Opinião
As doenças neurológicas têm uma apresentação muito diversificada, podendo ter variadas implicações n

Os psicólogos que se dedicam à neuropsicologia clínica, uma área específica da psicologia, têm um conhecimento particular sobre as relações entre o cérebro e o comportamento, utilizando métodos para a avaliação de diferentes funções cognitivas (por exemplo, a memória, atenção e linguagem), como é o caso da avaliação neuropsicológica.

A avaliação neuropsicológica é um exame complementar de diagnóstico não invasivo, que costumo simplificar para “exame de perguntas e respostas” que, a partir da entrevista clínica e da aplicação de várias provas de papel-e-lápis, permite caracterizar o estado cognitivo, comportamental e emocional do indivíduo. Com esta avaliação é possível esclarecer as alterações cognitivas relatadas pelo próprio ou pelos familiares, bem como a sua magnitude, o que tem um papel muito importante para auxiliar no processo de diagnóstico, visto que existem características específicas e distintas entre as doenças neurológicas.

Numa fase posterior, após o diagnóstico se encontrar estabelecido, o psicólogo poderá desenvolver e implementar planos de reabilitação ou treino cognitivo tendo em consideração as limitações e as potencialidades do paciente, sem deixar de parte a inclusão dos seus interesses pessoais.

Os planos de reabilitação têm como principal objetivo recuperar ou compensar os défices cognitivos quando possível, assim como minimizar o impacto que as alterações cognitivas, emocionais e comportamentais têm no quotidiano do paciente e da sua família.

Cuidar de uma pessoa com doença neurológica pode ser um desafio brutal. Em particular, quando se trata de doenças neurodegenerativas: os cuidados necessários são complexos, e não envolvem apenas os cuidados físicos, como o de alguém que realizou uma cirurgia e necessita de apoio por um período de tempo determinado. Para além dos cuidados físicos, é necessário lidar com a diminuição das capacidades cognitivas, com as perguntas e histórias repetitivas, o não reconhecimento, com as alterações comportamentais, seja apatia, falta de iniciativa ou agitação e agressividade, em paralelo, com a perda progressiva da identidade pessoal daquele familiar. O aumento progressivo dos cuidados necessários leva à diminuição drástica da participação do cuidador em atividades sociais, dos seus autocuidados e da sua independência.

Por tudo isto, o papel da psicologia pode e deve alargar-se aos cuidadores, aos familiares ou a pessoas próximas daquele paciente. O acompanhamento psicológico, seja individual ou no contexto de grupos de apoio, será útil para aumentar o seu conhecimento acerca da doença, para o desenvolvimento de estratégias de comunicação, estratégias para lidar com as alterações comportamentais e emocionais, para lidar com situações de risco, no auxílio da tomada de decisão, para partilha de experiências, assim como para melhorar a sua capacidade de gestão emocional.

Uma abordagem que envolva diferentes profissionais de saúde, desde o diagnóstico até à intervenção, tem um papel fulcral na otimização do bem-estar e qualidade de vida da pessoa com uma doença neurológica e do seu meio familiar.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
8 de setembro | Dia Internacional da Consciencialização para a Colangite Biliar Primária
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma campanha de consciencialização para a Colangite...

“A Colangite Biliar Primária é uma doença crónica, cuja causa ainda permanece desconhecida. Em Portugal, estima-se que existam cerca de 2 mil casos de Colangite Biliar Primária, o que a torna uma doença rara e pouco conhecida, atingindo maioritariamente as pessoas do sexo feminino, mais precisamente, nove mulheres por cada homem e pessoas com membros da família afetados. As idades mais comuns de diagnóstico situam-se entre os 40 e os 60 anos, em ambos os sexos”, esclarece Arsénio Santos, presidente da APEF.

A CBP pode não dar sintomas durante longos períodos, por vezes vários anos, mas quando se manifestam, os mais frequentes são a fadiga e a comichão na pele (prurido). Ainda que menos comuns, existem também outras manifestações a ter em conta, tais como: dor abdominal, escurecimento da pele e pequenas manchas amarelas ou brancas sob a pele ou ao redor dos olhos (chamados xantomas e xantelasmas). Algumas pessoas também apresentam secura na boca e nos olhos e dores nos ossos, músculos e articulações.

O médico explica que, apesar de não ter cura, esta doença tem tratamento se for detetada atempadamente. “É primordial que as pessoas saibam que o diagnóstico da doença pode ser feito precocemente através de exames de sangue, identificando alterações nas análises hepáticas, especialmente da fosfatase alcalina. Felizmente, o tratamento adequado previne, na maioria dos casos, a sua complicação mais grave: a progressão para cirrose hepática. A cirrose é a quarta principal causa de morte precoce em Portugal e, em muitos casos, só pode ser solucionada através de um transplante de fígado”, realça Arsénio Santos.

A CBP é uma condição autoimune, caracterizada por uma inflamação nas ramificações intra-hepáticas das vias biliares, que leva progressivamente à criação de cicatrizes no fígado (fibrose). Em muitos casos, a doença mantém-se ligeira ou moderada, sem perturbações no funcionamento do fígado.

De acordo com a progressão da doença, podem surgir sintomas associados à cirrose, como icterícia, acumulação de líquido no abdómen ou em outras partes do corpo (ascite) e sangramento interno na parte superior do estômago e do esófago, devido à dilatação das veias (varizes). A osteoporose é outra das complicações da CBP. Apesar de ser mais comum em fases finais da doença, também pode ocorrer inicialmente. Além disso, as pessoas com cirrose apresentam risco aumentado de cancro do fígado (carcinoma hepatocelular).

24 e 25 de outubro
Karim Lakhani (prestigiado académico especialista em inovação e gestão de tecnologia, Presidente e co-fundador do Digital Data...

As Conferências do Estoril lideram mais uma vez a discussão e debate das mais prementes questões globais, acolhendo grandes líderes mundiais numa reflexão sobre o presente e o futuro. Temas tão relevantes como a sustentabilidade, a paz, as políticas, saúde, longevidade e tecnologia vão ser debatidos, nos próximos dias 24 e 25 de outubro, no palco do Campus de Carcavelos da Nova SBE.

Das mais recentes confirmações no evento, destaque para a presença do especialista em inovação e gestão tecnológica Karim Lakhani (Presidente e co-fundador do Digital Data Design Institute na Harvard Business School), que se irá debruçar sobre a natureza colaborativa na resolução de problemas na era digital, apresentando as suas investigações e trabalho sobre as dinâmicas dos ecossistemas de inovação e o impacto das tecnologias emergentes nas indústrias. Ao debate sobre inteligência artificial e Tech junta-se Rembrand M. Koning (Professor associado de Gestão na Harvard Business School e co-fundador do Digital Data Design Institute) que, no âmbito da investigação que lidera, apresentará a sua visão sobre como os empreendedores podem impulsionar o avanço da ciência, tecnologia e inteligência artificial para o benefício da humanidade.

Ainda no âmbito do tema da tecnologia, o especialista em IA que colaborou como economista sénior em tecnologia e inovação no Conselho de Consultores Económicos do presidente Obama, Robert Seamans, irá partilhar a sua visão sobre as consequências económicas da IA, robótica e outras tecnologias avançadas no mundo de hoje e o Country Manager e atual Presidente da Microsoft Portugal, Andrés Ortolá, subirá ao palco para participar na discussão sobre a evolução do setor, trazendo consigo mais de 25 anos de experiência na área das TI.

