Opinião | Semana da Consciencialização para o Álcool
O fígado é um órgão que desempenha um papel crucial no metabolismo e na desintoxicação do corpo, sen

A esteatose hepática é, frequentemente, o primeiro estádio da doença hepática relacionada com o álcool. Caracteriza-se pela acumulação de gordura nas células do fígado e é, muitas vezes, assintomática. No entanto, se não for controlada, pode progredir para formas mais graves de doença hepática.

A hepatite alcoólica, por exemplo, é uma inflamação do fígado que pode causar sintomas como febre, icterícia e dor abdominal. Esta condição pode ser grave e, em alguns casos, fatal. A progressão da doença hepática alcoólica pode culminar na cirrose hepática, uma condição em que o tecido hepático saudável é substituído por tecido cicatricial. Este processo impede o fígado de funcionar corretamente e pode levar a complicações ainda mais graves, incluindo insuficiência hepática e cancro do fígado.

Quando já existe cirrose, ela é muitas vezes irreversível, mas a sua progressão pode ser retardada ou mesmo evitada através da abstinência do álcool.

É crucial compreender que os riscos associados ao consumo de álcool não se dirigem apenas aos grandes consumidores. Mesmo o consumo moderado pode causar danos ao fígado, especialmente se for realizado de forma contínua ao longo do tempo.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, não existe uma quantidade de álcool que possa ser considerada inteiramente segura. Mesmo pequenas quantidades, que ultrapassem um a dois copos por semana de qualquer bebida alcoólica, podem ser prejudiciais, pois os efeitos do álcool dependem das características pessoais e do estado de saúde de cada indivíduo. Fatores como a genética, o estado nutricional e a presença de outras doenças podem influenciar a suscetibilidade de uma pessoa ao dano hepático induzido pelo álcool.

Durante a Semana da Consciencialização do Álcool, a APEF encoraja todos a reavaliar os hábitos de consumo de álcool. Adotar uma abordagem consciente e informada pode não só proteger o fígado, mas também melhorar a saúde geral e a qualidade de vida. A prevenção é a melhor estratégia e, para isso, a educação e a sensibilização são ferramentas essenciais!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
"Week of Possibilities" é um programa de responsabilidade social
A AbbVie realizou, em junho, mais um "Week of Possibilities", o seu programa global de responsabilidade social que...

Este ano a AbbVie promoveu uma atividade especial em parceria com o SEMEAR, uma organização que acredita no potencial e desenvolvimento de competências das pessoas com dificuldades intelectuais. O SEMEAR implementa programas de capacitação psicossocial, formação profissional e inclusão socioprofissional, em colaboração com famílias, estudantes, empresas, redes de suporte e saúde e com a comunidade.

Durante esta iniciativa, cerca de 80 colaboradores da AbbVie trabalharam na horta do SEMEAR. As atividades incluíram colher, plantar, mondar e preparar 100 cabazes. Estes cabazes, repletos de produtos frescos e saudáveis, foram doados à Academia Johnson, contribuindo para o bem-estar dos seus beneficiários.

"A Week of Possibilities é um momento especial para todos nós na AbbVie, onde temos a oportunidade de contribuir diretamente para as comunidades onde vivemos e trabalhamos", afirmou Lucie Perrin, Diretora Geral da AbbVie em Portugal. "Ficamos entusiasmados por trabalhar com o SEMEAR este ano e estamos orgulhosos de ter ajudado a preparar e doar 100 cabazes à Academia Johnson, ajudando a fazer uma diferença positiva na vida das pessoas."

A "Week of Possibilities", criada em 2014, é um programa de responsabilidade social que envolve milhares de colaboradores da AbbVie em mais de 60 países. Ao longo desta semana, colaboradores de todo o mundo uniram esforços com parceiros locais, sem fins lucrativos, para executar cerca de 300 projetos que beneficiam as suas comunidades, impactando dezenas de milhares de pessoas.

"Reforçamos a capacidade de análise e a precisão dos resultados em medicamentos”, diz diretora do QCPharma
O ISQ, através de um dos seu principais Laboratórios, o QCPharma, acaba de adquirir um avançado equipamento de cromatografia...

A técnica de cromatografia iónica é crucial na deteção de impurezas iónicas em matérias-primas de produtos farmacêuticos, produtos intermédios e produto acabado. Impurezas como metais, sais inorgânicos e resíduos de solventes podem ser detetadas e quantificadas com alta precisão. Nesse sentido, é utilizada para assegurar que os produtos farmacêuticos cumprem com os padrões de qualidade e regulamentares. A presença de iões específicos pode afetar a estabilidade e eficácia do medicamento, por isso, é essencial garantir a sua ausência ou presença dentro dos limites permitidos.

Durante o desenvolvimento de novas formulações, a cromatografia iónica ajuda na otimização dos excipientes e dos ingredientes ativos. Permite a análise da interação iónica entre diferentes componentes da formulação.

A água utilizada na produção farmacêutica deve ser de alta pureza. A cromatografia iónica é utilizada para monitorizar a qualidade da água, verificando a presença de iões como cloretos, nitratos, sulfatos, entre outros.

Este equipamento é ainda amplamente utilizado para estudar a estabilidade dos medicamentos sob diferentes condições climáticas. A presença de iões pode influenciar a decomposição ou degradação dos produtos farmacêuticos.

“Com esta inovação, que representa um investimento significativo, reforçamos o nosso compromisso com a excelência analítica e a inovação tecnológica, já que reforçamos a capacidade de análise e a precisão dos resultados em medicamentos”, realça Margarida Pinto, diretora do Laboratório. “Desta forma, as empresas da indústria farmacêutica que necessitem de análises precisas para o desenvolvimento e controlo de qualidade dos seus produtos passam, agora, a beneficiar desta solução, com a confiança de que respondem aos mais altos padrões de segurança e eficácia”, complementa Margarida Pinto.

Este reforço na oferta de serviços do QCPharma representa um avanço tecnológico que proporcionará diversas vantagens competitivas. É o caso de maior precisão e sensibilidade, já que o equipamento permite detetar e quantificar iões em níveis de concentração ainda mais baixos, garantindo resultados mais precisos e confiáveis. Por outro lado, oferece eficiência operacional por se tratar de uma tecnologia que permitirá análises mais rápidas e eficientes, reduzindo os tempos de resposta e aumentando a capacidade de processamento de amostras, trazendo benefícios tanto para o laboratório em causa, como para os seus clientes. Adicionalmente, o equipamento permite uma ampla aplicabilidade, incluindo o controlo de qualidade de medicamentos tanto em âmbito de rotina como em validações e desenvolvimentos.

A introdução deste equipamento de ponta fortalece a posição do QCPharma como um laboratório líder no setor. A melhoria na eficiência e na precisão analítica permitirá que as empresas farmacêuticas respondam mais rapidamente às exigências regulamentares e do mercado, otimizando o seu tempo de lançamento de novos produtos e, consequentemente, ganhando uma vantagem competitiva significativa.

