Nova liderança na área jurídica
A Novartis Portugal tem, desde junho, uma nova liderança na área jurídica. Sónia Valadas é a nova Country Legal Head para...

Sónia tem uma vasta experiência na área jurídica. Desde a sua entrada na Novartis Portugal, em 2009, passou por várias divisões e áreas de negócio, tendo assumido, em 2018, a liderança da equipa de Ética, Risco e Compliance. Transita agora para a liderança da área jurídica, com a missão de apoiar o propósito da Novartis de reimaginar a medicina garantindo, ao mesmo tempo, o cumprimento dos elevados padrões de ética e conduta empresarial que definem a relação de confiança da empresa com a sociedade.

“É emocionante para mim poder ter um papel ativo na resolução de desafios de saúde que nos afetam a todos.  Acredito que, na Novartis, estamos bem posicionados para o fazer: com transparência, rigor, colaboração e confiança”. afirma Sónia Valadas.

Licenciada em Direito e com várias formações académicas na área do Direito do Trabalho e da Segurança Social e do Direito da Farmácia e Medicamento, o percurso da Sónia fica marcado pela dedicação ao Direito aplicado à Saúde.

 
Dia 27 de junho online
Rui Pedro, enfermeiro especialista no cuidado a pessoas com diabetes, feridas e afeções dos pés, vai falar sobre “Evidências na...

Nesta Católica Nursing Talk, Rui Pedro Silva, enfermeiro especialista, irá partilhar o conhecimento e casos clínicos relevantes na área do cuidado a pessoas com diabetes, feridas e afeções dos pés. Uma sessão que será moderada por Vasco Neves, enfermeiro e investigador na área das afeções do pé, em particular nas pessoas com diabetes.

Alguns dos temas a abordar serão: as últimas evidências científicas na área do cuidado de pessoas com diabetes e afeções dos pés; abordagens para o tratamento e prevenção de úlceras do pé diabético, de forma a otimizar a qualidade de vida dos pacientes e alívio do sofrimento; estratégias para promover a gestão eficaz do regime terapêutico, capacitando as pessoas para assumirem um papel ativo no controle da doença; o impacto na pessoa e família e/ou cuidados; explorando as dimensões sociais, emocionais e psicológicas da doença; e recursos disponíveis para apoiar os profissionais de enfermagem no cuidado de pessoas com diabetes.

A Católica Nursing Talk sobre “Evidências na Prestação de Cuidados a Pessoas com Diabetes e Afeções dos Pés” realiza-se online a 27 de junho, pelas 17h00. É aberta ao publico, mas carece de inscrição

 
 
A IDCG é uma síndrome rara e fatal com diversas causas genéticas
A Associação Portuguesa de Doentes com Imunodeficiências Primárias (APDIP) acaba de lançar uma petição pública para a inclusão...

As imunodeficiências primárias (IDPs) estão presentes desde o nascimento e são hereditárias, manifestando-se caracteristicamente durante o primeiro ano de vida ou durante a infância. Contudo, algumas IDPs (como a imunodeficiência comum variável e outras) não são identificadas até à idade adulta. Atualmente já se identificaram centenas de doenças primárias decorrentes de imunodeficiência. Todas são relativamente raras, mas é preciso pensar nelas para chegar a um diagnóstico.

Em Portugal todos os recém-nascidos têm a possibilidade de realizar o rastreio neonatal, também conhecido como teste do pezinho, que permite identificar doenças, quase sempre genéticas, nas primeiras semanas de vida do bebé, permitindo que se tratem precocemente. Contudo, o rastreio à IDCG não está abrangido no teste do pezinho e é por esse motivo que a APDIP cria esta petição.

“Em muitos países o teste para a IDCG já é uma realidade. Atualmente com a tecnologia que temos a possibilidade de integrar este teste no rastreio neonatal está ao nosso alcance e promete transformar vidas. A APDIP acredita firmemente que estamos no caminho certo e mantemos a esperança de que em breve poderemos celebrar mais um passo importante na melhoria contínua da saúde infantil no nosso país”, afirma Ricardo Pereira – presidente da APDIP.

As IDPs caracterizam-se pelo mau funcionamento do sistema imunitário e quanto mais precocemente forem detetadas, mais cedo se pode iniciar o tratamento e desta forma evitar comorbilidades futuras na vida das crianças e até risco de vida.

De acordo com os resultados do ‘Rare Barometer’, 90% dos inquiridos consideram que qualquer doença rara deve ser rastreada à nascença se: permitir um diagnóstico mais rápido e por consequência que a pessoa que vive com uma doença rara tenha as suas deficiências mais bem reconhecidas, um apoio social mais adequado e uma vida independente; a doença possa ser seguida e os danos possam ser evitados através de práticas preventivas.

O rastreio neonatal para a IDCG representa não só um avanço médico significativo, mas também uma oportunidade de oferecer às crianças afetadas um futuro mais promissor. A deteção precoce permite intervenções terapêuticas imediatas, como o transplante de medula, aumentando exponencialmente as taxas de sucesso e qualidade de vida.

O presidente da APDIP reforça “Junte-se a nós nesta jornada para fazer do rastreio neonatal de IDCG uma realidade em Portugal, porque cada vida é preciosa e merece um início saudável. Assim, convidamos todos os atuais pais, futuros pais, avós, familiares de crianças a assinarem esta petição para começarmos a preparar o futuro com ações feitas no presente!”

 
Investigação publicada na Nature Communications
A barreira hemato-encefálica - uma rede de vasos sanguíneos e tecidos que nutre e protege o cérebro de substâncias nocivas que...

"Estas assinaturas têm um elevado potencial para se tornarem novos biomarcadores que captem as alterações cerebrais na doença de Alzheimer", explica o autor sénior,  Nilofensher Ertekin-Taner, presidente do Departamento de Neurociências da Mayo Clinic e líder do Laboratório de Genética e Endofenótipos da Doença de Alzheimer da Mayo Clinic na Florida.

Para realizar o estudo, a equipa de investigação analisou tecido cerebral humano do Mayo Clinic Brain Bank, conjuntos de dados publicados e amostras de tecido cerebral de instituições colaboradoras. O estudo incluiu amostras de tecido cerebral de 12 doentes com doença de Alzheimer e 12 doentes saudáveis sem doença de Alzheimer diagnosticada. Todos os participantes doaram o seu tecido à ciência. Utilizando estes conjuntos de dados e outros externos, a equipa analisou milhares de células em mais de seis regiões do cérebro, o que faz deste um dos estudos mais rigorosos da barreira hemato-encefálica na doença de Alzheimer até à data, segundo os investigadores.

Os investigadores centraram-se nas células vasculares cerebrais, que constituem uma pequena parte dos tipos de células do cérebro, para examinar as alterações moleculares associadas à doença de Alzheimer. Em particular, analisaram dois tipos de células que desempenham um papel importante na manutenção da barreira hemato-encefálica: os pericitos, guardiões do cérebro que mantêm a integridade dos vasos sanguíneos, e as suas células de suporte conhecidas como astrócitos, para determinar se e como interagem.

Os investigadores descobriram que as amostras de doentes com doença de Alzheimer apresentavam uma comunicação alterada entre estas células, mediada por um par de moléculas conhecidas como VEGFA, que estimula o crescimento dos vasos sanguíneos, e SMAD3, que desempenha um papel fundamental nas respostas celulares ao ambiente externo. Utilizando modelos celulares e de peixe-zebra, os investigadores validaram a sua descoberta de que o aumento dos níveis de VEGFA conduz a níveis mais baixos de SMAD3 no cérebro.