Carlos Moedas (atual Presidente da Câmara Municipal de Lisboa) é mais um dos oradores em destaque pela sua primeira participação nas Conferências do Estoril.  Confirmada está também a intervenção do multipremiado Francisco Veloso (Diretor da INSEAD e especialista em inovação, tecnologia e empreendedorismo), que irá partilhar as suas experiências no âmbito do trabalho de consultoria que desenvolve junto de startups, empresas, universidades e governos em todo o mundo.

De entre as novas confirmações para a edição deste ano, destaque ainda para a presença do médico e investigador do Gana, John Amuasi (Diretor Executivo da Rede Africana de Investigação para Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN’s) e Co-Presidente da Comissão Lancet One Health) que participa numa reflexão sobre políticas de saúde pública e iniciativas de saúde global. Do seu percurso, destaque para a consultoria em saúde global a várias organizações internacionais e para a investigação que lidera atualmente em estudos epidemiológicos clínicos e de campo sobre malária, doenças infeciosas emergentes, AMR, picada de cobra e outras DTN’s.

As Conferências do Estoril acolhem ainda o físico, empreendedor e humanitário Tomás Magalhães, conhecido internacionalmente pelo projeto que criou para apoiar os sem-abrigo e moradores de bairros da lata em Calcutá - India (Kolkata Relief) contribuindo, à semelhança do que faz habitualmente no seu podcast e canal de YouTube (Despolariza) para um diálogo construtivo que promete ensinar as pessoas a discordar de forma mais eficaz, utilizando uma combinação de conhecimento científico, compaixão e humor.

A edição deste ano tem ainda confirmada a presença de Luisa Sobral, a conceituada cantora e compositora portuguesa, conhecida pela sensibilidade das suas letras e pela fusão de diferentes estilos que refletem múltiplas influências musicais. Sempre com uma abordagem pessoal e emotiva, Luísa Sobral é defensora ativa de várias causas sociais e participa com um momento musical de grande envolvência na 9ª Edição das Conferências do Estoril.

29 e 30 de agosto
O Almada Forum, centro comercial propriedade da MERLIN Properties, vai receber, nos próximos dias 29 e 30 de agosto, entre as...

“Bora Lá! Dar Sangue Salva Vidas” é um dos motes das Campanhas de Promoção de Dádiva, com uma linguagem inspirada pelos jovens, com o objetivo de que esta contribua para a adesão de muitos a esta causa essencial ao sistema de saúde e que salva, diariamente, a vida de muitos doentes nos Hospitais Portugueses.

Existem algumas condições e informações a reter no pré e pós dádiva, das quais, (1) ter peso igual ou superior a 50kg, (2) ter entre 18 e 65 anos (60 anos para 1ª dádiva) e (3) ser saudável. Para além disto, deverá ser apresentado um documento de identificação com fotografia e, uma vez que o horário da Sessão de Colheita no Almada Forum será a partir das 15h, deverá estar garantida a digestão de cerca de 3 horas do almoço. Também é aconselhada a hidratação com líquidos não alcoólicos antes de depois da Dádiva.

Ao candidatarem-se à dádiva, os dadores podem ainda registar-se como potenciais dadores de medula óssea e, para esta Doação, as condições são semelhantes: (1) Ter peso igual ou superior a 50kg, (2) ter entre 18 e 45 anos e (3) ser saudável.

“A Responsabilidade Social tem sido, desde sempre, um dos pilares essenciais na gestão do Almada Forum. Para nós, fez todo o sentido poder receber esta unidade móvel no centro e apelar aos nossos visitantes e colaboradores, que participem e sejam dadores”, destaca Generoso Mateus, Diretor do Almada Forum.

Em Itália e na Suécia
A Avincis recebeu hoje dois helicópteros H145 de cinco pás nas instalações da Airbus em Donauwörth, na Alemanha. Os...

Um dos helicópteros irá reforçar as operações na rede de bases italianas da Avincis. A base de Estocolmo, na Suécia, será reforçada com o segundo helicóptero, cujo objetivo é dar resposta às crescentes necessidades da região. No início do próximo ano, serão ainda entregues outros dois helicópteros H145 de cinco pás aos Serviços de Emergência Médica Suecos.

Estes quatro helicópteros vão integrar o portefólio da Avincis com a LCI, empresa privada de leasing de helicópteros, que conta já com uma vasta gama de unidades e tipos de helicópteros que realizam atividades críticas em vários países.

A frota global da Avincis inclui atualmente cerca de 60 aeronaves Airbus, essenciais para garantir operações seguras, fiáveis e consistentes a partir das bases na Europa, África e América do Sul.

John Boag, CEO do Grupo Avincis, afirmou: “A entrega destes helicópteros reforça a nossa confiança no potencial do mercado global de serviços de aviação de emergência e está alinhado com a nossa estratégia de frota de curto e longo prazo. O H145 de cinco pás é uma aeronave versátil e fiável, com comprovada capacidade no terreno, cumprindo o compromisso da Avincis com a excelência operacional e de segurança.”

“As relações de confiança que temos com a Airbus e a LCI evidenciam o nosso compromisso contínuo na nossa expansão enquanto grupo de classe mundial em serviços de aviação de emergência”, concluiu.

Axel Humpert, Responsável pelo programa H145 na Airbus Helicopters, explicou: “Com a entrega dos nossos helicópteros H145 de cinco pás para missões HEMS em Itália e na Suécia, a Avincis e a LCI passam a contar uma aeronave que já provou ser uma ferramenta essencial para missões de salvamento em todo o mundo. Estamos muito orgulhosos pelo facto de o H145 poder voltar a dar apoio às pessoas nos momentos em que mais precisam”.

Jaspal Jandu, CEO da LCI, mostrou-se muito satisfeito com esta parceria: “Estamos orgulhosos por alargarmos a nossa parceria com a Avincis através da entrega destes helicópteros, que desempenham um papel vital em missões de salvamento em toda a Europa e no mundo. A nossa crescente colaboração com a Avincis evidencia um compromisso comum com a excelência operacional e a sustentabilidade dos serviços médicos de emergência a nível global.”

No Irão e Paquistão
Passados 3 anos desde a tomada do poder pelo governo talibã, a situação humanitária no Afeganistão atinge um ponto crítico. O...

Somam-se já 3 anos desde o dia 15 de agosto de 2021, data em que o Afeganistão mudou drasticamente com a tomada de poder pelo regime talibã. E, embora esta mudança de regime tenha acabado com a maioria das hostilidades e conflitos que afetavam o país há já 20 anos, a situaçao humanitária no país tem vindo a agravar-se. “Ao contrário da tendência que marcou as últimas décadas, o conflito já não é o principal fator de deslocação forçada no país, mas sim a pobreza, a fome e as constantes catástrofes naturais. 3,25 milhões de afegãos continuam deslocados dentro do país e mais de 5,5 milhões são refugiados registados ou afegãos em situação de refúgio noutros países da região”, explica a Responsável de Marketing e Comunicação da Portugal com ACNUR, Joana Feliciano.

É no Irão e no Paquistão que se encontram a maioria destas pessoas forçadas a fugir do Afeganistão, com os dados atuais do ACNUR a contabilizarem cerca de 2,2 milhões de refugiados afegãos registados. Contudo, as autoridades destes países estimam que este valor ascenda aos 7,7 milhões de afegãos e que, só desde 2021, tenham chegado ao Irão e Paquistão cerca de 1,6 milhões de refugiados. No entanto, durante os últimos meses, a realidade dos refugiados afegãos nestes países deteriorou-se muito, o que levou uma larga maioria a querer regressar ao seu país de origem.

