Estima-se que no Hospital da Lapa tenham nascido mais de cem mil Bebés
Setembro é o mês de celebração do 120.º aniversário do Hospital da Lapa, que, desde 1904, abraça a cidade do Porto, o Norte de...

Com uma imagem renovada, de braço dado com a tradição e o futuro, o Hospital prepara-se para anunciar o lançamento de novos serviços clínicos e de medicina interna que irão complementar a aposta realizada no último ano, nomeadamente nas áreas de obstetrícia, gastroenterologia, cardiologia, imagiologia, entre outros. 

Para comemorar os 120 anos o Hospital da Lapa vai lançar ainda o Cartão Lapa, que permitirá o acesso aos serviços do Hospital com condições preferenciais, podendo os seus titulares beneficiar de campanhas exclusivas.  

Além do anúncio de novos serviços clínicos e do Cartão Lapa a celebração dos 120 anos do Hospital da Lapa será, também, marcada pelo debate do estado da Saúde em Portugal. “Será que o Estado confia no privado e no social?” é uma das questões que estará em cima da mesa e que contará com os testemunhos de Miguel Guimarães, médico e ex-bastonário da Ordem dos Médicos, e António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, com moderação do ex-Ministro da Saúde, Manuel Pizarro. Por sua vez, Dom Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa Emérito, juntar-se-á a Dom Manuel Linda, Bispo do Porto, para refletir sobre os hospitais e se “Ainda são locais onde se sentem gestos de humanidade”. A conversa será moderada por Carlos Soares Alves, Advogado e Doutor em Direito.

Recorda-se que os novos serviços implementados no Hospital da Lapa surgem no seguimento da entrada da Lapacare - uma joint-venture entre o grupo UNISANA Hospitais (detido pela Atena Equity Partners e pela 3T Portugal) e a HLine - na gestão e exploração da unidade de saúde, no âmbito do Acordo de Parceria celebrado com a Irmandade da Lapa, que conserva a propriedade do Hospital da Lapa, exatamente como quando foi fundado, em 28 de setembro de 1904. 

Único Data Centre na Península Ibérica com certificação ECRIN
A Associação para Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem (AIBILI) celebra 35 anos dedicados à transformação de...

“A AIBILI tem três tempos. Um passado, do qual muito nos orgulhamos, em que contribuiu para o posicionamento de Coimbra e Portugal como referências internacionais em investigação clínica em oftalmologia. Um presente, no qual temos uma extensa e especializada equipa que apoia investigadores, empresas farmacêuticas e outras instituições ligadas à saúde na realização de investigação clínica. Um futuro, que esperamos ser ainda mais brilhante, com cada vez mais parcerias nacionais e internacionais, que permitam a identificação de biomarcadores de imagem para monitorização da progressão de doenças associadas ao envelhecimento, análise automática de imagens e inteligência artificial com aplicação no diagnóstico preventivo e em medicina personalizada.”, afirma Conceição Lobo, Presidente da AIBILI.

“A falta de uma cultura de investigação clínica no Serviço Nacional de Saúde, associada à ausência de tempo dedicado a esta atividade, torna extremamente desafiadora a conciliação entre a investigação e a prática clínica. Pensar ciência, escrever protocolos, realizar candidaturas e obter financiamento são processos muito morosos, que exigem uma equipa dedicada, sendo muitas vezes infrutíferos, pela elevada competitividade em conseguir financiamento. A AIBILI tem uma estrutura reconhecida internacionalmente que dá resposta a muitos destes desafios nomeadamente o desenho, planeamento, implementação e coordenação de estudos clínicos assim como um Data Centre certificado pelo ECRIN para a recolha, gestão e armazenamento de dados clínico de acordo com todos os requisitos regulamentares.”, afirma Cecília Martinho, CEO da AIBILI.

Centro reconhecido pelo Ministério da Economia

A AIBILI é um Centro de Tecnologia e Inovação (CTI) na área da saúde dedicada ao desenvolvimento e investigação clínica de novos produtos para terapia médica e diagnóstico por imagem. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, fundada em 1989, estabelecida para apoiar a investigação translacional e a transferência de tecnologia na área da saúde. O reconhecimento pelo Ministério da Economia como CTI na área da saúde, identifica a AIBILI como parceiro facilitador entre as instituições científicas, as empresas e a indústria, com o objetivo de trazer novas soluções para o mercado da saúde.

Fundador venceu o mais prestigiado prémio mundial

O fundador da AIBILI, José Cunha-Vaz, professor catedrático emérito de Oftalmologia da Universidade de Coimbra e atual Presidente Honorário, tem uma vida marcada por descobertas científicas, desde 1960, em Inglaterra, EUA e Portugal, que influenciaram gerações de investigadores e tiveram um grande impacto na prática clínica. A sua contribuição para o avanço da ciência tem sido amplamente reconhecida tanto a nível nacional quanto internacional, através da atribuição de diversos prémios, com destaque para o Helen Keller Prize for Vision Research, um dos prémios mundiais mais prestigiados na área da investigação em oftalmologia.

Liderança em rede europeia

A AIBILI coordena, a partir de Coimbra, a Rede Europeia de Centros de Investigação Clínica em Oftalmologia (EVICR.net), composta por 95 centros de 16 países e tem como objetivo reforçar a capacidade da União Europeia para estudar doenças oftalmológicas e desenvolver e otimizar a utilização de estratégias de diagnóstico, prevenção e tratamento em oftalmologia. No âmbito do EVICR.net foi desenvolvida a Eye Platform, com o objetivo de reutilizar dados clínicos para realizar mais investigação, permitindo evitar a duplicação de estudos e otimização de recursos, cumprindo os requisitos regulamentares associados à partilha de dados.

Referência nos ensaios clínicos

A realização de investigação clínica em ambientes assistenciais, com recursos humanos limitados e sem a disponibilização de áreas e competências especializadas têm limitado a concretização de mais e melhor investigação clínica na área da saúde em Portugal. A AIBILI dispõe, desde 1991, de um Centro de Ensaios Clínicos (CEC) dedicado exclusivamente à realização de investigação clínica, com infraestruturas e recursos humanos dedicados e equipamentos com tecnologia de ponta na área de oftalmologia. Desde a sua constituição, o CEC realizou mais de 220 estudos clínicos, quer da iniciativa dos investigadores, quer da indústria farmacêutica. Em 2023, estavam em curso 22 ensaios clínicos no CEC. Para além dos estudos em oftalmologia, a AIBILI esteve também envolvida em ensaios clínicos em outras áreas terapêuticas, nomeadamente neurologia e diabetes. 

