Com o objetivo de melhorar o acesso aos tratamentos de PMA
A Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (ULSAS) acaba de criar um novo Centro de Responsabilidade Integrada, o CRI...

14 anos depois do início de atividade do Centro de Infertilidade e Reprodução Medicamente Assistida (CIRMA), do Hospital Garcia de Orta, este transforma-se agora em CRI, com aumento do quadro de pessoal, aumento da atividade assistencial e consequente redução do tempo de espera para consultas e tratamentos.

O CRI-Fertilidade será composto por uma equipa multidisciplinar de 15 profissionais. Ao longo dos próximos três anos, está previsto, além de alterações no modo de referenciação para este centro, um aumento significativo do número de consultas e de tratamentos de procriação medicamente assistida realizados.

O CIRMA da ULSAS é o único centro público a sul do País autorizado a ministrar técnicas de procriação medicamente assistida, desde que iniciou atividade em junho de 2010, oferecendo tratamentos de 1.ª linha – inseminação intrauterina. A partir de julho de 2011, passou a realizar também tratamentos de 2.ª linha – fecundação in vitro e microinjeção intracitoplasmática de espermatozoides.

Até final de 2023, o CIRMA registou o nascimento de mais de 1.300 crianças, fruto das técnicas realizadas, com taxas de gravidez por transferência embrionária acima dos 40%, superando a média europeia.

O CRI-Fertilidade soma-se aos quatro CRI já existentes na ULSAS: CRI de Dermatoveneorologia; CRI de Oftalmologia; CRI de Medicina Nuclear e CRI de Otorrinolaringologia.

“É com enorme entusiasmo que assistimos à constituição de mais um CRI na nossa ULS.  Estamos certos que se traduzirá em melhorias reais no acesso aos cuidados, por parte das famílias. O acesso atempado a cuidados de saúde de qualidade é uma das nossas maiores preocupações”, afirma Teresa Machado Luciano, Presidente do Conselho de Administração da ULSAS.

“A experiência que temos dos CRI faz-nos acreditar que se trata de uma aposta vencedora, com verdadeiros ganhos em saúde para a população, e aumento da satisfação e realização por parte dos profissionais de saúde que prestam cuidados altamente diferenciados”, remata.

 
Dia Mundial do Cérebro | 22 de julho
O cérebro é a caixa-negra do nosso organismo.

Deste efeito cumulativo resultam as doenças do cérebro que, em grande parte, são o corolário de vários erros sistemáticos que vamos cometendo. O sal que colocamos a mais na nossa comida, a tablete de chocolate que era só um quadradinho, o copo de vinho que afinal são vários ao almoço e jantar, o exercício físico que começa amanhã, o sono que vai ser reposto ao fim-de-semana, os medicamentos para a tensão alta que só são tomados na véspera da consulta. O cérebro não cai nestas mentiras e cobra-nos, com juros muito elevados e sob a forma de doenças graves (algumas incuráveis), todos os empréstimos de saúde que lhe fomos pedindo ao longo de décadas.

Hoje, dia 22 de julho, celebramos o Dia Mundial do Cérebro, precisamente com o tema “Brain health and prevention: protecting our future”. Importa, por isto mesmo, lembrar que a nossa saúde é tão somente aquela a que o nosso cérebro nos permitir. Este órgão é o nosso único garante de individualidade, autonomia e dignidade. É ele que nos torna únicos. Preservá-lo através de uma vida saudável é proteger o nosso futuro e o futuro de quem mais amamos. Porque, se não nos cuidarmos no presente, sobrará para alguém no futuro.

Para mudarmos de vida e protegermos o nosso cérebro e o nosso futuro, ontem já era tarde. Mas nunca é tarde demais.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Nas Conversas com Barriguinhas
No dia 31 de julho, pelas 18h00, as Conversas com Barriguinhas organizam uma sessão online para grávidas focada no primeiro ano...

Ao longo do primeiro ano de vida, o bebé alcança vários marcos de desenvolvimento, sendo necessário que as famílias estejam atentas à sua saúde, alimentação e acontecimentos, como, por exemplo, o aparecimento dos primeiros dentes. Para ajudar a aumentar o conhecimento sobre esta fase tão importante, as enfermeiras especialistas em saúde infantil e pediatria, Ana Gaspar e Diana Calaia, da Aventura do Cuidar, vão explicar aos pais quais os sinais a que devem estar atentos nos primeiros 12 meses de vida.

Também a fundadora do projeto MOMM, Inês Freitas, vai partilhar dicas para que as futuras mães possam cuidar de si no pós-parto, de forma a alcançar o bem-estar emocional e físico nesta fase, conciliando a sua vida com a nova rotina da maternidade.

Sendo o parto o único momento onde é possível guardar as células estaminais do cordão umbilical, Marta Batista, técnica de laboratório da Crioestaminal, vai abordar umas das principais questões dos pais sobre este tema: Onde e como ficam guardadas as células estaminais dos bebés após a sua colheita? A técnica de laboratório vai abrir as portas do laboratório da Crioestaminal, onde estas células são armazenadas, e ainda dar a conhecer as possíveis aplicações clínicas destas células, que já foram utilizadas no tratamento de mais de 90 doenças.

As inscrições estão disponíveis na plataforma.

 
Até 31 de julho
A MSD Portugal prolongou o prazo de candidaturas ao ‘Science in Practice’ até 31 de julho. A revisão da data-limite para a...

O portal deste novo formato dá acesso a todas as iniciativas da organização que integram agora o ‘Science in Practice’: HPV Clinical Cases, na área de infeção por HPV, o GU Clinical Cases e o Onco in Practice, ambos na área de Oncologia. Nesta edição, surgem também áreas novas: tumores digestivos, cancro da mama e cancros ginecológicos.

Neste espaço digital, os participantes podem escolher a especialidade do seu interesse e consultar os regulamentos, composição dos diferentes comités científicos e aos critérios de avaliação de cada projeto. 

O ‘Science in Practice’ pretende fomentar a discussão de casos clínicos, casuísticas e protocolos em contexto multidisciplinar, bem como a partilha de conhecimento teórico e prático. O objetivo passa por melhorar a qualidade dos cuidados de saúde oferecidos aos doentes, por meio da disseminação de conhecimento entre a comunidade médica.