A equipa utilizou células estaminais de amostras de sangue e de pele doadas por doentes de Alzheimer e do grupo de controlo. Trataram as células com VEGFA para descobrir de que forma este afetava os níveis de SMAD3 e a saúde vascular em geral. O tratamento com VEGFA provocou uma diminuição dos níveis de SMAD3 nos pericitos do cérebro, o que indica uma interação entre estas moléculas.

Os dadores com níveis mais elevados de SMAD3 no sangue apresentavam menos danos vasculares e melhores resultados relacionados com a doença de Alzheimer, segundo os investigadores. A equipa afirma que é necessária mais investigação para determinar de que forma os níveis de SMAD3 no cérebro afetam os níveis de SMAD3 no sangue.

Os investigadores tencionam continuar a estudar a molécula SMAD3 e as suas consequências vasculares e neurodegenerativas na doença de Alzheimer e tencionam também investigar outras moléculas com potencial envolvimento na manutenção da barreira hemato-encefálica.

Esta investigação faz parte de uma subvenção federal destinada a apoiar projetos que identificam alvos para o tratamento da doença de Alzheimer. O estudo foi apoiado em parte pelo National Institutes of Health, pelo National Institute on Aging, pelo Alzheimer's Association Zenith Fellows Award e pelo Mayo Clinic's Centre for Regenerative Biotherapeutics.

 
Para que serve este ramo da medicina?
Trata-se de uma área médica formada por uma equipa de especialistas multidisciplinar, focada no trat

A Senologia é um ramo da Medicina que diagnostica, estuda e trata as doenças da mama. Está, tradicionalmente, sob a responsabilidade de um ginecologista ou cirurgião geral. 

“Mas, em boa verdade, o que importa é que quem o faça, o faça bem, ou seja, que estejam envolvidos sempre profissionais que na sua atividade se dediquem maioritariamente a esta questão”, explica Luís Castro, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, senologista e coordenador da Ginecologia/ Obstetrícia e da Unidade da Mama do Hospital Lusíadas Braga — Unidade que conta também com o novo Hospital de Dia Médico onde é possível realizar com “toda a privacidade, comodidade e conforto todas as terapêuticas necessárias para o tratamento do cancro.”

Um dos aspetos mais relevantes da consulta de Senologia é a sua componente multidisciplinar. “Hoje em dia, sabemos que não é um médico sozinho e isolado que trata este tipo de doenças. Em todos os sítios onde há Senologia com qualidade, são vários os especialistas envolvidos, existindo uma interação forte com outras especialidades, como a Imagiologia, Oncologia Médica, Radioterapia, Fisioterapia, Enfermagem, Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Medicina Física e de Reabilitação, Psicologia ou Genética Médica.” 

Para combater de forma eficaz as patologias da mama, em que se destaca o cancro da mama, esta equipa vasta e marcada pela multidisciplinaridade é fundamental. Vários estudos têm, aliás, demonstrado, que quando tratadas por médicos experientes e cujas áreas se complementam, as mulheres têm não só maior sobrevida, como conseguem ter uma qualidade de vida superior após os tratamentos. 

Existem várias doenças que podem afetar a mama, além do cancro da mama. “Felizmente, as benignas são as mais frequentes”, diz o médico, ressalvando que é muito importante não desvalorizar este tipo de patologia. “Não só pode dar muito incómodo e desconforto, como muitas vezes causa muita ansiedade.” 

O cancro da mama 

Este fator de ansiedade em torno de patologias na mama tem uma causa. É que apesar das doenças benignas serem as mais frequentes, o cancro da mama também é muito incidente e prevalente. “É o tipo de cancro mais comum nas mulheres. É, de longe, muito mais frequente do que o cancro do colo do útero”, ressalva o especialista.

Os números falam por si. Segundo o especialista, em Portugal, são diagnosticadas por ano mais ou menos cerca de seis mil novos casos de cancro da mama. Mais: a Agência Internacional do Desenvolvimento do Cancro estima que na Europa Ocidental, ao longo da vida, mais ou menos uma em cada oito mulheres irá desenvolver um cancro da mama. Apesar de ser mais frequente em idade mais avançada, é importante lembrar que um em cada quatro casos de cancro da mama são diagnosticados antes dos 50 anos. 

“É uma doença que é muito frequente, que preocupa muito as mulheres e que atinge muitas mulheres em idade jovem. Tem muito impacto não só pela frequência, mas também porque afeta a imagem das mulheres, a sua relação com o mundo e também os seus agregados familiares, porque as mulheres são um suporte fundamental, uma trave das famílias. Quando afetamos a vida da mulher, afetamos muitas vezes a sua dinâmica familiar.” 

Como em tantas outras doenças, a chave para bons resultados, diz o médico, é a deteção precoce. “Permite tratar de forma menos mutilante e agressiva, com melhores resultados na sobrevida e na qualidade de vida a longo prazo, conservando na maioria das vezes a mama”, diz. “Qualquer alteração na mama, seja dor, nódulos, corrimento mamilar, alterações na forma, não devem ser desvalorizadas. Devem procurar o seu senologista para poderem ser devida e eficazmente orientadas.” 

As outras doenças da mama 

Existem outras patologias benignas, que justificam uma consulta de senologia. Umas porque estão frequentemente associadas à dor e ao desconforto, outras porque podem aumentar o risco de transformação maligna. 

“Existem muito frequentemente senhoras a queixarem-se de dor na mama por patologia benigna, que são os quistos e nódulos da mama, que também causam muita ansiedade e desconforto”, diz. “Carecem de vigilância e têm muitas vezes a necessidade de intervenção ou de tratamento cirúrgico, porque aumentam de tamanho, provocam dor, causam deformidade estética ou porque provocam esta ansiedade permanente.” 

E que outras doenças são estas? 

Patologia fibrocística

Caracterizada por quistos e fibrose da mama, que podem coexistir. É muito frequente. “É um distúrbio que afeta mais frequentemente a mama que é densa e que provoca dor com frequência.” 

Esta dor é cíclica, estando muitas vezes associada ao ciclo menstrual da mulher. Os tratamentos fazem-se com analgésicos e antinflamatórios. “Também tentamos controlar o ciclo ovulatório porque, diminuindo as flutuações, conseguimos melhorar esta patologia”, explica o especialista. “Também tratamos vigiando, tranquilizando e excluindo a hipótese de ser um cancro da mama. Em todas as doenças da mama, partimos sempre da exclusão da patologia maligna.”

Fibroadenomas 

“São também motivo muito frequente de consulta, caracterizando-se por nódulos sólidos benignos, mais comuns na mama de mulheres jovens [na adolescência ou início de idade adulta]”, explica Luís Castro. “Estes nódulos têm uma consistência elástica, podem crescer e ser grandes.” 

Muitas vezes, o diagnóstico é feito por via de ecografia e biópsia “Quando são pequenos e estão estáveis pode não necessitar de intervenção. Mas se crescerem e doerem podem ter indicação cirúrgica”, explica, ressalvando, no entanto, que “quer a patologia fibrocística, quer os fibroadenomas, não aumentam significativamente o risco de cancro da mama.” 

Secreções através do mamilo 

Outra causa frequente que leva muitas mulheres à consulta são as secreções no mamilo. Podem ter várias causas. A mais comum é conhecida como galactorreia, que corresponde à saída do leite pelo mamilo.” 