“Tudo o que precisamos de saber sobre Alergias” realiza-se dia 5 de julho
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, estima-se que as alergias afetem cerca de um terço da...

O workshop destina-se a toda a população e pretende desmistificar e sensibilizar para o tema das alergias, bem como informar os presentes sobre formas de prevenir e atenuar os sintomas. 

Cristina Santa Marta, imunoalergologista na Affidea, esclarece que “a educação e desmistificação é crucial para combater a desinformação sobre alergias, que pode prejudicar aqueles que vivem com alergias, levando a uma compreensão inadequada e tratamento insuficiente”. Cristina Arede, imunoalergologista na Affidea, acrescenta ainda que “entender e identificar as alergias é fundamental, bem como compreender o que desencadeia os sintomas de modo a minimizar os mesmos. É importante reconhecer a realidade das alergias, para podermos ajudar aqueles que vivem com alergias a ter vidas mais saudáveis e felizes”.

As alergias são uma resposta do sistema imunológico a substâncias geralmente bem toleradas e podem manifestar-se de diversas formas, desde sintomas leves até reações graves que comprometem a vida. Podem ser desencadeadas por uma variedade de alergénios, incluindo, ácaros, pólenes, pêlos de animais, alimentos e medicamentos. Os sintomas podem variar desde espirros e coriza até problemas respiratórios mais graves,  bem como coceira, erupções cutâneas e reações muito graves (anafilaxia).

Embora seja gratuito, a presença no workshop requer inscrição prévia, que pode ser feita aqui

Nos dias 4 e 5 de julho
A Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) vai organizar nos próximos dias 04 e 05 de julho a reunião Best of ASCO 2024, no...

No dia 4 de julho vão ser apresentados estudos referentes a áreas como cancro da mama precoce e avançado, cancro da cabeça e pescoço, cancro do pulmão precoce e avançado, tumores do sistema nervoso central, cancros ginecológicos, biologia e imunoterapia. 

No dia 05 de julho, as áreas em reflexão são: cancro colorretal, cancro da pele, survirvorship/cuidados paliativos, urologia não próstata, cancro esófago-gástrico, pâncreas e vias biliares e cancro da próstata. Ao longo dos dois dias terão também lugar simpósios satélite da indústria farmacêutica.

Nas palavras do Presidente da SPO, José Luís Passos Coelho “é com grande entusiasmo e orgulho que organizamos a 2ª edição do Best of ASCO. A SPO tem como um dos seus principais objetivos a forte aposta na área da formação. Desde 2023, em que organizámos a 1ª edição que temos como prioridade no nosso plano formativo a realização deste evento, apenas possível com o reconhecimento da ASCO. Serão dois dias, que esperamos altamente participados, com intenso debate e discussão que nos permitirão, através da análise de diferentes estudos, contribuir para a atualização da prática clínica em Portugal”.

Saiba mais sobre o evento em: https://bestofasco.sponcologia.pt/2024/home.php#

Dia 3 de julho
A NOVA Medical School recebe, no próximo dia 3 de julho, o investigador luso-americano, Ron DePinho, no âmbito da entrega da ...

Ron DePinho, de origem portuguesa, é um dos mais destacados cientistas da atualidade no campo da investigação do cancro. Dedica a sua vida ao estudo de doenças de impacto global como o cancro, a diabetes e as doenças degenerativas do envelhecimento. As suas contribuições científicas inovadoras, formação de médicos e cientistas, promoção da saúde pública através da advocacia e política, e a criação de empresas farmacêuticas para o desenvolvimento de novos medicamentos, têm sido fundamentais no avanço da medicina.

O Investigador dará uma palestra intitulada "O Conhecimento é a Maior Vulnerabilidade do Cancro", onde discutirá a história da ciência na oncologia, destacando como o conhecimento tem contribuído para o tratamento do cancro e os desafios que ainda enfrentamos no futuro.

A vinda a Portugal do cientista Ron DePinho enquadra-se no âmbito da entrega da “Ana Lázaro – Bolsa de Investigação em Cancro". O objetivo principal desta bolsa de investigação é promover o avanço do conhecimento sobre o cancro, melhorar os cuidados e serviços de saúde relacionados com doenças oncológicas, aumentar a qualidade de vida dos pacientes e fomentar a colaboração interna entre as equipas biomédicas e clínicas da NOVA Medical School.

A bolsa, que conta com um orçamento total de €210,000, será distribuída por três projetos de investigação no valor de €70.000 (setenta mil euros) cada, atribuídos em três anos consecutivos, começando em 2024 e seguindo-se em 2025 e 2026, visando impulsionar investigações inovadoras e de impacto duradouro.

A "Ana Lázaro – Bolsa de Investigação em Cancro" é financiada pela família de Ana Lázaro, uma aclamada bailarina e coreógrafa luso-espanhola que destinou uma parte da sua herança à ciência, principalmente para avançar a investigação na área do cancro.

 
Dia 15 de julho, sessão decorre online
No dia 15 de julho, das 21:00 às 22:30, as "Mamãs Sem Dúvidas" promovem mais uma edição do "EGO – Especial...

O evento começa com uma sessão sobre "Pele Atópica: Cuidados a Ter", ministrada por uma formadora da Uriage. Esta palestra abordará as características da pele atópica, uma condição comum durante a gravidez que pode causar desconforto e irritação. Serão discutidos os melhores cuidados e produtos recomendados para aliviar os sintomas, garantindo uma pele saudável e confortável.

Segue-se a intervenção de Inês Pulquério, formadora do Laboratório BebéVida, que abordará o tema as "Células Estaminais: Um Potencial de Cura". A apresentação destacará a importância da recolha de células estaminais do cordão umbilical, uma prática crucial para o tratamento de diversas doenças graves, como certos tipos de cancro e doenças genéticas, assim como as inovações e os potenciais benefícios para a saúde futura do bebé e da sua família.

A última sessão será dinamizada pela Enfª Sónia Patrício, especialista em Saúde Infantil e Pediatria, que discutirá "Primeiros Socorros para Levar nas Férias". A palestra fornecerá dicas valiosas sobre como lidar com emergências e problemas de saúde comuns durante as férias com um bebé, garantindo que os pais estão preparados para qualquer situação e possam aproveitar as viagens com tranquilidade.

Além de adquirir conhecimento valioso, os participantes terão a chance de concorrer a um cabaz especial, que inclui uma bomba tira-leite elétrica Philips Avent, uma mala maternidade Uriage e um Kit Travel Uriage.

As inscrições para o evento já estão abertas e podem ser efetuados através do seguinte link: https://mamassemduvidas.pt/especial-gravida-online/

 
#TãopróximodeSi Summit
No próximo dia 3 de julho, a partir das 9 horas, a Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa promove, no Hospital de São Gonçalo...

Esta iniciativa pioneira no Serviço Nacional da Saúde - programa em anexo - tem como objetivos centrais: a apresentação da visão do Conselho de Administração para o mandato; a aproximação entre os cuidados hospitalares e os cuidados de saúde primários; e promoção da cultura organizacional. 

