Reabilitação (2023). Documento das áreas de investigação para a especialidade de Enfermagem de Reabilitação. https://www.ordemenfermeiros.pt/media/30264/ponto-3_documento-linhas-de-investiga%C3%A7%C3%A3o-do-eer.pdf
Colégio da especialidade de Enfermagem de Reabilitação (2018). Padrões de qualidade dos cuidados especializados em Enfermagem de Reabilitação. https://www.ordemenfermeiros.pt/media/8141/ponto-4_regulamento-dos-padr%C3%B5es-qualidade-ceer.pdf.
 
 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Cuidados com a pele
O Fator de Proteção Solar (FPS) é um termo comum quando se fala de cuidados com a pele, especialment

O que é o FPS?

FPS é a sigla utilizada para designar "Fator de Proteção Solar" - um indicador da eficácia de um protetor solar contra os raios ultravioleta B (UVB). O número associado ao FPS indica o tempo que uma pessoa pode ficar exposta ao sol sem se queimar em comparação com o tempo que levaria para a pele desprotegida queimar. Por exemplo, se uma pessoa normalmente começa a ficar com pele queimada após 10 minutos ao sol sem proteção, um protetor solar com FPS 30 permitiria que essa pessoa ficasse exposta por 300 minutos (30 vezes mais) sem se queimar.

Um FPS mais alto é sempre melhor?

Um dos mitos comuns sobre o FPS é que quanto mais alto o número, melhor é a proteção. Embora seja verdade que um FPS mais alto oferece mais proteção, a diferença não é tão significativa quanto parece. Um protetor solar com FPS 30 bloqueia cerca de 97% dos raios UVB, enquanto um com FPS 50 bloqueia aproximadamente 98%. Portanto, a diferença entre FPS 30 e FPS 50 é pequena. O que realmente importa é a aplicação correta e a reaplicação regular do protetor solar.

Cuidados na utilização de protetores solares

  • Aplicação adequada: A quantidade de protetor solar aplicada é crucial para a sua eficácia. Recomenda-se aplicar aproximadamente uma colher de chá de protetor solar em cada área do corpo (rosto, braço, perna, etc.). A aplicação deve ser feita 15 a 30 minutos antes da exposição ao sol para que o produto seja devidamente absorvido pela pele.
  • Reaplicação: O protetor solar deve ser reaplicado a cada duas horas, ou mais frequentemente se a pessoa suar muito ou após nadar. Mesmo produtos à prova de água necessitam de reaplicação regular.
  • Escolha do protetor solar: É importante escolher um protetor solar de amplo espectro, que proteja contra os raios UVB e UVA (raios ultravioleta A, que penetram mais profundamente na pele e são responsáveis pelo envelhecimento precoce e alguns tipos de cancro de pele).

Cuidados de conservação

A conservação adequada do protetor solar é fundamental para garantir sua eficácia:

  • Validade: verifique sempre a data de validade do produto. Um protetor solar com data vencida pode perder a sua eficácia e não oferecer a proteção necessária, correndo risco de queimaduras. 
  • Armazenamento: o protetor solar deve ser guardado em locais frescos e longe da luz solar direta. O calor excessivo pode degradar os ingredientes ativos do produto, reduzindo a sua eficácia.
  • Embalagem: mantenha a embalagem bem fechada para evitar a contaminação e a oxidação dos ingredientes. Caso o protetor solar mude de cor, consistência ou cheiro, pode ser um sinal de que ele está estragado e deve ser descartado.
 
Referências: 
Diffey, B. L. (2001). "When should sunscreen be reapplied?" Journal of the American Academy of Dermatology, 45(6), 882-885. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11712033/
Ordem dos Médicos. "Sol saudável todo o ano". https://ordemdosmedicos.pt/sol-saudavel-todo-o-ano/
Liga Portuguesa Contra o Cancro. "Prevenção Solar. Olha pela Tua Pele". https://www.ligacontracancro.pt/olha-pela-tua-pele-prevencao-solar/
Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia. "Cuidados com a Pele". https://www.spdv.pt/_cuidados_com_a_pele
 
Nota: 
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Opinião
Os primeiros socorros constituem a primeira ajuda ou assistência dada a uma vítima de acidente ou do

São preconizados vários princípios gerais para os primeiros socorros:

Prevenir: A prevenção é a melhor solução para evitar acidentes, de modo a que haja uma maior segurança no dia-a-dia;

Alertar: Alertar significa, informar as autoridades responsáveis pelo socorro de emergência (GNR; PSP; INEM; Corporações de Bombeiros), e pô-las ao corrente da situação anormal, para o qual é necessário prestar o respetivo socorro;

Socorrer: É definir um conjunto de situações prioritárias em relação a todas as outras, quer na prestação dos primeiros socorros, quer na evacuação para o hospital, uma vez que compromete a vida da vítima.

Quando estamos perante uma vítima devemos observar imediatamente a vítima e o local do acidente. De seguida, eliminar fatores de risco, salvaguardando as condições de segurança – de forma a termos um ambiente seguro, prestando os primeiros socorros em segurança, para depois as autoridades responsáveis tratarem da evacuação e transporte, se necessário.

A mala de primeiros socorros deverá ser acima de tudo prática e de fácil utilização. Em caso de instituições, deverá, de preferência, existir uma mala de primeiros socorros em cada sala ou piso da instituição, devendo estar colocada em local próprio de conhecimento de todos, mas fora do alcance de crianças. Sendo que alguns aspetos a considerar com a mala de primeiros socorros são:

  • Deve evitar-se utilizar abusivamente o material de primeiros socorros. Ou seja, este material deve ser utilizado apenas em caso de necessidade, especialmente no que diz respeito aos medicamentos;
  • A mala deve ser verificada periodicamente e sempre que é usada. Deve-se repor o material gasto, para que se mantenha sempre em condições de ser utilizada novamente;
  • Deve haver formação a pelo menos um elemento da equipa de como utilizar a mala e o seu conteúdo corretamente. A formação contínua é vital.

Em suma, os primeiros socorros são uma componente vital para a estabilização de vítimas de acidentes ou doenças súbitas, garantindo a sua segurança até a chegada de profissionais qualificados. A prevenção, o alerta rápido e o socorro são os pilares fundamentais deste processo. A preparação adequada, incluindo a manutenção de uma mala de primeiros socorros bem equipada e a formação contínua da equipa, são assim essenciais para se assegurar uma resposta adequada em situações de emergência. Com conhecimento adequado podemos garantir a segurança e o bem-estar de todos.

Referências Bibkiográficas: 
Direção Geral da Saúde. (2021). Primeiros socorros no local de trabalho - Conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros socorros.
Chapleau, W. (2008). Manual de Emergências – Um Guia para Primeiros Socorros. ISBN: 9788535228328.
 
 

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo sobre saúde capilar realizado pelo Grupo Insparya em Portugal, Itália e Espanha
A queda e falta de cabelo é um problema que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, tanto homens como mulheres. Segundo um...

Mas em que medida os procedimentos de transplante capilar são seguros em termos de potenciais riscos e complicações?

Globalmente, 1 em cada 3 inquiridos encara os transplantes capilares como um procedimento relativamente seguro. Os portugueses são os que depositam mais confiança nos procedimentos de transplante capilar, que encaram como tendo riscos mínimos. Como refere Carlos Portinha, diretor clínico do Grupo Insparya, “não existem efeitos colaterais ou sistémicos associados ao transplante capilar, dado que a área dadora e recetora são do próprio paciente e, por isso, sem risco de rejeição. A cicatrização completa-se em 3 a 4 dias e o paciente regressa às suas rotinas, sem constrangimentos ou limitações”.