Pode acontecer não só depois da gravidez, como noutras alturas, devido a medicamentos, quer sejam hormonas, quer sejam antidepressivos, por exemplo”, explica. “Podem ocorrer também alterações hormonais próprias que podem produzir o aumento dessas secreções, que podem ser incolores, brancas ou verdes.” 

As secreções através do mamilo podem ser o sintoma de alterações que surgem dentro dos ductos. “Há pequenos tumores benignos, a que chamamos os papilomas intraductais, que são comuns e muitas vezes causadores de uma secreção que vai do incolor até a um bocadinho de sangue, que têm indicação cirúrgica.” 

Por último, há ainda “tumores não benignos da mama, carcinomas invasores, que podem ter uma secreção de sangue mesmo no mamilo”, explica o especialista. “Este já é mesmo um sintoma a valorizar.”  O tratamento, explica, depende da causa.” Se for provocada pelos medicamentos ou se não tiver importância, basta tranquilizar e dizer que não há risco.” 

No caso destes tumores, por haver o risco de transformação maligna, pode haver indicação cirúrgica. 

Mastite 

São infeções da mama, que acontecem muito no pós-parto, no processo de amamentação. Os sintomas caracterizam-se por uma mama vermelha, inchada e quente. 

Apesar de ser um fenómeno frequente no pós-parto, Luís Castro faz uma ressalva importante: “Há formas de cancro da mama — o carcinoma inflamatório — cuja manifestação é semelhante a uma infeção na mama. Os sintomas são os mesmos que o da mastite”, diz. Por isso, “sempre que houver uma mastite fora da amamentação, é preciso não desprezar e valorizar a infeção, porque pode ser esse tipo de cancro, que é particularmente agressivo e que se manifesta com estes sinais inflamatórios.” 

Quem deve ir à consulta de senologia? 

Não há uma regra fechada. A consulta de Senologia deve ser frequentada sempre que há queixas relacionadas com a mama — desde nódulos, a quistos, dor, mastites ou secreções. Não existe idade máxima ou mínima. E mesmo os homens podem ser consultados quando há queixas ou dúvidas. 

Além do aparecimento de sintomas na mama, Luís Castro destaca que esta consulta é particularmente relevante para mulheres de famílias que são de risco, com historial de cancro da mama, ou ainda para senhoras que estejam em idade de rastreio, recomendado a partir dos 50 anos. 

“Na consulta da mama, além de fazermos o exame, fazemos uma avaliação de risco do cancro da mama. Há algoritmos que nos permitem calcular qual é a probabilidade, o risco de a mulher vir a desenvolver esta doença ao longo da vida”, conta. “Com essas ferramentas e de acordo com o perfil da pessoa, estabelecemos um perfil de vigilância individualizado.” 
Que outras características da mulher devem ser consideradas nesta avaliação, interferindo com este plano de vigilância? Além da história familiar, há outros fatores de risco para o desenvolvimento do cancro da mama. Uns são modificáveis (podem-se alterar), como o tabagismo, a obesidade ou o consumo excessivo de álcool. Outros nem por isso: “A idade não é modificável”, exemplifica. “Quanto maior a idade, maior a predisposição para o risco de cancro.” 

Mas há mais. “A exposição às hormonas femininas é também um fator de risco que não conseguimos modificar: há um aumento ligeiro do risco de desenvolver esta doença, quanto mais cedo a idade da primeira menstruação e quanto mais tarde a idade da menopausa”, explica. Além disto, entre os fatores de risco modificáveis, estão também a realização de terapêutica hormonal de substituição depois da menopausa e ainda a toma da pílula contracetiva. “Aumentam de forma muito, muito ligeira o risco de desenvolver o cancro da mama. É um risco muito marginal, mas existe.” 

Há outros aspetos que devem ser levados em linha de conta. “A densidade mamária, ou seja, o tipo de mama que nos surge na mamografia também é um fator de risco que se tem de considerar”, diz. “As mulheres que têm uma densidade glandular maior têm maior risco de desenvolver cancro da mama do que as menos densas.” Ter o primeiro filho numa idade mais tardia também é um fator que agrava ligeiramente o risco. 

Já a amamentação, protege: “A amamentação durante mais tempo também é um fator protetor, diminuindo ligeiramente o risco de se desenvolver esta doença.” 

Como é a consulta de Senologia?

O processo começa na consulta com o senologista, que faz uma avaliação inicial com uma história cuidadosa e um exame físico detalhado, pedindo os estudos necessários. Num segundo momento, intervém a especialidade de Imagiologia, onde são realizados os exames necessários, desde a mamografia, à ecografia ou a biópsia. “Depois, com os colegas de Anatomia Patológica, discutimos o resultado da biópsia e avaliamos.” 

Quando há um diagnóstico de cancro, há sempre uma consulta de grupo multidisciplinar. “Reúnem-se, no mínimo, o senologista, a radioterapia e a oncologia médica”, explica Luís Castro. 

É nesta consulta que se decide como é que se vai tratar a doença. “Para cada um dos diagnósticos faz-se uma avaliação conjunta para se delinear em conjunto uma estratégia”, diz. É que os tumores são diferentes e as pessoas são diferentes. O plano é sempre individualizado:” Nós não tratamos doenças, tratamos pessoas”, destaca o médico. “É diferente tratar uma mulher de 85 anos de uma mulher de 40 ou 50, que tem outra capacidade para fazer tratamentos.” 

Havendo indicação cirúrgica, esta é realizada pelo senologista ou cirurgião da mama. “Depois, há novamente uma consulta de grupo e decide-se o futuro: se o paciente entra num processo de radioterapia ou de quimioterapia, por exemplo.” 

Luís Castro sublinha que “todas as decisões em termos de tratamentos oncológicos são fundamentadas em consulta de grupo”, podendo depois ser necessário recorrer também aos especialistas em Medicina Física e de Reabilitação, Enfermagem, Psicologia, Genética ou Cirurgia Plástica. 

A importância do diagnóstico precoce

Quanto mais cedo for diagnosticada uma doença, maior a probabilidade de um tratamento que seja eficaz e que não deixe vestígios. “Quanto mais precoce a deteção, maior a taxa de sucesso”, reforça Luís Castro. “Há estudos muito bons que fazem uma correlação entre o diagnóstico atempado, a sobreviva e o impacto na vida das pessoas.” Hoje em dia, sublinha o senologista, não se trata apenas de sobreviver: “Trata-se de ter qualidade de vida.” 

Para o médico, além da sobrevivência, o sucesso de um bom tratamento, liderado por uma equipa multidisciplinar, que trabalha em conjunto, reflete-se na capacidade de “não fazer do cancro da mama o evento principal de uma vida”. Traduz-se na habilidade em “devolver as pessoas à sociedade, família ou trabalho, igual ao que estavam antes.” 

Quando os diagnósticos são tardios, aumenta o risco de a doença metastizar para outros órgãos, o que diminui a probabilidade de sobrevivência. Além disso, uma deteção tardia resultará também em tratamentos mais agressivos, que deixam sequelas e marcas durante muitos anos.

A pandemia levou a que muitas pessoas adiassem consultas, afetando o rastreio e a vigilância da mama de muitas mulheres. “Estamos a ter doentes com estados mais avançados, ou porque não fizeram exames ou porque tiveram dificuldade em chegar ao médico de família.” 

É fundamental não adiar os cuidados de saúde: “Na sequência de alguma alteração, é importante consultar o médico sem pensar duas vezes”, afirma Luís Castro. “O cancro não desaparece com a COVID-19. Quando tratamos a doença na fase inicial, a taxa de cura é superior a 90%. Faz toda a diferença tratar cedo.”