No Paquistão, uma nova resolução do governo anunciada em outubro de 2023 que dava conta da intenção de deportar os cidadãos estrangeiros sem documentos que vivessem no país levou a que, entre meados de setembro de 2023 e meados de março de 2024, mais de 531 mil afegãos regressassem ao seu país de origem. Já no Irão, a difícil situação socioeconómica e o aumento dos sentimentos anti-afegãos, com o crescimento da retórica xenófoba e do comportamento discriminatório em relação a estes refugiados, forçaram também muitos deles a regressarem ao Afeganistão. Além disso, os casos de prisão, detenção e deportação de afegãos no Irão têm vindo a aumentar de forma consistente desde 2021. Prevê-se que estes movimentos se mantenham nos próximos meses com as estimativas a indicarem que mais de 1,46 milhões de afegãos do Paquistão e do Irão regressarão ao país de origem em 2024.

Números estes que levarão a emergência humanitária no Afeganistão a atingir um ponto crítico.“Este regresso abrupto de centenas de milhares de afegãos veio agravar substancialmente a crise humanitária no Afeganistão e sobrecarregou ainda mais os sistemas do país e as suas comunidades, que lidavam já com recursos bastante limitados”, constata Joana Feliciano. Apesar das suas próprias necessidades humanitárias graves, as comunidades afegãs estão a reforçar os esforços para acolher da melhor forma possível as pessoas deslocadas e receber os retornados do Paquistão e do Irão. É para estas comunidades que a Portugal com ACNUR direciona o seu apelo: “O apoio direto às comunidades de acolhimento é imperativo, tendo em conta as crises em curso no país e o elevado número de regressos. Sem associar a ajuda humanitária a um apoio sólido a médio e longo prazo por parte da comunidade internacional, as comunidades locais podem ficar sobrecarregadas, o que se traduzirá em mais pobreza, riscos de proteção e novas vagas de deslocações forçadas”.

Para quem regressa ao país ou às suas antigas aldeias, as dificuldades para se reestabelecerem também são muitas e enfrentam uma realidade verdadeiramente desafiante: sem casa, sem comida e sem apoios, infraestruturas destruídas, sistemas alimentares e de saúde em colapso… uma vida que já nem reconhecem. “A primeira vez que regressei, fiquei muito triste. Antes era uma aldeia muito verde, com árvores de fruto, e quando regressei estava tudo destruído", conta Mohammad, um afegão deslocado internamente. Desde janeiro de 2023, o ACNUR já prestou assistência a cerca de 94 mil deslocados retornados com serviços de proteção que salvam vidas: apoio a mulheres e raparigas, abrigo, alimentação, água e saneamento básico, artigos de primeira necessidade, assistência em dinheiro, programas baseados na comunidade e apoio psicossocial.

Novas vagas de cheias repentinas também forçam deslocações

Além dos principais motivos apontados pelos refugiados afegãos para regressarem ao país – elevado custo de vida, oportunidades de emprego limitadas, reunificação da família e medo de detenções, de deportações e de perseguições e disciminações -, os desastres naturais também têm tido um papel relevante. As catástrofes naturais devastadoras e emergências induzidas pelo clima, incluindo terramotos mortais no Afeganistão em 2022 e 2023 e as inundações e terramotos no Paquistão e no Irão em 2022, contribuíram para que novos movimentos de deslocação forçada ocorressem e que muitos deslocados procurassem regressar aos seus território de origem, agravando a emergência humanitária já muito complexa que aí se vive.

Este tem sido precisamente um dos maiores desafios que as equipas de ajuda humanitária no terreno têm enfrentado no decorrer deste ano. “Só nos últimos 3 meses, várias regiões do Afeganistão viram-se afetadas por cheias repentinas e devastadoras que deixaram um rasto de destruição para trás e várias pessoas foram novamente forçadas a deslocarem-se. A última vaga de cheias ocorreu há precisamente um mês e as necessidades são muitas entre uma população já muito fragilizada”, contextualiza a Responsável de Marketing e Comunicação da Portugal com ACNUR. Said Khanim, uma afegã, mãe de 5 filhos, afetada pelas cheias de maio, relata que "não temos nada: nem combustível para cozinhar, nem comida, nada. Recebemos algumas ajudas dos vizinhos, mas dependemos quase exclusivamente de chá e pão. Estamos a viver em grandes dificuldades, sem nada do que tínhamos. Estou muito preocupada com o futuro". Desde o início do ano, a ONU calcula que mais de 145 mil pessoas foram afetadas por catástrofes em todo o Afeganistão.

Candidaturas terminam no dia 31 de dezembro de 2024
A Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED) acaba de lançar a 3.ª edição do Prémio de Jornalismo na...

A 3.ª edição deste Prémio distinguirá o melhor trabalho de informação desenvolvido nas áreas da imprensa, rádio, televisão e internet, que tenha sido produzido por um jornalista detentor de carteira profissional, em língua portuguesa, e que seja publicado/difundido num órgão de comunicação social legalmente constituído em Portugal, de âmbito nacional, regional ou local, entre o dia 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2024; e o melhor trabalho produzido, em língua portuguesa, por um estudante ou por uma equipa de estudantes do ensino superior de jornalismo ou de comunicação, que tenha sido publicado num órgão de comunicação legalmente registado em Portugal, um órgão de comunicação ou sítio web de uma instituição do ensino superior, ou que seja um trabalho académico de cariz jornalístico certificado por docente universitário, entre o dia 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2024.

O júri do Prémio será constituído por Antonieta Lucas, presidente da direção da APORMED; João Gonçalves, diretor executivo da APORMED; João Gamelas, presidente da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia; Mafalda Fateixa, responsável de comunicação e marketing da B. Braun Portugal; Nicole Matias, responsável de comunicação da Fresenius Medical Care; e Andreia Garcia, professora doutorada em Ciências da Comunicação e docente na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa.

As candidaturas são admitidas em duas categorias: “Jornalista” e “Estudante”, terminando o prazo de submissão das mesmas no próximo dia 31 de dezembro de 2024.

O Prémio será atribuído a um único trabalho candidato, independentemente da categoria em que o mesmo se insere, recebendo o vencedor um cheque no valor de 1.000€ (mil euros).

Todos os trabalhos devem ser enviados para [email protected] acompanhados pela fotocópia da carteira profissional do autor e declaração do órgão de comunicação da publicação correspondente, atestando a veracidade dos elementos referentes à publicação e à sua data. Os estudantes devem enviar comprovativo de inscrição no curso.

O regulamento do Prémio pode ser consultado em www.apormed.pt.

14 de setembro
Iniciativa “Mieloma Múltiplo: Tratar Corpo e Mente” estará em destaque na Conferência Anual da associação sem fins lucrativos.

No mês da Consciencialização das Doenças Malignas do Sangue, a Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL) volta a promover o evento que, anualmente, reúne doentes, cuidadores, profissionais de saúde, voluntários e o público em geral em torno de um objetivo: informar, sensibilizar e promover o bem-estar de doentes afetados por patologias malignas do sangue. Com o tema “+ pelos doentes, juntos pela saúde", a Conferência Anual da associação terá lugar no dia 14 de setembro (sábado), a partir das 14h00, podendo ser acompanhada presencialmente, na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), ou online.

