FPAD deixa alerta
Em Portugal são mais de três milhões de pessoas que sofrem de diabetes e de pré-diabetes, uma doença que apresenta números...

No âmbito do Dia Mundial da Diabetes, a Federação Portuguesa de Associações de Pessoas com Diabetes (FPAD), deixa o alerta para uma doença que carece de um diagnóstico e tratamento precoce para ajudar a prevenir e evitar complicações futuras (AVC, insuficiência real, amputação de membros inferiores e cegueira).

Emiliana Querido, presidente da FPAD, refere que “as famílias desempenham um papel importante no apoio aos seus familiares com diabetes. Deve existir um reconhecimento dos riscos, sinais de alerta e prevenir a diabetes e suas complicações” e acrescenta que “quando uma família aposta numa alimentação saudável e pratica exercício em conjunto, todos os membros beneficiam e existe um encorajamento de comportamentos que podem prevenir a diabetes tipo 2”.

As intervenções comunitárias por parte da FPAD têm sido a prioridade para atingir indivíduos e famílias e incentivar à atividade física dentro e fora da escola e no local de trabalho. O objetivo é combater os estilos de vida modernos caracterizados por inatividade física e longos períodos sedentários.

Além da preocupação com a diabetes, a FPAD deixa a mensagem que as preocupações com esta doença num ambiente familiar são cruciais para a pré-diabetes.

Uma condição em que os níveis de glicose no sangue estão acima dos níveis normais saudáveis, mas não são suficientemente altos para estar na faixa dos diabéticos. Em que ao não existirem sinais ou sintomas visíveis associados à pré-diabetes, leva a que 9 em cada 10 pessoas com pré-diabetes desconheçam esta condição e, como cerca de 70% dos indivíduos com pré-diabetes vão eventualmente desenvolver diabetes tipo 2.

“É importante combater o peso da diabetes em Portugal, neste momento são diagnosticadas cerca de 200 pessoas com esta doença diariamente. A aposta passa por uma comunicação preventiva à diabetes tipo 2 em que, apesar de existir alguma carga genética e hereditária, a diabetes pode ser prevenida através de hábitos de vida saudável como a prática desportiva e uma boa alimentação” alerta Emiliana Querido, presidente da FPAD.

Setor agroalimentar
O projeto EntoValor demonstra que a introdução de insetos permite manter um setor agroalimentar a funcionar através de uma...

O EntoValor teve a duração de três anos e um investimento associado de 750 mil euros. O projeto foi liderado pela EntoGreen e por mais três empresas: Consulai, Rações Zêzere e AgromaisPlus e teve como parceiro de I&D o INIAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I. P.). O objetivo deste projeto foi promover a economia circular, uma vez que incidiu na utilização de subprodutos das agricultura e agroindústria para a produção das larvas, que depois de biodegradados serão posteriormente usados como fertilizantes orgânicos.

Com a implementação deste projeto foi possível produzir carne e ovos com um menor impacto ambiental, graças à aplicação de processos de valorização de subprodutos que permitem maximizar a utilização dos recursos e gerar novas oportunidades de negócio para o setor agroalimentar, em particular para as zonas rurais.

Neste sentido, foi possível substituir totalmente o bagaço e óleo de soja por insetos na alimentação de galinhas poedeiras, sem que se verifiquem alterações produtivas ou no sabor dos ovos. Também nos frangos foi possível substituir parcialmente na sua alimentação, o bagaço e óleo de soja por insetos sem que tal afete a produtividade e a qualidade da carne. Importa referir que 95% do bagaço de soja é importado, desta forma Portugal conseguirá reduzir a sua dependência do mercado internacional

Segundo Daniel Murta, Fundador da EntoGreen: “As regras para uma alimentação sustentável passam por consumir com moderação, de fonte local e de produtores que assegurem o natural ciclo dos nutrientes, maximizando a eficiência de utilização dos recursos naturais e o respeito pela natureza. Com o projeto EntoValor conseguimos verificar que é possível tornar a nossa agricultura sustentável sem com isso acabar com setores de atividade considerados tradicionais, mantendo a qualidade dos nossos produtos e o respeito pelo meio ambiente”.

 Importa lembrar que mais de um milhão de toneladas de alimentos são desperdiçados todos os anos em Portugal e que a utilização de insetos na conversão de desperdícios nutricionais (subprodutos vegetais) permite criar fontes nutricionais alternativas para animais, principalmente proteicas, e novas fontes nutricionais para as plantas, fertilizantes orgânicos. Este processo permite gerar produtos finais de elevado valor nutricional e económico.

Por outro lado, a utilização destes fertilizantes orgânicos nas culturas permite reduzir a utilização de fertilizantes químicos e minerais, responsáveis pela contaminação das águas e lençóis freáticos. Assim, os fertilizantes orgânicos contribuem para melhorar a saúde do solo, favorecendo a sua estrutura, a fixação de água e a atividade de microrganismos benéficos.

As conclusões do projeto EntoValor vão estar em debate no próximo dia 22 de novembro, na Estação Zootécnica Nacional de Santarém.

NEFROPOR
A anemia na doença renal crónica e o tratamento da mesma vai ser tema de um estudo, o ‘NEFROPOR’, coordenado pela Sociedade...

Organizada este ano em parceria pela Sociedade Portuguesa de Nefrologia e pelo Anemia Working Group Portugal (AWGP), a reunião, que antecede o Dia da Anemia, assinalado a 26 de novembro, apresenta o inquérito sobre a prática clínica no tratamento da anemia em Portugal, destinado a sensibilizar sobre a realidade do diagnóstico e o tratamento da anemia renal no nosso país.

Do programa fazem ainda parte temas como "Inteligência Artificial como suporte na terapêutica da anemia do hemodialisado”, o “Tratamento da ferropenia na Doença Cardio-Renal” ou “Estudo Pro-IRON. Anemia e ferropenia: uma visão do internamento”.

Recorde-se que, em Portugal e de acordo com o estudo EMPIRE, realizado pelo AWGP, um em cada cinco portugueses são afetados por anemia em algum momento da sua vida, com 84% dos afetados a desconhecer que tinha a patologia. Quanto à doença renal, estima-se que afete 8 a 10% da população adulta.