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Milhares de embriões e gâmetas podem ser eliminados após agosto deste ano
De acordo com a lei, as dádivas de embriões e gâmetas (óvulos e espermatozóides) feitas sob anonimato podem ser destruídas...

“Até maio de 2018, a doação de gâmetas era anónima em Portugal. A partir dessa data, o anonimato dos dadores deixou de ser possível, permitindo que as crianças nascidas através da procriação medicamente assistida (PMA) com recurso a dádivas pudessem conhecer a identidade civil do dador que ajudou a gerar a sua vida”, explica a Presidente da APFertilidade, Cláudia Vieira. 

Os dadores de material biológico cujas dádivas tenham sido feitas até 7 de maio de 2018 permaneceram anónimos, mesmo depois da entrada em vigor da Lei n.º 48/2019. Isto porque foi aplicada uma norma transitória para impedir a destruição imediata dos embriões, nos cinco anos seguintes, e de gâmetas, nos três anos posteriores. 

Passado este período transitório, “abre-se uma possibilidade preocupante”, sublinha Cláudia Vieira. “A destruição de milhares de embriões e gâmetas pode prejudicar o acesso de casais a material que lhes permite constituir família, por isso, é essencial encontrar soluções que impeçam esta situação”. 

Assim, na petição pública, a APFertilidade apela a que “os casais cujos embriões estejam criopreservados sob condição de anonimato contactem com urgência os centros onde o seu material biológico está guardado e indiquem que abdicam da confidencialidade”. Desta forma, os embriões não são eliminados e passam a ficar disponíveis para ajudar outras mulheres e casais. 

“Abdicar do anonimato significa que se dá a possibilidade de qualquer pessoa com idade igual ou superior a 18 anos, nascida com a ajuda de tratamentos de fertilidade com recurso a doações, solicitar junto do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida a identificação civil dos dadores, não podendo ser exigida qualquer responsabilidade parental aos mesmos”, relembra a iniciativa. 

A associação pede ainda a alteração da lei, alargando os prazos para a utilização de embriões e gâmetas doados sob anonimato para 10 e cinco anos, respetivamente, evitando que comecem a ser destruídos dentro de pouco mais de um mês.  

Para quem está à procura de construir família, a APFertilidade propõe a criação de um plano para alertar estes indivíduos inférteis ou em reconhecida condição de adotantes para a possibilidade de adotarem embriões doados e, assim, impedir a sua destruição. 

“Levantar o anonimato, doar ou adotar embriões impede a sua destruição e permite que sejam utilizados nos projetos de parentalidade dos que precisam de ajuda para ter filhos”, diz a Presidente da associação. “Impedir a destruição deste material biológico é dizer ‘Sim’ à hipótese de se construírem famílias sonhadas por tantas mulheres e casais que lutam para conseguir uma gravidez”. 

A petição pode ser consultada aqui

Iniciativa já abrangeu 11 Escolas Básicas na região da Grande Lisboa e Setúbal
Hansaplast junta-se à Cruz Vermelha Portuguesa para desenvolver a iniciativa “ABC da Ferida”. O projeto visa educar alunos do...

O projeto “ABC da Ferida” fornece aos alunos conhecimentos acerca da importância da literacia em saúde, como tratar feridas de menor dimensão e os cruciais momentos de procura de ajuda médica.

A partir da exposição de uma informação preventiva, pretende-se não só que exista uma redução significativa de acidentes e complicações, como também capacitar os alunos a ajudarem-se a si próprios e entre si em situações de emergência.

O conhecimento partilhado entre os alunos pode ter efeitos positivos na saúde pública. Quando as crianças entendem e aplicam práticas adequadas de tratamento de feridas, existe uma provável redução na procura por serviços de saúde em situações nas quais os mesmos não são essenciais. Além disso, os alunos podem atuar como agentes multiplicadores, levando o conhecimento que adquirem para conversas familiares e, por sua vez, até outras comunidades. Este diálogo aberto cria comunidades mais informadas e saudáveis.

Além das atividades nas escolas, Hansaplast está a disponibilizar um guia de cuidado da ferida, que inclui informações detalhadas sobre como tratar diferentes tipos de feridas e as melhores práticas de primeiros socorros. Este guia será um recurso valioso tanto para as escolas quanto para as famílias.

O projeto contou com dois parceiros essenciais para o desenvolvimento e implementação junto das Escolas: Cruz Vermelha Portuguesa e a Empresários Pela Inclusão Social. A iniciativa abrangeu 11 Escolas Básicas na região da Grande Lisboa e Setúbal, impactando cerca de 300 alunos. A perspetiva, a longo prazo, é dar continuidade ao “ABC da Ferida” a nível nacional, focando não só no cuidado da ferida, mas também em primeiros socorros.

Cruz Vermelha Portuguesa e Empresários Pela Inclusão Social são parceiros do projeto “ABC da Ferida”

Sofia Castanheira, Socorrista e membro da Cruz Vermelha Portuguesa, afirma que “A educação em saúde nas escolas tem o potencial de gerar impactos significativos tanto na vida dos estudantes quanto na comunidade como um todo. Uma iniciativa de esclarecimentos e formação sobre o tratamento de feridas em escolas de ensino básico não melhora apenas o conhecimento dos alunos sobre cuidados básicos de saúde, mas também pode levar a uma série de benefícios sociais e comunitários. Para além do principal objetivo desta iniciativa, a promoção da literacia na área da saúde, também a exposição das crianças a diversas profissões durante o período escolar é uma prática enriquecedora que pode ter um impacto profundo no desenvolvimento pessoal e académico dos alunos. Esta prática não apenas amplia o conhecimento das crianças sobre o mundo do trabalho, mas também contribui significativamente para o desenvolvimento de habilidades sociais, cognitivas e emocionais.”

Diogo Simões Pereira, Diretor-Geral da Empresários Pela Inclusão Social (EPIS), destaca: “A EPIS apoia entusiasticamente o projeto ABC da Ferida da Hansaplast junto das escolas devido ao seu significativo impacto social. Este projeto promove a literacia na saúde de forma lúdica e visual, alcançando alunos, docentes e não docentes. Capacitar jovens e adultos para o tratamento de feridas é extremamente relevante, porque ensina como agir em situações que possam ocorrer nas escolas, ou em outros contextos, abordando diferentes tipos de feridas e as várias formas de intervenção possíveis. Parcerias que disseminam conhecimento nas escolas são muito importantes para a EPIS, ajudando todos a prevenir situações de risco evitáveis. A EPIS felicita a Hansaplast e a Cruz Vermelha Portuguesa pela promoção da literacia na saúde nas escolas em Portugal”.

Estudo traça retrato das mulheres em Portugal em processo de menopausa
64% das mulheres em perimenopausa ou em plena menopausa admitem estar numa fase má ou muito má da vida, e nove em cada 10 são...

O estudo conta com uma amostra de mil mulheres entre os 45 e os 60 anos e procura compreender como as portuguesas vivem a menopausa, abordando questões como desinformação e impreparação, principais efeitos, cuidados adotados e o acompanhamento clínico desta fase da vida. Sendo uma experiência única para cada pessoa, o estudo revela que mais de metade (56%) das mulheres sentem os primeiros sinais antes dos 50 anos, com uma em cada quatro a começar a ter sintomas antes dos 46 anos. Para a maioria, os sintomas duram até dois anos e 34% das mulheres em plena menopausa consideram-nos intensos ou muito intensos.