 
Opinião | Daniela Rosa e Lourenço, presidente da Associação SINGELA
A Síndrome de Hipoventilação Central Congénita (SHCC), também conhecida como síndrome de Ondine, é u

De acordo com um estudo retrospetivo, publicado em 2023, no National Center for Biotechnology Information (NCBI), a incidência estimada da SHCC é de aproximadamente um caso em cada 200 mil nascimentos, com mais de 1 000 casos relatados mundialmente.1 A característica principal desta síndrome é a incapacidade do corpo em responder à hipoxia, levando a complicações respiratórias graves, nomeadamente durante o sono, o que requer suporte ventilatório.

As crianças afetadas por esta síndrome requerem cuidados constantes e específicos, na maioria dos casos desde o nascimento. Muitas vezes, um dos pais precisa de interromper a sua carreira profissional para cuidar da criança, que dificilmente pode frequentar creches ou jardins de infância devido às necessidades médicas complexas. O suporte ventilatório durante o sono é essencial, por exemplo, recorrendo a ventilação invasiva por traqueostomia.

Além dos desafios médicos, as famílias enfrentam uma série de desafios emocionais, financeiros e sociais. O isolamento e o cansaço físico e emocional são comuns, exacerbados pelas terapias, consultas médicas frequentes e internamentos hospitalares. As preocupações financeiras também são uma realidade, principalmente quando um dos membros da família precisa de parar de trabalhar para cuidar da criança, vendo o rendimento familiar significativamente reduzido, apesar dos apoios existentes. A mobilidade é limitada devido ao equipamento médico necessário e ao risco de infeções, impactando negativamente a qualidade de vida e a socialização das crianças.

Após o nascimento e diagnóstico da minha filha, em 2022, senti falta de apoio e informação disponível sobre esta síndrome em Portugal. Como resultado, fundei a Associação SINGELA – Associação Portuguesa da Síndrome de Hipoventilação Central Congénita, com o objetivo de proporcionar um espaço de apoio mútuo e partilha de experiências entre famílias afetadas pela síndrome.

O objetivo da SINGELA é ser uma fonte de apoio e informação para doentes e respetivas famílias. Além disso, procuramos contribuir para aumentar a consciencialização sobre a síndrome de Ondine e impulsionar a investigação científica para encontrar tratamentos mais eficazes e, eventualmente, uma cura.

Em Portugal, existe uma grande lacuna no que toca à literacia sobre esta patologia, designadamente saber o número exato de casos. Apesar disso, o nosso contato próximo com associações internacionais permite-nos ter uma ideia dos números aproximados de casos da SHCC em diferentes países. Sabemos que o número de doentes estará entre os 100 e os 200 em França, Alemanha e Itália; em Espanha haverá cerca de 80 doentes; e em Israel são cerca de 24 doentes.

Apesar destes números serem apenas estimativas, estes dados dão-nos uma visão geral da prevalência da síndrome em diferentes regiões do mundo.

A SINGELA está comprometida em colaborar com organizações internacionais para melhorar a qualidade de vida dos doentes e das suas famílias. Continuaremos a trabalhar para aumentar a consciencialização, promover a pesquisa e oferecer apoio às famílias afetadas pela síndrome de Ondine. Sabemos que temos muito trabalho pela frente.

Acreditamos que juntos podemos fazer a diferença e proporcionar um futuro melhor para todos aqueles que vivem com esta condição rara. Para mais informações sobre a SINGELA e o trabalho que desenvolvemos, visite o nosso site: https://singela.com.pt/.

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Ex-bastonário da Ordem dos Advogados escolhido pelos restantes quatro membros do novo órgão social
Guilherme Figueiredo, bastonário da Ordem dos Advogados entre 2017 e 2019, é o primeiro presidente do Conselho de Supervisão da...

O Conselho de Supervisão resulta da revisão dos estatutos das ordens profissionais promovida no último executivo. A sua composição obedece à existência de 40 por cento de elementos inscritos nas respetivas ordens, outros 40% não inscritos, oriundos de instituições académicas que habilitem o acesso à profissão, e 20 por cento de personalidades de reconhecido mérito.

No caso da Ordem dos Médicos Dentistas, o Conselho de Supervisão é constituído por cinco elementos: Manuel Fontes de Carvalho e Teresa Alves Canadas, ambos inscritos na Ordem, José Júlio Ferreira Pacheco e Maria Benedita Almeida Garrett de Sampaio Maia Marques, não inscritos com origem na Academia, e Guilherme Figueiredo, como personalidade com conhecimento e experiência relevantes para atividade da OMD.

Natural do Porto, Guilherme Figueiredo exerceu diversos cargos em instituições culturais e universitárias. Além de bastonário da Ordem dos Advogados, foi presidente do Instituto da Conferência, no âmbito do Conselho Distrital do Porto. Presidiu ao Cineclube do Porto e foi membro do Conselho de Fundadores do Lugar do Desenho da Fundação Júlio Resende.

O presidente do Conselho de Supervisão tem um percurso profissional extenso, repartido pelas áreas do direito, da cultura, do desporto e da academia. Em 2012, Guilherme Figueiredo foi homenageado na Biblioteca Almeida Garrett, Porto, com a edição de um livro e exposição de obras de arte, organizada por Armando Alves, Bernardo Pinto de Almeida, Laura Castro, Jorge Velhote e Zulmiro de Carvalho.

O Conselho de Supervisão é independente no exercício das suas funções e tem como competências supervisionar a legalidade e conformidade estatutária e regulamentar da atividade exercida pelos órgãos da OMD, propor ao bastonário a nomeação do provedor dos destinatários dos serviços, entre outras.

No âmbito do Dia Mundial do Cérebro que se assinala a 22 de julho
A saúde cerebral depende de um estilo de vida saudável e de estratégias preventivas eficazes, que vão desde a educação até a...

O cérebro é sensível ao estilo de vida. Um bom nível educacional, o melhor ambiente laboral possível, a realização de passatempos estimulantes, a prática de exercício físico regular e o controlo dos fatores de risco vascular (pressão arterial, colesterol, açúcar, tabagismo e consumo de álcool) contribuem certamente para a saúde cerebral.

Sara Varanda, Neurologista no CNS Braga realça que ‘aquando do surgimento das doenças neurológicas, estas medidas têm o potencial de reduzir os sintomas, tornando-se pilares essenciais do tratamento, numa época em que, infelizmente, ainda não dispomos de medidas farmacológicas de prevenção’.

