Dia 15 de maio
No dia 15 de maio, pelas 18h00, as Conversas com Barriguinhas organizam um evento online para grávidas e recém-mamãs, que junta...

Sendo o choro um meio importante de comunicação dos bebés, é essencial começar a interpretá-lo e a compreendê-lo, de forma a conhecer as suas necessidades e a forma mais eficaz de lhes dar resposta. Fome ou sede, sono, tédio, desconforto, medo e cólicas são alguns dos motivos que podem estar na origem do choro. Neste dia, a enfermeira especialista Conceição Santa-Martha vai ajudar a decifrar os diferentes tipos de sons provocados pelo choro, para que os pais consigam perceber a causa e de que forma podem aliviar e acalmar o bebé.

Já a médica dentista e autora do blog Dente a Dente, Inês Guerra Pereira, vai falar sobre a importância da higienização da boca do bebé, até aos primeiros dentinhos. Esta higienização deve ser feita com a passagem de uma gaze ou pano húmido na gengiva, uma vez que ajuda a remover os resíduos de leite e bactérias.

A importância e as aplicações terapêuticas das células estaminais do sangue do cordão umbilical serão também abordadas por Sofia Figueiredo, da Crioestaminal. A conselheira em células estaminais vai aprofundar o papel fundamental destas células no desenvolvimento e saúde futura do bebé.

Durante o mês de maio, uma das grávidas participantes nas sessões vai receber uma mala de maternidade com produtos dos parceiros da iniciativa.

As inscrições estão disponíveis na plataforma.

17 e 19 de maio
A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, SPAIC vai promover na cidade da Covilhã, entre 17 e 19 de maio de...

Este programa de formação, desenhado pela SPAIC, trata-se de um curso pós-graduado para Internos de Imunoalergologia, e conta com o apoio dos laboratórios Inmunotek. Dado que comemora este mês 10 anos de existência, o programa reafirma-se como uma referência na formação dos Internos de Imunoalergologia a nível nacional.

Tendo como objetivo promover a uniformização de conteúdos e práticas clínicas entre internos de Imunoalergologia de todo o país, bem como fomentar o intercâmbio entre colegas e hospitais, este programa de formação potencia o crescimento e consolidação da especialidade de norte a sul do país.

A realização deste curso na Covilhã é de extrema importância para a região e para a ULSCBEIRA, uma vez que representa uma oportunidade única para dar a conhecer "fora de portas" o seu serviço de Imunoalergologia, contribuindo para atrair futuros especialistas e consolidar a oferta de cuidados em saúde especializados na área da Imunoalergologia. 

Bone Dysplasias 2024 realiza-se de 16 a 18 Maio
O Simpósio Português de Displasias Ósseas (BONE Dysplasias 2024) vai ter lugar em Lisboa, no Hospital de Santa Maria, de 16 a...

Este evento resulta de um projeto da Associação Portuguesa de Osteogénese Imperfeita (APOI) e da Equipa Multidisciplinar de Displasia Óssea da ULS de Santa Maria, denominado "Aliança INquebrável", criado para estimular a cooperação entre doentes, profissionais de saúde e outras partes envolvidas na melhoria da qualidade de vida das pessoas com displasia óssea.

Tendo com objetivo a promoção do progresso científico na área das diplasias ósseas e a troca de informação e experiência entre especialistas, são esperados cerca de 50 a 100 médicos e investigadores nesta área, entre eles, alguns dos melhores especialistas portugueses e internacionais em genética, radiologia, pediatria, endocrinologia, reumatologia e ortopedia. 

Este simpósio conta ainda com a participação de doentes com displasia óssea, suas famílias e associações de doentes.

Entre os temas em debate, encontram-se:

  • Acondroplasia: 1) Terapêutica atual e futura; 2) Visão ortopédica
  • Radiologia nas Displasias Ósseas: 1) Aspetos básicos; 2) O contexto português
  • Colagenopatias tipo 2: 1) Protocolo de seguimento; 2) Gene therapy
  • Transição nas displasias ósseas
  • Osteogénese Imperfeita: 1) Tratamento atual e o que há de novo; 2) Gravidez; 3) Key4OI: Recommendations for Lung Function Guidance
  • Estudo "Vivência da transição para o mundo do adulto em jovens e jovens adultos com displasias ósseas"
  • As associações de doentes no apoio à comunidade (científica e de doentes)
  • Revisitando a ortopedia na OI e nas displasias ósseas em geral
  • Síndrome de Ellis-Van Creveld: recomendações de vigilância
  • XLH: da adolescência à idade adulta
  • Fibrodisplasia ossificante progressiva: conceitos atuais e novos tratamentos no horizonte

De acordo com a organização, "o público-alvo dos dois primeiros dias são profissionais de saúde de todas as áreas de especialidade que lidam com displasias ósseas e outras doenças ósseas raras .

"O terceiro dia é dedicado aos portadores de Osteogénese Imperfeita (OI) e seus familiares".

O programa pode ser consultado aqui

Em formato híbrido, para doentes e familiares
– Os Serviços de Imunoalergologia e Pneumologia da Unidade Local de Saúde de Santa Maria vão realizar a 1ª Reunião de Doentes...

A iniciativa realiza-se no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Asma 2024, promovido pela Global Initiative for Asthma (GINA), este ano com o mote “Educação sobre a Asma vai capacitar os doentes”, e tem como principais objetivos educar os doentes sobre a asma grave, incluindo causas, sintomas e tratamentos, bem como capacitar os doentes a gerir melhor a sua doença e a tomar decisões informadas sobre o seu tratamento e, finalmente, explorar a possibilidade de criar uma associação de doentes com asma grave para apoio mútuo e defesa dos direitos dos doentes.

A reunião vai contar com várias palestras com especialistas nesta área, para abordar temas como “O que é asma grave e como se trata”', onde se falará das manifestações clínicas, tratamentos e novas terapêuticas e “O doente com asma grave no centro dos cuidados', onde se vai abordar a importância da farmácia hospitalar e da consulta do farmacêutico na adesão ao tratamento, por fim “Criação de uma associação de doentes”, que permitirá discutir a importância da criação de uma associação de doentes com asma grave através da partilha de testemunhos.

“Esta iniciativa representa um passo significativo no sentido de proporcionar um melhor suporte e compreensão aos doentes asmáticos, reforçando a importância da educação e capacitação na gestão eficaz desta condição de saúde. Por outro lado, vem reforçar a necessidade da construção de uma rede de apoio mais direta aos cerca de 70 mil doentes que sofrem de asma grave”, afirma Carlos Lopes, especialista de Pneumologia no Serviço de Pneumologia da ULS Santa Maria.

Empresa disponibilizou equipamentos na área da ecografia para os cursos pré-congresso e lançou novas tecnologias
O Congresso Nacional de Radiologia 2024 decorreu entre os dias 8 e 11 de maio no Hotel MH Atlântico, em Peniche, com intuito de...

Rui Costa, Diretor-Geral da GE HealthCare em Portugal, refere que “a presença da GE HealthCare no Congresso Nacional de Radiologia foi fundamental para estreitar a relação com os radiologistas e para lhes transmitir as principais atualizações na área. No congresso, além de disponibilizarmos equipamentos para a componente prática das formações, lançamos ainda novidades no nosso stand, cujo foco foi a inovação baseada em Inteligência Artificial e Deep Learning”.  