O documento aponta para uma preocupante falta de preparação e informação entre as mulheres, com 81% a assumir não saber distinguir bem a menopausa da perimenopausa. Devido a esta falta de conhecimento, 52% das mulheres sentem-se pouco ou nada preparadas e 61% das mulheres em perimenopausa não planeiam tomar medidas preventivas antes dos primeiros sintomas. O documento indica também que o acompanhamento médico na menopausa é insuficiente: 38% das mulheres que se apercebem da aproximação à menopausa não procura um especialista ou demora pelo menos um ano a fazê-lo; 14% em plena menopausa ou pós-menopausa não tem qualquer acompanhamento por um profissional de saúde e 73% não faz qualquer tratamento específico.

A saúde mental é uma das dimensões mais afetadas nesta fase da vida, com 29% das mulheres em perimenopausa ou plena menopausa a avaliar o seu estado de saúde psicológico como pouco ou nada saudável, um dado que sustenta a ideia defendida por vários especialistas de que existe uma ‘janela de vulnerabilidade’ para a depressão e para a ansiedade nos anos da perimenopausa e subsequentes à menopausa. O inquérito confirma que estes efeitos são ainda pouco reconhecidos, com 63% das mulheres a não associar sintomas como falta de memória, dificuldade de concentração, ansiedade e depressão à menopausa.

A vida sexual das mulheres é também profundamente afetada durante este processo. O estudo mostra que 46% das mulheres em plena menopausa ou pós-menopausa com parceiro(a) reconhecem efeitos negativos na vida sexual, e 37% refere a perda de libido como um dos principais fatores que contribuem para uma vida sexual menos satisfatória.

Sobressaem igualmente as repercussões na autoimagem, com 39% das mulheres em plena menopausa ou pós-menopausa a admitirem que a sua autoestima foi afetada negativamente. Mais de metade das mulheres (55%) admitem que a menopausa alterou a forma como se veem, com os aspetos negativos, como o aumento de peso ou o parecer mais velha, a prevalecerem sobre os positivos.

O inquérito demonstra que persiste um silêncio em torno deste assunto e que as mulheres optam por abordar o tema em círculos fechados: 72% discute a menopausa entre amigas, e a maioria das que estão num relacionamento (60%) escolhe não falar sobre a situação o tema com o parceiro. As inquiridas indicam ainda a falta de apoio da sociedade e do mercado, com quatro em cada cinco mulheres a considerarem haver pouco debate sobre o tema, e três em cada cinco acreditam que as marcas devem ser mais proativas na resposta às necessidades das mulheres na menopausa.

Os dados do estudo ‘Menopausa: Como é vivida pelas mulheres em Portugal’ são apresentados na conferência ‘Não fica bem falar de… Menopausa’, que decorre hoje no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa.

“50 Perguntas • Cancro da Mama”
Produzido em parceria com as associações Careca Power e Amigas do Peito, “50 Perguntas • Cancro da Mama” reforça a aposta da...

São muitas as questões e as angústias que surgem quando se vive com cancro da mama. “O que significam os estádios do cancro da mama?”, “Quanto tempo duram os tratamentos?”, “A carne vermelha causa cancro?” ou “Poderei engravidar após um cancro da mama?” são algumas dúvidas que acompanham a chegada de um diagnóstico ou o convívio com a doença.

Para contribuir para uma vida sem medos, e em parceria com a Associação Careca Power e a Associação Humanitária de Apoio à Mulher com Cancro da Mama – Amigas do Peito, a Pfizer Portugal lançou o livro “50 Perguntas • Cancro Da Mama”, com o objetivo de desmistificar as questões mais comuns sobre a patologia.

“50 Perguntas • Cancro Da Mama” inclui 50 perguntas às quais Leonor Fernandes, médica no Serviço de Oncologia da ULS São José, Pedro Meireles e Sara Magno, médicos no Serviço de Oncologia do IPO de Lisboa, respondem de forma simples e clara, e que vão desde as dúvidas iniciais como “Quais são os diferentes tipos de cancro da mama” a questões sobre nutrição e tratamentos.

O cancro da mama é uma das doenças com maior impacto na sociedade. Considerado o mais comum entre as mulheres (excluindo o cancro de pele), corresponde à primeira causa de morte por cancro, neste grupo. Em Portugal, todos os anos são detetados cerca de 7 000 novos casos de cancro da mama e 1 800 mulheres morrem com a doença*.

“50 Perguntas • Cancro Da Mama” vai ser distribuído, de forma gratuita, através das associações de doentes e entregue em hospitais de todo o país. Pode, ainda, ser descarregado através do website da Pfizer, em formato digital.  

 
Presidente da Direção da RECOVERY IPSS cumprirá mais um mandato de 3 anos
A EUFAMI - European Federation of Associations of Families of People with Mental Illness reuniu em Congresso nos passados dias...

Para Miguel Durães, esta reeleição representa uma grande honra para Portugal. “Ser reeleito para a Direção da Confederação Europeia EUFAMI é um reconhecimento do trabalho árduo e da dedicação das associações portuguesas na defesa dos direitos e na promoção do bem-estar das pessoas e das famílias de pessoas com doença mental. Estou empenhado em continuar a colaborar com os meus colegas europeus para fortalecer o apoio às famílias e avançar nas políticas de saúde mental para todos, sem exceção. Este mandato é uma oportunidade crucial para promovermos uma Europa mais inclusiva e solidária, onde cada indivíduo, independentemente da sua condição, receba o apoio e os cuidados de que necessita.”

O, agora, reeleito membro da Direção da EUFAMI destaca, ainda, alguns dos objetivos do novo mandato: “Nos próximos três anos, iremos focar-nos na melhoria dos serviços de saúde mental, na promoção de tecnologias inovadoras que facilitem o acesso e no fortalecimento da rede de suporte para familiares e cuidadores. É essencial promover a inclusão social e cultural, bem como abordar os desafios colocados pela imigração e diversidade cultural na Europa. O nosso compromisso é garantir que todas as famílias recebam o suporte necessário para enfrentar os desafios da saúde mental com dignidade e esperança.”

Por fim, a escolha de Vilnius também foi alvo de análise de Miguel Durães: “foi escolhida como local do congresso pela sua rica história e pelo seu compromisso com os direitos humanos e a inclusão. O congresso foi um grande sucesso, culminando na aprovação de uma declaração importante que aborda os conflitos na Europa, imigração e diversidade cultural, e reforça o apoio às famílias e os avanços tecnológicos na saúde mental.”

A EUFAMI - European Federation of Associations of Families of People with Mental Illness é uma organização internacional sem fins lucrativos, sediada em Leuven, na Bélgica, e fundada em 1992, após congresso realizado dois anos antes em De Haan (Bélgica). A maior federação europeia representativa de familiares e cuidadores informais de pessoas com experiência de doença mental tem como objetivo principal a «melhoria contínua na saúde mental em geral, na qualidade do cuidado e bem-estar das pessoas com doença mental na sociedade e, especialmente, no nível de apoio para suas famílias, parentes cuidadosos e amigos», conforme se pode consultar nos seus estatutos.

Atualmente, conta com 41 membros em 29 países, membros em 22 países da União Europeia a 27, sendo que 28 membros são de pleno direito e 13 são afiliados.

Balanço da 10º edição do festival
A Lusíadas Saúde, serviço médico oficial do Rock in Rio Lisboa 2024, prestou cuidados de saúde a 1.484 pessoas, no total dos...