O cérebro, descrito como o “software” do corpo humano, é crucial para o bom funcionamento do organismo. ‘Numa era moderna em que as pessoas têm, ou deviam ter, um seguimento médico de rotina, ainda é escasso o investimento na promoção da saúde cerebral. Pessoas e médicos lembram-se da saúde cerebral quando surgem sinais de mau funcionamento – dores de cabeça, dificuldades no sono ou esquecimentos, por exemplo. Contudo, quando nada alerta sobre o “software”, em geral, pouco se faz para prevenir a falência’, salienta, ainda, Sara Varanda.

Os trabalhos científicos que se têm debruçado sobre a promoção da saúde cerebral partem sobretudo da doença – como prevenir o declínio cognitivo na doença de Alzheimer, como minimizar o impacto cognitivo da esclerose múltipla e da enxaqueca ou como reverter sintomas motores (lentidão, rigidez, tremor) na doença de Parkinson.

Por exemplo, estudos indicam que cérebros com a presença da proteína anormal responsável pelo Alzheimer podem permanecer funcionalmente ativos e livres de sintomas graças à reserva cognitiva. Segundo a especialista, a educação parece ser um dos principais fatores que contribuem para esta reserva: ‘a doença existe, a proteína tóxica acumula-se, há morte neuronal, porém, as zonas saudáveis asseguram por mais tempo o adequado funcionamento cerebral. Há controvérsias sobre se a educação origina um efeito direto na reserva cognitiva ou se, por outro lado, desempenha um papel indireto por espelhar geralmente o contexto sociofamiliar e o estado geral de saúde. Promover o acesso à escola e equalizar as oportunidades pode, em última análise, prevenir o surgimento de sintomas em contexto de doença’.

Além disso, a neurologista do CNS Braga, refere um estudo europeu com quase 4000 participantes saudáveis que decorreu ao longo de 20 anos e revelou que a prática de atividades como jogos de tabuleiro preveniu o agravamento cognitivo nos doentes em quem veio a ser diagnosticada demência. Estas estratégias preventivas, conhecidas como "neuroenhancement", são pouco dispendiosas e apresentam menos efeitos secundários, comparativamente a potenciais medicamentos que se venham a desenvolver neste campo.

Na área da doença de Parkinson, em que também uma proteína anormal se acumula nas células, a neurologista destacou que os estudos no âmbito da promoção da saúde cerebral têm sido realizados ainda em modelos animais ou em amostras de doentes de pequenas dimensões, mas apontam, por exemplo, para benefícios da prática de exercício físico aeróbio de intensidade moderada nos sintomas motores. Até mesmo a participação em orquestras comunitárias tem mostrado melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

Saúde Capilar
As causas do tipo mais comum de alopécia, a alopécia androgénica, são genéticas e hormonais.

O sedentarismo, um risco para a saúde do cabelo

Um estilo de vida sedentário caracteriza-se pela baixa atividade física. Por outras palavras, não se pratica qualquer tipo de exercício adicional no dia-a-dia, nem mesmo um exercício moderado. A pandemia propagou, sem dúvida, o sedentarismo, levando a um aumento da incidência de excesso de peso na população.

Assim, após o confinamento, muitas pessoas notaram um agravamento da sua saúde capilar. A falta de atividade física devido às restrições, acompanhada do stress, do aumento da ingestão alimentar e de alimentos de pior qualidade, tornou-se o terreno ideal para o enfraquecimento e até para a queda do cabelo. Por outras palavras, a combinação de inatividade e peso não saudável acelera a alopecia em pessoas com predisposição genética para a sofrer.

Um estilo de vida saudável ajuda a prevenir a alopécia

A atividade física regular oxigena o couro cabeludo, ativando a circulação sanguínea e favorecendo a eliminação de toxinas. Também ajuda a regular o stress porque, ao praticar desporto, libertamos endorfinas e regulamos naturalmente a produção de serotonina.

Também prevenimos a obesidade, um fator de risco para a alopécia. O excesso de gordura corporal pode desencadear a queda de cabelo. Isto porque o excesso de peso pode levar ao esgotamento das células estaminais do folículo piloso, enviando-lhes sinais inflamatórios. Isto prejudica o ciclo de crescimento e regeneração do cabelo, bloqueando os folículos e provocando a sua miniaturização até desaparecerem.

Uma alimentação desequilibrada não causa apenas problemas na balança, pois os défices nutricionais são outra causa de alopécia. Uma alimentação rica em gorduras e açúcares e pobre em nutrientes muito importantes para a saúde do cabelo (biotina, vitaminas A, C, D, E) acaba por danificar o nosso cabelo. O mesmo acontece com outros hábitos pouco saudáveis, como fumar, que provoca um stress oxidativo que pode afetar o cabelo, ou beber álcool com frequência.

Cuidados quotidianos que melhoram a saúde do cabelo

Uma higiene inadequada que leva a uma acumulação de gordura, a utilização de produtos agressivos e tintas, a aplicação de tratamentos térmicos a altas temperaturas, penteados apertados… Tudo isto pode ter uma influência negativa no nosso cabelo, razão pela qual os cuidados diários são tão importantes.

É aconselhável utilizar champôs adaptados às necessidades do nosso cabelo e aplicá-los com uma massagem suave, bem como secar o cabelo com temperaturas moderadas e evitar tranças ou rabos-de-cavalo apertados.

Uma vez registada a queda de cabelo, o transplante capilar é a única solução definitiva para a alopécia. No entanto, se estiver numa fase inicial em que a queda de cabelo e a deterioração da qualidade do cabelo são cada vez mais percetíveis, pode evitar uma maior queda de cabelo submetendo-se a um tratamento capilar ou a uma combinação de vários tratamentos. É o caso da mesoterapia capilar (MesoHair), do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) ou do laser de baixa frequência.

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Estudantes esperam reunir com a Secretária de Estado Adjunta e da Igualdade
A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) desenvolveu uma proposta de compromisso para combater as carências...

A iniciativa tem como propósito contribuir para atenuar as despesas dos estudantes com a frequência do Mestrado Integrado em Medicina e prevê a criação de protocolos entre cada Escola Médica, respetivos Hospitais Nuclear e Afiliados, e Associação/Núcleo de Estudantes. Estes poderão ser alargados a outros parceiros estratégicos e sociais da região abrangida.

A ANEM e o CEMP reconhecem que a melhoria das condições de frequência da formação em Medicina se estabelece como um indicador da excelência da prática da Medicina no país.