Dia Mundial do Coração assinala-se a 29 de setembro
Em Portugal, as doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morte e invalidez, sendo responsáveis por mais de um...

As doenças cardiovasculares, que incluem problemas como ataques cardíacos, hipertensão e acidentes vasculares cerebrais, são muitas vezes associadas a fatores de risco como a má alimentação, o tabagismo, o sedentarismo e o stress. Contudo, a prática de exercício físico, combinada com uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis, pode ser determinante na prevenção e controlo destes fatores. 

Daniel Galindo, Diretor do Departamento de Experience & Innovation do VivaGym, grupo da cadeia de ginásios Fitness Hut, afirma que “numa sociedade sedentária, no meio de uma pandemia de inatividade física, a estimulação do exercício e da atividade física é mais relevante que nunca". 

Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a atividade física regular reduz o risco de ataques cardíacos em mais de 30%. Por outro lado, a inatividade física é uma das mais importantes causas de doença e de morte no mundo moderno.  

Benefícios da atividade física regular para o coração: 

  • Redução do colesterol: O exercício físico contribui para o aumento do colesterol HDL (o colesterol "bom") e diminui o LDL (o "mau" colesterol), ajudando a manter as artérias limpas. 
  • Melhoria da circulação sanguínea: A prática regular de atividade física melhora a circulação, aumenta a capacidade respiratória e promove um melhor funcionamento do sistema cardiovascular. 
  • Controlo da pressão arterial: Exercícios aeróbicos ajudam a manter a pressão arterial sob controlo, reduzindo o risco de hipertensão. 
  • Gestão do peso corporal: Em muitos indivíduos, o excesso de peso e a obesidade devem-se mais à inatividade física do que aos excessos alimentares. O exercício físico contribui para a perda de peso e manutenção de um peso saudável, um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas. 

Além dos efeitos positivos na saúde cardiovascular, a atividade física regular contribui ainda para reduzir os riscos de mortalidade relacionada com o cancro da mama, colorretal e da próstata, mantém a saúde mental, adia o aparecimento de demência e previne a depressão e a ansiedade. Tem ainda efeitos favoráveis no sistema músculo-esquelético, incluindo o aumento da densidade óssea e a diminuição de fraturas.  

“No Fitness Hut, estamos empenhados em promover um ambiente onde todos possam melhorar a sua saúde física e mental. Acreditamos que o exercício não deve ser visto apenas como uma forma de alcançar objetivos estéticos, mas sim como uma ferramenta essencial para o bem-estar geral e a longevidade", acrescenta. 

Para a saúde e bem-estar, a OMS recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana (ou 75 a 150 minutos de atividade vigorosa) para todos os adultos e uma média de 60 minutos de atividade física aeróbia moderada por dia para crianças e adolescentes. 

Fascite Plantar
A maioria de nós, ao longo da vida, já sentimos pelo menos 1 vez uma dor mais persistente na planta

A fascite plantar é uma inflamação na planta do pé que se caracteriza por uma dor aguda. Esta inflamação desenvolve-se devido a uma tensão ou força que é exercida numa estrutura fibrosa e pouco elástica que se chama fáscia. A sua principal manifestação clínica é a dor que ocorre no início do dia quando começamos a dar os primeiros passos, sendo mais comum ser unilateral. Melhora ao longo do dia, mas quando chega o final do dia, quando estamos em repouso ou mais tempo parados voltamos a sentir a dor. As pessoas que manifestam esta patologia têm um tipo de pé, pé cavo (excesso de curvatura) ou pé plano, o chamado pé chato (sem curvatura).

Em qualquer uma das situações, a fáscia assim que sofre alguma tensão mais brusca acaba por inflamar. Obviamente existe um tipo de população que acaba por padecer mais desta patologia, os desportistas, mas principalmente os "corredores" devido ao movimento repetitivo e tensão que é exercida durante esta prática desportiva. Obviamente, sendo provocada por excesso de tensão sobre a fáscia, a população que apresenta excesso de peso (obesidade) está também mais predisposta a esta patologia. Em ambiente laboral, as pessoas que têm atividade profissional com necessidade de estarem muitas horas de pé, com pouca mobilidade também têm risco elevado de desenvolverem a fascite. E por último, temos de mencionar que nas mulheres grávidas devido ao aumento rápido do peso pela gravidez, a estrutura do pé não está preparada e podem sofrer também com a fascite.

Na maioria das vezes não existe concretamente uma causa única e específica para o desenvolvimento desta inflamação. é comum existirem um conjunto de fatores que predispõe para o desenvolvimento desta doença. Por exemplo, sabemos que as pessoas que praticam exercício e que também têm excesso de peso são os que têm mais predisposição para desenvolver esta patologia. O uso inadequado de calçado seja na prática desportiva (ténis) ou calçado dito mais confortável (chinelos rasos ou havaianas), contribuem também para o desenvolvimento da inflamação da fáscia. A existência de outras doenças associadas pode também contribuir para este desfecho ou muitas vezes dificultar o diagnóstico.

Por este motivo, a fascite plantar exige uma avaliação clínica e deve ter uma abordagem multidisciplinar. Para que se tenha um diagnóstico correto, o profissional de saúde baseia-se em três exames complementares de diagnóstico: Raio-X em carga, Ecografia ou Ressonância Magnética.

O principal tratamento é conservador e passa pelo uso de palmilhas personalizadas, alongamentos e técnicas de fisioterapia. Em alguns casos, mais severos, poderá haver a necessidade de recorrer também a procedimentos como infiltrações ou mesmo cirurgia.

A resolução total da fascite pode ser demorada e por isso a prevenção é essencial, também com o uso de palmilhas personalizadas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
SAÚDE + PERTO de 2 a 4 de outubro das 18h às 21h Almada Forum
A Comissão de Internos da Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (ULSAS) promove a iniciativa “Saúde + Perto”, entre os dias 2...

Durante esse período, os médicos internos da ULSAS estarão disponíveis no local para esclarecer dúvidas da população e criar uma maior aproximação entre os profissionais de saúde e a comunidade.

A iniciativa contará, ainda, com a presença de profissionais de diferentes áreas - como nutrição, psicologia, enfermagem, entre outras, mas também de diversas especialidades médicas e cirúrgicas - com o objetivo de aumentar a Literacia em Saúde - uma das principais carências da população nacional no acesso e utilização racional dos serviços de saúde.