Este ano, a Lusíadas Saúde regressou ao Rock in Rio com uma resposta reforçada para incluir, pela primeira vez, cuidados de saúde psicológicos assegurados por uma equipa clínica do Hospital Lusíadas Monsanto, em linha com o mote do grupo: “Do corpo à mente, ouvimos a tua saúde”. Da saúde física à saúde mental, a estreita colaboração do grupo de saúde com os parceiros de segurança do evento garantiu uma resposta ágil, eficaz e totalmente integrada às necessidades dos visitantes nos quatro dias do evento.

No primeiro dia (sábado, 15 de junho), o Hospital do Rock contabilizou 317 ocorrências e, no segundo dia (domingo, 16 de junho), foram prestados 344 cuidados de saúde. No segundo fim de semana de evento, foram registadas no dia 22 de junho (sábado) 249 ocorrências e, no último dia do evento (domingo, 23 de junho), 574 assistências. A maioria dos atendimentos realizaram-se nos postos fixos da unidade clínica (centro médico e posto de saúde) e os restantes foram assegurados pelas equipas móveis, estrategicamente posicionadas no Parque Tejo para responder às necessidades do público.

As cefaleias (relacionadas com a exposição solar e algum grau de desidratação), as feridas (decorrentes de quedas e calçado desadequado ao recinto), e as lesões osteoarticulares foram as ocorrências físicas diagnosticadas com maior frequência ao longo do festival. Paralelamente, o serviço médico da Lusíadas Saúde proporcionou um apoio psicológico dedicado e personalizado junto dos festivaleiros que deste necessitaram, assegurando um ambiente tranquilo e seguro para todos.

Na 10.ª edição do Rock in Rio Lisboa 2024, a Lusíadas Saúde distribuiu 20 mil pulseiras com o número de urgência médica, facilitando a deslocação imediata dos carros de apoio e/ou ambulâncias.

O Hospital do Rock integrou uma unidade clínica outdoor constituída por 12 equipas distribuídas pelo recinto – oito equipas de suporte básico de vida e quatro dedicadas ao suporte avançado de vida. Além disso, contou com infraestruturas de assistência fixas, incluindo um centro médico com gabinete de observação, sala de reanimação e uma área dedicada à imagiologia e, ainda, um posto de saúde que prestou assistência a situações clínicas menos complexas. No local estiveram cerca de 200 profissionais de saúde em representação de todas as unidades Lusíadas Saúde, de norte a sul do País.

A equipa de coordenação clínica que esteve presente no Parque Tejo, ao longo da realização de todo o festival, ofereceu um elevado nível de organização e resposta, assegurando uma assistência médica rápida e eficaz a todos os visitantes, e integrou três profissionais do Grupo Lusíadas Saúde (uma médica e dois enfermeiros) – Dr.ª Sofia Lourenço, Enf.º Rui Dias e Enf.º Bruno Matos.

"Participar no Rock in Rio Lisboa 2024 foi uma experiência extremamente enriquecedora. Tivemos a oportunidade de proporcionar um atendimento de saúde de elevada qualidade, tanto em questões físicas quanto psicológicas, garantindo que todos os participantes pudessem desfrutar do evento com segurança e tranquilidade. A dedicação da nossa equipa foi fundamental para que conseguíssemos responder prontamente a todas as necessidades, refletindo o compromisso do Grupo Lusíadas Saúde com o bem-estar de cada pessoa presente no festival", salienta Sofia Lourenço, coordenadora do serviço médico do Rock in Rio Lisboa 2024.

PR visitou fábrica da farmacêutica portuguesa no âmbito da conferência de comemoração dos 100 anos
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou, esta terça-feira, o colaborador mais antigo da maior...

Marcelo Rebelo de Sousa visitou as instalações da empresa focada na investigação e desenvolvimento e condecorou o colaborador mais antigo da empresa, Alfredo Ferreira, que está há 38 anos a desempenhar funções. Alfredo Ferreira é operador de produção e trabalha na área industrial, na embalagem, tendo dedicado a sua vida profissional ao serviço da empresa.

Após visita às instalações da farmacêutica, no momento da condecoração, o Presidente da República agradeceu o “trabalho conjunto dos colaboradores” e salientou que “são a força desta empresa”. Acrescentou ainda que “Portugal deve à BIAL a saúde dos portugueses”.

A distinção reflete o reconhecimento da Presidência da República pelo trabalho do colaborador do primeiro grupo farmacêutico nacional a disponibilizar no mercado moléculas de investigação própria e de patente nacional e o que, ao longo dos anos, tem contribuído para os setores da saúde e económico através da forte aposta em I&D.

A visita do Presidente da República decorre no âmbito das comemorações dos 100 anos da empresa com a conferência BIAL 100 Years – Shaping the future que decorre hoje (25) na Fundação Serralves, a partir das 15h00. No evento, com abertura do Ministro da Economia, Pedro Reis, vão ser analisados os desafios que se colocam a Portugal e ao mundo, nomeadamente nas vertentes económica, social, política e da saúde.

A conferência, a qual será transmitida via streaming, conta com as participações de António Vitorino, Antigo Diretor Geral da Organização Internacional para as Migrações, Luís Portela, Presidente da Fundação BIAL e António Horta Osório, Chairman da empresa. O encerramento da conferência BIAL 100 Years – Shaping the future será feito pelo Presidente da República. 

Caminhada nacional assinala Dia Mundial do Coração a 29 de setembro
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) e o Grupo de Estudo da Reabilitação Cardíaca da SPC (GEFERC) vão...

As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e no mundo. Após um enfarte, o comportamento e os cuidados pós-enfarte são cruciais para a recuperação e prevenção de futuros problemas cardíacos.

De acordo com Rita Calé Theotónio, presidente da APIC, “com esta iniciativa pretendemos reforçar a consciencialização para a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares, com ênfase no Enfarte Agudo do Miocárdio. A primeira edição foi muito participada, pelo que nesta segunda edição vamos voltar a falar da atuação correta da população em caso de sintomas sugestivos de Enfarte Agudo do Miocárdio, bem como da importância da Reabilitação Cardíaca pós-Enfarte Agudo do Miocárdio”, afirma Rita Calé Theotónio, presidente da APIC.

Segundo Luísa Bento, coordenadora do GEFERC da SPC, “o nosso objetivo a médio e longo prazo é promover e perpetuar a prática de exercício físico para a vida, fazendo com que os doentes cardíacos o integrem no quotidiano. A Reabilitação Cardíaca é um programa com foco na prevenção cardiovascular, que inclui na sua estrutura o exercício físico, sob supervisão e monitorização médicas, e uma vertente educacional, com o objetivo de modificar todos os fatores de risco. Contribui, assim, para a melhoria da qualidade de vida do doente cardíaco”.

A caminhada nacional “Rehab for life – Passo a passo por um coração saudável” é uma iniciativa conjunta da APIC e do GEFERC da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), que teve início em 2023, e desta farão parte todos os hospitais públicos que integram a via verde coronária e têm programas de reabilitação cardíaca ativos.

Apesar dos participantes serem sobretudo doentes pós-Enfarte Agudo do Miocárdio, a iniciativa está aberta a todos os doentes cardíacos que integram programas de reabilitação.

 
Veterinários partilham conselhos
Com o aproximar do período de verão e dos meses mais quentes do ano é importante redobrar a atenção

Um golpe de calor ou insolação é uma situação que leva ao sobreaquecimento do corpo do animal devido às altas temperaturas ou exposição solar prolongada.  