Lançamentos e apresentações no congresso

Além da colaboração nos cursos pré-congresso, a GE HealthCare esteve presente com um stand onde apresentou uma nova tecnologia de ultrassons para atender às principais necessidades dos clientes: o lançamento da nova versão LOGIQ R4: Totus, Fortis & E10series. Esta nova tecnologia permite uma maior flexibilidade de exames alargados, para que os médicos possam diagnosticar e tratar uma ampla gama de pacientes num amplo espectro de condições, tornando-o adequado para procedimentos de radiologia de intervenção. A nova versão inclui ainda Inteligência Artificial em tempo real, identificando com precisão os órgãos em estudo e atribuindo automaticamente o preset mais adequado. Este novo equipamento oferece também soluções diferenciadas que permitem atingir um novo padrão de fluxo de trabalho através de ferramentas abrangentes, reduzindo o tempo para concluir com sucesso um exame ou procedimento e aumentando a confiança no resultado.

Na área de Ressonância Magnética, foi apresentada a nova SIGNA Champion, alimentada por tecnologias avançadas que eliminam o ruído das imagens e melhoram a sua qualidade, normalizam e facilitam todos os procedimentos e padronizam os resultados dos doentes. Esta tecnologia inovadora não só melhora a experiência do doente, mas também a dos médicos e técnicos, através da redução do tempo de cada exame, do conforto do mesmo e, ainda, da melhoria do fluxo de trabalho.

Já em Tomografia Computadorizada, a GE HealthCare apresentou a nova plataforma Revolution Ascend, que foi concebida para ser eficiente e corresponder às exigências de imagiologia, quer a necessidade seja de um sistema altamente eficiente com 20 mm de cobertura para exames de rotina, ou de um sistema mais avançado com 40 mm de cobertura que melhora a detetabilidade de baixo contraste. Com a tecnologia Effortless Workflow automatiza de forma inteligente o fluxo de trabalho, desde o protocolo pré-digitalização até ao processamento pós-digitalização para maximizar a eficiência, a precisão, a clareza e a consistência. Isso permite que os técnicos personalizem automaticamente e com precisão os exames para cada paciente com muito menos esforço, facilitando a a rotina dos exames desde a chegada do doente até à sua saída3.

O Mercado de Iodo

Por outro lado, a área de Diagnósticos Farmacêuticos da GE HealthCare, destacou, no Congresso, a difícil situação atual do mercado do iodo, já que apenas dois países são os principais produtores da matéria-prima, face à crescente procura de meios de contraste iodados, o que conduz a um fosso cada vez maior entre a oferta e a procura.

Para fazer face a esse problema, a GE HealthCare pretende investir em soluções para que seja possível assegurar o fornecimento de meios de contraste iodados no futuro, de modo a abastecer o mercado e satisfazer esta procura crescente. Para isso, a empresa pretende garantir e proteger o fornecimento de iodo a longo prazo, com um acordo plurianual; aumentar a capacidade de produção de princípios ativos farmacêuticos e a capacidade de enchimento e fabrico de produto final; bem como facilitar a dosagem personalizada e aumentar a eficiência dos fluxos de trabalho.

Congresso da Associação Portuguesa de Nutrição decorre nos dias 16 e 17 de maio
A Associação Portuguesa de Nutrição (APN) vai reunir, nos dias 16 e 17 de maio, no Centro de Congressos de Lisboa, mais de 1...

Com o tema central "Nutrição: uma ciência para a inclusão", serão abordadas questões atuais como a sustentabilidade alimentar, a nutrição em grupos específicos e a promoção da equidade no acesso à alimentação. Com um contexto de inflação e guerras, a presidente da APN destaca também “a importância de enfrentar estes e outros desafios de forma inclusiva e abrangente”. 

“A instabilidade política, social e económica vigente em Portugal, derivada dos conflitos bélicos e da inflação que se faz sentir por toda a União Europeia, comprometem a equidade no acesso à alimentação, gerando climas de insegurança alimentar, particularmente em grupos mais vulneráveis da população ou com necessidades mais específicas”, explica a presidente da associação. 

No programa constam, por exemplo, discussões sobre a avaliação nutricional na pessoa transgénero, educação alimentar dirigida a pessoas com limitações cognitivas e escolhas nutricionais para atletas de diferentes culturas. “A crescente diversidade cultural e as consequentes exigências nutricionais específicas de grupos vulneráveis exigem uma abordagem multifacetada por parte dos profissionais de saúde, que devem estar preparados para lidar com todas as franjas da população”, continua. 

O encontro pretende ainda dar destaque a todas as fases de vida. A UNICEF vai estar presente para discutir como reduzir as desigualdades em saúde na população infantil e haverá um painel para refletir sobre a nutrição personalizada com leite humano. Por outro lado, os profissionais vão igualmente abordar a importância do papel do nutricionista na população mais envelhecida.  

Durante os dois dias do evento, muitos mais temas vão estar em destaque no Centro de Congressos de Lisboa. A saúde digital, os cuidados no catering de atletas, fortificação dos solos e dos alimentos ou a sustentabilidade das empresas são outros dos tópicos em discussão. 

“À semelhança do que este encontro anual nos tem vindo a habituar, esta edição vai dar lugar à atualidade e transversalidade de temas das ciências da nutrição, de forma a dar resposta à demanda dos participantes das mais diferentes áreas de atuação”, conclui Célia Craveiro. 

Os nutricionistas vão ainda reunir-se para debater sobre o Nutri-Score, um sistema de rotulagem recomendado para uso em Portugal desde o mês passado nas embalagens de produtos alimentares. Esta estratégia permite perceber, através de um sistema de letras e cores, se o alimento apresenta mais ou menos equilíbrio nutricional. 

O programa completo pode ser consultado aqui

Técnica utiliza uma corrente elétrica de alta frequência
A Radiofrequência tem vindo a destacar-se como uma abordagem moderna e eficaz no tratamento de diver

Esta técnica consiste na aplicação de uma corrente elétrica de alta frequência (geralmente em torno de 500.000 Hz) por meio de um gerador específico, transmitida até à ponta de uma agulha inserida na área afetada. Este processo visa interromper os sinais de dor transmitidos pelos nervos, proporcionando alívio aos pacientes.

Existem três tipos principais de Radiofrequência utilizados na prática clínica:

  1. Radiofrequência Continua: Neste método, a corrente elétrica é aplicada de forma contínua, resultando na interrupção seletiva do nervo responsável pela transmissão da dor ao cérebro. Apesar de eficaz, esta abordagem pode causar um período de recuperação mais prolongado.
  2. Radiofrequência Pulsada: Aqui, a corrente elétrica é emitida em pulsos intermitentes, o que permite uma modulação das vias da dor sem queimar o nervo. Esta técnica é especialmente benéfica para preservar a função motora.
  3. Radiofrequência a frio: Nesta variante, além da corrente elétrica, um gotejamento de soro com íons é utilizado para amplificar o calor produzido, possibilitando um tratamento mais eficaz em nervos de maior tamanho e complexidade anatómica.

Independentemente do tipo utilizado, a precisão na localização dos pontos de tratamento é crucial para o sucesso da Radiofrequência. Para isso, são empregadas técnicas de imagem, como a Fluoroscopia, que permitem ao médico uma visualização precisa e em tempo real da área a ser tratada.