A iniciativa “Saúde + Perto” da Comissão de Internos da ULS Almada-Seixal conta com o apoio da Câmara Municipal de Almada, do Almada Forum e da Farmácia do Almada Forum.

Evento de entrada livre decorre dia 28 de setembro
Passear, correr, praticar exercício físico, dançar, relaxar, fazer rastreios ou experimentar alimentação saudável, são algumas...

A iniciativa é dedicada a todas as pessoas com doença crónica, dos mais novos aos mais velhos, e decorre este sábado, dia 28 de setembro, entre as 10h30 e as 15h30, no Estádio 1.º de Maio do INATEL, em Lisboa.

O objetivo passa por sensibilizar a população para a importância da atividade física e alimentação no controlo e gestão de doenças crónicas, através de ações concretas de saúde pública que contribuem para o bem-estar e qualidade de vida dos participantes.

O evento, com entrada livre, é dinamizado pela Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), presidida pela Dra. Cristina Vaz de Almeida, e pelo Coordenador do Plano Nacional de Envelhecimento Ativo e Saudável, Nuno Marques, em colaboração com cerca de 50 parceiros, como sociedades, associações de doentes e instituições, como é o caso do CIDEFES – Universidade Lusófona, INATEL, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) e da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Grupo salienta que a vacinação contribui para a sustentabilidade e resiliência do SNS
Nove sociedades médicas e associações de doentes dirigem uma carta aberta ao Ministério da Saúde, Parlamento e DGS onde apelam...

Esta carta é assinada pelas sociedades portuguesas de Medicina Interna, de Saúde Pública, de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, de Pneumologia, Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas, o Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT) e as associações portuguesas da Psoríase e de Insuficientes Renais que, numa altura em que o Governo prepara o Orçamento do Estado para 2025, querem apelar à importância de assegurar o investimento na prevenção da doença como o melhor garante da sustentabilidade do SNS e de maior qualidade de vida para os Portugueses.

Estes especialistas e doentes lembram que esta vacina já faz parte do Programa Nacional de Vacinação da maioria dos países europeus, entre eles, Espanha, Itália, Grécia, Suiça, Luxemburgo, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, Polónia, Alemanha, Eslovénia e Chipre, existindo recomendações da sua utilização em 19 países europeus. "Também em países como os EUA, Canadá e Austrália existem atualmente recomendações que asseguram a prevenção desta doença nas populações vulneráveis".

Os signatários salientam que a vacinação contribui para a sustentabilidade e resiliência do Serviço Nacional de Saúde (SNS). "A pressão que se faz sentir nos cuidados agudos e relativos à doença crónica, reforça a necessidade de implementação de estratégias que garantam a retirada de utentes dos cuidados hospitalares, promovendo uma cultura de prevenção que reduza a ida às urgências e internamentos".

No caso da Zona, esclararecem que, "em 2023 foram codificados nos cuidados de saúde primários 22.000 casos de Herpes Zoster e nesse ano houve 28.000 consultas relacionadas com esta doença. Estes são os números oficiais dos cuidados de saúde primários que, não contemplam sequer as urgências hospitalares e dos prestadores privados". 

Por outro lado, referem que "a cada 2 dias uma pessoa é internada com zona, sendo que em média passam duas semanas em ambiente hospitalar, custando ao estado português cerca de 3.000 euros por cada internamento. Sabe-se, ainda, que 7 em cada 10 pessoas desenvolvem complicações, tais como encefalites, meningites, nevralgia pós-herpética, herpes zoster oftálmico, entre outras. Adicionalmente, estima-se que 8 em cada 10 dos portugueses que são internados por Zona eram considerados “saudáveis”, não apresentando nenhuma doença crónica conhecida".

 
Apenas 52% das empresas do setor da saúde utilizam ferramentas de IA
A inteligência artificial (IA) está a ganhar terreno entre as empresas portuguesas, indica um novo estudo independente da...

O estudo, que ouviu 1.500 líderes empresariais portugueses, traça um quadro otimista do futuro da IA no país. Uma das suas principais conclusões revela que 70% – um número muito elevado de empresas – indica estar familiarizada com esta tecnologia, e utiliza, pelo menos, uma ferramenta de IA. Em Portugal, os benefícios da adoção de IA parecem claros. Entre as empresas que implementaram esta tecnologia, 51% relatam um aumento de eficiência; 38% sentem-se mais apoiadas na tomada de decisões e 34% identificam melhorias significativas na experiência do cliente. Estes números demonstram um impacto positivo e multifacetado da IA, bem como a identificação de vantagens, significativas, na produtividade, eficiência e competitividade das empresas portuguesas.

"Portugal tem o potencial para se tornar uma das referências europeias em IA, resultado do excelente trabalho que está a ser feito por empresas e organizações públicas. As empresas priorizam cada vez mais a inovação e eficiência, e em apenas um ano, a taxa de adoção de IA em Portugal aumentou consideravelmente", afirma Suzana Curic, Country Lead da AWS em Portugal e Espanha. "É muito gratificante para a AWS trabalhar com clientes portugueses que demonstram uma abertura tão positiva em compreender os múltiplos benefícios que esta tecnologia pode trazer aos seus negócios".

Um exemplo de uma empresa local que já está a implementar esta tecnologia de IA é a Ascendi. Esta empresa portuguesa de gestão de ativos, que presta serviços de cobrança de portagens e gere a operação e manutenção de infraestruturas rodoviárias, está a adotar tecnologia de IA e GenAI da AWS para melhorar a inteligência dos chatbots e automatizar as interações com os clientes. A Ascendi está a agilizar os procedimentos de resposta aos clientes com o apoio de uma ferramenta de inteligência artificial que analisa e resume as comunicações escritas com os mesmos.

A percentagem de empresas que acredita que a IA vai transformar os seus setores nos próximos cinco anos subiu 23 pontos percentuais, entre 2022 e 2023, situando-se agora nos 87%. E 35% preveem, mesmo, que a IA mude fundamentalmente a forma como o seu setor opera. Mas, neste momento, o impacto da IA no desempenho das empresas já é visível. O serviço e apoio ao cliente (30%), a deteção e prevenção de fraudes (29%) e a análise financeira e negociação (27%) são as principais áreas onde as empresas portuguesas recorrem à utilização de ferramentas de IA. Estes resultados mostram que a IA não é apenas uma palavra da moda, mas uma ferramenta que está a ser utilizada e a produzir resultados concretos.