Para Rita Ribeiro, Presidente da ANEM, as instituições de ensino superior assumem um papel fundamental na formação de jovens capazes, informados e dotados de competências essenciais ao desenvolvimento social e económico do país. “Urge por isso repensar e refletir sobre as implicações financeiras da frequência universitária de um estudante de Medicina que, às despesas basais - propina, habitação (no caso de estudantes deslocados), taxas e emolumentos -, a natureza do curso acrescenta outras bastante consideráveis”, afirmou.

A Associação Nacional de Estudantes de Medicina elaborou um dossier que entregou no Ministério da Juventude e Modernização, do qual fazem parte propostas concretas, mensuráveis e realistas para colmatar os encargos extra do curso de Medicina, suportados pelos estudantes. Na sequência desta exposição, a ANEM deverá reunir em data próxima com a Secretária de Estado Adjunta e da Igualdade, Carla Mouro.

Os encargos de que ninguém fala

Em março, a Associação Nacional de Estudantes de Medicina efetuou uma recolha aprofundada de dados sobre as implicações financeiras da frequência dos estudantes de Medicina no Ensino Superior.

E, em primeiro lugar, a ANEM reteve que, no que respeita à formação teórica, a recomendação para aquisição de material bibliográfico, enquadrado nas diversas unidades curriculares, ultrapassa a oferta disponível nas bibliotecas escolares e municipais, sendo os estudantes obrigados a suportar os custos extra dessa literatura aconselhada.

Por outro lado, a ANEM assinalou também que as despesas acrescidas dos estudantes com os estágios clínicos obrigatórios são suportadas pelos jovens e respetivas famílias. Os estágios requerem equipamento de proteção individual, nomeadamente bata ou farda, e a utilização de estetoscópio individual, cujos custos ficam a cargo dos estudantes, com exceção da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto que suporta o valor das batas/fardas.

Por último, o ensino clínico/estágios, imprescindível à formação médica, requer transporte para hospitais e estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde primários, cujas distâncias da universidade podem atingir os 90 km (uma hora de distância). Este transporte constitui um custo extra que o estudante deve considerar. Ademais, tendo os estágios clínicos diários uma duração considerável, é expetável que os estudantes se alimentem nestes locais, que não apresentam preços sociais, e que suportem também estes custos extra.

Até 31 de julho
O Prémio de Investigação Noémia Afonso, promovido pela Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS), estendeu o prazo de envio dos...

O presidente da SPS, José Carlos Marques, afirma: “É importante que a comunidade veja este momento como uma homenagem a um membro distinto da nossa sociedade, mas também como uma iniciativa que celebra o trabalho desenvolvido neste campo de investigação.”

Os participantes podem submeter a sua candidatura até 31 de julho através do preenchimento de um formulário na página da SPS.

O grande vencedor desta distinção irá receber 20 mil euros para apoio ao desenvolvimento do projeto, e será anunciado nas XXI Jornadas de Senologia, entre os dias 6 e 8 de novembro de 2024.

Pode consultar o regulamento, aqui.

 
Newsletter ‘Em Evidência’ para profissionais e pacientes
‘Em Evidência’ é o nome da mais recente newsletter sobre medicina dentária e faz parte do projeto que a Ordem dos Médicos...

Com periodicidade bimestral, a primeira edição da newsletter ‘Em Evidência’ foi enviada no dia 17 de julho e tem o objetivo de ser uma referência na partilha de conhecimento especializado entre os médicos dentistas.

Em paralelo, o projeto contempla a produção de conteúdos que serão distribuídos por três rubricas, a serem disponibilizadas em breve no canal de Youtube OMDTV.

A primeira, denominada ‘Evidência Vox Pop’, vai apresentar-se com pequenos vídeos nos quais os médicos dentistas respondem a perguntas na perspetiva do utilizador de Evidence-based Dentistry (EBD) e, posteriormente, é apresentada a refutação do CEMDBE.

Já em ‘Vamos falar de Evidência’, o objetivo é fornecer respostas a questões que visam melhorar o apoio à decisão clínica.

Na rubrica ‘Evidência Popular’, a população é o público-alvo. O objetivo consiste em divulgar informação direcionada para o paciente de medicina dentária que, através destes conteúdos, poderá aumentar a sua literacia e desmistificar vários temas relacionados com a saúde oral.

 
Liderado pela ENSP NOVA
O PAFSE (Partnerships for Science Education) é um projeto europeu de educação científica, liderado por Portugal, centrado no...

Liderado pela ENSP NOVA (Escola Nacional de Saúde Pública - Universidade Nova de Lisboa), sob condução da investigadora e Professora Carolina Santos, o PAFSE tem como missão desenvolver as competências, curiosidade e o interesse nos estudantes em seguirem currículos e profissões nesta área, bem como prepará-los para serem embaixadores da saúde pública nos seus ambientes de vida.

O consórcio de nove entidades construiu clusters de educação de ciência com epicentro nas escolas de ensino secundário, que se traduziram em parcerias com universidades, centros de investigação, empresas, fundações, associações e organizações da sociedade civil.  Os parceiros desafiaram as escolas a abrirem-se à comunidade com o objetivo de enriquecer as atividades de educação CTEM e conectar o currículo das ciências com desafios reais da sociedade e das organizações. Os alunos tiveram a oportunidade de interagir com investigadores, empresários, profissionais de saúde, gestores, cientistas de dados, comunicadores de ciência, economistas da saúde, engenheiros, entre outras profissões relevantes da área CTEM, conhecendo melhor o seu percurso académico e trabalho nas organizações que os empregam.

O consórcio preparou ainda professores para explorarem um conjunto alargado de desafios da saúde  pública em sala-de-aula e desenvolveu recursos pedagógicos, promovendo a implementação de projetos de base científica e atividades formais e informais de aprendizagem com os parceiros do cluster, recorrendo-se a ferramentas digitais e ambientes de ensino-aprendizagem dinâmicos para promover o desenvolvimento das 21st century skills (ex.: criatividade, capacidade de resolução de problemas, colaboração), competências de gestão de projeto e recolha/análise/interpretação de evidência científica.

O PAFSE fomentou a utilização da metodologia de Aprendizagem Baseada em Projeto (PBL) dada a extensa evidência sobre a sua efetividade na educação das ciências, tecnologia, engenharia e matemática. Através da metodologia de PBL, os estudantes foram estimulados a desenvolver projetos de base científica que promovem a sua saúde e previnem doença na comunidade. Os projetos de investigação encontram-se enquadrados em cenários de aprendizagem desenvolvidos no primeiro ano de projeto, testados em 40 escolas no ano seguinte e escalados na sua implementação em 2024 através da formação de professores.