Após o procedimento, é comum os pacientes experimentarem um aumento temporário da dor, seguido de uma melhoria progressiva ao longo de seis a oito semanas. Durante esse período de recuperação, algumas sensações desconfortáveis, como queimadura ou ardência, mas tendem a diminuir com o tempo.

Os benefícios da Radiofrequência podem ser duradouros e significativos, proporcionando alívio da dor por vários anos. No entanto, em caso de recorrência dos sintomas, o procedimento pode ser repetido, oferecendo uma opção de tratamento contínuo e eficaz para os pacientes.
 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Universidade de Coimbra
Um estudo liderado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) sugere que as bactérias...

Esta investigação, publicada na revista “Heliyon”, evidencia que este processo de deterioração de polímeros pelas bactérias, é relevante para explicar a persistência das bactérias em ambiente hospitalar.

«A ocorrência de infeções em meio hospitalar é um fenómeno multifatorial e está relacionado com a contaminação por bactérias. As bactérias ESKAPE, especificamente as Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae, são relevantes na ocorrência destas infeções. Portanto, é necessário investigar para identificar características que justifiquem a prevalência destas espécies no ambiente de saúde», consideram Paula Morais e Rita Branco, docentes do Departamento de Ciências da Vida (DCV) e investigadoras do Grupo de Microbiologia Ambiental do Centro de Engenharia Mecânica, Materiais e Processos (CEMMPRE).

De acordo com as autoras do estudo, este trabalho teve por objetivo deste trabalho perceber como as bactérias conseguem manter-se vivas em meio hospitalar mesmo na presença de vários processos de desinfeção. «Concluímos que as bactérias por vezes podem resistir a alguns antibióticos, mas têm também a capacidade de usar os materiais dos hospitais, por exemplo a cânulas nasais e os tubos para soro, como suporte para o seu crescimento», revelam.

«A estratégia utilizada pelas bactérias passa pela produção de biofilmes sobre os materiais. Posteriormente, iniciam o processo de degradação», explica Paula Morais, alertando sobre a relevância para a saúde pública da persistência e proliferação destes organismos em ambientes hospitalares. «É importante que se reforcem as medidas de controlo de infeções para mitigar os riscos associados ao crescimento bacteriano em tais superfícies», afirma.

Por outro lado, estes processos de degradação de polímeros podem vir a ser relevante em processos futuros, nomeadamente para reciclagem e remoção do lixo plástico. «Vamos continuar a estudar estas bactérias para perceber como conseguem usar o polímero e se o fazem de uma forma eficiente, para serem usadas noutros processos», conclui.

O artigo “Assessment of antimicrobial resistance, biofilm formation, and surface modification potential in hospital strains of Pseudomonas aeruginosa and Klebsiella pneumoniae” está disponível aqui.

Para além das professoras Paula Morais e Rita Branco, participaram neste estudo Roberta Lordelo, aluna de doutoramento da FCTUC e primeira autora do estudo, e Fernando Gama, investigador na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E) e da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viseu.

Ordem dos Médicos Dentistas deixa o alerta
A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) alerta para os riscos decorrentes das doenças das gengivas, as doenças periodontais, como a...

A periodontite, a doença periodontal mais avançada, afeta metade da população mundial e é responsável por perda de dentes, provocando dificuldades na mastigação, na fala, além de implicações na saúde mental decorrentes da falta de autoestima. As doenças periodontais são doenças inflamatórias de causa bacteriana, em que ocorre destruição dos tecidos que suportam os dentes. Por terem acesso facilitado à corrente sanguínea, estas bactérias e os produtos de inflamação envolvidos, estão também associadas a mais de 60 outras doenças graves, como as antes mencionadas.

A escovagem regular, no mínimo duas vezes ao dia, o uso de escovilhão ou do fio dentário entre todos os dentes, é a melhor forma de prevenir o desenvolvimento das doenças periodontais.

“A periodontite é uma doença grave, mas silenciosa (não provoca dor); a acumulação das bactérias causadoras destas doenças sobre os dentes ocorre mesmo sem a ingestão de alimentos. No entanto, a periodontite pode ser prevenida, controlando os fatores de risco e com uma correta higiene oral”, afirma Helena Rebelo, presidente da direção do Colégio de Periodontologia da Ordem dos Médicos.

Oito pontos cujo conhecimento é fundamental para a prevenção as doenças periodontais:

  1. Medidas preventivas: Higiene oral eficaz, dirigida às gengivas (existe um espaço entre as gengivas e os dentes) e controlo dos fatores de risco (diabetes, tabagismo, idade, excesso de peso, maus hábitos de higiene);
  2. As gengivas saudáveis nunca sangram;
  3. As doenças periodontais são silenciosas: a dor não é típica nestas doenças;
  4. A falta de tratamento leva à perda de dentes, provocando a diminuição da função mastigatória e grande estigma psicológico;
  5. Sendo a periodontite uma doença crónica, pode ser controlada com eficácia, prevenindo a perda de dentes;
  6. A periodontite não controlada constitui um fator de risco para várias doenças graves, potencialmente mortais;
  7. Como em qualquer doença crónica, a manutenção profissional regular é a chave para o êxito do tratamento;
  8. Sem controlo adequado, os implantes colocados para substituição de dentes podem desenvolver uma patologia semelhante, com repercussões na saúde oral e geral.

A prevenção é, aliás, a principal recomendação do estudo ‘Time to take gum disease seriously: The societal and economic impact of periodontitis’, realizado pela Economist Intelligence Unit (EIU) a pedido da Federação Europeia de Periodontologia (EFP).

Os autores observaram que o investimento orçamental na eliminação da gengivite (fase inicial da periodontite) e no aumento da taxa de diagnóstico e tratamento da periodontite tiveram um retorno do investimento positivo e um aumento nos anos de vida saudáveis em todos os seis países onde o estudo foi realizado (Espanha, França, Alemanha, Itália, Holanda e Reino Unido). A negligência no tratamento da gengivite, por sua vez, teve os efeitos opostos. Consequentemente, os autores enfatizaram a importância de um maior empenho no cuidado e prevenção a nível individual e social, incluindo cuidados dentários em creches e workshops de escovagem dos dentes nas escolas.

Seis milhões têm falta de dentes em Portugal

No Barómetro da Saúde Oral 2023, divulgado em novembro do ano passado, constatava-se que em Portugal existem seis milhões de pessoas sem pelo menos um dente e que 22,8 por cento da população não tem seis ou mais dentes, número considerado de referência para afetação da qualidade da mastigação e da saúde oral.

Sobre os hábitos de higiene oral, o mesmo relatório indica que 78,8% dos inquiridos garantem escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia, um aumento de 5,7 pontos percentuais face a 2022.

Apesar deste elemento positivo, os dados revelam que houve uma diminuição (-3 p.p.) do número de pessoas que visitam o médico dentista pelo uma vez por ano: 64,4% em 2023, quando no ano anterior eram 67,4%. Constata-se também que aumentou a percentagem de pessoas que nunca visitam o médico dentista ou o fazem apenas em situações de urgência (26,9% +2,4p.p.)