 

 

Bolsas
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) anuncia a abertura do período de candidaturas a duas Bolsas de...

Para além da habitual Bolsa de Investigação em Doença Vascular Cerebral, atribuída periodicamente pela SPAVC, no presente concurso será atribuída uma segunda bolsa de investigação extraordinária, com o mesmo valor, por ocasião da celebração do 15.º aniversário da Sociedade.

De acordo com os regulamentos dos dois concursos, os projetos terão uma duração máxima de dois anos iniciada no momento de atribuição da Bolsa e terminada no momento em que seja entregue o relatório final em formato de artigo científico. Note-se ainda que apenas serão admitidos projetos de trabalhos científicos a serem realizados, pelos menos parcialmente, em instituições portuguesas.

O presidente da Direção da SPAVC, José Castro Lopes, a quem caberá presidir igualmente ao júri incumbido da avaliação dos trabalhos a concurso, sublinhou que, na apreciação dos mesmos, “o júri terá em conta o interesse da candidatura, bem como o mérito científico dos candidatos e Instituições participantes, de acordo com uma grelha de avaliação com critérios bem definidos pela SPAVC”. O especialista explicou também que, após a divulgação da atribuição da Bolsa, “a Direção da SPAVC constitui-se em comissão de acompanhamento do trabalho, zelando pelo seu cumprimento de acordo com o projeto inicialmente apresentado”.

O regulamento estipula ainda que os resultados finais dos projetos deverão ser apresentados em reuniões da SPAVC e publicados, no prazo de dois anos, em revista nacional ou internacional de reconhecido mérito científico.

Apelando à apresentação de candidaturas, o Prof. Castro Lopes frisou que “a investigação nesta área é extremamente necessária, uma vez que o AVC é a primeira causa de mortalidade e incapacidade em Portugal”, destacando ainda o papel da valorização científica na internacionalização dos trabalhos nacionais.

As candidaturas deverão ser apresentadas até ao dia 12 de janeiro de 2020 e fazer-se acompanhar de um descritivo pormenorizado do trabalho a realizar, enviadas por via eletrónica à Direção da SPAVC ([email protected]) em formulário disponível no website da SPAVC (www.spavc.org).

Os vencedores da “Bolsa de Investigação em Doença Vascular Cerebral 2019” e da “Bolsa de Investigação 15 anos SPAVC” serão anunciados na sessão de encerramento do 14.º Congresso Português do AVC, que terá lugar de 6 a 8 de fevereiro de 2020, no Porto.

Estudo
Resultados do “Índex Nacional do Acesso ao Medicamento Hospitalar” são apresentados amanhã no Fórum do Medicamento

Determinar o nível de acesso ao medicamento hospitalar e identificar barreiras e problemas associados à gestão do medicamento são alguns dos objetivos do “Índex Nacional do Acesso ao Medicamento Hospitalar”, um estudo promovido pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e Ordem dos Farmacêuticos com o apoio científico da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, cujos resultados serão apresentados amanhã, na 11ª edição do Fórum do Medicamento.

Em que ponto estamos no acesso a novas terapêuticas? Está assegurada a equidade entre as diferentes instituições hospitalares? Quais os maiores desafios e oportunidades no acesso a novas terapêuticas? Após a introdução de uma nova terapêutica, quantas instituições monitorizam os resultados de efetividade e segurança? Estas e outras questões terão resposta na apresentação pública dos resultados do estudo, e serão discutidos por um painel que conta com representantes da Ordem dos Médicos, Ordem dos Farmacêuticos, INFARMED, APIFARMA, Administração Central do Sistema de Saúde, IPO de Coimbra e Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino. 

Subordinado ao tema “Equidade, Efetividade e Sustentabilidade no acesso à inovação”, o Fórum do Medicamento, que terá lugar na Sala Sophia de Mello Breyner do Centro Cultural de Belém, é uma iniciativa da APAH em parceria com a AstraZeneca, que conta ainda com um primeiro painel onde serão discutidos os “Contributos para a criação de uma Via Verde do Pulmão em Portugal”, tendo como exemplos o que de melhor já se faz lá fora.

 

 

Sintomas
Considerada a principal causa de doença renal crónica, a Nefropatia Diabética é uma complicação grav
Mão a segurar modelo de rim

A Diabetes mellitus é uma doença do metabolismo que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Resulta da incapacidade em utilizar corretamente o açúcar por falência da produção de insulina (no caso da Diabetes mellitus tipo 1) ou resistência a sua atuação (no caso da Diabetes mellitus tipo 2).

A forma mais comum (cerca de 90% dos casos) é a Diabetes tipo II, cuja incidência tem vindo a aumentar nos últimos anos. Atinge geralmente os adultos, sendo a idade e a etnia um fator de risco para o seu aparecimento. Apesar de existir um componente hereditário, o seu desenvolvimento está frequentemente associado a fatores de risco ambientais como os erros alimentares, o sedentarismo, a obesidade e o tabagismo.

Os doentes diabéticos têm dificuldade em processar o açúcar ingerido, que se vai lentamente acumulando nos vasos sanguíneos e em diversos órgãos levando a graves complicações. Existem órgãos que são especialmente afetados pela diabetes como os olhos (levando a cataratas e cegueira), o coração (conduzindo a hipertensão arterial e enfartes), os nervos (levando a perda de sensibilidade e amputações) e os rins.

Aproximadamente um terço dos doentes diabéticos vem a desenvolver doença renal e, atualmente, a diabetes é a principal causa de doença renal crónica e da necessidade de tratamento substitutivo da função renal (diálise ou transplantação).

A doença renal nos doentes diabéticos pode resultar diretamente da Diabetes (a chamada nefropatia diabética) ou ser causada (e agravada) por patologias associadas nomeadamente a hipertensão arterial, a aterosclerose ou a obesidade (denominando-se então doença renal crónica associada a diabetes).