Patrícia Cachola, diretora clínica do AniCura Algarve Hospital Veterinário lembra que “os nossos cães e gatos não transpiram como nós, só perdem temperatura corporal através da respiração e pelas almofadas plantares. Com as altas temperaturas, o risco de desidratação é maior e aumenta a probabilidade de sofrer um golpe de calor. Os animais braquicéfalos estão mais suscetíveis, como são os Buldogues, Pugs, Gatos Persas, entre outros”.  

Nos dias quentes, os habituais passeios com os cães devem ser realizados cedo, durante a manhã, ou a partir do início da noite, evitando as horas de maior calor, em que os animais ficam mais suscetíveis a insolações e queimaduras solares. Além disso, em passeios, os cuidadores devem levar consigo um recipiente com água fresca.  

O mesmo acontece durante as viagens. A lei é rigorosa nesta matéria. “Os cães e os gatos devem ser colocados numa transportadora adequada e os cuidadores devem assegurar-se de que o animal não está exposto diretamente ao sol durante o percurso, para evitar insolações”, refere a veterinária. Em viagens com cães de grande porte, o ideal é colocar uma rede divisória que o separe do espaço reservado ao condutor e manter o ambiente arejado. Em viagens longas, devem efetuar-se pausas a cada duas horas. 

Se falamos de um cão que gosta de acompanhar o cuidador nas idas à praia, este deve assegurar-se de que, em primeiro lugar, elege uma praia em que são permitidos animais de companhia, garantir a hidratação e a alimentação durante o dia de praia e manter húmidas as extremidades, como as patas e o focinho, mas também as virilhas e as axilas. “Nos banhos de mar e/ ou de piscina, os cuidadores devem ter em atenção a ingestão em excesso destas águas por parte dos nossos amigos de quatro patas, que devido ao excesso de sódio e de cloro, respetivamente, podem dar origem a gastroenterites e/ou desidratações graves”, alerta a veterinária.  

No verão aumenta também a incidência de pulgas e carraças. Refere Patrícia Cachola que “estes parasitas podem ser portadores de doenças graves, transmissíveis aos humanos (zoonoses), principalmente mosquitos e carraças”. A prevenção e a atenção redobradas são importantes para salvaguardar quer os animais quer os cuidadores. 

No momento de planear as férias, se o cuidador optar por levar consigo o animal de companhia, além de estar consciente das regras e das necessidades específicas do seu animal, deve assegurar-se de que existe um hospital e/ou uma clínica veterinária por perto, sabendo que pode dirigir-se até lá em caso de necessidade.  

 
Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
83% dos cuidadores já se encontrou em estado de Burnout/exaustão emocional
A Linha de Apoio Psicológico para Cuidadores Informais, uma iniciativa da Europacolon Portugal no âmbito do Movimento Cuidar...

Os dados mais recentes, obtidos através de um estudo do Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais, são alarmantes: 83% dos cuidadores informais já experienciaram Burnout ou exaustão emocional, e quase 78% sentiram, em algum momento, a necessidade de apoio psicológico. Estes números revelam a urgência de continuar a disponibilizar recursos dedicados a este grupo.

Para atender a esta necessidade premente, a Linha de Apoio Psicológico estará acessível até ao final do ano, cinco dias por semana, de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 12h00 e das 15h00 às 18h00. Os cuidadores podem entrar em contacto através dos números 960 199 759 ou 808 200 199 (custo de chamada local).

Desde setembro, a linha já resultou em 32 consultas presenciais e 23 consultas online, demonstrando o impacto significativo deste serviço. Em casos de necessidade mais urgente, os cuidadores são encaminhados para profissionais qualificados, garantindo um suporte contínuo e especializado.

 
Doença atinge cerca de 2% a 3% das crianças e jovens em Portugal
Para assinalar o Dia Internacional de Sensibilização para a Escoliose, que este ano é comemorado a 29 de junho, a campanha &...

A escoliose é a alteração ortopédica mais comum durante o crescimento de uma criança, manifestando-se mais frequentemente a partir dos 10 anos. Embora atinja cerca de 2 a 3% das crianças e jovens, apenas 1% dos casos necessitam de tratamento, que pode passar pela utilização de um colete de correção ou, em casos mais agudos, uma cirurgia à coluna.

Esta doença, mais frequente no sexo feminino, pode provocar um leve desconforto em casos ligeiros e, em casos mais graves, afetar os órgãos internos devido à diminuição de espaço, o que pode levar a um decréscimo da esperança média de vida. Por isso, é essencial que os pais estejam atentos às costas dos seus filhos, para que, caso detetem alguma anomalia, consigam ter um diagnóstico atempado junto de um especialista.

Com a chegada do verão e a maior utilização de roupas que expõem mais as costas, a campanha ‘Josephine explica a escoliose’ aconselha os pais a estarem mais atentos aos sintomas desta patologia. Coluna em forma de C ou de S, um ombro mais alto do que outro e a presença de uma assimetria na cintura ou as costelas são alguns sinais de alerta.

Após receber o diagnóstico, é possível começar a pensar em formas de aliviar os efeitos da doença, como, por exemplo, a prática de desporto. O fortalecimento dos músculos da coluna e do abdómen e o baixo impacto na curvatura das costas são algumas das vantagens do exercício físico.

De acordo com o João Lameiras Campagnolo, médico ortopedista no Hospital Dona Estefânia e coordenador da campanha ‘Josephine explica a Escoliose’, “o tratamento adequado e atempado pode trazer efeitos muito positivos para todas as crianças e jovens que sofrem desta patologia. É, por isso, fundamental que os encarregados de educação e professores estejam atentos e consigam identificar os sinais da escoliose, encaminhando os jovens para uma consulta de avaliação o mais rapidamente possível.”

Iniciativa promovida pela ITSector
Para assinalar o Dia Mundial do Dador de Sangue, a ITSector, software-house nacional especializada na Transformação Digital de...

Este é o segundo ano consecutivo que a ITSector, em parceria com o Instituto Português de Sangue e da Transplantação e as empresas “residentes” no POP, promove esta ação. Em 2023, conseguiram recolher cerca de 26 litros de sangue, ajudando a salvar mais de 170 pacientes em Portugal. Este ano, a ação teve uma maior concentração de dadores e superou os números.

“Dar sangue é um gesto simples que ajuda a salvar muitas vidas. Todos sabemos que a necessidade diária de sangue é cada vez maior, especialmente nos grupos sanguíneos mais carenciados. Não somos indiferentes à comunidade envolvente e quisemos contribuir para a consciencialização sobre este problema, incentivando quem trabalha no POP a fazer parte da solução. Estamos muito gratos pelo elevado número de dadores disponíveis, que superou as nossas expectativas iniciais e os números alcançados na edição anterior”, refere Pedro Santos Ferreira, Employer Branding Specialist da tecnológica portuguesa.

A iniciativa, promovida pela ITSector, realizou-se nos dias 5 e 13 de junho e teve a adesão de cerca de 100 profissionais da Concentrix, PwC, eBankIT e Sword Health que operam neste centro empresarial do Norte.

Uma reflexão
Este meu artigo de opinião pretende elucidar o leitor sobre os padrões de qualidade dos cuidados esp

Os padrões de qualidade dos cuidados especializados de Enfermagem de Reabilitação são identificados como enunciados descritivos.