Adoção de IA por setores

O estudo destaca diferenças significativas na adoção de IA entre as indústrias locais. Os serviços financeiros (78%), a indústria (66%) e as TI e Telecomunicações (65%), aparecem como setores líderes neste processo. Já o setor da saúde é o que apresenta uma taxa mais baixa de adoção de IA (52%).

A forma como a IA é aplicada entre as indústrias líderes também difere, refletindo as necessidades específicas de cada setor. Os serviços financeiros, por exemplo, destacam-se na utilização de IA para deteção de fraudes, enquanto o setor da indústria se concentra mais na criação de conteúdos. Em geral, todos os setores relatam melhorias de eficiência, e as empresas portuguesas indicam que utilizam ferramentas de IA em áreas como o serviço ao cliente, a gestão de recursos humanos, a análise preditiva e a automação de processos.

Escassez de talento qualificado

Num cenário em que as competências digitais se tornam cada vez mais cruciais para o sucesso empresarial, a cibersegurança lidera a lista de qualificações mais valorizadas pelas empresas – 30% a consideram-na prioritária, seguida de perto pela computação na cloud (27%) e pela IA generativa (26%).

Os resultados da segunda fase deste estudo destacam que 84% das empresas inquiridas consideraram as competências digitais importantes para as suas operações, e 27% afirmaram mesmo que não poderiam funcionar sem elas. No entanto, 32% revelam dificuldade em recrutar pessoas para trabalhar com IA e relatam que, em média, o processo de recrutamento de profissionais com competências digitais é muito demorado, e que se estende por quase cinco meses.

Como resultado, 76% das organizações em Portugal afirmam que estão disponíveis para pagar salários mais altos a candidatos com formação em IA.

Cerca de 69% das empresas indica que, como consequência da dificuldade em recrutar, sentiu um aumento direto nos custos operacionais; mais de um terço das organizações (36%) viram-se obrigadas a adiar a adoção de novas tecnologias, e outro terço (33%) enfrentou obstáculos na implementação eficaz das tecnologias já existentes.

Formar ou requalificar os recursos humanos já existentes é uma alternativa, no entanto, 27% das empresas indicam que esse é, também, um desafio. "Portugal caminha para um futuro digital, e as empresas locais estão a apostar na IA, que consideram uma ferramenta essencial para impulsionar a inovação e a competitividade, mas é crucial abordar o facto de que para maximizar este potencial, há que manter o foco no desenvolvimento de competências digitais. A AWS está a investir na formação de profissionais de tecnologia um pouco por todo o mundo, e também em Portugal. Apostamos no desenvolvimento de competências e conhecimentos em cloud através de diversas iniciativas – programas de formação universitária e profissional, cursos virtuais e webinars, certificações profissionais em cloud e desenvolvimento de grupos e comunidades locais", conclui Suzana Curic.

 
Distinguidos melhores trabalhos clínicos na doença de Parkinson e Parkinsonismos Atípicos
O prazo para a submissão de casos clínicos na doença de Parkinson e Parkinsonismos Atípicos, no âmbito da 6ª edição do Moving...

A iniciativa CASES ON MOVEMENT repete-se nesta edição e prevê a atribuição de um prémio aos três trabalhos mais diferenciados para uma apresentação oral e resumos publicados numa edição da revista da SPN, a SINAPSE.

Os prémios consistem num valor monetário de 1000€; numa inscrição no XI Congresso da European Academy of Neurology, a decorrer em Sevilha, de 21 a 24 de junho de 2025; e numa subscrição de um ano na plataforma CONTINUUM – Lifelong Learning in Neurology.

O Júri, que fará a seleção dos três melhores trabalhos para apresentação oral, é composto por Cristina Costa, presidente da SPDMov, Isabel Luzeiro, presidente da SPN, e Ana Margarida Rodrigues,coordenadora do CNS Braga.

“Pretendemos promover o debate na mais recente evidência científica desta área, assim como a prática clínica, trazendo valor para todos os profissionais de saúde que diariamente trabalham para, e com, o doente com Parkinson”, refere Bruno Fidalgo Dias, responsável do Departamento Médico da BIAL em Portugal e Espanha.

O calendário da Neurologia em Portugal é marcado por este programa na doença de Parkinson que tem como principal objetivo contribuir para a formação contínua de jovens neurologistas e internos da especialidade que pretendam consolidar e alargar o seu conhecimento na gestão da doença de Parkinson.

 
Dia Mundial do Colesterol Hereditário ou Hipercolesterolemia Familiar
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose e a...

No âmbito do Dia Mundial da Hipercolesterolemia Familiar e enquadrada na campanha de disease awareness “Na Rota do Colesterol”, esta iniciativa pretende alertar para a importância da monitorização dos valores de colesterol, de forma a prevenir ocorrência de doenças cardiovasculares, como o enfarte agudo do miocárdio, e decorre no próximo dia 24 de setembro, no AQUA Portimão, entre as 10h00 e as 20h00. Além da realização do rastreio, haverá também a oportunidade de, através de uma experiência imersiva de realidade virtual, observar os efeitos do colesterol no sistema circulatório, numa viagem pelo corpo humano.

De acordo com dados da Direção-Geral da Saúde, "1 em cada 3 portugueses morre de doença cardiovascular, cerca de 35 mil por ano". Estes números tão elevados impõem a união entre diferentes instituições, como a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a Fundação Portuguesa de Cardiologia e a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, são fundamentais para alertar e mudar atitudes.

Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, destaca que “só o enfarte do miocárdio causa, em média, a morte a mais de duas pessoas por dia, e esta é uma doença muito associada aos fatores de risco, particularmente ao colesterol elevado.” Ao que Hélder Pereira, presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, acrescenta que “é, por isso, urgente que todos conheçam o seu corpo e os seus níveis de colesterol, além de compreenderem a importância da prevenção das doenças cardiovasculares”.

A campanha “Na Rota do Colesterol” encoraja o conhecimento dos diferentes constituintes do colesterol e a prevenção da sua acumulação em prol da saúde cardiovascular, pelo bem-estar e melhoria da saúde dos portugueses.

Francisco Araújo, presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, refere que “as doenças cardiovasculares são ainda a principal causa de mortalidade na Europa antes dos 65 anos”, o que para Lisbel Afonso, diretora técnica do Laboratório Dr. Joaquim Chaves Algarve, justifica a importância da realização gratuita e acessível a todos do rastreio ao colesterol em efemérides como esta, relembrando que “a promoção da saúde e a prevenção de doenças, como as cardiovasculares, deve ser assumida como um compromisso individual e coletivo”.