A nefropatia diabética tem uma evolução lenta e faseada. Inicialmente é silenciosa mas posteriormente pode detetada em análises de urina ou em biopsias renais. A presença de proteínas na urina (geralmente referida como albuminúria) é um marcador da lesão renal e dependendo da sua quantidade assim poderemos avaliar a gravidade da doença. Esta é uma fase fundamental, já que o controlo rigoroso do nível do açúcar no sangue e a correção dos fatores de risco (redução do consumo de sal, perda de peso, controlo da pressão arterial e evicção tabágica) podem parar a progressão da doença renal e em muitos casos levar à sua reversão.

Sem tratamento a doença progride para uma fase sintomática em que os doentes podem notar a presença de espuma na urina e edemas. A progressão para doença renal crónica avançada é então inevitável podendo surgir sintomas como o cansaço, a falta de ar, a perda de apetite ou mesmo náuseas e vómitos, indicativos da necessidade de início de uma técnica de substituição da função renal.

A esperança de vida de um doente diabético com doença renal é reduzida já que a maioria dos doentes vem a falecer de complicações cardiovasculares (como os enfartes, insuficiência cardíaca; os acidentes vasculares cerebrais; as amputações) antes mesmo de necessitar de diálise ou ser candidato a transplantação.

Caso sofra de diabetes ou tenha familiares diretos afetados por esta patologia, deve seguir um estilo de vida saudável e consultar regularmente o seu médico de modo a fazer um diagnóstico precoce e um plano de tratamentos dirigido evitando assim graves complicações.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
14 de novembro | Dia Mundial da Diabetes
Especialista da APDP alerta para a necessidade de deixarmos de ser “uma sociedade facilitadora da diabetes e da obesidade”.

Os portugueses conhecem a diabetes, sabem que, por cá, lidamos com o flagelo das doenças cardiovasculares, “mas desconhecem a forte associação entre as duas”. Quem o diz é João Filipe Raposo, diretor clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), que deixa o alerta, a propósito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala no próximo dia 14, salientando que “o facto das complicações cardiovasculares e outras complicações parecerem surgir tardiamente na evolução da diabetes, dificulta a compreensão desta associação e também a motivação das pessoas com diabetes em alterar estilos de vida ou a aderir mais aos tratamentos propostos”.-

Retinopatia, neuropatia, doença aterosclerótica cardíaca ou cerebral, pé diabético, depressão, são várias e diferentes as complicações associadas à diabetes. A esta lista juntam-se ainda a insuficiência cardíaca e a doença renal crónica, complicações que surgem precocemente na pessoa com diabetes tipo 2, sendo desconhecidas para esta. Por isso, esclarece o especialista, “as pessoas com diabetes devem ter um acompanhamento por parte de equipas de saúde multidisciplinares de proximidade, devidamente treinadas nas competências específicas do que é o tratamento destas pessoas”.

Mais ainda, o especialista defende que “o diagnóstico precoce das complicações da diabetes deve ser uma exigência por parte das pessoas com diabetes e dos sistemas de saúde. Só o tratamento inicial da diabetes e das eventuais complicações levará a um menor peso do que estas representam em custos para o nosso país”.

Para aumentar a consciencialização, João Filipe Raposo considera necessário “saber dar a informação de forma adequada e criativa a toda a população. Precisamos de saber medir o impacto das campanhas que implementamos, nomeadamente através da medida dos resultados em saúde a curto, médio e longo prazo. Precisamos também de mais formação e de recursos adequados nas estruturas de saúde para poderem dar respostas efetivas às necessidades da nossa população”.

Numa altura em que, de acordo com os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) 67,6% da população portuguesa acima dos 15 anos tem excesso de peso ou é obesa1, e sabendo que a maioria das pessoas com diabetes tem excesso de peso ou obesidade2, aqui o combate “tem de ter como ponto de partida a adoção de uma estratégia global de intervenção ao longo do ciclo de vida das pessoas, começando ainda na fase pré-natal (motivando as futuras mães e pais para a necessidade de manter um ambiente saudável para os seus filhos), passando pelo ciclo escolar, entrada no mercado de trabalho, reforma e envelhecimento ativo. Esta estratégia tem de ir mais além do que o da participação das estruturas e recursos tradicionais da saúde, englobando todos os parceiros da comunidade, redefinindo políticas de urbanismo, trabalho, mobilidade, alimentação, etc”, reforça o especialista.

João Filipe Raposo refere ainda que “a prevenção da diabetes mellitus tipo 2 passa pela mudança de hábitos alimentares (de escolhas menos saudáveis para escolhas mais saudáveis e em menor quantidade do que habitualmente) e pelo aumento da atividade física, promovendo a redução do peso corporal”. Mudanças que, ainda que aparentemente de responsabilidade individual, “só poderão ter sucesso se incorporadas numa mudança global de sociedade – de uma sociedade facilitadora da diabetes e da obesidade para uma sociedade que conduza à adoção de comportamentos mais saudáveis. É esta a razão do lema da Organização Mundial de Saúde em todas as políticas”.

No âmbito do Dia Mundial da Diabetes, a APDP prepara-se para lançar uma campanha que, além de alertar a população para o risco aumentado que a pessoa com diabetes tem de desenvolver doenças cardiovasculares, é também um teaser para a campanha de 2020. Maria Diabetes e Zé Coração vão ser os personagens principais desta campanha, numa alusão à relação entre a diabetes e as doenças cardiovasculares que, quando existe, deve ser cuidada (como qualquer relação a dois).

Prémios Pfizer 2019
Dois investigadores portugueses são os grandes vencedores da 63ª edição dos Prémios Pfizer – o mais antigo galardão na área da...

O PRÉMIO PFIZER 2019 - INVESTIGAÇÃO CLÍNICA foi atribuído à investigação coordenada pela investigadora Guadalupe Cabral, do Centro de Estudos de Doenças Crónicas (CEDOC) da NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa, com um trabalho na área do cancro da mama, uma das principais causas de morte por cancro de mulheres jovens.