Os Portugueses são, ainda, os que demonstram ter menos reservas em relação à eficácia do transplante capilar, sendo que apenas 12% colocam em causa a sua eficácia, uma desconfiança que sobe para 13% em Espanha e para 16% em Itália. Como explica Carlos Portinha, “o Transplante Capilar é o tratamento mais eficaz para a alopécia Androgenética, mais conhecida por calvície. Esta condição hereditária manifesta-se pela perda progressiva de cabelo do topo da cabeça, uma vez que as unidades foliculares contidas nestas zonas têm recetores hormonais que as tornam vulneráveis aos andrógenos testosterona / dihidrotestosterona, o que leva à morte precoce dessas unidades foliculares. As unidades transplantadas nunca morrerão, uma vez que são retiradas das zonas remanescentes da cabeça, onde estas não têm recetores para os andrógenos testosterona / dihidrotestosterona. Tal, significa que irão produzir cabelo de forma permanente e duradoura.”

A segurança e eficácia que os portugueses depositam no procedimento de transplante capilar reflete-se em 67% dos inquiridos, que declara que apoiaria a decisão de um amigo ou familiar de se submeter a um transplante capilar se estivesse a sofrer de queda de cabelo. Em contrapartida, esta recomendação só seria dada por 46% e 43% dos inquiridos em Espanha e Itália , respetivamente. Para 60% dos portugueses, 50% dos espanhóis e 44% dos italianos, os transplantes capilares são encarados como uma opção importante para as pessoas que não estão satisfeitas com a sua queda de cabelo e que pretendem resolver o problema.

Portugueses são os mais conscientes do impacto negativo da perda e queda de cabelo

Mais de metade dos inquiridos considera que a queda ou falta de cabelo tem um impacto negativo ou extremamente negativo nas pessoas que sofrem desta doença. Em Portugal, essa perceção é mais marcante, com 65% dos inquiridos a responderem positivamente. Ainda que de forma menos vincada, esta é uma questão relevante também em Espanha (53%) e Itália (52%). Globalmente, os sentimentos negativos mais associados ao problema de alopécia ou queda de cabelo são a diminuição da autoestima, a redução da autoconfiança, o aumento do stress e a aparência mais envelhecida. Na prática, apenas 26% dos inquiridos portugueses confessa ter sofrido essas mesmas consequências associadas à perda e queda de cabelo, percentagem que sobe para 36% em Itália e 38% em Espanha.

Apesar da probabilidade de fazer um transplante capilar ser significativamente maior em Itália do que em Portugal ou Espanha, são os portugueses que mais reconhecem o transplante capilar como um método válido para melhorar a autoestima e a confiança de uma pessoa.

A relação e os cuidados a ter
A queda de cabelo é um problema que vai para além da simples estética.

Assim, se começou a tomar um tratamento antidepressivo nos últimos meses, esta pode ser uma das razões pelas quais está a ver mais cabelo na sua escova do que o habitual. 

O cabelo pode cair devido à toma de antidepressivos? 

A resposta é sim. O tipo de queda de cabelo que é normalmente causado pelos antidepressivos é a alopécia difusa. Está normalmente relacionada com os antidepressivos prescritos para estabilizar o humor, mas é menos frequente nos tratamentos com inibidores da recaptação da serotonina (SSRI), como a fluoxetina, a sertralina, a paroxetina ou o escitalopram. É também muito raro que os tricíclicos, as benzodiazepinas ou os antipsicóticos desencadeiem queda de cabelo. É preciso ter em conta que, uma vez retirada a medicação, a queda de cabelo para. 

De qualquer modo, a queda de cabelo provocada pelos antidepressivos tem geralmente pouca importância estética. De facto, a queda de cabelo tem geralmente mais a ver com o próprio estado depressivo. 

Qual é a relação entre a alopécia e os antidepressivos? 

Na maioria dos casos, a queda de cabelo devida à medicação com antidepressivos começa geralmente na primeira ou segunda semana da sua administração. Os efeitos da alopécia induzida por medicamentos atingem normalmente o seu pico três meses após o início da toma de um determinado medicamento. Isto deve-se normalmente ao facto de o ciclo normal de crescimento do cabelo ser acelerado. A fase anagénica é a fase em que o cabelo cresce.  

Na fase catagénica, o cabelo passa da fase anagénica para assinalar o fim do crescimento do cabelo. A fase telogénica é a fase de repouso do crescimento do cabelo. Nesta fase, o folículo piloso está completamente inativo. Os antidepressivos podem afetar a fase telógena e encurtar a sua duração, o que pode dar início à libertação imediata da fase telógena, levando a uma queda de cabelo significativa. 

Embora a queda de cabelo causada pelo uso de antidepressivos seja rara, é um efeito secundário possível da maioria dos antidepressivos. Alguns estudos sugerem que a bupropiona (também conhecida como clorbutilcetoanfetamina ou amfebutamona) tem o risco relativo mais elevado em comparação com os inibidores seletivos da recaptação da serotonina. 

Como é que se pode evitar a queda de cabelo causada por antidepressivos? 

Se a queda de cabelo devida à medicação estiver a causar uma alteração significativa no bem-estar do doente ou a afetar negativamente a sua saúde mental, é aconselhável consultar um especialista para encontrar uma alternativa. 

Se a qualidade do cabelo não melhorar ou se for difícil recuperar o estado anterior, podemos considerar estas ações: 

Cuide da sua alimentação 

As dietas desequilibradas ou com carências nutricionais podem provocar a queda de cabelo. Por isso, é importante manter uma alimentação completa e saudável. Vários estudos sugerem que as carências de vitaminas B12 e D, biotina, riboflavina, ferro e outros nutrientes estão associadas à queda de cabelo. Uma dieta rica nestas vitaminas e minerais pode ajudar a promover o crescimento do cabelo. 

Realização de massagens ao couro cabeludo 

A massagem do couro cabeludo estimula a circulação sanguínea. Ao utilizar produtos específicos nas nossas rotinas de cuidado , ajudamos a nutrir o couro cabeludo e a melhorar a circulação sanguínea, duas chaves para uma boa saúde capilar. 

Reservar algum tempo para massajar o couro cabeludo todos os dias pode também ajudá-lo a abrandar e a aliviar o stress e a tensão, um bónus adicional se estas emoções forem a causa da queda de cabelo. 

Tratamentos farmacológicos 

Medicamentos como o Minoxidil podem ajudar a prevenir a queda do cabelo e a estimular o seu crescimento. A sua ação encurta a fase de repouso do crescimento do cabelo e estimula e prolonga a sua fase de crescimento. É essencial consultar um especialista antes de iniciar o tratamento com Minoxidil, para saber qual a dose a aplicar e quantas vezes por dia. 

Plasma rico em plaquetas (PRP) 

O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é um tratamento que utiliza fatores de crescimento obtidos a partir de plaquetas do sangue do próprio paciente. É um tratamento capilar que estimula a circulação sanguínea nas unidades foliculares, o que é um impulsionador do crescimento do cabelo. 

A Mesoterapia MesoHair é um tratamento de bioestimulação e nutrição capilar que consiste na administração subcutânea biologicamente ativa de células da unidade folicular. No nosso grupo usamos uma solução exclusiva que contém: 

  • Vitaminas, proteínas e sais minerais responsáveis pela produção capilar 
  • Fatores de crescimento estimuladores da unidade folicular para produzir cabelo mais forte e mais resistente. 
  • Fatores antioxidantes, redutores do stress oxidativo e desacelerador do envelhecimento folicular. 
  • Inibidores de 5-alfa-redutase (fatores anti--androgénicos),que bloqueiam localmente a ação prejudicial da testosterona na produção capilar, impedindo a sua transformação em Dihidrotestosterona (DHT). Ajudam a parar a alopecia androgénica. 
  • Ácido hialurónico que integra a fibra capilar produzida, hidrata-a e torna-a resistente à quebra e ao desprendimento. Sem efeitos secundários ou contraindicações, sendo por isso um tratamento preventivo seguro e eficaz para alopecia. 