A iniciativa arranca com a sessão de abertura com Ana Correia de Oliveira, vogal do Conselho de Gestão da Direção Executiva do SNS, pelas 09h15.

Segue-se a apresentação do novo regulamento e organigrama da ULS-TS por parte do Conselho de Administração liderado por Henrique Capelas.

Pelas 10h15, os clínicos assistirão a um painel de Liderança e Cultura Organizacional conduzido por João Brás, professor da Católica Porto Business School, especializado em gestão e administração de empresas.

A encerrar a parte da manhã, os clínicos juntam-se para um express meeting, que tem como objetivo promover contactos entre os profissionais da instituição.

A iniciativa retoma depois do almoço com sessões de trabalho onde os profissionais serão divididos em oito grupos com oito temas: critérios de referenciação hospitalar, rastreios, MCDT´s, consultoria de especialidades, doença aguda, medicina física e reabilitação, cuidados continuados e processo assistencial integrado. No fim, os clínicos apresentam as conclusões de cada grupo de trabalho.

A primeira edição da #TãopróximodeSi Summit marca o arranque de uma nova orientação estratégica e posicionamento para a Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa, na qual se pretende envolver desde o primeiro dia todos os profissionais de saúde.

5.ª edição do Sunset Ostras & Vinho
A 5.ª edição do Sunset Ostras & Vinho irá decorrer no dia 2 de julho, a partir das 18h00, no Restaurante 1º Direito, no...

Para além das ostras, os participantes terão a oportunidade de apreciar ainda outros petiscos, bons vinhos e os deliciosos pastéis de Belém, num fim de tarde que se pretende memorável.

A iniciativa terá lotação limitada e, por isso, carece de inscrição obrigatória, no valor de 25€. O valor angariado no evento reverte a favor do Projecto Familia®, um projeto pioneiro em Portugal, lançado pelo MDV, na área de preservação familiar e intervenção intensiva, junto de famílias com crianças em risco.

“Este evento é muito mais do que um sunset solidário, para além da angariação de fundos, é também a oportunidade perfeita para estarmos com todos os que acompanham o caminho do MDV. Tal como em anos anteriores, temos a certeza que este ano também será um sucesso e agradecemos a todos aqueles que tornam esta iniciativa possível, nomeadamente ExporSado, Restaurante 1º Direito, Ravasqueira, Pastéis de Belém e Central de Cervejas”, sublinha Carmelita Dinis, Diretora Executiva do Movimento de Defesa da Vida.

Para participar deverá realizar a sua inscrição prévia, clicando aqui.

O MDV intervém nas áreas da saúde e da intervenção social, promovendo a dignidade de todas as pessoas, em especial de crianças, jovens e suas famílias. Em 2023 foram acompanhadas 541 crianças e 353 famílias, obtendo uma taxa de sucesso superior a 80%, o que significa que ao fim de um ano a criança permanece dentro do seio familiar, em segurança.

Dia 3 de julho
Para muitas mulheres regressar ao trabalho pela primeira vez desde que foram mães pode ser muito desafiante. Existem receios,...

Um dos fatores que mais preocupa as mulheres em relação ao regresso ao trabalho é o facto de ainda estarem a amamentar. O receio de terem de parar com o processo da amamentação pode muitas vezes levar a um sentimento de culpa, mas a verdade é que regressar ao trabalho não tem de significar o fim da amamentação. Nesta sessão online, a enfermeira Bárbara Sousa, especialista em saúde materna e obstetrícia, vai explicar como é que as mães podem planear o regresso ao trabalho garantido que o bebé ainda pode beneficiar do leite materno. 

Já as grávidas que se encontram a trabalhar e estão sem ideias para os seus looks profissionais vão ficar a saber como conjugar as roupas, de forma a acompanhar as mudanças corporais. Os conselhos e dicas para elevarem o seu guarda-roupa de trabalho durante a gravidez vão ser partilhados pela consultora de imagem e estilo Cristiana Silva.

E porque o movimento é essencial para uma gravidez saudável, sendo também uma excelente forma de preparar o corpo da mulher para o momento do trabalho de parto, a personal trainer Sandra Sousa vai dinamizar uma aula prática de Pilates, com exercícios que podem ser feitos em casa.

Por fim, a conselheira em células estaminais da Crioestaminal, Joana Gomes, vai dar a conhecer os benefícios das células estaminais do cordão umbilical do bebé que são, atualmente, utilizadas no tratamento de mais de 90 doenças.

As inscrições estão disponíveis na plataforma.

Num brunch promovido pelo Dr. Miguel Raimundo, o tema foi fertilidade e o ambiente foi descontraído
A Head of Brand & Marketing da Wells, Marta Castro, fez um apelo à consciencialização de temas relacionados com a saúde da...

Marta Castro, que moderou o primeiro painel, destacou a campanha lançada recentemente pela Wells, que contribuiu significativamente para o fim dos tabus sobre a saúde da mulher. “Enquanto marca, é muito importante consciencializar todos para estes temas que não se falam tanto. Temos muito a fazer com esta bandeira, para que falar destes temas se torne mais normal”, afirmou.

A influenciadora digital Mia Relógio aproveitou o momento para partilhar a sua história pessoal e enfatizou a importância de criar um ambiente leve para discutir estes assuntos. “Quando se cria leveza, criamos uma corrente para falar sobre estes temas”, disse, destacando “o apoio da família e amigos” que teve ao longo do processo de engravidar. “Só quem passa por este processo é que percebe. Ficamos obcedas com aquilo. Foi um caminho penoso”, contou.

A jornalista Rita Marrafa de Carvalho sublinhou o papel crucial dos jornalistas no esclarecimento da realidade portuguesa. “O papel dos jornalistas é trazer para discussão temas que são necessários. Quanto mais trazemos, mais humanizamos, dando um rosto à causa”, afirmou.

Cláudia Bancaleiro, em representação da Associação Portuguesa de Fertilidade, apelou ao investimento e à sensibilização do poder político para estes temas e lamentou o preconceito que existe à volta deles: “Quem passa por estes problemas continua fechado, a não querer falar.”

Psicóloga Teresa Ribeiro alerta para ansiedade, depressão e sensação de falha

No segundo painel, moderado por Miguel Raimundo, o tema foi fertilidade, nutrição e saúde mental. A psicóloga Teresa Ribeiro enfatizou a importância do apoio psicológico para ambos os membros do casal, dada a “sensação de falha, impotência, ansiedade e medo que sentem”. “É importante trabalhar na comunicação no casal, para não caírem na solidão e no silêncio. Os casais não estão sozinhos porque existe apoio especializado nesta área”, afirmou ainda.

A nutricionista Marta Magriço falou sobre a evolução na procura de apoio nutricional, durante o processo de conceção. “Antes, os casais procuravam a nutrição no fim da linha, quando já não conseguiam resultados, em consultas de desespero. Hoje em dia, já vêm para se prepararem”, explicou, destacando que “a alimentação tem um impacto muito positivo nos tratamentos de fertilidade e na conceção, sendo a base o estilo de vida e a gestão do stress.”

