O ‘Carangas’ assinala o centenário do Instituto Português de Oncologia de Lisboa
O ‘Carangas’ é o nome da nova mascote do centenário do IPO Lisboa e já está disponível na loja online e na secção de brinquedos...

Mais do que um artigo lúdico para os mais jovens – e para todos os amantes de peluches –, o novo ‘Carangas’ tem um cariz solidário, com a totalidade das receitas a reverter a favor do Serviço de Pediatria do IPO. O peluche está à venda por 7,99€ e pode ser encontrado junto aos terminais de pagamento e na loja online.

Marta Stilwell, mãe de uma menina acompanhada na Pediatria do IPO, é a ‘embaixadora’ deste peluche.

“Quando uma criança entra no IPO Lisboa, vai com toda a sua família e, enquanto cuidadores, tudo o que pedimos é que as nossas crianças estejam felizes e alegres. E nada melhor do que um peluche para representar esse lado lúdico e de brincadeira, que vai ocupar grande parte da sua estadia naquela que passa a ser uma segunda casa nesta jornada”, salientou Marta Stilwell. “Espero que o ‘Carangas’, ao chegar a casa de outras famílias, ajude na sensibilização para o cancro pediátrico em Portugal”, frisou, ainda.

El Corte Inglés e IPO Lisboa parceiros em centenário do hospital

“Esta mascote do IPO Lisboa foi idealizada no âmbito do centenário do IPO Lisboa e achámos que a carga associada a esta doença precisava de um contraponto lúdico. A ideia deste peluche é desmistificar e quebrar o estigma, criando algo divertido, positivo e alegre que passe uma mensagem de esperança”, destacou Eva Falcão, Presidente do IPO Lisboa.

Além da venda solidária da mascote ‘Carangas’, o El Corte Inglés tem sido parceiro das celebrações dos 100 anos do IPO Lisboa, instituição de referência no tratamento, ensino e investigação da doença oncológica. Das iniciativas conjuntas já realizadas, destaque para a Corrida São Silvestre El Corte Inglés, que se traduziu numa doação de 8.000 euros entregue ao hospital no mês em que celebrou 100 anos. A venda das Etiquetas de Natal do IPO Lisboa, igualmente numa vertente solidária, e do livro infantojuvenil ‘Quem te Avisa teu Amigo é’, coedição do IPO e da INCM com autoria de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, e que está disponível na livraria do El Corte Ingls, reforça esta parceria.

Já Vasco Marques Pinto, da Responsabilidade Social Corporativa & Sustentabilidade do El Corte Inglés, destacou a importância das vendas na loja online. “Vai ajudar a levar a mascote solidária a mais lares e crianças. É para nós uma honra estarmos associados às comemorações do centenário do IPO Lisboa, colaborando com estas iniciativas”, concluiu.

 
Maio, o Mês do Coração
O coração é composto, na sua maioria, por músculo, que, ao contrair as suas paredes, faz com que o s

Ao zelarmos pela saúde do coração estamos a preservar todos os restantes órgãos do corpo. Isto é, caso o coração deixe de funcionar normalmente, todos os órgãos serão afetados, deixando de receber a quantidade de sangue necessária.

A doença coronária aterosclerótica, que pode manifestar-se através do enfarte agudo do miocárdio, é uma das principais causas de morte em todo o mundo. O enfarte ocorre quando o fluxo de sangue, para uma parte do coração, é bloqueado por um período prolongado, geralmente devido a um coágulo sanguíneo. Isto pode causar danos permanentes ao músculo cardíaco, comprometendo a capacidade do coração de bombear sangue eficientemente.

Além do stress e da ansiedade, o tabaco, o colesterol elevado, a diabetes, a hipertensão arterial, o sedentarismo e o excesso de peso, são fatores que provocam o desgaste do coração e representam fatores de risco para doenças cardíacas. Para minimizar estes riscos, é crucial adotar hábitos de vida saudáveis, como seguir uma alimentação equilibrada rica em fibras, vegetais e proteínas magras, além de evitar açúcar, sal e gorduras saturadas; não fumar e controlar o stress através de técnicas de relaxamento, como a meditação.

Em caso de suspeita de enfarte, deve reconhecer os sintomas rapidamente. Os sinais mais comuns incluem dor ou desconforto no peito, que pode irradiar para os ombros, braços, costas, pescoço ou mandíbula. Outros sintomas podem incluir falta de ar, suores, náuseas ou desmaio. É primordial agir com rapidez, contactando os serviços de emergência. O tratamento precoce é vital para minimizar os danos e sequelas. O tratamento de eleição para o enfarte agudo do miocárdio é a angioplastia primária, que consiste na desobstrução das artérias bloqueadas, podendo incluir a administração de medicamentos para dissolver coágulos, e, na grande maioria dos casos, é complementada com a implantação de stents para manter as artérias abertas.

Após um enfarte, o comportamento e os cuidados pós-enfarte são cruciais para a recuperação e prevenção de futuros problemas cardíacos. A reabilitação cardíaca é uma componente essencial deste processo. Além disso, a adesão e cumprimento do regime de medicamentos prescritos pelo médico é fundamental, pois estes medicamentos podem incluir anticoagulantes, betabloqueadores, inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) e estatinas, que ajudam a controlar a pressão arterial, os níveis de colesterol e prevenir a formação de novos coágulos.

Para promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas, bem como alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a promover, em Portugal, a campanha Cada Segundo Conta, integrada na iniciativa Stent Save a Life.

Para mais informações sobre esta campanha, consulte www.cadasegundoconta.pt

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Curso pioneiro decorre em regime e-learning e hands-on
É já no dia 1 de junho que arranca o novo ‘Programa de Fellowship em Medicina do Sono CUF’, um curso pioneiro em regime e...

Esta formação personalizada inclui três componentes fundamentais:

  • Formação Teórica Online: O programa oferece aulas gravadas e disponibilizadas online, seguidas por uma avaliação que permitirá aos formandos obter uma certificação dos conhecimentos adquiridos;
  • Formação Prática em Ambiente Clínico: Os participantes terão a oportunidade de realizar observação clínica em consulta multidisciplinar e laboratorial;
  • Investigação Científica em Medicina do Sono: Nesta componente do programa, os formandos vão desenvolver competências de investigação em medicina do sono, incluindo a realização de trabalho científico.

O ‘Programa de Fellowship em Medicina do Sono CUF’ é destinado a profissionais de saúde de todas as áreas de atuação com particular interesse em adquirir conhecimentos na área do sono, independentemente da sua categoria profissional (médicos, técnicos, psicólogos, nutricionistas, entre outros), especialidade ou nível de senioridade.

A duração do programa pode variar entre um mês e um ano, dependendo das necessidades formativas de cada formando. A organização do programa está a cargo de Ana Santa Clara, Carla Amaro, Dulce Neutel e Susana Sousa, especialistas reconhecidas em Medicina do Sono.

Mais informações ou inscrições: https://academiacuf.up.events/activities/view/10724.

 
Evento organizado pela Run Porto em parceria com o Alameda Shop & Spot
O Alameda Shop&Spot, centro comercial gerido e comercializado pela CBRE, fez parte de mais uma edição da Corrida da Mulher...