 
Investigação da Fundação Champalimaud
Ouve-se um telefone a tocar ou um cão a ladrar. Será o seu ou o de outra pessoa?

Todos os dias, tomamos inúmeras decisões com base em sons sem pensar duas vezes. Mas o que é que acontece exatamente no cérebro durante esses momentos? Um novo estudo do Laboratório Renart, publicado na Current Biology, apresenta resultados que permitem a nossa compreensão sobre como as informações sensoriais e as escolhas comportamentais estão entrelaçadas dentro do córtex — a camada externa do cérebro que molda a nossa percepção consciente do mundo.

O córtex é dividido em regiões responsáveis por funções diferentes: áreas sensoriais processam informações do ambiente, enquanto áreas motoras controlam as ações. Surpreendentemente, sinais relacionados a ações futuras, que poderíamos esperar encontrar apenas em áreas motoras, também aparecem em áreas sensoriais. O que estarão a fazer sinais relacionados com o movimento em regiões dedicadas ao processamento sensorial? Quando e onde é que estes sinais surgem? As respostas a estas perguntas podem ajudar a esclarecer a origem e o papel destes sinais inesperados, e de como influenciam - ou não - a tomada de decisões.

Uma Abordagem Diferente

Os investigadores abordaram estas perguntas através de uma experiência realizada em ratinhos. Raphael Steinfeld, investigador pós-doutorado e autor principal do estudo, explica: "Para desvendar o que sinais relacionados a ações futuras poderão estar a fazer em áreas sensoriais, pensámos cuidadosamente sobre a tarefa que os ratinhos teriam que realizar.

Estudos anteriores basearam-se em tarefas 'Go-NoGo', onde os animais realizam a sua escolha ao fazerem uma ação ou permanecendo imóveis, dependendo da natureza do estímulo. No entanto, esta configuração confunde sinais relacionados com movimentos específicos versus movimentos em geral. Para conseguirmos isolar sinais relacionados com ações específicas, treinámos os ratinhos a realizarem uma decisão entre duas ações. Os animais tinham que determinar se um som ultrapassava um determinado limite predefinido, categorizando-o como alto ou baixo, e registando a sua decisão ao lamber um dos tubos — à esquerda ou à direita".

No entanto, isto não foi suficiente. "Os ratinhos rapidamente aprenderam esta tarefa, respondendo muitas vezes, assim que ouviam o som", continua Steinfeld. "Para separar a atividade cerebral relacionada com o som, daquela relacionada à resposta, introduzimos um delay crítico de meio segundo. Durante este intervalo, os animais tinham que refrear a sua decisão. Crucialmente, este delay permitiu-nos separar temporalmente a atividade cerebral ligada ao estímulo, daquela ligada à escolha, e acompanhar como os sinais neurais relacionados ao movimento se desdobravam ao longo do tempo, a partir da entrada do sinal sensorial inicial".

"Para separar as representações neurais de estímulo e de escolha, também foi importante desenvolver um conjunto de experiências que fossem suficientemente desafiadoras para permitir que os ratinhos cometessem erros. Uma taxa de sucesso de 100% dificultaria a distinção entre estímulo e escolha, já que cada estímulo acaba por elicitar sempre a mesma resposta. Ao criar o potencial para erros, poderíamos garantir a distinção entre a codificação neural do som e das decisões tomadas". Por exemplo, nos casos em que os ratinhos ouvem o mesmo tom mas tomam decisões diferentes (corretas ou incorretas), os investigadores podem examinar se a atividade de um neurónio varia entre as duas ações. Se sim, isto é uma indicação de que o neurónio codifica informações sobre a tomada de decisão.

Conexões Profundas

Após seis meses de rigoroso treino, os investigadores puderam finalmente começar a registar a atividade neural nos ratinhos enquanto estes realizavam a tarefa. A atenção foi dada ao córtex auditivo, a parte do córtex responsável por processar o que ouvimos, uma vez que já haviam demonstrado ser necessária para a tarefa. "O córtex dos ratinhos e dos humanos é composto por seis camadas, cada uma com funções especializadas e conexões distintas com outras regiões cerebrais", explica Alfonso Renart, investigador principal e autor do estudo. "Dado que certas camadas geralmente recebem informações sensoriais de regiões cerebrais, enquanto outras enviam sinais para centros motores, foi possível registarmos simultaneamente - pela primeira vez numa tarefa como a nossa, na qual os sinais sensoriais e motores podem ser claramente distinguidos - a atividade em todas as camadas do córtex auditivo".

"Descobrimos que os sinais relacionados com o som e a escolha exibiam padrões espaciais e temporais distintos", continua Renart. "Sinais relacionados com a deteção de som apareciam e desapareciam rapidamente, cerca de 400 milissegundos após o som ser apresentado, e eram distribuídos amplamente por todas as camadas corticais. Em contraste, sinais relacionados à escolha, que indicam o movimento que o ratinho está prestes a fazer, emergiram mais tarde, antes da decisão ser executada, e estavam concentrados nas camadas mais profundas do córtex".

No entanto, apesar da separação temporal entre a atividade do estímulo e da escolha, análises adicionais revelaram uma relação intrigante: neurónios que respondiam a uma frequência sonora específica também tendiam a ser mais ativos para as ações associadas a esses sons. Como explica Steinfeld, "Por exemplo, um neurónio que reage a altas frequências pode ativar num animal a reação de uma lambidela no tubo da direita e noutro animal no tubo da esquerda, sendo que isto depende de como cada um foi treinado, já que mudámos a contingência som-ação. Esta variabilidade entre diferentes animais mostra que a atividade não é pré-definida, mas sim, que se adapta através da experiência. Estes neurónios aprendem a aumentar a sua atividade para qualquer ação apropriada, com base na sua frequência sonora preferida".

Origem e papel dos sinais de escolha

Então, qual poderá ser a origem destes sinais de escolha no córtex auditivo? "Curiosamente", observa Renart, "os sinais sensoriais iniciais no córtex auditivo não parecem prever a eventual escolha dos ratinhos, e os sinais de escolha emergem significativamente mais tarde. Isto sugere que os sinais sensoriais no córtex auditivo não causam diretamente as ações dos ratinhos, e que os sinais de escolha que observamos são provavelmente calculados noutras regiões cerebrais superiores envolvidas no planeamento ou execução de movimentos, que enviam o seu feedback para o córtex auditivo".

Se estes sinais de movimento não ditam ações, qual poderá ser o seu papel? Talvez sirvam principalmente para integrar e transmitir informações. Por exemplo, estes sinais podem ajustar a percepção do cérebro para se alinhar com uma decisão já em curso, aumentando a estabilidade daquilo que percepcionamos. Alternativamente, podem estar a preparar o cérebro para os resultados sensoriais esperados das ações, como o ruído feito pelo movimento, garantindo que as nossas experiências sensoriais correspondem aos nossos movimentos.

No entanto, estas são apenas hipóteses ainda por verificar. "Podemos perguntar-nos então senos sinais sensoriais do córtex auditivo não informam diretamente as escolhas, e se os sinais de escolha que observamos não são na verdade produzidos nesta área do cérebro, então qual é exatamente o propósito do córtex auditivo?", Reflete Renart. "Poderíamos especular que o córtex auditivo está mais preocupado em construir uma experiência consciente do som do que com a transformação sensorial-motora, mas esta é uma história para outro dia".