A investigação liderada por João Peça, do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e docente no Departamento de Ciências da Vida, FCT, Universidade de Coimbra, na área do autismo, foi indicado pelo júri da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa como o PRÉMIO PFIZER 2019 - INVESTIGAÇÃO BÁSICA.

A cerimónia da entrega dos prémios, no valor total de 50 mil euros, terá lugar esta tarde, no Teatro Thalia, em Lisboa, contando com a presença do presidente da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, Luís Graça e do diretor-geral da Pfizer Portugal, Paulo Teixeira.

A Cerimónia será também transmitida em live streaming na página de Facebook da Sociedade de Ciências Médicas, a partir das 18h00.

No evento que celebra os 63 anos dos Prémios Pfizer, a palestra de abertura da cerimónia de entrega dos Prémios, sob o tema “A saúde da Ciência” será proferida por Nadim Habib, Mestre em Economia pela London School of Economics, consultor internacional nas áreas de estratégia, inovação e criatividade e atualmente Professor Auxiliar convidado na Nova SBE.

Resistência antimicrobiana
A resistência aos antibióticos é uma preocupação mundial, não só no que respeita à saúde humana, mas também à saúde animal. Por...

Essenciais no tratamento de doenças, os antibióticos são uma ferramenta com benefícios reais, mas o seu uso deve ser responsável, não só nos animais de produção, mas também nos de estimação. O alerta é feito pela APIFVET - Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Veterinários, no âmbito do Dia Europeu do Antibiótico, assinalado a 18 de novembro. Para o Presidente, Jorge Moreira da Silva, acresce a esta preocupação “a automedicação e a venda sem receita médico-veterinária de antibióticos para animais de companhia nalguns estabelecimentos.” 

De acordo com a legislação da União Europeia, o uso de antibióticos em animais só é possível através de prescrição do médico veterinário, mas tal não acontece em alguns casos, pelo que “importa sensibilizar os donos de animais e os próprios estabelecimentos para que respeitem esta indicação.” Jorge Moreira da Silva alerta ainda que “só se devem usar antibióticos que tenham autorização de venda para animais de companhia e com prescrição do médico veterinário”. Além disso, os donos devem respeitar as indicações de toma, “garantindo que os animais recebem a dose ideal prescrita, pelo tempo necessário, sob pena de colocar em causa a eficácia do tratamento”. 

Sobre o uso responsável de antibióticos no tratamento de doenças bacterianas em animais de estimação e produção, o Presidente da APIFVET explica que “isto pressupõe o uso do antibiótico certo, na doença e altura certas, na quantidade e duração certas e, no caso dos animais de produção, respeitando-se os intervalos de segurança (tempo que medeia entre o último dia de administração do medicamento e o dia que se pode consumir os produtos de origem animal sem perigo de efeitos adversos para o ser humano) ”. Em Portugal, segundo o relatório ESVAC*, existe uma diminuição do consumo de antibióticos em animais de produção. Na opinião de Jorge Moreira da Silva esta tendência deverá ser mantida, através “do aumento das medidas de bio-segurança e a utilização de mais medicamentos veterinários biológicos.” A prevenção é também um caminho eficaz para garantir um uso controlado de antibióticos. Esta passa pela “vacinação dos animais, garantia de higiene do animal e do seu espaço, boa nutrição e cuidados médico-veterinários regulares”. 

Quanto à preocupação face à resistência antimicrobiana, a APIFVET partilha da opinião que esta questão deve ser enfrentada “através de uma abordagem de saúde única, envolvendo os diferentes setores que ligam a saúde animal, à humana e ambiental, uma vez que todos estão interligados”.

 

Risco Cardiovascular
Documento redigido pela Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC) surge com o intuito de alertar a população para a importância...

As novas recomendações europeias publicadas em agosto deste ano alertam para a importância da redução dos níveis de colesterol de acordo com o risco cardiovascular global de cada pessoa e do valor absoluto dos níveis de colesterol no sangue. Este documento resume os conhecimentos mais recentes relacionados com o tratamento daquele que é um dos principais fatores de risco de doença cardiovascular – o colesterol elevado.

Este documento redigido pela Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC) surge com o intuito de alertar a população para a importância de se alcançarem níveis de colesterol mais baixos do que previamente era recomendado, tendo como benefício a prevenção mais eficaz da doença cardiovascular, nomeadamente em indivíduos com doença cardiovascular já conhecida.

Em Portugal, 55% da população entre os 18 e os 79 anos apresenta dois ou mais fatores de risco de doença cardiovascular. Tendo em conta este cenário, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia endossa o documento do seu congénere europeu e reforça o alerta para o perigo dos comportamentos de risco e para a importância da prevenção destas doenças.

A Sociedade Europeia de Cardiologia alerta ainda para o facto de os níveis elevados de colesterol serem um fator de risco modificável e recomendam a adoção de um estilo de vida saudável e a utilização de novos medicamentos em associação às estatinas se o nível de colesterol ainda não estiver dentro dos valores pretendidos.

 

Cancro do Pulmão
É um dos tumores malignos que mais mata; milhões em todo o mundo, vários milhares por cá. Mas o cancro do pulmão é também um...

“Os avanços da ciência no cancro do pulmão têm sido imensos”, refere Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale, que confirma as missões assumidas pela associação, desde a prevenção, promoção do diagnóstico precoce do cancro do pulmão, ao aconselhamento dos doentes e promoção de investigação sobre as causas e tratamento desta doença. Objetivos que, realça a dirigente, “são diferentes, mas se unem através do mesmo fio condutor: ajudar a salvar vidas. É isso que se pretende com a nova campanha, que este ano tem como foco os progressos que a medicina tem feito e que permitem aumentar a qualidade e quantidade de vida dos doentes. Vivemos hoje, por isso, no tempo da Esperança.”

A campanha inclui para já um vídeo, onde se pode acompanhar o crescimento da Esperança e onde se apela, uma vez mais, ao envolvimento de todos. “A esperança não pára de crescer para quem é diagnosticado com cancro no pulmão, havendo hoje novas oportunidades no tratamento e acompanhamento destes doentes. É por isso que deixamos o apelo a todos os portugueses: envolva-se e ajude a esperança a crescer, não o cancro”, acrescenta Isabel Magalhães.