Tal como em anos anteriores, as participantes caminharam em prol de uma causa solidária, conseguindo angariar um donativo no valor total de 21.435 euros que foi entregue, no final da corrida, ao IPO do Porto. 

Mais de 21 mil mulheres voltaram a animar, nesse domingo, a Alameda das Antas. Uniram-se, em mais uma edição, na luta contra esta doença tão presente na vida de muitas mulheres portuguesas – o cancro da mama. O tiro de partida desta corrida ou caminhada solidária deu-se às 10h00, pelos padrinhos, o apresentador Jorge Gabriel, e a atleta olímpica Fernando Ribeiro.

“Para o Alameda Shop & Spot é uma honra fazer parte deste projeto tão nobre. Imaginamos o quão difícil seja o momento do diagnóstico e todo o processo inerente aquando da confirmação desta doença que, infelizmente, assola tantas mulheres no nosso país. A Corrida da Mulher é uma prova que se revela uma ode à mulher e por isso só podia ser algo inteiramente dedicada a ela e da qual nos orgulha muito fazer parte. Saber que um donativo destes é entregue a uma instituição como o IPO Porto deixa-nos muito orgulhos e cientes de que estamos no caminho certo no que toca ao apoio prestado à nossa comunidade e a toda a gente que poderá vir a precisar destes cuidados” salienta Pedro Assunção, Diretor do Alameda Shop&Spot.

O Alameda Shop&Spot preparou ainda a playlist “Motivação a cada Batida”, que como o próprio nome indica, ajudou a tornar esta manhã de convívio ainda mais animada. Esta playlist, continua disponível no Spotify, para que possa ser utilizada como companheira nos treinos, nas caminhadas ou até quando vai às compras ao Alameda Shop & Spot. É só guardar como favorita na sua biblioteca e poderá ouvir quando e como entender.  

No primeiro ano serão disponibilizadas 40 vagas
O Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) aprovou a proposta da Universidade...

Esta proposta envolve ensino na UA e orientação tutorial clínica em três Unidades Locais de Saúde (ULS): ULS Região de Aveiro, ULS Entre-Douro-e-Vouga e ULS Gaia/Espinho, no âmbito do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance.

O relatório da Comissão de Avaliação Externa (CAE) afirma que "a missão, a visão e os objetivos do Mestrado Integrado em Medicina estão claramente definidos e assentam num programa moderno estruturado em torno de um currículo em espiral centrado no aluno".

Mantém, também, que "o programa está alinhado com os resultados de aprendizagem pretendidos e é adequado à aquisição de competências exigidas para um médico".

A CAE considera ainda que "a lista de tutores (já comprometidos) nos estágios de orientação tutorial clínica é impressionante".

Quanto à investigação, a CAE considera que "o programa é apoiado pela evidência de múltiplos projetos e atividades de investigação ativa (nacionais e internacionais) em curso nas áreas das ciências médicas e clínicas na UA e no Centro Académico Clínico".

Finalmente, a CAE considera também que "as infraestruturas físicas e os equipamentos disponíveis na UA são adequados para suportar as unidades curriculares". 

Portugal e Espanha são países onde a emissão de gases de efeito estufa está acima da média europeia
O Projeto Green Hospitals, um Projeto de Cooperação Transfronteiriça entre Espanha e Portugal, foi apresentado no passado dia...

Desenvolvido no âmbito do POCTEP 2021-2027 (Programa de Cooperação Transfronteiriça entre Espanha e Portugal), o projeto Green Hospitals está alinhado com as políticas ambientais e de sustentabilidade e visa aumentar os níveis de eficiência energética e reduzir os consumos de energia primária e consequente emissão de gases de efeito estufa do setor da Saúde ibérico.

Na sessão de abertura Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, e Xavier Barreto, Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), reforçaram que Portugal e Espanha continuam a ser países onde a emissão dos gases de efeito estufa está acima da média europeia, no âmbito do setor da saúde.

Por este motivo, Xavier Barreto sublinhou a importância da criação de uma rede de hospitais que promovam o diagnóstico, a partilha e a implementação de melhores soluções para a eficiência energética. “É absolutamente fundamental que os hospitais no futuro sejam mais eficientes em termos energéticos e que, de alguma forma, reduzam o seu impacto no ambiente. É sabido que a indústria da saúde é uma das que tem maior impacto no ambiente e que mais contribui para o aquecimento global e alterações climáticas”, explicou o presidente da APAH.

“Este projeto vai ajudar-nos a direcionar melhor e a priorizar o desenvolvimento de atividades que vão permitir reduzir a nossa pegada carbónica, a fim de sermos uma organização mais sustentável do ponto de vista ambiental”, referiu Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra.

Luís Campos, Presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente, destacou a necessidade de existir uma voz comum às organizações, no que diz respeito à ligação entre a saúde e o ambiente. “O Conselho Português para a Saúde e Ambiente defende que o setor da saúde deve começar a pensar em reduzir a sua pegada ecológica. Todos sabemos que as alterações climáticas e a degradação ambiental estão a evoluir da forma mais pessimista e isso tem impacto na saúde das pessoas. Neste momento, 1 em cada 4 pessoas morre devido a fatores ambientais”, alertou.

Para o desenvolvimento do projeto foi constituído um consórcio que envolve cinco entidades portuguesas, designadamente a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a ULS de Coimbra, a ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro, a ULS do Algarve, a Rede Nacional de Agências de Energia (RNAE) e duas entidades espanholas, entre as quais o Servicio Gallego de Salud (SERGAS) e a Agência de Energia do Governo Regional da Comunidade Autónoma de Castilla y León (EREN).

Numa primeira fase do projeto, cada uma das entidades envolvidas fará o seu diagnóstico individual de forma a permitir um apuramento das condições atuais de todos os envolvidos. Numa segunda fase, está prevista a implementação em hospitais ibéricos de medidas e tecnologias inovadoras que permitam alcançar níveis elevados de eficiência energética e contribuir assim para a diminuição do uso de energia e consequente emissão de gases de efeito de estufa do setor da saúde ibérico.

 
Quais os riscos?
As doenças da tiroide são relativamente frequentes na população em geral, afetando, particularmente,

A gravidez está associada a alterações, quase sempre normais e reversíveis, quer do doseamento de hormonas tiroideias, quer das dimensões da glândula. Estima-se, aliás, que esta esteja aumentada em 10 a 30% das mulheres grávidas, sem que seja comprometida a sua função. No entanto, em certos casos podem surgir alterações ao seu funcionamento.

“O hipotiroidismo (défice na produção de hormonas tiroideias) é a disfunção mais frequentemente encontrada na população em geral, e também na gravidez. A causa mais frequente de hipotiroidismo nesta idade é a inflamação crónica da tiroide, de etiologia autoimune – a tiroidite crónica autoimune (ou linfocítica ou de Hashimoto), na qual se desenvolvem anticorpos contra o tecido tiroideu e conduzem à sua destruição progressiva, limitando a sua capacidade de produção das hormonas tiroideias”, começa por explicar Helena Alves, especialista em Endocrinologia. Por outro lado, acrescenta a médica, os níveis baixos de iodo podem originar na mulher grávida aquilo a que se chama hipotiroidismo subclínico – uma forma mais ligeira da doença -, daí que seja tão importante recorrer à suplementação desde o início da gravidez.