Este tipo de queda de cabelo, causada por antidepressivos não é permanente. Normalmente, as pessoas recuperam completamente o seu cabelo sem qualquer ajuda externa em cerca de seis meses após a interrupção da medicação. 

E se tiver de continuar a tomar a medicação? 

Se tivermos de continuar a tomar a medicação, existem algumas opções interessantes que podem ajudar na queda de cabelo causada pelos antidepressivos: 

  1. Uma delas seria reduzir a dosagem, o que poderia ser suficiente para que o cabelo voltasse a crescer. 
  2. Outra opção poderia ser mudar para uma marca diferente ou para uma versão genérica do medicamento, uma vez que pode ser um ingrediente inativo e não o próprio medicamento que está a causar a queda de cabelo. 

Se nenhuma destas opções ajudar, e se sentir que não consegue mesmo viver com a queda de cabelo, existe a opção de consultar um especialista. Este avaliará o tipo de alopécia de que sofre, o grau em que a afeta e a solução mais adequada. 

Se notou alterações no seu cabelo e pensa que o seu tratamento com antidepressivos pode ser a causa, contacte-nos. Os nossos médicos especialistas, peritos no tratamento e diagnóstico da saúde capilar, aconselhá-lo-ão gratuitamente e ajudá-lo-ão a encontrar a solução mais adequada. Para além disso, oferecemos tratamentos que o ajudarão a melhorar a qualidade do seu cabelo, como a mesoterapia capilar, o Plasma Rico em Plaquetas (PRP) e a Terapia Laser Baixa. Individualmente ou em combinação, estes tratamentos irão nutrir e revitalizar o seu cabelo, ajudando a restaurar o seu aspeto saudável. 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
A supervisão clínica é uma componente essencial na formação de futuros enfermeiros, desempenhando um

Supervisores que incentivam a interação e a colaboração entre os estudantes criam um ambiente, onde estes, podem trocar conhecimentos e experiências, promovendo uma aprendizagem mais consistente. Esta abordagem não só enriquece o conhecimento teórico e prático dos estudantes, mas também fortalece as suas habilidades de comunicação e trabalho em equipa, essenciais para a prática clínica.

Os supervisores que seguem um estilo de liderança participativo e que são sensíveis às necessidades dos estudantes, podem criar um ambiente onde estes se sentem valorizados e motivados. Um ambiente de aprendizagem positivo envolve não apenas a transmissão de conhecimentos técnicos, mas também o apoio emocional e o incentivo ao desenvolvimento profissional contínuo. Este suporte integral é fundamental para que os estudantes desenvolvam competências clínicas e confiança. Supervisores que fornecem feedback contínuo e construtivo, e que envolvem os estudantes em todas as atividades clínicas, promovem uma aprendizagem ativa e significativa. Esta abordagem permite aos estudantes aplicar a teoria na prática, desenvolver habilidades clínicas e fortalecer a sua confiança profissional.

Outro aspeto relevante centra-se na distribuição de um supervisor fixo ao longo do período de ensino clínico, uma vez que assim podem realizar um acompanhamento mais personalizado e contínuo, o que facilita a construção de uma relação de confiança e apoio entre o supervisor e o estudante.

Para potenciar os benefícios da supervisão clínica, é essencial que as instituições de ensino e de saúde invistam em programas de formação para supervisores. Estes programas devem focar-se no desenvolvimento de competências pedagógicas e de liderança, capacitando os supervisores para criar ambientes de aprendizagem positivos e para apoiar os estudantes. É imperativo que as instituições de ensino e saúde colaborem para fortalecer estes aspetos, assegurando uma formação de qualidade que beneficie tanto os estudantes quanto a sociedade em geral.

 
Referências: 
Dyar, A., Stenfors, T., Lachmann, H., & Kiessling, A. (2021). What about the supervisor? Clinical supervisors’ role in student nurses’ peer learning: A phenomenographic study. Medical Education, 55(6), 713–723. https://doi.org/10.1111/medu.14436 
Zhang, J., Shields, L., Ma, B., Yin, Y., Wang, J., Zhang, R., & Hui, X. (2022). The clinical learning environment, supervision and future intention to work as a nurse in nursing students: A cross-sectional and descriptive study. BMC Medical Education, 22(1), 548. https://doi.org/10.1186/s12909-022-03609-y 
 
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Resultados do relatório “Saúde para levar, por favor” da LLYC
Estima-se que, até 2050, o número de pessoas com 65 anos ou mais deverá duplicar para os 1600 milhões. Este envelhecimento...

Os estudos realizados na América Latina, bem como nos Estados Unidos e na Europa, destacam semelhanças significativas no perfil e nas responsabilidades dos cuidadores informais. Em todos os contextos, as mulheres assumem predominantemente o papel de cuidadoras, assumindo tarefas essenciais e complexas sem receberem formação profissional ou uma remuneração financeira. A maioria destes cuidadores são familiares próximos. O documento revela a necessidade de apoio e reconhecimento destas pessoas que desempenham um papel crucial no bem-estar dos doentes e que se tornam importantes na recuperação da saúde dos doentes.

Além disso, o relatório centra-se na saúde mental dos cuidadores, uma questão crucial que merece atenção e apoio urgentes. O papel de cuidar, embora seja gratificante, tem um peso significativo na saúde emocional e psicológica destas pessoas. De forma geral, os estudos revelam que estão expostos a elevados níveis de depressão e ansiedade. Esta carga agrava-se nos contextos em que as estruturas de apoio são insuficientes e a tendência cultural de cuidar dos idosos em casa sem remuneração implica mais sacrifícios pessoais.

Para proteger a saúde mental dos cuidadores, é essencial que os governos, as organizações da sociedade civil e as empresas implementem medidas de apoio eficazes. Iniciativas como a estratégia nacional dos EUA oferecem um modelo a seguir, propondo o acesso a serviços de saúde mental, formação especializada e apoio financeiro.

“A questão dos cuidadores familiares é, em si mesma, um problema de saúde pública. Por isso, é urgente reconhecer a sua importância na vida do doente em tratamento. Cuidar dos cuidadores não só melhora o seu bem-estar, como também a sustentabilidade do sistema de saúde numa sociedade que está a envelhecer rapidamente e onde a procura de cuidados continuará a aumentar”, afirma Gina Rosell, Sócia e Diretora Sénior de Healthcare da LLYC na Europa.

No relatório, a LLYC apresenta três pontos-chave para auxiliar os cuidadores e garantir a adesão aos tratamentos, melhorar a qualidade de vida e contribuir para um sistema de saúde sustentável:

Acesso a dados sobre as necessidades de doentes e cuidadores e promoção de políticas públicas. Os governos, as empresas e as organizações devem compreender as necessidades dos doentes e o impacto das doenças nas famílias. A análise de grandes volumes de dados permite conhecer o número de cuidadores e os desafios que enfrentam, permitindo uma colaboração nas políticas públicas para reconhecer o seu valor e estabelecer programas de apoio.

Programas de apoio a cuidadores. Algumas empresas do setor da saúde oferecem apoio a doentes, mas não incluem projetos que melhorem o processo de saúde e doença, tais como cursos sobre cuidados paliativos e formas de contribuir para uma recuperação mais rápida do doente. É necessária uma parceria público-privada.