Ainda assim, um papel causal não pode ser totalmente descartado, especialmente porque as camadas mais profundas do córtex auditivo transmitem informações ao estriado posterior, parte do centro de controlo do cérebro para hábitos e movimentos. Estudos futuros irão focar-se na identificação das origens precisas destes sinais de movimento e sobre como estes influenciam o comportamento. Por enquanto, podemos adicionar mais uma peça ao quebra-cabeça de como o cérebro converte percepções em ações, e aos mecanismos internos de funcionamento para situações como aquela em que ouvimos passos durante a noite.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
Embora assentes nos mesmos princípios dos Cuidados Paliativos em geral, os Cuidados Paliativos à Pes

Atualmente, há ainda uma grande desvalorização dos idosos enquanto destinatários dos Cuidados Paliativos. Esta desvalorização traduz-se em aspetos como: menor acesso a apoio emocional e espiritual nos últimos dias de vida, menor apoio na avaliação e controlo da dor, fraca participação nas decisões terapêuticas e na opção do local da morte (não são contempladas as suas opiniões). No caso das pessoas com demência, a desvalorização evidencia-se ainda mais, possivelmente pela dificuldade na avaliação do sofrimento da pessoa. Além disso, o controlo sintomático pode ser dificultado “pelo facto de se expressarem mal verbalmente e também pela ideia errónea de que este tipo de doentes não experimenta dor ou outros sintomas, embora a evidência disponível mostre que tal ideia é incorreta”. Estes aspetos refletem-se na dificuldade dos profissionais de saúde em reconhecer as suas necessidades paliativas e adequar um plano de cuidados a cada situação. Esta complexidade exige uma abordagem multidisciplinar e multidimensional, com ponto de partida na avaliação das capacidades e necessidades (específicas) de cada pessoa.

Os cuidados à pessoa com demência incluem intervenções integradas e sistémicas, quer farmacológicas, quer não-farmacológicas, onde se destaca a abordagem familiar e psicossocial. De acordo com a evidência disponível, cerca de 43% dos idosos vivem com a família, o que contradiz o desinvestimento desta enquanto entidade cuidadora, e simultaneamente sustenta a necessidade de apoio às pessoas idosas e familiares na comunidade. Este é um aspeto desafiante para a Enfermagem, considerando que o enfermeiro é um profissional de proximidade com competência para avaliar e intervir na pessoa, em todas as dimensões e em todos os contextos de cuidados.

De acordo com o Palliative Nursing Group, do Royal College of Nursing, o papel da enfermagem paliativa implica a avaliação das necessidades da pessoa doente e sua família – no âmbito da saúde física, psicológica, social e espiritual – o planeamento, implementação e avaliação das intervenções adequadas com o objetivo de promover a qualidade de vida e uma morte digna. Assim, em todos os contextos de cuidados, os enfermeiros devem ser capazes de proporcionar suporte e conforto à pessoa doente, valorizá-la, manter a esperança, preservar a dignidade, estar presente, ser empático, conhecer bem o doente e família (alvo dos cuidados) e ter a capacidade de se manter atualizado nos conhecimentos, garantindo, assim, a qualidade e sustentação das suas intervenções.

Enquanto os Cuidados Paliativos não forem uma realidade sedimentada nos cuidados de saúde em Portugal, é importante que todos os profissionais envolvidos – onde destaco os enfermeiros – conheçam a filosofia de cuidados para garantir a continuidade adequada de cuidados ao longo do percurso evolutivo da doença e desenvolvam competências para intervir, pelo menos, com ações paliativas, considerando os pilares da abordagem paliativa. O caminho a percorrer avizinha-se longo e desafiante para os enfermeiros, mas o despertar para estas questões – que seria, provavelmente, o passo mais difícil – já está a acontecer e, mais importante, vai ao encontro da enfermagem holística e interpessoal que é ensinada desde o início. Continuemos!

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
10 de maio | Dia Mundial do Lúpus
O Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) é uma doença autoimune em que o sistema imune ataca o próprio co

Estatísticas e Manifestações Clínicas

As idades mais comuns para o início da doença estão entre 18 e 55 anos, abrangendo uma faixa etária ampla. Para além disso, o sexo feminino é oito a dez vezes mais afetado pelo LES.

Na Europa, estima-se que 40 em 100.000 pessoas sofrem de LES, com uma variação significativa nessa estimativa. Esses números destacam a importância de compreender e tratar adequadamente essa doença. Em Portugal e segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, cerca de 0,07% da população é afetada pelo LES, sendo tipicamente mulheres em idade reprodutiva. Isso resulta em aproximadamente quatro mil casos registados no país. Essa prevalência indica a necessidade de estratégias eficazes de tratamento e gestão do LES.

A doença pode evoluir de forma constante ao longo de vários anos ou de forma rápida, intercalando-se com períodos de remissão. Essa variabilidade na progressão da doença requer uma abordagem individualizada no tratamento e acompanhamento dos pacientes. Os sintomas variam, com possíveis complicações graves que exigem atenção urgente. Em cerca de 90% dos casos existem manifestações cutâneas e/ou articulares. No entanto, alguns doentes podem apresentar manifestações de maior gravidade, particularmente alterações renais (37%) ou neuropsiquiátricas (18%).

É fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos aos sinais de agravamento da doença e tomem medidas adequadas para evitar complicações.

O papel das Células Estaminais Mesenquimais do Tecido do cordão umbilical no LES

Células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical têm propriedades imunorreguladoras e demonstraram efeitos terapêuticos em diversas doenças autoimunes, incluindo o Lúpus. Essas células têm o potencial de modular a resposta imune e reduzir a inflamação associada ao LES.

Vários ensaios clínicos têm investigado o efeito do transplante dessas células no tratamento do LES, mostrando um perfil de segurança promissor. Essas pesquisas têm como objetivo avaliar a eficácia e a segurança dessa abordagem terapêutica inovadora.

Pode-se destacar um estudo recente que avaliou a segurança e os efeitos das células estaminais mesenquimais de cordão umbilical em doentes com LES, sugerindo que essas células podem representar uma nova abordagem terapêutica com um perfil de segurança melhor em comparação com as terapias atuais. Esses resultados preliminares são encorajadores e indicam a necessidade de estudos adicionais para confirmar esses achados. As células estaminais do cordão umbilical parecem ser seguras e apresentam efeitos benéficos no combate ao Lúpus, exercendo efeitos em algumas células, o que sugere novos mecanismos de combate à doença. Essas descobertas abrem caminho para uma compreensão mais aprofundada dos mecanismos envolvidos no LES e para o desenvolvimento de terapias mais eficazes. Os autores concluem as células estaminais do tecido do cordão umbilical são muito seguras e também apresentarem efeitos benéficos no combate ao Lúpus.

Um outro ensaio clínico demonstrou que o transplante de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical é promissor no tratamento de LES uma vez que resultados impressionantes. Os autores verificaram taxa de sobrevida global de 92,5%, uma diminuição significativa na atividade da doença do LES, melhorias em vários sistemas de órgãos afetados pelo LES, incluindo os sistemas renal, hematopoiético e cutâneo. Esta melhoria abrangente destaca o potencial das células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical nas diversas manifestações do LES, podendo oferecer aos pacientes uma chance de melhor qualidade de vida. No entanto, alguns pacientes apresentaram recidiva da doença após 6 meses, podendo levar à necessidade aplicação de mais doses. Mais pesquisas são necessárias para entender e lidar com esse desafio.