Associação promove apoio holístico a doentes com mieloma múltiplo

Face à disponibilidade limitada de soluções adaptadas para responder às necessidades psicológicas e físicas dos doentes com mieloma múltiplo e amiloidose AL, a APLL criou um programa integrado, com o intuito de melhorar o bem-estar geral destes doentes. A apresentação do projeto “Mieloma Múltiplo: Tratar Corpo e Mente”, desenvolvido no seguimento de uma bolsa atribuída pela Myeloma Patient Europe (MPE) – uma organização internacional composta por 52 associações de doentes nacionais de 33 países europeus – será, assim, o ponto alto da Conferência Anual.

Após as saudações iniciais, o Professor Pedro Cunha, docente da FADEUP e especialista em Atividade Física e Saúde, dará a conhecer de que forma o acompanhamento de doentes de todo o país – facilitado pela modalidade online – permitirá responder a desafios como a gestão do cansaço e da dor e o aumento da resistência física. Além da componente física, que estará em destaque na apresentação, o programa contempla aspetos como a diminuição do sofrimento psicológico, a gestão das emoções ou o fomento da interação social, promovendo uma abordagem holística à melhoria da qualidade de vida dos doentes com mieloma múltiplo.

Os restantes momentos da programação vão abordar outros temas de relevo, como a comunicação com os profissionais de saúde e a decisão partilhada sobre os tratamentos, permitindo que os doentes se sintam mais envolvidos no seu próprio cuidado, ou o impacto da doença na dinâmica familiar, refletindo sobre a reintegração social dos doentes.

Importa sublinhar, ainda, a palestra sobre Macroglobulinemia de Waldenström – uma iniciativa alinhada com o compromisso da APLL em criar o primeiro grupo de apoio em Portugal para doentes com esta patologia. No final da Conferência, todos os participantes terão a oportunidade de participar numa aula de reabilitação física.

Há duas décadas a olhar pelo bem-estar de doentes e sobreviventes

Desde 2001, a APLL – uma associação sem fins lucrativos criada por doentes, familiares e profissionais de saúde, no Porto – tem-se dedicado à melhoria da qualidade de vida de doentes com leucemias, linfomas e mielomas – sem esquecer os seus familiares –, disponibilizando apoio psicológico e, quando necessário, financeiro. A instituição tem investido, ainda, na reabilitação física e psicossocial de doentes e sobreviventes de cancro.

Além do projeto “Mieloma Múltiplo: Tratar Corpo e Mente” e de diversas parcerias com a FADEUP no âmbito da reabilitação física destes doentes, refira-se o programa de apoio psicológico da APLL, “Superar Adversidades”, dividido em cinco sessões que abordam temáticas como a gestão da ansiedade e da depressão, estratégias de superação, a importância da comunicação e da autoestima, ou a qualidade de vida. A modalidade de grupos abertos permite que cada participante assista às sessões que se afigurem do seu interesse. A associação dispõe, ainda, de uma linha de apoio telefónico.

As inscrições para a Conferência Anual da APLL já estão abertas, podendo ser realizadas através do preenchimento de um formulário, por e-mail ([email protected]), ou por telefone (910 244 608). Mais informações disponíveis em www.apll.org.

Novos cursos já têm inscrições abertas
Fisioterapia Aquática, Gestão e Liderança em Fisioterapia e UX/UI Design são as mais recentes novidades da oferta formativa das...

Com o ano letivo 2024/2025 “aí à porta”, a Atlântica – Instituto Universitário e a ESSATLA – Escola Superior de Saúde Atlântica continuam a assumir um compromisso com a especialização e capacitação para a liderança em diferentes áreas. Três novas pós-graduações acabam de se juntar à oferta formativa das instituições, que inclui 12 licenciaturas, oito mestrados, dois programas de doutoramento e cerca de três dezenas de pós-graduações, abrangendo áreas como a Gestão, a Saúde ou a Engenharia.

ESSATLA é a primeira instituição nacional a aliar Fisioterapia e Gestão

As pós-graduações em Gestão e Liderança em Fisioterapia e em Fisioterapia Aquática passam a integrar a oferta formativa da ESSATLA, que tem procurado dar resposta à atual procura por profissionais especializados, nesta que é uma área progressivamente autónoma e em crescimento.

Em Portugal, a pós-graduação em Gestão e Liderança em Fisioterapia é a primeira que combina as duas áreas, tendo como objetivo capacitar fisioterapeutas para funções de liderança e gestão, em unidades de saúde públicas e privadas. Pretende-se que a pós-graduação seja uma ferramenta para fomentar o empreendedorismo na área, contribuindo para a independência dos serviços e profissionais de Fisioterapia. O plano curricular, lecionado em regime pós-laboral e ao fim de semana, com alguns módulos online, aborda as áreas do Marketing, Economia, Gestão, Ética e Fisioterapia. A pós-graduação inicia-se em setembro deste ano, terminando em julho de 2025.

Já a Fisioterapia Aquática, enquanto modalidade terapêutica, tem-se destacado pela sua eficácia em diferentes condições clínicas. Esta abordagem é cada vez mais aplicada nos serviços de reabilitação, levando a uma crescente procura por profissionais especializados. A pós-graduação da ESSATLA surge, neste sentido, com o objetivo de dotar fisioterapeutas com um conhecimento aprofundado e competências práticas para a intervenção no meio aquático. Com um corpo docente composto por fisioterapeutas e outros especialistas de referência, a pós-graduação em Fisioterapia Aquática decorre entre janeiro e julho de 2025, com aulas ao fim de semana.

Atlântica quer dar resposta a um “ambiente digital competitivo”

Com o desenvolvimento de produtos digitais inovadores e centrados no utilizador a ganhar relevo, a procura por profissionais competentes e especializados motivou a Atlântica – Instituto Universitário a responder a estas necessidades. A instituição dá, assim, a conhecer a primeira oferta formativa no campo do Design, resultado do forte investimento que tem vindo a dedicar à área e à inovação.

Com arranque previsto para janeiro de 2025, a pós-graduação em UX/UI Design pretende consciencializar profissionais de diferentes áreas – Design, Engenharia, Marketing Digital, entre outros – para a experiência do utilizador, capacitando-os para enfrentar os diversos desafios inerentes a um ambiente digital competitivo. Num modelo inteiramente online, com encontros síncronos, o programa inclui a implementação de um projeto, bem como a aquisição de competências teóricas e práticas em áreas de estudo como o Design de Experiência do Utilizador (UX Design), Design de Interface (UI Design), Análise de Dados e Inovação.

As inscrições nas novas pós-graduações já estão abertas, podendo ser realizadas na plataforma de candidaturas das instituições, tendo em conta o prazo para cada curso: 20 de setembro para Gestão e Liderança e Fisioterapia, 3 de janeiro para Fisioterapia Aquática e 10 de janeiro, no caso da pós-graduação em UX/UI Design. Mais informações podem ser consultadas nos sites da Atlântica e ESSATLA.

Editora LIDEL apresenta
Medicina Laboratorial é o nome desta nova coleção composta por 5 volumes. Os dois primeiros livros já se encontram à venda e os...

A editora Lidel apresenta a nova coleção “Medicina Laboratorial – Da Prescrição à Interpretação Clínica”, composta por 5 volumes, onde são abordadas as fases da prescrição médica, do processo laboratorial (pré-analítico, analítico e pós-analítico) e da interpretação dos resultados analíticos. As obras são da autoria de Rui Abrantes Pimentel, que foi o Responsável pela Coordenação do Controlo da Qualidade Analítica e pela Área Core Laboratorial e foi Diretor Técnico Substituto no Dr. Joaquim Chaves, Laboratório de Análises Clínicas.