Pouca discussão e consciencialização para o tema. Os programas de formação devem ser alargados e devem ser lançadas campanhas de comunicação. Isto pode aumentar a consciencialização, impulsionar políticas públicas, integrar os cuidadores nos sistemas de saúde e reconhecer o seu crucial contributo para a recuperação dos doentes e reduzir o impacto na vida familiar e profissional.

"Será? Na dúvida o melhor é ter a certeza, vá ao dermatologista"
A Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV) está a desenvolver uma campanha de sensibilização com o mote “Será...

“Ao longo da nossa vida, as doenças da pele são muito frequentes e motivo de procura de ajuda. No entanto, o dermatologista nem sempre é reconhecido como o médico especialista mais habilitado e com experiência no diagnóstico de patologias da pele, unhas e cabelo. Esta é a realidade que temos de alterar, para que seja possível intervir o mais rapidamente possível e de forma correta. Um diagnóstico atempado e o correto tratamento são fundamentais para o controlo das diferentes patologias, que se traduzem na melhoria da qualidade de vida para os doentes. A consulta de dermatologia implica a observação integral da pele, a palpação, bem como o recurso a técnicas de diagnóstico em função de cada caso e o esclarecimento do diagnóstico, prognóstico e discussão terapêutica, atendendo ao contexto psíquico, social e cultural de cada doente”, esclarece o presidente da SPDV, Paulo Filipe.

A campanha ganha forma em oito imagens diferentes, cada qual com visualização de diversos tipos de patologia cutânea como forma de despertar para possíveis sinais ou sintomas que surgem na pele. Através destas imagens a campanha alerta e sensibiliza simultaneamente para algumas doenças da pele, nomeadamente, vitiligo, rosácea, melanoma, eczema atópico, psoríase, acne, alopecia areata e micose.

“Através destas imagens, apresentamos alguns dos sinais visíveis associados a estas oito patologias para que quando as pessoas se depararem com qualquer um deles tenham presente que não devem ficar na dúvida e devem consultar um especialista em dermatologia”, reforça o presidente da SPDV.

A campanha vai estar presente em diferentes regiões do país, e espera contar com o apoio de diversas instituições e municípios para que seja possível alcançar o maior número de pessoas. A campanha irá também ganhar forma nos canais digitais da SPDV e dos seus parceiros.

Para mais informações, consulte: www.spdv.pt

Aumento do número de visitas de ensaio clínico
Um ano após a inauguração do novo espaço do Centro de Investigação e Ensaios Clínicos (CIEC) da ULS São João, esta unidade...

"Atualmente constituída por seis coordenadoras de ensaios clínicos, uma enfermeira, uma técnica superior de diagnóstico e terapêutica (cardiopneumologia), uma assistente técnica, uma assistente operacional, uma gestora e um coordenador médico, esta equipa regista níveis de satisfação elevados, bem como uma melhor reputação e ainda uma progressão económico-financeira positiva", explica João Massano, diretor do CIEC.

Os serviços clínicos com maior número de ensaios em curso são a Gastrenterologia, Oncologia Médica, Pediatria, Pneumologia, Neurologia, Endocrinologia, Hematologia Médica, Dermatologia e Oftalmologia. Em alguns ensaios clínicos, a ULS São João tem sido destacada por ser top recruiter (centro nacional com mais doentes incluídos).

O CIEC, cuja criação contou com o mecenato de Maria Fernanda Amorim, o Grupo Violas, a Super Bock Group e o Grupo Fuste, transpõe para a sua visão estratégica e atividade quotidiana a tripla missão institucional de assistência clínica, investigação e formação de profissionais. "Por isso, procuramos colocar ao dispor dos nossos utentes e investigadores clínicos os programas de desenvolvimento que veiculam a inovação terapêutica mais disruptiva, em detrimento da mera inovação incremental. O CIEC colabora na formação de médicos da especialidade de Farmacologia Clínica da ULS São João, tendo já despertado o interesse de outras especialidades médicas. No futuro, tentaremos expandir a nossa capacidade formativa a outros profissionais ligados a esta área", acrescenta o responsável.

Os ensaios clínicos são o meio de transpor o resultado da mais avançada investigação biomédica laboratorial para a realidade clínica, permitindo testar novas formas de tratar ou prevenir doenças, frequentes e raras. Trata-se de uma atividade de grande inovação que utiliza produtos de elevado grau de maturidade na cadeia de investigação e desenvolvimento. Todos os processos são rigorosamente planeados, implementados, avaliados e auditados, minimizando riscos e maximizando a probabilidade de eficácia clínica. 

 
Dias 14 e 15 de novembro
A Digestive Cancers Europe (DiCE) e a Europacolon Portugal organizam a Conferência ENTERO, agendada para os dias 14 e 15 de...

Cofinanciada pela União Europeia, ENTERO significa ‘Capacitar Novos Tratamentos, Educação, Investigação e Sensibilização’ para cancros digestivos de início precoce.“Os pacientes mais jovens, com cancro digestivo de início precoce enfrentam desafios únicos que exigem atenção urgente, desde um melhor diagnóstico e valorização dos sintomas pelos Médicos de Família, até ao apoio especializado pós-tratamento, bem como nas áreas sobre fertilidade e saúde mental. O nosso objetivo com a ENTERO, uma conferência inédita sobre cancros digestivos de início precoce, é aumentar a sensibilização de todas as partes interessadas, para garantir que estas pessoas recebem os cuidados adequados e vivem o futuro brilhante que merecem", diz Zorana Maravic, CEO da DiCE.

"Estes cancros representam um desafio significativo para a saúde pública, uma vez que afetam os indivíduos em idade ativa e exigem abordagens inovadoras para diagnóstico, tratamento, cuidados de suporte e sobrevivência", observa Eric Van Cutsem, renomado Professor de Oncologia Digestiva e Cofundador e Conselheiro Médico da DiCE.

A conferência ENTERO é um esforço colaborativo que reunirá a comunidade de jovens pacientes, profissionais de saúde, investigadores, decisores políticos e parceiros da Indústria Farmacêutica, com o principal objetivo de fomentar a colaboração, facilitar a partilha de conhecimentos e desenvolver soluções inovadoras para melhorar toda a jornada dos pacientes, desde o diagnóstico até à sobrevivência. Ao construir uma rede de especialistas, a ENTERO visa melhorar a qualidade dos cuidados, promover a excelência na saúde e incentivar a cooperação em toda a Europa e mais além, procurando, em última análise, um impacto global no combate e na sensibilização para estes cancros.

"Ao criar uma rede de peritos, a ENTERO visa melhorar a qualidade dos cuidados de saúde, promover a excelência e incentivar a cooperação dentro e fora da Europa, procurando, em última análise, um impacto global no combate aos cancros digestivos. Promover a sensibilização é o primeiro passo para salvar vidas e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas", observa Vitor Neves, Presidente da Europacolon Portugal.

Para mais informações sobre a Conferência ENTERO e para se inscrever para a participação virtual, visite www.entero.digestivecancers.eu.

 
Doação da Campanha "Chicco Dá Vida"
A Unidade de Cuidados Especiais Neonatais do Hospital de Braga, inaugurada em 2006, tratou entre janeiro e dezembro de 2023 um...

Com esta campanha, a marca passa a estar presente, embora de forma indireta, em mais de 31 hospitais e maternidades de norte a sul do país.