Comparação com Terapia Atual

A terapia atual para o LES visa induzir a remissão e controlar rapidamente a atividade da doença, usando fármacos anti-inflamatórios, corticosteróides e imunossupressores. Embora essas abordagens tenham sido eficazes no controlo dos sintomas, elas também podem apresentar efeitos colaterais significativos e não são adequadas para todos os pacientes.

As células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical apresentam características promissoras, como baixa imunogenicidade, capacidade de migração para locais de inflamação e propriedades imunomodulatórias, tornando-as um excelente alvo terapêutico para doenças autoimunes, incluindo o Lúpus Eritematoso Sistémico.

Estudos adicionais são necessários para avaliar a eficácia das células estaminais mesenquimais do cordão umbilical no tratamento do LES, bem como determinar a melhor forma de administração e dosagem. Além disso, é importante considerar os potenciais efeitos colaterais e interações medicamentosas antes de implementar essa terapia como opção de tratamento padrão. No entanto, os resultados já verificados são muito encorajadores e sugerem que as células estaminais mesenquimais podem desempenhar um papel importante no tratamento do LES, melhorando sua qualidade de vida e/ou reduzindo a progressão da doença nos pacientes com LES.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Evento realiza-se entre os dias 9 e 11 de maio
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) promove entre os dias 9 a 11 de maio, na Casa das Histórias...

Este evento, que procurará discutir a transformação em curso do Serviço Nacional de Saúde (SNS), contará com oradores de destaque e uma grande variedade de sessões sobre diferentes dimensões da reforma do SNS.

A conferência terá início com uma sessão inovadora onde se discutirá a transformação do SNS e a importância de parcerias e alianças para além das fronteiras das Unidades Locais de Saúde (ULS). Mais tarde, oradores especializados irão liderar discussões abrangentes sobre modelos de integração de cuidados, o papel dos cuidadores informais e mecanismos inovadores de financiamento.

Líderes de opinião internacionais vão trazer uma perspetiva global sobre a integração de cuidados de saúde. Entre os oradores destacam-se Jon Guajardo (Osakidetza), Jaqueline Mallender (Economic Research Council, UK) e Niamh Lennox Chhugani (IFIC). 

Também neste evento decorrerá apresentação da Bolsa de Capital Humano. A 4.ª edição deste prestigiado prémio apresenta projetos que visam potenciar o capital humano e dotar os profissionais de saúde das competências necessárias para que assumam um papel ativo de liderança na gestão da mudança, à luz do tema “Como gerir a transição para a ULS, para mais colaboração das pessoas e melhor integração de cuidados“.

Vão ser ainda apresentados os resultados da 1ª Edição do Barómetro da Integração de Cuidados, primeiro grande estudo que procura avaliar a perceção sobre o grau de integração de cuidados no SNS e, consequentemente, o sucesso da reforma em curso.

A conferência culminará com reflexões sobre as lições aprendidas e pontos de ação, com comentários finais do Chairman desta Conferência, Pedro Lopes (Sócio de Mérito e Presidente da APAH 2008-2013).

 
Resultados do estudo “Os portugueses e os fatores de risco”
A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) está a divulgar os resultados do estudo “Os portugueses e os fatores de risco”,...

O estudo, elaborado pela GfK Metris, em março de 2024, contou com a participação de 934 indivíduos, de idade igual ou superior a 18 anos, residentes em Portugal Continental, e teve como objetivo analisar e compreender o nível de conhecimento dos portugueses sobre a saúde cardiovascular e os fatores de risco associados.

De acordo com o estudo, no que diz respeito ao conhecimento dos portugueses sobre o “Colesterol”, conclui-se que 64% dos portugueses consideram um valor normal de colesterol como inferior a 190 mg/dL, sendo que 65% dos indivíduos têm consciência de que não existe apenas o Colesterol Total.

Já no que diz respeito ao conhecimento dos portugueses sobre a “Tensão Arterial”, os resultados mostram que 75% dos entrevistados acreditam que um valor normal de tensão arterial é inferior a 140/90 mmHg; e que 80% reconhecem a importância de uma atenção redobrada à saúde cardiovascular, quando há histórico de familiares que sofrem de hipertensão.

Relativamente aos temas “Atividade Física” e “Obesidade”, concluiu-se que a maioria dos portugueses (73%) discorda da ideia de que apenas exercícios em ginásios contam como atividade física válida para a saúde cardiovascular; 52% não sabem quando é considerado o valor Normal de Índice de Massa Corporal (IMC); e 68% consideram falsa a afirmação de que a gordura nas coxas e ancas é mais prejudicial do que a gordura abdominal.

Sobre o “Tabagismo”, os resultados do estudo indicam que 68% dos portugueses reconhecem que os cigarros eletrónicos não são uma alternativa saudável aos cigarros convencionais e que não são uma boa ajuda para quem pretende deixar de fumar.

Estes resultados destacam tanto os pontos de conhecimento positivos quanto as lacunas que ainda existem no entendimento dos portugueses sobre saúde cardiovascular.

Entrevista | Dr. Gonçalo Sarmento e Costa
Apesar de ser conhecido por provocar bronquiolites em bebés e crianças, o Vírus Sincicial Respiratór

Embora, quase sempre, oiçamos falar de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) associado à idade pediátrica, a verdade é que também a população adulta pode ser afetada por este vírus. Neste sentido, quais as principais complicações do VSR nos idosos?

É fundamental que as pessoas conheçam o VSR como vírus que causa uma infeção respiratória aguda potencialmente fatal nas idades mais avançadas. O VSR carateriza-se por causar uma particular inflamação brônquica, que se traduz num broncoespasmo duradouro e menos respondedor à terapêutica “standard of care”, prolongando muitas vezes os internamentos, em especial dos idosos, que se vêm a expostos a uma maior exposição a sobreinfeções bacterianas, confusão ou “delirium” hospitalar, e à perda da sua autonomia (muitas vezes irreversível), que muitas vezes dita uma institucionalização à data de alta.

Quais os principais fatores de risco associados ao VSR nesta população? A que outras comorbilidades se pode associar, conduzindo ao seu agravamento?

Os idosos apresentam-se especialmente vulneráveis às complicações do VSR, essencialmente devido a três fatores: a imunosenescência (que se pode resumir a um envelhecimento com perda de eficiência do nosso sistema imunitário), a maior prevalência de doenças crónicas e a fragilidade que surge com o envelhecimento biológico dos vários sistemas de órgãos. Além dos idosos, os doentes portadores de doença cardiovascular, oncológica e, claro, respiratória crónica são também doentes muito sensíveis a este vírus.

Para quem não sabe muito sobre este tema, que vírus é este e como pode ser prevenido e combatido?

De uma forma muito simplificada, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), tal como indica o seu nome, é um vírus que pode provocar doença respiratória em pessoas de todas as idades, e é muito contagioso, podendo sobreviver várias horas nas mãos ou em objetos. Os seus sintomas podem variar, dependendo de fatores como a idade ou o estado de saúde da pessoa.