Segundo a especialista, as mulheres grávidas podem não notar os sintomas clássicos da doença, porque muitos destes sintomas aparecem associados também à gravidez normal. São eles: “aumento de peso, falta de forças, cansaço, obstipação”, e, em alguns casos, aumento do volume da glândula tiroideia, conhecido por bócio.

Embora ocorra com menos frequência – em menos de 1% de todas as gestações –, o hipertiroidismo é outra das disfunções da tiroide que podem afetar a mulher grávida. De acordo com Helena Alves, “se (o hipertiroidismo) existir previamente à gravidez e se for severo, conduz a abortamento precoce (no primeiro trimestre de gestação)”. Contudo, e embora a gravidez possa “causar sintomas similares aos do hipertiroidismo”, “se a grávida experienciar sintomas como palpitações, perda de peso ou vómitos persistentes, deve contactar o seu médico assistente, alerta a especialista.

Por que é tão importante a avaliação da função da tiroide na grávida?

“A avaliação da função da tiroide na grávida (sem alteração da função da tiroide conhecida antes da gravidez) deverá ser realizada assim que houver confirmação da gravidez (durante o primeiro trimestre)”, chama a atenção a endocrinologista, uma vez que, quando não tratada, qualquer disfunção pode ser prejudicial tanto para a mãe, como para o bebé.

“O hipotiroidismo se não estiver devidamente controlado, conduz geralmente a infertilidade ou dificuldade em engravidar. A presença de anticorpos anti-tiroideus (tiroidite crónica autoimune), por si só, aumenta o risco de aborto precoce”, começa por explicar Helena Alves.

A verdade é que, os níveis adequados de hormonas da tiroide são fundamentais para que a gravidez se desenvolva de forma normal, sobretudo para que ocorra o desenvolvimento fetal adequado, em especial ao nível do desenvolvimento neurológico do feto.

De acordo com a especialista, “vários estudos mostram que filhos cujas mães apresentaram hipotiroidismo não compensado durante a gravidez podem ter, mais tarde, dificuldades de aprendizagem, e ainda que, o hipotiroidismo severo materno pode conduzir a défices cognitivos graves nas crianças”.

Por outro lado, o hipotiroidismo pode ainda conduzir a hipertensão arterial na mãe, “pode levar a alterações no volume de líquido amniótico e a placenta abrupta (deslocamento prematuro de placenta)”. Existe ainda evidência de maior incidência de malformações fetais, nomeadamente fissura anal, comunicação intra-auricular (canal entre as duas aurículas do coração do feto), palato pequeno, polidactilia (dedos dos pés e/ou das mãos a mais) e atrésia biliar (falta de desenvolvimento dos canais biliares).

Quanto ao hipertiroidismo, como já foi referido, este “associa-se a aumento da incidência de abortamento”, e ainda à prematuridade e baixo peso ao nascer, pré-eclâmpsia, insuficiência cardíaca materna e morte fetal intrauterina.

“O tratamento do hipotiroidismo consiste na toma diária da hormona levotiroxina (T4), uma vez por dia, em jejum, dado que os alimentos, alguns medicamentos e suplementos interferem com a sua absorção” e não tem qualquer contraindicação durante a gravidez.

No caso do hipertiroidismo, o tratamento com iodo radioativo está absolutamente contraindicado durante a gravidez e “as cirurgias eletivas da tiroide (por exemplo, por nódulos), deverão ser adiadas para depois do parto”.

De entre as mulheres que apresentam maior predisposição para o desenvolvimento destas disfunções, durante a gravidez, estão “as mulheres com hipotiroidismo previamente conhecido e as mulheres com tiroidite crónica autoimune”.

“Se a mulher já tem doença tiroideia conhecida, a função da tiroide deverá estar controlada antes de planear a conceção. Deverá ser feito o doseamento das hormonas da tiroide (TSH, T4 livre) no sangue, em análises antes da conceção, para assegurar que estas se encontram nos níveis adequados para uma gravidez”, reforça a especialista em endocrinologia, sublinhando que “tendo em conta que os valores de referência para as hormonas tiroideias durante a gravidez são diferentes daqueles para a população em geral, as mulheres grávidas com disfunção tiroideia (estas) devem ser acompanhadas por um médico especialista”.

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Unidade avança com campanha para normalizar os cuidados de saúde mental em Portugal
Seis meses após a aquisição do Hospital Monsanto, fundado em 1962, o Grupo Lusíadas Saúde apresenta um projeto clínico inovador...

Posicionando-se como um Centro de Bem-Estar e Saúde Mental pioneiro, dedicado à prevenção, avaliação, tratamento e acompanhamento, o Hospital Lusíadas Monsanto lança uma campanha nacional para normalizar os cuidados de saúde mental e reduzir o estigma associado às patologias mentais.

Após um semestre de reestruturação da oferta clínica e com uma equipa multidisciplinar composta agora por 120 profissionais de saúde, a unidade está a priorizar, nesta fase, a intervenção em Doença Mental, Adições, Depressão e Burnout, em resposta à crescente necessidade de intervenção nessas áreas em Portugal. O Hospital disponibilizará à população portuguesa iniciativas que antes eram restritas ao regime de internamento, tais como sessões de prevenção ativa do Burnout, aulas de Yoga, sessões de Mindfulness, entre outras.

Além das consultas de especialidade em Psicologia, Psiquiatria, Pedopsiquiatria, Neuropsicologia, Neurologia e Nutrição Clínica, a unidade oferece tratamento em regime de ambulatório ou nas duas unidades de internamento. Uma dessas unidades é dedicada à patologia psiquiátrica aguda e a outra ao tratamento da doença psiquiátrica crónica, totalizando 34 quartos (individuais ou duplos) e 66 camas, com garantia de segurança e conforto.

Para materializar este projeto inovador em Portugal, a infraestrutura do Hospital Lusíadas Monsanto será significativamente remodelada, transformando o edifício numa parte ativa do ambiente terapêutico. Em linha com os mais elevados padrões internacionais, a relação entre especialistas e clientes evoluirá para um novo patamar, oferecendo um ambiente de cura completo e acolhedor.

No âmbito deste projeto, o Hospital Lusíadas Monsanto lança uma campanha de sensibilização para mostrar que "Cuidar da saúde mental é normal. E merece dedicação total". Num paralelismo com as doenças físicas – “Ninguém escolhe ter diabetes. Nem ter uma depressão” –, o claim da campanha visa reduzir o estigma associado às doenças de saúde mental, que são na sua maioria desvalorizadas e ainda rotuladas.

“Em 2023, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e o Observatório Europeu de Sistemas e Políticas de Saúde destacaram que a prevalência de transtornos mentais em Portugal estava entre as mais elevadas da União Europeia – cerca de 22% da população, ou seja, 2,25 milhões de portugueses. Estamos comprometidos em contribuir ativamente para a redução desta prevalência e garantir aos portugueses uma resposta adequada à natureza do seu problema para que possam ter uma vida mais saudável, em que o corpo e a mente estejam em total sintonia e equilíbrio,” afirma Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas Saúde.

A par com o desenho de um projeto clínico pioneiro e o lançamento da campanha, a Lusíadas Saúde lançou esta semana um Programa de Bem-Estar para os seus Profissionais e convidou os seus líderes – mais de 100 de norte a sul do País – a assinarem o seu compromisso com a normalização a Saúde Mental.