“Este projeto tem já perto de 20 anos e é um projeto que muito nos orgulha, a todos os níveis. É um projeto que, pelas suas características, é de todos nós e principalmente dos consumidores, que confiam na marca e têm permitido a longevidade do ‘Chicco Dá Vida’. E é também de todos os intervenientes e parceiros que prestam o seu trabalho, tempo e dedicação de forma pro bono, e, claro, de todos os colaboradores da empresa que através do projeto ‘Chicco Dá Vida’ também sentem e vivem a missão da marca. Ao longo destes anos temos a noção que já fizemos algumas coisas, mas que ainda há imenso por fazer.”, afirma Filipa Remígio, Co-CEO da Artsana Portugal.

“Os bebés que nascem prematuros são verdadeiros heróis desde o seu primeiro dia de vida. Cada respiração é uma conquista, cada batimento cardíaco é uma vitória. Enfrentam desafios que ultrapassam em larga escala o seu tamanho, com uma força e uma coragem que nos inspiram diariamente. A campanha "Chicco Dá Vida" é uma celebração desta bravura e, com este gesto, a Chicco reafirma o seu compromisso em apoiar estes pequenos lutadores e as suas famílias. Juntos, podemos proporcionar-lhes o cuidado e o apoio necessários para que cresçam fortes e saudáveis.”, acrescenta Almerinda Barroso Pereira, Diretora do Serviço de Pediatria da ULS de Braga.

A equipa multidisciplinar da Unidade de Cuidados Especiais Neonatais é formada por médicos pediatras com experiência em neonatologia e com subespecialidade em neonatologia, e enfermeiros experientes em neonatologia e especialistas em pediatria, doente crítico e reabilitação. Na equipa integram ainda técnicos auxiliares de saúde, formados para dar resposta às necessidades específicas dos recém-nascidos e do material em uso na UCEN.

Esta equipa dá resposta às necessidades de assistência dos recém-nascidos no Hospital de Braga, recém-nascidos de termo e pré-termo, e ainda aos recém-nascidos nos Hospitais do Minho com necessidades especiais, nomeadamente grande prematuridade, recém-nascidos com indicação para observação e tratamento por cirurgia pediátrica e neurocirurgia.

Esta campanha é da autoria da agência criativa VML, com apoio das agências Burson e Wavemaker.

A campanha "Chicco Dá Vida" estará presente nas lojas Chicco de todo o país e online, através do site e redes sociais da marca.

 
Entrevista| Transplante de Medula Óssea no tratamento da Síndrome de Sezáry
Embora represente apenas cerca de 5% dos linfomas cutâneos, o Síndrome de Sézary associa-se a mau pr

Apesar de existirem vários tratamentos disponíveis para esta a Sindrome de Sezary, um subtipo mais raro e mais agressivo de linfoma cutâneo, o Transplante de Medula Óssea, surge com o único tratamento que oferece a possibilidade de cura. Neste sentido, quais as expetativas que tinha quanto à realização do transplante? 

As expetativas eram as melhores, pois era o único tratamento que me poderia dar qualidade de vida e perspetivas de cura.

O que os médicos lhe explicaram relativamente a esta hipótese de tratamento? A cura é definitiva? 

Sempre me foi explicado as vantagens e possíveis riscos dos tratamentos, contudo, refente ao transplante, os médicos explicaram-me que este tratamento era a única solução mais viável, tendo em consideração a minha idade e evolução da doença.

Relativamente à cura, os médicos sempre me disseram que, mesmo fazendo o transplante, eu não ficaria curado, mas teria mais anos e qualidade de vida, mas o que é certo é que desde que fiz o transplante, todos os exames que tenho feito, não detetam nenhum vestígio da doença, por isso, é tudo uma incógnita.

Que cuidados teve de ter antes da realização do transplante de Medula Óssea? E como foi lidar com a antecipação do mesmo? Que dúvidas ou receios teve? 

Não tive de ter nenhum cuidado específico, antes do transplante. O lidar com a antecipação foi encarada com naturalidade, porque por norma sou uma pessoa calma, otimista e não sofro por antecipação.

Não tive qualquer tipo de dúvidas ou receios porque me foram prestados todos os esclarecimentos antecipadamente.

Em que consiste o transplante? Como foi a sua experiência? 

O transplante consiste em substituir as células da minha medula pelas do dador.

A minha experiência, posso dizer que foi boa, em todo o processo, tendo só tido um episódio febril no dia do transplante.

Há quanto tempo realizou o transplante de Medula Óssea e como tem sido a sua recuperação? Pode dizer-se que está livre da doença? 

O meu transplante de medula óssea já se realizou há mais de 6 meses e a recuperação tem corrido bem, à exceção de ter apanhado uma bactéria hospitalar, sensivelmente 30 dias após o transplante, o que originou novo internamento durante 7 dias, no entanto não fiquei com sequelas e recuperei relativamente bem, possivelmente porque também tenho um acompanhamento médico excecional, sempre atento, preocupado e, acima de tudo, disponível.

Não posso dizer que já estou livre da doença, pois ela pode voltar e, ainda por cima, mais agressiva.

Quais as grandes diferenças sentidas, no que diz respeito às manifestações clínicas da doença, após a realização do transplante? 

A única manifestação clínica da doença foi 45 dias após o transplante pois desenvolvi a doença do enxerto contra o hospedeiro.

Continua a ser acompanhado pela mesma equipa hospitalar, ou passou a ser acompanhado por outros especialistas após tratamento? 

Continuo a ser acompanhado pela mesma equipa hospitalar, desde que fiz o transplante, atualmente apenas com consulta a cada quinze dias.

Que mensagem gostaria de deixar a outros doentes que poderão beneficiar do transplante? 

A mensagem que eu gostaria de passar, a todos os que possam vir a precisar de realizar um transplante, é que vão em frente, acreditem no processo e na ciência e, sem dúvida, que os prós superam os contras e nunca percam a esperança.

Depois deste longo caminho percorrido, o que gostaria de ter sabido antes, sobre a patologia e a sua gestão? 

Todas as informações, sobre o transplante de medula, foram ditas e especificadas de forma muito clara, mas sendo uma patologia rara também não existe muita informação disponível.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Emergência Médica
A insolação, também conhecida como golpe de calor, é uma condição médica grave que ocorre quando o c

O que é Insolação?

A insolação é a forma mais grave de lesão causada pelo calor e é considerada uma emergência médica. Ela ocorre quando a temperatura corporal atinge ou ultrapassa os 40°C, e o corpo perde a capacidade de regular sua temperatura. Isso pode levar a danos em vários órgãos, incluindo o cérebro, coração, rins e músculos, e pode ser fatal se não for tratada imediatamente.

Existem dois tipos de insolação: a insolação clássica e a insolação por esforço: 

  • Insolação clássica: tende a ocorrer em indivíduos mais vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com doenças crónicas, especialmente durante ondas de calor; 
  • Insolação por esforço: é mais comum em indivíduos jovens e saudáveis que realizam atividades físicas intensas em ambientes quentes e húmidos.

Sintomas de Insolação

Os sintomas da insolação podem variar, no entanto, estes são os sinais mais frequentes: 

  • Aumento rápido da temperatura corporal, frequentemente superior a 40°C;
  • A pele pode ficar vermelha, quente e seca ao toque, embora em alguns casos de insolação por esforço a pele possa estar húmida devido à transpiração;
  • Confusão, agitação, dificuldade de raciocínio, delírios, convulsões e, em casos graves, perda de consciência;
  • Sensação de mal-estar, acompanhada de naúseas e/ou vómitos; 
  • A respiração pode tornar-se superficial e rápida, e o pulso pode ser forte e acelerado;

Em casos extremos, a insolação pode levar a complicações graves como falência de órgãos, coma e até morte. É crucial reconhecer os sinais precocemente e agir rapidamente.