Miguel Raimundo faz um balanço muito positivo do evento. “Foi um sucesso e permitiu um espaço acolhedor, dinâmico e descontraído, para uma discussão aberta e essencial sobre a fertilidade e saúde feminina e os tabus que, infelizmente, ainda estão associados”, disse.

Encontro de excelência em Medicina Obstétrica
Lisboa prepara-se para receber, no dia 7 de setembro, as 4as Jornadas do Núcleo de Estudos de Medicina Obstétrica (NEMO). Este...

"Estas Jornadas vão abranger vários temas de importância crescente, concentrados agora em apenas um dia, para melhor caber nas agendas de todos", destacou Inês Palma dos Reis, sublinhando a evolução do evento ao longo dos anos.

"Teremos grandes temas como a obesidade e as suas implicações na gravidez, os problemas respiratórios, gastrointestinais e hematológicos na grávida e ainda uma conferência dedicada às Técnicas de Procriação Medicamente Assistida (na perspetiva do apoio que pode ser necessário da Medicina Interna)", explicou.

A expectativa da organização é alta, esperando-se uma significativa interação entre diversas especialidades médicas. "Espero que consigamos reunir várias especialidades em torno destes temas, para enriquecer todos com a partilha de experiências, dos diferentes pontos de vista", afirmou.

No final do evento, a meta é clara: uma atualização de conhecimentos que se traduza em recomendações práticas para melhorar o atendimento às grávidas. "Esperamos conseguir a atualização de conhecimentos nas áreas abordadas, com recomendações para melhorar a prática clínica e benefício para as grávidas doentes", disse.

Além das jornadas, haverá um curso pré-evento “POCUS na Grávida”, que promete ser pioneiro em Portugal. "A abordagem ecográfica rápida é cada vez mais utilizada, com reconhecida utilidade diagnóstica e de orientação terapêutica. É essencial a preparação dos profissionais para a utilização adequada das técnicas, muito especialmente na população obstétrica", referiu, acrescentando que este curso será interessante para várias especialidades e aplicável em diversos contextos.

Inês Palma dos Reis deixou ainda uma mensagem importante aos participantes: "Num mundo cada vez mais compartimentado, a comunicação e articulação entre saberes é essencial para assegurar cuidados adequados. É da discussão dos problemas que surgem as soluções e é da discussão da evidência e experiências de cada um que podemos todos crescer em conhecimento e segurança para fazermos mais e melhor pelas grávidas."

As 4as Jornadas do NEMO prometem ser um evento de referência, crucial para o avanço e melhoria contínua da prática médica em Portugal.

As inscrições encontram-se disponíveis aqui:  https://www.spmi.pt/4as-jornadas-do-nucleo-de-estudos-de-medicina-obstetrica/

Entrevista | Dr. Nuno Alegrete, Ortopedista Pediátrico
Estima-se que entre 2 a 4% da população, em Portugal, sofra de Escoliose - uma deformidade da coluna

Estima-se que entre 2 a 4% da população sofra de Escoliose e que a maioria dos casos são detetados durante a adolescência. Começo por lhe perguntar em que consiste o problema e porque o diagnóstico chega maioritariamente nestas faixas etárias?

A escoliose é uma deformidade da coluna vertebral. Ao invés de ser reta (quando olhada de frente),a coluna tem uma ou mais curvas, ficando em forma de C ou de S. Existem vários tipos de escoliose, no entanto, a mais frequente é a escoliose idiopática do adolescente. Este tipo de escoliose é responsável por cerca de 80% de todos os casos. Aparece depois dos 10 anos de idade (habitualmente na fase de crescimento rápido do início da adolescência) e é mais comum no género feminino, sendo a sua causa desconhecida.

Quais as causas ou fatores de risco para a Escoliose?

Há vários tipos de escoliose, que podem resultar de múltiplas causas: malformações congénitas das vértebras, doenças neurológicas, doenças neuromusculares, síndromes polimalformativos, tumores, fraturas... no entanto, a maior parte das escolioses são habitualmente de origem genética, muitas vezes hereditárias, e a sua verdadeira causa não é conhecida. Embora não haja uma associação clara entre o aparecimento da escoliose e fatores de risco, a presença de um familiar direto com escoliose, um baixo índice de massa corporal e a hiperflexibilidade do tronco parecem estar relacionados com uma maior incidência de escoliose idiopática.

Quais os principais sintomas da escoliose? É verdade que a dor não está entre as suas manifestações? A que sinais devemos estar atentos?

A dor é um sintoma muito pouco frequente da escoliose. Estima-se que apenas 23% dos doentes com escoliose tenham dor, o que não é muito diferente da população sem escoliose para as mesmas faixas etárias.

Habitualmente, a escoliose nota-se pelas alterações que provoca na forma do tronco: desnível dos ombros, assimetria na altura e na saliência das omoplatas, assimetria da cintura, inclinação lateral do tronco e assimetria nas costelas, quer na região posterior, quer na região anterior do tronco.

Que outras complicações podem surgir da decorrência da Escoliose?

Inicialmente, a escoliose é uma alteração na forma do tronco, com as repercussões estéticas que isso implica. Com a progressão e o agravamento da curva, aumenta o risco de dores e começa a haver sensação de cansaço para esforços maiores, nomeadamente para a prática desportiva. As curvas muito graves podem ocasionar dificuldade respiratória mesmo num dia-a-dia normal e, posteriormente, alterações de sobrecarga cardíaca.

Quais os benefícios de um diagnóstico precoce?

A escoliose é uma condição que pode ir progredindo ao longo da vida. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais fácil é orientar o tratamento adequado e evitar esta progressão. O tratamento é muito dependente da gravidade da curva no momento em que se faz o diagnóstico e, portanto, quanto mais precoce for esse diagnóstico, mais opções de tratamento (e mais simples) estão disponíveis.

Em que consiste o tratamento da escoliose?

Dependendo do tipo de curva e da sua gravidade, há várias opções de tratamento. Falando apenas da escoliose idiopática do adolescente – a mais frequente de todas – há três opções diferentes, dependendo da sua magnitude. Para as curvas mais pequenas, a realização de exercícios específicos de fisioterapia pode ser benéfica. A ciência ainda não conseguiu provar este benefício, no entanto, alguns estudos apontam nesse caminho. Para as curvas moderadas, a utilização de uma ortótese (colete) está fortemente indicada. Apesar de, durante muitos anos ser um tema controverso, os benefícios da utilização de um colete para travar a progressão de uma curva estão já demonstrados. Finalmente, para as curvas mais graves, a cirurgia é a solução recomendada. Existem várias possibilidades cirúrgicas, que devem ser avaliadas caso a caso, desde soluções em que a coluna fica imóvel (a clássica fusão vertebral), ou técnicas que permitem a manutenção da mobilidade e do crescimento, como são os mais recentes sistemas de distração dinâmica posterior ou o “vertebral body tethering” (VBT).