 
7,4% da população adulta sofre destes distúrbios
Quando não estamos bem, quando há sintomas que persistem sem que se consiga perceber porquê, a nossa saúde mais parece um...

É para dar um nome a estes problemas que a Merck, em conjunto com a SPEDM e a Associação das Doenças da Tiroide, realiza um rastreio para ajudar a encontrar a peça em falta no puzzle da saúde. No dia 27 de maio, entre as 10h e as 17h00, o CascaiShopping recebe uma ação de rastreios onde, além do teste TSH que permite identificar pessoas em risco de hipotiroidismo, se pretende partilhar informação sobre os sinais e sintomas desta doença, para aumentar a sensibilização e a literacia em saúde.

De entre os distúrbios da tiroide mais frequentes, o destaque vai para o hipotiroidismo, “uma das doenças endocrinológicas mais comuns, que é mais prevalente em caucasianos e mulheres (5 a 8 vezes mais do que em homens)” e que se manifesta através de um conjunto de sintomas que se podem confundir com os de outras doenças. “Podemos referir a intolerância ao frio, redução da sudorese, cansaço, letargia, sonolência, anorexia, mialgias ou dores musculares, dores articulares; depressão, perturbação mnésica ou alterações da memória, obstipação, visão turva, diminuição do número de ciclos menstruais anuais ou até ausência de fluxo menstrual, síndrome do túnel cárpico, perda capilar (no couro cabeludo, axilar, púbico)”, explica Paula Freitas.

Pelo que, acrescenta, “obviamente é recomendado que em qualquer pessoa com sintomas compatíveis com doença tiroideia, mesmo que algo inespecíficos, seja efetuada uma avaliação laboratorial”. Ou seja, a consulta a um médico é essencial na presença destes e de outros sintomas, que podem traduzir a existência de hipotiroidismo, hipertiroidismo, nódulos na tiroide ou qualquer outra disfunção nesta glândula, para que possa ter início o tratamento. Até porque, refere a especialista, “o não diagnóstico significa que as pessoas com a doença e com critérios para tratamento não estão a ser tratadas. A disfunção tiroideia pode ter impacto em todos os órgãos e sistemas do organismo, e o não tratamento tem obviamente impacto na «quantidade» e qualidade de vida. Dado que cerca de 4 a 6,5% dos nódulos da tiroide podem ser malignos, o não tratamento também poderá impactar na quantidade e qualidade de vida das pessoas, sobretudo naqueles com tumores de maior risco”.

 
Coolsculpting pode reduzir até 50% de gordura localizada
A redução de gordura localizada tem sido uma busca incessante para muitos que desejam melhorar sua a

Enquanto a lipoaspiração tradicional tem sido uma opção eficaz, muitos procuram alternativas menos invasivas. É aqui que entra o Coolsculpting, também conhecido como “Lipoaspiração Não Invasiva”, um procedimento inovador, desenvolvido por cientistas da Harvard Medical School, que promete a redução de vários centímetros de gordura, sem a necessidade de cirurgia.

 

Mas afinal, o que é Coolsculpting e como funciona? 

Este tratamento inovador tem por base a criolipólise, que congela e destrói as células de gordura, permitindo que o corpo as elimine naturalmente ao longo das semanas seguintes ao tratamento. O resultado? Uma redução visível de volume e contornos mais definidos, sem a necessidade de uma cirurgia invasiva.

Esta técnica foi inicialmente desenvolvida a partir de observações de que as células de gordura são mais suscetíveis ao frio do que outros tecidos circundantes. Assim, a aplicação de temperaturas muito baixas de forma controlada, em áreas específicas do corpo, pode danificar seletivamente as células de gordura, levando-as a serem eliminadas gradualmente pelo organismo.

Quais as grandes vantagens do Coolsculpting face a outros tratamentos para redução de gordura localizada?

Uma das principais vantagens do Coolsculpting é a sua eficácia comprovada na redução de gordura localizada, com resultados visíveis após apenas 1 sessão na maioria dos casos. Isso contrasta com outros métodos que, na maior parte das vezes, requerem múltiplos tratamentos para alcançar resultados semelhantes.

Outra das grandes vantagens do Coolsculpting é que as células de gordura são definitivamente eliminadas e não voltam a desenvolver-se novas na zona de tratamento. 

Além disso, o procedimento é não invasivo e indolor, não deixando quaisquer cicatrizes na área tratada.

Quando começará a ver os resultados?

Embora seja possível notar a redução de volume nas semanas seguintes ao tratamento, o resultado final geralmente manifesta-se entre 3 a 4 meses após a sessão. Este período permite que o corpo elimine completamente as células de gordura tratadas, revelando assim os contornos mais definidos.

Conheça mais casos em Coolsculpting Antes e Depois.

Que profissional realiza o tratamento na Living Clinic?

Este tratamento é realizado pela especialista Diana Vieira, coordenadora dos procedimentos não invasivos da Living Clinic. A Diana dedicou os seus últimos anos exclusivamente ao Coolsculpting, tendo recebido o título Allergan Certified Specialist.  É hoje uma das especialistas portuguesas com mais experiência nesta área.

O tratamento é seguro?

O Coolsculpting, cuja marca é detida pelo laboratório Allergan, na Califórnia, foi o único tratamento de criolipólise aprovado pela FDA nos Estados Unidos e já contou, mundialmente, com cerca de oito milhões de tratamentos. A percentagem de complicações provocadas por este equipamento estima-se em 0,027%, o que representa um risco incomparavelmente inferior aos equipamentos mais vulgares de criolipólise.

O tratamento tem apenas algumas contraindicações, que poderão ser consultadas na página de Coolsculpting da Living Clinic.

Sobre a Living Clinic

A Living Clinic é uma clínica de cirurgia plástica e medicina estética no Porto, que faz parte do grupo Eurico de Almeida Saúde, um grupo de raiz familiar com mais de 50 anos de existência. Com soluções de vanguarda, a Living Clinic alia procedimentos cirúrgicos com tratamentos não invasivos para oferecer sempre os melhores resultados, com a maior segurança.

 

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Podcast vai desvendar mistérios e esclarecer dúvidas sobre os cancros de sangue
A luta contra as doenças hematológicas tem agora um novo aliado com o lançamento do novo podcast ‘O Sangue que há em nós’ da...

“Os três primeiros episódios, já disponíveis, marcam o início deste novo e ambicioso projeto da APCL. Com esta iniciativa pretendemos aumentar o conhecimento sobre as doenças hematológicas e criar empatia e compreensão perante as condições desafiadoras enfrentadas por doentes, familiares e cuidadores”, refere Manuel Abecasis, Presidente da APCL.

Com uma duração média de 20 minutos, cada episódio conta com uma entrevista conduzida pela jornalista Teresa Bizarro. Os episódios vão abordar diversos ângulos dos cancros de sangue, para oferecer uma visão abrangente e esclarecedora sobre as condições complexas inerentes. Os três primeiros episódios já estão disponíveis no Spotify, iTunes, Google Podcasts, assim como no website e canal de YouTube da APCL. Com um novo episódio programado para ser lançado todas as quartas-feiras, o podcast ‘O Sangue que há em nós’ vai contar com um total de 32 episódios.