A iniciativa dirige-se a toda a população, com destaque para os sobreviventes de enfarte do miocárdio, sendo que o colesterol tem um impacto que a grande maioria das pessoas ainda desconhece ou não controla, já que a sua acumulação é progressiva e assintomática.

Localizada no piso 0, promete levá-lo a “viajar” e a conhecer os efeitos do colesterol nas suas artérias a partir da sensibilização para as doenças cardiovasculares.

 
Assembleia de Representantes da Ordem dos Médicos dá luz verde a especialidade
A Assembleia de Representantes da Ordem dos Médicos (OM) aprovou hoje a criação da Especialidade de Medicina de Urgência e...

A criação da Especialidade de Medicina de Urgência e Emergência resulta de uma proposta apresentada pelo grupo de trabalho nomeado pelo bastonário Carlos Cortes, em março de 2024. “Felicito todos os que participaram neste processo, nomeadamente os membros dos colégios das várias especialidades e da Assembleia de Representantes. Foram vários meses de um trabalho e diálogo intenso para criar esta especialidade com o maior consenso possível”, refere Carlos Cortes.

“A criação desta especialidade não resolve, só por si, as dificuldades dos serviços de urgência, mas vai contribuir para resolver alguns dos problemas. Vai aliviar o trabalho de outras especialidades de forma complementar e colaborativa, em áreas que estão sujeitas a uma pressão incomportável sobre as urgências. Permitirá uma maior diferenciação e especialização de todos os médicos que trabalham nos cuidados de saúde,” conclui o Bastonário.

A OM aguarda, agora, que o Ministério da Saúde possa, o mais rapidamente possível, homologar a decisão de criação desta nova especialidade e aprovar o programa de formação, para que possa prosseguir os trabalhos com vista à formação de qualidade dos novos especialistas em Medicina de Urgência e Emergência.

A nova especialidade compreende os conhecimentos e competências necessárias à prevenção, diagnóstico, tratamento imediato e gestão de aspetos urgentes e emergentes das condições resultantes de doença ou trauma, afetando indivíduos de todas as faixas etárias. Abrange a área pré-hospitalar e intra-hospitalar, incluindo a reanimação, a avaliação inicial, o diagnóstico e a gestão de doentes urgentes e emergentes até a alta clínica ou transferência, nos casos de doentes com patologias mais complexas e diferenciadas para outras especialidades do Serviço de Urgência. 

O processo de criação da especialidade teve início na Ordem dos Médicos há mais de 20 anos. Recentemente, em dezembro de 2022, a Assembleia de Representantes chumbou a criação da especialidade, proposta por um grupo de trabalho criado em 2019.

Em março de 2024, foi nomeado pelo Bastonário Carlos Cortes um novo grupo de trabalho com representantes de diversos colégios que ficou responsável pela apresentação da nova proposta, agora aprovada. 

 
Dirigido à classe médica
O Auditório do Hospital CUF Descobertas recebe, no próximo dia 27 de setembro, o evento "Desafios em Patologia da Tiroide...

Dirigido à classe médica, o encontro promete abordar os temas mais atuais e também mais desafiantes relacionados com a patologia da tiroide.

O programa, que se estende das 09h00 às 17h30, está estruturado em duas sessões principais. Da parte da manhã, o foco será nos “Desafios em patologia tiroideia benigna” e nas várias temáticas relacionadas, nomeadamente fármacos, genética, doença aguda, emergências tiroideias e terapêuticas minimamente invasivas na patologia nodular benigna da tiroide. Já durante a tarde, o evento incidirá sobre os “Desafios em patologia tiroideia maligna” que trará a debate vários temas de interesse como “Carcinomas da tiroide de baixo risco: Vigiar? Operar? I131?”; “Carcinomas medulares da tiroide: Genética, diagnóstico e tratamento dos casos avançados”; “Carcinomas pouco diferenciados ou anaplásicos: Da biologia molecular ao tratamento dirigido”; e “Linfadenectomias quando e como”.

De acordo com Inês Sapinho, Coordenadora da Unidade da Tiroide do Hospital CUF Descobertas, “o objetivo é abordar algumas patologias benignas e malignas que nos colocam desafios diagnósticos e/ou terapêuticos”.

Na patologia benigna “vamos discutir a interação de alguns fármacos com a função tiroideia, dando realce aos medicamentos utilizados atualmente no tratamento de vários cancros, e abordaremos também as alterações da função tiroide na doença aguda que motivam tantos pedidos de consultadoria e, ainda, as emergências tiroideias que merecem ser revisitadas."

A patologia maligna terá igualmente “um grande relevo” neste evento, considerando a responsável que essa é mesmo “o nosso principal desafio”. Como sublinha Inês Sapinho, “nas últimas décadas, apesar de diagnosticarmos cada vez mais carcinomas diferenciados da tiroide, sobretudo os de baixo risco, a mortalidade não tem aumentado e as recomendações internacionais são cada vez menos interventivas. Vamos discutir as várias opções terapêuticas."

Por fim, “será dado um destaque especial aos avanços recentes no tratamento de carcinomas menos diferenciados, um tema atual muito pertinente, pois existe um grande desenvolvimento, com fármacos dirigidos às alterações moleculares detetadas”.

O evento conta com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Endócrina (SPCENDO) e da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM).

Programa e inscrições em https://www.admedic.pt/eventos/desafios-em-patologia-da-tiroide.html .

Maior evento científico mundial dedicado às doenças alérgicas
Nos próximos dias 27, 28 e 29 de setembro, o Centro de Congressos do Estoril será palco do maior evento científico mundial...

“Anualmente, a WAO mobiliza e colabora com as suas sociedades-membro para acolher Congressos e reunir membros de todo o mundo. O primeiro Congresso Mundial de Alergia (WAC) foi realizado em 1951, em Zurique, e é com todo entusiasmo que em 2024 o recebemos em Lisboa”, explica Ana Morête, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica. “Cada Congresso atrai especialistas e cientistas globais que trabalham e estão interessados ​​nas áreas da alergia e imunologia clínica. Estamos verdadeiramente gratos à WAO pela possibilidade de colaboração nesta parceria conjunta, que potencia a notoriedade da SPAIC, quer a nível nacional, quer internacional”.