Neste momento já se encontram disponíveis os dois primeiros volumes, intitulados “Hematologia” e “Hemato-Oncologia”, respetivamente. Os restantes livros estarão disponíveis até ao final do ano.

Através destas obras, é explicada e evidenciada a importância da relação entre a clínica e o laboratório, cujo diálogo entre pares deve ser permanente. Além disso, é também clarificado o significado de muitos sinais do âmbito da Patologia Clínica, que são representados e se traduzem nas diferentes formas como os resultados dos parâmetros laboratoriais prescritos podem ser reportados e devem ser interpretados.

“Estou convicto de que esta obra constitui um importante contributo para melhorar a compreensão e o processo de interpretação dos resultados dos parâmetros laboratoriais (mesurandos) prescritos, uma vez que é neles que se baseiam entre 60 e 70% das decisões médicas, que condicionam a qualidade de vida das pessoas e, muitas vezes, o seu tempo de sobrevida.”

Rui Abrantes Pimentel
Autor da coleção
In Apresentação

O livro “Hematologia” aborda os aspetos mais importantes da hematologia geral, designadamente do hemograma, do estudo morfológico do sangue periférico, da classificação e diagnóstico das anemias e das hemoglobinopatias, assim como das hemoparasitoses, da imuno-hematologia e da hemóstase, trombofilia e fibrinólise.

No decorrer dos diferentes capítulos, são caracterizados os parâmetros laboratoriais (mesurandos) com maior valor semiológico no âmbito do rastreio, do diagnóstico, da monitorização da evolução clínica e da resposta ao tratamento, e da estratificação do risco (prognóstico) das diferentes entidades nosológicas, assim como a sua sensibilidade e especificidade.

O segundo volume “Hemato-Oncologia” abrange uma parte significativa da área do conhecimento da Hematologia. Neste contexto, são descritas as características citomorfológicas mais importantes dos elementos celulares, normais e patológicos, que podem ser observados quer no sangue periférico, quer nos aspirados de medula óssea. É evidenciada a importância do mielograma no estudo dos doentes e são identificados os critérios de diagnóstico das neoplasias hematológicas agudas e crónicas mais importantes, com repercussões clinicamente significativas no sangue periférico, na medula óssea ou em ambos.

A par disso, são ainda caracterizados os parâmetros laboratoriais com maior valor semiológico no âmbito do rastreio, do diagnóstico, da monitorização, da evolução clínica e da resposta ao tratamento, e da estratificação do risco (prognóstico) das diferentes entidades nosológicas, assim como a sua sensibilidade e especificidade, tendo em consideração o estado da arte atual.

Esta coleção destina-se a internos e especialistas em Patologia Clínica, estudantes de Medicina, médicos internos e especialistas de diversas especialidades que, na prática clínica diária, prescrevem análises clínicas e interpretam os seus resultados, estudantes e profissionais das áreas de Ciências Farmacêuticas, Ciências Biomédicas, Biologia e Bioquímica em formação, e especialistas em Análises Clínicas e, por último, interessa também a técnicos de análises clínicas e saúde pública.

Conteúdos Abordados

Volume 1 - Hematologia

Parte I: Processos de Validação e de Interpretação dos Resultados;

Parte II: Hematologia Geral;

Parte III: Hemoparasitoses;

Parte IV: Imuno-Hemoterapia;

Parte V: Hemostase, Trombofilia e Fibrinólise.

 

Volume 2 - Hemato-Oncologia

Parte I: Citomorfologia;

Parte II: Mielograma e Padrões Medulares Reativos;

Parte III: Hemato-Oncologia;

15.ª Reunião Anual da APIC
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai realizar a sua 15.ª Reunião Anual entre os dias 7 e 9 de...

“Cada edição da Reunião Anual da APIC é marcada pela qualidade do programa científico e por uma assistência forte e interessada pelos que nela participam, reforçando a sua posição como a principal reunião da Cardiologia de Intervenção nacional”, explica Pedro Jerónimo de Sousa, presidente da 15.ª Reunião da APIC.

E acrescenta “A concretização destas reuniões proporciona diversos benefícios para a Cardiologia de Intervenção e, consequentemente, para os doentes que dela necessitam. Por um lado, a atualização científica dos profissionais associa-se a uma melhoria dos cuidados prestados. Por outro lado, uma vez que o trabalho que a nossa comunidade realiza é desenvolvido em equipa, juntar neste evento grupos profissionais distintos, como médicos, enfermeiros e técnicos superiores, o espírito de corpo e união sai reforçado”.  

A edição deste ano contará com a celebração dos 25 anos de implementação da Via Verde Coronária em Portugal, assinalada através de um debate entre várias entidades fundamentais na sua criação e manutenção, nomeadamente, Direção-Geral da Saúde, Instituto Nacional de Emergência Médica, Sociedade Portuguesa de Cardiologia e Iniciativa Stent Save a Life. Adicionalmente, haverá uma edição do curso STEMINEM, dedicado à abordagem do enfarte com supradesnivelamento ST pelas equipas de emergência hospitalares e pré-hospitalares.

Esta reunião pretende também destacar o papel da mulher na Cardiologia de Intervenção, contando com a presença de várias convidadas internacionais de renome nesta área da medicina.

Na programação estará incluída uma mesa-redonda dedicada à inovação tecnológica e inteligência artificial, e iniciativas pensadas para os cardiologistas mais jovens, como prémios de casos clínicos e a reedição de uma Joint Session com o Young Commitee da EAPCI, dedicada à abordagem de complicações em intervenção coronária.

Para mais informações, consulte: www.reuniaoanualapic.pt

SPINE20
A campanha ‘Olhe pelas Suas Costas’ acaba de ser apresentada como caso de sucesso durante a 5ª Cimeira Anual do SPINE20, que...

Sob o mote ‘Incapacidade relacionada com a Coluna Vertebral: Inclusão Social como chave para a prevenção e tratamento’, o SPINE20 – um dos mais importantes fóruns internacionais dedicados à saúde da coluna vertebral – reuniu especialistas do mundo inteiro para debater temas cruciais relacionados com a equidade no acesso, inclusão social, prevenção, tratamento e políticas públicas voltadas para as doenças da coluna vertebral.

Cristina Freitas Pereira, médica especialista em Medicina Física e Reabilitação e responsável por apresentar o caso da campanha, explica a escolha deste tema e como foi para si representar o nosso país: “Como membro do Education Committee do SPINE20, quando pensámos em apresentar campanhas nacionais de divulgação e sensibilização para problemas relacionados com a coluna, lembrei-me imediatamente da Campanha ‘Olhe pelas Suas Costas, na qual já participei ativamente. Parece-me um excelente exemplo do benefício deste tipo de iniciativas para a população e que pode ser replicado a nível supranacional.”

Para Rui Duarte, médico ortopedista e coordenador da campanha, “ver a campanha ‘Olhe pelas Suas Costas’ ser apresentada como caso de sucesso pela Dr.ª Cristina Pereira é um reconhecimento incrível do trabalho que temos desenvolvido desde 2009. Esta oportunidade permite-nos expandir o alcance da nossa mensagem e, além disso, promover uma cultura de prevenção em relação à saúde da coluna, não só em Portugal, mas em todo o mundo.”

A participação da campanha ‘Olhe pelas Suas Costas’ no SPINE20 representa um marco histórico. Demonstra o seu compromisso de mais de dez anos no que diz respeito à promoção da saúde da coluna vertebral e motiva outros países do mundo a implementar iniciativas deste género.