Este podcast representa um passo importante na jornada para uma melhor compreensão e apoio para aqueles afetados por doenças do sangue. A APCL espera que este podcast não só contribua para a literacia da população, mas também inspire a comunidade a juntar-se à luta contra estas condições desafiadoras.

 
Joana Marques, enfermeira especialista em Saúde Infantil e Pediatria, deixa o alerta
Estima-se que cerca de 40% dos pais reportem problemas de sono no primeiro ano de vida da criança. É perante esta realidade que...

“Sabe-se que, em Portugal, a maior parte das crianças não consegue completar o tempo de sono recomendado para a sua idade. Os problemas de sono iniciados na infância e, muitas vezes arrastados até à idade adulta, são já considerados um problema de Saúde Pública, influenciando não só a saúde física, como a mental”, refere Joana Marques.

Na opinião da especialista, existem três principais fatores que demonstram a realidade de o sono ainda ser considerado “um parente pobre da Saúde”:

Em primeiro lugar, “a inexistência de cursos de preparação para a parentalidade que abordem o tema do sono do bebé - e os que abordam, pouco aprofundam o que realmente é importante saber sobre o que é esperado nos primeiros meses de vida e as estratégias a adotar para promover um bom sono”.

Outro aspeto relevante apontado por Joana Marques é a falta de formação sobre este tema dos profissionais de saúde e de educação que acompanham as crianças (como médicos, enfermeiros, professores e educadores de infância). “Quando verificamos os conteúdos dos cursos base destes profissionais é preocupante perceber que são lançados no mercado de trabalho com pouco ou nenhum conhecimento sobre sono infantil. Como conseguem estes profissionais ajudar e orientar os pais para bons hábitos de sono desde os primeiros meses de vida quando não têm formação nessa área?”, questiona a especialista.

Por último, a existência de “uma negligência clara face às necessidades das crianças nas escolas no que se refere ao sono”. Para a enfermeira, existe uma “contradição entre a Saúde e a Educação nas escolas. Se, por um lado, se exige cada vez mais das crianças e cada vez mais cedo - não só em termos no desempenho escolar, como desportivo - por outro lado, a ciência é clara quando informa que uma criança que não dorme bem, não está (tão) disponível para a aprendizagem, tem menos atenção, compromisso da memória e do sistema imunitário (favorecendo o aparecimento de doenças). Qualquer mãe ou pai conhece o quadro de um filho que ‘saltou’ uma sesta, agora pensemos qual a disponibilidade para a aprendizagem ou brincadeira que uma criança de três ou quatro anos tem no período da tarde, se precisa de fazer a sesta e não a faz?!” Perante esta realidade, Joana Marques considera que “o Ministério da Educação (ainda) não sabe o impacto da privação de sono na saúde e aprendizagem, pois acredito que no dia em que essa informação lhes chegar, vão querer o melhor para as nossas crianças - e o melhor é promover a cultura do sono nas nossas escolas, algo que, que neste momento, não existe!”

Para a enfermeira, é fundamental que se adotem estratégias promotoras e protetoras do sono desde os primeiros meses de vida, sendo este um indicador de saúde e de qualidade de vida. “As estratégias existem e é importante falar sobre elas com os pais e com a população em geral. Considero que a prevenção é a chave para um sono saudável e para uma família física e emocionalmente equilibrada. Não tenho dúvidas de que quando o sono for visto como saúde e não como uma doença ou problema a Sociedade muda”.

 
+Longevidade recomenda a inclusão de mais vacinas para adultos no PNV
A despesa com doenças que podem ser prevenidas através da vacinação na idade adulta ascendem a centenas de milhões de euros em...

Desenvolvida pelos investigadores Henrique Vasconcelos e José Miguel Diniz com o apoio de Julian Perelman, a análise teve como objetivo quantificar o impacto económico para o sistema de saúde e para a sociedade decorrentes de infeção, em idade adulta, provocadas por um conjunto de doenças para as quais existem vacinas disponíveis. Na falta de evidência recente para o contexto nacional, foi feita uma estimativa baseada na extrapolação direta dos custos quantificados em vários países da UE (Itália, França, Bélgica, Espanha), assumindo uma proporcionalidade da despesa em saúde. Nesta simulação, estima-se que em Portugal sejam gastos mais de 245 milhões de euros com custos de hospitalização, ambulatório e perdas de produtividade associados à gripe, ao herpes zoster, ao vírus sincicial respiratório (VSR), à doença pneumocócica e ao vírus do papiloma humano (HPV). Todas estas, juntamente com a COVID-19, têm em comum o facto de serem doenças preveníveis por vacinação na idade adulta.

No entanto, existem doenças que ainda não têm qualquer resposta ao nível do Programa Nacional de Vacinação (PNV), como é o caso do Vírus Sincicial Respiratório, da Doença Pneumocócica e do Herpes Zoster que representam mais de 55 milhões de euros para o país.

Perante os dados apresentados, e tendo em consideração as perspetivas de evolução demográfica (uma população mais envelhecida) e epidemiológica (uma sociedade mais globalizada, com menos barreiras de circulação, mas também com crescente prevalência de doenças crónicas) em Portugal, os especialistas que compõem o think tank +Longevidade reconhecem a necessidade de melhorar a resposta preventiva destas doenças, através de uma atualização do PNV para incluir mais vacinas dirigidas a adultos e reforçar a narrativa de sensibilização dirigida especificamente a este grupo populacional.

Atualmente, o Programa Nacional de Vacinação tem 12 vacinas, das quais 11 são dirigidas a crianças e apenas 3 – COVID-19, tétano e difteria (Td), e tétano, difteria e tosse convulsa (Tdpa) – são destinadas à população adulta. Uma realidade que, de acordo com Francisco George, presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública e chairman do projeto +Longevidade, “contrasta com países em muito semelhantes ao nosso, como França e Espanha, onde existe uma estratégia clara para a vacinação do adulto”. É fundamental por isso, acrescenta, “reconhecermos que o contexto de envelhecimento crescente em Portugal traz consigo um maior risco de perda de anos de vida saudáveis, que pode e dever ser combatido com o reforço do calendário de vacinação no adulto, através da inclusão de outras soluções vacinais capazes de reduzir o impacto destas patologias na saúde da população e na resposta e disponibilidade do sistema de saúde”.

Luís Filipe Pereira, Economista, ex-Ministro da Saúde e um dos especialistas que integra este think tank, refere que “A iniciativa +Longevidade é muito importante, porque a vacinação no adulto pode prevenir várias doenças num país que tende a ser cada vez mais envelhecido – atualmente o quarto mais envelhecido em todo o mundo, e com tendência para agravar-se. É importante que haja esta percepção pública e que se defina um calendário de vacinação para a população adulta, que deve passar primeiro por uma decisão técnica e depois para uma decisão política. Prevenir será sempre mais importante do que tratar e, neste campo, a vacinação cumpre um papel muito importante”.