Não só no Mês de Sensibilização para o Cancro do Pulmão, que se assinala em novembro, mas também muito depois deste, a mensagem vai ser repetida, em diferentes formatos e suportes, com o mesmo objetivo: permitir que a Esperança continue a crescer. 

Veja o vídeo da campanha: 

Evento clínico
Mais de 600 pessoas, entre os quais profissionais de saúde e gestores hospitalares, de instituições públicas e privadas,...

“The Circle of Life” é o mote de um encontro que tem a ambição de proporcionar a todos os participantes um momento inspirador para refletirem sobre a constante evolução da Medicina. Neste evento serão debatidos diversos temas decorrentes do cruzamento das várias fases da vida do ser humano e as suas ligações ao crescimento da investigação, da tecnologia, da medicina e do profissional de saúde. A inovação em saúde é o elemento transversal a todos os temas.

“Uma das nossas grandes ambições é a constante simbiose entre a investigação científica, as competências técnicas e a tecnologia de ponta, assentes numa relação humana que comporte empatia, compaixão e, essencialmente, unicidade. Neste encontro espelhamos essa nossa pretensão e contamos com o apoio de profissionais de renome nacional e internacional para, juntos, refletirmos sobre a constante evolução da medicina e fazer deste um dos momentos de referência do ano na área da saúde”, explica Eduarda Reis, presidente do Conselho Médico da Lusíadas Saúde.

A visão do doente, a demonstração da importância da qualidade, os desafios do profissional de saúde, o impacto das tecnologias e a sustentabilidade do sistema de saúde são alguns dos ângulos a abordar nesta iniciativa.

A conferência terá ainda um espaço dedicado à apresentação e partilha de trabalhos científicos, desenvolvidos em instituições nacionais e internacionais. No dia que antecede o evento, estão agendados quatro workshops dedicados a diferentes temáticas.

 

 

Opinião
Ser ou não ser… Ser fumador ou ser NÃO fumador! Esta é uma importante questão para todos nós.

Primeiro a perspetiva individual. Ser ou não ser fumador parece poder resumir-se a ter ou não ter um comportamento, a ter ou não ter um hábito. Ser fumador é ter o hábito de fumar e um hábito é um comportamento que repetimos muitas vezes. Ser fumador é ter um hábito muito importante que, em mais de 90% dos casos, é uma dependência. E uma dependência cola-se à identidade e passa a fazer parte do Ser.

Ser NÃO fumador é não ter o hábito de fumar. Muitas vezes este NÃO é um problema. Para os adolescentes que começam a lidar com o desafio de experimentar fumar isto conta. O Não significa Sim. Quem começa a fumar é notado e valorizado, mesmo que seja pela negativa, quando os pais, os professores e até os amigos avisam sobre os riscos. Quem não começa a fumar não se nota, é não ter esse comportamento, é não ser qualquer coisa. Para prevenir, é melhor e mais eficaz reforçar o não fumar do que condenar o fumar.

Mas ser NÃO fumador é ser outras coisas… E agora vamos experimentar escrever sem o NÃO: é ser independente, é ser saudável, é respeitar o próximo, é preservar o ambiente, … e é por todas estas razões que existe o Dia Nacional do Não Fumador!

Agora a perspetiva social, económica e ambiental. Ser NÃO fumador é melhor para cada um que decide ser assim, mas é também muito melhor para todos. O fumo do tabaco é o principal poluidor de espaços fechados. A desflorestação da Amazónia, entre outros motivos, serve para ter novos campos de cultivo do tabaco e para ter papel para produzir os cigarros. Fumar enfraquece as economias porque uma parte importante do dinheiro disponível é gasto apenas num produto e numa indústria fechada com um número reduzido de empresas e postos de trabalho. Fumar sobrecarrega a sociedade devido aos elevados gastos com as doenças que provoca. E estes são apenas alguns exemplos dos custos sociais, económicos e sociais de fumar. E é por todas estas razões que existe o Dia Nacional do Não Fumador!

No essencial o Dia Nacional do Não Fumador, que se comemora no dia 17 de novembro, tem dois objetivos principais: Primeiro, valorizar os não fumadores, reconhecendo os benefícios para si e para todos da sua opção. Segundo, deixar um apelo a todos os fumadores para decidirem ser NÃO fumadores. Quem fuma só poderá ser NÃO fumador se decidir livremente deixar de fumar. Por vezes basta esta decisão para a mudança acontecer. Por vezes a dependência pode impor-se e ser necessário um pouco mais do que decidir para conseguir esta mudança. Nestes casos, recorrer a uma consulta de cessação tabágica pode ajudar. Se quiser saber onde pode encontrar uma consulta para si, ligue para a linha do Serviço Nacional de Saúde (SNS 24: 808 242424).

Parabéns aos NÃO fumadores e votos para que muitos fumadores aproveitem este dia para decidir mudar.

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Doença respiratória
Tosse, fadiga, falta de ar são alguns dos sintomas da Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), uma doença rara, crónica e progressiva...

“A Fibrose Pulmonar Idiopática é uma doença pulmonar que ocorre em doentes em idade avançada, na maior parte dos casos acima dos 60 anos, em que após uma agressão do meio ambiente, que ainda não conseguimos precisar, se observa uma resposta anómala, com uma cicatrização aberrante, através daquilo que chamamos fibrose, que substitui de forma progressiva o pulmão normal”, explica António Morais, pneumologista e presidente da SPP.

O desafio da FPI começa com o diagnóstico, que pode demorar vários meses, “até dois anos”, refere António Morais, justificando a demora com o facto de se tratar de “uma doença rara, que apresenta sintomas que podem ser enquadrados noutras doenças mais frequentes. Quando o doente inicia a incapacidade para esforços, pensa inicialmente que é devido à sua idade avançada.

Com o agravamento, acaba por procurar o médico, que o investiga acerca de uma doença cardíaca, como insuficiência cardíaca, ou de uma doença respiratória, como a Doença Pulmonar Obstrutiva, que são doenças mais frequentes e que podem cursar com sintomas idênticos”.