O WAC 24 decorre em simultâneo com a 45ª Reunião Anual da SPAIC e com o 20º Congresso Luso-Brasileiro de Alergologia e Imunologia Clínica, tendo o comité científico elaborado “um programa intenso, cuidadosamente elaborado, com palestrantes internacionais e nacionais de renomado valor, focando em diferentes áreas relevantes da Imunoalergologia”.

Para os especialistas portugueses, este encontro representa uma oportunidade de partilha dos conhecimentos mais recentes das áreas da Alergologia e Imunologia Clínica e de troca de experiências com colegas de todo o mundo, “o que poderá refletir-se numa otimização da capacidade de prestar os melhores cuidados possíveis aos nossos doentes”, refere Ana Morête.

Programa científico

Entre as 9 sessões plenárias, os mais de 20 simpósios, incluindo os simpósios com as sociedades congéneres, os seminários, os Pro & Con, os Tips & Tricks, os meet-the-professors, as apresentações de trabalhos sobre a forma de comunicações orais e sessões de posters vão ser abordadas todas as patologias da doença imunoalérgica. Alergia alimentar, alergia a medicamentos, alergia a himenópteros, asma, rinite, conjuntivite, rinossinusite, urticária, dermatite atópica, angioedema hereditário, imunodeficiências, esofagite eosinofílica, mastocitose entre outras.

“Vamos ter a oportunidade de apresentar e debater normas clínicas internacionais, abordagens terapêuticas atuais e futuras, a importância da prevenção, o impacto na saúde da população e do ambiente, a importância da multidisciplinaridade e sessões para os jovens imunoalergologistas”, descreve a presidente da SPAIC reforçando que “o programa é realmente rico e aborda, de uma forma abrangente a enorme área de atuação do imunoalergologista”.

Saiba mais em https://wac.worldallergy.net/

Peditório decorre entre 31 de outubro a 3 de novembro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está à procura de voluntários, autênticos “Heróis da Liga”, que se disponibilizem,...

A exemplo do ano passado, o mote “Seja um herói da Liga. Seja um voluntário no peditório” pretende incentivar a população a participar neste extraordinário movimento de voluntariado em prol do doente oncológico e do seu cuidador, da promoção da saúde, da prevenção do cancro e da investigação em oncologia, garantindo a sustentabilidade financeira das várias iniciativas a desenvolver pela LPCC no próximo ano.

O Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vitor Veloso, descreve o Peditório Nacional como a iniciativa por excelência da LPCC, que possibilita a continuidade da ação da Liga e de todo o trabalho que continua a ser desenvolvido em benefício das pessoas. “O Peditório Nacional reflete o nosso envolvimento com os portugueses e confirma a sua generosidade. Todos os anos, os donativos da população recolhidos por um incansável grupo de voluntários, permitem-nos prosseguir a nossa atividade e ajudar os doentes que mais necessitam, bem como os seus cuidadores”, adiantou.

Em Portugal, e de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o cancro é responsável por mais de 33 mil óbitos anuais, tendo-se registado, em 2022, mais de 69 mil novos casos.

A LPCC apela a todos os interessados em doar o seu tempo a esta campanha que se inscrevam como voluntários no Peditório Nacional da LPCC.

Falhas no sistema central do SClínico impedem registo
A Campanha de Vacinação Sazonal do Outono-Inverno 2024-2025 contra a Gripe e a COVID-19 arrancou no dia 20 de setembro, mas os...

Em causa, de acordo com este dirigente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, “o sistema deveria servir para fazer as convocatórias dos doentes, para registar as doses já administradas e os doentes inoculados quer com a vacina da Gripe, quer com a vacina da COVID-19”. Embora os secretários técnicos das Unidades de Saúde Familiar e os enfermeiros tivessem o devido acesso ao programa, a verdade é que “o acesso propriamente dito não era possível, existindo inúmeras dificuldades nos registos que temos de fazer a propósito da campanha de vacinação”.

As falhas registadas obrigaram os profissionais de enfermagem a adotar medidas alternativas para que fiquem registados todos os dados e se evitem duplicação de convocatórias ou até mesmo de inoculações. De acordo com Rui Cardeira, “os secretários técnicos e os enfermeiros fazem o registo no SClínico normal e a expectativa é de que, ao fim de alguns dias, estes dados sejam carregados para o programa central, para que tudo fique devidamente registado”.

Com um aumento da procura dos doentes pelos Centros de Saúde, Rui Cardeira, admite algumas falhas no volume de vacinas para a COVID-19, mas que “rapidamente vão ser superadas, segundo as informações que nos foram transmitidas aquando do pedido de reforço de doses”. “Ao invés do que sucedeu em campanhas anteriores, temos de admitir que, este ano, o número de vacinas disponibilizadas para os centros de Saúde é o adequado”, acrescenta Rui Cardeira. Mesmo perante um aumento da procura por parte dos utentes. “Temos muitos utentes que nos questionaram previamente se íamos dar a vacina da gripe e da COVID-19 e que, perante a nossa resposta positiva, começaram eles próprios a pedir o agendamento da sua inoculação”, algo que o dirigente do SE considera muito positivo.

“Hoje ainda não tive oportunidade de confirmar, mas esperamos que os problemas de acesso ao SClínico central sejam rapidamente solucionados, para agilizar a campanha de vacinação”, frisa Rui Cardeira.

 
Evento decorre nos dias 29 e 30 de novembro
Nos dias 29 e 30 de novembro, a cidade do Porto receberá o 25.º Congresso do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral ...

Luísa Fonseca, coordenadora do NEDVC, explica que o congresso visa "promover a divulgação e o debate na classe médica sobre as novas evidências na prevenção, avaliação e tratamento dos doentes com DVC", além de "incentivar a investigação clínica". No encontro serão abordados temas como o tratamento na fase aguda da hemorragia cerebral e os fatores de risco cardiovascular, como a hipertensão, a diabetes e a dislipidemia, além de se discutir a relação entre as alterações do sono e a DVC.

Um dos destaques será a sessão de controvérsias, onde se irá debater a melhor abordagem para doentes com AVC isquémico e ASPECTS baixo, bem como a opção terapêutica mais adequada para doentes com mais de 60 anos e Foramen Ovale Patente (FOP). O congresso também assinalará os 10 anos da definição de ESUS (Embolic Stroke of Undetermined Source), com uma palestra sobre a pertinência de manter esta categorização na prática clínica.