O Projeto +Longevidade é um think thank dedicado à vacinação no adulto, que visa refletir sobre o papel reforçado que as vacinas podem desempenhar enquanto vetor de promoção da saúde ao longo da vida e, em particular, na promoção de um envelhecimento ativo e saudável e o que pode Portugal fazer para proporcionar mais e melhor qualidade de vida, através de um reforço da prevenção primária, à sua população mais vulnerável. A iniciativa da NOVA Center for Global Health da NOVA IMS, que conta com o apoio da GSK, reúne um conjunto multidisciplinar de especialistas de vários segmentos do ecossistema de saúde para debater os desafios, explorar as oportunidades e construir um caminho de futuro para uma agenda de ações que possa sensibilizar para os ganhos em saúde que a vacinação em idade adulta representa na sociedade portuguesa. Os resultados deste think tank serão conhecidos em setembro.

 
Petição do Sindicato dos Enfermeiros – SE foi entregue na Assembleia da República
O Sindicato dos Enfermeiros -SE entregou na Assembleia da República uma petição com mais de 15 mil assinaturas, exigindo o...

Depois de em 2023 ter entregado uma petição com mais de 30 mil assinaturas, a maior de sempre na área da Saúde, o Sindicato dos Enfermeiros espera que “finalmente o Governo e os deputados portugueses reconheçam todo o risco associado à nossa profissão e o desgaste constante a que estamos sujeitos no nosso dia a dia”, explica Pedro Costa, presidente do SE.

Na legislatura passada, interrompida a meio com a demissão do primeiro-ministro, Pedro Costa recorda que “o Parlamento criou um grupo de trabalho para avaliar esta nossa reivindicação”. “A verdade é que durante cerca de cinco anos não se conheceu qualquer trabalho visível deste grupo nem as conclusões a que tenham eventualmente chegado e que deveriam ter sido entregues na Assembleia da República até dezembro de 2023”, recorda.

Para Eduardo Bernardino, dirigente do Sindicato dos Enfermeiro e primeiro subscritor desta petição, “não faz sentido continuar a adiar mais esta decisão”. “Voltar a remeter o tema para um grupo de trabalho que estude a eventual aplicação desta medida a um conjunto de profissões é apenas mais uma desculpa para voltar a adiar esta matéria”, frisa.

A verdade é que, recorda Pedro Costa, “os enfermeiros estão sujeitos a uma pressão muito grande, exercem uma profissão com elevada complexidade e na qual têm de lidar de forma constante com a doença e até mesmo a morte, além de toda a dificuldade que é lidar com os doentes e a família em momentos de extrema fragilidade”. Adicionalmente, salienta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, “é crescente o número de horas extraordinárias que os enfermeiros têm de fazer todos os meses, muitas vezes sem sequer conseguirem usufruir dos dias de descanso obrigatório por lei”.

“Pratica-se um horário de trabalho 24h/24h, sob a forma de turnos diurnos e noturnos, e com consequências físicas e emocionais”, sustenta o presidente do SE. Que recorda que “está comprovado, desde 2016, que um em cada cinco enfermeiros se sente em exaustão emocional, a qual se agravou ainda mais com a pandemia”.

“Os enfermeiros estão exaustos e desmotivados com toda uma exigência diária que não se reflete, desde logo, nas condições remuneratórias”, acrescenta Pedro Costa. O presidente do Sindicato dos Enfermeiros espera, por isso, que os deputados reconheçam a urgência de a enfermagem ser considerada uma profissão de alto risco e desgaste rápido, alterando, deste modo, a idade mínima da reforma.

 
Comportamento
A família representa a principal estrutura organizadora no desenvolvimento infantil.

A parentalidade positiva é considerada um comportamento parental baseado no superior interesse da criança, garantindo a satisfação das suas necessidades e a sua capacitação. Esta foca-se na compreensão do comportamento das crianças, na validação das suas emoções, bem como na promoção de um vínculo seguro e de uma comunicação saudável entre pais e filhos. Desta forma, a parentalidade positiva defende que não é necessário recorrer a nenhum tipo de punição (e.g., física), mas sim ao estabelecimento de regras e limites ao comportamento das crianças de forma a permitir o seu pleno desenvolvimento (Recomendação 19 do Conselho da Europa, 2006).

As investigações na área da parentalidade positiva têm revelado que a utilização da punição física apresenta um impacto negativo na autoestima das crianças e surge associada a problemas de saúde mental a longo prazo (e.g., Perturbações de Ansiedade; Perturbações Depressivas; Schavarem & Toni, 2019). Importa compreender que quando a criança é submetida à violência isso pode desencadear uma resposta de medo e conduzir a dificuldades de vinculação e de relacionamento. Sabe-se também que esta tende a aprender ao observar os comportamentos dos adultos ao seu redor e, por isso, com a utilização da punição física, aprende que é legítimo recorrer à violência quando está frustrada, zangada e/ou é contrariada. Tal pode levar a uma maior probabilidade de repetir o comportamento no futuro. Para além disso, ao atuar desta maneira, o adulto apenas está a demonstrar que não é capaz de se autocontrolar, transmitindo à criança uma mensagem contraditória acerca de como lidar com as emoções e com os conflitos de forma saudável e construtiva. Assim, a punição física pode até funcionar para parar um comportamento (i.e., porque leva ao medo), mas, a longo prazo, as crianças tendem a tornar-se mais agressivas. Isso ocorre porque estas aprendem que a violência é a resposta mais adequada e aceitável para a resolução de problemas e para a modificação dos comportamentos das pessoas ao seu redor.

A literatura tem também demonstrado a existência de um número significativo de pais que apresentam dificuldades na imposição de regras e limites, acabando por se tornar permissivos. Em alguns casos, acaba mesmo por existir uma distorção de papéis, onde os menores assumem um papel dominante e têm o poder de dar ordens aos adultos que, por sua vez, respondem de forma positiva aos pedidos (i.e., possivelmente para evitar frustrações ou estados de tristeza nos filhos; Sampaio et al., 2011). No entanto, é importante que a criança tenha conhecimento do que é esperado de si e tenha orientações concretas acerca do que é ou não aceitável em termos comportamentais. Quando a disciplina é apresentada como um momento de aprendizagem conjugada com a afetividade, as crianças tendem a possuir uma maior satisfação e motivação no cumprimento das regras e dos limites definidos pelos adultos.

Em suma, torna-se possível compreender a importância da existência de programas ao nível da parentalidade positiva, de modo a ajudar os pais a adquirirem recursos e estratégias que promovam interações positivas entre eles e os seus filhos. O investimento nesta área poderia contribuir para a prevenção de futuras problemáticas no desenvolvimento infantil. Além disso, é na infância que o ser humano se molda como pessoa e tudo aquilo que ocorre nesta fase desenvolvimental não se limita apenas a este período, mas estende-se até à idade adulta.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Entre 20 a 40% das mulheres em idade reprodutiva têm miomas
A Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) estima que os miomas uterinos apresentem uma prevalência de 20 a 40% nas mulheres...

Atualmente, existe maior literacia sobre doenças de ginecologia oncológica - como o cancro do ovário, do colo do útero e da mama, que já são alvo de ampla cobertura mediática e de campanhas de sensibilização - e as mulheres estão mais informadas sobre questões ginecológicas comuns, como infeções vaginais, irregularidades menstruais e contraceção. No entanto, ainda existem lacunas e desafios sobre patologias benignas igualmente importantes - como os miomas, a endometriose, os quistos do ovário e o prolapso uterino – que permanecem frequentemente na sombra, embora sejam doenças que afetam, gravemente, a qualidade de vida das mulheres.