Em matéria de prevenção, que cuidados a ter?

Infelizmente, não há forma de prevenir o aparecimento ou a progressão de uma escoliose. Sendo, na grande maioria dos casos, uma situação de origem genética, não existe forma de a evitar. Não há, até à data, estudos que associem a escoliose com a prática desportiva (nem no sentido de prevenir, nem com efeito causador), o transporte de pesos (nomeadamente de mochilas escolares) ou com as “más posturas”.

Na infância, qual o real impacto de um problema como este? Não só a nível físico como psicológico?

O crescimento é uma fase de grandes mudanças e adaptações. A escoliose é uma perturbação desse caminho, com impacto a nível físico, psicológico e social. As escolioses que aparecem durante a infância tendem a ser mais graves, com repercussões físicas mais precoces, nomeadamente na capacidade de fazer exercício físico. Na adolescência, apesar das curvas serem, habitualmente, menos graves, acabam por ter um impacto psicológico maior pela sua repercussão estética. A associação com depressão, ansiedade, perturbações do sono, alteração do rendimento escolar, perturbações do comportamento alimentar, etc. estão descritas e são reais. Existem, felizmente, consultas de psicologia dedicadas ao apoio a doentes com escoliose, e que são fundamentais para o sucesso de todo o tratamento, sabendo que este deve ser transversal a todos os aspetos da saúde: uma melhoria do bem-estar físico, psíquico e social.

Que mensagem é importante passar para os doentes mais novos?

Há duas mensagens importantes: a primeira foca-se no diagnóstico. É importante estar atento aos sinais (assimetrias de cintura, desnível dos ombros) e não ter medo ou vergonha de referir essa situação aos pais, ao médico de família ou ao pediatra. A precocidade do diagnóstico é determinante para o sucesso do tratamento.

A segunda mensagem prende-se com a gravidade da escoliose e a necessidade de tratamento: na grande maioria dos casos, a escoliose não progride e é compatível com uma vida completamente normal, sem qualquer condicionamento ou restrição. No caso das situações mais severas, há várias possibilidades de tratamento, com elevada segurança e sucesso. E, finalmente, atendendo à repercussão estética que a escoliose pode causar, pode ser precisa ajuda especializada, para além da ortopedia.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Concurso autorizado pelo Ministério da Saúde
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Tâmega e Sousa lançou esta semana um procedimento concursal para a constituição de Bolsa de...

“É lamentável que se tenha optado por dispensar 35 enfermeiros, que já conheciam a unidade, estavam enquadrados nas equipas, nos processos e procedimentos de trabalho, para, agora, vir recrutar novos enfermeiros”, reage o presidente do Sindicato dos Enfermeiros -SE. Que deixa um desabafo: “Infelizmente, mais uma vez, o tempo deu razão aos alertas e às nossas chamadas de atenção. Os 35 enfermeiros dispensados faziam mesmo falta na ULS do Tâmega e Sousa”.

De acordo com as informações constantes no Aviso para o procedimento concursal, a Bolsa de recrutamento tem como objetivo a constituição de vínculos para Contrato Individual de Trabalho, “tendo em vista o preenchimento das necessidades que vierem a ocorrer nessa área.”

Pedro Costa lamenta este tipo de procedimentos, asseverando que “mostram a total desorganização que existe na Saúde em Portugal e a falta de capacidade das diversas lideranças para darem o devido valor aos recursos de que já dispõem”. “É incompreensível que se dispensem enfermeiros, os quais, era admitido pela própria ULS, faziam falta na unidade hospitalar, apenas porque tinham vínculos precários, ainda ao abrigo da COVID-19”. E agora, frisa, “é necessário abrir novos concursos, com todos os custos financeiros, administrativos e humanos, para colmatar necessidades que estavam devidamente identificadas”.

Para o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, “é urgente uma reforma profunda na forma como todos os processos e procedimentos burocráticos são conduzidos no Serviço Nacional de Saúde, tornar mais ágil e prático o processo de recrutamento”. Pedro Costa lembra que aquilo que se sente no dia a dia nas unidades de saúde, nos seus diferentes níveis de cuidados, é “uma carência extrema de recursos humanos, de incapacidade para preencher escalas, para contratar enfermeiros, para garantir que todos os serviços têm os recursos adequados para prestar os melhores cuidados de saúde, no mais curto espaço de tempo, com vista a aumentar a eficácia dos tratamentos e, consequentemente, “reduzir os tempos de internamento e os diferentes custos associados”.

Pedro Costa lembra ainda que “graças à intervenção do Sindicato dos Enfermeiros – SE junto da Secretária de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé, foi possível travar uma solução que é ilegal e que estava a ser estudada, isto é, contratar estes 35 enfermeiros por via de estágios profissionais através do Centro de Emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP)”. A solução encontrada agora é “um mal menor” e que, em simultâneo, “abre portas para que estes 35 colegas possam continuar a trabalhar na Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa”.

No entender do SE, é fundamental “uma avaliação concreta das reais necessidades de cada unidade de Saúde, das carências que existem ao nível dos enfermeiros e, desde logo, regularizar a situação dos colegas que estão com vínculos precários e reforças os quadros de recursos humanos”. Para o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, “o Estado irá poupar nos gastos com horas extraordinárias, e ganhar maior eficácia e eficiência das equipas já que, por estarem mais rotinadas, serão mais produtivas”. Em simultâneo, assegura Pedro Costa, os próprios enfermeiros “vão estar mais motivados, menos cansados do que estão atualmente e, também por isso, com maior capacidade de trabalho e com menor propensão para o erro”.

Reitor da Universidade de Coimbra preside ao júri
O prazo para entrega de candidaturas ao Prémio Best Ideas in Healthcare foi alargado até 15 de julho, para permitir que mais...

As candidaturas vão ser avaliadas por um júri composto por André Dias Pereira, presidente da Direção do Centro de Direito Biomédico, Filipa Breia Fonseca, professora da Universidade Nova SBE, Patrícia Câmara Borges, Health Director NTT DATA Portugal,  Ricardo Constantino, Partner, Head of Public Sector & Health NTT DATA Portugal, Sofia Couto da Rocha, Head of Innovation do Grupo Lusíadas Saúde, e por Amílcar Falcão, Reitor da Universidade de Coimbra, que preside ao júri.

O Prémio Best Ideas in Healthcare é uma iniciativa da Ordem dos Médicos, com o apoio da consultora global de negócio e tecnologia NTT DATA. O objetivo do prémio é melhorar a qualidade da prestação dos cuidados de saúde e a integração de tecnologia, pela conjugação de diferentes competências, no desenvolvimento de novas soluções de diagnóstico e tratamento de doentes.

A equipa vencedora do Prémio Best Ideas in Healthcare recebe um valor monetário de 5.000 euros e uma bolsa de horas de consultoria, que servirão para acelerar o tempo de implementação e adoção da ideia vencedora.