Sendo um Vírus de atingimento do sistema respiratório, as medidas básicas de utilização de máscara, limitação de contatos sociais quando estamos doentes e medidas de higiene das mãos são fundamentais no controlo e disseminação desta infeção que na maioria das vezes se apresenta como um síndrome gripal (não confundir com gripe, mas antes uma infeção respiratória vírica). Transmite-se pelo contacto com secreções ou objetos com o vírus através do nariz, dos olhos ou da boca e o período de incubação varia entre 2 a 8 dias.

Quais os principais sintomas desta infeção?

Tosse, coriza (corrimento nasal), febre e falta de ar (dispneia) são os sintomas mais comuns.

Existe vacina para o VSR? Que estratégias de imunização estão disponíveis para esta população?

Sim, existe vacina desde 2023. Foi um ano de boas notícias no que concerne ao VSR, com a chegada de duas vacinas que mudam o paradigma da abordagem aos doentes de risco. Desde então, podemos recomendar com segurança aos nossos idosos que se vacinem contra o VSR, de forma a que possam estar mais protegidos deste vírus que injustamente é abordado relativamente à idade pediátrica, apesar de ser mais mortal nos doentes idoso.

No entanto, há um longo caminho a percorrer, no sentido de avançarmos com a imunização destes doentes, que passa pela sensibilização dos decisores para a comparticipação das vacinas que se encontram a preços que constituem um obstáculo para a maioria dos nossos doentes de risco.

Houve alguma mudança no comportamento pós-pandemia?

Com a era pós-pandemia, houve avanços na forma como passámos a encarar as infeções respiratórias, sendo que, por exemplo, hoje podemos realizar testes respiratórios, adquiri-los nas farmácias a preços acessíveis e despistar infeções com VSR, Covid, ou mesmo a Gripe. Neste sentido, e mesmo nos Hospitais, houve um aumento significativo de diagnóstico destas doenças, pelo que tem sido mais percetível.

O que precisamos saber e reter sobre este vírus?

Precisamos de saber que é um vírus particularmente nocivo nos extremos de idades, sobretudo nas populações mais idosas e nos portadores de doença crónica, e que anualmente é responsável por muitos internamentos no nosso SNS.

É fundamental que entendamos que, uma vez infetado por este vírus, não existe um tratamento dirigido, pelo que a prevenção através da vacinação e medidas de contenção, como a utilização de máscara em caso de suspeita de infeção respiratória e desinfeção das mãos, são fundamentais. A infeção é aguda, mas pode associar-se a complicações crónicas, como a perda de autonomia ou o agravamento de outras doenças preexistentes.

No âmbito deste tema, que mensagem ou recomendação gostaria de deixar?

Não deixe de perguntar ao seu médico assistente qual será o seu plano vacinal tendo em conta a sua idade, estado de saúde e complicações associadas. Utilize máscara em caso de infeção e higienize as mãos. Mesmo que seja uma pessoa saudável, pode transmitir uma doença como VSR a uma pessoa mais vulnerável.

Nem todos os adultos têm indicação para se vacinarem, mas todos têm a responsabilidade de diminuir o risco de transmissão da sua infeção, que pode eventualmente até ser causada pelo VSR.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 13 de maio
No dia 13 de maio, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), em parceria com o El Corte Inglés, comemora o seu...

Com moderação da ex-deputada e ex-presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, Maria Antónia Almeida Santos, o evento conta com a presença de três especialistas da APDP: José Manuel Boavida, presidente, João Filipe Raposo, diretor clínico, e Rita Nortadas, especialista em Medicina Interna.

“É com muito orgulho que assinalamos mais um ano desta que é a associação de diabetes mais antiga do mundo! Este evento assinala a enorme evolução conseguida desde então e, em três sessões, será possível explorar a história da APDP, os avanços e a inovação no tratamento e ainda a estreita interação entre a diabetes e a obesidade. Cada vez mais perto dos 100 anos, mantemos o compromisso que sempre nos foi tão característico e continuaremos a lutar pelos direitos de quem vive com diabetes!”, afirma José Manuel Boavida.

“Para o El Corte Inglés é uma honra associar-se à celebração do 98º aniversário da APDP e integrar a Conferência ‘O que é a Diabetes e o que a ciência tem feito para a combater’ no Ciclo Pensar a Saúde da programação do Âmbito Cultural. Este ciclo representa também o compromisso da empresa em promover o conhecimento e esclarecimento dos nossos clientes, neste caso, sobre uma patologia muitas vezes incompreendida.”, explica Vasco Marques Pinto, da área de Responsabilidade Social Corporativa do El Corte Inglés. 

O evento educativo tem assim como objetivo desvendar os desafios da diabetes e explorar os avanços científicos que têm sido alcançados para combater esta doença, que afeta mais de um milhão de portugueses.

“Atualmente, mais de 40% dos portugueses entre os 20 e os 79 anos vivem com diabetes ou pré-diabetes. Percorremos um longo caminho, mas não podemos parar agora! É importante continuarmos a abordar a forma como a evolução do tratamento e também a melhor compreensão da doença têm melhorado a vida das pessoas com diabetes. Mas importa agora agir para detetar e tratar a diabetes de forma mais precoce.”, defende João Filipe Raposo.

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, fundada em 1926, é uma organização reconhecida internacionalmente como pioneira no apoio e no acompanhamento multidisciplinar das pessoas com diabetes em Portugal. Foi fundada por Ernesto Roma, criador da Diabetologia Social, para apoiar as pessoas com diabetes em situação de carência monetária a adquirirem insulina, hormona essencial para a sua sobrevivência.

Em todo o mundo, uma em cada 10 pessoas vive com diabetes, uma das doenças mais prevalentes e uma das principais causas de morte em todo o mundo. Em Portugal, segundo os dados mais recentes do relatório anual do Observatório Nacional da Diabetes, em 2021, cerca de 1,1 milhões de portugueses entre os 20 e os 79 anos têm diabetes, o que representa 14,1% da população neste grupo etário. Ainda assim, 44% destes não tinham sido diagnosticados.

A entrada é gratuita, mas carece de pré-inscrição individual.

 
Desenvolvimento de normas e ferramentas
A convite do Instituto Português da Qualidade (IPQ), a GS1 Portugal integra atualmente a Comissão Setorial para a Saúde (CS/09)...

De acordo com o seu plano de atividades, em colaboração com a GS1 Portugal, a CS/09 prevê diversas iniciativas, nomeadamente o desenvolvimento de uma norma para a correta utilização dos códigos globais de identificação única dos produtos, como o GS1 DataMatrix, para inclusão de informações adicionais relevantes, tais como o Folheto Informativo Digital, Clinical Pathways – ferramenta utilizada como guideline clínica adequada a contextos de prestação de cuidados de saúde – ou instruções de utilização de Dispositivos Médicos (IFU), e a execução de um Plano de Formação para profissionais na área da saúde.

“É com grande satisfação que aceitamos o convite para integrar esta Comissão. É um convite muito prestigiante, de que depreendemos o reconhecimento do trabalho que temos vindo a implementar, em estreita colaboração com múltiplas instituições do setor, em Portugal. Reconhecemos a importância das atividades desenvolvidas pela CS/09 e estamos comprometidos em contribuir ativamente para a dinamização das diversas componentes que influenciam a rastreabilidade, interoperabilidade e eficiência do Setor da Saúde, no nosso país e internacionalmente”, afirma João de Castro Guimarães, Diretor Executivo da GS1 Portugal.