Em ginecologia, a deteção precoce é essencial para permitir um tratamento mais eficaz, o que se consegue, principalmente, através de exames ginecológicos regulares, que detetam tanto as patologias oncológicas, como as patologias benignas mais importantes.

De acordo com João Cavaco Gomes, Especialista em Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, “a regularidade dos exames ginecológicos depende sempre da idade e da história pessoal e familiar da mulher. Recomenda-se que uma primeira consulta de abordagem à saúde reprodutiva tenha lugar na adolescência. Depois, uma avaliação médica anual a partir dos 20 a 25 anos, ou mais cedo se a mulher for sexualmente ativa”.

Existem patologias ginecológicas benignas que têm uma incidência mais específica por faixa etária. As infeções ginecológicas são mais frequentes em mulheres mais jovens e sexualmente ativas. A endometriose e os miomas tendem a ser diagnosticados em mulheres em idade reprodutiva. Os sintomas de endometriose podem manifestar-se mais cedo, entre os 20 e 30 anos e os miomas tendencialmente mais tarde, especialmente depois dos 40 anos. Por outro lado, condições como a atrofia vaginal e o prolapso de órgãos pélvicos são mais comuns em mulheres mais velhas e após a menopausa.

Miomectomias e histerectomias: duas situações comuns

A incidência e prevalência de miomas aumentam com a idade, no período reprodutivo. Estima-se que depois dos 40 anos grande parte das mulheres terá miomas, uma condição que pode causar sintomas como hemorragia menstrual abundante - que pode mesmo originar anemia - dor pélvica e pressão na bexiga ou intestinos. A cirurgia para miomas uterinos é indicada quando os sintomas são graves e não adequadamente controlados com medicação, ao ponto de comprometerem, significativamente, a qualidade de vida da mulher ou a sua fertilidade. O sistema robótico da Vinci constitui uma alternativa cirúrgica minimamente invasiva e revolucionária para o tratamento de doenças ginecológicas benignas.

A intervenção cirúrgica para remoção dos miomas – miomectomia - tem a vantagem de preservar o útero.  João Cavaco Gomes destaca que: “esta cirurgia com o sistema robótico da Vinci apresenta benefícios por permitir maior amplitude e precisão de movimentos e melhor visualização e manobrabilidade, especialmente útil em casos de miomas grandes, múltiplos ou localizados em áreas difíceis de alcançar”.

Já a histerectomia é uma cirurgia para remoção do útero, com possibilidade de conservar os ovários, e é um tratamento definitivo. Geralmente, a complexidade da histerectomia é maior quando as mulheres apresentam condições ginecológicas mais graves, como endometriose profunda, adenomiose extensa, miomas múltiplos e grandes, cancro ginecológico ou com cirurgias prévias.  Cavaco Gomes salienta que “nos últimos anos, o perfil das doentes tem vindo a alterar-se, pelo facto de as mulheres adiarem o desejo reprodutivo para idades mais tardias, o que implica procurar uma abordagem inicial mais conservadora no tratamento das várias patologias uterinas”.

Quando a opção passa por uma cirurgia minimamente invasiva, João Cavaco Gomes considera que “ o sistema robótico da Vinci pode ser recomendado para histerectomias complexas em que a precisão e a habilidade cirúrgica são essenciais (como a cirurgia oncológica e a endometriose), quando é necessário operar em espaços menos acessíveis ou de visualização mais difícil - como em úteros volumosos ou deformados por miomas- e quando a dissecção e sutura se preveem mais complexas, como, por exemplo, no caso de se ter que corrigir também o prolapso vaginal”.

As principais vantagens da cirurgia assistida com o sistema robótico da Vinci incluem uma visão tridimensional magnificada até 10 vezes, movimentos precisos e de grande amplitude, maior ergonomia para o cirurgião e, simultaneamente, menor trauma tecidual, potenciando uma recuperação mais rápida e menos complicações.

João Cavaco Gomes acrescenta que “os resultados após uma histerectomia robótica geralmente incluem menor tempo de hospitalização, menos dor pós-operatória em comparação com as abordagens cirúrgicas tradicionais e um regresso mais rápido à vida normal”.

 
Com o apoio da Liga Portuguesa Contra o Cancro
“Cor inesperada a urinar? É algo que não deve ignorar” – É este o mote da campanha da Merck que decorre com o apoio da Liga...

O cancro da bexiga tornou-se o 9º tipo de cancro mais frequente em todo o mundo e as taxas de incidência e mortalidade que continuam a aumentar. Os dados da Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro (IARC) estimam que, em todo o mundo, 614.298 pessoas foram diagnosticadas com cancro da bexiga em 2022, o que configura um aumento de 7,1% face aos dados de 2020. No que diz respeito ao género, estimam-se 523.674 novos casos de cancro da bexiga em homens, o que o torna o 6º tipo de cancro mais comum entre os elementos do sexo masculino. Por cá, os dados da mesma fonte revelam que este foi o 4º tumor mais frequente entre os homens, com 2.660 novos casos, de um total de 3.517 em ambos os sexos.

Ainda que a investigação seja uma prioridade e faça avançar os tratamentos mais inovadores deste tipo de cancro, a Merck, com o apoio da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), acredita que o foco deve também recair sobre a sensibilização da população, para que esta possa identificar, de forma precoce, os sintomas do cancro da bexiga. Com este objetivo, juntaram-se numa campanha de sensibilização para o tema, que está em destaque no metropolitano do Porto e de Lisboa através dos monitores da rede MOP. 

A campanha explica que “Deve estar atento à cor da urina. Um dos sinais mais proeminentes do cancro da bexiga é a presença de sangue na urina, com uma variedade de colorações, incluindo vermelho, rosa, laranja ou acastanhado. Um sinal que não deve ser ignorado e deve levar a uma consulta com um médico”.

A deteção precoce do cancro da bexiga desempenha atualmente um papel vital na gestão bem-sucedida da doença. Quando os sintomas são reconhecidos e tratados precocemente, as opções terapêuticas, que são cada vez mais evoluídas, podem ser mais eficazes. E a prová-lo estão os números: estima-se que, quando diagnosticado precocemente, a taxa de sobrevivência do cancro da bexiga chegue aos 90%. 

De forma resumida, há 5 coisas que se deve saber sobre o cancro da bexiga:

  • Sangue na urina é o sinal mais comum.
  • Fumar é o maior fator de risco.
  • O cancro da bexiga é o 9º tipo de cancro mais comum.
  • O cancro da bexiga é mais comum nos homens, mas 1 em cada 4 doentes são mulheres.
  • Quando detetado precocemente, o cancro da bexiga tem uma elevada taxa de sobrevivência.
 
Marca teve mais de 250 mil consultas e uma taxa de eficácia acima dos 90%
Desde 2020, a plataforma de telemedicina da Médis, Médico Online Médis, já teve mais de 200 mil utilizações. Esta solução tem...