O processo de avaliação das ideias terá duas fases. Logo após o encerramento das candidaturas, o júri vai identificar os cinco finalistas que transitam para a fase seguinte, onde os autores das ideias finalistas terão de fazer um pitch de cinco minutos para convencer o júri de que a sua ideia é a mais disruptiva e impactante. Todos os finalistas terão as suas ideias expostas em vídeo, pelo período de um ano, no site nacional da Ordem dos Médicos.

A iniciativa está aberta a todos os cidadãos – nacionais ou estrangeiros -, desde que organizados em grupos de dois a cinco elementos e com pelo menos um médico inscrito na Ordem dos Médicos. Desta forma, o Prémio Best Ideas in Healthcare pretende estimular a inovação e o empreendedorismo em saúde, mas também incentivar a criação de equipas multidisciplinares, entre médicos e outros profissionais.

Os interessados podem candidatar-se através do site bestideas-healthcare.pt.

 
“Arte e Vida: Enfrentar a Esclerose Múltipla”
‘À Deriva’, ‘Grito Mudo’ ou ‘Libertação’ são os nomes que o artista Emanuel Ribeiro escolheu para três dos quadros que...

São, ao todo, 12 peças, 11 das quais expostas, sendo a última uma surpresa que o artista vai concluir, com pintura ao vivo no evento de lançamento da exposição, que vai decorrer no próximo dia 29, pelas 17h, com uma sessão no Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa, que contará também com a presença de Alexandre Silva, presidente da SPEM e onde se irá abordar a importância de apoiar a associação e o trabalho que a mesma tem vindo a realizar. 

Esta é uma partilha que se faz através da arte e que visa ter um impacto positivo na realidade de todos os que vivem com esclerose múltipla, proporcionando uma representação tangível e empática das suas experiências.

Cada peça acaba por ser o retrato não apenas dos desafios, mas também da esperança e da determinação de quem convive com esta doença inflamatória crónica e degenerativa, uma das mais comuns do Sistema Nervoso Central e a principal causa de incapacidade neurológica nos adultos jovens que, segundo as estimativas, afeta cerca de oito mil pessoas em Portugal.

A exposição, que é um convite aberto para que todos possam ter um diálogo construtivo sobre a doença, pode ser visitada de segunda a quinta-feira entre as 10h00 e as 22h00, às sextas, sábados e vésperas de feriados entre as 10h00 e as 23h30 e aos domingos e feriados entre as 10h00 e as 20h00, no El Corte Inglés, em Lisboa.

Emanuel Ribeiro é um artista visual nascido em 1980, em Gondomar, e que desde 2010 trabalha exclusivamente como artista visual nas técnicas de escultura, pintura e pirogravura. A sua obra está representada em vários países.

 
 
 
Internacional português junta-se ao Programa abem: Rede Solidária do Medicamento
O leilão solidário de uma camisola do Barcelona autografada pelo internacional português João Félix, a favor do Programa abem:...

Atualmente ao serviço da Seleção Nacional no Euro 2024, na Alemanha, o avançado doou uma camisola do Barcelona para esta causa solidária, cujo valor irá reverter integralmente para o Programa abem: da Associação Dignitude, que apoia famílias em situação de pobreza a acederem aos medicamentos de que precisam.

Para participar neste leilão basta aceder à plataforma digital eSolidar e apresentar uma licitação à camisola assinada pelo internacional português. A licitação mais elevada levará para casa a camisola autografada e ajudará a gerar saúde na vida de quem mais precisa.

O Programa abem: já apoiou mais de 37 000 beneficiários, tendo já contribuído para a dispensa de mais de 2,7 milhões de embalagens de medicamentos. Juntos, continuaremos a trabalhar para que o acesso ao medicamento seja uma realidade de todos.

Os beneficiários do Programa abem: são cidadãos que se encontram em situação de comprovada carência socioeconómica, referenciados por entidades parceiras locais, como autarquias, IPSS, Cáritas e Misericórdias que integram uma rede colaborativa presente em todos os distritos e Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Os beneficiários abem: têm acesso a um cartão abem:, através do qual podem adquirir os medicamentos comparticipados que lhes forem prescritos, sem custos.

Recorde-se que já em 2020 Cristiano Ronaldo se associou a esta causa, doando uma camisola autografada para um leilão solidário. Em 2021, foi a vez de o Miguel Oliveira doar uma camisola autografada para ajudar a arrecadar fundos para o Programa abem:.

 
Avaliação nutricional é gratuita
Com 20 a 70% dos doentes oncológicos a sofrer de malnutrição com perda de peso, A LPCC, em parceria com Fortimel, uma marca da...

O estado nutricional dos doentes oncológicos pode impactar significativamente a evolução da doença. Reconhecendo a importância de uma boa nutrição para que os doentes oncológicos tolerem melhor e respondam mais eficazmente aos tratamentos, a LPCC e a Fortimel uniram-se para identificar o risco nutricional em doentes oncológicos. Durante o mês de julho, serão promovidas ações de identificação do risco nutricional a nível nacional, abrangendo o território de norte a sul, ilhas e também em formato online.

"Para obtermos uma visão geral sobre o estado nutricional dos doentes oncológicos em todo o país, a LPCC, com o apoio do Fortimel, promoverá consultas gratuitas de identificação do risco nutricional em cerca de 30 localidades, destinadas a doentes oncológicos em fase ativa ou sobreviventes até cinco anos. Numa segunda fase, poderão ser realizadas consultas online", explica Natália Amaral, Ginecologista com subespecialidade em Oncologia e coordenadora nacional do Apoio Social da LPCC.

Para a Danone Nutricia, sublinha Paulo Maçãs Santos, diretor da empresa, “é um orgulho fazer parte desta iniciativa que chega como mais uma forma de concretizarmos o nosso compromisso com a sociedade portuguesa. É importante para nós sabermos que conseguimos fazer a diferença, apoiando a identificação do risco de malnutrição em doentes oncológicos para que estes possam ter uma qualidade de vida aumentada, a partir desta identificação. Estamos orgulhosos e com esperança de que esta iniciativa seja um sucesso”, aponta o responsável.

Reiterando que “um bom estado nutricional dos doentes oncológicos é essencial para tolerar os tratamentos”, o que justifica a importância da “sensibilização e avaliação do estado nutricional destes doentes o mais precocemente possível”, Paulo Maçãs Santos lembra que “a marca acredita no poder da nutrição clínica na gestão nutricional de algumas patologias. A Nutricia tem um papel fundamental na promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas. Com mais de um século de investigação em nutrição, a Nutricia continua a transformar vidas através do poder da nutrição”.

Natália Amaral acrescenta ainda: "Sabemos que a malnutrição pode afetar 20 a 70% das pessoas com cancro, dependendo do tipo de tumor, idade e doença. Durante toda a jornada da doença, é crucial que o doente esteja bem nutrido, procurando sempre a ajuda da sua equipa de saúde quando necessário".