Fatores de Risco

Há vários fatores podem aumentar o risco de insolação, como:

  • Exposição prolongada ao calor;
  • Atividade física intensa;
  • Desidratação;
  • Idade;
  • Condições de saúde pré-existentes, como doenças cardiovasculares, respiratórias e metabólicas, e utilização de certos medicamentos;
  • Consumo de álcool.

Como prevenir a insolação

A prevenção da insolação envolve a adoção de medidas que ajudem o corpo a manter sua temperatura dentro de limites seguros, especialmente em condições de calor extremo. 

  • Beber água regularmente é essencial para ajudar o corpo a regular a temperatura através da transpiração. Em climas quentes ou durante atividades físicas intensas, é importante aumentar a ingestão de líquidos. Evitar bebidas alcoólicas e com cafeína, que podem levar à desidratação, também é recomendado;
  • Usar roupas leves, de cores claras e de tecidos que permitam a transpiração ajuda a manter o corpo mais fresco. Chapéus de aba larga e óculos de sol podem proteger a cabeça e os olhos da radiação solar;
  • Sempre que possível, procure ficar em áreas com sombra, especialmente durante as horas mais quentes do dia (entre as 10h e as 16h). Usar protetor solar com alto fator de proteção também é importante para evitar queimaduras solares, que podem comprometer ainda mais a regulação da temperatura corporal;
  • Se precisar praticar atividades físicas ao ar livre, tente fazê-las nas primeiras horas da manhã ou ao final do dia, quando as temperaturas são mais amenas. Faça pausas frequentes e hidrate-se adequadamente; 
  • Permanecer em locais bem ventilados ajuda a prevenir o acúmulo de calor corporal. 

O que fazer em caso de insolação

  • A insolação é uma emergência médica. Ligue para os serviços de emergência imediatamente.
  • Enquanto aguarda ajuda, tente baixar a temperatura corporal da pessoa. Leve-a para um local fresco, remova o excesso de roupas e aplique compressas frias ou molhe a pele com água fria. Se possível, coloque a pessoa em uma banheira com água fria.
  • Se a pessoa estiver consciente e puder beber, ofereça água fresca. Mas, evite bebidas muito geladas ou com cafeína.
 
Referências Bibliográficas
Insolação: como prevenir e atuar. CUF. https://www.cuf.pt/mais-saude/insolacao-como-prevenir-e-atuar
 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Unidade de Saúde Familiar (USF) Rainha D. Leonor é a primeira a receber o projeto
A Unidade Local de Saúde do Oeste (ULS do Oeste) alargou o projeto de Telereabilitação, iniciado em plena pandemia, aos...

Esta expansão vai permitir chegar a mais utentes, abrangendo outro tipo de patologias. A Unidade de Saúde Familiar (USF) Rainha D. Leonor vai ser a primeira unidade dos Cuidados de Saúde Primários a dar continuidade a este projeto com a colaboração de duas fisioterapeutas.

Segundo a ULS Oeste, "a telereabilitação dispensa que os utentes façam a deslocação aos locais do tratamento, permitindo assim diminuir custos associados às deslocações, recursos humanos e materiais. A ausência de deslocação do utente, só na Unidade Hospitalar das Caldas da Rainha, permitiu reduzir a pegada ecológica associada à prestação de Cuidados de saúde, de cerca de 60.000 Km, até então". 

Por outro lado, explica que "pela realização de sessões de fisioterapia assíncronas com a telereabilitação, neste conceito de gamificação permite melhores resultados em saúde, inclusive aumentar o número de utentes acompanhados em simultâneo, guardando-se a mão técnica dos fisioterapeutas para casos mais específicos, com dados estatísticos de um grau de motivação dos utentes de 84% e de satisfação 9/10". 

A telereabilitação é, tal como se explica na página oficial da ULS Oeste, aplicável a todas as idades, "permitindo uma melhor conciliação da vida do utente com a intervenção terapêutica verificando-se uma diminuição acentuada do absentismo laboral".

A criação deste valor institucional é reconhecida pelos diferentes prémios e publicações nacionais e internacionais, mas acima de tudo pela satisfação demonstrada pelos utentes da ULS do Oeste. A perspetiva “OneHealth” do projeto, defende a interconexão entre as pessoas e o ambiente com o foco numa Saúde Sustentável facilitadora do incremento ao acesso dos cuidados em fisioterapia.

"O utente é acompanhado diariamente pelo fisioterapeuta na plataforma, com possibilidade de ajustar o plano terapêutico, de acordo com o feedback dado pelo utente. No final do plano de exercícios, o utente é reavaliado, para ajuste da decisão terapêutica ou alta, assim como para entrega do sensor de movimento à instituição", avança a ULS.

 
Tratamento da Alopecia
A alopecia é uma doença para a qual, ao longo da história, foram procuradas inúmeras soluções.

O que é o Minoxidil?

O Minoxidil é um medicamento anti-hipertensivo que foi inicialmente utilizado para combater problemas de tensão arterial. Embora se tenha descoberto que não era muito eficaz para este fim, observou-se um efeito secundário relevante: o fortalecimento dos cabelos existentes e a estimulação do crescimento de novos cabelos, graças ao seu efeito vasodilatador. Iniciou-se então uma investigação e concluiu-se que, em alguns casos, o Minoxidil é positivo para melhorar a saúde do cabelo.

Como é que este medicamento deve ser utilizado?

Se o seu médico especialista lhe prescreveu um tratamento com Minoxidil, seja para aplicação tópica ou oral, deve seguir as suas indicações para obter os melhores resultados. Não se esqueça de que é muito importante ser consistente, porque a interrupção do tratamento pode causar uma diminuição da densidade do cabelo e parar a produção de novos cabelos. Além disso, a aplicação correta, no caso do tratamento tópico, é fundamental para obter os melhores resultados.

Para que é utilizado o Minoxidil?

A sua principal função é manter e fortalecer o cabelo, e não o restaurar. Para este último caso, existe apenas uma solução: o transplante capilar.

Perante os problemas de alopecia, é sempre aconselhável consultar um médico especialista que identificará as causas e prescreverá um tratamento adequado. Dependendo do tipo e do grau de alopecia, podemos aplicar medicamentos como o próprio Minoxidil ou a Finasterida ou a Dutastarida, bem como tratamentos capilares como a mesoterapia capilar, o Plasma Rico em Plaquetas (PRP) ou o laser de baixa frequência. Para além disso, a combinação destes tratamentos melhora a eficácia, uma vez que se complementam.

Como é que o Minoxidil funciona?

Como dissemos anteriormente, o Minoxidil tem um efeito vasodilatador, pelo que favorece o fluxo sanguíneo que alimenta os folículos. Isto permite que o cabelo cresça mais forte.

Em que casos pode ser utilizado?

É mais eficaz nas fases iniciais da queda de cabelo e em pessoas com menos de 40 anos que começaram a perder cabelo recentemente. É preciso não esquecer que, se já sofre de calvície, o Minoxidil não ajudará a repovoar as zonas sem cabelo, nem evitará que a linha do cabelo se torne mais pronunciada. Será sempre o médico especialista que determinará em que caso um tratamento deste tipo é adequado.

Os resultados são duradouros?

Uma vez iniciado o Minoxidil, deve assumir que, para manter os resultados, o tratamento será contínuo. Se parar, passados 3 ou 4 meses estará de volta ao ponto de partida. É por isso que deve estar empenhado em ser consistente e tratá-lo como parte da sua rotina diária de cuidados capilares.

Quanto tempo é que o Minoxidil demora a fazer efeito?