A marca de saúde do Grupo Ageas Portugal tem apostado na sua plataforma de medicina online, a qual possibilita a realização de uma consulta imediata, substituindo, na grande parte das vezes, a necessidade de outro tipo de consulta. A ser utilizada maioritariamente (59%) por jovens com menos de 35 anos, a Médis pretende alargar este serviço a outras faixas etárias, para que exista uma utilização mais massiva pela população no geral, estimando impactos muito positivos no alívio do sistema de saúde - segundo o Serviço Nacional de Saúde (SNS), em 2023, 42% dos atendimentos em urgência hospitalar foram considerados não urgentes, dados que comprovam a relevância desta tese.

"Há uma boa parte das deslocações às urgências dos hospitais que, na verdade, não são urgências e estão a pesar no bom funcionamento e na resposta do sistema. O Médico Online parece-nos uma ótima alternativa a estas situações não urgentes. É isso que nos dizem os números do Médico Online Médis, que tem uma de taxa de eficácia acima dos 90%, refere André Rufino, responsável do Ecossistema Saúde do Grupo Ageas Portugal. “A telemedicina é por isso uma solução que pode ser cada vez mais relevante, não apenas para a Médis, mas para todo o sistema nacional de saúde, contribuindo para a sustentabilidade e para a melhoria do acesso, da utilização dos recursos, da comodidade e da segurança dos utilizadores, alerta o responsável.

Mulheres e homens recorrem de forma equitativa a este serviço da Médis, com a idade média de utilização a rondar os 32 anos. Contudo, segundo a mesma fonte, as consultas de psicologia têm maior procura pelo género feminino, estando em linha com os dados revelados pelo estudo “Saúde da Mulher”, incluído no Projeto Saúdes (https://www.saudes.pt/pt/), que mostram que as mulheres têm, genericamente, mais questões de saúde mental do que os homens.

 
23 de maio
A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, vai marcar presença na sessão de abertura do 30º Congresso Nacional de Medicina Interna...

A sessão de abertura conta ainda com a presença de Víctor Herdeiro, Presidente da ACSS, Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, Lèlita Santos, Presidente da SPMI, Juana Carretero, Presidente da Sociedade Espanhola de Medicina Interna, Faustino Ferreira, Presidente do Colégio de Medicina Interna, Bruno Moita, da APAH, Ivo Oliveira, Presidente da ULSTMAD e, David Pimentel, vice-presidente da Câmara Municipal de Loulé.

“Numa altura em que existem temas de extrema importância para o sector da saúde, como o plano de emergência do SNS e o novo regime jurídico dos centros de responsabilidade integrado (CRI), é um privilégio reunir este conjunto importante de personalidades na reunião magna da Medicina Interna, especialidade essencial do SNS” afirma Fernando Salvador, Presidente do 30º CNMI.

O Diretor Geral da OMS, Tedros Ghebreyesus também participa nesta sessão de abertura com uma intervenção online tal como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A conferência de abertura estará a cargo de Maria de Belém, antiga ministra da Saúde e atual presidente do Conselho Geral da Fundação para a Saúde, e é dedicada ao tema “SNS: perspetivas atuais e futuras”.

A edição deste ano vai contar com a participação de diversos especialistas internacionais como, Frederico Guanais, chefe adjunto da Divisão de Saúde da OCDE, que vai abordar o tema “Acesso ao serviço de urgência em Portugal”, Rajiv Jalan, Diretor Científico da Fundação Europeia para o Estudo da Insuficiência Hepática Crónica, Dimitrios Boumpas, Chair das Guidelines da EULAR para o Lupus Eritematoso Sistémico, Kamran Abbasi, Editor-Chefe da BMJ, Raffaele Scala, primeiro autor das recentes guidelines sobre Oxigenoterapia de Alto Fluxo e Paul Stevens, Chair da Guidelines KDIGO, entre outros.

“A estes especialistas internacionais associamos outros de renome nacional. Esta junção permitirá alcançarmos um programa equilibrado, diversificado e pormenorizado. Esperemos alcançar todos os Internistas e Internos de Formação Especializada de Medicina Interna. A nossa diversidade e multiplicidade de conhecimento poderá trazer para junto de nós todos os restantes colegas que connosco trabalham em grupo, quer sejam: Cardiologistas, Pneumologistas, Nefrologistas, Hematologistas, Oncologistas e claro Médicos de Família. Juntos conseguiremos ter o maior Congresso Médico português onde serão abordados assuntos do interesse de todos”, conclui Fernando Salvador.

 
Conheça a relação entre esta glândula e os ouvidos
Este mês assinala-se o Dia Mundial da Tiroide (25 de maio) e é importante destacar a relação que exi

A tiroide é uma glândula endócrina que está localizada na zona do pescoço que desempenha um papel essencial na regulação de vários mecanismos fisiológicos, nomeadamente a frequência cardíaca, o metabolismo celular, o sistema digestivo, a regulação térmica, entre outros. No entanto, quando ocorre uma disfunção da tiroide, manifestada por condições como hipotiroidismo, hipertiroidismo, nódulos na tiroide, bócio ou cancro, pode impactar não apenas a saúde geral, mas também a audição.  

Estima-se que 1 milhão de portugueses tenha disfunções da tiroide e mais de 300 milhões de pessoas por toda a europa. 

Há estudos que já demonstraram que distúrbios da tiroide, como hipotiroidismo e hipertiroidismo, podem levar a problemas auditivos, incluindo zumbido nos ouvidos e perda de equilíbrio. É, por isso, fundamental estarmos mais atentos aos sinais do nosso corpo e tomarmos medidas para proteger a nossa saúde auditiva, especialmente se tivermos problemas de tiroide. Neste sentido, recomendamos os seguintes cuidados: 

  • Consulte um médico especialista – Caso tenha recebido o diagnóstico de distúrbios da tiroide, ou suspeita que possa ter problemas nesta glândula, consulte um médico especialista para fazer uma avaliação e recomendação do tratamento mais adequado, orientando-o sobre a melhor forma de gerir a sua condição clínica e quaisquer impactos que a mesma possa ter na sua audição. 
  • Realize exames auditivos com regularidade – Faça exames de audição regulares com um profissional de saúde auditiva, a fim de identificar alguma mudança que possa ocorrer devido a problemas de tiroide ou outras causas.
  • Mantenha um estilo de vida saudável – Adote hábitos saudáveis que promovam o seu bem-estar geral, incluindo uma dieta equilibrada, exercício físico regular e gestão de stress. Um estilo de vida saudável é um passo importante para ajudar na saúde da tiroide e na saúde auditiva. 
  • Evite a exposição a ruídos altos - A exposição prolongada a ruídos com volume muito alto pode ser prejudicial para a sua audição e causar danos permanentes. Portanto, sempre que ouvir música com auscultadores, ajuste o áudio para um nível seguro. Já em ambientes ruidosos, como concertos ou jogos de futebol, utilize protetores auditivos.
  • Siga o tratamento recomendado – Se o seu médico prescrever medicação, ou outros tratamentos para problemas da tiroide, siga as indicações dadas por ele cuidadosamente. Controlar a doença é essencial para ajudar a minimizar o impacto na saúde dos seus ouvidos. 
  • Esteja atento aos sintomas – Saiba reconhecer os sintomas ligados à sua audição, como o zumbido nos ouvidos ou a dificuldade em ouvir sons suaves, e caso se verifique fale com um médico especialista ou profissional de saúde auditiva. 
 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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