O cenário de aprendizagem é uma estrutura que promove a aprendizagem eficaz através da identificação de objetivos de aprendizagem, combinação de atividades dinâmicas em ambientes formais e informais, dentro e fora da sala de aula, prevendo a exploração pelos alunos de objetos digitais de aprendizagem desenvolvidos pelo consórcio e a navegação em plataformas digitais desenhadas para o efeito. 

"Em cada escola, os desafios da saúde pública foram explorados de forma multidisciplinar, através da constituição de equipas com professores de diferentes disciplinas - ciências, matemática, tecnologias da informação, física, química, geografia, inglês, cidadania. Diversos desafios foram trabalhados – desde as doenças zoonóticas, à preparação para futuras pandemias, ao cancro, doença cardiovascular, diabetes, resistência a antibióticos, sistemas de inteligência artificial na saúde pública, objetivos de desenvolvimento sustentável. No final do processo de ensino-aprendizagem, os alunos sob mentoria dos professores, organizaram eventos públicos de apresentação das suas aprendizagens e, particularmente, da evidência gerada pelos seus projetos de investigação, trazendo propostas e recomendações que beneficiam a saúde e bem-estar da comunidade", explica Carolina Santos, investigadora principal do projeto e coordenadora do consórcio. 

O PAFSE – Partnerships for Science Education iniciou em 1 setembro 2021 e termina em 31 agosto de 2024, financiado pelo Horizon 2020 Framework Programme – programa de apoio à inovação e investigação da Comissão Europeia, com um montante de financiamento no valor de 1.46 milhões de euros. O PAFSE integrou uma montra de 100 projetos selecionados para apresentação no New European Bahaus Festival, em 2022, e um conjunto de 16 projetos selecionados para apresentação na conferência de alto nível da European Research Agency, 18-19 setembro, em Bruxelas, pelo seu carácter inovador e impacto na sociedade.

A conferência final PAFSE 2024, de apresentação dos resultados, teve como tema “Open Schooling Innovations for Public Health Education”  decorreu dia 12 de julho na reitoria da Universidade de Lisboa com acesso gratuito. 

 
Beeta nasceu na Faculdade de medicina da universidade de Lisboa
Já é conhecido o vencedor do prémio Born from Knowledge atribuído pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no âmbito da...

Este reconhecimento da ANI é conferido ao projeto nascido do conhecimento académico que mais se destaca pela sua base tecnológica e potencial inovador. Além da distinção, a equipa receberá a “Árvore do Conhecimento”, um prémio monetário de 1 000 € e um voucher para cobrir a viagem da equipa à feira SIAL Paris em Paris, França, que irá decorrer em outubro 2024. O troféu, a Árvore do Conhecimento, relaciona a arte com a tecnologia, expressando os valores da excelência científica e da relevância social e económica.

A Beeta é uma barra nutritiva que combina laranja, beterraba desidratada, figo seco e farinha de alfarroba. Com um formato retangular, de cor roxa e aspeto granulado, oferece um sabor frutado que complementa o típico sabor terroso da beterraba. Este snack contém aproximadamente 400 mg de nitratos, substância que, comprovadamente, melhora o rendimento desportivo, devendo ser consumida 2 a 3 horas antes do esforço físico ou diariamente nos dias que antecedem o esforço.

Ao contrário das barras existentes no mercado, a Beeta não é uma barra energética. O seu objetivo é equipara-se a suplementos alimentares, mas sendo mais agradável de consumir, garantindo o teor de nitratos necessário para ter impacto no rendimento desportivo.

A Beeta nasce enquanto um projeto de licenciatura em ciências da nutrição em outubro de 2023, onde quatro colegas foram desafiados a desenvolver um produto inovador e sustentável. João Cabral, um dos fundadores, teve a ideia de avançar com um produto que tivesse na sua base a beterraba. "Enquanto atleta e futuro nutricionista sei o quanto a nutrição pode potenciar o desempenho desportivo. A Beeta nasce pela necessidade de ter um produto com a dose certa de nitratos, uma formulação baseada na evidência, prática e saborosa, tudo isto a um preço acessível”, referiu João Cabral e acrescentou ainda que “o prémio Born from Knowledge é um grande orgulho, pois reconhece todo o esforço realizado ao longo dos últimos meses para que a Beeta fosse efetivamente baseada no conhecimento e com impacto na vida dos consumidores, os atletas. Estamos confiantes que, com o apoio da ANI, o nosso produto e futura StartUp serão muito bem-sucedidos e reconhecidos por todos os atletas."

A Beeta aposta igualmente na sustentabilidade e inovação, utilizando matérias-primas que não são passíveis de venda em superfícies de retalho alimentar e embalagens feitas de PBAT ou PLA, materiais provenientes de fontes renováveis e recicláveis. O transporte das Beeta será realizado em caixas de plástico rígido reutilizáveis, promovendo a redução do desperdício.

"Este prémio é um testemunho da capacidade de inovação e da excelência dos nossos jovens talentos. A Beeta é um exemplo inspirador de como a investigação e o desenvolvimento tecnológico podem criar produtos sustentáveis e benéficos para a saúde e serem inovadores num mercado em expansão, tanto em Portugal como fora do país.," salienta António Grilo, presidente da ANI.

Desde 2017, a ANI já premiou mais de 50 projetos e start-ups, nascidos da investigação académica, em concursos e prémios de inovação nacionais promovidos por entidades como Altice, Crédito Agrícola, BPI, Glintt, PortugalFoods e Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) através do programa Born from Knowledge. Muitos deles são já símbolos da inovação nacional em Portugal e internacionalmente.

 
Parceria com o Comité Olímpico de Portugal e o Comité Paralímpico de Portugal
A Lusíadas Saúde mantém a sua parceria com o Comité Olímpico de Portugal e o Comité Paralímpico de Portugal para os Jogos...

Os atletas que representarão Portugal tanto nos Jogos Olímpicos como nos Paralímpicos em Paris, recorreram à prestação de cuidados de saúde, tratamentos e monitorização da condição física nas unidades do Grupo durante os programas de preparação. A Lusíadas Saúde assegura, assim, que os atletas estão na sua melhor forma física e mental, proporcionando-lhes os cuidados necessários para alcançarem o seu máximo potencial competitivo.