O SPINE20 é uma associação e um grupo de reflexão fundado em 2019 pela Saudi Spine Society (SSS), a EUROSPINE, a North American Spine Society (NASS) e a German Spine Society (DWG)  e que conta atualmente com a participação de mais de 30 organizações. Tem centrado a sua ação na recomendação de políticas de saúde nos países do G20 e não só, com os objetivos de melhorar a saúde da coluna, promover o avanço da investigação nesta área e contribuir para a inovação a nível dos tratamentos e da reabilitação.

A patologia da coluna vertebral é a principal causa de anos vividos com incapacidade no mundo. Estima-se que esta doença tenha impactado mais de 600 milhões de pessoas no mundo em 2020 e que em 30 anos teremos mais de 800 milhões de afetados a nível global.1

[1] (https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2023/06/dor-nas-costas-principal-causa-de-incapacidade-ja-atinge-600-milhoes-de-pessoas-e-deve-aumentar-saiba-os-motivos.ghtml )

 

 

SRCentro
A Secção Regional Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) realizou uma visita a 21 Serviços de Urgência (SU) da região...
No dia 12 de janeiro de 2024, em pleno inverno, num contexto de elevada incidência de infeções respiratórias agudas na comunidade e que, há semanas, mantinha os SU sob grande pressão, a SRCentro encetou, pela primeira vez, uma visita massiva a vários SU da sua área de abrangência (excluindo as urgências obstétricas, ginecológicas e pediátricas).
Seguindo o seu desígnio fundamental: promoção da segurança e qualidade dos cuidados de enfermagem prestados à população, atendendo a estes contextos de elevada afluência e, muitas vezes, de sobrelotação de serviços, pode tornar-se difícil manter a segurança e a qualidade dos cuidados de enfermagem prestados, tornou-se fundamental assegurar a observância das regras de ética e deontologia profissional.
As visitas foram realizadas a dez Serviços de Urgência Básica (SUB), a nove Serviços de Urgência Médico-cirúrgica (SUMC) e a dois Serviços de Urgência Polivalente (SUP).
Foram objeto de avaliação: o número de admissões das últimas 24 horas; as prioridades atribuídas pelo Sistema de Triagem de Manchester (STM); os tempos de espera para a 1ª observação médica; a existência de equipas de transporte, de protocolos vias verdes (Sépsis, AVC, Coronária e Trauma) e de protocolos de reavaliação/retriagem de doentes e ainda a permanência de doentes há mais de 24 horas nos SU e as dotações de enfermagem.
“Atendendo ao panorama atual dos SU (e SU de Obstetrícia e Pediátricos), e encaminhando-nos, de novo, para o aproximar do outono e inverno, com um aumento da procura e, concomitante pressão acrescida sobre os serviços e equipas de profissionais, devido a ser um momento propício a doenças respiratórias, importa divulgar estes dados no sentido de perceber os problemas instalados, aliás, há vários anos a esta parte, onde os riscos para com a qualidade e segurança de cuidados a prestar estão mais vincados”, assinala Valter Amorim, Presidente do Conselho Diretivo da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros.
Coimbra registou o maior número de admissões: 442 (Hospital Universitário de Coimbra e Hospital Geral – Covões). Seguiu-se o Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, com 427 doentes admitidos, e 242 admissões no Hospital São Teotónio, em Viseu.
No dia da visita da SRC, a média de tempo de espera entre triagem e observação médica em pulseiras amarelas era de 83 minutos. Contudo, em quatro SU não havia espera e, no extremo oposto, em Leiria a espera média era de 11h. Assinalamos que o tempo máximo para observação de pulseiras amarelas é de 60 minutos.
Aveiro foi o SU com maior afluência de utentes, sendo que o Hospital Universitário de Coimbra era a unidade com mais Enfermeiros. O SUMC de Caldas da Rainha é que teve melhor resposta instalada face à procura registada, enquanto São João da Madeira e Águeda registaram a pior resposta.
Na relação nas 24h entre o número de enfermeiros por utente, São João da Madeira e Águeda detêm o pior resultado com cerca de 11 utentes por cada enfermeiro, ao invés, o Hospital Geral (Coimbra) e Caldas da Rainha surgem com cerca de 2 utentes por cada enfermeiro.
Durante a visita aos serviços de urgência foi também avaliada a implementação de protocolos de Vias Verdes (Sépsis, Coronária, AVC e Trauma), essenciais para garantir uma resposta rápida e eficaz em situações críticas. A Via Verde AVC é a melhor estabelecida, estando presente em 13 dos 21 SU. Apenas em Coimbra e Castelo Branco existe Via Verde Trauma. Nenhum dos SUP possui Via Verde Sépsis, somente quatro dos 21 serviços detêm este protocolo. A Via Verde Coronária está implementada em dez dos 21 serviços analisados.
Dos serviços visitados, apenas dois SUB, quatro SUMC e 1 SUP dispunham de equipa de transporte. Quando estas equipas não existem, há uma sobrecarga dos restantes elementos, retirando enfermeiros de outros postos de trabalho. Muitos destes transportes demoram horas, ausentando elementos das equipas, durante grande parte dos turnos, reduzindo rácios enfermeiro doente, colocando em causa as dotações seguras, com todas as consequências que daí podem advir, tanto para doentes como para profissionais.
Quase 600 doentes estavam há mais de 24h nos SU, destacando-se pela negativa Guarda (59 utentes); Caldas da Rainha (36 utentes) e Leiria (34 utentes) entre as 24h e as 48h, dos quais, 83 aguardavam há mais de dois dias no SU. Guarda e Leiria mantêm o retrato negro nesta categoria, com 23 e 21 utentes, respetivamente.
Quando o número de doentes no SU é tal que cria a necessidade de utilizar espaços físicos onde não existem postos de trabalho de enfermagem e, portanto, sem vigilância, não existem condições mínimas de segurança.
Quando existem tempos de espera para a primeira observação médica que ultrapassam as 20 horas, é impossível assegurar dotações de enfermeiros que consigam retriar/reavaliar todos os doentes, sempre que o tempo de espera excede o limite previsto, como determina a norma 02/2018 da DGS.
 
Na Madeira
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) enviou para a Madeira 280 kg de material, entre camas de campanha, cobertores, kits de higiene...

Este material tem o intuito de capacitar a estrutura local da CVP, reforçando a sua capacidade de resiliência face a futuras contingências.

O material é enviado através do Fundo de Emergência da Cruz Vermelha. Este fundo – para o qual é possível contribuir (mais informação neste link) – permite à Cruz Vermelha manter uma provisão, que pode ser utilizada de modo imediato face a uma situação de emergência.

“Este fortalecimento contínuo das capacidades das nossa estruturas locais é essencial para a prestação de auxílio e de cuidado imediata e com prontidão”, refere o Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa, António Saraiva.

A estrutura de emergência da CVP na Madeira dispõe de 7 ambulâncias totalmente equipadas e mais de 80 pessoas, incluindo técnicos de saúde (nomeadamente, socorristas e enfermeiros) que, de modo voluntário, respondem à emergência pré-hospitalar e a outras necessidades que se colocam na região.

A estrutura de emergência da CVP na Madeira dispõe de 7 ambulâncias totalmente equipadas e mais de 80 pessoas, incluindo técnicos de saúde (nomeadamente, socorristas e enfermeiros) que, de modo voluntário, respondem à emergência pré-hospitalar e a outras necessidades que se colocam na região

São Miguel
A 17ª Semana Educativa dos Açores para Jovens com Diabetes tipo 1 irá realizar-se entre os dias 27 e 30 de agosto, na cidade da...