Começará a notar mudanças após 5-6 meses, desde que siga as orientações do seu médico. Tenha em conta que na primeira fase pode ocorrer uma queda de cabelo intensa, mas não deve preocupar-se com isso e não deve interromper o tratamento porque esta queda parcial de cabelo faz parte do processo.

Quem pode utilizar o Minoxidil para travar a queda de cabelo?

Qualquer pessoa que sofra de alopecia androgenética numa fase inicial, de preferência com menos de 40 anos. O Minoxidil 5% recomendado para os homens e 2% para as mulheres. Não é recomendado durante a gravidez ou a amamentação, e só é útil para a alopecia de causa hormonal e genética. Por outras palavras, não será útil para a alopecia cicatricial, por exemplo.

Quais são os efeitos secundários do Minoxidil? 

O Minoxidil, em alguns casos, pode ter os seguintes efeitos secundários:

  • Dor de cabeça, como consequência da vasodilatação.
  • Em alguns casos, hipertricose, ou seja, o aparecimento de pelos em zonas dependentes de hormonas, sobretudo nas mulheres (patilhas, queixo) e também nos homens (barba, braços).
  • Problemas cardiovasculares raros.
  • Na aplicação tópica, pode ocorrer aumento da seborreia, sensibilidade local (com vermelhidão considerável) ou dermatite.

Não se esqueça de seguir as recomendações do seu médico; aplicar ou tomar mais Minoxidil do que o prescrito não trará resultados mais rápidos. No entanto, pode aumentar a probabilidade de efeitos secundários.

Se sentir tonturas, dores no peito, ritmo cardíaco acelerado, dificuldades respiratórias, inchaço em qualquer parte do corpo, aumento de peso, irritação, comichão ou ardor no couro cabeludo que não desaparece e é grave, consulte o seu médico o mais rapidamente possível.

Então, até que ponto o Minoxidil é bom? É certamente uma opção eficaz para travar a queda de cabelo, cujos efeitos secundários são compensados pelos resultados.

O Minoxidil pode tornar-te careca?

A resposta é não, o Minoxidil não provoca alopecia. Este mito sobre o Minoxidil pode ter a sua origem no efeito de queda que ocorre no início do tratamento. A razão para esta queda é o facto de o medicamento poder acelerar a queda de cabelo ao encurtar a fase de repouso. Mas não se assuste, pois isto é completamente normal e faz parte do processo de renovação do cabelo.

O que acontece se eu parar de usar o Minoxidil?

Como dissemos anteriormente, se quiser obter resultados duradouros, tem de se comprometer com o tratamento. Se parar, tem de assumir que voltará à estaca zero, uma vez que perderá os benefícios capilares acumulados enquanto estava a seguir o regime.

Como é que o Minoxidil é aplicado?

Existem duas formas: por via tópica, diretamente no couro cabeludo, utilizando um spray, um roll-on, uma pipeta ou uma seringa, ou por via oral, sob a forma de comprimidos.

Na forma tópica, Minoxidil 5% deve ser utilizado duas vezes por dia. Aplicar a quantidade adequada na zona afetada e espalhar o produto com os dedos. Lembre-se de não lavar o cabelo durante pelo menos 4 horas após a aplicação e evite secá-lo com o secador. Lave bem as mãos após a aplicação e tenha em atenção que pode manchar um pouco os lençóis.

São frequentes os casos em que os doentes só o utilizam à noite devido ao efeito estético desagradável que tem nos cabelos (como se tivessem excesso de óleo). No entanto, este facto reduz o efeito terapêutico.

A dose para a via oral dependerá do sexo, do tipo e padrão da alopecia, de outros tratamentos médicos que o doente esteja a fazer e das particularidades do próprio doente. Por outras palavras, deve ser um tratamento personalizado. Como referência, são habitualmente utilizadas doses de 0,25 a 2 mg por dia para as mulheres e de 2,5 a 5 mg para os homens.

O minoxidil é melhor do que um transplante capilar?

Não é que seja melhor ou pior, apenas não cumpre a mesma função. O minoxidil não substitui em caso algum o transplante, apenas mantém e fortalece o cabelo. No entanto, o transplante permite recuperar definitivamente o cabelo perdido nas zonas afetadas pela alopecia.

Assim, pode ser um bom complemento ao transplante, que também pode ser combinado com um tratamento capilar como os mencionados acima (mesoterapia, PRP, laser de baixa frequência). O seu médico determinará qual a opção mais adequada para o seu caso.

Se está interessado em possíveis alternativas ao Minoxidil, provavelmente já procurou por remédios caseiros para a alopecia. A cultura popular, mais antiga do que muitas descobertas da investigação, tem tentado encontrar as suas próprias soluções para a calvície durante séculos. A realidade é que não existem provas de que truques como aplicar óleo de amêndoas ou chá verde sejam efetivamente úteis, embora possam, em alguns casos, ajudar a nutrir o cabelo. O que sabemos que é bom para a saúde do cabelo é estimular o couro cabeludo com massagens suaves, utilizar produtos capilares de qualidade, consumir alimentos com biotina e, de um modo geral, ter uma dieta saudável. Mas, em caso algum, estas medidas irão parar a alopecia.

Para qualquer problema capilar, o melhor é contactar uma equipa especializada como a da Insparya, que avaliará em pormenor a saúde do seu cabelo para determinar o tratamento mais adequado.

Que precauções especiais devo tomar?

No caso do Minoxidil tópico, evitar o contacto com os olhos, nariz e boca. Não coloque mais nada na zona onde o aplica (ligaduras, pensos, loções), exceto se o seu médico lhe der instruções nesse sentido. Se o ingerir, não se preocupe com a absorção dos alimentos, pois esta não interfere com o seu efeito. Além disso, lembre-se que cada tratamento é adaptado às necessidades do doente, pelo que não deve ser partilhado.

Se notar algum dos efeitos secundários acima descritos, consulte um médico o mais rapidamente possível. Deve também efetuar controlos regulares para que o especialista possa verificar se a evolução é a esperada.

O que devo fazer se me esquecer de uma dose?

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Tome-a ou aplique-a quando se lembrar. Se estiver próximo da hora da segunda dose do dia, então tome essa dose mais cedo, mas não tome duas doses de uma só vez.

Como devo guardar ou deitar fora este medicamento?

Mantenha-o no seu recipiente, bem fechado, fora do alcance das crianças e longe do calor e da humidade. Por outras palavras, a casa de banho não é um bom local para o Minoxidil tópico. Se quiser desfazer-se dele, quer seja em cápsulas ou em líquido, leve-o à sua farmácia, onde ele será tratado de forma responsável.

Comentários sobre Minoxidil

As pessoas que seguem um tratamento com Minoxidil referem frequentemente que notaram uma grande mudança no seu cabelo, tanto homens como mulheres que são constantes e ultrapassam os 4 meses de tratamento. A melhoria da densidade, da espessura e da vitalidade são relevantes. No entanto, alguns pacientes mencionam uma certa vermelhidão do couro cabeludo, comichão ou picadas, especialmente se for aplicado em formato de loção, porque inclui álcool que gera irritação e secura. Estes incómodos melhoram normalmente com o tempo.

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Entrevista | Dr. Tiago Esteves de Carvalho, Fisiatra
Uma das principais complicações do raquitismo hipofosfatémico ligado ao X ou XLH são as deformidade

O raquitismo hipofosfatémico ligado ao X (XLH) é uma doença crónica que perturba o metabolismo fosfo-cálcico devido à perda renal de fosfato, um elemento fundamental nos processos de mineralização dos ossos, na formação e manutenção da dentição saudável e em vários processos metabólicos do organismo. Entre as principais complicações estão as deformidades ósseas, que ocorrem sobretudo a nível dos membros inferiores, associam-se frequentemente a dor óssea, causam atraso no início e alteração da marcha, cansaço e limitação na mobilidade e capacidade para as atividades físicas. Neste sentido, de que forma pode a fisioterapia auxiliar no tratamento destes doentes?