Esta parceria de impacto sublinha a importância da saúde como alicerce para a performance desportiva e reforça o posicionamento do Grupo Lusíadas Saúde no apoio ao desporto nacional de uma forma transversal.

“No Grupo Lusíadas, consideramos a saúde como a base de todas as conquistas, tanto na vida como no desporto. Com esta parceria com o Comité Olímpico de Portugal e o Comité Paralímpico de Portugal, garantimos que os atletas portugueses estão preparados para competir nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, ajudando-os a alcançar as suas metas e a trazer medalhas para o nosso País”, afirma Dr. Bernardo Paes de Vasconcelos, Coordenador de Medicina Desportiva do Hospital Lusíadas Lisboa.

 
Alimentos recomendados e cuidados a ter
Desenvolvida nos Estados Unidos, a dieta DASH foi inicialmente concebida para ajudar a combater a hi

Princípios da Dieta DASH

A dieta DASH é caracterizada por um alto consumo de frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura, e pela redução do consumo de sódio, açúcares adicionados e gorduras saturadas. 

Entre os benefícios desta dieta destacam-se: 

  • Redução da pressão arterial: vários estudos mostram que a dieta DASH pode reduzir significativamente a pressão arterial em pessoas com hipertensão e pré-hipertensão. Um estudo realizado pelo National Heart, Lung, and Blood Institute dos Estados Unidos mostrou que esta dieta pode baixar a pressão arterial em apenas duas semanas.
  • Prevenção de doenças cardiovasculares: Ao promover um padrão alimentar saudável, a dieta DASH pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardíacas. A redução de sódio e a inclusão de alimentos ricos em potássio, magnésio e cálcio são cruciais para a saúde do coração.
  • Controlo ou perda de peso: A dieta DASH, por ser rica em alimentos nutritivos e baixos em calorias vazias, pode auxiliar na perda de peso ou na manutenção de um peso saudável. Um maior consumo de frutas, vegetais e grãos integrais ajuda a promover a saciedade, reduzindo o desejo por alimentos menos saudáveis.
  • Melhoria da saúde metabólica: A dieta pode melhorar outros parâmetros metabólicos, como níveis de colesterol e triglicerídeos, contribuindo para uma melhor saúde geral.

Alimentos e porções recomendadas na Dieta DASH

  • Frutas e Vegetais: São recomendadas de quatro a cinco porções diárias de frutas e a mesma quantidade de vegetais. Estes alimentos são ricos em fibras, vitaminas e minerais essenciais. As frutas recomendadas são: banana, maçã, laranja, frutas vermelhas e uvas. Quanto aos vegetais, recomenda-se o consumo de espinafres, cenoura, brócolos, abóbora, pimento.
  • Grãos Integrais: É incentivado o consumo de seis a oito porções diárias de grãos integrais, como arroz integral, quinoa, aveia e pão integral.
  • Proteínas Magras: A dieta sugere duas ou menos porções diárias de carne magra, aves ou peixe. Leguminosas (como o feijão ou lentilhas), nozes e sementes (de girassol ou chia) também são excelentes fontes de proteínas.
  • Laticínios com Baixo Teor de Gordura: São recomendadas duas a três porções diárias de leite, iogurte ou queijo com baixo teor de gordura.
  • Gorduras e Óleos: A ingestão de gorduras deve ser controlada, com foco em gorduras saudáveis provenientes de peixes, nozes e azeite.
  • Doces e Açúcares: São permitidas no máximo cinco porções semanais de doces, mantendo um controlo rigoroso sobre açúcares adicionados.
  • Ervas e Especiarias: É aconselhado que use alho, gengibre, ervas frescas e secas para temperar os alimentos, reduzindo assim a necessidade de sal.

Cuidados a ter

Embora a dieta DASH seja amplamente reconhecida como segura e saudável, alguns cuidados devem ser considerados:

  • Cada pessoa tem necessidades nutricionais únicas. É importante adaptar a dieta DASH às suas circunstâncias específicas, especialmente se sofre de condições de saúde pré-existentes.
  • Para algumas pessoas, reduzir drasticamente o sódio pode ser um desafio. A transição deve ser gradual para permitir a adaptação do paladar e garantir que a ingestão de sódio seja suficiente para as necessidades corporais, mas sem ser em excesso. 
  • Deve sempre considerar o recurso ao acompanhamento por um nutricionista ou médico, de modo a que possa personalizar a sua dieta, garantindo que todas as necessidades nutricionais são atendidas. 
 
Referências Blibliográficas: 
National Heart, Lung, and Blood Institute. (2020). "DASH Eating Plan". Disponível em: https://www.nhlbi.nih.gov/health-topics/dash-eating-plan
Sacks, F. M., Svetkey, L. P., Vollmer, W. M., et al. (2001). "Effects on Blood Pressure of Reduced Dietary Sodium and the Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) Diet". The New England Journal of Medicine, 344(1), 3-10. Disponível e: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200101043440101
Appel, L. J., Moore, T. J., Obarzanek, E., et al. (1997). "A Clinical Trial of the Effects of Dietary Patterns on Blood Pressure". The New England Journal of Medicine, 336(16), 1117-1124. Disponível em: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199704173361601
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Artigo publicado numa revista científica exalta a dedicação demonstrada em tempos de guerra
O Prof. Doutor Joaquim Ferreira, Diretor Clínico do CNS-Campus Neurológico e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade...

Este ensaio clínico que avaliou o benefício de um medicamento para o tratamento da Doença de Parkinson, foi realizado em 74 centros de investigação na Europa, incluindo sete centros ucranianos localizados em Kharkiv, Zaporizhzhia, Dnipro, Vinnytsia, Lviv e Kyiv. O ensaio incluiu 35 doentes ucranianos, representando cerca de 10% do total de participantes no estudo.

Apesar do contexto dramático e perigoso da guerra, apenas quatro doentes ucranianos (11,4%) não completaram o estudo. Joaquim Ferreira descreve, num artigo publicado numa revista científica, alguns dos episódios que demonstram o compromisso e coragem de todos os envolvidos: médicos, outros profissionais de saúde, doentes e familiares. “A resiliência, o compromisso e a coragem dos médicos e doentes ucranianos foi verdadeiramente inspiradora. Parece-nos sempre complexo realizar um ensaio clínico nas melhores condições de um país sem guerra, mas o que acontece num país em guerra é de outro mundo. Em algumas ocasiões, médicos atravessaram rios em barcos a remos para garantir a continuidade do ensaio clínico, visto que muitas das pontes foram destruídas. Este esforço é inigualável, é uma busca incessante pelo avanço médico, mesmo nas condições mais adversas”, afirma Joaquim Ferreira.