Por sua vez, os enunciados descritivos de qualidade do exercício profissional dos enfermeiros assumem como seu propósito a explicitação da natureza, e englobar os diferentes aspetos do mandato social da profissão de Enfermagem. Adicionalmente, preconiza-se que estes se constituam num instrumento muito importante, e que contribuam para clarificar o papel de cada enfermeiro junto dos clientes, dos outros profissionais, do público e dos agentes políticos. Paralelamente, os enunciados descritivos encerram uma representação dos cuidados que deve ser conhecida por todos os clientes, quer relativamente ao nível dos resultados mínimos aceitáveis, quer ao nível dos melhores resultados que é aceitável e expectável esperar.

No que concerne à Enfermagem de Reabilitação, são 8 as categorias de enunciados descritivos estabelecidas pela Ordem dos Enfermeiros:

  1. Satisfação do cliente (o enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação persegue os mais elevados níveis de satisfação dos clientes);
  2. Promoção da saúde (o enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação ajuda os clientes a alcançarem o máximo potencial de saúde);
  3. Prevenção de complicações (o enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação previne complicações para a saúde dos clientes);
  4. Bem-estar e autocuidado (o enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação maximiza o bem-estar dos clientes e suplementa/ complementa as atividades de vida relativamente às quais o cliente é dependente);
  5. Readaptação funcional (o enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação conjuntamente com o cliente desenvolve processos de adaptação eficaz aos problemas de saúde);
  6. Reeducação funcional (o enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação conjuntamente com o cliente desenvolve processos de reeducação funcional tendo em vista a qualidade de vida e a reintegração e a participação na sociedade);
  7. Promoção da inclusão social (o enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação desenvolve processos de promoção da inclusão social das pessoas com deficiência);
  8. Organização dos cuidados de Enfermagem de Reabilitação (o enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação contribui para a máxima eficácia na organização dos cuidados de Enfermagem).

Referências bibliográficas:

Colégio da especialidade de Enfermagem de Reabilitação (2018). Padrões de qualidade dos cuidados especializados em Enfermagem de Reabilitação. https://www.ordemenfermeiros.pt/media/8141/ponto-4_regulamento-dos-padr%C3%B5es-qualidade-ceer.pdf

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Através de parceria financiada pelo PRR
O Instituto Piaget vai acolher, no seu campus académico em Silves, unidades residenciais de apoio à saúde mental, com uma...

As unidades, que vão ser instaladas na Escola Superior de Saúde Jean Piaget em Silves, visam proporcionar cuidados integrados de suporte, promoção de autonomia e apoio social, em regime ambulatório, a pessoas com diferentes níveis de dependência. Estarão preparadas para receber utentes de diversas idades, incluindo crianças adolescentes e adultos. 

Este projeto resulta de um protocolo de colaboração entre o Instituto Piaget, a Associação Amigos dos Pequeninos de Silves e o Município de Silves, com o objetivo de enriquecer as respostas nos cuidados de saúde mental a toda a região do Algarve e do Baixo Alentejo. 

“Além de todos os benefícios para a comunidade com o alargamento da rede nacional de cuidados continuados integrados de saúde mental, este projeto vai também contribuir para a formação de profissionais especializados na área do apoio à saúde mental. Estas instalações serão uma excelente plataforma para a realização de estágios profissionais ou curriculares, fomentando ainda a criação de novos postos de trabalho na região”, destaca Rui Tomás, secretário-geral do Instituto Piaget. 

Esta parceria com o Instituto Piaget, que cede à Associação Amigos dos Pequeninos uma parte das suas instalações disponíveis no campus de Silves, é financiada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), cujo contrato faz parte de um investimento global de 1,4 milhões de euros destinado a reforçar a resposta da RNCCI na região do Algarve. 

Este investimento enquadra-se na componente "Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e Rede Nacional de Cuidados Paliativos" do PRR, e permitirá ao Algarve ser a primeira região do país a implementar uma Unidade de Dia e Promoção da Autonomia da RNCCI, um tipo de unidade previsto desde 2006, mas só agora concretizado. 

“A implementação deste novo equipamento de saúde mental na Escola Superior de Saúde Jean Piaget em Silves é um passo importante para a melhoria da prestação de cuidados de saúde na região. Estamos convictos de que contribuirá para reforçar a resiliência do sistema de saúde e assegurar uma maior igualdade de acesso a serviços de qualidade na área da saúde mental e dos cuidados continuados integrados”, conclui Rui Tomás. 

Revela estudo da Médis
Depois de 30 meses de investigação sobre o tema da Menopausa, dos quais resultaram o estudo “Saúde e Bem-estar das Mulheres, um...

Só em Portugal, cerca de um milhão e duzentas mil mulheres passam atualmente por este processo. Porém, os resultados da nova pesquisa agora lançada pela Médis, que inquiriu 300 homens que convivem com mulheres em processo de Menopausa, refutam a ideia de que este seja um tema exclusivo da esfera feminina. 93% dos participantes consideram-na um assunto que diz respeito a toda a família, ou seja, apenas 7% dos homens vê este como um tema exclusivo das mulheres. Para 39% dos inquiridos, a Menopausa afeta bastante e/ou muito a vida do casal e da família próxima, ou seja, haverá quase meio milhão de famílias em Portugal a sofrerem bastante e/ou muito com o sofrimento destas mulheres. 29% dos inquiridos diz-se, também, bastante afetado enquanto marido e/ou parceiro, sendo que para 52% domina o sentimento da incapacidade de ajudar.

Neste estudo fica claro como a Menopausa não passa, de todo, despercebida aos homens. 79% da amostra soube reconhecer, nas mulheres e/ou parceiras, os sintomas relacionados com a Menopausa e apenas 13% dizem não falar do tema em casal. Contudo, 30% diz não saber como lidar com o tema e 24% sente necessidade de maior informação. 75% sabe que poderia ter uma influência enorme na decisão da parceira em fazer ajustes no seu estilo de vida, procurar soluções e/ou tratamento. Tendo em conta estes dados, concluímos que os homens sabem que podem ter uma influência muito positiva, mas não sabem como fazê-lo, o que deixa as mulheres mais sozinhas e com menos apoio nesta fase das suas vidas.

“Já sabíamos, pelos estudos anteriores que fizemos sobre a Menopausa, que 52% das mulheres se sentem impreparadas para lidar com o processo. Percebemos, neste estudo, que este sentimento tem, nos homens, um paralelo de igual valor. Apesar dessa impreparação assumida em 54% dos inquiridos, apenas 5% afirma, sobre a menopausa, que é um tema com o qual não tem de lidar. Esta é, em nossa opinião, a prova de que este é tema social, um tema que está longe de ser exclusivo das mulheres. Claro que ouvi-las, de forma continuada, é essencial. Contudo, tendo garantido isso nos estudos já lançados, sentimos que é hora de incluir os homens nesta conversa. Como maridos, companheiros, amigos ou filhos, a Menopausa também é deles, na medida em que também com ela (con)vivem. Incluindo-os, tornamo-los aliados na forma como, em sociedade, lidamos com o tema”, afirma Maria do Carmo Silveira, Responsável de Orquestração Estratégica do Ecossistema de Saúde do Grupo Ageas Portugal.

Outro dado determinante evidenciado pelo estudo agora lançado, é que, aos olhos dos homens, a avaliação do sofrimento das mulheres com a Menopausa é quase 30% superior à delas próprias. Tal, corrobora a conclusão – evidenciada nos estudos de 2022 e de 2024 - que as mulheres tendem a normalizar e desvalorizar o seu sofrimento na menopausa. Reforça, também a tese, defendida pelo estudo, da necessidade de maior inclusividade neste tema.

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