As avaliações nutricionais dirigidas aos doentes oncológicos, de carácter individualizado, serão concretizadas por nutricionistas qualificados, tendo cada avaliação uma duração média de 30 minutos. Esta avaliação consistirá na medição do peso corporal, através de uma balança para o efeito. Nas ações em regime online, este peso corporal será reportado pelo doente oncológico;  na aplicação de uma ferramenta de identificação do risco nutricional; na realização de um breve aconselhamento nutricional generalizado, nos casos em que seja identificada a presença de risco de desnutrição, com o intuito de potenciar um enriquecimento nutricional da dieta do doente oncológico;  e na referenciação dos casos de desnutrição à equipa multidisciplinar que acompanha o doente oncológico (em contexto hospitalar ou cuidados de saúde primários).

A avaliação nutricional é gratuita, mas é necessária inscrição prévia online, selecionando o local, dia e hora desejados para a consulta. O formulário de inscrição está disponível em www.ligacontracancro.pt/nutricao

Entrevista | Ricardo Pereira, Presidente da APDIP
Traduzindo-se clinicamente numa maior suscetibilidade a infeções, as Imunodeficiências Primárias con

Estima-se que em todo o mundo cerca de 6 milhões de pessoas sofram de Imunodeficiências Primárias (IDP) e que entre 70 a 90% dos casos se encontram suddiagnosticados. Neste sentido, começo por perguntar o que dificulta o seu diagnóstico?

O diagnóstico das Imunodeficiências Primárias (IDP) tem vários desafios. Em primeiro lugar, estamos a falar de doenças raras, o que significa que muitos profissionais de saúde podem não estar familiarizados com os seus sintomas específicos. Além disso, as IDP podem manifestar-se de formas muito diversas, muitas vezes “imitando” outras condições mais comuns, o que pode levar a diagnósticos errados ou demorados. Outro desafio é a falta de consciencialização geral sobre estas doenças, tanto entre o público como na comunidade médica. Muitas vezes, os sintomas são tratados isoladamente sem se considerar a possibilidade de uma condição relacionada com o sistema imunitário.

Para que possamos compreender a importância deste tema, o que são as Imunodeficiências Primárias?

As IDP constituem um grupo diversificado de mais de 450 doenças genéticas raras (e todos os anos vão descobrindo mais) que afetam o sistema imunitário. Basicamente, nestes doentes, o sistema de defesa do corpo não funciona de forma normal. Grande parte delas resumem-se num défice de anticorpos, em que o organismo não é capaz de produzir os anticorpos necessários para combater as infeções que vão sofrendo ao longo da sua vida. São pessoas que ficam mais suscetíveis a infeções, que podem ser mais frequentes, mais graves. Além disso, algumas IDP também podem aumentar o risco de doenças autoimunes e inflamação crónica. É importante entender que as IDP são doenças congénitas, ou seja, as pessoas nascem com elas, mesmo que os sintomas só se manifestem mais tarde. Isto distingue-as das imunodeficiências secundárias, que são adquiridas ao longo da vida.

A partir de que idade se podem manifestar?

As IDP podem manifestar-se em qualquer fase da vida, desde o nascimento até à idade adulta. No entanto, é mais comum que os sintomas se tornem evidentes durante a infância, especialmente nos primeiros anos de vida. Algumas formas graves de IDP que podem apresentar sintomas logo nas primeiras semanas ou meses de vida. Outras IDP podem se manifestar-se mais tarde na infância, com crianças a sofrer de infeções recorrentes. É importante notar que algumas formas de IDP podem não se manifestar até à adolescência ou mesmo na idade adulta. Nestes casos, as pessoas podem ter tido uma infância relativamente saudável e só começar a sentir sintomas mais tarde na vida. Como já disse, esta variabilidade na idade de manifestação é um dos fatores que torna o diagnóstico desafiante.

Embora existam centenas de diferentes tipos de Imunodeficiências Primárias, e de gravidade variável, quais são os primeiros sinais ou sintomas que lançam o alerta para o seu diagnóstico? A que devemos estar atentos?

Os sinais e sintomas das IDP podem variar significativamente, mas existem alguns sinais de alerta que devem ser considerados. O mais comum é a ocorrência de infeções frequentes, graves ou invulgares. Por exemplo, uma criança que tem mais de oito infeções de ouvido num ano, ou um adulto que sofre de sinusite crónica ou pneumonias recorrentes. Também devemos estar atentos a infeções que não respondem ao tratamento habitual, que normalmente não afetariam uma pessoa com um sistema imunitário saudável. Outros sinais incluem diarreia crónica, má cicatrização de feridas, aftas recorrentes, e no caso de bebés, dificuldade em ganhar peso ou atraso no crescimento. Além disso, algumas pessoas com IDP podem desenvolver doenças autoimunes ou manifestar inflamação crónica em vários órgãos. É importante o conhecimento destes sinais, pois um diagnóstico precoce pode fazer uma diferença significativa no prognóstico e na qualidade de vida dos doentes. (No nosso site temos um cartaz chamado “Será só um infeção” com os sinais a ter em conta: https://www.apdip.pt/wp-content/uploads/2019/04/Sera-so-uma-infecao-APDIP.pdf)

Quais as Imunodeficiências Primárias mais frequentes?

Embora existam centenas de tipos diferentes de IDP, algumas são mais frequentes que outras. A Imunodeficiência Comum Variável (IDCV) é uma das IDP mais comuns em adultos. Esta condição caracteriza-se por níveis baixos de anticorpos e uma maior suscetibilidade a infeções, principalmente respiratórias e gastrointestinais. Outra IDP relativamente comum é a Deficiência Seletiva de IgA, onde o corpo não produz ou produz muito pouca imunoglobulina A. Muitas pessoas com esta condição podem ser assintomáticas, mas outras podem sofrer de infeções recorrentes ou doenças autoimunes. As Agamaglobulinemias, como a Agamaglobulinemia Ligada ao X, são outro grupo importante de IDP. Nestas condições, o corpo não produz, ou produz muito poucos, anticorpos, levando a infeções frequentes. É crucial mencionar a Imunodeficiência Combinada Grave (IDCG). Embora seja mais rara que as anteriores, a IDCG é uma das formas mais graves de IDP e merece destaque devido à sua severidade e à importância do diagnóstico precoce. A IDCG afeta imenso o sistema imunitário, deixando os bebés extremamente vulneráveis a infeções potencialmente fatais. Por fim, é importante notar que, embora estas sejam algumas das IDP mais frequentes, existem muitas outras formas raras que, coletivamente, afetam um número significativo de pessoas.

Como é feito o seu diagnóstico?

Um diagnóstico feito à nascença com um teste no pezinho, neste momento, é possível apenas para a Imunodeficiência Combinada Grave (IDCG). Para outros casos, o diagnóstico pode ser complexo e demorado, envolvendo vários médicos especialistas. É realizado através de uma combinação de história clínica detalhada, exames físicos, análises ao sangue e, em alguns casos, testes genéticos. O ponto essencial é procurar padrões de infeções recorrentes ou outros sintomas sugestivos de IDP.