No campo da investigação serão apresentados avanços importantes, como a terapêutica de fase aguda na oclusão da artéria basilar e as últimas evidências sobre o uso da tenecteplase na trombólise. Além disso, serão revisitados temas como o AVC em doentes jovens, a vasculite do sistema nervoso central e a síndrome de Moyamoya, doenças raras, mas de diagnóstico complexo, exigindo dos clínicos um elevado grau de sensibilização para garantir o tratamento adequado. Também serão apresentadas as mais recentes guidelines sobre a DVC, o que, segundo Luísa Fonseca, "tem sido um dos temas de maior interesse entre os congressistas ao longo dos anos".

Os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde no combate ao AVC em Portugal são vastos e multifacetados. "A cada hora, três portugueses sofrem um AVC, um deles não sobrevive, e metade dos sobreviventes fica com sequelas incapacitantes", alerta a coordenadora do NEDVC. A especialista enfatiza a necessidade de educar a população para reconhecer os sinais de alerta e contactar rapidamente o 112, permitindo que mais doentes cheguem ao hospital a tempo de receber o tratamento adequado, minimizando assim o risco de sequelas graves. Além do diagnóstico precoce e do tratamento na fase aguda, Luísa Fonseca sublinha a importância da reabilitação, muitas vezes "negligenciada", mas essencial para a recuperação funcional, cognitiva e psicossocial dos doentes.

O congresso também terá impacto direto na prática clínica, proporcionando a partilha de novas evidências e experiências entre os profissionais de saúde. A coordenadora destaca o workshop sobre decisões terapêuticas controversas, em que "casos clínicos complexos serão discutidos por especialistas de várias áreas", num modelo que promove a interação com os congressistas. Além disso, dois cursos de formação pós-graduada, um sobre trombólise e trombectomia e outro sobre neuroimagem no AVC, ambos com avaliação, contribuirão para a capacitação dos clínicos nesta área. A investigação será igualmente incentivada através do Prémio AVC e Investigação Clínica, que oferece ao vencedor um estágio de três meses num centro de referência europeu.

A prevenção primária e secundária também será um tema central do congresso, dado que "o AVC pode ser evitado em 80% dos casos", afirma a coordenadora do NEDVC. Para além de abordar os fatores de risco cardiovascular, o evento irá debater a abordagem a doentes com enfartes cerebrais silenciosos, a terapêutica na doença aterosclerótica e a melhor estratégia para doentes com fibrilhação auricular. Com o aumento previsto da população idosa nas próximas décadas, o NEDVC terá um papel crucial na sensibilização para a necessidade de prevenção e tratamento precoce. "É importante tentar reduzir as consequências do envelhecimento e garantir que a população tem acesso a cuidados de saúde adequados", conclui Luísa Fonseca.

Este congresso, ao ser uma plataforma para a atualização científica e partilha de conhecimentos, promete ser um marco na melhoria dos cuidados prestados aos doentes com DVC em Portugal, reforçando a importância da formação contínua e da colaboração entre especialistas na área da saúde.

“Bem Estar no Pós-parto – Para além do bebé”
O Algarve recebe, no próximo dia 5 de outubro entre as 08H30 e as 12H30 no Hotel Hilton Vilamoura, o 6.º Simpósio Nacional da...

O Simpósio Nacional da Grávida, de inscrição gratuita, é um evento dedicado a todas as grávidas do Algarve e tem como objetivo a partilha de experiências e informação relacionada com a gravidez, parto e puerpério entre os participantes e alguns dos melhores profissionais de saúde da região.

Ao participar neste simpósio todas as mães recebem um Kit com informação relevante para os pais e diversos produtos para o bebé, como fraldas, discos de amamentação, toalhitas, entre outros, oferta das marcas parceiras da iniciativa.

“Na edição deste ano vamos dedicar especial atenção ao bem-estar da mãe no pós-parto e aqui contamos com a experiência e as muitas soluções que o Grupo HPA disponibiliza na prevenção e tratamento de patologias associadas ao pós-parto. Ao longo desta manhã, para além das palestras, teremos uma aula prática de exercícios de recuperação pélvica e todos os participantes poderão visitar o espaço de exposição de produtos e serviços dedicados ao bebé e à grávida em que as marcas locais estão em destaque”, afirma Teresa Lopes da BebéVida.

Durante a manhã haverá ainda atividades práticas como workshops sobre amamentação e ecografias 4D para as futuras mamãs. Os participantes ficam ainda habilitados a receber um mega cabaz com produtos para o seu bebé.

As inscrições são gratuitas, mas limitadas. Inscrições em www.bebevida.pt.

 
Cuidados a ter
Manter hábitos saudáveis não só é a chave de um bom estado físico geral como é vital para a manutenç

Álcool e tabaco comprometem a saúde do cabelo

Na hora de nos submetermos a um transplante capilar, é fundamental seguir sempre as indicações da equipa médica. Entre estas, inclui-se a de eliminar o consumo de álcool e tabaco durante o processo.

Não há dúvidas de que o sucesso de um transplante capilar depende da habilidade e experiência do especialista, mas não só: também depende da responsabilidade do paciente. Sabemos que o álcool e o tabaco são substâncias tóxicas que afetam a saúde capilar. Assim, a qualidade do cabelo das pessoas com estes hábitos é pior do que a das que não os têm: são mais finos, menos elásticos e recebem menos nutrientes. Além disso, o tabaco pode acelerar a queda do cabelo.

Contraindicados no pós-operatório do transplante capilar

Esta contraindicação prende-se com o facto de as bebidas alcoólicas afetarem o nosso sistema circulatório, incluindo a coagulação do sangue. O álcool pode igualmente comprometer a sobrevivência das unidades transplantadas, dado que desidrata e afeta diretamente o estado do couro cabeludo. A eliminação de substâncias nocivas, tanto álcool como tabaco, favorecerá a cicatrização.

Evitar estes hábitos evitará também possíveis interferências entre os medicamentos que poderão ser prescritos após a intervenção (antibióticos, anti-inflamatórios) e a redução de vitamina A provocada pelo consumo de álcool.

É também preciso ter-se em conta que, se fumar entre 15 e 20 cigarros por dia, o médico especialista recomendará o abandono do hábito, pelo menos, uma ou duas semanas antes da intervenção. Caso contrário, existirá o risco de que as unidades foliculares transplantadas morram ou não cicatrizem adequadamente. Outra complicação associada ao tabagismo é a necrose na área transplantada, devido às dificuldades vasculares provocadas pelo tabaco. Esta é uma complicação que surge associada a todas as intervenções cutâneas, não apenas ao transplante capilar.