O Serviço de Endocrinologia e Nutrição do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada (HDES) em parceria com o Grupo de Amigos da Pediatria (GAP), foram os responsáveis pelo desenvolvimento do programa focado na gestão e controle da diabetes.

A receção dos 12 participantes no dia 27 de agosto dará início à Semana Educativa para Jovens com Diabetes tipo 1. Ao longo dos quatro dias do evento, os jovens irão participar em atividades que incluem workshops sobre alimentação saudável como o “Master Chef”, exercício físico e gestão da glicemia.

Além das sessões educativas, os participantes terão a oportunidade de desfrutar de diversas atividades ao ar livre, nomeadamente uma caminhada no Trilho Ponta do Cintrão, Banhos nas Piscinas da Ribeira Grande e visitas a museus. A última noite do programa será dedicada a uma sessão de cinema que poderá ser desfrutada por todos.

A Dra. Isabel Sousa, Diretora do Serviço de Endocrinologia do Hospital do Divino Espirito Santo, destaca a importância desta iniciativa, “este evento anual proporciona uma oportunidade única para estes jovens com diabetes aprenderem, partilharem experiências e fortalecerem a sua capacidade de gerir a diabetes de uma forma autónoma e fora do espaço hospitalar, contando com a disponibilidade total de vários monitores das várias áreas do tratamento da diabetes mellitus.”

De salientar que a estes jovens irão juntar-se monitores, médicos, enfermeiros, nutricionistas e psicóloga do Centro de Perfusão Subcutânea contínua de Insulina do Serviço de Endocrinologia e Nutrição do HDES, que irão dar apoio nas atividades que se prendem com a terapêutica da DM1 (diabetes mellitus tipo 1). Durante esta semana os jovens podem esperar um contacto, uma interação e uma partilha de experiências com outros jovens com a mesma doença. 

Antigo Diretor da FMUL
O reconhecimento foi feito pela entidade norte americana, Society for Vascular Surgery (SVS), que destacou 100 cirurgiões de...

A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) anuncia que o cirurgião vascular e professor catedrático José Fernandes e Fernandes, antigo diretor da instituição, foi recentemente homenageado com a inscrição do seu nome no prestigiado livro "Legends, Leaders, Pioneers - Cirurgiões que construíram a cirurgia vascular". Esta obra, publicada pela Society for Vascular Surgery (SVS) dos Estados Unidos, destaca 100 cirurgiões de todo o mundo que tiveram um impacto significativo no desenvolvimento da cirurgia vascular.

O livro presta tributo aos cirurgiões que, pela sua contribuição essencial na evolução das técnicas e diagnósticos, tornaram a cirurgia vascular uma especialidade de referência no campo da Medicina. O professor catedrático José Fernandes e Fernandes é um dos nomes destacados nesta obra, sendo lembrado não apenas pelo seu papel enquanto Diretor da FMUL, entre 2005 e 2015, mas também pelos seus 40 anos de dedicação à cirurgia vascular. A sua carreira foi marcada por inovações pioneiras, tanto em Portugal como noutros países, que constituem um legado profundo no ensino e na prática médica.

O livro, que levou 10 anos a ser concluído, inclui ainda entrevistas gravadas em vídeo que preservam o testemunho e a experiência destes cirurgiões para as gerações futuras. A apresentação do livro ocorreu durante o encontro anual da Society for Vascular Surgery, um evento de grande relevância na área.

José Fernandes e Fernandes comentou o reconhecimento de que foi alvo: "Foi uma agradável e inesperada surpresa neste Outono da vida", afirmou, recordando que a sua entrevista para o livro foi realizada aquando da sua eleição como Honorary Member da SVS, em 2014. Na ocasião, destacou o seu apreço pela obra do Professor Cid dos Santos e pela Escola que este criou.

APDP partilha cinco recomendações para o verão
Verão é sinónimo de dias mais longos, rotinas alteradas, temperaturas elevadas, idas à praia ou atividades ao ar livre. No...

“No verão, com as temperaturas mais elevadas, é necessário manter uma rotina de controlo da doença, especialmente para as crianças que veem o seu dia a dia alterado devido ao fim das aulas. Por isso, é fundamental seguir alguns cuidados durante esta época.”, alerta João Filipe Raposo, Diretor Clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP).

A APDP alerta para os cuidados a ter e recomenda cinco estratégias importantes para ajudar os pais das crianças com diabetes tipo 1 a manterem uma rotina, mesmo durante as férias:

  • A hidratação é fundamental: O risco de desidratação no verão cresce significativamente, por isso, é crucial beber bastante água ao longo do dia. As bebidas açucaradas devem ser evitadas, pois podem aumentar rapidamente os níveis de glicose no sangue. Uma boa prática é ter sempre uma garrafa de água por perto;
  • Cuidados com a insulina: Durante o verão, é importante ter atenção ao armazenamento da insulina, pois é sensível ao calor e pode perder a sua eficácia se estiver exposta a temperaturas elevadas. É recomendado armazenar a insulina em locais frescos e, se necessário, utilizar bolsas térmicas para transportá-la. Além disso, deve evitar deixar o medicamento em carros ou ambientes muito quentes;
  • Aumentar a frequência da monitorização da glicemia: A mudança da rotina no verão pode alterar a forma como o corpo metaboliza a glicose, tornando-o mais suscetível a hipoglicemias ou hiperglicemias. Por isso, é aconselhável monitorizar os níveis de glicose com mais frequência. Atividades físicas ao ar livre, como natação, caminhadas ou jogos, podem causar oscilações nos níveis de glicose, exigindo ajustes nas doses de insulina;
  • Escolhas alimentares saudáveis: É muito importante aproveitar aquilo que o verão oferece a nível de variedade de frutas frescas e refeições leves. Lanches saudáveis, como iogurte natural, nozes e saladas frescas, são boas opções para manter a energia e a glicemia estáveis ao longo do dia;
  • Cuidados com a pele: Durante o verão é fundamental aplicar protetor solar de proteção máxima e evitar a exposição ao sol durante muitas horas.

Com a inclusão destas recomendações no dia a dia, a diversão e o tempo de qualidade não vão faltar.

Mitos e verdades
Nos últimos anos, a luz azul tem sido um tópico amplamente discutido, especialmente com o aumento do

O Que é a Luz Azul?

A luz azul é uma parte do espectro de luz visível, com comprimentos de onda que variam entre 380 e 485 nanómetros. Ela é encontrada naturalmente na luz solar e artificialmente em dispositivos digitais e lâmpadas LED. Existem dois tipos de luz azul: a luz azul-turquesa, que tem benefícios para a saúde, e a luz azul-violeta, que pode ser prejudicial em grandes quantidades.

Mito 1: Toda Luz Azul é Perigosa

Uma ideia comum é que toda a luz azul é prejudicial. No entanto, isso não é verdade. A luz azul-turquesa desempenha um papel vital na regulação do nosso ciclo circadiano, o relógio biológico que controla os padrões de sono e vigília. Além disso, esta luz ajuda a melhorar o humor e a função cognitiva.

Verdade 1: Excesso de Luz Azul Pode Causar Fadiga Ocular Digital

A fadiga ocular digital é um problema real que resulta do uso prolongado de dispositivos digitais. Sintomas incluem olhos secos, visão turva, dores de cabeça e cansaço ocular. A luz azul, emitida em grandes quantidades por esses dispositivos, pode contribuir para essa fadiga. A regra 20-20-20 (olhar para algo a 20 pés (6 metros de distância) durante 20 segundos a cada 20 minutos) pode ajudar a aliviar esses sintomas.