E ainda que esta seja, refere o especialista, “uma abordagem correta”, a incapacidade de associar os sintomas a qualquer um destes casos deve direcionar a investigação para doenças mais raras, como a FPI, “e este passo falha num número significativo de vezes. A dispneia (para os doentes falta de ar, cansaço, incapacidade para esforços) e/ou tosse seca persistente são sinais de alerta”.

No Mês de Sensibilização para as Doenças Respiratórias, a campanha chama a atenção para estes sinais, usando para isso a música. Porque em todos os concertos há uma tosse algures na plateia, uma tosse seca e persistente, que pode indicar a presença de FPI. O alerta vai para os sintomas - falta de ar progressiva, perda de peso, debilidade e fraqueza - e para alguns factos sobre a doença, como o desconhecimento (9/10 doentes nunca ouviram falar de FPI até ao seu diagnóstico), a inespecificidade dos sintomas, confundidos com outras doenças ou a dificuldade no diagnóstico.

É sobretudo nas pessoas acima dos 60 anos que surgem os casos de FPI, mais frequentemente nos homens e nos fumadores. “Em cerca de 10% existe um contexto familiar, pelo que existem casos em que haverá mutações genéticas associadas”, refere António Morais. Apesar de, nos casos mais graves, o transplante pulmonar se a única alternativa, há tratamentos disponíveis, “que atrasam de forma significativa a evolução da doença”. É aqui que entra a informação, que pode levar a um diagnóstico precoce, “de forma a que os doentes beneficiem desta terapêutica o mais cedo possível”. Só assim se pode manter uma melhor qualidade de vida.

Observatório Nacional da Diabetes
Nos últimos três anos verificou-se ainda um número muito elevado de novos casos de diabetes diagnosticados anualmente em...

Estima-se a existência de entre 605 a 618 novos casos de diabetes por cada 100 000 habitantes em 2018, de acordo com cada uma das fontes considerada. Ao compararmos com os anos anteriores, verifica-se uma tendência para a estabilização da incidência da diabetes em Portugal  desde 2008.

Em 2018 a prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) foi de 13,6%, isto é, mais de 1 milhão de portugueses neste grupo etário tem esta patologia.

O OND concluiu também que em 2017 a diabetes causou a perda mais de oito anos de vida por cada óbito provocado por esta doença na população com idade inferior a 70 anos. No entanto, nos últimos três anos verificou-se uma diminuição significativa do número de anos potenciais de vida perdidos por Diabetes Mellitus em Portugal (-15%).

Além do impacto crescente no número de casos, a diabetes assume também um papel significativo nas causas de morte, tendo estado na origem de 3,8% das mortes ocorridas em 2017.

O OND analisou ainda o impacto da diabetes nos cuidados de saúde primários: em 2018 na Rede de Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Portugal Continental encontravam-se registados 862.197 utentes com diabetes, num universo de 11.649.429 utentes registados. No mesmo ano, o número de utentes com diabetes que utilizou os serviços da Rede de Cuidados de Saúde Primários do SNS de Portugal Continental (com pelo menos uma consulta registada em sistema) foi de 715.712. O número total de consultas da diabetes realizadas pelo SNS em 2018 foi de 2.126.287. Em 2016 houve 2.138.478 destas consultas e 2.079.814 em 2017.

Rui Duarte, presidente da SPD, explica que “estes dados são para nós muito importantes porque não tínhamos novos dados sobre o impacto da diabetes em Portugal desde 2015. O OND é um instrumento fundamental para conhecermos os números da Diabetes ao longo da última década. Importa agora perceber se estamos a diagnosticar atempadamente e a tratar mais e melhor ou se muitos destes casos ainda não são devidamente acompanhados.”

Já o diretor do OND, João Filipe Raposo, sublinha a importância de olhar para o número de anos perdidos por cada morte provocada por diabetes: “os oito anos de vida que a diabetes rouba, os casos de cegueira, amputações e doença renal crónica que continuam a ser elevados deixam-nos um alerta. Há muito a fazer no que toca ao tratamento e, sobretudo, à prevenção da diabetes em Portugal. Precisamos de mudar estilos de vida para que o número de casos de diabetes parem de aumentar e de acompanhar melhor os nossos doentes para diminuir o impacto das complicações desta doença.”

O OND foi constituído na sequência e em conformidade com a Circular Informativa N.º 46 de 2006 da DGS, que estabelece as regras que devem orientar a criação de centros de observação em saúde: “Os centros de observação de Saúde devem ser organismos independentes, tanto do financiador como dos utilizadores, de modo a preservar a sua análise da influência dos decisores políticos, proporcionando a estes uma análise técnica que ajude a fundamentar o estabelecimento de estratégias e políticas de saúde”. O Observatório é parte integrante da  Sociedade Portuguesa de Diabetologia − SPD e tem como função recolher, validar, gerar e disseminar informação fiável e cientificamente credível sobre a Diabetes em Portugal. Os números apresentados hoje são preliminares. Em março de 2020 deverá ser apresentado o relatório total dos números referentes ao período entre 2016 e 2018.

Em Portugal
Embora seja uma das principais causas de mortalidade, de morbilidade, de perda de qualidade de vida e de consumo de recursos de...

Dentro dos países da OCDE, Portugal está entre os que apresentam maior taxa de mortalidade por pneumonia. “Os dados mais conhecidos e validados revelam cerca de 80 internamentos e 16 óbitos, por dia”, afirma Filipe Froes, em representação da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. No entanto, “este peso que a pneumonia tem em termos de mortalidade no nosso país pode estar relacionado com a diferente metodologia e valorização das causas de morte”, acrescenta o pneumologista. Por outras palavras, em Portugal a causa da morte pode estar a ser atribuída à pneumonia quando, na base, está uma doença mais grave. Realidade que pode não acontecer noutros países, onde é valorizada como causa de morte a doença de base que se agrava perante um quadro de pneumonia.