Deixar de beber álcool e de fumar antes de um transplante

Para evitar complicações em caso de hemorragia, recomenda-se evitar o consumo do álcool alguns dias antes de qualquer intervenção cirúrgica. Embora o transplante capilar seja uma cirurgia que apenas requer anestesia local, é aconselhável que deixe de fumar, no mínimo, uma ou duas semanas antes da sua realização.

Tenha presente que estas substâncias podem promover hemorragias nas pequenas incisões que são feitas para transplantar os folículos da área doadora para a zona alopécica.

A recuperação após um transplante capilar é rápida, sendo possível regressar de imediato à vida normal. No entanto, é aconselhável não retomar o consumo de bebidas alcoólicas até ao final da medicação ou dos tratamentos recomendados pelo especialista, como antibióticos ou anti-inflamatórios. Se, após esta pausa, não conseguir deixar de fumar, o ideal será voltar a fazê-lo oito dias após o transplante.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Aumenta a eficácia terapêutica e combina quimioterapia, fototerapia e hipertermia magnética
Uma equipa da Escola de Ciências da Universidade do Minho criou um gel para a libertação controlada de dois fármacos...

O material em hidrogel contém nanopartículas de lípidos, incorporando nanopartículas magnéticas (lipossomas) e de ouro. Ao aquecer as nanopartículas, usando um campo magnético alternado ou radiação infravermelha, e ao manipular os lipossomas com campos magnéticos, os cientistas conseguiram uma libertação controlada e direcionada de dois fármacos usados no tratamento do cancro (doxorrubicina e metotrexato). Este avanço pode vir a permitir ajustar a terapia a cada paciente, reduzindo os danos nos tecidos saudáveis, e permitirá avançar para estudos pré-clínicos.

“Além de ultrapassar várias limitações na administração de fármacos antitumorais, como a baixa solubilidade e biodisponibilidade, o gel possibilita controlar com precisão a sequência em que os fármacos são administrados”, avança o investigador Sérgio Veloso, que desenvolveu esta tecnologia no seu doutoramento em Física, após o mestrado em Biofísica e Bionanossistemas na UMinho.

Terapia multimodal

Esta terapia multimodal – combina quimioterapia, fototerapia e hipertermia magnética – resultou em laboratório num aumento da eficácia terapêutica. “É comum as células tumorais adquirirem resistência após sobreviverem a vários ciclos de terapia com um dado fármaco”, refere Elisabete Castanheira Coutinho, também investigadora do Centro de Física da UMinho. “A estratégia passa, assim, pela eliminação destas células que sobreviveram, expondo-as a um fármaco com um mecanismo de ação diferente”, acrescenta. No mercado já há géis deste tipo, mas não permitem a libertação seletiva de fármacos, nem a combinação de diferentes modalidades terapêuticas.

A investigação vai continuar com o desenvolvimento de materiais otimizados e mais baratos. “Queremos conceber novas vertentes do nanomaterial adaptadas a diferentes tipos de fármacos e condições dos pacientes e efetuar estudos pré-clínicos para avaliar a segurança e a eficácia do nanomaterial em modelos mais complexos”, conclui Sérgio Veloso.

A equipa conta ainda, na UMinho, com Paula Ferreira (Centro de Química), Paulo Coutinho (Centro de Física), e Loic Hilliou (Instituto de Polímeros e Compósitos). O trabalho envolve também membros do laboratório associado CICECO da Universidade de Aveiro, do Centro de Investigação em Nanomateriais e Biomedicina (CINBIO) e do Instituto de Investigação Sanitária Galiza Sul, ambos na Universidade de Vigo.

"Com a saúde não se brinca”
A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) vai apostar, no último quadrimestre deste ano, num ciclo de webinars...

Com um formato dinâmico e interativo, estes webinars serão transmitidos ao vivo no canal de YouTube desta sociedade científica. Cada sessão contará com especialistas de renome nas áreas de vacinação, cardiologia e saúde mental, abordando tópicos essenciais para a prevenção e o bem-estar geral.  

"Acreditamos profundamente que a literacia em saúde é um pilar fundamental para uma sociedade mais saudável e informada. Esta iniciativa surge precisamente com o propósito de levar conhecimento rigoroso e acessível à população e aos profissionais de saúde, desmistificando temas essenciais da saúde pública. A nossa missão é promover comportamentos preventivos que possam fazer a diferença na vida das pessoas e na forma como encaram a sua saúde", diz a presidente. 

Ao longo dos próximos meses vai ser possível assistir, de forma gratuita e aberta, a estes encontros virtuais. A primeira sessão, que será sobre a vacinação sazonal contra a gripe, acontece já esta terça-feira, 24 de setembro, com o conhecido médico de saúde pública Ricardo Mexia. “Com o início da campanha de vacinação, existem muitas dúvidas que vamos tentar explicar e esclarecer junto da população, como os critérios para a inoculação em grupos de risco ou a recente medida de vacinação nas farmácias”, continua. 

A SPLS já reservou também uma sessão dedicada à cardiologia com o médico cardiologista Fausto Pinto, a 28 de outubro, para abordar comportamentos de risco e prevenção de doenças cardiovasculares. Outras sessões serão anunciadas em breve, como a palestra sobre saúde mental com o psiquiatra Pedro Morgado e outra sobre vacinação com Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias, e Miguel Arriaga, Chefe da Divisão de Literacia, Saúde e Bem-estar na Direção-Geral da Saúde. 

"Num contexto em que a desinformação pode ter consequências graves, estes webinars são uma oportunidade única de trazer especialistas de renome diretamente ao público, num formato interativo e esclarecedor. Queremos que os participantes saiam destas sessões mais capacitados e confiantes nas suas decisões de saúde, tanto no que respeita à vacinação, como à saúde mental e às doenças cardiovasculares, que são áreas cruciais e que impactam muitas vidas". 

O programa completo, formulário de inscrição e link para o YouTube da SPLS podem ser encontrados no website da sociedade científica, aqui.  

"Este ciclo é também uma forma de unir a comunidade de saúde. Os profissionais terão a oportunidade de atualizar os seus conhecimentos com base em evidências científicas e trocar experiências, tudo numa plataforma acessível. Esperamos que cada sessão sirva de inspiração para mudanças concretas no comportamento preventivo de todos", termina Cristina Vaz de Almeida. 

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