Mito 2: A Luz Azul Causa Danos Irreversíveis à Retina

Há um medo generalizado de que a luz azul cause danos irreversíveis à retina e leve à degeneração macular. Estudos científicos não encontraram evidências conclusivas de que a exposição à luz azul dos dispositivos digitais cause danos oculares permanentes. No entanto, a exposição prolongada a qualquer tipo de luz intensa pode ser prejudicial aos olhos, incluindo a luz azul.

Verdade 2: A Luz Azul Pode Afetar o Sono

A exposição à luz azul à noite pode interferir na produção de melatonina, a hormona responsável pelo sono. Isso pode resultar em dificuldades para adormecer e em não se ter uma boa qualidade de sono. Reduzir o uso de dispositivos digitais antes de dormir ou usar filtros de luz azul pode ajudar a mitigar esses efeitos.

Mito 3: Óculos com Filtro de Luz Azul São Necessários para Todos

Embora os óculos com filtro de luz azul possam ser benéficos para algumas pessoas, especialmente aquelas que passam muitas horas diante de dispositivos eletrónicos com leds, eles não são necessários para todos. Os benefícios desses óculos ainda são um tema de debate entre os especialistas. Para muitas pessoas, ajustes simples no comportamento, como pausas frequentes e o uso de configurações de luz noturna nos dispositivos, podem ser suficientes.

Verdade 3: Luz Natural é Importante para a Saúde Ocular

Passar tempo ao ar livre sob luz natural é benéfico para a saúde ocular. Estudos indicam que a exposição à luz natural pode reduzir o risco de desenvolver miopia em crianças e adolescentes. A luz solar contém uma quantidade equilibrada de luz azul-turquesa, que é essencial para a saúde geral dos olhos.

Conclusão

A luz azul tem efeitos complexos sobre a saúde ocular. Embora não haja necessidade de uma preocupação exacerbada, é importante estarmos cientes dos seus efeitos e tomar medidas para proteger os olhos, especialmente durante o uso prolongado de dispositivos digitais. Entender a diferença entre mitos e verdades sobre a luz azul ajuda a tomar decisões informadas para manter os olhos saudáveis. A prevenção, através de comportamentos equilibrados e o uso adequado de tecnologias, continua a ser a chave para uma visão saudável.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Médico de Saúde Pública leciona no Instituto Universitário desde 2023
Em preparação ativa para o arranque do ano letivo 24/25, a Atlântica – Instituto Universitário acaba de garantir a presença do...

Presente na oferta formativa do Instituto Universitário desde 2004, a licenciatura em Ciências da Nutrição procura responder a uma área em crescimento em Portugal, com a formação de profissionais capacitados para as mais variadas funções dentro do setor. O curso foi projetado segundo padrões europeus e internacionais, com o Referencial para a Formação Académica do Nutricionista, cumprindo igualmente os requisitos técnico-científicos exigidos pela Ordem dos Nutricionistas. À semelhança do ano letivo anterior, a licenciatura volta a contar com Ricardo Mexia para lecionar a disciplina de Epidemiologia Nutricional.

Já os alunos da licenciatura em Gestão em Saúde vão contar com a vasta experiência e conhecimento de Ricardo Mexia nas disciplinas de Saúde Pública e Epidemiologia, Políticas de Saúde, Seminário de Gestão e Seminário de Estágio. Pioneira em Portugal desde a sua criação, em 1997, a licenciatura em Gestão em Saúde da Atlântica tem como missão formar profissionais qualificados para atender, às cada vez mais crescentes, necessidades e desafios do setor de saúde. Com uma abordagem abrangente à gestão da saúde, o curso foca-se em áreas como análise estratégica e tendências no setor da saúde; sistemas de informação e meios complementares de diagnóstico, de terapêutica e dinâmicas; marketing em saúde e marketing farmacêutico; gestão de equipas em saúde, apoio à decisão e à gestão financeira; planeamento e avaliação de investimentos em saúde; entre outras.

"É com grande entusiasmo que volto a integrar o corpo docente da Atlântica para o ano letivo 24/25. A oportunidade de contribuir para a formação de futuros profissionais de saúde, tanto em Nutrição quanto em Gestão em Saúde, é um desafio que encaro com responsabilidade e compromisso," afirma Ricardo Mexia.

Recorde-se que as candidaturas aos vários cursos da Atlântica, nos quais se incluem as licenciaturas em Ciências da Nutrição e Gestão em Saúde, já se encontram abertas, estando atualmente a decorrer a segunda fase do regime geral (até 16 de agosto). A terceira e quarta fase do regime geral decorrem de 17 de agosto a 13 de setembro e de 14 de setembro a 9 de outubro de 2024, respetivamente. Já no que diz respeito ao regime para Maiores de 23, este encontra-se já na quinta fase, sendo possível submeter candidaturas até ao dia 6 de setembro de 2024. 

 
Opinião
Este meu artigo de opinião pretende realizar com o leitor uma partilha resultante de um exercício re

A Enfermagem de Reabilitação constitui-se uma área de intervenção especializada, que resulta de um corpo de conhecimentos e procedimentos de cariz técnico-científico, sendo direcionada à manutenção e promoção do bem-estar e da qualidade de vida das pessoas, assim como da recuperação da sua funcionalidade, da promoção do autocuidado, da prevenção de complicações e da maximização das capacidades.

Por conseguinte, o enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação concebe, implementa e monitoriza planos de enfermagem de reabilitação diferenciados, baseados nos problemas reais e potenciais das pessoas. O nível elevado de conhecimentos e experiência acrescida, permitem-lhe tomar decisões relativas à promoção da saúde, prevenção de complicações secundárias, tratamento e reabilitação, maximizando assim o potencial da pessoa.

Importa clarificar que a Mesa do Colégio de Especialidade de Enfermagem de Reabilitação tem assumido que a investigação representa uma linha estratégica de afirmação dos enfermeiros especialistas de Enfermagem de Reabilitação na prestação de cuidados de saúde mais seguros, efetivos e apropriados do ponto de vista sociocultural. E emanou recentemente um conjunto de linhas de investigação a serem abordadas por estes profissionais, por área diferenciadas, no futuro:

  • Ciclo Vital – investigação muito prioritária com adultos e prioritária para idosos;
  • Contexto de prestação de cuidados de Enfermagem de Reabilitação - investigação muito prioritária em hospitais e prioritária em cuidados de saúde primários;
  • Áreas de intervenção - investigação muito prioritária em reabilitação respiratória, reabilitação motora e autocuidado, e prioritária em deglutição e reabilitação cardíaca;
  • Outras áreas relevantes - investigação muito prioritária na avaliação da eficácia de intervenções e programas de Enfermagem de Reabilitação, e prioritária em instrumentos de avaliação, e avaliação do custo‐efetividade de intervenções e de programas de Enfermagem de Reabilitação.
 
Referências bibliográficas:
Colégio da especialidade de Enfermagem de Reabilitação (2023). Documento das áreas de investigação para a especialidade de Enfermagem de Reabilitação. https://www.ordemenfermeiros.pt/media/30264/ponto-3_documento-linhas-de-investiga%C3%A7%C3%A3o-do-eer.pdf
Colégio da especialidade de Enfermagem de Reabilitação (2018). Padrões de qualidade dos cuidados especializados em Enfermagem de Reabilitação. https://www.ordemenfermeiros.pt/media/8141/ponto-4_regulamento-dos-padr%C3%B5es-qualidade-ceer.pdf.
 
 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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