“A incidência de pneumonia aumenta com a idade, é mais frequente nos homens, nos fumadores, nos doentes imunocomprometidos e nos portadores de doenças crónicas como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), diabetes, insuficiência renal, cardíaca ou hepática”, descreve o especialista.

Embora tenha uma incidência mais elevada nos períodos mais frios, a pneumonia não é uma doença sazonal, podendo ocorrer em qualquer altura do ano.

Segundo Filipe Froes, prevenir a pneumonia passa por atuar nos fatores de risco associados ao estilo de vida: evitar a ingestão de bebidas Alcoólicas e o consumo de Tabaco, manter as doenças Crónicas controladas, manter uma boa Higiene oral, usar criteriosamente as terapêuticas Imunossupressoras e manter um bom estado Nutricional (ATCHIN) e fazer a vacinação antigripal e contra o pneumococos, que é o principal microrganismo responsável pela pneumonia.

 

 

Cancro do Pulmão
O tabaco é responsável por cerca de 11% de todas as mortes em Portugal. Deixar de fumar pode reverter este número, no entanto...

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, morrem cerca de oito milhões de pessoas por ano devido aos cigarros. Por cá, reforça Fernando Barata, Pneumologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, “11,7% de todas as mortes são atribuídas ao consumo de tabaco", responsável por muitos dos casos de cancro do pulmão. Aliás, reforça o especialista, “sabemos que a redução do número de cigarros para metade diminui o risco de cancro do pulmão em somente 25%2, e que o consumo de apenas um a quatro cigarros aumenta significativamente o risco de morte por doença cardiovascular". 

Aqui, o médico é categórico: “é fundamental parar totalmente de fumar para diminuir este risco. A ideia de diminuir o número de cigarros fumados e ficar a fumar ‘só depois das refeições e do café’ não é realista. Em primeiro lugar porque o tabagismo é uma dependência, e como tal, se o fumador conseguir diminuir o número de cigarros, passado algum tempo volta a fumar o mesmo… ou mais!” 

Para muitos, a tarefa não é fácil. E para muitos também há o desconhecimento da existência de consultas de cessação tabágica e do facto destas consultas “não terem taxa moderadora, precisamente por serem abrangidas pela legislação de consulta de toxicodependência”.

As novas formas de tabaco, publicitadas como sendo menos perigosas e uma boa alternativa para quem não consegue parar de fumar, merecem um comentário por parte do especialista. “Os fumadores que experimentam o cigarro eletrónico, e mais recentemente o tabaco aquecido podem ter a sensação que diminuem as suas queixas relacionadas com o tabaco (respiram melhor, têm menos expetoração, o cheiro é menos intenso), mas a verdade é que não sabemos ainda exatamente que doenças causam, uma vez que são necessários vários anos de consumo para as doenças se manifestarem”. Doenças que podem ser diferentes. “Nos EUA, em julho passado surgiram os primeiros oito casos de uma nova doença pulmonar grave em utilizadores de cigarros eletrónicos. Em 24 de outubro já tinham sido comunicados 1.604 casos, com 34 mortes confirmadas3. Que doença nova é esta e o que a causa? Não sabemos ainda, mas a verdade é que todos os casos tinham como ponto comum o uso de cigarros eletrónicos. E com estes dispositivos não foi necessário esperar 30 anos para percebermos que fazem mal! Quanto ao tabaco aquecido, ainda não sabemos, mas chegou há menos tempo. Há, no entanto, algo que sabemos: os pulmões foram feitos para respirar ar puro!” 

O alerta aqui vai também para os jovens que Fernando Barata tem dúvidas “que saibam que o cigarro eletrónico e o tabaco aquecido também fazem mal. Até porque estes novos produtos, que foram apresentados como alternativas para os fumadores que não conseguem parar de fumar, estão a lançar campanhas publicitárias dirigidas aos jovens”.

O cancro do pulmão continua a ser, hoje, apesar de todos os avanços, um dos que mais mata. O médico confirma que, globalmente, “o cancro do pulmão continua longe das boas percentagens de outros tumores (mama ou próstata). Mas a realidade está em mutação acelerada. A taxa de controlo e a sobrevivência que estamos a registar nos últimos cinco anos mostram valores muito interessantes”. O imprescindível é, confirma, “ter para cada doente uma abordagem personalizada”.

Neste Mês de Sensibilização para o Cancro do Pulmão, a mensagem é só uma: “se fuma, peça ajuda para parar de fumar. Se não fuma, não comece. Para quem tem responsabilidades governativas, centrais ou mais locais, a continuação da implementação de medidas de evicção tabágica é imprescindível. Estamos a evoluir de modo fantástico no diagnóstico e tratamento do cancro do pulmão, mas antes de se envolver no diagnóstico ou querer saber das modernas opções terapêuticas, evite em si ou no seu amigo ou família ter cancro do pulmão. Neste mês, deixe de fumar ou contribua para que o seu amigo deixe de fumar”.

Estudo
Mensalmente cerca de 551 919 internautas Portugueses visitam páginas de Internet do setor da Saúde. Em média, cada visita a...

Em média cada internauta português realiza, diariamente, cerca de 74 visitas à Internet, despendendo cerca de 2 horas por dia em navegação.

Neste estudo a PSE identificou 15 diferentes perfis de internautas! “The Browser” é o perfil com maior presença na Internet em Portugal, representando 25% dos internautas portugueses, estes internautas caracterizam-se pela sua navegação genérica e indiferenciada. Seguem-se os “Struggling Generation”, internautas jovens de classe média-baixa e com profissões menos qualificadas. O terceiro perfil mais presente na Internet em Portugal é o “Bon Vivant”, estes são internautas que utilizam a Internet numa ótica de diversão e lazer.  Por outro lado, importa referir o perfil Power User, este perfil embora represente apenas 5% dos internautas portugueses é responsável por 22% do total de visitas realizadas mensalmente na Internet, são por isso considerados os internautas que estão sempre online. 

Conclusões gerais: 

Segundo o estudo, os internautas portugueses são, na sua maioria, homens entre os 25 e os 36 anos, têm formação superior, trabalham em profissões associados à gestão ou trabalho administrativo, pertencem à classe social C2 ou D e vivem em zonas urbanas.