Este testemunho tem como objetivo enaltecer o enorme exemplo de dedicação e coragem de todos os envolvidos neste ensaio clínico, que decorreu em circunstâncias dramáticas. O ensaio contou com a participação do CNS-Campus Neurológico, bem como de três outros centros nacionais.

 
O alerta é da APDP
No âmbito das celebrações do Dia Mundial do Cérebro, que se assinala a 22 de julho, a Associação Protectora dos Diabéticos de...

“A prevenção é essencial para garantir que os casos de demência em pessoas com diabetes não aumentam drasticamente ao longo dos anos. Por isso, devem ser adotados comportamentos, no dia-a-dia da pessoa com diabetes, que ajudam a prevenir a demência e a cuidar da saúde em geral”, explica José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Para ajudar a manter a função cerebral e a combater o declínio cognitivo, “é importante apostar numa dieta rica em vitaminas D, B6 e B12, folato e alimentos nutritivos, bem como hábitos que levem a uma vida socialmente ativa. Também a prática de exercício físico e mental, como jogos de memória, são comportamentos que devem fazer parte da rotina de uma pessoa com diabetes de forma a prevenir o aparecimento de demência”, reforça José Manuel Boavida.

O risco de demência aumenta consoante o tempo que passou desde que a pessoa desenvolveu diabetes e a gravidade desta, pelo que é importante garantir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado desde o início.

Estudos demonstraram que a diabetes pode ser um fator de risco para vários tipos de demência, como a vascular e a doença de Alzheimer. “Isto acontece porque os mesmos problemas cardiovasculares que aumentam o risco de diabetes tipo 2 contribuem também para o risco de demência. Exemplo disto, é o facto de a glicemia descontrolada poder causar danos nos vasos sanguíneos, incluindo os que afetam o cérebro, contribuindo para um declínio cognitivo acelerado”, revela José Manuel Boavida. 

 
Candidaturas decorrem até dia 10 de setembro
A candidaturas ao Programa Gilead GÉNESE, um dos maiores programas de Responsabilidade Social Corporativa na área da saúde em...

No ano da sua 10ª edição, o Programa Gilead GÉNESE conta de novo com o Alto Patrocínio de Sua Excelência, o Presidente da República, reforçando a importância da iniciativa que visa apoiar projetos nacionais de iniciativa comunitária e de natureza científica que promovam a inovação e a geração de conhecimento.

Criado em 2013 com a ambição de incentivar a investigação, a produção e a partilha de conhecimento científico a nível nacional, e de promover iniciativas que conduzam à implementação de boas práticas no acompanhamento dos doentes, o Programa Gilead GÉNESE é hoje uma referência na área da Responsabilidade Social Corporativa, devido ao impacto que tem gerado através da viabilização de mais de 100 projetos em cerca de 50 Instituições, num total de financiamento que já ultrapassou os 2,5 milhões de euros.

“Sinto-me muito orgulhosa que a nossa empresa promova, por mais um ano, o Programa Gilead GÉNESE em Portugal. Esta 10ª edição continuará a apostar firmemente na Investigação e nos cuidados de saúde na sociedade portuguesa com a qual nos sentimos tão comprometidos. Esperamos, como sempre, que este Programa se traduza em iniciativas e projetos que resultem na saúde e no cuidado dos doentes a quem dirigimos todos os nossos esforços”, afirmou María Río, Vice-Presidente e Diretora-Geral da Gilead Portugal e Espanha.

O Programa Gilead GÉNESE tem como objetivo apoiar projetos de investigação e de iniciativa comunitária com bolsas até 40 mil euros nas áreas em que a Gilead desenvolve a sua investigação, especificamente Oncologia e Virologia. No campo da Oncologia, são abrangidos projetos de Hemato-oncologia, especificamente Linfomas Não-Hodgkin de células B (linfoma difuso de grandes células B, linfoma primário do mediastino, linfoma de células do manto e linfoma folicular), e Cancro de Mama. Na área de Virologia, são apoiados projetos dedicados às hepatites virais crónicas e à infeção por VIH.

Todas as candidaturas apresentadas serão avaliadas por Comissões Externas de Avaliação, formadas por peritos de renome e reconhecida experiência nas várias áreas do conhecimento. Estas comissões têm a responsabilidade de avaliar a qualidade, relevância e inovação dos projetos candidatos, com base em critérios de avaliação previamente estabelecidos.

Na vertente de Investigação, o Programa Gilead GÉNESE dá prioridade a projetos que promovam a geração de resultados em saúde, a investigação com aplicação clínica e a implementação de sistemas de informação em saúde. Na vertente Comunidade, o foco recai sobre projetos que promovam a qualidade de vida, o diagnóstico e a ligação aos cuidados de saúde, bem como a participação cívica e cidadania de forma inovadora e com impacto na vida dos doentes.

Para mais informações sobre a 10ª edição do Programa Gilead GÉNESE consultar o regulamento em  www.gileadgenese.pt.

Bolsa vai apoiar a formação de 30 médicos especialistas
A Novo Nordisk é parceira da NOVA Medical School na criação de uma bolsa destinada a apoiar a frequência de 30 médicos na 1.ª...

A obesidade é uma epidemia global que, em Portugal, é reconhecida como doença desde 2004. O excesso de peso, que inclui a pré-obesidade e a obesidade, atinge 67,6% da população adulta portuguesa e a obesidade apresenta uma prevalência de 28,7%.

A obesidade é uma doença crónica e progressiva, de base neurobiológica, que resulta da complexa interação entre a suscetibilidade genética individual e fatores ambientais, psicossociais e comportamentais. Tem consequências importantes em termos de perda de qualidade de vida e está relacionada com mais de 200 doenças, incluindo diabetes mellitus tipo 2, doença cardiovascular, várias formas de cancro, patologia osteoarticular, entre outras.

A “Formação Avançada em Obesidade: da Fisiopatologia ao Tratamento” aborda os vários aspetos da fisiopatologia da doença e das suas comorbilidades, bem como os vários níveis de intervenção disponíveis para o tratamento da obesidade, tendo como objetivo capacitar os profissionais de saúde para tratar eficazmente e de acordo com a mais recente evidência científica as pessoas que vivem com a doença. O curso é coordenado pelo Prof. Doutor José Silva Nunes e terá a duração de 60 horas, divididas em 16 sessões, com um total de 8 ECTS, que decorrerão entre 20 de setembro e 14 de dezembro de 2024, em formato online.