A fisioterapia pode ajudar ao melhorar a mobilidade articular, a força muscular e o padrão de marcha, reduzindo o risco de quedas.

Para quem não está familiarizado com o assunto, por que motivo as deformidade ósseas impactam tanto a mobilidade de um doente?

Porque a as alterações da configuração dos ossos têm impacto nas articulações que perdem mobilidade.

Neste caso, tratando-se de deformidades que afetam, sobretudo, os membros inferiores, que tipos de exercícios se procuram fazer nas sessões de fisioterapia? A hidroterapia pode ser uma boa opção? Porquê?

Sobretudo exercícios isométricos (sem movimento das articulações) para manter massa muscular. A hidroterapia pode ser útil pois permite fazer exercícios com menos carga sobre as articulações dos membros inferiores, logo com menos dor; isto porque a pressão hidrostática suporta parte do peso do corpo.

Como se trata a dor em fisioterapia? Que estratégias podem ser utilizadas nestes doentes?

Tudo depende da causa da dor; se a dor for por contratura muscular pode ajudar ao relaxar o músculo; mas se a dor for mais articular temos técnicas de eletroterapia que ajudam a diminuir a perceção da dor.

Outra das complicações associadas é a fraqueza muscular, neste sentido de que forma a fisioterapia pode auxiliar neste processo? Que tipo de exercicio/técnicas são utilizadas para reforço muscular?

Exercícios sem dor; muitas vezes têm de ser isométricos; outra hipótese é usar a estimulação elétrica para manter o trofismo muscular.

Qual a diferença entre trabalhar com crianças e adultos?

É muito grande. Nas idades pediátricas temos de considerar que é um aparelho musculo-esquelético em crescimento. Em relação à colaboração tudo é diferente; é preciso ter um perfil que se adeque à população pediátrica.

De um modo geral, quais os principais benefícios da fisioterapia?

Melhoria da função, da capacidade física e assim da participação nas atividades diárias, lúdicas e de carácter social.

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Doença resulta em ossos fracos e deformidades ósseas
O Raquitismo Hipofosfatémico ligado ao X (XLH) é uma doença rara que afeta o metabolismo ósseo, cara

Compreender a XLH

A XLH (ou Raquitismo Hipofosfatémico) é causada por mutações no gene PHEX, que leva a uma diminuição da reabsorção de fosfato pelos rins e, consequentemente, a níveis baixos de fosfato no sangue. O fosfato é essencial para a mineralização óssea e a sua deficiência resulta em ossos moles e deformados. Os sintomas incluem dores ósseas e musculares, fraqueza, deformações dos membros e baixa estatura. De acordo com a especialista em Nefrologia Pediátrica do Hospital Pediátrico de Coimbra, Clara Gomes, "as deformidades ósseas, que ocorrem sobretudo a nível dos membros inferiores". São ainda comuns "alterações na dentição com atraso na erupção dentária, cáries e abcessos recorrentes e no jovem adulto pode ainda surgir surdez". 

Todas estas alterações, explica a médica,  "condicionam um impacto negativo na qualidade de vida e na autoestima destas crianças/jovens e também das famílias".

O tratamento da XLH é multidisciplinar, no entanto, a fisioterapia é essencial para abordar as limitações físicas e melhorar a qualidade de vida dos doentes. 

"Mais usada nos adultos, pode também ser útil nas crianças sobretudo após cirurgias ortopédicas ou em casos muito selecionados de diminuição da amplitude de movimentos ou fraqueza muscular", explica Clara Gomes, nefrologista pediátrica. 

A Fisioterapia no tratamento da XLH

Segundo o fisioterapeuta, Nuno Anjinho, "a fisioterapia, é prestada em circunstâncias em que o movimento e a capacidade funcional são ameaçados pelo envelhecimento, por lesões, por doenças ou distúrbios, por condições ou fatores ambientais e com a compreensão de que o movimento funcional é fulcral para aquilo que significa ser saudável". 

"É missão do fisioterapeuta interagir e trabalhar num contexto de equipa com outros profissionais, por razões óbvias, com os doentes, familiares, cuidadores e comunidades onde o potencial de movimento é avaliado e os objetivos são acordados, utilizando conhecimentos próprios e técnicas exclusivas e particulares, nunca perdendo o foco na importância de identificar e maximizar a qualidade de vida e o potencial de movimento em contextos de promoção, prevenção, tratamento, habilitação e reabilitação tendo em conta e de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o individuo como um todo, numa abordagem holística e não biomédica, abrangendo o bem estar físico, psicológico, emocional e social", acrescenta. 

A fisioterapia no tratamento da XLH centra-se em três objetivos principais: alívio da dor, melhoria da função motora e prevenção de deformidades. As abordagens incluem:

Exercícios de fortalecimento muscular - Os doentes com XLH têm frequentemente fraqueza muscular devido à dor crónica e à falta de atividade física. Os exercícios de fortalecimento, especialmente para os músculos proximais dos membros inferiores e superiores, são fundamentais para melhorar a estabilidade e a funcionalidade.

Mobilização das articulações -  As técnicas de mobilização articular ajudam a manter a amplitude de movimento das articulações, prevenindo contraturas e deformidades articulares secundárias. 2

Treino da marcha e do equilíbrio - As deformidades ósseas e a fraqueza muscular podem afetar a marcha e o equilíbrio. O treino específico, incluindo exercícios de equilíbrio e coordenação, pode ajudar a melhorar a mobilidade e a reduzir o risco de quedas.

Hidroterapia - A hidroterapia é particularmente benéfica para os doentes com XLH, uma vez que a flutuabilidade reduz a carga sobre as articulações doridas, permitindo uma maior liberdade de movimentos e o fortalecimento muscular sem causar dor. 3

Educação e adaptação  - É fundamental educar os doentes e as suas famílias sobre a doença e a importância da adesão ao tratamento de fisioterapia. Além disso, pode ser necessário adaptar o ambiente doméstico para facilitar a mobilidade e evitar quedas. 2

De acordo com os especialistas, a  fisioterapia oferece, deste modo, vários benefícios aos doentes com XLH, sendo um componente essencial no tratamento do raquitismo hipofosfatémico, oferecendo benefícios significativos em termos de alívio da dor, melhoria da mobilidade e fortalecimento muscular. Salienta-se, ainda que o desenvolvimento contínuo de planos de tratamento personalizados, baseados em provas científicas, é crucial para garantir que cada doente recebe os cuidados mais eficazes possíveis. 4, 5

 
Referências 
1. Carpenter TO, Imel EA, Holm IA, et al. A clinician's guide to X-linked hypophosphatemia. J Bone Miner Res. 2011;26(7):1381-1388. [https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21538511/]
2. Imel EA, Econs MJ. Approach to the hypophosphatemic patient. J Clin Endocrinol Metab. 2012;97(3):696-706. [https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22392950/]
3. Che H, Roux C, Etcheto A, et al. Hypophosphatemia and fracture healing. Joint Bone Spine. 2019;86(5):555-556.
4. Saraff V, Högler W. Endocrine management of X-linked hypophosphatemia in children and adolescents. Endocrinol Metab Clin North Am. 2015;44(2):417-433.
5. Santos, F., et al. (2020). Multidisciplinary approach to the treatment of X-linked hypophosphatemia. Journal of Pediatric Endocrinology and Metabolism, 33(1), 27-35.
 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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