Media é o setor de atividade que os portugueses visitam mais na Internet (média de 117 visitas mensais por internauta), seguindo-se os Classificados (80 visitas por mês), Retalho (44), Banca (26) e Turismo (23). No que concerne ao tempo de navegação verifica-se que é nos Classificados que, em média, os internautas passam mais tempo (98 segundos por visita), seguindo-se o Retalho (93 segundos), Automóvel (91 segundos), Turismo (88 segundos) e Telecomunicações (82 segundos). 

Cerca de 26% dos internautas portugueses demonstram preferência por pesquisas comparativas sobre análise de produtos e/ou serviços e respetivos preços, seguem-se as pesquisas sobre temas relacionados com viagens, turismo e outras atividades de lazer (25%) e pesquisas sobre IT, incluindo reviews e comparações de produtos (22%).

 

Opinião
Estima-se que 40 por cento dos diabéticos podem desenvolver retinopatia, sendo esta a principal caus

Mas o que é a retinopatia diabética? Trata-se de uma manifestação ocular da diabetes que afeta a retina, a parte do olho responsável pela captação e envio das imagens para o cérebro. O seu aparecimento está diretamente relacionado com o tempo de duração da diabetes e com a falta de controlo da glicemia.

Para prevenir ou controlar as alterações provocadas pela retinopatia, o diabético deve realizar consultas regulares, obter informação sobre a sua condição e colaborar na gestão da mesma.  Deve, este, estar ciente que a melhor prevenção é através de um maior cuidado com a saúde em conjunto com um regime de vida que permita o controlo da doença. Os exames visuais regulares são elemento fundamental na deteção precoce de manifestações da retinopatia diabética, sobretudo porque os estágios iniciais são normalmente assintomáticos.

O tratamento para a retinopatia diabética nos estágios iniciais consiste no controlo dos níveis de glicose no sangue, o que permite evitar assim uma progressão da doença. Nos casos mais avançados de retinopatia diabética, o tratamento pode ser realizado com recurso a fotocoagulação por Laser ou antiangiogénicos.

O Optometrista é um profissional central nos cuidados para a saúde da visão, segundo a Organização Mundial da Saúde. O seu âmbito de prática não se limita ao diagnóstico, prescrição, terapêutica e reabilitação da condição visual. Também desempenha um papel de relevo na investigação e inovação científica, para a implementação de prática clínica baseada em evidência científica.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alertam especialistas
Fadiga, stress e até lesões podem ser resultado de uma baixa ergonomia no local de trabalho, o que inevitavelmente se irá...

Na era da Revolução Digital, computadores e todos os produtos relacionados, como mesas e cadeiras que os sustentam, constituem o ponto forte do estudo da ergonomia. Com a sustentabilidade e a própria mobilidade a mudar os ambientes de trabalho, novos problemas físicos surgem e afetam os colaboradores. A Adecco alerta que, os trabalhadores passam horas e horas a usar os dispositivos e objetos que, se não forem adequados, irão gerar fadiga, stress e até lesões. Fatores como as características do indivíduo, nomeadamente peso, altura, proporções, audição, visão, preferências térmicas, estão na base da produtividade individual. A baixa ergonomia no trabalho afetará negativamente a produtividade dos funcionários, refere a empresa

O estudo da ergonomia no trabalho é por isso essencial. Se, ao executar as suas funções de trabalho, o seu corpo estiver sob pressão devido a uma postura inadequada, sofrer altas temperaturas ou realizar movimentos repetitivos, o seu sistema músculo-esquelético será afetado negativamente. O nosso corpo pode desenvolver sintomas como fadiga, desconforto e dor, que podem ser os primeiros sinais de um distúrbio músculo-esquelético, que afetarão negativamente músculos, articulações, tendões, ligamentos e nervos.

Vantagens da implementação da ergonomia no trabalho:

Cultura de segurança do trabalho. A ergonomia no trabalho reflete o compromisso da empresa com a segurança e a saúde de seus funcionários. De facto, o ativo mais valorizado de qualquer organização são funcionários saudáveis, seguros e felizes. A promoção dessa cultura levará a um melhor desempenho dos trabalhadores.

Redução de acidentes de trabalho. A ergonomia dos móveis de escritório diminui o número de acidentes de trabalho.

Funcionários mais produtivos e sustentáveis. Com maior conforto, a produtividade dos colaboradores também aumentará.

Menor número de compensações económicas. A redução de acidentes de trabalho acarreta um número menor de compensação financeira e licença médica para o trabalhador.

Poucos funcionários com dor. A ergonomia no trabalho fará com que os trabalhadores se sintam confortáveis, satisfeitos e felizes. A implementação da ergonomia no escritório pode reduzir os fatores que geram desconforto, minimizará o risco de distúrbios osteomusculares. Portanto, os trabalhadores serão mais eficientes, produtivos e se sentirão muito satisfeitos no desempenho das suas funções.

Menos absenteísmo no trabalho. Ao sofrer menos dor e gozar de boa saúde, o trabalhador será mais leal e produtivo com a empresa. Como seres humanos, buscamos conforto, independentemente de onde estamos. Portanto, ter um local de trabalho que favorece boas posturas e reduz danos e acidentes gerará uma força de trabalho muito mais produtiva. O esforço da organização para melhorar a segurança e a saúde de seus funcionários se traduz em modelos motivados e leais. Por sua vez, isso se traduz em menos absentismo no trabalho.

Melhor qualidade. O funcionário, sentindo-se à vontade e sem dores no trabalho, ou mal-estar estará mais focado no core do seu dia-a-dia, prestará mais atenção aos detalhes com os quais a qualidade do serviço ou produto será melhor.

Aumento de benefícios. O facto de minimizar o risco de acidentes de trabalho e aumentar a produtividade traz maiores benefícios para a empresa.

Comprovados os benefícios oferecidos pela implementação de uma boa ergonomia no trabalho, o lógico será trabalhar para uma empresa criada por essa cultura de trabalho. 

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