A bolsa atribuída pela NOVA Medical School em parceria com a Novo Nordisk destina-se a médicos especialistas em Endocrinologia, Medicina Interna, Medicina Geral e Familiar ou Cirurgia Geral, que exerçam atividade clínica e que cumpram os requisitos de assiduidade e aproveitamento. Para se candidatarem, os interessados devem fazer a sua inscrição no site da NOVA Medical School até ao dia 10 de setembro de 2024.

Informação adicional sobre a formação e o regulamento da bolsa de formação da NOVA Medical School criada em parceria com a Novo Nordisk pode ser consultada aqui.

A par desta iniciativa, a NOVA Medical School e a Novo Nordisk têm vindo a colaborar nos últimos anos em diversos projetos que se destinam a melhorar a saúde em Portugal.

 
Nutricionista mostra os cuidados a ter
A menopausa é um processo natural da mulher onde ocorre a cessação da menstruação por 12 meses conse

De forma a aumentar a qualidade de vida na menopausa e minimizar os sintomas, a nutricionista Daniela Cação, sugere uma série de dicas para uma boa reeducação alimentar e que se adaptem às mudanças no metabolismo.

Afinal, a menopausa engorda?

A menopausa por si só, não potencia o aumento de peso. No entanto, o envelhecimento, as mudanças hormonais e o estilo de vida ao longo dos anos, contribuem para o aumento de peso, principalmente na zona abdominal, potenciando o aumento do risco cardiovascular. Portanto, torna-se fundamental adquirir um peso saudável, principalmente após a menopausa, de forma a reduzir o risco cardiovascular, prevenir doenças cardio-metabólicas (doenças cardíacas, diabetes…) e controlar vários sintomas da menopausa. A adoção da dieta mediterrânica, caracterizada pelo consumo elevado de vegetais, frutas, cereais integrais e leguminosas, aumento do consumo de gorduras vegetais insaturadas em detrimento de gorduras saturadas e considerável ingestão de compostos com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, é recomendada.

  • Consuma alimentos ricos em proteína

Com o envelhecimento, há perda gradual de massa muscular e de densidade mineral óssea, dessa forma, aumenta o risco de fraturas ósseas. Principalmente após a menopausa, em que existe o declínio da produção de estrogénios e as necessidades proteicas aumentam, no entanto, o seu consumo diminui. Realize uma ingestão regular de alimentos ricos em proteína (carne, peixe, ovos, leguminosas, tofu, seitan e laticínios com baixo teor de gordura), dessa forma, potencia a redução da progressão da perda de massa muscular, firmeza e elasticidade da pele e a diminuição do risco de osteoporose. Contribui ainda para a regulação do sono e do humor e do peso saudável. Se necessário, informe-se junto do seu Nutricionista, para complementar a sua alimentação com suplementos hiperproteicos.

  • Consuma alimentos com vitamina D e cálcio

As necessidades nutricionais de cálcio e vitamina D durante a menopausa aumentam, sendo de fulcral importância não descurar o consumo de alimentos que contêm vitamina D (peixes gordos, frutos oleaginosos, ovos, …) e a exposição solar com proteção, que desempenham um papel importante na fixação do cálcio e ajudam a reforçar o sistema imunitário. Complemente, com o consumo de alimentos ricos em cálcio (laticínios, sardinhas, legumes verdes folhosos, …), que cooperam na redução do risco de osteoporose, de fraturas ósseas e na preservação da densidade mineral óssea.

  • Consuma alimentos com ácidos gordos ómega 3

O consumo de gorduras “saudáveis” e essenciais, como os ácidos gordos ómega-3, distinguem-se como fundamentais nesta fase da vida, dado que contribuem para a redução da frequência de afrontamentos e suores noturnos, ansiedade e stress, além de possuírem propriedades anti-inflamatórias e contribuírem para uma normal função cerebral e a manutenção do colesterol HDL e redução do colesterol LDL. Portanto, enriqueça a sua alimentação com azeite, frutos oleaginosos, sementes e peixes gordos.

  • “Descasque mais, desembale menos”

Uma alimentação rica em frutas, vegetais, leguminosas e cereais integrais, contribui para a manutenção da saúde óssea, um peso saudável e consequente menor risco cardiovascular. As vitaminas e compostos antioxidantes, nomeadamente a vitamina C, contribuem para a formação de colagénio que coopera no funcionamento normal dos ossos, cartilagens e pele. Portanto, o consumo de citrinos, frutos vermelhos, legumes verdes folhosos, pimento e cenoura não deverão faltar na sua alimentação diária.

  • Evite bebidas alcoólicas e/ou com cafeína e alimentos com elevado teor de sal, açúcar e gorduras saturadas

O consumo regular de bebidas alcoólicas e com teor elevado de cafeína poderão interferir com a regulação dos ciclos de sono, com os sintomas vasomotores (afrontamentos…) e os níveis de ansiedade. Além disso, alimentos ricos em sal, tendem a acentuar a redução da densidade mineral óssea, pelo elevado consumo de sódio e reduzido consumo de potássio, presente em frutas e vegetais. Os hábitos alimentares desequilibrados, com elevado teor de ácidos gordos saturados e açúcares simples, promovem o aumento de peso e do perímetro abdominal. Dessa forma, incrementam a resistência à insulina, o risco cardiovascular e de osteoporose e a frequência dos sintomas (afrontamentos, ansiedade e depressão).

  • Hidrate-se

A redução dos níveis de estrogénio provoca desidratação ao nível da pele e das mucosas, portanto, fará todo o sentido, não descurar a hidratação nesta fase da vida. Ingira entre 1,5l a 2,0l de água por dia, além de controlar a temperatura corporal, auxilia nos afrontamentos e na manutenção do peso corporal saudável.

  • Pratique exercício físico

A prática regular de exercício físico, durante trinta minutos de treino cardiovascular moderado, três vezes por semana, combinado com dois treinos de musculação, contribui para a otimização da saúde cardiovascular, óssea e articular, reduz os níveis de ansiedade e stress, o risco de doenças cardiometabólicas e osteoporose.

Estes são pontos fulcrais para aumentar a qualidade de vida, no entanto, por vezes, dado o estilo de vida desregulado de vários anos, poderá ser necessário um acompanhamento clínico, com terapêutica hormonal.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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