A Comissão Setorial para a Saúde (CS/09) – criada no âmbito do Sistema Português da Qualidade (SPQ) e constituída em maio de 1994 – desenvolve as suas atividades integradas no IPQ e pretende analisar, promover e dinamizar as várias componentes que influenciam a Qualidade na Saúde, bem como apresentar propostas para a respetiva melhoria.

Esta nomeação reforça a missão da GS1 Portugal de liderar a melhoria da competitividade na cadeia de valor através de standards, soluções e transferência de conhecimento.

 
Dia Mundial do Lúpus assinala-se a 10 de maio
No dia 10 de maio assinala-se o Dia Mundial do Lúpus, uma doença crónica autoimune que afeta cerca de cinco milhões de pessoas...

“Na ADL reconhecemos a importância da literacia em saúde para que os doentes consigam ter um papel ativo na gestão da doença. Para além disso, o acompanhamento clínico por parte de profissionais de saúde especializados é crucial para o sucesso do tratamento” explica Rita Mendes, presidente da ADL. “É importante sensibilizar para esta patologia e promover o empoderamento dos doentes. O encontro 'Viver o futuro com Lúpus' é uma oportunidade para partilhar conhecimento, de forma a contribuir para uma melhor qualidade de vida dos doentes”, acrescenta.

O Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) pode afetar qualquer parte do corpo e é provocado por um desequilíbrio do sistema imunológico, em que as células responsáveis pela defesa produzem anticorpos contra células do próprio organismo. Esta condição pode afetar desde as articulações e músculos até aos órgãos internos como rins, pulmões e coração.

Entre as manifestações mais graves do lúpus encontra-se a Nefrite Lúpica (NL), que afeta cerca de 40% dos doentes com LES. Esta complicação pode levar à insuficiência renal e a outras complicações graves, sendo uma das principais causas de morbimortalidade associada à doença. 

Apesar dos avanços no conhecimento sobre a patogénese do lúpus e das melhorias nas terapêuticas existentes, a NL continua a ser um grande desafio para os doentes e profissionais de saúde. A qualidade de vida dos doentes com NL é significativamente reduzida, com fadiga crónica e custos associados à doença, tanto diretos como indiretos.

O Dia Mundial do Lúpus serve para recordar que ainda há muito a ser feito no combate a esta doença, tendo em conta que existe uma necessidade médica por preencher no tratamento de doentes com NL que permita preservar a função renal a longo prazo, reduzindo as recidivas e a redução gradual de corticosteroides. Através da investigação, do desenvolvimento de novas terapêuticas, da educação para a saúde e do apoio aos doentes, é essencial trabalhar em conjunto para um futuro onde o lúpus deixe de ser um obstáculo à qualidade de vida.

 
Proctologia
O Quisto Pilonidal é uma doença bastante comum, especialmente em jovens.

Geralmente, este problema está relacionado com características congénitas e com as mudanças hormonais da puberdade, levando ao crescimento de pêlos abaixo da pele da região. O quisto pilonidal ocorre, na maior parte das vezes, em homens com idades entre 15 e 30 anos. Nas mulheres corresponde apenas a 20% dos casos.

Os principais fatores de risco para desenvolvimento deste problema são: excesso de pêlos na região entre os glúteos; ovário poliquístico; obesidade; ausência de prática de atividade física e atividade de trabalho em posição sentada por muitas horas.

Sintomas do Quisto Pilonidal

Normalmente os primeiros sintomas do quisto pilonidal envolvem a formação de um abcesso, com bastante inchaço e dor. A região torna-se muito sensível ao contacto. Movimentos simples, como sentar, podem causar grande sofrimento. O quadro inflamatório agudo pode causar febre e, durante as crises, pode ser necessária a drenagem de pus. Este procedimento deve ser realizado de forma urgente, mas trata-se de uma solução paliativa. O uso de antibióticos pode ser indicado para controlar o processo, mas também não resolve o problema. Na fase crónica, os orifícios do quisto pilonidal podem eliminar secreção de forma persistente e necessitam de um tratamento cirúrgico definitivo.

Tratamento Cirúrgico

Até há poucos anos a única forma efetiva de tratar o quisto pilonidal era através da remoção cirúrgica convencional. No entanto, esta técnica exige um pós-operatório longo e trabalhoso. Nele, os pacientes devem realizar diariamente, por aproximadamente 60 dias, curativos profundos, com profissionais de enfermagem, para evitar o reaparecimento do problema. A cirurgia a laser para remoção do quisto pilonidal costuma durar cerca de 30 minutos e o paciente volta para casa no mesmo dia. O procedimento é realizado através de uma fibra (cateter) inserido dentro das aberturas do quisto. É feita uma limpeza minuciosa do local, com remoção de pêlos e tecidos. Em seguida, com a fibra laser de raio circular são realizados os disparos de forma intermitente até cauterizar toda a parte interna das suas paredes, até à obliteração do seu interior. Sabemos inclusive, que o efeito de fechar e cicatrização do laser pode persistir por mais de 3 a 6 meses após o procedimento realizado.

Vantagens da técnica laser

Para além de ser um procedimento mais rápido e seguro, a recuperação pós-operatória é muito mais rápida e com um desconforto mínimo. Isto ocorre porque as feridas externas são muito pequenas. Muitos estudos já avaliaram a eficácia do método e principalmente a hipótese de o problema aparecer novamente. Num recente estudo de revisão sistemática do assunto, ficou demostrado que as hipóteses são semelhantes à técnica tradicional e inclusive alguns trabalhos demonstram superioridade para o laser. As complicações pós-operatórias como infeções e sangramento são muito menores como laser.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
10 mil euros para o projeto vencedor
A MSD Portugal anuncia a prorrogação do prazo de candidaturas à 6.ª edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde até 19 de...

A revisão da data-limite para a submissão de candidaturas permite que as equipas de profissionais de saúde, que representem instituições de prestação de cuidados de saúde ou de instituições científicas, públicas ou privadas, sem fins lucrativos, tenham mais uma oportunidade para se candidatar ao Prémio, através do site, caso ainda não o tenham feito.

Ao projeto vencedor será atribuído um prémio no valor de 10 000€ e está também prevista a atribuição de duas menções honrosas, com o valor de 1 500€ cada. Como critérios de avaliação e seleção dos protocolos constam o objetivo e a metodologia, a inovação, a exequibilidade, a aplicabilidade e/ou o impacto estimado na população alvo.

A Comissão de Avaliação é constituída por reconhecidos especialistas, nomeadamente, a Professora Doutora Catarina Resende de Oliveira, o Professor Doutor Daniel Pinto, a Professora Doutora Emília Monteiro, o Professor Doutor Firmino Machado, o Professor Doutor Manuel Abecasis, a Professora Doutora Mariana Monteiro e o Professor Doutor Nuno Sousa.

Desde que foi lançado, o Prémio MSD de Investigação em Saúde já analisou cerca de 350 candidaturas submetidas por equipas e instituições científicas de todo o país.

Para consultar o regulamento do Prémio e a ficha de candidatura, visite o site.

 

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