O que significaria a inclusão da imunodeficiência combinada grave (IDCG) no teste do pezinho?

A inclusão da IDCG no teste do pezinho significaria a possibilidade de diagnosticar esta condição potencialmente fatal nas primeiras semanas de vida, antes do início dos sintomas. Isto permitiria iniciar o tratamento precocemente, muitas vezes antes que ocorram danos irreversíveis ou que o bebé sofra de infeções graves. O tratamento precoce, que pode incluir transplante de células hematopoiéticas, tem uma taxa de sucesso significativamente maior quando realizado nos primeiros meses de vida. Além disso, a deteção precoce pode prevenir complicações graves e potencialmente fatais, reduzindo assim os custos de saúde a longo prazo e, mais importante, salvando vidas e melhorando drasticamente a qualidade de vida destes doentes. Eu acredito que os benefícios do rastreio superam largamente os custos. A APDIP, em conjunto com o GPIP (grupo de médicos especializados em IDP) e a IPOPI (organização internacional de doentes com IDP), temos trabalhado imenso para promover a inclusão da IDCG no programa nacional de rastreio neonatal. Temos atualmente uma petição pública https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT120963 pela inclusão da IDCG no rastreio neonatal.

Para que possamos perceber a importância desta inclusão, em que consiste a imunodeficiência combinada grave (IDCG)?

A imunodeficiência combinada grave (IDCG) é uma das formas mais graves de Imunodeficiência Primária. É caracterizada por uma falha profunda no desenvolvimento e função do sistema imunitário. Os bebés nascidos com IDCG têm pouca ou nenhuma proteção contra infeções. Sem tratamento, esta condição é geralmente fatal no primeiro ano de vida. Os sintomas podem começar a manifestar-se nas primeiras semanas ou meses após o nascimento e podem incluir infeções graves e recorrentes, diarreia crónica, atraso no crescimento e erupções cutâneas.

Por outro lado, há que notar que nem sempre estas doenças são diagnosticadas à nascença. Que outros métodos de diagnóstico podem ser utilizados nestes casos?

Quando as IDP não são diagnosticadas à nascença, existem outros métodos de diagnóstico que podem ser utilizados, como já indiquem antes, podem ser utilizados testes sanguíneos para avaliar a função imunitária, testes genéticos, e em alguns casos, biópsias. Os testes genéticos têm-se tornado cada vez mais importantes no diagnóstico das IDP e a Inteligência Artificial poderá ajudar-nos a detetar com maior rapidez.

Como se tratam as Imunideficiências Primárias?

O tratamento é muito individualizado, dependendo do tipo específico de IDP, da gravidade da condição e das necessidades particulares de cada doente. O tratamento mais comum é terapia de substituição de imunoglobulinas, usado para quem tem défice de anticorpos. Basicamente repõe imunoglobulinas (anticorpos) para ajudar a prevenir infeções. Pode ser administrada por via intravenosa ou subcutânea. O uso de antibióticos profiláticos também é comum em muitos casos de IDP. Estes são utilizados para prevenir infeções bacterianas recorrentes. Em alguns casos, também podem ser utilizados antivirais ou antifúngicos profiláticos. Para formas mais graves de IDP, como a Imunodeficiência Combinada Grave (IDCG), o transplante de células hematopoiéticas pode ser uma opção curativa. Ainda em estudo, existe a terapia génica que visa corrigir o defeito genético relacionado com a doença.

Quais os cuidados a ter, em matéria de prevenção, para impedir o aparecimento de infeções, quando já existe um diagnóstico?

A prevenção de infeções é uma parte importante da gestão das IDP. Quando já existe um diagnóstico, há várias medidas preventivas que os doentes e cuidadores devem adotar. Uma delas, ter uma higiene rigorosa (por exemplo, lavagem frequente das mãos). Evitar o contacto com pessoas doentes. Isso pode significar evitar multidões durante surtos de gripe ou outras doenças infeciosas. Manter uma boa nutrição, uma dieta equilibrada, o exercício regular, quando possível e apropriado para a condição do doente e umma rotina de sono regular com garantia de um número suficiente de horas de sono, pode ajudar a manter um sistema imunitário saudável. Para doentes em tratamento, é crucial seguir rigorosamente o esquema de tratamento prescrito pelo médico.

Quais as complicações associadas mais frequentes?

As complicações associadas mais comuns podem ser doenças autoimunes, doenças gastrointestinais, como má absorção de nutrientes, diarreia crónica e doença inflamatória intestinal, problemas pulmonares crónicos, como bronquiectasias, podem desenvolver-se como resultado de infeções respiratórias recorrentes. É importante notar que nem todos os doentes com IDP passam por estas complicações.

Quais as ideias chave a reter sobre este tema? Que mensagem gostaria de deixar?

Eu diria que é importante reter que é necessário usar tudo o que temos ao nosso alcance para melhorar o diagnóstico, torná-lo o mais precoce possível e dar a melhor qualidade de vida possível a estes doentes. Com o diagnóstico e tratamento adequados, muitas pessoas com IDP podem levar vidas plenas e felizes.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Global Neuropsychology Congress realiza-se entre os dias 3 e 5 de Julho
A cidade do Porto recebe, nos dias 3 a 5 de julho, o Global Neuropsychology Congress que terá lugar no SuperBock Arena.

Com o objetivo de promover o desenvolvimento da investigação científica e da prática neuropsicológica, esta primeira edição do Global Neuropsychology Congress reunirá especialistas nacionais e internacionais para discutir importantes tópicos sobre o funcionamento do cérebro e do comportamento humano, com implicações significativas tanto para a investigação como para a prática clínica.

O programa prevê uma agenda diversificada e rica de apresentações em formato de póster e de simpósios, abordando temas essenciais à neuropsicologia e neurociências relacionadas. Entre os numerosos palestrantes de renome internacional, destacam-se António Damásio e Hanna Damásio, da University of Southern California; e John O’Keefe, da University College London, laureado com o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina.  

O Global Neuropsychology Congress proporciona ainda uma oportunidade de intercâmbio científico, num contexto multidisciplinar e internacional, contando já com a adesão de cerca de 1000 participantes, provenientes de 46 países dos 5 continentes.

A iniciativa está a ser organizada em conjunto pela Australasian Society for the Study of Brain Impairment (ASSBI), pela Federation of European Societies of Neuropsychology (FESN), pela International Neuropsychological Society (INS) e pela Sociedad Latinoamericana de Neuropsicologia (SLAN), em colaboração com as sociedades científicas nacionais - Secção de Neurologia do Comportamento da Sociedade Portuguesa de Neurologia e a Sociedade Portuguesa de Neuropsicologia e com a Fundação Champalimaud, o ICBAS/UP e a ULS de Santo António.

Todas as informações sobre este congresso estão disponíveis aqui: https://www.globalneuropsychology.org/

Páginas